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Fontes Renovaveis

O curso UniTrain sobre Fotovoltaica oferece uma introdução abrangente à geração de energia fotovoltaica, abordando desde o funcionamento das células solares até a instalação de sistemas autônomos. Os participantes aprenderão sobre os princípios das células fotovoltaicas, tipos de células, radiação solar e dimensionamento de sistemas, com a realização de diversos experimentos práticos. O curso é projetado para fornecer conhecimentos fundamentais e práticos sobre a tecnologia fotovoltaica e suas aplicações.

Enviado por

celsosamuel2910
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Fontes Renovaveis

O curso UniTrain sobre Fotovoltaica oferece uma introdução abrangente à geração de energia fotovoltaica, abordando desde o funcionamento das células solares até a instalação de sistemas autônomos. Os participantes aprenderão sobre os princípios das células fotovoltaicas, tipos de células, radiação solar e dimensionamento de sistemas, com a realização de diversos experimentos práticos. O curso é projetado para fornecer conhecimentos fundamentais e práticos sobre a tecnologia fotovoltaica e suas aplicações.

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Fotovoltaica

Curso UniTrain
«Energia Renovável - Fotovoltaica»

Curso Nº: CO4204-3D Versão 1.0.0.0

Lucas-Nülle GmbH · Siemensstraße 2 · 50170 Kerpen (Sindorf) · Fone: 0049 2273 567-0
www.lucas-nuelle.com

Copyright © 2022 LUCAS-NÜLLE GmbH.

All rights reserved.


Objetivos do curso 4

Material 5

Placa CO4213-3D 6

Projeto: Modernização de uma casa de férias 7

Introdução à fotovoltaica 8

O que é uma célula fotovoltaica 9

Princípio da célula fotovoltaica 11

Tipos de células fotovoltaicas 14

Método de fabricação 17

Células fotovoltaicas monocristalinas 18

Células fotovoltaicas multicristalinas 19

Radiação solar 21

O Sol 22

A radiação solar na Terra 24

Experimento: Transformando Luz em Eletricidade 26

A posição solar 28

O ângulo de incidência da radiação solar 32

Experimento: Ângulo de incidência da radiação solar 35

Parâmetros da célula solar 37

Tensão em circuito aberto da célula FV 38

Experimento: Tensão de circuito aberto de uma célula FV 40

Corrente de curto-circuito de uma célula FV 43

Experimento: Corrente de curto-circuito de uma célula FV 45

Curva característica U/I da célula fotovoltaica 48

Registro da curva característica U-I 49

Nível de eficiência de uma célula fotovoltaica 51

Determinação do nível de eficiência 53

O módulo solar 56
Tipos de ligações de células FV 57

Experimento: Ligação de células FV 59

Circuito em série 62

Circuito paralelo 64

Observação da potência 66

Estrutura de módulos solares 68

Criação de Hot-Spots 70

Diodos de bypass 71

Experimento: Sombreamento 72

Experimento: Curvas características de módulos solares sombreados 75

Propostas de sistemas fotovoltaicos 79

Propostas de sistemas fotovoltaicos 80

Experimento: Consumidor em operação direta 82

A bateria chumbo-ácido 84

Carregamento da bateria chumbo-ácido 87

Experimento: Consumidor em operação de armazenamento 88

Planejamento e dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autônomos 91

Determinação do consumo total 92

Redução da demanda de energia 97

Dimensionamento da bateria 100

Circuitos falhos 102

Simulação de erro 1 103

Simulação de erro 2 105

Simulação de erro 3 107

Simulação de erro 4 109

Copyright 111
Objetivos do curso

Bem-vindo ao curso UniTrain sobre Fotovoltaica. A equipe da LUCAS NÜLLE lhe deseja sucesso
no estudo dos tópicos do curso e muita diversão ao realizar os experimentos. As páginas a seguir
oferecem uma visão geral dos conteúdos do curso e dos materiais necessários.

Este curso apresenta os conhecimentos básicos sobre geração fotovoltaica de energia. Os assuntos
principais são a relação entre a irradiância, tensão de circuito aberto e corrente de curto-circuito bem
como a potência de uma célula fotovoltaica. Um grande número de experimentos serve para ilustrar
o conteúdo teórico.

Conteúdo didático
O que entendemos por energia fotovoltaica?
Estrutura de célula fotovoltaica
Tensão de circuito aberto
Corrente de curto-circuito
Curva característica U-I
Ponto de potência máxima
Fator de preenchimento
Potência da célula fotovoltaica
Circuito em série de células fotovoltaicas
Circuito paralelo de células fotovoltaicas
Operação direta
Operação de armazenamento
Material

CO4203-
Interface UniTrain
2A

CO4213-
Placa de experimento fotovoltaico
3D

Acessórios para medição UniTrain


CO4203-
(placas para resistência shunt,
2J
cabos de teste, jumper)
Placa CO4213-3D

A placa de experimento fotovoltaico CO4213-3D contém todos os componentes para a montagem de


um sistema autônomo fotovoltaico com acumulador de energia.

Passe o cursor do mouse sobre a imagem para descobrir mais sobre os componentes da
placa.

Dados técnicos:
Radiador 120 W (dimerizável)
Quatro módulos solares
monocristalinos de 6 V
Bateria de chumbo gel 12 V (1,2
Ah)
Controlador de carga de 12 V com
proteção contra sobretensão e
descarga total
Ventilador 12 V
Lâmpada LED 12 V

Dimensões:

560 x 270 mm (Largura X Altura)

Se o radiador permanece ligado durante um período maior, ele e a célula solar podem
esquentar!
Projeto: Modernização de uma casa de férias

No âmbito da reforma de uma casa de férias, sua tarefa é modernizar o fornecimento de energia. O
fornecimento atual de energia é feito por um gerador a diesel, o que acabou ficando caro demais e
demandando muita manutenção para o cliente. A ligação da casa de férias à rede de distribuição de
energia elétrica não é viável, pois tal empreendimento só seria possível com custos financeiros e
construtivos muito elevados.

Você recomenda ao cliente que instale um sistema fotovoltaico na sua casa de férias, com operação
independente, pois seria o sistema ideal para garantir um fornecimento fácil e autônomo de energia
elétrica. O cliente já ouviu falar sobre geração fotovoltaica, mas não tem ideia do que exatamente se
trata. Por essa razão, ele gostaria que você lhe apresentasse uma introdução ao assunto da geração
fotovoltaica.
Introdução à fotovoltaica

O termo geração fotovoltaica se refere à transformação direta de luz (solar) em energia elétrica,
sendo que essa transformação é realizada por células solares. O adjetivo «fotovoltaica» é composto
pela palavra grega photon ( luz) e Volta,o nome do físico italiano.

O princípio de funcionamento da célula solar é baseado no efeito fotovoltaico (para ser mais exato,
no efeito fotoelétrico interno), quando ocorre uma separação de cargas sob ação da luz. Esse efeito
foi observado pela primeira vez em 1839, por Alexandre Edmond Bequerel. Durante um
experimento, ele constatou que duas placas metálicas imersas em ácido diluído geravam mais
energia quando eram expostas diretamente à radiação solar.

No ano de 1958, o primeiro satélite alimentado por energia elétrica proveniente exclusivamente de
células solares foi lançado em órbita ao redor da Terra.

Atualmente a tecnologia fotovoltaica é amplamente difundida no setor de abastecimento de energia


elétrica, fornecendo as mais diversas opções de potência, desde a gama mW até a gama kW.
O que é uma célula fotovoltaica

Estrutura de uma célula FV


As células FV são elementos semicondutores. As propriedades de condução elétrica só se
manifestam quando se fornece luz ou calor.

O desenho seguinte mostra a estrutura de uma célula FV:


1. Contato metálico posterior:

Constitui um contato de ligação através do qual é possível obter uma tensão da célula FV.

2. Camada de semicondutores do tipo P:

São inseridos no material semicondutor átomos impuros, que possuem menos elétrons
livres. Deste modo, obtêm-se um excesso de portadores de carga positiva (elétrons-buraco
ou lacunas) no material semicondutor. Este tipo de camada de semicondutor é chamado de
camada semicondutora de carga positiva.

3. Camada de semicondutores do tipo N:

São inseridos no material semicondutor átomos impuros, que possuem mais elétrons. Deste
modo, obtêm-se um excesso de portadores de carga negativa (elétrons) no material
semicondutor. Este tipo de camada de semicondutor é chamado de camada semicondutora
de carga negativa.

4. Contatos metálicos frontais:

Os contatos metálicos frontais formam, juntamente com o contato metálico posterior,


ligações às quais é possível conectar, por exemplo, um consumidor.

5. Película antirreflexo:

A película antirreflexo deve, por um lado, proteger a célula FV e, por outro, evitar a reflexão
da radiação na sua superfície.
Princípio da célula fotovoltaica

As células solares são normalmente fabricadas em silício, o segundo elemento mais comum na
crosta terrestre. Um átomo de silício dispõe de quatro elétrons de valência. Num cristal de silício,
dois elétrons de átomos adjacentes partilham uma ligação covalente. Neste estado, o cristal de
silício não é condutor elétrico, visto que não estão disponíveis quaisquer elétrons livres para o
transporte de carga.

Se for fornecida energia ao cristal de silício, sob a forma de luz ou calor, por exemplo, esta energia
também é absorvida pelos elétrons. Se a quantidade da energia for suficientemente grande, os
elétrons podem romper a ligação covalente e mover-se livremente no silício. No seu local original na
rede cristalina, o elétron deixa um espaço chamado buraco ou lacuna. O silício passa a ser condutor.
Este efeito é chamado de semicondutor intrínseco. Sem qualquer outra influência, o elétron iria voltar
a dissipar rapidamente a energia absorvida e regressar a um buraco livre (lacuna).

Através de um campo elétrico, é possível separar elétrons e buracos. Nos semicondutores, é


possível gerar um campo elétrico através da adição de impurezas. Para tanto, são inseridos em uma
área átomos com cinco elétrons. Esta área é chamada de semicondutor do tipo N ou de
semicondutor dopado do tipo negativo, visto que possui uma carga ligeiramente negativa quando
comparada com a rede cristalina pura de silício.
Numa outra área são inseridos átomos com três elétrons. Essa área é designada por semicondutor
do tipo P ou de semicondutor dopado de tipo positivo, visto que possui uma carga ligeiramente
positiva quando comparada com a rede cristalina pura de silício. Se os semicondutores do tipo N e P
estiverem em posições adjacentes, surge em sua região limítrofe uma junção PN, na qual se forma
um campo elétrico.

Junção PN
Uma junção PN se forma quando as camadas de semicondutores do tipo P e N são unidas. Os
elétrons movem-se na região limítrofe entre as duas camadas de semicondutores, indo da camada
de semicondutores do tipo P para a camada de semicondutores do tipo N, recombinando-se com os
buracos.

Elétron Átomo com carga negativa

Buraco Átomo com carga positiva


Os átomos fixos permanecem na área da camada de semicondutores do tipo N, da qual saíram
elétrons, o que faz com que esta área adquira uma carga ligeiramente positiva. Ao contrário, na área
da camada de semicondutores do tipo P, os elétrons e os buracos se unem, tornando-a ligeiramente
negativa, visto que o número dos portadores de carga negativa sobe.

Devido à separação dos portadores de carga, surge um campo elétrico na região limítrofe. Esta
região limítrofe também é chamada de zona de carga espacial.

Efeito fotovoltaico
Quando a luz atinge a rede cristalina da célula FV, a energia da luz é transferida para a rede
cristalina. A energia estimula os átomos da rede cristalina a formar pares elétrons-buraco. Se este
fenômeno acontecer fora da junção PN, os pares elétrons-buraco recombinam-se muito
rapidamente. Dentro da junção PN, os pares elétron-buraco são separados pelo campo elétrico da
junção PN. Os elétrons são atraídos para a camada de semicondutores do tipo N e os buracos para
a camada de semicondutores do tipo P, gerando assim tensão na célula FV. Quando um consumidor
é ligado, passa a existir um fluxo de corrente.
Tipos de células fotovoltaicas

As células fotovoltaicas são divididas em três grupos, de acordo com as suas respectivas matérias-
primas:

Monocristalinas
Policristalinas
Células de película fina

Do grupo das células de película fina fazem parte as células de silício amorfo, assim como as células
de outros materiais, como o telureto de cádmio (CdTe), o disselenieto de cobre e índio (CIS) ou o
arsenieto de gálio (GaAs). Na prática, prevalecem até agora as células fotovoltaicas de silício.

Células fotovoltaicas monocristalinas


A partir de silício fundido de elevado grau de pureza são criados monocristais sob a forma blocos de
silício redondos. Toda a rede cristalina está disposta de modo uniforme em um monocristal. O bloco
de silício é, então, cortado em placas com espessura de 200 a 300 µm, chamadas de bolachas ou
wafers. Para permitir o aproveitamento de toda a superfície do módulo solar, as células redondas
são cortadas, passando a ter uma forma quadrada. Por norma, as células têm 152 mm de
comprimento em cada lado. O método de fabricação é concluído com a dopagem e a aplicação das
superfícies de contato e da película antirreflexo.

As células fotovoltaicas monocristalinas industriais possuem uma eficiência entre 15 e 18 %, que é


atualmente a eficiência mais alta entre as diversas células fotovoltaicas. No entanto, a fabricação de
células fotovoltaicas monocristalinas requer mais energia e tempo do que a de células fotovoltaicas
policristalinas.

(Fotografia: www.sunways.de)
Células fotovoltaicas policristalinas
A matéria-prima é igualmente silício de elevado grau de pureza, que é fundido. Contudo, para a
fabricação de células fotovoltaicas policristalinas não são criados monocristais; pelo contrário, o
silício fundido esfria de modo controlado num molde quadrado. Durante o esfriamento, os cristais
espalham-se de forma irregular, formando a superfície reluzente típica das células fotovoltaicas
policristalinas. Os blocos de silício quadrados são cortados em wafers com espessura de 200 a 300
µm. A sua fabricação é concluída com a dopagem, a aplicação de superfícies de contacto e da
película antirreflexo. A película antirreflexo confere a típica tonalidade azulada à superfície da célula
fotovoltaica, já que o azul é a cor que menos luz reflete e a que mais absorve. A eficiência das
células fotovoltaicas policristalinas encontra-se entre 13 e 16 %.

(Fotografia: www.buch-der-synergien.de)

Células de película fina


Célula de silício amorfo
O termo amorfo deriva do grego (a: sem, morphé: forma) e significa disforme, desprovido de forma.
Na física, os materiais cujos átomos formam padrões irregulares são chamados de amorfos. Se os
átomos possuírem uma estrutura ordenada, são chamados de cristais.

(Fotografia: www.w-quadrat.de)

Durante a fabricação de células fotovoltaicas de silício amorfo, o silício é aplicado sobre um material
de suporte, como vidro, por exemplo. A espessura do silício aplicado é de aprox. 0,5 a 2 µm, de
maneira que não é apenas necessário menos silício, como também é eliminado o trabalhoso
processo de corte dos blocos de silício. No entanto, a eficiência de células fotovoltaicas de silício
amorfo encontra-se apenas entre 6 e 8 %.
Célula de disselenieto de cobre e índio (CIS)
Neste tipo de células, em vez de silício são utilizadas camadas finas de cobre, índio e selênio.
Quase 99 % da luz incidente é absorvida pelas células CIS, sendo essa a razão pela qual elas
possuem uma superfície preta. São fabricadas em uma câmara de vácuo, onde os materiais são
aplicados sobre um material de suporte a uma temperatura de 500 °C.

A tabela seguinte apresenta uma vista geral sobre os diversos níveis de eficiência dos módulos e
das superfícies necessárias para gerar uma potência de 1 kWp.

Nível de eficiência dos


Matéria-prima
módulos em % Área em m2

Monocristalino 15 - 18 7-9

Policristalino 13 - 16 8-9

Amorfo 6-8 13 - 20

Disselenieto de cobre e
10 - 12 9 - 11
índio
Método de fabricação

A matéria-prima de todas as células fotovoltaicas previamente mencionadas é a areia de quartzo


(SiO2), a partir da qual é obtido o silício (Si). A areia de quartzo é o segundo elemento mais comum
na crosta terrestre, por isso as reservas dessa matéria-prima são muito grandes. O silício é obtido
através da redução da areia de quartzo com carbono.

SiO2 + C = Si + CO2

O silício obtido através deste processo tem um grau de pureza de aprox. 98 %, não sendo, no
entanto, suficiente para a produção de células fotovoltaicas. Por isso, é necessário elevar o grau de
pureza do silício para quase 100 %, através de outros processos. Consequentemente, os custos de
produção do silício de elevado grau de pureza são muito altos.

Em seguida, o silício puro é processado e transformado em wafers de silício (discos de silício puro);
a partir deles são, por fim, produzidas as células fotovoltaicas. São diversos os métodos de
fabricação dos wafers de silício para os diferentes tipos de células fotovoltaicas. Hoje em dia,
distinguem-se entre os seguintes métodos de fabricação

Método de fundição
Método de Bridgman
Método de Czochralski
Método de fusão por zona (Float-Zone Melting)
Método EFG (Edge-defined Film-fed Growth)
Método "String-Ribbon"

Na imagem seguinte é possível identificar qual método de fabricação é utilizado para cada tipo de
célula.
Células fotovoltaicas monocristalinas

Método de Czochralski
O silício fundido encontra-se num cadinho rotativo e é mantido em estado líquido por um aquecedor.
Na ponta de uma barra de metal está fixado o cristal-semente, que determina a orientação da rede
cristalina do silício. O cristal-semente é mergulhado no silício fundido e puxado lentamente para
cima, enquanto roda no sentido contrário ao do cadinho. A velocidade com que o cristal-semente é
puxado para fora do silício fundido e a temperatura do silício fundido definem o diâmetro do cristal
formado.

A partir do cristal de silício extraído são cortados os wafers de silício. Contudo, dado que a largura
do corte e a espessura do wafer são praticamente iguais, perde-se até 50 % do cristal extraído.

Método de fusão por zona (Float-Zone Melting)


Um lingote de silício policristalino é suspenso e mantido em rotação numa atmosfera protetora.
Começando pela parte inferior, um aquecedor indutivo começa a fundir o lingote de silício numa
zona estreita. Abaixo do lingote de silício está posicionado um cristal-semente com o qual o silício
fundido entra em contato, assumindo o sentido do respectivo cristal. O aquecedor indutivo move-se
lentamente para cima, enquanto debaixo dele o silício fundido se cristaliza, formando um
monocristal. As impurezas existentes se movem para cima juntamente com a zona de fusão,
depositando-se na extremidade do monocristal.
Células fotovoltaicas multicristalinas

Método de fundição
Neste método, primeiro o silício altamente puro é liquifeito e colocado em moldes. O silício fundido
cristaliza-se lentamente nestes moldes, formando um bloco de silício solidificado. A seguir, o bloco
de silício é cortado em discos finos – os chamados wafers de silício. A rede cristalina só apresenta
zonas pequenas com a mesma orientação.

Método de Bridgman
Este método distingue-se do anterior apenas pela fase de esfriamento. Em torno do molde com o
silício fundido é usado um aquecedor. Este é movido lentamente para cima, o que permite ao silício
cristalizar-se devagar a partir da base do molde. Deste modo, surgem na rede cristalina zonas
maiores com a mesma orientação, tal como no método de fundição. Forma-se, assim, o padrão
típico das células fotovoltaicas policristalinas.
Método EFG (Edge-defined Film-fed Growth)
Tal como no método de Czochralski, o silício é fundido num cadinho e mantido no estado líquido
através de um aquecedor. No entanto, neste caso não é extraído um lingote de silício do material
fundido, mas sim um octógono com espessura de 280 µm e 100 mm de comprimento em cada um
dos lados. A barra de silício octogonal, que é extraída já pronta, é cortada a laser, de modo a formar
quadrados que, por fim, podem ser cortados de acordo com o comprimento pretendido.

Método "String-Ribbon"
Dois cabos finos, resistentes a altas temperaturas, são passados através do silício fundido. Durante
a passagem dos arames, o silício fundido ocupa a área entre os cabos, solidificando-se. A partir da
fita de silício assim criada são cortados os wafers no comprimento pretendido.
Radiação solar
O Sol

A maior fonte de energia "inesgotável" da humanidade é, neste momento, o Sol, energia essa que é
emitida sob a forma de radiação solar. Na Terra, quase toda a energia da radiação solar é convertida
em calor. Graças aos sistemas fotovoltaicos, é possível utilizar diretamente ou armazenar esta
energia.

O Sol é constituído pelos seguintes elementos:

Aprox. 80 % de hidrogénio
Aprox. 20 % de hélio
0,1 % de outros elementos

Os processos de fusão nuclear no Sol geram a radiação solar. O Sol emite uma potência de
irradiação total de aprox. 3845·1026 W. Relacionando esta potência com a superfície do Sol, obtém-
se a radiação específica do Sol de 63 110 kWm-2.

Uma superfície de 0,2 quilômetros quadrados no Sol iria irradiar num ano energia suficiente para
atender a totalidade da necessidade de energia primária em toda a Terra. No entanto, apenas uma
pequena parcela da energia irradiada pelo Sol chega à Terra.
Se imaginarmos uma esfera envolvendo o Sol, com um raio de 150 milhões de quilómetros
(distância média entre o centro do Sol e o centro da Terra), emanaria da superfície do reservatório a
mesma potência de irradiação que da superfície do Sol. No entanto, a distância entre o Sol e a Terra
não é constante ao longo de todo o ano, portanto a irradiância na Terra é variável. Calculando-se o
valor médio para a irradiância, obtém-se então a irradiância designada por constante solar
E0 = 1367 Wm-2.
A radiação solar na Terra

A constante solar introduzida no capítulo anterior expressa a irradiância fora da atmosfera terrestre.
Ao percorrer a atmosfera terrestre, a irradiância vai diminuindo, portanto nunca pode alcançar o valor
da constante solar na superfície da Terra. A irradiância reduz-se devido à …

… Reflexão na atmosfera
… Absorção da atmosfera
… Dispersão de Rayleigh
… Dispersão de Mie

Redução devido à absorção


Os diferentes componentes da atmosfera (hidrogênio, ozônio, oxigênio, dióxido de carbono) são os
responsáveis pela redução da irradiância devido à absorção. No entanto, a absorção não é uniforme
ao longo de todos os comprimentos de onda, como mostra a imagem seguinte.

Pode-se notar que a absorção é maior na área da luz visível.

Dispersão de Rayleigh
É provocada pelos componentes moleculares da atmosfera, cujo diâmetro é muito menor quando
comparado com o comprimento da onda de radiação solar. Quanto menor o comprimento da onda
de radiação solar, tanto maior será a influência deste efeito.
Dispersão de Mie
As impurezas e as partículas de pó na atmosfera são os grandes causadores da dispersão de Mie.
O comprimento da onda de radiação solar é, neste caso, inferior ao diâmetro das impurezas ou das
partículas de pó. Este efeito é mais notório nos locais onde a atmosfera está mais contaminada (por
ex., zonas industriais), do que nos locais com uma menor carga de contaminantes (por ex.,
montanhas altas).

Radiação solar na Terra


Devido à dispersão e reflexão anteriormente descritas, a radiação solar na Terra deixa de ser
apenas composta por radiação solar direta, como acontece no espaço, mas passa também a ter
uma parcela difusa. A seguinte imagem ilustra a composição da radiação solar na Terra.

A radiação solar na Terra é definida como

EG hor = Edir hor + Edif hor


Experimento: Transformando Luz em Eletricidade

No experimento deve ser demonstrado que a célula solar gera eletricidade a partir da luz solar
ou do radiador.

A animação apresenta a estrutura experimental:

Ajuste diferentes irradiâncias com o dimmer e observe o comportamento do LED.

Para obter os resultados esperados nos experimentos a seguir, é necessário que o radiador seja
ajustado corretamente. Para isso, abra os instrumentos virtuais amperímetro A e amperímetro B ,
através da opção no menu Instrumentos | Instrumentos de medição | Amperímetro A e Instrumentos
| Instrumentos de medição | Amperímetro B ou clicando nas figuras abaixo e selecionando as
configurações, como indicado nas tabelas a seguir.

Configurações amperímetro A

Intervalo: 100 mV

Modo: DC, AV

Shunt: 1 Ohm
Configurações amperímetro B

Intervalo: 100 mV

Modo: DC, AV

Shunt: 1 Ohm

Conecte os dois amperímetros aos módulos solares G1 e G4, como indicado na animação a
seguir.

Coloque o radiador na posição em ângulo de 90° e ajuste-o na irradiância máxima. Altere


cuidadosamente a orientação do radiador, movendo-o um pouco para a esquerda ou para a
direita, até que os dois amperímetros indiquem uma corrente de aprox. 50 mA. Verifique em
seguida a corrente dos módulos solares G2 e G3 e, se necessário, altere a orientação do
radiador.

Repita esse procedimento até que todos os quatro módulos solares forneçam uma corrente
entre 45 e 55 mA.
A posição solar

A posição exata do Sol é muito importante para muitos cálculos e aplicações. Para a descrição exata
da posição do Sol, aplica-se dois ângulos, de acordo com a norma DIN 5034. A elevação solar γS
descreve o ângulo entre o horizonte (sempre a partir do ponto de vista do observador) e o ponto
central do Sol. O azimute solar αS indica o ângulo entre o Norte geográfico e o círculo vertical,
passando pelo ponto central do Sol.

Deve-se lembrar que a elevação do Sol e o azimute solar não dependem apenas da posição do
observador, mas também da data e da hora da observação.

O trajeto do Sol
Com a rotação da Terra em torno do próprio eixo, parece que o Sol se movimenta pelo céu, quando
observado a partir de um ponto fixo na Terra. A posição do Sol depende do local da observação, do
horário do dia e da estação do ano. Na animação a seguir, o movimento aparente do Sol pelo céu é
ilustrado.

A posição do Sol tem forte influência sobre a energia que pode incidir sobre uma célula solar.
Apenas quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre a superfície da célula solar,
a densidade de potência sobre a superfície corresponde à densidade de potência incidente.
Qualquer outro ângulo de incidência da luz leva a uma redução da densidade de potência na
superfície da célula solar. De forma correspondente, a densidade de potência em uma célula solar
orientada paralelamente à radiação solar é igual a zero.
A declinação
A declinação é o ângulo entre o equador e o trajeto entre o centro da Terra e do Sol. Como o eixo da
Terra está inclinado em 23,45°, a declinação varia no decorrer do ano entre ±23,45°. No verão e no
inverno, a declinação apresenta seu valor máximo, enquanto na primavera e no outono, ela é igual a
0°.

A elevação solar
A elevação solar γS descreve o ângulo entre o horizonte (sempre a partir do ponto de vista do
observador) e o centro do Sol.

Massa de ar (air mass)


A massa de ar define quantas vezes o trajeto da luz solar corresponde ao caminho mais curto
através da atmosfera terrestre. Quando o Sol está em posição perpendicular em relação ao
observador, o valor AM é 1. No espaço, a massa de ar é definida como 0.
O valor AM está diretamente relacionado à elevação solar γS e pode ser calculado da seguinte
forma:

O azimute solar
O azimute solar αS indica o ângulo entre o Norte geográfico e o círculo vertical, passando pelo centro
do Sol.

Diagrama da trajetória solar


Para determinar a elevação solar e o azimute foram desenvolvidos diversos algoritmos (algoritmo
DIN; algoritmo SUNAE; algoritmo SOLPOS) , com leves diferenças quanto à sua exatidão.

Porém, os algoritmos são tão complexos que praticamente é impossível rastrear a trajetória solar
durante um dia. Os diagramas da trajetória solar servem de auxílio nesse caso. Para um certo local
são determinados e representados tanto a elevação solar quanto também o azimute solar para
diferentes dias ao longo do ano.
O ângulo de incidência da radiação solar

Se a radiação solar incidir sobre uma superfície horizontal, é possível determinar o ângulo de
incidência θhor diretamente a partir do ângulo de elevação solar, através da seguinte relação:

θhor = 90° - γS

O ângulo de incidência horizontal também é designado por ângulo de zênite θZ.

No entanto, nem todas as superfícies incididas são horizontais. Algumas são inclinadas e
apresentam um ângulo de azimute αE diferente do ângulo do próprio Sol. Para determinar o ângulo
de incidência θgen, primeiramente é definido um vetor s, que está direcionado para o Sol. O ângulo
entre o vetor s e o vetor normal (perpendicular em relação à superfície inclinada) é definido como
ângulo de incidência θgen e é calculado através da seguinte fórmula:

θgen = arccos(-cos γS · sin γE · cos(αS - αE) + sin γS · cos γE)

Irradiância num plano inclinado


No caso de um plano inclinado, a radiação global incidente EG gen é formada pelas seguintes partes:

Radiação solar direta Edir gen


Radiação solar difusa Edif gen
Radiação solar refletida pelo solo Eref gen
Radiação solar direta

Ao se comparar a superfície de um plano horizontal com a de um plano inclinado perpendicular em


relação ao Sol (necessária para absorver a mesma potência de irradiação correspondente), conclui-
se que o plano inclinado necessita de menos superfície do que o horizontal. Na prática, tenta-se
aumentar o rendimento energético do sistema mediante a montagem inclinada dos módulos
solares. A irradiância de um plano inclinado pode ser determinada do seguinte modo, quando a
irradiância na superfície horizontal é conhecida:

Edir gen = Edir hor · cos θgen / sin γS

Aumento do rendimento energético graças à inclinação


Para sistemas nas latitudes correspondentes à Europa Central, um ângulo de inclinação de 30° com
orientação para o sul é o ideal. No entanto, dado que os sistemas fotovoltaicos são frequentemente
instalados em telhados de duas ou mais águas, nem sempre é possível respeitar esta orientação
ideal. A orientação do gerador solar influencia menos o rendimento energético do que normalmente
se supõe. O gráfico seguinte apresenta duas situações claras: apesar dos grandes desvios para
leste ou oeste, ou ao longo de uma grande área de inclinação do gerador solar, o rendimento
energético sofre apenas uma ligeira redução.
Quanto mais próximo o sistema fotovoltaico se encontrar do equador, tanto menor será o ângulo de
inclinação ideal dos módulos solares.

Em traços gerais, podemos tirar as três conclusões seguintes relativamente à orientação de


geradores solares:

No caso de geradores solares com ângulo de inclinação reduzido, é preferível que a


orientação seja afastada do sul.
Os geradores solares com ângulo de inclinação amplo deverão estar, preferencialmente,
orientados para o sul.
O gerador solar ligado a um inversor deverá ter sempre sua superfície orientada para o
mesmo lado, caso contrário deverão ser utilizados vários inversores ou um inversor multi-
string.
Experimento: Ângulo de incidência da radiação solar

No experimento a seguir deve ser indicado o comportamento de uma célula solar de acordo
com o ângulo de incidência da luz.

A animação apresenta a estrutura experimental:

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 4,0 V 0,5 V

Y I 60 mA 5 mA

Y P 0,15 W 0,03 W

1400
Y E 100 W/m2
W/m2

Com o dimmer, ajuste o radiador para sua irradiância máxima.


Para registrar a curva característica, proceda da maneira que segue:

1. Ajuste o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).


2. Inicie a gravação com o interruptor «REC».
3. Gire o potenciômetro lentamente, até seu valor máximo da resistência.
4. Finalize a gravação com o interruptor «REC».

Altere várias vezes o ângulo do radiador (30°, 60°, 90°, 120°, 150°) e registre a curva
característica para cada posição do ângulo, como descrito anteriormente.

Quais interrelações você pode detectar através das curvas características?

A corrente depende do ângulo de incidência da radiação.


A corrente não depende do ângulo de incidência da
radiação.
A potência não depende do ângulo de incidência da
radiação. Várias respostas
podem ser
A tensão depende do ângulo de incidência da radiação. corretas!
A potência depende do ângulo de incidência da radiação.
A tensão é independente do ângulo de incidência da
radiação.
Parâmetros da célula solar

Você explicou os fundamentos da geração fotovoltaica ao cliente. Agora você pretende esclarecer
melhor os parâmetros característicos da célula solar.

Com ajuda dos parâmetros, é possível comparar diferentes células solares entre si. Mas os
parâmetros são ainda mais importantes quando o assunto é o planejamento e dimensionamento de
um sistema de geração fotovoltaica.
Tensão em circuito aberto da célula FV

A tensão de circuito aberto UOC é a tensão mais alta que pode surgir nas ligações de uma célula FV
e é importante para o dimensionamento dos circuitos subsequentes (p. ex., o inversor). É medida
sem que um consumidor esteja ligado à célula FV.

A tensão que pode ser obtida na célula é determinada, em grande parte, pelos materias empregados
na fabricação do semicondutor.

Os seguintes fatores também influenciam a tensão de circuito aberto:

Irradiância
Ângulo de incidência da irradiação solar
Temperatura

Irradiância
Na imagem está representada a relação entre a tensão de circuito aberto e a irradiância.
Vê-se claramente que a relação entre a tensão de circuito aberto e a irradiância não é linear. Mesmo
com uma irradiância muito reduzida é gerada quase toda a tensão! Ao montar módulos FV em
telhados, é necessário ter em mente que também se trabalha sob tensão, mesmo que o céu esteja
nublado.

Ângulo de incidência da irradiação solar


Medições da relação entre a tensão de circuito aberto e o ângulo de incidência da irradiação da luz
solar indicam que a tensão de circuito aberto atinge o valor máximo quando a luz incide na vertical.

Temperatura
A tensão de circuito aberto de uma célula FV possui um coeficiente de temperatura negativo, ou
seja, se a célula FV ou um módulo FV aquecer (p. ex., como resultado da luz incidente), então a
tensão de circuito aberto diminui, à medida que a temperatura aumenta. Uma consequência desta
dependência da temperatura reside no fato de que a maior tensão de circuito aberto surge com as
baixas temperaturas (inverno).

No caso de módulos FV que exijam a sua adaptação a climas mais quentes, é necessário que
os módulos sejam formados a partir de mais células do que o normal (40 em vez de 36
células, por exemplo)!
Experimento: Tensão de circuito aberto de uma célula FV

No experimento a seguir devem ser analisadas as correlações da tensão de circuito aberto UOC
de uma célula fotovoltaica policristalina com auxílio dos instrumentos virtuais voltímetro e
registrador X-Y.

A animação apresenta a estrutura experimental:

O radiador é orientado de tal forma que a luz incide verticalmente sobre a célula fotovoltaica.

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X E 1300 W/m2 100 W/m2

Y U 5,0 V 0,5 V

Para registrar a curva característica da tensão de circuito aberto, proceda da maneira que
segue:
1. Ajuste o radiador para a irradiância máxima.
2. Inicie a gravação do registrador X-Y com o interruptor REC.
3. Reduza lentamente a irradiância através do dimmer.
4. Quando a irradiância mínima foi alcançada, pare a gravação com o interruptor REC.

Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).

A curva característica registrada apresenta o desenvolvimento típico da tensão de circuito


aberto UOC em relação à irradiância?

Sim
Não

O que você pode afirmar observando a curva característica?

A tensão de circuito aberto UOC...

...permanece constante
... não tem dependência linear da irradiância
Várias respostas
...aumenta linearmente com a irradiância. podem ser
corretas!
... com uma irradiância pequena (em torno de 100 W/m2) já
chegou praticamente ao seu máximo.

Qual é a tensão de circuito aberto máxima da célula fotovoltaica com irradiância máxima?

UOC = ____ V
Dependência da tensão de circuito aberto do ângulo de
radiação
Analise que influência o ângulo de radiação da luz tem sobre a tensão de circuito aberto. Para
isso, meça a tensão de circuito aberto com diferentes ângulos de radiação.

Abra o instrumento virtual voltímetro A através da opção no menu Instrumentos | Instrumentos


de medição | Voltímetro A, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como
indicado na tabela a seguir.

Configurações voltímetro A

Intervalo: 5V

Modo: DC

3.9
U [V]

3.8

3.7

3.6

3.5

3.4

3.3

3.2

3.1
15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165
γs[°]

Que relação você pode constatar entre a tensão de circuito aberto UOC e o ângulo de
incidência da radiação?

Quando a luz incide verticalmente sobre a célula


fotovoltaica, a tensão de circuito aberto apresenta o maior
valor.
O ângulo de incidência da radiação não tem influência sobre
Várias respostas
a tensão de circuito aberto.
podem ser
Quando o ângulo de incidência da radiação diminui, a corretas!
tensão de circuito aberto aumenta.
A tensão de circuito aberto se altera apenas levemente em
relação ao ângulo de incidência da radiação.
Corrente de curto-circuito de uma célula FV

A corrente de curto-circuito IK é a maior corrente possível que uma célula FV pode fornecer. A
medição da corrente de curto-circuito é efetuada diretamente nas ligações da célula FV com um
amperímetro, que possui uma resistência interna muito reduzida.

As células FV são à prova de curto-circuito, portanto não existe perigo de que sejam destruídas
durante o curto-circuito.

Como a corrente de curto-circuito é apenas ligeiramente superior à corrente nominal, os cabos do


módulo não necessitam ser protegidos com fusíveis contra curto-circuito. No entanto, os cabos
devem ser dimensionados para a corrente de curto-circuito.

Um curto-circuito resultante de uma anomalia (devido a um isolamento defeituoso) pode resultar em


arcos elétricos perigosos.

A corrente de curto-circuito varia de acordo com:

Irradiância
Ângulo de incidência da irradiação solar
Temperatura

Irradiância
Medições mais precisas da corrente de curto-circuito em função da irradiância apresentam a
seguinte curva típica:
A dependência linear da corrente de curto-circuito em relação à irradiância pode ser utilizada na
seguinte aplicação:

Uma célula FV curto-circuitada serve como sensor para um irradiômetro.

Ângulo de incidência da irradiação solar


Medições da corrente de curto-circuito em função do ângulo de incidência da irradiação solar
mostram que a corrente de curto-circuito atinge o valor mais elevado quando a luz incide na vertical
sobre a célula FV.

Temperatura
Medições mais precisas da dependência da temperatura em relação à corrente de curto-circuito
indicam que a corrente possui um coeficiente de temperatura positivo. Se a célula FV aquecer, a
corrente sobe com o aumento da temperatura.
Experimento: Corrente de curto-circuito de uma célula FV

No experimento a seguir deve ser medida a corrente de curto-circuito ISC de uma célula
fotovoltaica policristalina com auxílio do instrumento virtual amperímetro .

A animação a seguir apresenta a estrutura experimental:

O radiador é colocado na posição em que a luz incide verticalmente sobre a célula fotovoltaica.

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X E 1400 W/m2 200 W/m2

Y I 60 mA 5 mA

Para registrar a curva característica da corrente de curto-circuito, proceda da maneira que


segue:

1. Ajuste o radiador para a irradiância máxima.


2. Inicie a gravação do registrador X-Y com o interruptor REC.
3. Reduza lentamente a irradiância através do dimmer.
4. Quando a irradiância mínima foi alcançada, pare a gravação com o interruptor REC.
Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).

A curva característica apresenta o desenvolvimento típico da corrente de curto-circuito?

Sim
Não

Qual é o comportamento da corrente de curto-circuito com diferentes irradiâncias?

A corrente de curto-circuito ISC...

...apresenta um comportamento praticamente linear em


relação à irradiância. Várias respostas
... não sofre influência pela irradiância. podem ser
corretas!
... diminui quando a irradiância aumenta.

Meça a corrente de curto-circuito ISC da célula fotovoltaica com irradiância máxima.

ISC = ____ mA

Dependência da corrente de curto-circuito do ângulo de


radiação
Analise que influência o ângulo de radiação da luz tem sobre a corrente de curto-circuito. Para
isso, meça a corrente de curto-circuito com diferentes ângulos de radiação.

Abra o instrumento virtual amperímetro B através da opção no menu Instrumentos |


Instrumentos de medição | Amperímetro B, ou clicando na figura abaixo e selecionando as
configurações, como indicado na tabela a seguir.
Configurações amperímetro B

Intervalo: 100 mV

Modo: DC

Shunt: 1 Ohm

70

Isc [mA]
65

60

55

50

45

40

35

30

25

20

15

10

0
15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165
γs [°]

Que observações você pode fazer em relação a essa dependência?

A corrente de curto-circuito não apresenta dependência


alguma do ângulo de incidência da radiação.
Alterações do ângulo de incidência da radiação tem forte
efeito sobre a corrente de curto-circuito. Várias respostas
podem ser
Com um ângulo de incidência da radiação de 90°, a corrente
corretas!
de curto-circuito é maior.
Quanto menor for o ângulo de incidência da radiação, maior
será a corrente de curto-circuito.
Curva característica U/I da célula fotovoltaica

Entre os dois pontos de funcionamento, circuito aberto e curto-circuito, podem ser medidos outros
pontos de funcionamento com diferentes correntes. Todos eles juntos formam a curva característica.
Para determinar a curva característica, é necessário medir simultaneamente a corrente e a tensão
da célula.

A curva característica de uma célula/um módulo representa um importante critério de avaliação para
o técnico.

A imagem mostra o traçado típico da curva característica U/I de uma célula FV para diferentes
irradiâncias.
Registro da curva característica U-I

No experimento a seguir devem ser registradas as curvas características U-I de um módulo


fotovoltaico de 3V com diferentes irradiâncias, com auxílio de um registrador X-Y.

Outros pontos de funcionamento com correntes diferentes podem ser medidos entre os dois pontos
de funcionamento do circuito aberto e de curto-circuito. Todos os pontos de medição em conjunto
resultam na curva característica. Para determinar a curva característica, é preciso medir
simultaneamente a corrente e a tensão da célula. Para obter vários pontos de medição, é conectado
um resistor de carga (potenciômetro) alterável.

A animação a seguir apresenta a estrutura experimental:

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 4,0 V 0,5 V

Y I 50 mA 5 mA

Para registrar a curva característica, proceda da maneira que segue:


1. Com auxílio do instrumento virtual Solarímetro, ajuste uma irradiância de 200 W/m2.
2. Configure o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).
3. Inicie a gravação da curva característica U-I com o interruptor REC.
4. Gire o potenciômetro lentamente até seu valor máximo da resistência.
5. Finalize a gravação da curva característica com o interruptor REC.

Seguindo esse procedimento, registre as curvas características com diferentes irradiâncias,


começando com uma irradiância de 200 W/m2 e aumente a mesma gradualmente de
200 W/m2 até 1200 W/m2.

Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).

Divergindo da teoria, as curvas características não tocarão os eixos do gráfico. Isso se deve,
por um lado, ao método de medição empregado bem como à medição simultânea da tensão e
da corrente. Com a medição de corrente através de um shunt de medição cai uma tensão
reduzida no shunt de medição em caso de curto-circuito, que é considerada na medição da
tensão. Portanto, no curto-circuito da célula solar/do módulo solar, a tensão não é exatamente
zero.

A resistência final do potenciômetro não atende a condição para o caso de circuito aberto,
que possibilita R→∞. Com isso, as curvas características terminam pouco antes do eixo da
tensão e não chegam a tocar neste.
Nível de eficiência de uma célula fotovoltaica

A potência que uma célula ou um módulo FV pode fornecer depende não só da irradiância, mas
também se o consumidor estiver bem adaptado. O ponto de funcionamento em circuito aberto
(I = 0 mA) e o ponto de funcionamento em curto-circuito (U = 0 V) geram a potência disponível
P = 0 W, de acordo com a fórmula P = U · I. Entre estes dois pontos de funcionamento, o produto
P = U · I também deve resultar num valor máximo. Este ponto de funcionamento é designado por
Maximum Power Point (MPP - ponto de potência máxima).

A potência máxima PMáx. que uma célula FV pode gerar com um consumidor ligado é sempre inferior
ao produto resultante da corrente de curto-circuito e da tensão em circuito aberto.

Fator de preenchimento
O fator de preenchimento é um critério de qualidade da célula fotovoltaica e indica o modo como a
curva característica I/U converge com o quadrado da tensão em circuito aberto (UL) e da corrente de
curto-circuito (IK). O cálculo do fator de preenchimento é efectuado de acordo com a seguinte
fórmula:
Eficiência
Para determinar a eficiência η de uma célula fotovoltaica, é necessária a potência MPP, a irradiância
E e a superfície A da célula fotovoltaica. A eficiência é calculada a partir da seguinte relação:

Dependência do Maximum Power Point (MPP - ponto de


potência máxima) em relação à temperatura
Quando uma célula ou um módulo é ativado(a) com uma radiação intensa, o módulo aquece e a
temperatura das células deixa de ser de 25 °C, como está determinado no Standard Test Condition.

O seguinte diagrama apresenta medições mais exatas da dependência do MPP em relação à


temperatura.

A consequência desta constatação é que os módulos devem possuir sempre uma boa ventilação
traseira, de forma a garantir a melhor refrigeração possível!
Determinação do nível de eficiência

No experimento a seguir deve ser registrada primeiramente a curva característica U-I de um


módulo solar. Usando a curva característica registrada, devem ser determinados os parâmetros
para calcular o fator de preenchimento e a eficiência e, em seguida, devem ser calculados os
valores correspondentes.

Monte o experimento conforme a animação a seguir:

O radiador é orientado de tal forma que a luz incide verticalmente sobre a célula fotovoltaica e a
irradiância máxima seja configurada.

Meça a irradiância no módulo solar com o instrumento virtual solarímetro.

E = ____ W/m2

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.
Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 4,0 V 0,5 V

Y I 60 mA 5 mA

Y P 0,16 W 0,03 W

Para registrar a curva característica, proceda da maneira que segue:

1. A irradiância permanece ajustada no seu valor máximo.


2. Configure o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).
3. Inicie a gravação da curva característica U-I com o interruptor REC.
4. Gire o potenciômetro lentamente até seu valor máximo da resistência.
5. Finalize a gravação da curva característica com o interruptor REC.

Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).

Divergindo da teoria, as curvas características não tocarão os eixos do gráfico. Isso se deve,
por um lado, à técnica de medição empregada bem como à medição simultânea da tensão e
da corrente. Com a medição de corrente através de um shunt de medição cai uma tensão
reduzida no shunt de medição em caso de curto-circuito, que é considerada na medição da
tensão. Portanto, no curto-circuito da célula solar/do módulo solar, a tensão não é exatamente
zero.

A resistência final do potenciômetro não atende a condição para o caso de circuito aberto,
que possibilita R→∞. Com isso, as curvas características terminam pouco antes do eixo da
tensão e não chegam a tocar neste.
A partir do gráfico, determine os seguintes parâmetros:

UOC =____ V

UMPP =____ V

ISC =____ mA

IMPP =____ mA

PMPP =____ mW

Calcule o fator de preenchimento do módulo solar

FF = ____

Calcule a eficiência da célula solar. A área da célula solar é de 7,20cm 7,20cm2. (1W/m2 ≡
0.1mW/cm2)

η = _____ %
O módulo solar

Você combinou um encontro com o cliente no local, para vistoriar a casa de férias. Você pretende
verificar a situação real e as condições da casa de férias. Durante o encontro, você explica ao cliente
como as células solares individuais podem ser interligadas e, finalmente, combinadas em módulos
solares.

Durante a vistoria, uma árvore em frente à casa chama sua atenção, pois projeta sua sombra sobre
o telhado da mesma. Você explica ao cliente o problema do sombreamento de módulos solares.
Quais são os efeitos que ocorrem nesse caso no módulo solar e quais providências podem ser
tomadas quanto a isso.
Tipos de ligações de células FV

Diferentes tensões ou amperagens podem ser alcançadas com as conexões correspondentes das
células fotovoltaicas, que podem ser

Circuitos em série
Circuitos paralelos
Circuitos mistos.

Circuito em série de células solares


Como células isoladas geram uma tensão baixa demais para a maioria das aplicações, várias
células são ligadas em série. No circuito em série, as tensões de cada uma das células são
somadas.

No presente sistema de treinamento o suporte do módulo de células contém quatro módulos de 3


Volts, cada um composto por 6 células ligadas em série.

Módulos comerciais de 12 V tipicamente são constituídos por um circuito em série de 36 células,


mas também existem módulos com 33, 40 ou até mesmo 44 células.

Módulos conectados em série muitas vezes são denominados de fase ou, em inglês, String.
Infelizmente células ou módulos não são absolutamente idênticos. A corrente total depende, no
caso, da pior célula ou módulo. Esse efeito é denominado de Mismatching (incompatibilidade).

Naturalmente é possível que em um módulo existam outros pontos de funcionamento entre os


pontos do circuito aberto e do curto-circuito, ou seja, um módulo também tem uma curva
característica.
Circuito paralelo de células solares
Com o circuito paralelo de células/módulos é possível disponibilizar correntes maiores. No circuito
paralelo de células/módulos as correntes individuais são somadas.

Somente células ou módulos do mesmo tipo podem ser conectados em paralelo, pois as diferenças
resultariam em correntes de compensação correspondentes e as correntes parciais não seriam
somadas.

Os tipos de circuitos descritos para células solares também se aplicam aos módulos solares.
Experimento: Ligação de células FV

Monte o experimento a seguir para a tensão de circuito aberto:

Abra o instrumento virtual voltímetro A através da opção no menu Instrumentos | Instrumentos


de medição | Voltímetro A, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como
indicado na tabela a seguir.

Configurações voltímetro A

Intervalo: 5V

Modo: DC

Ajuste o radiador para a irradiância máxima e meça a tensão de circuito aberto de todos os
módulos solares.
Insira os valores medidos na tabela a seguir!

Módulos solares Tensão de circuito aberto UOC/V

G1 ____

G2 ____

G3 ____

G4 ____

Monte o experimento a seguir para a corrente de curto-circuito:

Abra o instrumento virtual amperímetro B através da opção no menu Instrumentos |


Instrumentos de medição | Amperímetro B, ou clicando na figura abaixo e selecionando as
configurações, como indicado na tabela a seguir.
Configurações amperímetro B

Intervalo: 100 mV

Modo: DC

Shunt: 1 Ohm

Ajuste o radiador para a irradiância máxima e meça a corrente de curto-circuito de todos os


módulos solares.

Insira os valores medidos na tabela a seguir!

Módulos solares Tensão de circuito aberto UOC/V

G1 ____

G2 ____

G3 ____

G4 ____
Circuito em série

A animação a seguir apresenta a estrutura experimental

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 16 V 2V

Y I 70 mA 10 mA

Registre primeiramente a curva característica U-I para um módulo solar individualmente.


Proceda da maneira que segue:

1. Ajuste o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).


2. Inicie a gravação com o interruptor REC.
3. Aumente lentamente o valor da resistência do potenciômetro até o seu máximo.
4. Pare a gravação com o interruptor REC.
5. Identifique a curva característica com o número de módulos solares.

Repita o registro da curva característica U-I para o circuito em série de dois, três e quatro
módulos solares. Depois de ter registrado todas as curvas características, copie as mesmas
para o gráfico a seguir.
Quais das afirmações a seguir estão corretas?

No circuito em série de módulos solares...

...as correntes dos módulos solares individuais são


somadas.
... o módulo solar determina o fluxo de corrente com a menor
corrente no circuito em série. Várias respostas
podem ser
...as tensões dos módulos solares individuais são somadas. corretas!
... a tensão independe do número de módulos solares
ligados em série.
Circuito paralelo

A animação a seguir apresenta a estrutura experimental

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 4,0 V 0,5 V

Y I 220 mA 20 mA

Registre primeiramente a curva característica U-I para um módulo solar individualmente.


Proceda da maneira que segue:

1. Ajuste o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).


2. Inicie a gravação com o interruptor REC.
3. Aumente lentamente o valor da resistência do potenciômetro até o seu máximo.
4. Pare a gravação com o interruptor REC.
5. Identifique a curva característica com o número de módulos solares.

Repita o registro da curva característica U-I para o circuito paralelo de dois, três e quatro
módulos solares. Depois de ter registrado todas as curvas características, copie as mesmas
para o gráfico a seguir.
Quais das afirmações a seguir estão corretas?

No circuito paralelo de módulos solares...

...as correntes dos módulos solares individuais são


somadas.
... a tensão diminui a cada módulo solar adicional conectado
em paralelo. Várias respostas
podem ser
... o módulo solar determina o fluxo de corrente com a menor corretas!
corrente no circuito paralelo.
...a tensão permanece constante.
Observação da potência

No experimento a seguir devem ser analisadas as potências no circuito em série e no circuito


paralelo de módulos solares.

Monte o experimento a seguir:

Para analisar o comportamento da potência no circuito em série ou no circuito paralelo de


módulos solares, registre primeiramente a curva característica do módulo solar G1.

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 8V 1V

Y I 110 mA 10 mA

Y P 0,3 W 0,05 W

Para registrar a curva característica, proceda da maneira que segue:


1. A irradiância permanece ajustada no seu valor máximo.
2. Configure o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).
3. Inicie a gravação da curva característica U-I com o interruptor REC.
4. Gire o potenciômetro lentamente até seu valor máximo da resistência.
5. Finalize a gravação da curva característica com o interruptor REC.

Levantamento da curva característica de potência no circuito em série


de dois módulos solares
Conecte os módulos solares G3 e G1 em série. A animação acima ilustra a estrutura
experimental. Registre a curva característica do circuito em série (não exclua a curva
característica).

Levantamento da curva característica de potência no circuito paralelo


de dois módulos solares
Reorganize o circuito e conecte os módulos solares G1 e G2 em paralelo. A animação acima
ilustra a estrutura experimental. Registre a curva característica do circuito paralelo.

Depois de ter registrado todas as curvas características, copie as mesmas para o curinga a
seguir. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e pressione o botão direito do mouse (Copiar).

O que você pode afirmar observando a curva característica?

No circuito em série e paralelo de dois módulos solares...

... o ponto máximo de potência (MPP) é idêntico.


Várias respostas
... o ponto máximo de potência (MPP) é diferente. podem ser
... a potência no ponto máximo de potência (MPP) é idêntica. corretas!
Estrutura de módulos solares

A junção de várias células solares em um módulo solar serve para os seguintes fins:

Proteção das células solares de desgaste mecânico


Proteção das conexões de corrosão

Outra vantagem é o manejo simplificado dos módulos solares na montagem.

Estrutura de um módulo solar

Cobertura de vidro
A cobertura de vidro de módulos solares em geral é composta de vidro que atende a requisitos
específicos. Precisa deixar passar o máximo de luz solar e refletir o mínimo possível da luz. Para
que essas características sejam mantidas durante toda a vida útil do módulo solar, o vidro precisa
ser resistente à radiação UV. Além disso, a cobertura de vidro deve evitar a entrada de água ou
vapor de água, pois isso reduziria a vida útil do módulo solar significativamente.
Encapsulamento
Por um lado, o encapsulamento representa a conexão mecânica das células solares individuais
entre si. Por outro, serve como ponte óptica entre a cobertura de vidro e as células solares, para
impedir mais perdas da radiação solar. Para tanto, o encapsulamento deve apresentar as mesmas
características ópticas que a cobertura de vidro. Em geral, usa-se acetato-vinilo de etileno (EVA)
para o encapsulamento.

Cobertura inferior
Assim como a cobertura frontal, a cobertura inferior deve impedir a entrada de água ou vapor de
água. Em geral é composta por Tedlar ou vidro.

Caixa de junção
Na caixa de junção são conectados diodos de roda livre ou de bypass para o módulo solar, bem
como os cabos de ligação.

Moldura
A moldura de um módulo solar em geral é de alumínio e serve, entre outras funções, para proteger o
vidro durante o transporte e a montagem. Além disso, a moldura confere robustez ao conjunto e
oferece opções de fixação.
Criação de Hot-Spots

Se um módulo fotovoltaico fica sombreado uniformemente em toda sua superfície, apenas a


potência do módulo é reduzida, não havendo outros danos. Já quando ocorre um sombreamento
parcial, quando, por exemplo, apenas uma única célula fotovoltaica do módulo fica sombreada, a
situação é diferente.

Através do esquema de circuito equivalente simplificado de uma célula fotovoltaica, é fácil explicar o
problema em questão. O esquema de circuito equivalente de uma célula compõe-se de um circuito
paralelo de fonte de corrente e diodo.

Como uma célula fotovoltaica sombreada não gera corrente, a fonte de corrente desaparece do
esquema de circuito equivalente, restando apenas o diodo. Se várias células fotovoltaicas são
ligadas em série, como é usual em um módulo, o diodo da célula fotovoltaica sombreada fica com a
polarização inversa. Como consequência, toda a tensão do módulo pode cair no diodo. Se essa
tensão excede a tensão reversa do diodo, esse seria destruído. Se a tensão for menor que a tensão
reversa, ocorre uma dissipação de potência no diodo, o que causa o aquecimento da célula,
podendo danificar o módulo. Esse efeito é chamado de Hot-Spot (ponto quente).
Diodos de bypass

Os assim chamados diodos de bypass oferecem proteção contra Hot-Spots e são conectados em
posição antiparalela à célula fotovoltaica. Se uma célula fotovoltaica de uma fase é sombreada, ela
não fornecerá mais tensão e a tensão total da fase diminui, mas o fluxo de corrente é mantido
através do diodo de bypass.

Como não há mais conversão de potência na célula fotovoltaica, essa não aquece e não será
danificada.

A implementação prática dessa proteção é um pouco diferente nos módulos. Neles não será feita a
ligação paralela de um diodo de bypass para cada célula fotovoltaica, mas várias células
fotovoltaicas conjuntamente até fases inteiras. A desvantagem é que no caso de uma célula
sombreada, várias células fotovoltaicas ou mesmo toda uma fase vão falhar; essa desvantagem
deve ser considerada no dimensionamento.
Experimento: Sombreamento

No experimento a seguir deve ser analisado o comportamento de um módulo solar em caso de


sombreamento. O módulo solar está conectado em série com outros três módulos solares.

Monte o experimento a seguir:

Abra o instrumento virtual voltímetro A através da opção no menu Instrumentos | Instrumentos


de medição | Voltímetro A, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações como
indicado na tabela a seguir.

Configurações voltímetro A

Intervalo: 20 V

Modo: DC, AV

Abra o instrumento virtual amperímetro B através da opção no menu Instrumentos |


Instrumentos de medição | Amperímetro B, ou clicando na figura abaixo e selecionando as
configurações como indicado na tabela a seguir.
Configurações amperímetro B

Intervalo: 100 mV

Modo: DC, AV

Shunt: 1 Ohm

Com o potenciômetro, ajuste uma tensão de aprox. 3,3 V e uma corrente de aprox. 60 mA.

Escureça o módulo solar 3 e observe as indicações dos instrumentos de medição.

Que observações você pode fazer quando o módulo solar 3 fica sombreado?

A corrente aumenta.
A tensão no módulo solar fica negativa. Várias respostas
podem ser
Corrente e tensão não se alteram.
corretas!
Praticamente não há mais fluxo de corrente.

Meça a corrente e a tensão com o módulo solar sem sombreamento.

Iunshaded =____ mA

Uunshaded =____ V

Meça a corrente e a tensão com o módulo solar sombreado.

Ishaded =____ mA

Ushaded =____ V

Conecte o diodo de bypass para o módulo solar 3 e repita as medições para o módulo sem
sombreamento e com sombreamento.
Meça a corrente e a tensão com o módulo solar sem sombreamento.

Iunshaded =____ mA

Uunshaded =____ V

Meça a corrente e a tensão com o módulo solar sombreado.

Ishaded =____ mA

Ushaded =____ V
Experimento: Curvas características de módulos solares
sombreados

No experimento a seguir deve ser analisado mais detalhadamente o comportamento de


módulos solares sombreados conectados em série ou em paralelo . Para tanto, serão
registradas e avaliadas as curvas características de corrente e tensão e de potência.

Circuito em série
Monte o experimento a seguir:

Os dois módulos solares G1 e G3 são ligados em série. Em um primeiro momento, os diodos


de bypass dos módulos solares não serão conectados. Registre as curvas características.

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 8V 1V

Y I 150 mA 10 mA

Y P 0,4 W 0,05 W
Para registrar a curva característica, proceda da maneira que segue:

1. A irradiância permanece ajustada no seu valor máximo.


2. Configure o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).
3. Inicie a gravação da curva característica U-I com o interruptor REC.
4. Gire o potenciômetro lentamente até seu valor máximo da resistência.
5. Finalize a gravação da curva característica com o interruptor REC.

Deixe o módulo solar G3 sombreado e registre novamente as curvas características.

Conecte os diodos de bypass em paralelo com os dois módulos solares G1 e G3. Grave as
curvas características. Registre novamente as curvas características do módulo solar G3 com
sombreamento.

Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).

O que você pode afirmar observando as curvas características registradas?

O sombreamento de um módulo solar causa pouco efeito.


Com o sombreamento, o circuito em série praticamente não
fornece mais potência.
Com diodos de bypass, a potência do circuito em série de Várias respostas
dois módulos solares diminui apenas pela metade em caso podem ser
de sombreamento de um módulo. corretas!
Os diodos de bypass fazem com que a potência diminua
apenas um pouco assim que um módulo solar ficar
sombreado.

Circuito paralelo
Monte o experimento a seguir:
Os dois módulos solares G1 e G2 são ligados paralelamente. Em um primeiro momento, os
diodos de bypass dos módulos solares não serão conectados. Registre as curvas
características.

Abra o instrumento virtual registrador X-Y através da opção no menu Instrumentos | registrador
X-Y, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações, como indicado na tabela a
seguir.

Configurações do registrador X-Y

Eixo Parâmetro Máximo Divisão

X U 4V 0,5 V

Y I 110 mA 10 mA

Y P 0,3 W 0,05 W

Para registrar a curva característica, proceda da maneira que segue:

1. A irradiância permanece ajustada no seu valor máximo.


2. Configure o potenciômetro em 0 Ω (curto-circuito).
3. Inicie a gravação da curva característica U-I com o interruptor REC.
4. Gire o potenciômetro lentamente até seu valor máximo da resistência.
5. Finalize a gravação da curva característica com o interruptor REC.

Deixe o módulo solar G2 sombreado e registre as curvas características novamente.


Conecte os diodos de bypass em paralelo com os dois módulos solares G1 e G2. Grave
novamente as curvas características do módulo solar G2 com sombreamento.

Copie seu resultado para o curinga abaixo. Para isso, passe o mouse sobre o gráfico e
pressione o botão direito do mouse (Copiar).

O que você pode afirmar observando as curvas características registradas?

Com o sombreamento do módulo solar, a corrente


permanece constante.
Com o sombreamento do módulo solar, a potência se reduz
à metade. Várias respostas
podem ser
Com o sombreamento do módulo solar, a potência aumenta
corretas!
com o acréscimo de diodos de bypass
No circuito paralelo de módulos solares, os diodos de
bypass não provocam o aumento da potência.
Propostas de sistemas fotovoltaicos

A última etapa do projeto «Modernização de uma casa de férias» é o planejamento do sistema


fotovoltaico autônomo para a casa de férias. Previamente você apresenta ao cliente as diversas
propostas de sistemas fotovoltaicos, para que ele entenda por qual razão o sistema autônomo é a
melhor opção para sua casa de férias.
Propostas de sistemas fotovoltaicos

Sistemas de geração fotovoltaica podem ser divididos em três tipos:

Abastecimento direto
Operação autônoma (off-grid)
Alimentação da rede (on grid)

Abastecimento direto
Um consumidor é conectado diretamente ao sistema de geração fotovoltaica, sendo abastecido de
energia por ele.

Aplicações típicas desse tipo são os sistemas de bomba solar em jardins europeus ou como
unidades de abastecimento de água em países em desenvolvimento, onde um reservatório pode
assumir a função de acumulador, se necessário.

Na maioria dos casos, no entanto, a operação direta eficiente por parte de consumidores
requer um circuito adaptador adicional entre o gerador fotovoltaico e o consumidor. A
adaptação garante que o gerador fotovoltaico opere sempre no ponto de funcionamento MPP
(ponto de máxima potência), obtendo um resultado ótimo em termos energéticos.

Operação autônoma (off-grid)


No sistema fotovoltaico podem ser conectados e abastecidos vários consumidores de energia. A
energia não utilizada na operação dos consumidores é carregada em baterias. Quando os módulos
fotovoltaicos não estão ativos (p.ex., à noite), os consumidores são abastecidos com a energia
acumulada nas baterias
Alimentação da rede (on grid)
Sistemas fotovoltaicos desse tipo funcionam de modo semelhante a uma usina elétrica
convencional. Durante o dia, a energia gerada é injetada na rede pública, durante o restante do
tempo, a energia elétrica consumida é obtida da rede pública de distribuição. As empresas de
distribuição de energia pagam créditos aos operadores de tais sistemas fotovoltaicos pela energia
injetada na rede.
Experimento: Consumidor em operação direta

No experimento a seguir deve ser analisado o comportamento de módulos fotovoltaicos em


operação direta. Para tanto, diferentes consumidores são conectados aos módulos
fotovoltaicos.

A animação a seguir apresenta a estrutura experimental:

Abra o instrumento virtual voltímetro A através da opção no menu Instrumentos | Instrumentos


de medição | Voltímetro A, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações como
indicado na tabela a seguir.

Configurações voltímetro A

Intervalo: 20 V

Modo: DC

Abra o instrumento virtual amperímetro B através da opção no menu Instrumentos |


Instrumentos de medição | Amperímetro B, ou clicando na figura abaixo e selecionando as
configurações como indicado na tabela a seguir.
Configurações amperímetro B

Intervalo: 100 mV

Modo: DC

Shunt: 1 Ohm

Para as medições a seguir, configure a irradiância do radiador no valor máximo e realize as


medições da tensão de circuito aberto, tensão nominal e corrente nominal, tendo a lâmpada
LED como carga. A partir dos valores medidos, calcule em seguida a potência nominal.

Insira os valores medidos nos campos correspondentes.

UOC =_____ V

URated =____ V

IRated =_____ mA

PRated=_____ mW

Análise da operação direta sob condições alteradas de


carga
Modifique o circuito, conectando o ventilador como carga no lugar da lâmpada LED. Configure a
irradiância no seu valor máximo.

O que você pode observar?

O ventilador não funciona.


O ventilador funciona apenas lentamente.
Várias respostas
O ventilador funciona em alta rotação. podem ser
A corrente através do ventilador diminui. corretas!

A tensão colapsa no ventilador.


A bateria chumbo-ácido

Para o armazenamento de grandes quantidades de energia, as baterias chumbo-ácido provaram ter


boa eficiência econômica. Sua estrutura é semelhante à das baterias de automóveis, porém com
algumas modificações para prorrogar sua vida útil.

A imagem a seguir mostra a estrutura básica de uma bateria chumbo-ácido. Ela conta com dois
eletrodos, um positivo de dióxido de chumbo (PbO2) e um negativo de chumbo (Pb), caso a bateria
esteja carregada. Em uma caixa plástica, os dois eletrodos são separados um do outro por
separadores. Os eletrodos e separadores estão imersos em um eletrolito de solução de ácido
sulfúrico (H2SO4).

Tal célula de uma bateria chumbo-ácido tem uma tensão nominal de 2 V. Para alcançar uma tensão
operacional de 12 V são conectadas 6 células em série.

Na descarga, os eletrodos positivos (PbO2) e negativos (Pb) reagem com a solução de ácido
sulfúrico. Essa reação gera sulfato de chumbo (PbSO4) e libera elétrons. Ao absorver elétrons, no
eletrodo positivo também se forma sulfato de chumbo (PbSO4) e água (H2O). Esse processo é
apresentado na animação a seguir.
Aplicando uma tensão de carga na bateria, as reações da descarga são invertidas, isto é, o eletrodo
negativo absorve elétrons e o sulfato de chumbo (PbSO4) se decompõe, restando chumbo puro no
eletrodo. No eletrodo positivo também ocorre a decomposição do sulfato de chumbo (PbSO4) e com
a liberação de elétrons, resta o dióxido de chumbo (PbO2) no eletrodo, como podemos ver na
animação a seguir.
Manutenção da bateria chumbo-ácido
Ao usar baterias chumbo-ácido é preciso atentar para a proteção da bateria contra sobrecarga ou
descarga profunda. Isso porque a descarga profunda gera cristais de sulfato de chumbo que não são
dissolvidos ou são pouco dissolvidos durante o processo de carga. É possível evitar a descarga
profunda, desligando os consumidores da bateria assim que a tensão da mesma chegar a 11,4 V ou
menos.

Já quando a bateria é carregada com uma tensão elevada demais (sobrecarga), a situação é outra.
A partir de uma tensão de 13,8 V, a bateria começa a formar gás. Através de eletrólise, a água no
eletrolito é decomposta em água e oxigênio, vazando da bateria. O teor de água na bateria deve ser
verificado em intervalos regulares e, se necessário, deve ser reabastecido com água destilada.

Observe que com o vazamento de gás pode ser gerado gás explosivo a partir da mistura
de hidrogênio e oxigênio, razão pela qual os ambientes precisam estar bem ventilados.
Carregamento da bateria chumbo-ácido

Através das células solares na placa de experimento, a bateria pode ser carregado apenas muito
lentamente, pois estas fornecem apenas uma corrente de carga muito baixa. Caso a tensão da
bateria cair demasiadamente antes ou durante os exercícios do curso, carregue a bateria com
auxílio da tensão de carga da placa de experimento.

Para carregar, conecte a bateria na tensão de carga, conforme a animação a seguir.

O controlador de carga impede a sobrecarga da bateria durante o processo de carga.


Experimento: Consumidor em operação de armazenamento

No experimento a seguir deve ser analisada a operação de um sistema fotovoltaico


com bateria para o armazenamento da energia. O foco do experimento é a corrente de carga e
descarga da bateria.

A animação a seguir apresenta a estrutura experimental:

Abra o instrumento virtual voltímetro A através da opção no menu Instrumentos | Instrumentos


de medição | Voltímetro A, ou clicando na figura abaixo e selecionando as configurações como
indicado na tabela a seguir.

Configurações voltímetro A

Intervalo: 20 V

Modo: DC

Meça a tensão de circuito aberto da bateria de 12 Volts carregada.

Tensão de circuito aberto UOC = ____ V

Não meça a corrente de curto-circuito da bateria de 12 Volt!!!


O circuito é modificado de acordo com a animação a seguir:

Abra o instrumento virtual amperímetro B através da opção no menu Instrumentos |


Instrumentos de medição |Amperímetro B, ou clicando na figura abaixo e selecionando as
configurações como indicado na tabela a seguir.

Configurações amperímetro B

Intervalo: 100 mV

Modo: DC

Shunt: 1 Ohm

O processo de carregamento da bateria deve ser analisado através de medição. Carregar a


bateria quer dizer que a corrente deve fluir para a bateria. Ajuste o radiador para a irradiância
máxima.

Qual o nível da corrente de carga medida?

ICarga = ____ mA

Modifique o circuito, conectando a lâmpada LED como consumidor.


Para analisar o processo de descarga, não altere a irradiância do radiador e faça a medição da
corrente de descarga IDescarga.

Qual o nível da corrente de descarga medida?

IDescarga = ____ mA
Planejamento e dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
autônomos

Para o dimensionamento de sistema fotovoltaicos autônomos complexos, aconselha-se utilizar


programas de simulação. Já sistemas fotovoltaicos autônomos pequenos podem ser projetados
mesmo sem programas de simulação. A seguir vemos a descrição de um esquema que é indicado
para o planejamento de sistemas fotovoltaicos pequenos. O esquema é dividido em três tarefas:

1. Determinação da potência/consumo total


2. Dimensionamento da potência do módulo solar
3. Dimensionamento da bateria solar
Determinação do consumo total

Para finalizar o projeto, planeje o sistema fotovoltaico autônomo completo. Para determinar a
demanda de energia, o mais simples é elaborar uma lista com todos os consumidores e suas
respectivas potências nominais em Watt. Além disso, você ainda vai precisar saber as horas de
operação por dia para cada consumidor. Essas você terá que estimar e/ou solicitar em conversa
com o cliente. A partir da potência e dos períodos de operação diários você pode calcular o consumo
diário de energia.

Determinação do consumo total


A partir dos dados dos consumidores e seu tempo de utilização, calcule a demanda de
energia.
Tempo Demanda
Potência
de de
Peça Consumidor nominal
utilização energia
[W]
[h/d] [Wh/d]

________
Iluminação 100 5
(1)

________
Sala de estar Televisor 50 4
(2)

________
Rádio 15 2
(3)

________
Iluminação 100 3
(4)

________
Cozinha Cafeteira 1200 0,2
(5)

________
Geladeira 12,5 24
(6)

________
Banheiro Iluminação 60 2
(7)

________
Dormitório 1 Iluminação 60 1
(8)

________
Dormitório 2 Iluminação 60 1
(9)

________
Outros 25 24
(10)

________Consumo________
Potência total:
(11) total (12)
Na primeira etapa, você define o tipo de módulo solar que deverá ser usado no projeto. Tendo as
dimensões do módulo solar e a potência nominal, você pode determinar a eficiência do módulo
solar. As dimensões do módulo solar que você pretende usar no projeto são as seguintes: 1,58 m x
0,81 m. O módulo escolhido tem uma potência nominal de 150 Wpeak . Uma célula solar do módulo
tem as dimensões de 12,9 cm x 12,9 cm. O módulo é equipado com 50 células.

Em um sistema de geração fotovoltaica, a potência instalada é indicada em Watt-pico. Assim é


denominada a potência que o sistema solar pode fornecer sob determinadas condições
padronizadas (p.ex.,

irradiação de 1.000 W/m2


temperatura ambiente de 25 °C
massa de ar AM de 1,5)

Levando estes valores em consideração, um fabricante tem permissão para rotular seus dados
característicos com condições de teste padrão (STC Standard Test Conditions). Entretanto, os
valores determinados são predominantemente calculados, uma vez que as condições de teste nem
sempre podem ser satisfeitas.

Calcule a eficiência do módulo solar:

Potência nominal do módulo

Eficiência do módulo=
Radiação (STC) · Área total de

células solares Radiação(STC)=


1000 W/m2
____(1) Wpico Condições de
= teste padrão
(STC)
____(2) W/m2 x ____(3)m 2

=____(4) %
Determinação da energia solar disponível e da área de
telhado necessária
Para o levantamento da energia solar disponível e da área de telhado necessária, é preciso saber a
irradiação diária média para o local do sistema fotovoltaico. A irradiação diária média na horizontal
você pode solicitar, por exemplo, junto ao serviço meteorológico da região, pedindo pela média
histórica. A tabela abaixo apresenta a irradiação diária média em uma área horizontal em kWh/m2⋅d
para diferentes locais na Alemanha.

Mês/localização Hamburgo Berlim Aachen Bonn Freiburg Würzburg

Jan 0,52 0,61 0,69 0,72 0,76 0,82

Feb 1,13 1,14 1,34 1,33 1,34 1,60

Mar 2,23 2,44 2,29 1,79 2,51 2,68

Abr 3,55 3,49 3,61 3,33 3,59 4,04

Mai 4,67 4,77 4,75 4,82 4,71 5,03

Jun 5,44 5,44 5,00 4,38 5,20 5,54

Jul 4,82 5,26 4,82 4,15 4,83 5,34

Ago 4,34 4,58 4,26 3,63 4,55 4,49

Set 2,79 3,05 3,06 2,76 3,46 3,53

Out 1,49 1,59 1,76 1,67 1,92 1,94

Nov 0,67 0,76 0,88 0,84 0,97 0,92

Dez 0,40 0,46 0,54 0,53 0,72 0,65

Na tabela é possível observar que a irradiação diária média apresenta forte oscilação ao longo do
ano. Para o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autônomos, é selecionado o mês com
a menor irradiação, para que o sistema forneça energia suficiente mesmo neste mês. Nos meses
restantes, o sistema vai gerar mais energia.

O posicionamento dos módulos solares, de acordo com a localização e inclinação do telhado,


também deve ser considerado no dimensionamento, pois os valores médios de irradiação diária são
válidos apenas para uma orientação otimizada dos módulos solares. Se o posicionamento dos
módulos solares difere disso, a potência dos mesmos será reduzida e serão necessários mais
módulos solares para a geração da potência solicitada.
A casa de férias fica próxima da cidade de Aachen (Alemanha) e o cliente pretende usá-la
durante todo o ano. Você definiu a inclinação do telhado em 30° e a orientação do telha
está em 40° Sul-Sudoeste.

Calcule o menor valor da radiação diária média para o local, a partir da tabela acima.
Assumir para o fator de rendimento um valor de 95%. Calcule a energia solar disponível.

Energia solar
disponível =
Energia solar disponível = ____ kWh/(m2 · d) · ____ = ____ kWh/ menor valor da
radiação diária
(m2 · d)
média · Fator de
rendimento

Agora é preciso levar em conta a eficiência do módulo solar para determinar a energia elétrica
gerada pelo módulo. A energia elétrica fornecida é resultado do produto da energia solar disponível
para o local e da eficiência do módulo.

Calcule agora a energia elétrica gerada.

Energia elétrica gerada = ____ kWh/(m2 · d) · ____ = ____ kWh/

(m2 · d)

Qual a área de telhado necessária para poder atender ao consumo total diário?

Consumo total
Área de telhado necessária =
Energia elétrica gerada

____(1) kWh/d
=
____(2) kWh/m2 · d

=____(3) m 2
Calcule o número necessário de módulos solares para obter a potência exigida.

Área de telhado necessária


Número necessário de módulos

solares = Área do módulo

____(1) m2
=
____(2) m2

=____(3) Unidades

A partir das dimensões do módulo solar você determina o número de módulos que podem ser
montados na área disponível.

A área de telhado disponível para a montagem dos módulos solares é de 6 m x 4 m

Calcule o número de módulos que podem ser montados no telhado em caso de montagem
horizontal (lado mais curto do módulo para baixo).

Número de módulos ____ Unidades

Calcule o número de módulos que podem ser montados no telhado em caso de montagem
vertical (lado mais longo do módulo para baixo).

Número de módulos ____ Unidades


O que você constata em relação à área de telhado e ao número de módulos solares
necessários?

A área do telhado é...

...do tamanho exato para a instalação do número necessário


de módulos solares
...muito pequena.
... tão grande que o sistema autônomo de geração
fotovoltaica ainda pode ser ampliado, se necessário.

Com que medida simples você pode resolver o problema?

Usando módulos solares mais caros, com mais potência,


mas que também precisam de uma área uma pouco maior.
Os módulos solares que não cabem mais no telhado, são
montados em uma estrutura no jardim.
O consumo máximo diário de energia é reduzido com
medidas adequadas de economia de energia, o que também
reduz o número de módulos solares necessários.
Redução da demanda de energia

No seu cálculo anterior você constatou que a área utilizável do telhado não é suficiente para montar
a potência necessária. Sua tarefa é diminuir a demanda de energia, indicando ao cliente como ele
pode poupar energia.

Você mostra ao cliente que há muita demanda de energia para a iluminação dos quartos,
apresentando-lhe a lista dos consumidores. Aqui ele pode economizar muita energia se instalar
lâmpadas econômicas no lugar das lâmpadas incandescentes convencionais.
Calcule outra vez a demanda de potência, considerando que todas as lâmpadas
incandescentes são substituídas por lâmpadas econômicas.
Tempo Demanda
Potência
de de
Peça Consumidor nominal
utilização energia
[W]
[h/d] [Wh/d]

________
Iluminação 15 5
(1)

________
Sala de estar Televisor 50 4
(2)

________
Rádio 15 2
(3)

________
Iluminação 15 3
(4)

________
Cozinha Cafeteira 1200 0,2
(5)

________
Kühlschrank 12,5 24
(6)

________
Banheiro Iluminação 11 2
(7)

________
Dormitório 1 Iluminação 11 1
(8)

________
Dormitório 2 Iluminação 11 1
(9)

________
Outros 25 24
(10)

________Consumo________
Potência total:
(11) total (12)
Que efeito sobre a demanda de energia você pode constatar através da troca das lâmpadas
incandescentes por lâmpadas econômicas?

A troca das lâmpadas...

...não tem efeito sobre a demanda de energia.


...leva a uma pequena redução da demanda de energia.
... reduz fortemente a demanda de energia.

Que outras providências podem contribuir para a redução do consumo de energia?

Deixar o consumidor ligado em vez de ligar e desligar o


mesmo constantemente, pois é necessária muita energia a
cada vez que o consumidor é ligado.
Ao comprar novos consumidores, atentar para um baixo
Várias respostas
consumo de energia.
podem ser
Sempre desligar consumidores quando não são mais corretas!
usados.
Apenas utilizar consumidores de fabricantes conceituados,
pois estes apresentam uma demanda de energia baixa.

Determinação da área de telhado necessária


Calcule a área de telhado necessária do gerador solar para o consumo reduzido de energia.
Você utiliza o valor da energia elétrica gerada do primeiro cálculo.

Consumo total
Área de telhado necessária =
Energia elétrica gerada

____(1) kWh/d
=
____(2) kWh/m2 · d

=____(3) m2

Calcule o número de módulos solares que são necessários.

Número de módulos solares: ____ Unidade

Como os módulos devem ser montados no telhado?

Horizontalmente (lado curto virado para baixo)


Verticalmente (lado longo virado para baixo)
Dimensionamento da bateria

Para finalizar o projeto do sistema autônomo de geração fotovoltaica, na última etapa você deve
calcular a capacidade de bateria necessária bem como o número de baterias solares.

A capacidade necessária para a bateria depende da demanda de energia, dos dias de autonomia do
sistema fotovoltaico autônomo e da capacidade obtida da bateria. Quanto mais dias de autonomia
são exigidos do sistema fotovoltaico autônomo, tanto maior será a capacidade de bateria necessária.
A capacidade útil da bateria sempre é menor (em geral 50%) do que a capacidade indicada, por isso
a bateria deve ser projetada maior (o dobro da capacidade). A fórmula para determinar a capacidade
da bateria é obtida assim:

Calcule a capacidade de bateria exigida se o cliente necessitar de dois dias de autonomia


para o seu sistema autônomo de geração fotovoltaica.

As baterias solares que você usa apresentam uma tensão nominal de 12 V. Utilizando
baterias solares de alta qualidade, você pode aproveitar 62,5% da capacidade da bateria.

Consumo total x Dias de

autonomia x 100%
Capacidade da bateria =
Tensão da bateria x Capacidade

utilizável da bateria em %

________(1) kWh x ________(2)

x 100%
=
________(3) V x ________(4) %

=________(5) Ah

Calcule o número de baterias necessárias se uma bateria apresenta uma capacidade


nominal de 105Ah.

Número de baterias solares: ____ Unidade


Dias de autonomia se refere ao período em que o sistema é abastecido somente pela bateria,
sem que a mesma seja recarregada. Valores típicos para os dias de autonomia ficam
entre três e seis dias.

Para que a bateria tenha uma maior durabilidade, não é recomendado contar com a
capacidade total da bateria, um valor típico para a capacidade utilizável da bateria é de 50%.
Circuitos falhos
Simulação de erro 1

Ao abrir essa página do curso, automaticamente um erro é ativado na estrutura experimental


apresentada abaixo. Tente localizar o erro. Utilize os diversos instrumentos de medição para
isso.

Monte o experimento a seguir:

Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.

Qual erro ocorreu?

O LED não emite luz.


O LED emite apenas luz fraca.
A luminosidade do LED não se altera.
Qual poderia ser a causa do erro?

O LED está com defeito.


No mínimo um módulo solar está com defeito.
A potência dos módulos solares é baixa demais.
O cabeamento dos módulos solares foi interrompido.

Com qual medida é possível corrigir o erro?

Substituição do módulo solar defeituoso.


Troca do condutor defeituoso do módulo solar.
Substituição do LED defeituoso.
Instalar módulos solares adicionais para aumentar a
potência gerada.
Simulação de erro 2

Ao abrir essa página do curso, automaticamente um erro é ativado na estrutura experimental


apresentada abaixo. Tente localizar o erro. Utilize os diversos instrumentos de medição para
isso.

Monte o experimento a seguir:

Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.

Qual erro ocorreu?

A tensão de carga é alta demais, o controlador de carga


separa os módulos solares da bateria.
A tensão de carga é baixa demais, de modo que a bateria
não é mais carregada.
A corrente de carga é baixa demais para carregar a bateria.
Qual poderia ser a causa do erro?

Há uma falha no cabeamento dos módulos solares.


A tensão nominal da bateria conectada é baixa demais.
Na ligação dos módulos solares, um ficou com a polaridade
invertida.
A irradiância dos módulos solares é baixa demais.

Com qual medida é possível corrigir o erro?

Conectar uma bateria com maior tensão nominal.


Substituir o módulo solar defeituoso por.
Verificar a orientação dos módulos solares para aumentar a
irradiância.
Corrigir as conexões dos módulos solares com polaridades
incorretas.
Simulação de erro 3

Ao abrir essa página do curso, automaticamente um erro é ativado na estrutura experimental


apresentada abaixo. Tente localizar o erro. Utilize os diversos instrumentos de medição para
isso.

Monte o experimento a seguir:

Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.

Qual erro ocorreu?

O LED fica piscando.


Os módulos solares não fornecem nenhuma tensão.
Os módulos solares não fornecem nenhuma corrente.
Os módulos solares fornecem uma tensão baixa demais.
Qual poderia ser a causa do erro?

Um módulo solar é ligado em ponte, por ex., por um diodo


de bypass defeituoso.
Há uma falha ou interrupção no cabeamento dos módulos
solares.
Um módulo solar está com defeito e não gera energia.
Um módulo solar sombreado sem diodo de bypass impede o
fluxo de corrente.

Com qual medida é possível corrigir o erro?

Corrigir falhas ou defeitos no cabeamento.


Instalar um diodo de bypass para o módulo solar
sombreado.
Remova a ligação em ponto no módulo solar, por ex.,
substituindo o diodo de bypass defeituoso.
Substituição do módulo solar defeituoso.
Simulação de erro 4

Ao abrir essa página do curso, automaticamente um erro é ativado na estrutura experimental


apresentada abaixo. Tente localizar o erro. Utilize os diversos instrumentos de medição para
isso.

Monte o experimento a seguir:

Observação:
Se você tiver dificuldades para localizar o erro, saia desta página e faça as medições no
circuito sem erros.

Qual erro ocorreu?

O ventilador não funciona.


A rotação do ventilador é variável.
Com o sombreamento de um módulo solar, o ventilador
para.
O ventilador funciona apenas com irradiância máxima.
Qual poderia ser a causa do erro?

A velocidade do ventilador muda devido a oscilações na


tensão gerada.
Em um módulo solar falta um diodo de bypass ou está com
defeito.
Há uma interrupção no cabeamento dos módulos solares.
A potência dos módulos solares não foi projetada
corretamente.

Com qual medida é possível corrigir o erro?

Substituição do cabo defeituoso no cabeamento.


Instalar uma bateria como tampão para oscilações de
tensão.
Substituir o diodo de bypass defeituoso ou falho.
Montar outro módulo solar para aumentar a potência do
sistema.
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