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Hemograma

O hemograma é um exame que avalia as principais linhagens de células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. O eritrograma analisa as hemácias e pode diagnosticar anemias, enquanto o leucograma avalia os leucócitos e suas funções no sistema imune. As plaquetas são responsáveis pela coagulação, e alterações em suas contagens podem indicar riscos de sangramento ou outras condições médicas.
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Hemograma

O hemograma é um exame que avalia as principais linhagens de células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. O eritrograma analisa as hemácias e pode diagnosticar anemias, enquanto o leucograma avalia os leucócitos e suas funções no sistema imune. As plaquetas são responsáveis pela coagulação, e alterações em suas contagens podem indicar riscos de sangramento ou outras condições médicas.
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Hemograma

Hemograma é o exame que avalia as principais linhagens de células


do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.
Chamamos de hemograma completo aquele que contém resultados
das três linhagens de células: hemácias, leucócitos e plaquetas.
Porém é possível solicitar exames de linhagens específicas: contagem
de hemácias (eritrograma). Para os resultados de apenas leucócitos
(leucograma). Somente as plaquetas (plaquetograma).

1 - Eritrograma
O eritrograma geralmente é apresentado no início do hemograma. Ele caracteriza os
eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos)
Através deles, pode-se diagnosticar pacientes com anemias diversas.

- Hematócrito e hemoglobina: os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e


hematócrito, são analisados em conjunto.
Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de eritrócitos no sangue.
Quando estão elevados indicam policitemia, ou seja, excesso.

- O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelos eritrócitos (hemácias).


Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é composto por eritrócitos.
Os outros 55% são água e substâncias diluídas.
Praticamente metade de nosso sangue é composto por eritrócitos, nossas células vermelhas.
A falta de eritrócitos prejudica o transporte de oxigênio, já o excesso deixa o sangue muito
espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos.
A hemoglobina é uma molécula que fica dentro dessas células, ela é responsável pelo
transporte de oxigênio.
Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma
anemia.

- O volume globular médio (VGM), mede o tamanho das células.


Um VCM elevado indica eritrócitos macrocíticos, ou seja, grandes.
VCM reduzidos indicam células microcíticas, isto é, de tamanho diminuído.
Com esse dado podemos diferenciar os vários tipos de anemias.
EX: Anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes
Anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas.
Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.
OBS: o alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia.

- CHCM - Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média


O CHCM dosa a concentração de hemoglobina dentro da célula.
O HCM é o peso da hemoglobina dentro dos eritrócitos.
Ambos valores indicam aspectos bem semelhantes. Quando têm pouca hemoglobina, as
células são ditas hipocrômicas. Quando têm muita, são hipercrômicas.

- RDW
O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias.
Quando este está elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes
circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia.
É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento
impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho
reduzido.

2 - Leucograma
O leucograma é a segunda parte do hemograma, ele avalia os leucócitos (glóbulos brancos)
Os leucócitos são um grupo de diferentes células, com
diferentes funções no sistema imune.
Os leucócitos têm como principal função proteger nosso
organismo contra patógenos e organismos estranhos. Eles
atuam fagocitando as partículas invasoras ou produzindo
substâncias que vão agir destruindo ou inativando essas
partículas.
Os leucócitos também são responsáveis pela limpeza do
organismo, destruindo células mortas e restos de tecidos.

Uma pessoa saudável apresenta em seu sangue de 5 a 10 mil


leucócitos a cada mm³ de sangue

Leucocitose: quando os leucócitos estão aumentados


Leucopenia: quando os leucócitos estão diminuídos

O aumento ou a redução dos valores dos leucócitos por si só não


indica muito, já que é importante ver qual das linhagens foi a
responsável por essa alteração.
Os leucócitos são classificados, de acordo com a sua estrutura vista em
microscópio óptico, em granulosos e agranulosos.
Existem três tipos de leucócitos granulosos: os neutrófilos, os eosinófilos e os basófilos;
enquanto os leucócitos agranulosos podem ser de dois tipos: os monócitos e os linfócitos.

Como neutrófilos e linfócitos são os tipos mais comuns de leucócitos, estes geralmente são os
responsáveis pelo aumento ou diminuição da concentração total dos leucócitos.

Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que


nada mais é que o câncer dos leucócitos.
Enquanto processos infecciosos podem elevar os
leucócitos até 20.000-30.000 células/mm3, na
leucemia, esses valores ultrapassam facilmente os
50.000 cel/mm3.

As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na


medula óssea.
Podem ser por quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão
por micro-organismos.

Vamos avaliar a dosagem de cada um dos 6 tipos.

- Neutrófilos no hemograma
O neutrófilo é o mais comum, representando, em média, de 45% a 75% do total circulante.
Eles são especializados no combate a bactérias.
Em infecções bacterianas, a medula óssea aumenta a sua produção e sua concentração
sanguínea se eleva.
Por isso, uma leucocitose, geralmente causada por neutrofilia, pode ser indício de infecção
bacteriana.
Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas e, assim que o
processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e seus níveis
sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.

Neutrofilia: aumento do número de neutrófilos.


Neutropenia: redução do número de neutrófilos.

Neutrófilos segmentados e bastões


Os bastões são os neutrófilos jovens.
Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos
e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos.
Normalmente, apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões.
A presença de um percentual maior indica um processo infeccioso em curso.
Os neutrófilos segmentados são os maduros.

- Linfócitos
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum e representam de 15 a 45%.
Os linfócitos compõem a principal linha de defesa contra vírus e tumores.
São eles os responsáveis pela produção dos anticorpos.
Em infecções virais, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o
número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.

Linfocitose: aumento do número de linfócitos.


Linfopenia: há redução do número de linfócitos.
Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS
(SIDA) causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.

- Monócitos
Os monócitos normalmente representam de 3 a 10%, ativados por infecções virais e
bacterianas.
Assim que são produzidos na medula óssea, os monócitos migram para os tecidos onde se
transformam em macrófagos, fagocitando microrganismos e células mortas.
Monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais
crônicas, como a tuberculose.

- Eosinófilos - Acidófilos
Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da
alergia.
Têm como principal função combater invasores de grande tamanho, como vermes parasitas.
Eles combatem esses vermes liberando proteínas tóxicas, íons peróxidos e enzimas, com o
objetivo de destruir esses organismos.
Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.

Eosinofilia: aumento do número de eosinófilos.


Eosinopenia: há redução do número de eosinófilos.

- Basófilos
Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue.
Representam de 0,5 a 2% dos glóbulos brancos.
Apesar de liberarem histamina, ainda não se sabe ao certo a sua real função.
A histamina é uma substância que desempenha papel muito importante nas inflamações e
respostas alérgicas, facilitando a saída de anticorpos e neutrófilos para locais onde há
invasores. Essa substância é a responsável pela vermelhidão, inchaço e coceira nos ferimentos,
além de promover o aumento da coriza e a contração da musculatura dos brônquios.
Outra substância produzida pelos basófilos é chamada de heparina, que tem propriedades
anticoagulantes.
Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.

- Plaquetas
As plaquetas são os fragmentos dos megacariócitos produzidos na medula, que iniciam o
processo de coagulação.
Na lesão do vaso sanguíneo, o organismo encaminha as plaquetas ao local da lesão.
No final processo, é formado um trombo, que estanca o sangramento.
Assim, o valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL).
Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a
coagulação.
Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma
vez que pode haver sangramentos espontâneos.

Trombocitose: aumento do número de plaquetas no sangue.


Trombocitopenia: redução do número de plaquetas no sangue.
A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não se
encontra sob elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros de
hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na pele).

Bicitopenia e pancitopenia
Quando temos redução de duas linhagens de células do sangue, como no caso do paciente
com anemia e leucopenia, dizemos que ele tem bicitopenia.
O paciente com as três linhagens de células do sangue abaixo dos valores de referência é
portador de pancitopenia.

Tanto a pancitopenia quanto a bicitopenia costumam surgir em pacientes com algum


problema na medula óssea.
- Infiltração da medula óssea: neoplasias hematológicas, câncer metastático, mielofibrose e
doenças infecciosas podem invadir a medula óssea e ocupar o local de produção das células
sanguíneas.
- Aplasia da medula óssea: carências nutricionais, anemia aplástica, doenças infecciosas,
doenças autoimunes e certos tipos de medicamentos podem afetar as células tronco da
medula óssea, impedindo a produção de novas células sanguíneas.
- Destruição das células sanguíneas circulantes: a destruição antes do tempo das células
sanguíneas circulantes também pode causar bi ou pancitopenia. As principais causas são:
coagulação intravascular disseminada, púrpura trombocitopênica trombótica, síndromes
mielodisplásicas, distúrbios megaloblásticos e hiperesplenismo.
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