Fontes Renovaveis
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Curso UniTrain
«Energia Renovável - Fotovoltaica»
Lucas-Nülle GmbH · Siemensstraße 2 · 50170 Kerpen (Sindorf) · Fone: 0049 2273 567-0
www.lucas-nuelle.com
Material 5
Placa CO4213-3D 6
Introdução à fotovoltaica 8
Método de fabricação 17
Radiação solar 21
O Sol 22
A posição solar 28
O módulo solar 56
Tipos de ligações de células FV 57
Circuito em série 62
Circuito paralelo 64
Observação da potência 66
Criação de Hot-Spots 70
Diodos de bypass 71
Experimento: Sombreamento 72
A bateria chumbo-ácido 84
Copyright 111
Objetivos do curso
Bem-vindo ao curso UniTrain sobre Fotovoltaica. A equipe da LUCAS NÜLLE lhe deseja sucesso
no estudo dos tópicos do curso e muita diversão ao realizar os experimentos. As páginas a seguir
oferecem uma visão geral dos conteúdos do curso e dos materiais necessários.
Este curso apresenta os conhecimentos básicos sobre geração fotovoltaica de energia. Os assuntos
principais são a relação entre a irradiância, tensão de circuito aberto e corrente de curto-circuito bem
como a potência de uma célula fotovoltaica. Um grande número de experimentos serve para ilustrar
o conteúdo teórico.
Conteúdo didático
O que entendemos por energia fotovoltaica?
Estrutura de célula fotovoltaica
Tensão de circuito aberto
Corrente de curto-circuito
Curva característica U-I
Ponto de potência máxima
Fator de preenchimento
Potência da célula fotovoltaica
Circuito em série de células fotovoltaicas
Circuito paralelo de células fotovoltaicas
Operação direta
Operação de armazenamento
Material
CO4203-
Interface UniTrain
2A
CO4213-
Placa de experimento fotovoltaico
3D
Passe o cursor do mouse sobre a imagem para descobrir mais sobre os componentes da
placa.
Dados técnicos:
Radiador 120 W (dimerizável)
Quatro módulos solares
monocristalinos de 6 V
Bateria de chumbo gel 12 V (1,2
Ah)
Controlador de carga de 12 V com
proteção contra sobretensão e
descarga total
Ventilador 12 V
Lâmpada LED 12 V
Dimensões:
Se o radiador permanece ligado durante um período maior, ele e a célula solar podem
esquentar!
Projeto: Modernização de uma casa de férias
No âmbito da reforma de uma casa de férias, sua tarefa é modernizar o fornecimento de energia. O
fornecimento atual de energia é feito por um gerador a diesel, o que acabou ficando caro demais e
demandando muita manutenção para o cliente. A ligação da casa de férias à rede de distribuição de
energia elétrica não é viável, pois tal empreendimento só seria possível com custos financeiros e
construtivos muito elevados.
Você recomenda ao cliente que instale um sistema fotovoltaico na sua casa de férias, com operação
independente, pois seria o sistema ideal para garantir um fornecimento fácil e autônomo de energia
elétrica. O cliente já ouviu falar sobre geração fotovoltaica, mas não tem ideia do que exatamente se
trata. Por essa razão, ele gostaria que você lhe apresentasse uma introdução ao assunto da geração
fotovoltaica.
Introdução à fotovoltaica
O termo geração fotovoltaica se refere à transformação direta de luz (solar) em energia elétrica,
sendo que essa transformação é realizada por células solares. O adjetivo «fotovoltaica» é composto
pela palavra grega photon ( luz) e Volta,o nome do físico italiano.
O princípio de funcionamento da célula solar é baseado no efeito fotovoltaico (para ser mais exato,
no efeito fotoelétrico interno), quando ocorre uma separação de cargas sob ação da luz. Esse efeito
foi observado pela primeira vez em 1839, por Alexandre Edmond Bequerel. Durante um
experimento, ele constatou que duas placas metálicas imersas em ácido diluído geravam mais
energia quando eram expostas diretamente à radiação solar.
No ano de 1958, o primeiro satélite alimentado por energia elétrica proveniente exclusivamente de
células solares foi lançado em órbita ao redor da Terra.
Constitui um contato de ligação através do qual é possível obter uma tensão da célula FV.
São inseridos no material semicondutor átomos impuros, que possuem menos elétrons
livres. Deste modo, obtêm-se um excesso de portadores de carga positiva (elétrons-buraco
ou lacunas) no material semicondutor. Este tipo de camada de semicondutor é chamado de
camada semicondutora de carga positiva.
São inseridos no material semicondutor átomos impuros, que possuem mais elétrons. Deste
modo, obtêm-se um excesso de portadores de carga negativa (elétrons) no material
semicondutor. Este tipo de camada de semicondutor é chamado de camada semicondutora
de carga negativa.
5. Película antirreflexo:
A película antirreflexo deve, por um lado, proteger a célula FV e, por outro, evitar a reflexão
da radiação na sua superfície.
Princípio da célula fotovoltaica
As células solares são normalmente fabricadas em silício, o segundo elemento mais comum na
crosta terrestre. Um átomo de silício dispõe de quatro elétrons de valência. Num cristal de silício,
dois elétrons de átomos adjacentes partilham uma ligação covalente. Neste estado, o cristal de
silício não é condutor elétrico, visto que não estão disponíveis quaisquer elétrons livres para o
transporte de carga.
Se for fornecida energia ao cristal de silício, sob a forma de luz ou calor, por exemplo, esta energia
também é absorvida pelos elétrons. Se a quantidade da energia for suficientemente grande, os
elétrons podem romper a ligação covalente e mover-se livremente no silício. No seu local original na
rede cristalina, o elétron deixa um espaço chamado buraco ou lacuna. O silício passa a ser condutor.
Este efeito é chamado de semicondutor intrínseco. Sem qualquer outra influência, o elétron iria voltar
a dissipar rapidamente a energia absorvida e regressar a um buraco livre (lacuna).
Junção PN
Uma junção PN se forma quando as camadas de semicondutores do tipo P e N são unidas. Os
elétrons movem-se na região limítrofe entre as duas camadas de semicondutores, indo da camada
de semicondutores do tipo P para a camada de semicondutores do tipo N, recombinando-se com os
buracos.
Devido à separação dos portadores de carga, surge um campo elétrico na região limítrofe. Esta
região limítrofe também é chamada de zona de carga espacial.
Efeito fotovoltaico
Quando a luz atinge a rede cristalina da célula FV, a energia da luz é transferida para a rede
cristalina. A energia estimula os átomos da rede cristalina a formar pares elétrons-buraco. Se este
fenômeno acontecer fora da junção PN, os pares elétrons-buraco recombinam-se muito
rapidamente. Dentro da junção PN, os pares elétron-buraco são separados pelo campo elétrico da
junção PN. Os elétrons são atraídos para a camada de semicondutores do tipo N e os buracos para
a camada de semicondutores do tipo P, gerando assim tensão na célula FV. Quando um consumidor
é ligado, passa a existir um fluxo de corrente.
Tipos de células fotovoltaicas
As células fotovoltaicas são divididas em três grupos, de acordo com as suas respectivas matérias-
primas:
Monocristalinas
Policristalinas
Células de película fina
Do grupo das células de película fina fazem parte as células de silício amorfo, assim como as células
de outros materiais, como o telureto de cádmio (CdTe), o disselenieto de cobre e índio (CIS) ou o
arsenieto de gálio (GaAs). Na prática, prevalecem até agora as células fotovoltaicas de silício.
(Fotografia: www.sunways.de)
Células fotovoltaicas policristalinas
A matéria-prima é igualmente silício de elevado grau de pureza, que é fundido. Contudo, para a
fabricação de células fotovoltaicas policristalinas não são criados monocristais; pelo contrário, o
silício fundido esfria de modo controlado num molde quadrado. Durante o esfriamento, os cristais
espalham-se de forma irregular, formando a superfície reluzente típica das células fotovoltaicas
policristalinas. Os blocos de silício quadrados são cortados em wafers com espessura de 200 a 300
µm. A sua fabricação é concluída com a dopagem, a aplicação de superfícies de contacto e da
película antirreflexo. A película antirreflexo confere a típica tonalidade azulada à superfície da célula
fotovoltaica, já que o azul é a cor que menos luz reflete e a que mais absorve. A eficiência das
células fotovoltaicas policristalinas encontra-se entre 13 e 16 %.
(Fotografia: www.buch-der-synergien.de)
(Fotografia: www.w-quadrat.de)
Durante a fabricação de células fotovoltaicas de silício amorfo, o silício é aplicado sobre um material
de suporte, como vidro, por exemplo. A espessura do silício aplicado é de aprox. 0,5 a 2 µm, de
maneira que não é apenas necessário menos silício, como também é eliminado o trabalhoso
processo de corte dos blocos de silício. No entanto, a eficiência de células fotovoltaicas de silício
amorfo encontra-se apenas entre 6 e 8 %.
Célula de disselenieto de cobre e índio (CIS)
Neste tipo de células, em vez de silício são utilizadas camadas finas de cobre, índio e selênio.
Quase 99 % da luz incidente é absorvida pelas células CIS, sendo essa a razão pela qual elas
possuem uma superfície preta. São fabricadas em uma câmara de vácuo, onde os materiais são
aplicados sobre um material de suporte a uma temperatura de 500 °C.
A tabela seguinte apresenta uma vista geral sobre os diversos níveis de eficiência dos módulos e
das superfícies necessárias para gerar uma potência de 1 kWp.
Monocristalino 15 - 18 7-9
Policristalino 13 - 16 8-9
Amorfo 6-8 13 - 20
Disselenieto de cobre e
10 - 12 9 - 11
índio
Método de fabricação
SiO2 + C = Si + CO2
O silício obtido através deste processo tem um grau de pureza de aprox. 98 %, não sendo, no
entanto, suficiente para a produção de células fotovoltaicas. Por isso, é necessário elevar o grau de
pureza do silício para quase 100 %, através de outros processos. Consequentemente, os custos de
produção do silício de elevado grau de pureza são muito altos.
Em seguida, o silício puro é processado e transformado em wafers de silício (discos de silício puro);
a partir deles são, por fim, produzidas as células fotovoltaicas. São diversos os métodos de
fabricação dos wafers de silício para os diferentes tipos de células fotovoltaicas. Hoje em dia,
distinguem-se entre os seguintes métodos de fabricação
Método de fundição
Método de Bridgman
Método de Czochralski
Método de fusão por zona (Float-Zone Melting)
Método EFG (Edge-defined Film-fed Growth)
Método "String-Ribbon"
Na imagem seguinte é possível identificar qual método de fabricação é utilizado para cada tipo de
célula.
Células fotovoltaicas monocristalinas
Método de Czochralski
O silício fundido encontra-se num cadinho rotativo e é mantido em estado líquido por um aquecedor.
Na ponta de uma barra de metal está fixado o cristal-semente, que determina a orientação da rede
cristalina do silício. O cristal-semente é mergulhado no silício fundido e puxado lentamente para
cima, enquanto roda no sentido contrário ao do cadinho. A velocidade com que o cristal-semente é
puxado para fora do silício fundido e a temperatura do silício fundido definem o diâmetro do cristal
formado.
A partir do cristal de silício extraído são cortados os wafers de silício. Contudo, dado que a largura
do corte e a espessura do wafer são praticamente iguais, perde-se até 50 % do cristal extraído.
Método de fundição
Neste método, primeiro o silício altamente puro é liquifeito e colocado em moldes. O silício fundido
cristaliza-se lentamente nestes moldes, formando um bloco de silício solidificado. A seguir, o bloco
de silício é cortado em discos finos – os chamados wafers de silício. A rede cristalina só apresenta
zonas pequenas com a mesma orientação.
Método de Bridgman
Este método distingue-se do anterior apenas pela fase de esfriamento. Em torno do molde com o
silício fundido é usado um aquecedor. Este é movido lentamente para cima, o que permite ao silício
cristalizar-se devagar a partir da base do molde. Deste modo, surgem na rede cristalina zonas
maiores com a mesma orientação, tal como no método de fundição. Forma-se, assim, o padrão
típico das células fotovoltaicas policristalinas.
Método EFG (Edge-defined Film-fed Growth)
Tal como no método de Czochralski, o silício é fundido num cadinho e mantido no estado líquido
através de um aquecedor. No entanto, neste caso não é extraído um lingote de silício do material
fundido, mas sim um octógono com espessura de 280 µm e 100 mm de comprimento em cada um
dos lados. A barra de silício octogonal, que é extraída já pronta, é cortada a laser, de modo a formar
quadrados que, por fim, podem ser cortados de acordo com o comprimento pretendido.
Método "String-Ribbon"
Dois cabos finos, resistentes a altas temperaturas, são passados através do silício fundido. Durante
a passagem dos arames, o silício fundido ocupa a área entre os cabos, solidificando-se. A partir da
fita de silício assim criada são cortados os wafers no comprimento pretendido.
Radiação solar
O Sol
A maior fonte de energia "inesgotável" da humanidade é, neste momento, o Sol, energia essa que é
emitida sob a forma de radiação solar. Na Terra, quase toda a energia da radiação solar é convertida
em calor. Graças aos sistemas fotovoltaicos, é possível utilizar diretamente ou armazenar esta
energia.
Aprox. 80 % de hidrogénio
Aprox. 20 % de hélio
0,1 % de outros elementos
Os processos de fusão nuclear no Sol geram a radiação solar. O Sol emite uma potência de
irradiação total de aprox. 3845·1026 W. Relacionando esta potência com a superfície do Sol, obtém-
se a radiação específica do Sol de 63 110 kWm-2.
Uma superfície de 0,2 quilômetros quadrados no Sol iria irradiar num ano energia suficiente para
atender a totalidade da necessidade de energia primária em toda a Terra. No entanto, apenas uma
pequena parcela da energia irradiada pelo Sol chega à Terra.
Se imaginarmos uma esfera envolvendo o Sol, com um raio de 150 milhões de quilómetros
(distância média entre o centro do Sol e o centro da Terra), emanaria da superfície do reservatório a
mesma potência de irradiação que da superfície do Sol. No entanto, a distância entre o Sol e a Terra
não é constante ao longo de todo o ano, portanto a irradiância na Terra é variável. Calculando-se o
valor médio para a irradiância, obtém-se então a irradiância designada por constante solar
E0 = 1367 Wm-2.
A radiação solar na Terra
A constante solar introduzida no capítulo anterior expressa a irradiância fora da atmosfera terrestre.
Ao percorrer a atmosfera terrestre, a irradiância vai diminuindo, portanto nunca pode alcançar o valor
da constante solar na superfície da Terra. A irradiância reduz-se devido à …
… Reflexão na atmosfera
… Absorção da atmosfera
… Dispersão de Rayleigh
… Dispersão de Mie
Dispersão de Rayleigh
É provocada pelos componentes moleculares da atmosfera, cujo diâmetro é muito menor quando
comparado com o comprimento da onda de radiação solar. Quanto menor o comprimento da onda
de radiação solar, tanto maior será a influência deste efeito.
Dispersão de Mie
As impurezas e as partículas de pó na atmosfera são os grandes causadores da dispersão de Mie.
O comprimento da onda de radiação solar é, neste caso, inferior ao diâmetro das impurezas ou das
partículas de pó. Este efeito é mais notório nos locais onde a atmosfera está mais contaminada (por
ex., zonas industriais), do que nos locais com uma menor carga de contaminantes (por ex.,
montanhas altas).
No experimento deve ser demonstrado que a célula solar gera eletricidade a partir da luz solar
ou do radiador.
Para obter os resultados esperados nos experimentos a seguir, é necessário que o radiador seja
ajustado corretamente. Para isso, abra os instrumentos virtuais amperímetro A e amperímetro B ,
através da opção no menu Instrumentos | Instrumentos de medição | Amperímetro A e Instrumentos
| Instrumentos de medição | Amperímetro B ou clicando nas figuras abaixo e selecionando as
configurações, como indicado nas tabelas a seguir.
Configurações amperímetro A
Intervalo: 100 mV
Modo: DC, AV
Shunt: 1 Ohm
Configurações amperímetro B
Intervalo: 100 mV
Modo: DC, AV
Shunt: 1 Ohm
Conecte os dois amperímetros aos módulos solares G1 e G4, como indicado na animação a
seguir.
Repita esse procedimento até que todos os quatro módulos solares forneçam uma corrente
entre 45 e 55 mA.
A posição solar
A posição exata do Sol é muito importante para muitos cálculos e aplicações. Para a descrição exata
da posição do Sol, aplica-se dois ângulos, de acordo com a norma DIN 5034. A elevação solar γS
descreve o ângulo entre o horizonte (sempre a partir do ponto de vista do observador) e o ponto
central do Sol. O azimute solar αS indica o ângulo entre o Norte geográfico e o círculo vertical,
passando pelo ponto central do Sol.
Deve-se lembrar que a elevação do Sol e o azimute solar não dependem apenas da posição do
observador, mas também da data e da hora da observação.
O trajeto do Sol
Com a rotação da Terra em torno do próprio eixo, parece que o Sol se movimenta pelo céu, quando
observado a partir de um ponto fixo na Terra. A posição do Sol depende do local da observação, do
horário do dia e da estação do ano. Na animação a seguir, o movimento aparente do Sol pelo céu é
ilustrado.
A posição do Sol tem forte influência sobre a energia que pode incidir sobre uma célula solar.
Apenas quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre a superfície da célula solar,
a densidade de potência sobre a superfície corresponde à densidade de potência incidente.
Qualquer outro ângulo de incidência da luz leva a uma redução da densidade de potência na
superfície da célula solar. De forma correspondente, a densidade de potência em uma célula solar
orientada paralelamente à radiação solar é igual a zero.
A declinação
A declinação é o ângulo entre o equador e o trajeto entre o centro da Terra e do Sol. Como o eixo da
Terra está inclinado em 23,45°, a declinação varia no decorrer do ano entre ±23,45°. No verão e no
inverno, a declinação apresenta seu valor máximo, enquanto na primavera e no outono, ela é igual a
0°.
A elevação solar
A elevação solar γS descreve o ângulo entre o horizonte (sempre a partir do ponto de vista do
observador) e o centro do Sol.
O azimute solar
O azimute solar αS indica o ângulo entre o Norte geográfico e o círculo vertical, passando pelo centro
do Sol.
Porém, os algoritmos são tão complexos que praticamente é impossível rastrear a trajetória solar
durante um dia. Os diagramas da trajetória solar servem de auxílio nesse caso. Para um certo local
são determinados e representados tanto a elevação solar quanto também o azimute solar para
diferentes dias ao longo do ano.
O ângulo de incidência da radiação solar
Se a radiação solar incidir sobre uma superfície horizontal, é possível determinar o ângulo de
incidência θhor diretamente a partir do ângulo de elevação solar, através da seguinte relação:
θhor = 90° - γS
No entanto, nem todas as superfícies incididas são horizontais. Algumas são inclinadas e
apresentam um ângulo de azimute αE diferente do ângulo do próprio Sol. Para determinar o ângulo
de incidência θgen, primeiramente é definido um vetor s, que está direcionado para o Sol. O ângulo
entre o vetor s e o vetor normal (perpendicular em relação à superfície inclinada) é definido como
ângulo de incidência θgen e é calculado através da seguinte fórmula:
No experimento a seguir deve ser indicado o comportamento de uma célula solar de acordo
com o ângulo de incidência da luz.
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
X U 4,0 V 0,5 V
Y I 60 mA 5 mA
Y P 0,15 W 0,03 W
1400
Y E 100 W/m2
W/m2
Altere várias vezes o ângulo do radiador (30°, 60°, 90°, 120°, 150°) e registre a curva
característica para cada posição do ângulo, como descrito anteriormente.
Você explicou os fundamentos da geração fotovoltaica ao cliente. Agora você pretende esclarecer
melhor os parâmetros característicos da célula solar.
Com ajuda dos parâmetros, é possível comparar diferentes células solares entre si. Mas os
parâmetros são ainda mais importantes quando o assunto é o planejamento e dimensionamento de
um sistema de geração fotovoltaica.
Tensão em circuito aberto da célula FV
A tensão de circuito aberto UOC é a tensão mais alta que pode surgir nas ligações de uma célula FV
e é importante para o dimensionamento dos circuitos subsequentes (p. ex., o inversor). É medida
sem que um consumidor esteja ligado à célula FV.
A tensão que pode ser obtida na célula é determinada, em grande parte, pelos materias empregados
na fabricação do semicondutor.
Irradiância
Ângulo de incidência da irradiação solar
Temperatura
Irradiância
Na imagem está representada a relação entre a tensão de circuito aberto e a irradiância.
Vê-se claramente que a relação entre a tensão de circuito aberto e a irradiância não é linear. Mesmo
com uma irradiância muito reduzida é gerada quase toda a tensão! Ao montar módulos FV em
telhados, é necessário ter em mente que também se trabalha sob tensão, mesmo que o céu esteja
nublado.
Temperatura
A tensão de circuito aberto de uma célula FV possui um coeficiente de temperatura negativo, ou
seja, se a célula FV ou um módulo FV aquecer (p. ex., como resultado da luz incidente), então a
tensão de circuito aberto diminui, à medida que a temperatura aumenta. Uma consequência desta
dependência da temperatura reside no fato de que a maior tensão de circuito aberto surge com as
baixas temperaturas (inverno).
No caso de módulos FV que exijam a sua adaptação a climas mais quentes, é necessário que
os módulos sejam formados a partir de mais células do que o normal (40 em vez de 36
células, por exemplo)!
Experimento: Tensão de circuito aberto de uma célula FV
No experimento a seguir devem ser analisadas as correlações da tensão de circuito aberto UOC
de uma célula fotovoltaica policristalina com auxílio dos instrumentos virtuais voltímetro e
registrador X-Y.
O radiador é orientado de tal forma que a luz incide verticalmente sobre a célula fotovoltaica.
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
Y U 5,0 V 0,5 V
Para registrar a curva característica da tensão de circuito aberto, proceda da maneira que
segue:
1. Ajuste o radiador para a irradiância máxima.
2. Inicie a gravação do registrador X-Y com o interruptor REC.
3. Reduza lentamente a irradiância através do dimmer.
4. Quando a irradiância mínima foi alcançada, pare a gravação com o interruptor REC.
Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).
Sim
Não
...permanece constante
... não tem dependência linear da irradiância
Várias respostas
...aumenta linearmente com a irradiância. podem ser
corretas!
... com uma irradiância pequena (em torno de 100 W/m2) já
chegou praticamente ao seu máximo.
Qual é a tensão de circuito aberto máxima da célula fotovoltaica com irradiância máxima?
UOC = ____ V
Dependência da tensão de circuito aberto do ângulo de
radiação
Analise que influência o ângulo de radiação da luz tem sobre a tensão de circuito aberto. Para
isso, meça a tensão de circuito aberto com diferentes ângulos de radiação.
Configurações voltímetro A
Intervalo: 5V
Modo: DC
3.9
U [V]
3.8
3.7
3.6
3.5
3.4
3.3
3.2
3.1
15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165
γs[°]
Que relação você pode constatar entre a tensão de circuito aberto UOC e o ângulo de
incidência da radiação?
A corrente de curto-circuito IK é a maior corrente possível que uma célula FV pode fornecer. A
medição da corrente de curto-circuito é efetuada diretamente nas ligações da célula FV com um
amperímetro, que possui uma resistência interna muito reduzida.
As células FV são à prova de curto-circuito, portanto não existe perigo de que sejam destruídas
durante o curto-circuito.
Irradiância
Ângulo de incidência da irradiação solar
Temperatura
Irradiância
Medições mais precisas da corrente de curto-circuito em função da irradiância apresentam a
seguinte curva típica:
A dependência linear da corrente de curto-circuito em relação à irradiância pode ser utilizada na
seguinte aplicação:
Temperatura
Medições mais precisas da dependência da temperatura em relação à corrente de curto-circuito
indicam que a corrente possui um coeficiente de temperatura positivo. Se a célula FV aquecer, a
corrente sobe com o aumento da temperatura.
Experimento: Corrente de curto-circuito de uma célula FV
No experimento a seguir deve ser medida a corrente de curto-circuito ISC de uma célula
fotovoltaica policristalina com auxílio do instrumento virtual amperímetro .
O radiador é colocado na posição em que a luz incide verticalmente sobre a célula fotovoltaica.
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
Y I 60 mA 5 mA
Sim
Não
ISC = ____ mA
Intervalo: 100 mV
Modo: DC
Shunt: 1 Ohm
70
Isc [mA]
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
0
15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165
γs [°]
Entre os dois pontos de funcionamento, circuito aberto e curto-circuito, podem ser medidos outros
pontos de funcionamento com diferentes correntes. Todos eles juntos formam a curva característica.
Para determinar a curva característica, é necessário medir simultaneamente a corrente e a tensão
da célula.
A curva característica de uma célula/um módulo representa um importante critério de avaliação para
o técnico.
A imagem mostra o traçado típico da curva característica U/I de uma célula FV para diferentes
irradiâncias.
Registro da curva característica U-I
Outros pontos de funcionamento com correntes diferentes podem ser medidos entre os dois pontos
de funcionamento do circuito aberto e de curto-circuito. Todos os pontos de medição em conjunto
resultam na curva característica. Para determinar a curva característica, é preciso medir
simultaneamente a corrente e a tensão da célula. Para obter vários pontos de medição, é conectado
um resistor de carga (potenciômetro) alterável.
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
X U 4,0 V 0,5 V
Y I 50 mA 5 mA
Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).
Divergindo da teoria, as curvas características não tocarão os eixos do gráfico. Isso se deve,
por um lado, ao método de medição empregado bem como à medição simultânea da tensão e
da corrente. Com a medição de corrente através de um shunt de medição cai uma tensão
reduzida no shunt de medição em caso de curto-circuito, que é considerada na medição da
tensão. Portanto, no curto-circuito da célula solar/do módulo solar, a tensão não é exatamente
zero.
A resistência final do potenciômetro não atende a condição para o caso de circuito aberto,
que possibilita R→∞. Com isso, as curvas características terminam pouco antes do eixo da
tensão e não chegam a tocar neste.
Nível de eficiência de uma célula fotovoltaica
A potência que uma célula ou um módulo FV pode fornecer depende não só da irradiância, mas
também se o consumidor estiver bem adaptado. O ponto de funcionamento em circuito aberto
(I = 0 mA) e o ponto de funcionamento em curto-circuito (U = 0 V) geram a potência disponível
P = 0 W, de acordo com a fórmula P = U · I. Entre estes dois pontos de funcionamento, o produto
P = U · I também deve resultar num valor máximo. Este ponto de funcionamento é designado por
Maximum Power Point (MPP - ponto de potência máxima).
A potência máxima PMáx. que uma célula FV pode gerar com um consumidor ligado é sempre inferior
ao produto resultante da corrente de curto-circuito e da tensão em circuito aberto.
Fator de preenchimento
O fator de preenchimento é um critério de qualidade da célula fotovoltaica e indica o modo como a
curva característica I/U converge com o quadrado da tensão em circuito aberto (UL) e da corrente de
curto-circuito (IK). O cálculo do fator de preenchimento é efectuado de acordo com a seguinte
fórmula:
Eficiência
Para determinar a eficiência η de uma célula fotovoltaica, é necessária a potência MPP, a irradiância
E e a superfície A da célula fotovoltaica. A eficiência é calculada a partir da seguinte relação:
A consequência desta constatação é que os módulos devem possuir sempre uma boa ventilação
traseira, de forma a garantir a melhor refrigeração possível!
Determinação do nível de eficiência
O radiador é orientado de tal forma que a luz incide verticalmente sobre a célula fotovoltaica e a
irradiância máxima seja configurada.
E = ____ W/m2
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
Configurações do registrador X-Y
X U 4,0 V 0,5 V
Y I 60 mA 5 mA
Y P 0,16 W 0,03 W
Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).
Divergindo da teoria, as curvas características não tocarão os eixos do gráfico. Isso se deve,
por um lado, à técnica de medição empregada bem como à medição simultânea da tensão e
da corrente. Com a medição de corrente através de um shunt de medição cai uma tensão
reduzida no shunt de medição em caso de curto-circuito, que é considerada na medição da
tensão. Portanto, no curto-circuito da célula solar/do módulo solar, a tensão não é exatamente
zero.
A resistência final do potenciômetro não atende a condição para o caso de circuito aberto,
que possibilita R→∞. Com isso, as curvas características terminam pouco antes do eixo da
tensão e não chegam a tocar neste.
A partir do gráfico, determine os seguintes parâmetros:
UOC =____ V
UMPP =____ V
ISC =____ mA
IMPP =____ mA
PMPP =____ mW
FF = ____
Calcule a eficiência da célula solar. A área da célula solar é de 7,20cm 7,20cm2. (1W/m2 ≡
0.1mW/cm2)
η = _____ %
O módulo solar
Você combinou um encontro com o cliente no local, para vistoriar a casa de férias. Você pretende
verificar a situação real e as condições da casa de férias. Durante o encontro, você explica ao cliente
como as células solares individuais podem ser interligadas e, finalmente, combinadas em módulos
solares.
Durante a vistoria, uma árvore em frente à casa chama sua atenção, pois projeta sua sombra sobre
o telhado da mesma. Você explica ao cliente o problema do sombreamento de módulos solares.
Quais são os efeitos que ocorrem nesse caso no módulo solar e quais providências podem ser
tomadas quanto a isso.
Tipos de ligações de células FV
Diferentes tensões ou amperagens podem ser alcançadas com as conexões correspondentes das
células fotovoltaicas, que podem ser
Circuitos em série
Circuitos paralelos
Circuitos mistos.
Módulos conectados em série muitas vezes são denominados de fase ou, em inglês, String.
Infelizmente células ou módulos não são absolutamente idênticos. A corrente total depende, no
caso, da pior célula ou módulo. Esse efeito é denominado de Mismatching (incompatibilidade).
Somente células ou módulos do mesmo tipo podem ser conectados em paralelo, pois as diferenças
resultariam em correntes de compensação correspondentes e as correntes parciais não seriam
somadas.
Os tipos de circuitos descritos para células solares também se aplicam aos módulos solares.
Experimento: Ligação de células FV
Configurações voltímetro A
Intervalo: 5V
Modo: DC
Ajuste o radiador para a irradiância máxima e meça a tensão de circuito aberto de todos os
módulos solares.
Insira os valores medidos na tabela a seguir!
G1 ____
G2 ____
G3 ____
G4 ____
Intervalo: 100 mV
Modo: DC
Shunt: 1 Ohm
G1 ____
G2 ____
G3 ____
G4 ____
Circuito em série
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
X U 16 V 2V
Y I 70 mA 10 mA
Repita o registro da curva característica U-I para o circuito em série de dois, três e quatro
módulos solares. Depois de ter registrado todas as curvas características, copie as mesmas
para o gráfico a seguir.
Quais das afirmações a seguir estão corretas?
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
X U 4,0 V 0,5 V
Y I 220 mA 20 mA
Repita o registro da curva característica U-I para o circuito paralelo de dois, três e quatro
módulos solares. Depois de ter registrado todas as curvas características, copie as mesmas
para o gráfico a seguir.
Quais das afirmações a seguir estão corretas?
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
X U 8V 1V
Y I 110 mA 10 mA
Y P 0,3 W 0,05 W
Depois de ter registrado todas as curvas características, copie as mesmas para o curinga a
seguir. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e pressione o botão direito do mouse (Copiar).
A junção de várias células solares em um módulo solar serve para os seguintes fins:
Cobertura de vidro
A cobertura de vidro de módulos solares em geral é composta de vidro que atende a requisitos
específicos. Precisa deixar passar o máximo de luz solar e refletir o mínimo possível da luz. Para
que essas características sejam mantidas durante toda a vida útil do módulo solar, o vidro precisa
ser resistente à radiação UV. Além disso, a cobertura de vidro deve evitar a entrada de água ou
vapor de água, pois isso reduziria a vida útil do módulo solar significativamente.
Encapsulamento
Por um lado, o encapsulamento representa a conexão mecânica das células solares individuais
entre si. Por outro, serve como ponte óptica entre a cobertura de vidro e as células solares, para
impedir mais perdas da radiação solar. Para tanto, o encapsulamento deve apresentar as mesmas
características ópticas que a cobertura de vidro. Em geral, usa-se acetato-vinilo de etileno (EVA)
para o encapsulamento.
Cobertura inferior
Assim como a cobertura frontal, a cobertura inferior deve impedir a entrada de água ou vapor de
água. Em geral é composta por Tedlar ou vidro.
Caixa de junção
Na caixa de junção são conectados diodos de roda livre ou de bypass para o módulo solar, bem
como os cabos de ligação.
Moldura
A moldura de um módulo solar em geral é de alumínio e serve, entre outras funções, para proteger o
vidro durante o transporte e a montagem. Além disso, a moldura confere robustez ao conjunto e
oferece opções de fixação.
Criação de Hot-Spots
Através do esquema de circuito equivalente simplificado de uma célula fotovoltaica, é fácil explicar o
problema em questão. O esquema de circuito equivalente de uma célula compõe-se de um circuito
paralelo de fonte de corrente e diodo.
Como uma célula fotovoltaica sombreada não gera corrente, a fonte de corrente desaparece do
esquema de circuito equivalente, restando apenas o diodo. Se várias células fotovoltaicas são
ligadas em série, como é usual em um módulo, o diodo da célula fotovoltaica sombreada fica com a
polarização inversa. Como consequência, toda a tensão do módulo pode cair no diodo. Se essa
tensão excede a tensão reversa do diodo, esse seria destruído. Se a tensão for menor que a tensão
reversa, ocorre uma dissipação de potência no diodo, o que causa o aquecimento da célula,
podendo danificar o módulo. Esse efeito é chamado de Hot-Spot (ponto quente).
Diodos de bypass
Os assim chamados diodos de bypass oferecem proteção contra Hot-Spots e são conectados em
posição antiparalela à célula fotovoltaica. Se uma célula fotovoltaica de uma fase é sombreada, ela
não fornecerá mais tensão e a tensão total da fase diminui, mas o fluxo de corrente é mantido
através do diodo de bypass.
Como não há mais conversão de potência na célula fotovoltaica, essa não aquece e não será
danificada.
A implementação prática dessa proteção é um pouco diferente nos módulos. Neles não será feita a
ligação paralela de um diodo de bypass para cada célula fotovoltaica, mas várias células
fotovoltaicas conjuntamente até fases inteiras. A desvantagem é que no caso de uma célula
sombreada, várias células fotovoltaicas ou mesmo toda uma fase vão falhar; essa desvantagem
deve ser considerada no dimensionamento.
Experimento: Sombreamento
Configurações voltímetro A
Intervalo: 20 V
Modo: DC, AV
Intervalo: 100 mV
Modo: DC, AV
Shunt: 1 Ohm
Com o potenciômetro, ajuste uma tensão de aprox. 3,3 V e uma corrente de aprox. 60 mA.
Que observações você pode fazer quando o módulo solar 3 fica sombreado?
A corrente aumenta.
A tensão no módulo solar fica negativa. Várias respostas
podem ser
Corrente e tensão não se alteram.
corretas!
Praticamente não há mais fluxo de corrente.
Iunshaded =____ mA
Uunshaded =____ V
Ishaded =____ mA
Ushaded =____ V
Conecte o diodo de bypass para o módulo solar 3 e repita as medições para o módulo sem
sombreamento e com sombreamento.
Meça a corrente e a tensão com o módulo solar sem sombreamento.
Iunshaded =____ mA
Uunshaded =____ V
Ishaded =____ mA
Ushaded =____ V
Experimento: Curvas características de módulos solares
sombreados
Circuito em série
Monte o experimento a seguir:
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
X U 8V 1V
Y I 150 mA 10 mA
Y P 0,4 W 0,05 W
Para registrar a curva característica, proceda da maneira que segue:
Conecte os diodos de bypass em paralelo com os dois módulos solares G1 e G3. Grave as
curvas características. Registre novamente as curvas características do módulo solar G3 com
sombreamento.
Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).
Circuito paralelo
Monte o experimento a seguir:
Os dois módulos solares G1 e G2 são ligados paralelamente. Em um primeiro momento, os
diodos de bypass dos módulos solares não serão conectados. Registre as curvas
características.
Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
X U 4V 0,5 V
Y I 110 mA 10 mA
Y P 0,3 W 0,05 W
Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).
Abastecimento direto
Operação autônoma (off-grid)
Alimentação da rede (on grid)
Abastecimento direto
Um consumidor é conectado diretamente ao sistema de geração fotovoltaica, sendo abastecido de
energia por ele.
Aplicações típicas desse tipo são os sistemas de bomba solar em jardins europeus ou como
unidades de abastecimento de água em países em desenvolvimento, onde um reservatório pode
assumir a função de acumulador, se necessário.
Na maioria dos casos, no entanto, a operação direta eficiente por parte de consumidores
requer um circuito adaptador adicional entre o gerador fotovoltaico e o consumidor. A
adaptação garante que o gerador fotovoltaico opere sempre no ponto de funcionamento MPP
(ponto de máxima potência), obtendo um resultado ótimo em termos energéticos.
Configurações voltímetro A
Intervalo: 20 V
Modo: DC
Intervalo: 100 mV
Modo: DC
Shunt: 1 Ohm
UOC =_____ V
URated =____ V
IRated =_____ mA
PRated=_____ mW
A imagem a seguir mostra a estrutura básica de uma bateria chumbo-ácido. Ela conta com dois
eletrodos, um positivo de dióxido de chumbo (PbO2) e um negativo de chumbo (Pb), caso a bateria
esteja carregada. Em uma caixa plástica, os dois eletrodos são separados um do outro por
separadores. Os eletrodos e separadores estão imersos em um eletrolito de solução de ácido
sulfúrico (H2SO4).
Tal célula de uma bateria chumbo-ácido tem uma tensão nominal de 2 V. Para alcançar uma tensão
operacional de 12 V são conectadas 6 células em série.
Na descarga, os eletrodos positivos (PbO2) e negativos (Pb) reagem com a solução de ácido
sulfúrico. Essa reação gera sulfato de chumbo (PbSO4) e libera elétrons. Ao absorver elétrons, no
eletrodo positivo também se forma sulfato de chumbo (PbSO4) e água (H2O). Esse processo é
apresentado na animação a seguir.
Aplicando uma tensão de carga na bateria, as reações da descarga são invertidas, isto é, o eletrodo
negativo absorve elétrons e o sulfato de chumbo (PbSO4) se decompõe, restando chumbo puro no
eletrodo. No eletrodo positivo também ocorre a decomposição do sulfato de chumbo (PbSO4) e com
a liberação de elétrons, resta o dióxido de chumbo (PbO2) no eletrodo, como podemos ver na
animação a seguir.
Manutenção da bateria chumbo-ácido
Ao usar baterias chumbo-ácido é preciso atentar para a proteção da bateria contra sobrecarga ou
descarga profunda. Isso porque a descarga profunda gera cristais de sulfato de chumbo que não são
dissolvidos ou são pouco dissolvidos durante o processo de carga. É possível evitar a descarga
profunda, desligando os consumidores da bateria assim que a tensão da mesma chegar a 11,4 V ou
menos.
Já quando a bateria é carregada com uma tensão elevada demais (sobrecarga), a situação é outra.
A partir de uma tensão de 13,8 V, a bateria começa a formar gás. Através de eletrólise, a água no
eletrolito é decomposta em água e oxigênio, vazando da bateria. O teor de água na bateria deve ser
verificado em intervalos regulares e, se necessário, deve ser reabastecido com água destilada.
Observe que com o vazamento de gás pode ser gerado gás explosivo a partir da mistura
de hidrogênio e oxigênio, razão pela qual os ambientes precisam estar bem ventilados.
Carregamento da bateria chumbo-ácido
Através das células solares na placa de experimento, a bateria pode ser carregado apenas muito
lentamente, pois estas fornecem apenas uma corrente de carga muito baixa. Caso a tensão da
bateria cair demasiadamente antes ou durante os exercícios do curso, carregue a bateria com
auxílio da tensão de carga da placa de experimento.
Configurações voltímetro A
Intervalo: 20 V
Modo: DC
Configurações amperímetro B
Intervalo: 100 mV
Modo: DC
Shunt: 1 Ohm
ICarga = ____ mA
IDescarga = ____ mA
Planejamento e dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
autônomos
Para finalizar o projeto, planeje o sistema fotovoltaico autônomo completo. Para determinar a
demanda de energia, o mais simples é elaborar uma lista com todos os consumidores e suas
respectivas potências nominais em Watt. Além disso, você ainda vai precisar saber as horas de
operação por dia para cada consumidor. Essas você terá que estimar e/ou solicitar em conversa
com o cliente. A partir da potência e dos períodos de operação diários você pode calcular o consumo
diário de energia.
________
Iluminação 100 5
(1)
________
Sala de estar Televisor 50 4
(2)
________
Rádio 15 2
(3)
________
Iluminação 100 3
(4)
________
Cozinha Cafeteira 1200 0,2
(5)
________
Geladeira 12,5 24
(6)
________
Banheiro Iluminação 60 2
(7)
________
Dormitório 1 Iluminação 60 1
(8)
________
Dormitório 2 Iluminação 60 1
(9)
________
Outros 25 24
(10)
________Consumo________
Potência total:
(11) total (12)
Na primeira etapa, você define o tipo de módulo solar que deverá ser usado no projeto. Tendo as
dimensões do módulo solar e a potência nominal, você pode determinar a eficiência do módulo
solar. As dimensões do módulo solar que você pretende usar no projeto são as seguintes: 1,58 m x
0,81 m. O módulo escolhido tem uma potência nominal de 150 Wpeak . Uma célula solar do módulo
tem as dimensões de 12,9 cm x 12,9 cm. O módulo é equipado com 50 células.
Levando estes valores em consideração, um fabricante tem permissão para rotular seus dados
característicos com condições de teste padrão (STC Standard Test Conditions). Entretanto, os
valores determinados são predominantemente calculados, uma vez que as condições de teste nem
sempre podem ser satisfeitas.
Eficiência do módulo=
Radiação (STC) · Área total de
=____(4) %
Determinação da energia solar disponível e da área de
telhado necessária
Para o levantamento da energia solar disponível e da área de telhado necessária, é preciso saber a
irradiação diária média para o local do sistema fotovoltaico. A irradiação diária média na horizontal
você pode solicitar, por exemplo, junto ao serviço meteorológico da região, pedindo pela média
histórica. A tabela abaixo apresenta a irradiação diária média em uma área horizontal em kWh/m2⋅d
para diferentes locais na Alemanha.
Na tabela é possível observar que a irradiação diária média apresenta forte oscilação ao longo do
ano. Para o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autônomos, é selecionado o mês com
a menor irradiação, para que o sistema forneça energia suficiente mesmo neste mês. Nos meses
restantes, o sistema vai gerar mais energia.
Calcule o menor valor da radiação diária média para o local, a partir da tabela acima.
Assumir para o fator de rendimento um valor de 95%. Calcule a energia solar disponível.
Energia solar
disponível =
Energia solar disponível = ____ kWh/(m2 · d) · ____ = ____ kWh/ menor valor da
radiação diária
(m2 · d)
média · Fator de
rendimento
Agora é preciso levar em conta a eficiência do módulo solar para determinar a energia elétrica
gerada pelo módulo. A energia elétrica fornecida é resultado do produto da energia solar disponível
para o local e da eficiência do módulo.
(m2 · d)
Qual a área de telhado necessária para poder atender ao consumo total diário?
Consumo total
Área de telhado necessária =
Energia elétrica gerada
____(1) kWh/d
=
____(2) kWh/m2 · d
=____(3) m 2
Calcule o número necessário de módulos solares para obter a potência exigida.
____(1) m2
=
____(2) m2
=____(3) Unidades
A partir das dimensões do módulo solar você determina o número de módulos que podem ser
montados na área disponível.
Calcule o número de módulos que podem ser montados no telhado em caso de montagem
horizontal (lado mais curto do módulo para baixo).
Calcule o número de módulos que podem ser montados no telhado em caso de montagem
vertical (lado mais longo do módulo para baixo).
No seu cálculo anterior você constatou que a área utilizável do telhado não é suficiente para montar
a potência necessária. Sua tarefa é diminuir a demanda de energia, indicando ao cliente como ele
pode poupar energia.
Você mostra ao cliente que há muita demanda de energia para a iluminação dos quartos,
apresentando-lhe a lista dos consumidores. Aqui ele pode economizar muita energia se instalar
lâmpadas econômicas no lugar das lâmpadas incandescentes convencionais.
Calcule outra vez a demanda de potência, considerando que todas as lâmpadas
incandescentes são substituídas por lâmpadas econômicas.
Tempo Demanda
Potência
de de
Peça Consumidor nominal
utilização energia
[W]
[h/d] [Wh/d]
________
Iluminação 15 5
(1)
________
Sala de estar Televisor 50 4
(2)
________
Rádio 15 2
(3)
________
Iluminação 15 3
(4)
________
Cozinha Cafeteira 1200 0,2
(5)
________
Kühlschrank 12,5 24
(6)
________
Banheiro Iluminação 11 2
(7)
________
Dormitório 1 Iluminação 11 1
(8)
________
Dormitório 2 Iluminação 11 1
(9)
________
Outros 25 24
(10)
________Consumo________
Potência total:
(11) total (12)
Que efeito sobre a demanda de energia você pode constatar através da troca das lâmpadas
incandescentes por lâmpadas econômicas?
Consumo total
Área de telhado necessária =
Energia elétrica gerada
____(1) kWh/d
=
____(2) kWh/m2 · d
=____(3) m2
Para finalizar o projeto do sistema autônomo de geração fotovoltaica, na última etapa você deve
calcular a capacidade de bateria necessária bem como o número de baterias solares.
A capacidade necessária para a bateria depende da demanda de energia, dos dias de autonomia do
sistema fotovoltaico autônomo e da capacidade obtida da bateria. Quanto mais dias de autonomia
são exigidos do sistema fotovoltaico autônomo, tanto maior será a capacidade de bateria necessária.
A capacidade útil da bateria sempre é menor (em geral 50%) do que a capacidade indicada, por isso
a bateria deve ser projetada maior (o dobro da capacidade). A fórmula para determinar a capacidade
da bateria é obtida assim:
As baterias solares que você usa apresentam uma tensão nominal de 12 V. Utilizando
baterias solares de alta qualidade, você pode aproveitar 62,5% da capacidade da bateria.
autonomia x 100%
Capacidade da bateria =
Tensão da bateria x Capacidade
utilizável da bateria em %
x 100%
=
________(3) V x ________(4) %
=________(5) Ah
Para que a bateria tenha uma maior durabilidade, não é recomendado contar com a
capacidade total da bateria, um valor típico para a capacidade utilizável da bateria é de 50%.
Circuitos falhos
Simulação de erro 1
Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.
Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.
Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.
Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.
Parabéns!
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