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Aula 9

O documento aborda o conceito de vetor gradiente e sua aplicação em funções de várias variáveis, incluindo a regra da cadeia e derivação implícita. Exemplos práticos são fornecidos para ilustrar como calcular vetores gradientes e suas relações com curvas e superfícies de nível. A regra da cadeia é detalhada para funções de uma e duas variáveis, mostrando como calcular derivadas em contextos diferenciáveis.

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Vetor Gradiente

Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Definição

Definição vetor gradiente


Se f é uma função que admite derivadas parciais em (a, b), definimos o
gradiente de f no ponto (a, b), denotado por ∇f (a, b) ou grad f (a, b),
como sendo o vetor

∇f (a, b) = (fx (a, b), fy (a, b))

De maneira análoga, definimos o vetor gradiente de funções de mais de


duas variáveis.

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Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Exemplos

Exemplo 1
Determinar o vetor gradiente das funções
y2
(a) z = 5x 2 y + (b) w = xyz 2
x

y2
 
2y
(a) ∇z = 10xy − , 5x 2 +
x2 x

(b) ∇w = yz 2 , xz 2 , 2xyz

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Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Vetor gradiente e curvas de nı́vel

Teorema
Seja f uma função tal que, pelo ponto P0 (x0 , y0 ), passa uma curva de
nı́vel Ck de f . Se o vetor ∇f (x0 , y0 ) 6= (0, 0), então ele é perpendicular à
curva Ck em (x0 , y0 ), isto é, ele é perpendicular à reta tangente à curva
Ck no ponto (x0 , y0 ).

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Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Vetor gradiente e curvas de nı́vel

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Regra da cadeia
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Exemplos

Exemplo 2
Encontrar as equações da reta
√ perpendicular e da reta tangente à curva
x 2 + y 2 = 4 no ponto P(1, 3).
2 2
A curva dada é uma
√ curva de nı́vel da função
√ f (x, y ) = x + y e passa
pelo ponto P(1, 3). Assim o vetor ∇f (1, 3) é perpendicular à curva
dada nesse ponto. Temos
√ √
∇f (x, y ) = (2x, 2y ) ⇒ ∇f (1, 3) = (2, 2 3)

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Regra da cadeia
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Exemplos

A inclinação da reta p, perpendicular à curva dada


√ no ponto P, coincide
com o coeficiente angular, k2 , do vetor ∇f (1, 3) (para um vetor
u2
(u1 , u2 ), k2 = ). Temos
u1

2 3 √
k2 = = 3.
2
Assim, a reta p possui equação
√ √
y − 3 = 3(x − 1)

y = 3x

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Regra da cadeia
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Exemplos

Sabemos que o vetor gradiente é perpendicular à reta tangente t. No


plano xy , um vetor (u1 , u2 ) é perpendicular a uma reta t se k1 · k2 = −1,
onde k1 é o coeficiente angular da reta t e k2 é o coeficiente angular do
vetor (u1 , u2 ). Então

1 1 3
k1 = − = − √ =− .
k2 3 3

Assim a reta t possui equação



√ 3
y− 3=− (x − 1)
3
√ √
3 4 3
y =− x+
3 3

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Vetor gradiente e superfı́cies de nı́vel

Este último teorema continua válido para uma função de três variáveis e
superfı́cies de nı́vel. A conclusão é que o vetor gradiente é perpendicular
à superfı́cie de nı́vel. Isso nos permite utilizar vetores gradientes de
funções de três variáveis para encontrar equações de planos tangentes e
retas normais à superfı́cies.

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Regra da cadeia
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Exemplos

Exemplo 3
Determine as equações do plano tangente e da reta normal no ponto
x2 z2
P(−2, 1, −3) ao elipsoide + y2 + = 3.
4 9
O elipsoide é a superfı́cie de nı́vel S3 da função

x2 z2
F (x, y , z) = + y2 + .
4 9
x 2z
Portanto, temos Fx (x, y , z) = , Fy (x, y , z) = 2y e Fz (x, y , z) =
2 9
2
e Fx (−2, 1, −3) = −1, Fy (−2, 1, −3) = 2 e Fz (−2, 1, −3) = −
3

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Exemplos

Então, uma equação do plano tangente no ponto P(−2, 1, −3) é

2
−1(x + 2) + 2(y − 1) − (z + 3) = 0,
3
que pode ser simplificada como

3x − 6y + 2z + 18 = 0.

As equações simétricas da reta normal são


x +2 y −1 z +3
= = .
−1 2 − 23

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Regra da cadeia
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Regra da cadeia para funções de uma variável

Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais diferenciável em um


conjunto D e x = g (t) e y = h(t) funções deriváveis em um intervalo
I ⊂ R.
Suponha ainda que

(g (t), h(t)) ∈ D, para cada t ∈ I .

Nesta situação podemos considerar a função de uma variável real definida


em I por

F (t) = f (g (t), h(t)).


A questão agora é : Como calcular F 0 (t)?

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Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Regra da cadeia para funções de uma variável


Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais diferenciável em um
conjunto D, x = g (t) e y = h(t) funções deriváveis em um intervalo
I ⊂ R.
Regra da cadeia
A função
F (t) = f (g (t), h(t))
é derivável em I e
∂f dg ∂f dh
F 0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt
dx dg dy dh
Usando que = e = , reescrevemos a relação acima como
dt dt dt dt
Regra da cadeia (reescrita)
∂f dx ∂f dy
F 0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt

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Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Regra da cadeia para funções de uma variável

Exemplo 1
Sejam f (x, y ) = x 2 y + 3xy 4 , x = sen(2t) e y = cos t. Determine a
função F (t) = f (sen(2t), cos t), a sua derivada F 0 (t) e F 0 (0).

A função F (t) é dada por

F (t) = f (sen(2t), cos t) = sen2 (2t) cos t + 3 sen(2t) cos4 t

e sua derivada F 0 (t) pode ser determinada por


∂f dx ∂f dy
F 0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt

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Regra da cadeia
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Regra da cadeia para funções de uma variável

Exemplo 1: Continuação
Temos que
∂f ∂f
= 2xy + 3y 4 , = x 2 + 12xy 3 ,
∂x ∂y
dx dy
= 2 cos(2t), = − sen(t).
dt dt
Logo,

F 0 (t) = (2xy + 3y 4 ) 2 cos(2t) + (x 2 + 12xy 3 )(− sen(t)).

Como x(0) = sen(2 · 0) = 0 e y (0) = cos 0 = 1, obtemos que

F 0 (0) = (2x(0)y (0)+3y (0)4 ) 2 cos(2·0)+(x(0)2 +12x(0)y (0)3 )(− sen(0))

= (2 · 0 · 1 + 3(1)4 ) · 2 · 1 + (02 + 12 · 0 · 13 )(−0) = 6.

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Derivação Implı́cita

Regra da cadeia para funções de duas variáveis

Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais, diferenciável em um


conjunto D ⊂ R2 , e x = g (s, t) e y = h(s, t) funções diferenciáveis em
um conjunto A ⊂ R2 .

Suponha ainda que

(g (s, t), h(s, t)) ∈ D, para cada (s, t) ∈ A.

Nesta situação podemos considerar a função de duas variáveis reais s, t


definida em A por

F (s, t) = f (g (s, t), h(s, t)).


∂F ∂F
A questão agora é : Como calcular e ?
∂s ∂t

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Regra da cadeia para funções de duas variáveis

Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais, diferenciável em um


conjunto D ⊂ R2 , e x = g (s, t) e y = h(s, t) funções diferenciáveis em
um conjunto A ⊂ R2 .
Regra da cadeia
As derivadas parciais de F (s, t) = f (g (s, t), h(s, t)) em relação às
variáveis s e t são dadas por:
∂F ∂f ∂g ∂f ∂h ∂F ∂f ∂g ∂f ∂h
= + , = + ,
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
ou ainda,
∂F ∂f ∂x ∂f ∂y ∂F ∂f ∂x ∂f ∂y
= + , = + .
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t

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Podemos ver a regra da cadeia para funções de duas variáveis através do


seguinte diagrama:

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Regra da cadeia para funções de duas variáveis

Exemplo 2
Sejam f (x, y ) = e x sen y e x = st 2 e y = s 2 t.
As derivadas parciais de F (s, t) = f (st 2 , s 2 t) pode ser determinada por
∂F ∂f ∂x ∂f ∂y ∂F ∂f ∂x ∂f ∂y
= + , = + .
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
Como
∂f ∂f
= e x sen y , = e x cos y ,
∂x ∂y

∂x ∂x
= t 2, = 2st,
∂s ∂t
∂y ∂y
= 2st, = s 2,
∂s ∂t
obtemos que:

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Regra da cadeia para funções de duas variáveis

Exemplo 2
∂F
= (e x sen y )t 2 + (e x cos y )2st =
∂s
h 2 i h 2 i
= e st sen(s 2 t) t 2 + e st cos(s 2 t) 2st.

∂F
= (e x sen y )2st + (e x cos y )s 2 =
∂t
h 2 i h 2 i
= e st sen(s 2 t) 2st + e st cos(s 2 t) s 2 .

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Regra da cadeia para funções de duas variáveis


Exemplo 3
Sejam f (x, y ) uma função diferenciável em R2 e

g (s, t) = f (s 2 − t 2 , t 2 − s 2 ).

Vamos provar que g satisfaz a relação


∂g ∂g
t +s = 0.
∂s ∂t
Fazendo x = s 2 − t 2 e y = t 2 − s 2 obtemos g (s, t) = f (x(s, t), y (s, t)).
Usando a regra da cadeia obtemos:
∂g ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂f
= + = (2s) + (−2s),
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂x ∂y

∂g ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂f
= + = (−2t) + (2t).
∂t ∂x ∂t ∂y ∂t ∂x ∂y
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Regra da cadeia para funções de duas variáveis

Exemplo 3 - Continuação
Portanto,
   
∂g ∂g ∂f ∂f ∂f ∂f
t +s =t (2s) + (−2s) + s (−2t) + (2t) = 0.
∂s ∂t ∂x ∂y ∂x ∂y

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Regra da cadeia para funções de duas variáveis

Exemplo 4
Considere a função h(t) = f (e 2t , cos t), onde f : R2 −→ R é uma função
∂f 2π
diferenciável. Determine h0 (π), sabendo que (e , −1) = e −2π .
∂x
Considere x = e 2t e y = cos t. Então x 0 (t) = 2e 2t e y 0 (t) = − sen t. Pela
regra da cadeia obtemos
∂f dx ∂f dy
h0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt
Logo,
∂f dx ∂f dy
h0 (π) = (x(π), y (π)) (π) + (x(π), y (π)) (π) =
∂x dt ∂y dt
∂f 2π ∂f ∂f 2π
= (e , cos π) 2e 2π + (e 2π , cos π)(− sen π) = (e , −1) 2e 2π = 2.
∂x ∂y ∂x

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Regra da cadeia para funções de várias variáveis

Considere uma função f de n variáveis x1 , x2 , . . . , xn . Suponha ainda que


xi = gi (t1 , t2 , . . . , tm ), para cada i ∈ {1, 2, . . . , n} e que as funções
f , g1 , . . . , gn são diferenciáveis.
Caso geral
A função

F (t1 , t2 , . . . , tm ) = f (g1 (t1 , t2 , . . . , tm ), . . . , gn (t1 , t2 , . . . , tm ))

tem derivadas parciais dadas por:


∂F ∂f ∂g1 ∂f ∂gn
= + ··· + , para cada j ∈ {1, 2, . . . , m}.
∂tj ∂x1 ∂tj ∂xn ∂tj

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Regra da cadeia para funções de várias variáveis

Exemplo 5
Sejam f (x, y , z) = x 4 y + y 2 z 3 , x = rse t , y = rs 2 e −t , z = r 2 s sen t e

g (r , s, t) = f (x(r , s, t), y (r , s, t), z(r , s, t)).

∂g
Determine (2, 1, 0).
∂s

Pela regra da cadeia temos:


∂g ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂z
= + + =
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂z ∂s

= (4x 3 y )(re t ) + (x 4 + 2yz 3 )(2rse −t ) + (3y 2 z 2 )(r 2 sen t).

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Regra da cadeia de funções para várias variáveis

Exemplo 5 - Continuação
Como x(2, 1, 0) = 2, y (2, 1, 0) = 2 e z(2, 1, 0) = 0, obtemos que

∂g
(2, 1, 0) = 4x(2, 1, 0)3 y (2, 1, 0) (2e 0 ) + x(2, 1, 0)4 +
  
∂s
+ 2y (2, 1, 0)z(2, 1, 0)3 (2 · 2 · e −0 ) + 3y (2, 1, 0)2 z(2, 1, 0)2 (22 · 0) =
  

= (4 · 23 · 2)2 + (24 + 2 · 2 · 03 )(2 · 2) = 192.

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Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Regra da cadeia de funções para várias variáveis

Exemplo 6
Considere uma função w = F (x, y , z) de 3 variáveis. Suponha ainda que
z é uma função de x e y , ou seja, z = f (x, y ). As derivadas parciais da
função
g (x, y ) = F (x, y , f (x, y ))
podem ser determinadas usando a regra da cadeia.
Para ver isso, considere as função p(x, y ) = x e q(x, y ) = y . Então

g (x, y ) = F (p(x, y ), q(x, y ), f (x, y )),

∂g ∂F ∂p ∂F ∂q ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
= + + = +
∂x ∂x ∂x ∂y ∂x ∂z ∂x ∂x ∂z ∂x
e
∂g ∂F ∂p ∂F ∂q ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
= + + = + .
∂y ∂x ∂y ∂y ∂y ∂z ∂y ∂y ∂z ∂y

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Derivação Implı́cita

Derivação Implı́cita de funções de uma variável

Definição
Uma função y = f (x), definida em I ⊂ R, é dada implicitamente por
F (x, y ) = 0 se

F (x, f (x)) = 0, para todo x ∈ I .

Exemplo 7

A função y = f (x) = 1 − x 2 é dada implicitamente por

F (x, y ) = x 2 + y 2 − 1 = 0.

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Derivação Implı́cita

Derivação Implı́cita de funções de uma variável


Seja y = f (x) uma função dada implicitamente por F (x, y ) = 0.
Suponha que f é derivável e que F é diferenciável. Usando a regra da
cadeia na função
g (x) = F (x, f (x)) = 0,
obtemos que:
∂F dx ∂F dy ∂F ∂F dy
0 = g 0 (x) = + = + .
∂x dx ∂y dx ∂x ∂y dx
∂F
Se (x, f (x)) 6= 0, para todo x no domı́nio de f , concluı́mos que:
∂y

∂F
dy
= − ∂x .
dx ∂F
∂y

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Derivação Implı́cita

Derivação Implı́cita de funções de uma variável

Exemplo 8
Determine a derivada y 0 da função y = f (x) dada implicitamente por

x 3 + y 3 = 6xy .

Considerando a função

F (x, y ) = x 3 + y 3 − 6xy ,

vemos que f (x) é dada implicitamente por F (x, y ) = 0. Como


Fx = 3x 2 − 6y e Fy = 3y 2 − 6x, obtemos que

∂F
dy 3x 2 − 6y x 2 − 2y
= − ∂x = − 2 =− 2 .
dx ∂F 3y − 6x y − 2x
∂y

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Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis

Definição
Uma função z = f (x, y ), de duas variáveis definida em D ⊂ R2 , é dada
implicitamente por F (x, y , z) = 0 se

F (x, y , f (x, y )) = 0, para todo (x, y ) ∈ D.

Exemplos 9
A função z = x 2 − y 2 + 1 é dada implicitamente por

F (x, y , z) = x 2 − y 2 − z + 1.

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Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis


Seja z = f (x, y ) uma função dada implicitamente por F (x, y , z) = 0.
Suponha que f e F tem derivadas parciais contı́nuas. Usando a regra da
cadeia na função

g (x, y ) = F (x, y , f (x, y )) = 0,

obtemos que:
∂g ∂F dx ∂F dy ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
0= = + + = + .
∂x ∂x dx ∂y dx ∂z ∂x ∂x ∂z ∂x
∂F
Se (x, y , f (x, y )) 6= 0, ∀(x, y ) no domı́nio de f , concluı́mos que:
∂z

∂F
∂f
= − ∂x .
∂x ∂F
∂z

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Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis

Da mesma forma, temos que


∂g ∂F dx ∂F dy ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
0= = + + = + .
∂y ∂x dy ∂y dy ∂z ∂y ∂y ∂z ∂y
∂F
Se (x, y , f (x, y )) 6= 0, ∀(x, y ) no domı́nio de f , concluı́mos que:
∂z

∂F
∂f ∂y
=− .
∂y ∂F
∂z

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Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis

Exemplo 10
Determine as derivadas parciais da função z = f (x, y ) dada
implicitamente por
x 3 + y 3 + z 3 + 6xyz = 1.
Considerando a função

F (x, y , z) = x 3 + y 3 + z 3 + 6xyz − 1,

vemos que f (x, y ) é dada implicitamente por F (x, y , z) = 0. Como


Fx = 3x 2 + 6yz, Fy = 3y 2 + 6xz e Fz = 3z 2 + 6xy obtemos que

∂F
∂f 3x 2 + 6yz x 2 + 2yz
= − ∂x = − 2 =− 2 .
∂x ∂F 3z + 6xy z + 2xy
∂z

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Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis

Exemplo 10 - Continuação
A derivada parcial de z = f (x, y ) em relação a y é
∂F
∂f ∂y 3y 2 + 6xz y 2 + 2xz
=− =− 2 =− 2 .
∂y ∂F 3z + 6xy z + 2xy
∂z

Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis

Vamos agora provar o significado geométrico do vetor gradiente.


Exemplo 11 - Interpretação do vetor gradiente
Sejam z = f (x, y ) uma função de duas variáveis que possui derivadas
parciais contı́nuas numa bola aberta Br (x0 , y0 ) e y função de x. Suponha
ainda que
∂f ∂f
(x0 , y0 ) 6= 0 e (x0 , y0 ) 6= 0.
∂x ∂y
Considere a curva de nı́vel Ck de f que contém o ponto (x0 , y0 ), isto é,

Ck = {(x, y ) ∈ Br (x0 , y0 ) | f (x, y ) = k}.

A equação de Ck é f (x, y ) = k.

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Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita

Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis

Exemplo 11 - Continuação
Derivando implicitamente a equação de Ck e substituindo (x0 , y0 ),
obtemos que
∂f ∂f dy
(x0 , y0 ) + (x0 , y0 ) (x0 ) = 0 (1)
∂x ∂y dx
Lembrando que  
∂f ∂f
∇f = , ,
∂x ∂y
reescrevemos (1) na forma:

∇f (x0 , y0 ) · (1, y 0 (x0 )) = 0,


ou seja, o vetor gradiente ∇f (x0 , y0 ) é perpendicular ao vetor (1, y 0 (x0 )).
Portanto, ∇f (x0 , y0 ) é perpendicular a reta tangente à Ck no ponto
(x0 , y0 ).

Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF

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