Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Definição
Definição vetor gradiente
Se f é uma função que admite derivadas parciais em (a, b), definimos o
gradiente de f no ponto (a, b), denotado por ∇f (a, b) ou grad f (a, b),
como sendo o vetor
∇f (a, b) = (fx (a, b), fy (a, b))
De maneira análoga, definimos o vetor gradiente de funções de mais de
duas variáveis.
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Exemplos
Exemplo 1
Determinar o vetor gradiente das funções
y2
(a) z = 5x 2 y + (b) w = xyz 2
x
y2
2y
(a) ∇z = 10xy − , 5x 2 +
x2 x
(b) ∇w = yz 2 , xz 2 , 2xyz
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Vetor gradiente e curvas de nı́vel
Teorema
Seja f uma função tal que, pelo ponto P0 (x0 , y0 ), passa uma curva de
nı́vel Ck de f . Se o vetor ∇f (x0 , y0 ) 6= (0, 0), então ele é perpendicular à
curva Ck em (x0 , y0 ), isto é, ele é perpendicular à reta tangente à curva
Ck no ponto (x0 , y0 ).
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Vetor gradiente e curvas de nı́vel
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Exemplos
Exemplo 2
Encontrar as equações da reta
√ perpendicular e da reta tangente à curva
x 2 + y 2 = 4 no ponto P(1, 3).
2 2
A curva dada é uma
√ curva de nı́vel da função
√ f (x, y ) = x + y e passa
pelo ponto P(1, 3). Assim o vetor ∇f (1, 3) é perpendicular à curva
dada nesse ponto. Temos
√ √
∇f (x, y ) = (2x, 2y ) ⇒ ∇f (1, 3) = (2, 2 3)
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Exemplos
A inclinação da reta p, perpendicular à curva dada
√ no ponto P, coincide
com o coeficiente angular, k2 , do vetor ∇f (1, 3) (para um vetor
u2
(u1 , u2 ), k2 = ). Temos
u1
√
2 3 √
k2 = = 3.
2
Assim, a reta p possui equação
√ √
y − 3 = 3(x − 1)
√
y = 3x
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Exemplos
Sabemos que o vetor gradiente é perpendicular à reta tangente t. No
plano xy , um vetor (u1 , u2 ) é perpendicular a uma reta t se k1 · k2 = −1,
onde k1 é o coeficiente angular da reta t e k2 é o coeficiente angular do
vetor (u1 , u2 ). Então
√
1 1 3
k1 = − = − √ =− .
k2 3 3
Assim a reta t possui equação
√
√ 3
y− 3=− (x − 1)
3
√ √
3 4 3
y =− x+
3 3
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Vetor gradiente e superfı́cies de nı́vel
Este último teorema continua válido para uma função de três variáveis e
superfı́cies de nı́vel. A conclusão é que o vetor gradiente é perpendicular
à superfı́cie de nı́vel. Isso nos permite utilizar vetores gradientes de
funções de três variáveis para encontrar equações de planos tangentes e
retas normais à superfı́cies.
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Exemplos
Exemplo 3
Determine as equações do plano tangente e da reta normal no ponto
x2 z2
P(−2, 1, −3) ao elipsoide + y2 + = 3.
4 9
O elipsoide é a superfı́cie de nı́vel S3 da função
x2 z2
F (x, y , z) = + y2 + .
4 9
x 2z
Portanto, temos Fx (x, y , z) = , Fy (x, y , z) = 2y e Fz (x, y , z) =
2 9
2
e Fx (−2, 1, −3) = −1, Fy (−2, 1, −3) = 2 e Fz (−2, 1, −3) = −
3
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Exemplos
Então, uma equação do plano tangente no ponto P(−2, 1, −3) é
2
−1(x + 2) + 2(y − 1) − (z + 3) = 0,
3
que pode ser simplificada como
3x − 6y + 2z + 18 = 0.
As equações simétricas da reta normal são
x +2 y −1 z +3
= = .
−1 2 − 23
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de uma variável
Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais diferenciável em um
conjunto D e x = g (t) e y = h(t) funções deriváveis em um intervalo
I ⊂ R.
Suponha ainda que
(g (t), h(t)) ∈ D, para cada t ∈ I .
Nesta situação podemos considerar a função de uma variável real definida
em I por
F (t) = f (g (t), h(t)).
A questão agora é : Como calcular F 0 (t)?
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de uma variável
Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais diferenciável em um
conjunto D, x = g (t) e y = h(t) funções deriváveis em um intervalo
I ⊂ R.
Regra da cadeia
A função
F (t) = f (g (t), h(t))
é derivável em I e
∂f dg ∂f dh
F 0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt
dx dg dy dh
Usando que = e = , reescrevemos a relação acima como
dt dt dt dt
Regra da cadeia (reescrita)
∂f dx ∂f dy
F 0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de uma variável
Exemplo 1
Sejam f (x, y ) = x 2 y + 3xy 4 , x = sen(2t) e y = cos t. Determine a
função F (t) = f (sen(2t), cos t), a sua derivada F 0 (t) e F 0 (0).
A função F (t) é dada por
F (t) = f (sen(2t), cos t) = sen2 (2t) cos t + 3 sen(2t) cos4 t
e sua derivada F 0 (t) pode ser determinada por
∂f dx ∂f dy
F 0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de uma variável
Exemplo 1: Continuação
Temos que
∂f ∂f
= 2xy + 3y 4 , = x 2 + 12xy 3 ,
∂x ∂y
dx dy
= 2 cos(2t), = − sen(t).
dt dt
Logo,
F 0 (t) = (2xy + 3y 4 ) 2 cos(2t) + (x 2 + 12xy 3 )(− sen(t)).
Como x(0) = sen(2 · 0) = 0 e y (0) = cos 0 = 1, obtemos que
F 0 (0) = (2x(0)y (0)+3y (0)4 ) 2 cos(2·0)+(x(0)2 +12x(0)y (0)3 )(− sen(0))
= (2 · 0 · 1 + 3(1)4 ) · 2 · 1 + (02 + 12 · 0 · 13 )(−0) = 6.
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de duas variáveis
Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais, diferenciável em um
conjunto D ⊂ R2 , e x = g (s, t) e y = h(s, t) funções diferenciáveis em
um conjunto A ⊂ R2 .
Suponha ainda que
(g (s, t), h(s, t)) ∈ D, para cada (s, t) ∈ A.
Nesta situação podemos considerar a função de duas variáveis reais s, t
definida em A por
F (s, t) = f (g (s, t), h(s, t)).
∂F ∂F
A questão agora é : Como calcular e ?
∂s ∂t
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de duas variáveis
Sejam f (x, y ) uma função de duas variáveis reais, diferenciável em um
conjunto D ⊂ R2 , e x = g (s, t) e y = h(s, t) funções diferenciáveis em
um conjunto A ⊂ R2 .
Regra da cadeia
As derivadas parciais de F (s, t) = f (g (s, t), h(s, t)) em relação às
variáveis s e t são dadas por:
∂F ∂f ∂g ∂f ∂h ∂F ∂f ∂g ∂f ∂h
= + , = + ,
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
ou ainda,
∂F ∂f ∂x ∂f ∂y ∂F ∂f ∂x ∂f ∂y
= + , = + .
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Podemos ver a regra da cadeia para funções de duas variáveis através do
seguinte diagrama:
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de duas variáveis
Exemplo 2
Sejam f (x, y ) = e x sen y e x = st 2 e y = s 2 t.
As derivadas parciais de F (s, t) = f (st 2 , s 2 t) pode ser determinada por
∂F ∂f ∂x ∂f ∂y ∂F ∂f ∂x ∂f ∂y
= + , = + .
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
Como
∂f ∂f
= e x sen y , = e x cos y ,
∂x ∂y
∂x ∂x
= t 2, = 2st,
∂s ∂t
∂y ∂y
= 2st, = s 2,
∂s ∂t
obtemos que:
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de duas variáveis
Exemplo 2
∂F
= (e x sen y )t 2 + (e x cos y )2st =
∂s
h 2 i h 2 i
= e st sen(s 2 t) t 2 + e st cos(s 2 t) 2st.
∂F
= (e x sen y )2st + (e x cos y )s 2 =
∂t
h 2 i h 2 i
= e st sen(s 2 t) 2st + e st cos(s 2 t) s 2 .
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de duas variáveis
Exemplo 3
Sejam f (x, y ) uma função diferenciável em R2 e
g (s, t) = f (s 2 − t 2 , t 2 − s 2 ).
Vamos provar que g satisfaz a relação
∂g ∂g
t +s = 0.
∂s ∂t
Fazendo x = s 2 − t 2 e y = t 2 − s 2 obtemos g (s, t) = f (x(s, t), y (s, t)).
Usando a regra da cadeia obtemos:
∂g ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂f
= + = (2s) + (−2s),
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂x ∂y
∂g ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂f
= + = (−2t) + (2t).
∂t ∂x ∂t ∂y ∂t ∂x ∂y
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de duas variáveis
Exemplo 3 - Continuação
Portanto,
∂g ∂g ∂f ∂f ∂f ∂f
t +s =t (2s) + (−2s) + s (−2t) + (2t) = 0.
∂s ∂t ∂x ∂y ∂x ∂y
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de duas variáveis
Exemplo 4
Considere a função h(t) = f (e 2t , cos t), onde f : R2 −→ R é uma função
∂f 2π
diferenciável. Determine h0 (π), sabendo que (e , −1) = e −2π .
∂x
Considere x = e 2t e y = cos t. Então x 0 (t) = 2e 2t e y 0 (t) = − sen t. Pela
regra da cadeia obtemos
∂f dx ∂f dy
h0 (t) = + .
∂x dt ∂y dt
Logo,
∂f dx ∂f dy
h0 (π) = (x(π), y (π)) (π) + (x(π), y (π)) (π) =
∂x dt ∂y dt
∂f 2π ∂f ∂f 2π
= (e , cos π) 2e 2π + (e 2π , cos π)(− sen π) = (e , −1) 2e 2π = 2.
∂x ∂y ∂x
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de várias variáveis
Considere uma função f de n variáveis x1 , x2 , . . . , xn . Suponha ainda que
xi = gi (t1 , t2 , . . . , tm ), para cada i ∈ {1, 2, . . . , n} e que as funções
f , g1 , . . . , gn são diferenciáveis.
Caso geral
A função
F (t1 , t2 , . . . , tm ) = f (g1 (t1 , t2 , . . . , tm ), . . . , gn (t1 , t2 , . . . , tm ))
tem derivadas parciais dadas por:
∂F ∂f ∂g1 ∂f ∂gn
= + ··· + , para cada j ∈ {1, 2, . . . , m}.
∂tj ∂x1 ∂tj ∂xn ∂tj
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia para funções de várias variáveis
Exemplo 5
Sejam f (x, y , z) = x 4 y + y 2 z 3 , x = rse t , y = rs 2 e −t , z = r 2 s sen t e
g (r , s, t) = f (x(r , s, t), y (r , s, t), z(r , s, t)).
∂g
Determine (2, 1, 0).
∂s
Pela regra da cadeia temos:
∂g ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂z
= + + =
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s ∂z ∂s
= (4x 3 y )(re t ) + (x 4 + 2yz 3 )(2rse −t ) + (3y 2 z 2 )(r 2 sen t).
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia de funções para várias variáveis
Exemplo 5 - Continuação
Como x(2, 1, 0) = 2, y (2, 1, 0) = 2 e z(2, 1, 0) = 0, obtemos que
∂g
(2, 1, 0) = 4x(2, 1, 0)3 y (2, 1, 0) (2e 0 ) + x(2, 1, 0)4 +
∂s
+ 2y (2, 1, 0)z(2, 1, 0)3 (2 · 2 · e −0 ) + 3y (2, 1, 0)2 z(2, 1, 0)2 (22 · 0) =
= (4 · 23 · 2)2 + (24 + 2 · 2 · 03 )(2 · 2) = 192.
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Regra da cadeia de funções para várias variáveis
Exemplo 6
Considere uma função w = F (x, y , z) de 3 variáveis. Suponha ainda que
z é uma função de x e y , ou seja, z = f (x, y ). As derivadas parciais da
função
g (x, y ) = F (x, y , f (x, y ))
podem ser determinadas usando a regra da cadeia.
Para ver isso, considere as função p(x, y ) = x e q(x, y ) = y . Então
g (x, y ) = F (p(x, y ), q(x, y ), f (x, y )),
∂g ∂F ∂p ∂F ∂q ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
= + + = +
∂x ∂x ∂x ∂y ∂x ∂z ∂x ∂x ∂z ∂x
e
∂g ∂F ∂p ∂F ∂q ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
= + + = + .
∂y ∂x ∂y ∂y ∂y ∂z ∂y ∂y ∂z ∂y
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de uma variável
Definição
Uma função y = f (x), definida em I ⊂ R, é dada implicitamente por
F (x, y ) = 0 se
F (x, f (x)) = 0, para todo x ∈ I .
Exemplo 7
√
A função y = f (x) = 1 − x 2 é dada implicitamente por
F (x, y ) = x 2 + y 2 − 1 = 0.
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de uma variável
Seja y = f (x) uma função dada implicitamente por F (x, y ) = 0.
Suponha que f é derivável e que F é diferenciável. Usando a regra da
cadeia na função
g (x) = F (x, f (x)) = 0,
obtemos que:
∂F dx ∂F dy ∂F ∂F dy
0 = g 0 (x) = + = + .
∂x dx ∂y dx ∂x ∂y dx
∂F
Se (x, f (x)) 6= 0, para todo x no domı́nio de f , concluı́mos que:
∂y
∂F
dy
= − ∂x .
dx ∂F
∂y
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de uma variável
Exemplo 8
Determine a derivada y 0 da função y = f (x) dada implicitamente por
x 3 + y 3 = 6xy .
Considerando a função
F (x, y ) = x 3 + y 3 − 6xy ,
vemos que f (x) é dada implicitamente por F (x, y ) = 0. Como
Fx = 3x 2 − 6y e Fy = 3y 2 − 6x, obtemos que
∂F
dy 3x 2 − 6y x 2 − 2y
= − ∂x = − 2 =− 2 .
dx ∂F 3y − 6x y − 2x
∂y
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis
Definição
Uma função z = f (x, y ), de duas variáveis definida em D ⊂ R2 , é dada
implicitamente por F (x, y , z) = 0 se
F (x, y , f (x, y )) = 0, para todo (x, y ) ∈ D.
Exemplos 9
A função z = x 2 − y 2 + 1 é dada implicitamente por
F (x, y , z) = x 2 − y 2 − z + 1.
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis
Seja z = f (x, y ) uma função dada implicitamente por F (x, y , z) = 0.
Suponha que f e F tem derivadas parciais contı́nuas. Usando a regra da
cadeia na função
g (x, y ) = F (x, y , f (x, y )) = 0,
obtemos que:
∂g ∂F dx ∂F dy ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
0= = + + = + .
∂x ∂x dx ∂y dx ∂z ∂x ∂x ∂z ∂x
∂F
Se (x, y , f (x, y )) 6= 0, ∀(x, y ) no domı́nio de f , concluı́mos que:
∂z
∂F
∂f
= − ∂x .
∂x ∂F
∂z
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis
Da mesma forma, temos que
∂g ∂F dx ∂F dy ∂F ∂f ∂F ∂F ∂f
0= = + + = + .
∂y ∂x dy ∂y dy ∂z ∂y ∂y ∂z ∂y
∂F
Se (x, y , f (x, y )) 6= 0, ∀(x, y ) no domı́nio de f , concluı́mos que:
∂z
∂F
∂f ∂y
=− .
∂y ∂F
∂z
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis
Exemplo 10
Determine as derivadas parciais da função z = f (x, y ) dada
implicitamente por
x 3 + y 3 + z 3 + 6xyz = 1.
Considerando a função
F (x, y , z) = x 3 + y 3 + z 3 + 6xyz − 1,
vemos que f (x, y ) é dada implicitamente por F (x, y , z) = 0. Como
Fx = 3x 2 + 6yz, Fy = 3y 2 + 6xz e Fz = 3z 2 + 6xy obtemos que
∂F
∂f 3x 2 + 6yz x 2 + 2yz
= − ∂x = − 2 =− 2 .
∂x ∂F 3z + 6xy z + 2xy
∂z
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis
Exemplo 10 - Continuação
A derivada parcial de z = f (x, y ) em relação a y é
∂F
∂f ∂y 3y 2 + 6xz y 2 + 2xz
=− =− 2 =− 2 .
∂y ∂F 3z + 6xy z + 2xy
∂z
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis
Vamos agora provar o significado geométrico do vetor gradiente.
Exemplo 11 - Interpretação do vetor gradiente
Sejam z = f (x, y ) uma função de duas variáveis que possui derivadas
parciais contı́nuas numa bola aberta Br (x0 , y0 ) e y função de x. Suponha
ainda que
∂f ∂f
(x0 , y0 ) 6= 0 e (x0 , y0 ) 6= 0.
∂x ∂y
Considere a curva de nı́vel Ck de f que contém o ponto (x0 , y0 ), isto é,
Ck = {(x, y ) ∈ Br (x0 , y0 ) | f (x, y ) = k}.
A equação de Ck é f (x, y ) = k.
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Vetor Gradiente
Regra da cadeia
Derivação Implı́cita
Derivação Implı́cita de funções de duas variáveis
Exemplo 11 - Continuação
Derivando implicitamente a equação de Ck e substituindo (x0 , y0 ),
obtemos que
∂f ∂f dy
(x0 , y0 ) + (x0 , y0 ) (x0 ) = 0 (1)
∂x ∂y dx
Lembrando que
∂f ∂f
∇f = , ,
∂x ∂y
reescrevemos (1) na forma:
∇f (x0 , y0 ) · (1, y 0 (x0 )) = 0,
ou seja, o vetor gradiente ∇f (x0 , y0 ) é perpendicular ao vetor (1, y 0 (x0 )).
Portanto, ∇f (x0 , y0 ) é perpendicular a reta tangente à Ck no ponto
(x0 , y0 ).
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF