Fatores que influenciam o crescimento das microalgas
Fatores que influenciam o crescimento das microalgas
Fatores que Influenciam o Crescimento
desenho
Fatores que Influenciam o Crescimento
Nas reações celulares.
Na natureza do metabolismo.
Nas necessidades nutricionais (quota celular).
Na composição bioquímica das células/biomassa
Crescimento Algal
O crescimento algal é regido pela Lei do Mínimo:
O fator limitante do crescimento é aquele que se
encontra em quantidade mais próxima do mínimo
crítico necessário para o crescimento das microalgas:
Fatores químicos, físicos e biológicos (isoladamente ou
interagindo).
Fatores ambientais (níveis máximos e mínimos de
tolerância).
Lei do Mínimo
Condições ideais para o crescimento:
N = 10 ppm (5 – 15 ppm)
P = 1 ppm (0,5 – 1,5 ppm)
Si = 5 ppm (4 – 6 ppm)
Condições encontradas no cultivo:
N = 8 ppm
Fator
P = 0,5 ppm limitante do
Si = 5 ppm crescimento
Lei do Mínimo
Fatores que influenciam o crescimento algal
Luz (iluminação)
Fonte de energia para a fotossíntese.
Radiação do espectro visível: 370 – 720 nm (violeta –
vermelho).
A luz (“PAR” ou RFA) é captada pelos pigmentos:
principais - clorofilas e por pigmentos secundários -
carotenos e ficobilinas.
Espectro Luminoso
De toda a radiação eletromagnética que incide sobre os organismos
fotossintetizantes somente o espectro visível, isto é, com comprimento de onda
entre 400 e 720 nm (radiação fotossinteticamente ativa – RFA ou “PAR”)
Irradiância – medida com um irradiômetro
[1] 1 µmol s-1 m-2 equivale a 1µE s-1 m-2 que equivale a 6,02 x 1017 fótons s-1 m-2 = 6,02 x 1017 quanta s-1 m-2.
Tal como as plantas, pelo processo fotossintético as microalgas fotoautotróficas captam
a energia solar e a armazenam (fase fotoquímica) na forma de adenosina trifosfato – ATP
e nicotinamida dinucleotídeo fosfato – NADPH. Estes compostos, são usados como fonte
de energia (fase química) para a síntese de carboidratos (glicose pelo Ciclo de Calvin) e
outros compostos orgânicos celulares, a partir da água e da redução do CO2
(LEHNINGER, 1990).
• Irradiância (Intensidade)
A taxa fotossintética aumenta com a quantidade de luz.
Baixa irradiância: crescimento lento, aumento no conteúdo de
clorofila, células captam com eficiência a luz porém não a
utilizam com eficiência.
Alta irradiância: rápido crescimento, menor conteúdo de
clorofila por célula, células utilizam a luz de forma eficiente.
As microalgas podem ter afinidade por elevada ou por baixa
irradiância.
• Fotoinibição (ou fotoinativação)
É a redução da capacidade fotossintética em elevada
intensidade de luz, muito acima da saturação.
Implica na fotodestruição dos pigmentos fotossintéticos
(“Bleaching”).
O oxigênio juntamente com a luz = fotoxidação. Tem
efeito letal sobre as células e pode acarretar perda total
dos cultivos.
É dependente da IL, da qualidade e do tempo de
exposição, podendo ser intensificada pelo efeito
conjunto de outros fatores de estresse.
• Fotoperíodo (tempo de exposição à luz)
Distintos aspectos da fisiologia microalgal flutuam em
um ciclo diário:
Divisão celular – a maioria das células se divide em um
determinado momento do dia ou da noite; favorece a
sincronização.
Capacidade fotossintética – em geral, a máxima TF
ocorre pela manhã e a mínima ao anoitecer.
Absorção de nutrientes – as taxas de absorção de N
e P são maiores durante o dia do que durante à noite.
Bioluminescência – geralmente se detecta um pico
noturno (naquelas espécies que apresentam esta
característica = dinoflagelados).
Fotoperíodo (tempo de exposição à luz)
O ciclo luz/escuridão, acarreta variações no conteúdo
celular de pigmentos, geralmente acompanhados de
variações na resposta fotossintética e na composição
bioquímica.
O fotoperíodo é característico para cada espécie, e
apesar de ser provavelmente o fator ambiental mais
importante na maioria dos sistemas, na literatura é
encontrada grande discrepância quanto ao assunto.
2 litros, ambiente
fechado
20 litros, ambiente
aberto
DERNER, R. B., BUITRAGO, E., OLIVERA, A., PINASKO, K.
Crecimiento de Chaetoceros calcitrans en ambiente cerrado y abierto bajo diferentes fotoperiodos y medios nutritivos. Memórias de La Sociedad de Ciências La Salle. , v.LIV, p.03 -
08, 1994.
• Qualidade da Luz (comprimento de onda)
Promove distintos efeitos sobre o
crescimento microalgal e sobre vários
processos metabólicos.
Também causa alteração na composição
bioquímica.
Espectro de emissão comparativo entre o sol (ao fundo) e, vindo para a frente, o LED, a
lâmpada incandescente e a fluorescente compacta. Fonte: Popular Mechanics [14].
http://dicasdozebio.wordpress.com/2013/04/11/leds-como-ligar-sem-queimar/
Diagrama de cromático C.I.E (Commission International de l´Eclaraige)
Temperatura de cor
Curva de Planck
Kelvin (K)
Fluorescente T10 40W
LED 40W
http://www.intl-lighttech.com/products/light-measurement - acessado em 23/10/2014.
Fontes de Luz
1. Natural
Sem consumo de energia elétrica.
Não é possível controlar o fotoperíodo nem a intensidade.
Ocorrem grandes variações diárias e estacionais, em
função das condições atmosféricas.
Geram calor (aquecimento das culturas pela ação dos raios infravermelhos).
UV – efeito deletério para as células microalgais.
2. Artificial
Elevado custo de instalação: fiação, luminárias, lâmpadas
etc.
Elevado consumo de energia elétrica = elevado custo de
produção.
Deve-se buscar fontes com o espectro favorável àquelas
espécies cultivadas (realizar ensaios).
Lâmpadas incandescentes geram calor (aquecimento das
culturas).
Lâmpadas fluorescentes tubulares (Luz do dia – 350 a
700 nm) são a fonte preferida para culturas interiores.
Produzem menos calor que outros tipos e são eficientes
em promover o crescimento microalgal.