Capítulo 2 – Desenvolvimento Pré-natal do livro A Criança em Desenvolvimento de Helen
Bee.
1. Concepção e Genética
O capítulo começa explicando o processo da concepção, que ocorre quando um
espermatozoide fertiliza um óvulo, formando um zigoto. A genética desempenha um papel
crucial no desenvolvimento pré-natal, determinando características como sexo, traços
físicos e predisposições para certas condições de saúde.
Genótipos e Fenótipos
• Genótipo: Conjunto de genes herdados dos pais.
• Fenótipo: Expressão das características genéticas, influenciada tanto pelos
genes quanto pelo ambiente.
Padrões de Herança Genética
O capítulo também aborda diferentes padrões de herança genética:
• Herança dominante-recessiva (exemplo: algumas doenças genéticas são
causadas por genes recessivos, como a fibrose cística).
• Herança poligênica (quando várias combinações de genes determinam
características como altura e inteligência).
2. Desenvolvimento da Concepção ao Nascimento
O desenvolvimento pré-natal é dividido em três estágios principais:
a) Estágio Germinal (0 a 2 semanas)
• Começa na concepção e dura até a implantação do blastocisto no útero.
• Durante esse período, ocorre a divisão celular rápida e a formação do
trofoblasto, que dará origem à placenta.
b) Estágio Embrionário (2 a 8 semanas)
• Período crítico no desenvolvimento do bebê, pois é quando os órgãos
começam a se formar.
• Desenvolvimento de três camadas celulares principais:
• Ectoderma: forma pele, sistema nervoso e órgãos sensoriais.
• Mesoderma: desenvolve músculos, ossos e sistema circulatório.
• Endoderma: dá origem ao sistema digestivo e respiratório.
• Formação do tubo neural, que posteriormente se tornará o cérebro e a
medula espinhal.
c) Estágio Fetal (9 semanas até o nascimento)
• Caracterizado pelo crescimento e refinamento dos sistemas orgânicos.
• O feto começa a se mover, responder a estímulos e desenvolver reflexos.
• Desenvolvimento do sistema nervoso e aumento da conectividade neuronal.
3. Diferenças de Sexo no Desenvolvimento Pré-natal
• A diferenciação sexual ocorre por volta da 7ª semana de gestação.
• Se um cromossomo Y estiver presente, os testículos se desenvolvem e
produzem testosterona, resultando na formação de um feto masculino.
• Em fetos femininos, a ausência de testosterona leva ao desenvolvimento dos
ovários.
• Além da diferenciação física, estudos sugerem que há diferenças na
atividade fetal entre meninos e meninas.
4. Comportamento Pré-natal
• O bebê já apresenta movimentos espontâneos e pode reagir a estímulos
externos, como luz e som.
• A partir do terceiro trimestre, ele pode demonstrar padrões de sono e
atividade, além de reagir à voz da mãe.
• Estudos indicam que o feto pode reconhecer vozes e sons familiares após o
nascimento.
5. Problemas no Desenvolvimento Pré-natal
a) Transtornos Genéticos
Algumas condições são causadas por mutações genéticas ou padrões de herança
específicos, como:
• Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21).
• Síndrome de Turner (afetando meninas com apenas um cromossomo X).
• Síndrome de Klinefelter (afetando meninos com um cromossomo X extra).
b) Erros Cromossômicos
• Ocorrem quando há falhas na separação dos cromossomos durante a divisão
celular.
• Algumas anormalidades cromossômicas podem resultar em abortos
espontâneos.
c) Teratógenos – Fatores Ambientais que Afetam o Desenvolvimento
São agentes que podem prejudicar o feto durante o desenvolvimento pré-natal. Entre os
principais estão:
1. Doenças Maternas
• Rubéola: pode causar surdez, problemas cardíacos e cegueira.
• Toxoplasmose: infecção causada por um parasita encontrado em fezes de
gato, afetando o sistema nervoso do feto.
• HIV/AIDS: pode ser transmitido para o bebê durante o parto ou
amamentação.
2. Drogas e Substâncias Químicas
• Álcool: pode causar a Síndrome Alcoólica Fetal, resultando em malformações
e atrasos cognitivos.
• Nicotina: está associada a baixo peso ao nascer e problemas respiratórios.
• Drogas ilícitas: cocaína e heroína podem causar dependência neonatal e
déficits no desenvolvimento cerebral.
3. Outros Fatores Maternos
• Idade da mãe (gravidez na adolescência ou após os 35 anos pode
apresentar riscos).
• Estresse materno (pode afetar o desenvolvimento do cérebro fetal).
• Desnutrição (falta de nutrientes pode prejudicar o crescimento fetal).
Conclusão
O capítulo enfatiza a importância do período pré-natal para o desenvolvimento saudável do
bebê. A genética e o ambiente intrauterino desempenham papéis essenciais na formação
das primeiras estruturas do organismo. Além disso, fatores externos, como doenças
maternas e exposição a substâncias prejudiciais, podem impactar negativamente o
desenvolvimento fetal.
Os avanços tecnológicos, como exames de ultrassom e testes genéticos, ajudam a
monitorar a saúde do bebê durante a gestação, permitindo intervenções precoces quando
necessário.
Esse resumo detalhado cobre os principais pontos do capítulo.