DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE GESTÃO EMPRESARIAL
AIRES TCHIAMBO
BENEDITA LANDANA
BRUNO NEVES
CLÁUDIO LIMA
EDMUNDO RAIMUNDO
KELMA QUIUMA
ROSEGRACE MOREIRA
SERAFIM NUNES
ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA DA ANPG- AGÊNCIA
NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS E BIOCOMBUSTÍVEIS
Luanda
2024
AIRES TCHIAMBO
BENEDITA LANDANA
BRUNO NEVES
CLÁUDIO LIMA
EDMUNDO RAIMUNDO
KELMA QUIUMA
ROSEGRACE MOREIRA
SERAFIM NUNES
ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA DA ANPG- AGÊNCIA
NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS E BIOCOMBUSTÍVEIS
Trabalho para Segunda Prova Parcelar do
Curso de Gestão Empresarial, do
Departamento de Ciências Sociais Aplicadas
(DCSA), do Instituto Superior Politécnico de
Tecnologias e Ciências (ISPTEC), como
requisito de Avaliação à disciplina de Gestão
Financeira I.
Professores: Domingos Pedro e Vasco
Chacale
Luanda
2024
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
1.1.OBJECTIVOS ...................................................................................................................... 5
1.1.1.Objectivo Geral ........................................................................................................... 5
1.1.2.Objectivos Específicos ............................................................................................. 5
2.ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL .............................................................................. 6
2.1.Análise Vertical .............................................................................................................. 6
2.1.2.Interpretação da Análise Vertical ........................................................................... 6
2.2.Análise Horizontal ......................................................................................................... 9
2.2.1.Interpretação da Análise Horizontal ...................................................................... 9
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1.INTRODUÇÃO
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, abreviadamente
designada por “ANPG”, é uma entidade colectiva de direito público, do sector
económico e produtivo, que goza de personalidade e capacidade jurídica, com
autonomia administrativa, financeira e patrimonial, criada ao abrigo do Decreto
Presidencial n.º 49/19 de 6 de Fevereiro, no âmbito do programa de
reorganização do sector de hidrocarbonetos em Angola e que nos termos da Lei
n.º 5/19 de 18 de Abril (que altera a Lei das Actividades Petrolíferas, Lei n.º 10/04
de 12 de Novembro) assumiu a função de Concessionária Nacional, enquanto
detentora dos direitos mineiros sobre os hidrocarbonetos líquidos e gasosos
existentes no território nacional.
Para além de Concessionária Nacional, a ANPG tem por finalidade regular,
fiscalizar e promover a execução das actividades petrolíferas, nomeadamente as
operações e a contratação, no domínio dos petróleos, gás e biocombustíveis,
tendo como atribuições específicas: (i) implementar as acções necessárias à
adjudicação e gestão dos contratos de petróleo e gás natural; (ii) executar a
política pública do Estado no domínio da indústria petrolífera, em conformidade
com as melhores práticas internacionais; (iii) acompanhar o desenvolvimento
técnico e tecnológico para efeitos de adequação legislativa do sector, nos limites
das suas competências; (iv) promover e estimular os investimentos no sector dos
petróleos, gás e biocombustíveis e divulgar os dados técnicos que não sejam de
domínio reservado, conforme a legislação em vigor; (v) assegurar a promoção
da formação especializada dos quadros do sector, em estreita colaboração com
os órgãos e serviços públicos e privados.
Atendendo ao propósito da sua existência e à ambição da equipa de gestão, o
Conselho de Administração, nomeado por via do Despacho Presidencial n.º
55/24 de 20 de Fevereiro, definiu a Missão, a Visão e os Valores que deverão
estar inscritos na cultura interna da Organização:
Missão: Maximizar a criação de valor para o Estado, através de uma gestão
eficiente e responsável dos recursos de petróleo e gás.
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Visão: Tornar a ANPG numa entidade de referência internacional, promovendo
em Angola um ambiente de negócio de excelência e local de escolha para os
investidores.
Valores:
Comunicação Efectiva;
Trabalho em Equipa e Valorização do Capital Humano;
Transparência;
Alto Comprometimento e Respeito pelos Stakeholders;
Foco em Saúde;
Segurança e Ambiente;
Conduta Ética e Integridade.
1.1.OBJECTIVOS
1.1.1.Objectivo Geral
Análise dos principais indicadores financeiros e económicos sobre as
demonstrações financeiras da Empresa ENDE.
1.1.2.Objectivos Específicos
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2.ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
2.1.Análise Vertical
2023 2022
ACTIVO
ACTIVOS NÃO CORRENTES
Imobilizados Corpóreos 0,79% 0,43%
Imobilizados Incorpóreos 0,0089% 0,019%
Outros Activos Financeiros 4,77% 2,74%
Outros Activos não Correntes 27,5% 28,2%
TOTAL ACTIVO NÃO CORRENTE 33,16% 31,4%
ACTIVOS CORRENTES
Outros Activos Financeiros 0,71% 1,26%
Contas a Receber 25,3% 29,9%
Disponibilidades 40,5% 36,9%
Outros Activos Correntes 0,15% 0,32%
TOTAL ACTIVO CORRENTE 66,8% 68,5%
TOTAL ACTIVO 100% 100%
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Resultado Transitado 13,3% 4,31%
Reserva – Dotações Iniciais 0,05% 0,088%
Reserva – Incorporação de 0,43% 0,61%
Activos
Resultado do Ano 19,8% 17,6%
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 33,9% 22,6%
PASSIVO NÃO CORRENTE
Provisões para Pensões 0,16% 0,19%
Provisões para Outros Riscos e 61,2% 66,1%
Encargos
TOTAL DO PASSIVO NÃO 61,4% 66,2%
CORRENTE
PASSIVO CORRENTE
Contas a Pagar 4,36% 10,7%
Outros Passivos Correntes 0,29% 0,26%
TOTAL PASSIVO CORRENTE 4,65% 11,03%
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E 100% 100%
PASSIVO
2.1.2.Interpretação da Análise Vertical
Activos Não Correntes
Em 2023 os activos não correntes representaram 33,16% do total do
activo, um ligeiro aumento em relação a 31,4% de 2022. Isso indica que
a empresa investiu mais activos de longo prazo.
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Imobilizado Corpóreos: A participação desses activos aumentou de
0,43% em 2022 para 0,79% em 2023, o que sugere um maior
investimento em infraestruturas ou equipamentos.
Outros Activos Financeiros: Cresceram de 2,74% (2022) para 4,77%
(2023), mostrando maior aplicação em investimentos financeiros de longo
prazo.
Outros Activos Não Correntes: Houve uma leve redução de 28,2%
(2022) para 27,5% (2023), mantendo-se como a maior categoria de
activos não correntes.
Activos Corrente
A participação dos activos correntes diminuiu de 68,5% em 2022 para
66,8% em 2023, indicando menor dependência de activos de curto
prazo.
Contas a Receber: Reduziram de 29,9% (2022) para 25,3% (2023),
possivelmente refletindo uma melhor gestão de recebimentos ou
menor volume de créditos concedidos.
Disponibilidades: Aumentaram de 36,9% (2022) para 40,5% (2023),
evidenciando maior liquidez e capacidade de atender obrigações de
curto prazo.
Outros Activos Correntes: Diminuiu de 0,32% (2022) para 0,15%
(2023), representando uma proporção mínima de activo total.
Capital Próprio
O Capital Próprio aumentou de 22,6% em 2022 para 33,9% em
2023, evidenciando um fortalecimento da base de recursos
próprios.
Resultado Transitado: Houve um crescimento expressivo de
4,31% (2022) para 13,3% (2023), o que pode indicar a retenção de
lucros acumulados.
Resultado do Ano: Cresceu de 17,6% (2022) para 19,8% (2023),
o que demonstra maior lucratividade no período.
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Passivo Não Corrente
Reduziu de 66,2% (2022) para 61,4% (2023), o que sugere um esforço
para diminuir a dependência de financiamentos ou obrigações de longo
prazo.
Provisões para Outros Riscos e Encargos: Embora tenha diminuído de
66,1% (2022) para 61,2% (2023), ainda é o principal componente do
passivo não corrente.
Passivo Corrente
Representou 4,65% do total do passivo e capital próprio em 2023, uma
redução significativa em relação a 11,03% em 2022. Isso indica maior
liquidez ou menor pressão de dívidas de curto prazo.
Contas a Pagar: Diminuíram de 10,7% (2022) para 4,36% (2023),
refletindo uma gestão mais eficiente de dívidas imediatas.
Análise Geral
A empresa apresentou:
Maior liquidez: Com um aumento das disponibilidades e redução
de contas a pagar.
Fortalecimento do capital próprio: Maior retenção de resultados
e aumento do lucro, reduzindo a dependência de passivos.
Melhora na gestão de riscos: Redução das provisões no passivo
não corrente.
Essas mudanças indicam uma melhoria na estrutura financeira e maior
resiliência para atender às obrigações de curto e longo prazo.
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2.2.Análise Horizontal
2023
ACTIVO
ACTIVOS NÃO CORRENTES
Imobilizados Corpóreos 192,96%
Imobilizados Incorpóreos (24,70%)
Outros Activos Financeiros 181,36%
Outros Activos não Correntes 57,7%
TOTAL ACTIVO NÃO CORRENTE 70,3%
ACTIVOS CORRENTES
Outros Activos Financeiros (8,63%)
Contas a Receber 36,9%
Disponibilidades 77,2%
Outros Activos Correntes (20,6%)
TOTAL ACTIVO CORRENTE 57,6%
TOTAL ACTIVO 61,6%
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Resultado Transitado 399,3%
Reserva – Dotações Iniciais 0%
Reserva – Incorporação de Activos 14,5%
Resultado do Ano 0,81%
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 141,8%
PASSIVO NÃO CORRENTE
Provisões para Pensões 38,5%
Provisões para Outros Riscos e Encargos 49,7%
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 49,7%
PASSIVO CORRENTE
Contas a Pagar (34,5%)
Outros Passivos Correntes 81,9%
TOTAL PASSIVO CORRENTE (31,8%)
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 61,6%
2.2.1.Interpretação da Análise Horizontal
Activos Não Correntes
Imobilizados Corpóreos: Cresceram 192,96%, indicando um
significativo aumento no investimento em infraestrutura ou equipamentos
essenciais para as operações da empresa.
Imobilizados Incorpóreos: Apresentaram uma redução de 24,70%,
possivelmente devido a amortizações ou menor investimento em ativos
intangíveis.
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Outros Ativos Financeiros: Tiveram um crescimento expressivo de
181,36%, sinalizando um aumento nos investimentos financeiros de longo
prazo.
Outros Ativos Não Correntes: Cresceram 57,7%, indicando maior
diversificação ou aquisição de ativos de longo prazo.
Total de Ativos Não Correntes: Apresentaram um crescimento
consolidado de 70,3%, mostrando maior foco em ativos estratégicos de
longo prazo.
Activos Correntes
Outros Ativos Financeiros: Reduziram-se em 8,63%, refletindo uma
diminuição nas aplicações financeiras de curto prazo.
Contas a Receber: Tiveram uma queda de 36,9%, sugerindo maior
eficiência na cobrança ou menor volume de vendas a crédito.
Disponibilidades: Cresceram 77,2%, mostrando maior liquidez e
capacidade de cumprir com as obrigações imediatas.
Outros Ativos Correntes: Caíram 20,6%, refletindo menor utilização ou
necessidade desses ativos.
Total de Ativos Correntes: Cresceram 57,6%, reforçando a liquidez
geral da empresa.
Total Ativo: Apresentou um aumento de 61,6%, demonstrando uma
expansão geral no volume de ativos.
Capital Próprio
Resultado Transitado: Aumento impressionante de 399,3%, indicando
forte retenção de lucros acumulados.
Reserva - Dotações Iniciais: Sem alterações (0%), mantendo o mesmo
nível.
Reserva - Incorporação de Ativos: Cresceu 14,5%, refletindo uma
política de fortalecimento de reservas com base na valorização de ativos.
Resultado do Ano: Pequeno crescimento de 0,81%, indicando um
desempenho estável nos lucros.
Total Capital Próprio: Subiu 141,8%, evidenciando uma melhoria
substancial na estrutura de financiamento próprio da empresa.
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Passivo Não Corrente
Provisões para Pensões: Crescimento de 38,5%, sugerindo um ajuste
para futuras obrigações relacionadas à força de trabalho.
Provisões para Outros Riscos e Encargos: Cresceram 49,7%,
indicando uma maior alocação para cobrir possíveis riscos ou passivos
contingentes.
Total do Passivo Não Corrente: Crescimento consolidado de 49,7%,
alinhado às provisões mencionadas.
Passivo Corrente
Contas a Pagar: Redução significativa de 34,5%, indicando menor
volume de dívidas de curto prazo ou maior eficiência na gestão de
pagamentos.
Outros Passivos Correntes: Aumento de 81,9%, apontando maior
volume de obrigações de curto prazo.
Total Passivo Corrente: Apresentou uma redução de 31,8%, indicando
menor pressão sobre os recursos de curto prazo.
Análise Geral
A empresa apresentou crescimento sólido nos ativos totais 61,6%,
com maior foco em ativos não correntes 70,3%, indicando investimentos
estratégicos para o futuro.
O capital próprio teve um aumento significativo 141,8%, fortalecendo a
autonomia financeira da empresa e reduzindo a dependência de passivos.
O passivo não corrente aumentou 49,7%, mostrando maior provisão
para riscos e encargos, enquanto o passivo corrente diminuiu (-31,8%),
refletindo melhor liquidez e menor pressão no curto prazo.
Essa evolução demonstra uma melhoria na estrutura financeira, com maior
liquidez e investimentos estratégicos de longo prazo, alinhados a um
crescimento sustentável.
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ANÁLISE DOS RÁCIOS