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Lista de Exercícios Brasil Colonia

O documento é uma lista de exercícios sobre a história do Brasil, abordando temas como a economia colonial, o tráfico de escravos, a importância do engenho e a agricultura. As questões exploram a relação entre a produção de açúcar, a mão de obra escrava e as invasões estrangeiras. O material é direcionado a estudantes e contém referências a autores e obras relevantes para o estudo da história brasileira.
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Lista de Exercícios Brasil Colonia

O documento é uma lista de exercícios sobre a história do Brasil, abordando temas como a economia colonial, o tráfico de escravos, a importância do engenho e a agricultura. As questões exploram a relação entre a produção de açúcar, a mão de obra escrava e as invasões estrangeiras. O material é direcionado a estudantes e contém referências a autores e obras relevantes para o estudo da história brasileira.
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LISTA DE EXERCÍCIOS

HISTÓRIA DO BRASIL

PROFESSOR: JEOVÁ CANHETE

Questão 01)

“Com a longa depressão dos preços do açúcar brasileiro que persistiu na maior parte do
século XVIII, o tráfico baiano com a Costa da Mina tornou-se a principal fonte de escravos
na economia colonial em um sistema assemelhado ao uso da geritiba (cachaça) pelos
comerciantes do Rio na compra de escravos em Benguela e Luanda. Os baianos
compravam escravos no ocidente da África com tabaco de rolo feito com a parte não
vendida da colheita e resultante de um processamento inferior que o tornava um produto
agrícola de baixo custo em relação à indústria do fumo orientada para mercados
metropolitanos.”

(PANTOJA, Selma e SARAIVA, José Flávio. Angola e Brasil nas rotas do Atlântico.
Rio de Janeiro: Bertrand, 1998. p.27)

É possível inferir que o trecho acima indica que

a) A lucratividade do tráfico negreiro está relacionada com o baixo custo na aquisição


dos escravos em território africano e o alto valor desses vendidos no litoral brasileiro.

b) A crise do açúcar brasileiro acarretada pela concorrência com o açúcar antilhano


dinamizou o tráfico de escravos para o sudeste da colônia.

c) A geritiba e a tabaco eram os únicos produtos aceitos nas trocas entre traficantes de
escravos africanos e baianos.

d) O preço do escravo africano caiu vertiginosamente no litoral brasileiro, durante o


século XVIII, devido às crises econômicas coloniais.

e) A economia brasileira foi menos dependente da mão de obra escrava, durante o


século XVIII, devido à mineração e a uma nova dinâmica econômica.

Questão 02)

Aqui no Brasil tratou-se desde o início de aproveitar o índio, não apenas para obtenção
dele, pelo tráfico mercantil, de produtos nativos, ou simplesmente como aliado, mas sim
como elemento participante da colonização. Os colonos viam nele um trabalhador
aproveitável; a metrópole, um povoador para a área imensa que tinha de ocupar, muito
além de sua capacidade demográfica. Um terceiro fator entrará em jogo e vem complicar
os dados do problema: as missões religiosas.

(PRADO JÚNIOR, Caio. A formação do Brasil Contemporâneo.


São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 91.)

Baseando-se no trecho acima sobre o trabalho indígena no Brasil Colônia, assinale a


alternativa correta.

a) Os indígenas serviram como um elemento ativo e fundamental na colonização da


região Nordeste, enquanto na região Centro-Sul sua mão de obra foi utilizada de
maneira escassa.

b) Os jesuítas segregavam os indígenas em aldeias, para evitar a escravização da mão de


obra nativa durante a colonização portuguesa.

c) Os colonizadores espanhóis, ao contrário dos portugueses, não utilizaram a mão de


obra indígena, constituindo uma sociedade baseada na colonização de povoamento.

d) O tipo de trabalho executado pelos indígenas era bastante rudimentar, e a


dependência da metrópole em relação a essa mão de obra provocou atraso
econômico e cultural para a colônia brasileira.

e) Com o início do tráfico de escravos africanos, a mão de obra indígena deixou de ser
utilizada no processo de colonização.

Questão 03)

No Brasil do século XVI, a sociedade tinha, no engenho, o centro de sua organização.

Assinale a alternativa que NÃO atesta a importância do engenho no período colonial.

a) A grande propriedade era monocultora e também escravocrata, voltada para o


mercado externo, sendo a montagem da estrutura de produção açucareira, um
empreendimento de alto custo.

b) Os senhores de engenhos, por serem proprietários de terras e escravos, detinham o


poder político e controlavam as Câmaras Municipais, sendo denominados de
“homens bons”, estendendo tal poder para o interior de sua família.

c) Alguns engenhos funcionavam como unidades de produção autossuficientes, pois


além de oficinas para reparos de suas instalações, produziam alimentos necessários à
sobrevivência de seus moradores.
d) No engenho também havia alguns tipos de trabalhadores assalariados, como o feitor,
o mestre de açúcar, o capelão ou padre, que se sujeitavam ao poder e à influência do
grande proprietário de terras.

e) Os grandes engenhos contavam com toda a infraestrutura não apenas para atender
às necessidades básicas de sobrevivência, mas voltadas à atividade intelectual que
tornava o engenho centro de discussões comerciais.

Questão 04)

A formação do Nordeste do Brasil caracterizou-se, nos séculos XVI e XVII, pelas relações
entre a economia escravista canavieira no litoral e a economia da pecuária no interior da
região. O Complexo Econômico Nordestino, como ficou conhecido, cresceu nos dois
primeiros séculos da colonização, para em seguida entrar em longa trajetória de
decadência.

Pode-se afirmar sobre este acontecimento histórico que

a) a principal fonte de mão de obra para o crescimento da economia da região foi o


trabalho compulsório de europeus, que vieram para o Nordeste com suas famílias.

b) a economia açucareira cresceu baseada no trabalho escravo, primeiro de indígenas e


depois, primordialmente, de africanos que vieram para o Brasil em grande número.

c) a produção da cana de açúcar organizou-se em torno da pequena propriedade


familiar, possibilitando uma maior integração dentro da região, bem como o
surgimento de um mercado interno potente.

d) apesar de estruturarem o mesmo sistema econômico, a agricultura canavieira e a


economia da pecuária não tinham fortes relações entre si, permanecendo como ilhas
isoladas e essencialmente independentes.

e) o Complexo Econômico Nordestino permaneceu em sua trajetória de ascensão até


meados do século XIX, quando foi superado pelo aparecimento da economia da
borracha, desenvolvida na Região Amazônica.

Questão 05)

A expansão da agroindústria açucareira atingiu proporções assombrosas. O negócio da


produção e comercialização do açúcar formava uma complexa rede de interesses que
atraiu ataques estrangeiros.

Em 1624 membros do exército da Companhia das Índias Ocidentais atacaram e


ocuparam a sede do governo-geral em Salvador, e lá ficaram durante quase um ano. Em
1630, o ataque a Recife iniciou uma longa guerra de ocupação e reconquista, na qual
todos os recursos materiais e humanos da colônia foram mobilizados para expulsar os
invasores.
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme

Mota. História do Brasil)

O texto deve ser relacionado com:

a) invasões francesas;

b) ataques de corsários ingleses;

c) confrontos com espanhóis;

d) invasões holandesas;

e) ataques de corsários franceses.

Questão 06)

No Brasil colônia, o responsável pela produção açucareira – o senhor de engenho –


tinha enorme prestígio social. Era um tipo de “nobre da terra”, um membro da
“açucarocracia”, que produzia a partir de um modelo centrado nos princípios capitalistas
de produção da época. A agricultura assentava-se sobre o latifúndio monocultor,
escravista e exportador.

VAINFAS, Ronaldo (Dir.). Dicionário do Brasil colonial.


Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (adaptado).

O modo de produção descrito no texto é conhecido como

a) roça.

b) plantation.

c) agrofeudal.

d) rotação de cultivo.

e) agricultura coletiva.

Questão 07)

Quanto à economia no século XVI no Brasil, dadas as afirmativas,

I. A agromanufatura do açúcar forneceu a base econômica para a valorização colonial


do Brasil.
II. Ao açúcar subordinavam-se o extrativismo do pau-brasil e a pecuária.

III. A utilização, em larga escala, de trabalhadores escravos, a disponibilidade de terras e


a expansão do setor de consumo externo concorreram para o enriquecimento da
classe proprietária e da burguesia comercial portuguesa e flamenga.

IV. Ainda, nesse período, persistiam os interesses metalistas.

verifica-se que está(ão) correta(s)

a) IV, apenas.

b) I e II, apenas.

c) III e IV, apenas.

d) I, II e III, apenas.

e) I, II, III e IV.

Questão 08)

A imagem abaixo indica as principais atividades econômicas no Brasil durante o século


XVIII.

Adaptado de: http://4.bp.blogspot.com/-FEi1l0KjWqk/UxzgfZIh2wI/


AAAAAAAAGso/8oFcaa9kuqo/s1600/3.1.8+-+Brasil+S%C3%A9c.+XIX. PNG. Acesso em: 04 nov.
2014.
A respeito das atividades econômicas do período colonial no Brasil e suas características, é
correto afirmar:

I. A exploração da borracha foi uma atividade restrita ao norte do país porque a


seringueira é nativa da região, e também havia a facilidade de comercialização com
os mercados consumidores.

II. A concentração do cultivo de cana de açúcar na região litorânea pode ser explicada
pela disponibilidade de solos férteis e a facilidade de escoamento da produção.

III. A pecuária foi uma importante atividade para ocupação e abastecimento do interior
do território.

IV. O volume de extração de ouro e diamantes contribuiu para que a economia colonial
fosse deslocada do Nordeste para a região Sudeste.

V. A diversificação econômica existente no Nordeste se deveu aos diferentes


investimentos dos colonizadores e às condições mesológicas da região.

Estão CORRETAS as afirmações contidas em:

a) I, II, III, IV, V

b) II, III, IV, V apenas

c) I, II, IV, V apenas

d) I, II, V apenas

e) III, IV apenas

Questão 09)

A invasão e a ocupação holandesas no Nordeste do Brasil, ocorridas durante o período da


União Ibérica (1580-1640),

a) derivaram dos conflitos territoriais entre Portugal e Espanha, que fragilizaram o


controle português sobre a colônia.

b) foram resultado das disputas entre Holanda e Inglaterra pelo controle da navegação
comercial atlântica.

c) derivaram dos interesses holandeses na produção e comercialização do açúcar de


cana.

d) foram resultado do expansionismo naval espanhol, que desrespeitou os limites


definidos no Tratado de Tordesilhas.
e) derivaram da corrida colonial, entre as principais potências europeias, na busca de
fontes de matériasprimas e carvão.

Questão 10)

O maior período classificado na história do Brasil é o colonial, também conhecido como


América Portuguesa, oficialmente entre 1500 e 1822. Sobre a economia desse período, é
CORRETO afirmar que:

a) A escravidão indígena foi utilizada apenas na extração de minérios, pois já tinham


conhecimento dos locais onde existiam ouro e diamantes, assim como o melhor
processo de extração.

b) A extração de pau-brasil foi a primeira economia em território brasileiro, de extrema


importância para a colonização portuguesa durando todo o período colonial através
da plantação e extração.

c) Divisões de classe eram destacadas diretamente pela economia do período, existindo


apenas escravos e senhores, que eram donos de engenho ou de minas.

d) A cana de açúcar foi uma das principais economias desse período. As construções de
engenhos foram muito importantes para o desenvolvimento do Brasil.

e) Os escravos africanos foram utilizados apenas nos engenhos de cana de açúcar.


Percebe-se isso com o fim da escravidão, quando essa economia foi se
enfraquecendo em 1888.

Questão 11)

O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do pau-brasil. Foi a famosa madeira, da qual
se extrai um corante, que primeiro deu motivos aos portugueses para se estabelecer e
explorar a terra a que tinham chegado em 1500. Porém, foi a introdução da cana de
açúcar e a dos engenhos, com sua tecnologia para a produção de açúcar, as verdadeiras
responsáveis por transformar a colônia três décadas depois desse primeiro contato. O
açúcar foi a madrasta da colonização, que por quase dois séculos regeu a história
econômica, social e política do Brasil. E, em algumas regiões, continua a dominar.

Fonte: SCHWARTZ, Stuart B. Doce Lucro.


Revista de História. n. 94, jul. 2013.
Disponível em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/doce-lucro.
Acesso: 13 ago. 2014.

Durante grande parte do período colonial brasileiro, o açúcar foi o principal produto de
exportação da colônia. Sobre a produção de açúcar no Brasil, leia e analise as seguintes
afirmações:
I. A cana de açúcar era plantada em latifúndios, estrutura fundiária ainda presente no
Brasil.

II. A principal região produtora de açúcar no Brasil é a Sul.

III. A produção de açúcar foi uma das responsáveis pela desigualdade social no Brasil
colonial, pois utilizava mão de obra escrava.

IV. Da cana de açúcar, além do açúcar, pode-se produzir combustível e aguardente.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.

b) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras.

c) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras.

d) Apenas as afirmações I, III e IV são verdadeiras.

e) Todas as afirmações são verdadeiras.

Questão 12)

Seiscentas peças barganhei

- Que pechincha – no Senegal

A carne é rija, os músculos de aço,

Boa liga do melhor metal.

Em troca dei só aguardente,

Contas, latão – um peso morto!

Eu ganho oitocentos por cento

Se a metade chegar ao porto.

Fonte: Heinrich Heine, apud Alfredo Bosi. Dialética da colonização:


São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Com o verso “Boa liga do melhor metal” o autor está elogiando a qualidade dos
metais preciosos encontrados no Senegal, colônia que Portugal estava explorando.

b) Os versos do poeta referem-se a uma atividade do tempo do Brasil colônia


relacionada à origem da mão de obra utilizada na produção de açúcar nos engenhos
ali instalados.
c) Do trecho do poema se conclui que o tráfico negreiro era uma atividade que não
recompensava economicamente aos traficantes pois só a metade da carga chegava
em condições ao porto de destino.

d) O poema não se refere à colonização portuguesa no Brasil porque a mão de obra


escravizada foi só do índio, portanto, não havia transporte de longa distância em
navios.

e) O Estado português e a Igreja católica foram radicalmente contra a escravização dos


africanos combatendo o tráfico de pessoas em qualquer parte do mundo.

Questão 13)

Caracteriza a agricultura colonial no Brasil do final do século XVIII:

a) a importância alcançada pela produção de tabaco em São Paulo e em Minas Gerais,


que ocorreu após o Conselho Ultramarino ter permitido esse cultivo, o que favoreceu
a sua troca com manufaturas inglesas e francesas.

b) um novo produto, o trigo, foi beneficiado pela estrutura originada da Revolução


Industrial, que aprofundou a divisão entre os papéis a serem exercidos pelas nações,
isto é, as ricas, produtoras de industrializados e, as pobres, de matérias-primas.

c) o valor especial adquirido pelo extrativismo no Norte do Brasil, com o guaraná, que
concorreu com os produtos agrícolas tradicionais, como o açúcar, permitiu um rápido
desenvolvimento dessa região e a sua articulação com o restante da colônia.

d) o revigoramento da produção de açúcar e o desenvolvimento do cultivo do algodão


decorrentes, principalmente, de alguns fatos internacionais importantes, em
especial, a independência das treze colônias inglesas e a Revolução Haitiana.

e) o aparecimento do café na pauta de exportações coloniais, o que revolucionou as


relações entre o Estado português e a elite escravista, pois a sustentação econômica
da metrópole exigiu o abrandamento das restrições mercantilistas.

Questão 14)

Observe o mapa do Brasil a seguir.


Disponível em: <geografando.blogspot.com.br/2013/03/espaço-
geograficobrasileiro- origens.html>. Acesso em: 7/10/2014.

Considerando o contexto da formação do território brasileiro e a evolução do modo de


produção capitalista imposto pela metrópole portuguesa, julgue os itens a seguir.

00. A partir do século 17, as relações de trabalho, definidas pela metrópole portuguesa
para o Brasil, passaram a ser assalariadas.

01. Após o ciclo da cana-de-açúcar, nos séculos 16 e 17, ocorreu o ciclo do café, no
século 18.

02. Desde o início da ocupação e do desenvolvimento de atividades agrícolas produtivas


no Brasil, a aristocracia rural luso-brasileira privilegiou a policultura, diversificando as
plantações tanto para abastecer o mercado interno quanto o externo.

03. Ao longo do território brasileiro, podem-se observar ilhas econômicas, ou seja,


espaços de produção capitalistas fechados entre si, mas articulados com o exterior.
Quase toda a produção desses espaços econômicos estava destinada ao mercado
externo.

04. Os sucessivos “ciclos” de produção a que o Brasil foi submetido estavam ligados à
dinâmica do capitalismo comercial e, depois, industrial, ambos dependentes das
metrópoles europeias.

Questão 15)

Ainda que o primeiro engenho tenha sido construído na Capitania de São Vicente, a
atividade açucareira teve grande êxito no Nordeste brasileiro durante o período colonial.
Sobre a estrutura de um engenho, assinale a alternativa CORRETA.
a) A Coroa Portuguesa aproveitou que os indígenas já produziam açúcar para adotar a
atividade quando da colonização.

b) A senzala, local de alojamento de escravos, ficava fora das fazendas.

c) Não havia lavoura de subsistência nas fazendas produtoras de açúcar, obrigando a


importação de todo tipo de alimento.

d) O açúcar era armazenado na casa-grande.

e) Além do local de fabricação propriamente dito, o termo engenho era utilizado para
nomear as propriedades onde o açúcar era produzido.

Questão 16)

Considere as afirmações abaixo sobre as razões que levaram os portugueses a adotar o


açúcar como produto agrícola básico de exportação do Brasil Colonial (1530-1822).

I. As condições geográficas do Brasil eram favoráveis ao desenvolvimento da lavoura


canavieira, devido ao clima tropical quente e úmido e ao solo relativamente fértil no
litoral.

II. O açúcar era um produto de grande aceitação no mercado europeu e poderia


proporcionar grandes lucros à metrópole portuguesa, tendo em vista a
potencialidade que sua nova colônia apresentava para a lavoura canavieira.

III. Apesar de já comercializar açúcar na Europa, Portugal ainda não tinha experiência na
sua produção, decidindo, assim, iniciar essa nova atividade econômica nas terras há
pouco descobertas na América.

IV. Portugal desejava rivalizar com os holandeses, que eram inimigos da Coroa Lusitana e
dominavam o refino e o comércio do açúcar na Europa; posteriormente, os
holandeses, inclusive, invadiriam as zonas produtoras brasileiras de açúcar.

Estão corretas apenas as afirmativas

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

Questão 17)
Sabe-se o que era a mata do Nordeste, antes da monocultura da cana: um arvoredo
tanto e tamanho e tão basto e de tantas prumagens que não podia homem dar conta. O
canavial desvirginou todo esse mato grosso do modo mais cru: pela queimada. A fogo é
que foram se abrindo no mato virgem os claros por onde se estendeu o canavial
civilizador, mas ao mesmo tempo devastador.

FREYRE, G. Nordeste. São Paulo: Global, 2004 (adaptado).

Analisando os desdobramentos da atividade canavieira sobre o meio físico, o autor


salienta um paradoxo, caracterizado pelo(a)

a) demanda de trabalho, que favorecia a escravidão.

b) modelo civilizatório, que acarretou danos ambientais.

c) rudimento das técnicas produtivas, que eram ineficientes.

d) natureza da atividade econômica, que concentrou riqueza.

e) predomínio da monocultura, que era voltada para exportação.

Questão 18)

A segunda metade do século XVII em Portugal parecia promissora. Afinal, em 1640


tinha-se dado a Restauração (o fim da União Ibérica, com a autonomia de Portugal
perante a Coroa espanhola). Oito anos depois, Angola seria recuperada aos holandeses e,
em 1654, o mesmo aconteceria com o Nordeste brasileiro. O Atlântico sul português, e
com ele Lisboa, podia agora respirar mais livremente. Logo, entretanto, viriam os
pesadelos.

(João Fragoso, Manolo Florentino e Sheila Faria,

A economia colonial brasileira)

Um desses “pesadelos” foi

a) a invasão francesa ao Rio de Janeiro, centro político- -administrativo da colônia, a fim


de formar um império no Novo Mundo.

b) a queda do preço do açúcar, resultado da concorrência das Antilhas, após a expulsão


dos holandeses do Nordeste brasileiro.

c) o esgotamento das minas de ouro, devido à exploração desenfreada pelos ingleses,


que detinham as técnicas de extração do metal.

d) o monopólio espanhol sobre o tráfico negreiro, após a conquista das áreas


fornecedoras até então sob domínio dos holandeses.
e) o aumento da dívida externa, a fim de custear a guerra de Restauração e a instalação
do sistema de capitanias na colônia.

Questão 19)

Sobre a economia do período colonial no Brasil é correto afirmar, exceto:

a) Com a expulsão dos holandeses do Nordeste, a economia açucareira voltou a crescer


e o açúcar proporcionou o surgimento de um grande comércio interno entre o
Nordeste e o Sudeste.

b) A pecuária e a ação dos tropeiros exerceram importante papel na expansão territorial


do Brasil. Estabeleceram-se ligações entre litoral e interior e intensificou-se o
comércio na região mineradora.

c) Durante o ciclo do ouro surgiram vários centros urbanos no interior da colônia, além
do comércio de charque e muares nos núcleos de mineração.

d) As armações que pescavam baleias também aparecem no contexto econômico da


colônia. Em Santa Catarina, a atual praia da Armação do Pântano do Sul no município
de Florianópolis e o município de Governador Celso Ramos tiveram armações
baleeiras.

Questão 20)

Sobre a pecuária no período colonial, é correto afirmar:

a) O gado e a cana-de-açúcar foram os pilares da exportação para o mercado europeu,


fortalecendo a elite colonial do Nordeste do Brasil.

b) Destinava-se ao mercado, principalmente para atender a demanda européia.

c) O charque era um produto destinado exclusivamente à elite colonial.

d) Desde o século XVIII, a criação de mulas foi inibida devido à construção de ferrovias na
região das minas.

e) O uso de carne bovina na alimentação não era muito apreciado, geralmente o gado
fornecia apenas o couro.

Questão 21)

Adquirida a terra para uma fazenda, o trabalho primeiro era acostumar o gado ao novo
pasto, o que exigia algum tempo e bastante gente; depois ficava tudo entregue ao
vaqueiro. (...)
Após quatro ou cinco anos de serviço, começava o vaqueiro a ser pago; de quatro crias
cabia-lhe uma; podia assim fundar fazenda por sua conta.

(Texto adaptado de Capistrano de Abreu. Capítulos de História Colonial.)

O texto acima apresenta algumas das características da atividade pecuarista no Brasil


colonial. A respeito dessa atividade, assinale a afirmativa incorreta.

a) Esteve associada a outras atividades econômicas, como a lavoura canavieira do litoral


nordestino e a extração aurífera das Minas Gerais, sendo voltada para o comércio
interno.

b) Contribuiu para a abertura de caminhos e para a ocupação de áreas interiores,


alargando, consideravelmente, as fronteiras territoriais das possessões portuguesas na
América.

c) Possuiu regimes de trabalho adequados à própria dinâmica da atividade criatória,


destacando-se a figura do vaqueiro, passível de transformar-se em dono de seu
próprio rebanho.

d) Ocupou, na maioria das vezes, áreas contíguas a rios e ribeirões, fosse pela fonte de
água, fosse pela existência de depósitos de sal, estabelecendo rotas do gado e áreas
de concentração de fazendas, como o caso do vale do Rio São Francisco.

e) Apresentou baixa lucratividade e, ao concorrer com a lavoura canavieira pela


ocupação de terras nos sertões nordestinos, levou a Coroa portuguesa a baixar sérias
restrições à sua expansão.

Questão 22)

Na colônia portuguesa da América (Brasil), o gado era fundamental para a produção


açucareira que se expandia pelo litoral nordestino. Todavia, uma Carta Régia de 1701
proibiu a criação de gado em uma faixa de oitenta quilômetros da costa para o interior.

O objetivo dessa medida régia era

a) garantir o cultivo da cana-de-açúcar no litoral e, ao mesmo tempo, estimular a


colonização dos sertões com a pecuária.

b) proibir o desenvolvimento de atividades produtivas no litoral, com o intuito de


dificultar a invasão da colônia por outros povos.

c) estimular a pecuária nos sertões, almejando impedir a proliferação da produção


açucareira, que se tornara economicamente inviável.

d) impedir a pecuária no litoral, onde era mais rentável que o açúcar, como forma de
favorecer os interesses dos senhores de engenho.

Questão 23)
“A convivência entre a cana e o gado nunca foi pacífica, com a primeira sempre empurrando a segunda para o
interior, quando seus lucros ficavam maiores. Nesse movimento constante de transferência da atividade
pecuária para o interior, o Agreste, localizado quase que inteiramente sobre o Planalto da Borborema,
encontravase em posição estratégica, porque além de estar próximo à área açucareira, possuía clima e
pastagens excelentes para o gado. Além disso, a partir do século XVII, com a expansão dessa atividade cada vez
mais para o interior, inclusive no sertão semi-árido, o agreste passou a se constituir área ideal e indispensável
para a pousada.”

(Regina Célia Gonçalves e outros, 1999, p. 26)

Nesse contexto, podemos afirmar que:

a) Não havia interesse econômico dos homens pobres e livres em se manter no litoral, trabalhando em bases
de igualdade com a mão-de-obra escrava.

b) Tal movimento é exclusivo do processo de colonização paraibano.

c) Esse processo favoreceu a formação de vários núcleos urbanos, originados dos pousos e das feiras de
gado que foram, aos poucos, se estabelecendo ao longo do percurso.

d) Era determinação metropolitana que o gado fosse fator de colonização de outras regiões além do litoral.

e) As lavouras de auto-consumo mirraram nesse processo, tornando necessária a compra de gêneros de


subsistência diretamente à metrópole.

Questão 24)

Comparando-se a pecuária e a mineração no Brasil colonial, é correto afirmar que:

a) Enquanto a primeira destinava-se ao mercado externo, as riquezas geradas pela


segunda ficaram na colônia.

b) Ambas utilizaram, fundamentalmente, mão-de-obra livre devido ao pequeno


investimento, o que favoreceu a ascensão social.

c) Eram independentes entre si, mas assemelharam-se por serem complementares aos
engenhos de açúcar.

d) Enquanto a criação foi a atividade principal da faixa litorânea, o ouro foi explorado no
interior da região central.

e) Ambas contribuíram para a interiorização da colonização portuguesa e, articuladas,


geraram um comércio interno.

Questão 25)

Observe o desenho a seguir.


DUKE, 16 nov. 2015. Disponível em: https://www.otempo.com.br/
cidades/tragedia-de-bento-rodrigues-e-retratada-em-charges-1.1174565
Acesso em: 15 jul. 2019.

A charge acima aponta uma leitura feita sobre a relação produzida entre a empresa mine-
radora e as comunidades atingidas em Mariana-MG, em 2015. Naquele momento, houve
o rompimento da barragem Fundão e a lama de rejeitos atingiu o Rio Doce, atravessando
várias cidades e, posteriormente, chegando ao mar.

Sobre a ocupação histórica em Minas Gerais e o papel expressivo da atividade mineradora


na região é CORRETO afirmar que:

a) Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, foi considerado um dos principais


defensores de trabalhadores livres e escravizados no auge da mineração no século
XVIII. Por essa razão, foi condenado e morto como mártir da revolta colonial.

b) historicamente, a exploração de minérios foi vista como uma atividade econômica


desinteressante. A baixa ocupação dessa região já no século XVIII aponta esse
desestímulo, uma vez que não foi lucrativo nem para a coroa portuguesa nem para os
que investiram nas minas e viviam dessa atividade.

c) podemos destacar que a presença de exploração de minérios pelo território


brasileiro é realizada em constante diálogo com os interesses da população que vive
na região onde se propõe a barragem — ribeirinhos, comunidades indígenas etc.

d) a exploração de minérios exige avaliação de riscos e danos à população e ao meio


ambiente. Entretanto, parte das análises produzidas posteriormente às tragédias de
Mariana e Brumadinho apontaram a necessidade de rever o uso e, inclusive,
desativar barragens de minério em atividade.

e) os desastres com barragens de minérios desaceleraram o interesse pela exploração


dessa atividade no país. No momento, o intuito é expandir o uso dos recursos
naturais para as comunidades nativas, além da expansão da produção agroecológica
e familiar.
Questão 26)

Segundo nos informa Darcy Ribeiro (1995, p.194), em fins do século XVI, a colônia possuía
3 cidades, a maior delas, Salvador, então sede do Governo Geral, contava com
aproximadamente 15 mil habitantes; no final do século XVII, salvador tinha em torno de
30 mil habitantes e Recife tinha 20 mil. Ao final do século XVIII, enquanto cidades
centenárias como Salvador e Recife tinham por volta de 40 mil e 25 mil habitantes,
respectivamente, a jovem cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto, elevada à categoria de Vila
somente em 1711, já possuía cerca de 30 mil habitantes.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo:


Companhia das Letras, 1995, p. 194. O fenômeno demográfico do rápido crescimento
populacional de Vila rica (Ouro Preto) no século XVIII é atribuído

a) ao processo de interiorização da colonização portuguesa no Brasil a partir da


expansão da atividade pecuarista, por meio das correntes do sertão de dentro,
oriunda da Bahia, e do sertão de fora originária de Pernambuco.

b) à grande migração de colonos e de pessoas oriundas de Portugal para a região que


hoje é Minas Gerais, em função das descobertas de jazidas de ouro e pedras
preciosas, o que fez surgirem vários centros urbanos na área.

c) ao estímulo ao desenvolvimento da colônia, promovido por Sebastião José de


Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, secretário de Estado do Reino, sob o reinado
de D. José I, que incentivou a indústria e a educação no Brasil.

d) à ocupação de vastos espaços do território da colônia por colonos espanhóis das


regiões do Potosi e do Rio da Prata, quando ocorreu a União Ibérica (1580-1640),
época em que reis hispânicos governaram o reino de Portugal.

Questão 27)

Compreendido como elemento constituinte da identidade de um povo, de caracterização


de determinadas populações, além de atuar como registro da história e do costume de
determinados grupos sociais, o patrimônio cultural enumera uma série de questões que
devem ser consideradas para a preservação da história e da memória local. Analise as
alternativas a seguir e assinale aquela que representa corretamente um patrimônio
cultural brasileiro referente ao período colonial de nossa história.

a) As obras de artes apresentadas na Semana de Arte Moderna, da década de 1920,


mas que tinham como motivação a identidade brasileira.

b) O complexo arquitetônico de Brasília, construído para representar a doma do interior


do País e homenagear os primeiros colonizadores.
c) As canções de samba do início do século XX, patrimônio imaterial brasileiro que
retoma o cotidiano de escravos e representa parte da história de formação da
sociedade brasileira.

d) O complexo arquitetônico de igrejas em Minas Gerais, construídas durante o período


da mineração e representativas desse ciclo econômico na história do Brasil.

e) A floresta amazônica, patrimônio natural brasileiro que confirma o compromisso do


Brasil em preservar a biodiversidade desse ecossistema tão importante para as
futuras gerações.

Questão 28)

Durante a mineração, ao longo do século XVIII, no período colonial, vários tributos e taxas
cobrados na região das Minas possibilitaram a transferência de grandes quantidades de
ouro para os cofres da metrópole. Dos tributos e taxas abaixo, assinale aquele que NÃO
existiu nesse período da história brasileira:

a) Finta.

b) Captação.

c) Direitos de passagem.

d) Mita.

Questão 29)

Acerca da economia açucareira nordestina no período colonial, analise as afirmativas


abaixo:

I. O açúcar foi a principal atividade da agricultura colonial e a companhia de


Pernambuco, o principal centro produtor.

II. A atividade açucareira foi bastante monetarizada permitindo, assim, a circulação de


muito dinheiro na região e promovendo a ascensão social de grupos de não
proprietários.

III. A dinâmica açucareira dependia maciçamente da introdução da mão de obra do


escravo africano para o funcionamento do sistema.

Considerando C para as afirmativas corretas e I para as incorretas, você obteve, de cima


para baixo:

a) C, I e C.
b) I, C e I.

c) C, C e C.

d) I, I e I.

Questão 30)

Muitos historiadores explicam os processos de ocupação do território, expansão


populacional e organização político-econômica do Brasil colonial e imperial por meio da
dinâmica dos chamados ciclos econômicos do Brasil. Assinale a alternativa correta que
indica o ciclo caracterizado pelo auge da economia colonial, com aumento considerável da
população brasileira, exploração de jazidas com trabalho escravo nas regiões de Goiás,
Mato Grosso e, sobretudo, de Minas Gerais, nos séculos XVII e XVIII, cujo boom
econômico com exigência de envio da maior parte das riquezas para a metrópole resultou
na Inconfidência Mineira, como tentativa de emancipação da colônia em 1792.

a) Ciclo da Borracha.

b) Ciclo do Ouro.

c) Ciclo da Cana-de-Açúcar.

d) Ciclo do Café.

e) Ciclo do Pau-Brasil.

Questão 31)

A descoberta de ouro no interior do atual estado de Minas Gerais gerou um grande


deslocamento populacional, transferindo parte da população colonial do litoral para o
interior. Uma série de mudanças ocorreu na colônia, dentro do contexto da mineração.
Sobre o ciclo do ouro no período colonial brasileiro, todas as alternativas estão corretas,
exceto a alternativa.

a) A transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro também está


inserida no contexto da mineração.

b) A mineração favoreceu o surgimento de núcleos urbanos no interior da colônia.

c) Foi criado um comércio interno com o charque e outros produtos da pecuária (couro,
sebo).

d) A riqueza do ouro serviu para proporcionar o início da industrialização brasileira nas


regiões Sudeste e Sul.

Questão 32)
Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo
o que lá ia, logo se fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a mandar às
Minas Gerais o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes. De todas as
partes do Brasil, se começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente
grande, mas excessivo. Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de
Paranaguá, e às do rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais que os
moradores imaginaram poderia apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e
industriais, adventícias e próprias.

(Adaptado de André Antonil, Cultura


e Opulência do Brasil. Belo Horizon-
te: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)

Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de metais e pedras preciosas no


interior da América portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é correto
afirmar que:

a) A demanda do mercado consumidor criado na zona mineradora permitiu a conexão


entre diferentes partes da Colônia que até então eram pouco integradas.

b) A partir da criação de rotas de comércio entre os campos do sul da Colônia e a região


mineradora, Sorocaba e suas feiras perderam a relevância econômica adquirida no
século XVII.

c) O desenvolvimento socioeconômico da região das minas e do centro-sul levou a


Coroa a deslocar a capital da Colônia de Salvador para Ouro Preto em 1763.

d) Como o solo da região mineradora era infértil, durante todo o século XVIII sua
população importava os produtos alimentares de Portugal ou de outras capitanias.

Questão 33)

A respeito dos espaços econômicos do açúcar e do ouro no Brasil colonial, é correto


afirmar:

a) A pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta às demandas de transporte da


economia mineradora.

b) A produção açucareira estimulou a formação de uma rede urbana mais ampla do que
a atividade aurífera.

c) O custo relativo do frete dos metais preciosos viabilizou a interiorização da


colonização portuguesa.

d) A mão de obra escrava indígena foi mais empregada na exploração do ouro do que
na produção de açúcar.
e) Ambas as atividades produziram efeitos similares sobre a formação de um mercado
interno colonial.

Questão 34)

No começo do século XIX, os bandeirantes foram considerados, pelos pensadores ligados


às elites paulistas, uma espécie de heróis nacionais que representavam modelos de
conduta, de moralidade, de abnegação e de luta contra as adversidades.

No século XVIII, bandeirante e o bandeirantismo estão associados

a) à necessidade de encontrar outras regiões que oferecessem o pau-brasil que, no


século XVIII, teve sua demanda aumentada na Europa.

b) à ampliação das áreas de comercialização no interior da colônia portuguesa como


claro objetivo de criar um mercado interno desenvolvido.

c) ao processo de interiorização da ocupação da colônia portuguesa na América e à


busca por metais preciosos.

d) à busca por regiões que pudesse oferecer melhores condições de plantio para a
cultura de café que se expandia em São Paulo.

Questão 35)

(Modo como se extrai o ouro do Rio das Velhas e nas mais partes dos Rios, 1780, autor
desconhecido)

“A descoberta do ouro no fim do século XVII foi fruto das inúmeras bandeiras que partiam
da vila de São Paulo de Piratininga para o interior do país. As Minas passaram, então, a
representar o sonho do enriquecimento fácil: estradas, vilas e fazendas surgiram em ritmo
vertiginoso com a chegada de cada vez mais colonos e europeus. A organização social e
econômica que se estabeleceu era inédita na colônia, e os mapas começavam a demarcar
com cuidado a rica região.” (SCHWARCZ, Lilia; STARLING, Heloísa. Brasil: uma biografia.
São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 128-129).

A respeito deste momento histórico no Brasil, avalie as assertivas abaixo.

I. No auge da exploração aurífera, os contrabandistas encontraram artifícios para


escapar da vigilância da Coroa portuguesa. Desse modo, utilizaram, por exemplo, a
técnica do “santo do pau oco”, figuras religiosas para esconder e transportar ouro,
driblando o controle do fisco. Apesar da ilegalidade da conduta, tal contrabando
contribuiu para o requinte e o rebuscamento do estilo Barroco mineiro.

II. A maior parte do trabalho, na época, era realizada por escravos advindos,
principalmente, da África, que trouxeram inúmeras tradições e crenças religiosas que
não se misturaram com o catolicismo dos brancos.

III. A violência, na época, era recorrente não só nas relações entre senhores e escravos.
Houve revolta dos colonos em relação à distância e ao isolamento e em relação aos
desmandos da elite, que agia com ampla liberdade diante da displicência da Coroa
em legislar e controlar a colônia.

É correto apenas o que se afirma em

a) I e III.

b) I, II e III.

c) II e III.

d) I.

e) III.

Questão 36)

Os homens e mulheres africanos, embarcados na Costa da Mina, na África, com


destino ao Brasil colonial, eram tradicionais conhecedores de técnicas de mineração de
ouro e do ferro, além de dominarem antigas técnicas de fundição desses metais. Eles
conheciam muito mais sobre a matéria que os portugueses.

PAIVA, E. F. Bateias, carumbés, tabuleiros: mineração africana e mestiçagem no Novo


Mundo. In: PAIVA, E. F.; ANASTASIA, C. M. J. (Org.). O trabalho mestiço: maneiras de
pensar as formas de viver – séculos XVI a XIX. São Paulo; Belo Horizonte: Annablume;
PPGH-UFMG, 2002(adaptado).
No processo de formação histórica do Brasil, as características das pessoas apresentadas
no texto favoreceram a

a) ocupação do litoral nordestino.

b) exploração de recursos naturais.

c) proibição do tráfico de escravos.

d) aplicação de experiências indígenas.

Questão 37)

O ouro saiu com fartura da terra até por volta de 1750. Durante esse tempo, o trânsito
de pessoas e mercadorias foi intenso no caminho novo. Por ele chegavam a Vila Rica
açúcar, cachaça, gado, pólvora, fumo, azeites, arroz, sal do reino, marmelada e vinhos.
Com a multiplicação das vilas e dos arraiais, as minas, passaram a ser abastecidas de toda
a sorte de bugigangas: vidro, espelhos, arma de fogo, facas flamengas, louças, chumbo,
veludos, fivelas, pelúcia, calções de damasco carmesim, chapéus com fitas debruadas de
fios de ouro e prata, botinas de couro amarradas por cordões, casacos forrados de seda
ou de lã felpuda.

(Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma biografia)

A partir do texto é possível concluir que uma das consequências da mineração foi:

a) a ruralização, pois a população buscava oportunidades de sobrevivência em áreas


afastadas de núcleos urbanos;

b) um desenvolvimento comercial associado ao surgimento de uma urbanização e a


maiores oportunidades no mercado interno;

c) uma retração dos movimentos culturais e intelectuais locais em razão da influência


cada vez maior da cultura estrangeira;

d) um decréscimo demográfico em função da emigração produzida pela falta de


oportunidades, na colônia;

e) um deslocamento do centro de gravidade econômica da região central para o


nordeste do Brasil.

Questão 38)

Sobre o processo de exploração colonial do Brasil por Portugal, é correto afirmar:


a) Foi dividido em três ciclos de exploração econômica: produção açucareira, no litoral
da região Nordeste; mineração, no Sudeste e Centro- Oeste; e extrativismo da
borracha, no Norte.

b) Caracterizou-se por relativa estabilidade política, na medida em que, durante a


colonização, não ocorreram movimentos revolucionários de contestação ao Pacto
Colonial.

c) Levou ao desenvolvimento das manufaturas locais, como consequência da


exploração de ouro durante o período da mineração (século XVIII), o que permitiu o
acúmulo de capital e a criação de um mercado interno na colônia.

d) Em 1709, foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, em decorrência da


descoberta de ouro e do início da extração aurífera na região de Minas Gerais.

e) Teve como base do trabalho a mão de obra escrava, que era trazida da África, tendo
em vista que, por receio de rebelião das populações originais da colônia, não houve
escravidão indígena.

Questão 39)

“A sede insaciável do ouro estimulou a tantos deixarem suas terras e a meterem-se por
caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta
do número das pessoas que atualmente lá estão. Contudo, os que assistiram nela nestes
últimos anos por largo tempo, e as correram todas, dizem que mais de trinta mil almas se
ocupam, umas a catar, e outras a mandar catar nos ribeiros do ouro, e outras a negociar,
vendendo e comprando o que se há mister não só para a vida, mas para o regalo [...]”.

ANTONIL, André João, 1711, Cultura e opulência do Brasil


por suas drogas e minas. Lisboa: CNCDP, 2001, p. 242.

Sobre o impacto da descoberta das minas no Brasil colonial, é INCORRETO afirmar:

a) Permitiu o desenvolvimento do comércio de outras regiões da colônia, devido à


necessidade de abastecimento das minas.

b) Desencadeou uma grande onda migratória de portugueses e de pessoas de outras


regiões da colônia que, junto dos escravos, formariam uma nova composição social.

c) Desenvolveu um novo sistema de fiscalização, especialmente para a atividade


mineradora, que começava com a distribuição das terras na forma de datas para
exploração.

d) Na região aurífera, a liberdade esteve muito mais acessível às escravas, mas também
aos escravos de ganho, do que nas regiões açucareiras.

e) Apesar de suas características distintas, a região mineradora desenvolveu um modelo


de sociedade semelhante à do Nordeste agrário, em que predominou a imobilidade
social.
Questão 40)

Ao final do domínio espanhol (1640), Portugal estava mergulhado em grave crise


econômica. Os preços do açúcar haviam caído no mercado internacional, devido,
sobretudo, à concorrência do açúcar antilhano. O governo português buscava
exaustivamente novas fontes de riqueza, revigorando o antigo sonho de encontrar ouro
no Brasil. Levando em consideração a História do Brasil, em especial, o Período
Minerador, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas.

a) Foi somente no final do século XVIII que os bandeirantes encontraram as primeiras


jazidas em Minas Gerais. A data e o local exato dos primeiros achados não são
conhecidos, mas se sabe que a descoberta do ouro de aluvião nos vales dos rios
Araguaia e Cuiabá ocorreu entre os anos de 1693 e 1695.

b) Com a descoberta das jazidas, muitos portugueses, vindos da metrópole ou da


própria colônia, correram para Minas Gerais, provocando violentas disputas entre
paulistas e portugueses. Esses conflitos ficaram conhecidos como Guerra dos Balaios,
desfavorável aos portugueses, que foram obrigados a procurar novas jazidas no
interior do Brasil, como no Paraná e Mato Grosso do Sul.

c) Todas as minas pertenciam a Portugal, que concedia lotes (datas) aos mineradores
que explorassem o ouro. O trabalho, entretanto, era realizado por escravos negros,
em locais denominados lavras. O principal órgão do esquema administrativo
português era a Intendência das Minas, criado em 1702.

d) O imposto cobrado pela exploração das jazidas correspondia a um quinto de


qualquer quantidade de metal extraído. Cobrar o quinto era a principal função da
Intendência das Minas. Diversos mineiros revoltaram-se contra a criação das Casas de
Fundição, que dificultavam o comércio do ouro dentro da capitania, facilitando
apenas a cobrança de impostos. Assim, em 1720, eclodiu a Revolta de Vila Rica.

Questão 41)

Integralmente devotada à mineração, pelo menos em seus primórdios, a economia


aurífera introduziu dois fenômenos novos e profundamente renovadores no quadro
colonial.

(Antônio Barros de Castro. “Sete ensaios sobre a economia brasileira”,


1971. Apud Dea Ribeiro Fenelon (org). 50 textos de história do Brasil, 1986.)

Os “dois fenômenos” mencionados no texto foram:

a) a autonomia plena perante a metrópole e o desenvolvimento de uma agricultura de


subsistência.
b) o equilíbrio social entre os grupos presentes na região e o estímulo ao
desenvolvimento de novas formas de expressão artística.

c) a vida econômica voltada para o mercado e a população predominantemente


distribuída por centros urbanos.

d) o predomínio da mão de obra assalariada sobre a escrava e a fácil obtenção de


alforria pelos escravizados.

e) a comunicação fácil com as demais regiões da colônia e o surgimento de uma


economia monetarizada.

Questão 42)

Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem
menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta,
oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros,
advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas,
tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os
documentos da época, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda
essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento
novo.

(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”.


História geral da civilização brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.)

De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas
Gerais no século XVIII

a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a


independência colonial.

b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos
instrumentos de mineração.

c) provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da


mineração.

d) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea


economicamente ativa.

e) restringiu a divisão da sociedade em senhores e escravos e limitou a diversidade


cultural da colônia.

Questão 43)

Em fins do século XVII e ao longo do século XVIII, desenvolveu-se, nas regiões sudeste e
centro oeste do Brasil, a mineração. O ouro e os diamantes promoveram vasta
transformação no cenário social e econômico da colônia. Sobre este período da história
econômica do Brasil pode-se afirmar que:

a) Do ponto de vista demográfico, a economia mineira pouco contribuiu para a


transformação da colônia, por causa da alta taxa de mortalidade.

b) O sucesso da empresa mineradora se deu, dentre outros aspectos, pelo


conhecimento técnico dos portugueses e do conhecimento que os “paulistas”
possuíam da região.

c) O grau de investimento era bastante elevado na empresa mineradora, o que limitou


a atividade aos grandes mineradores com recursos suficientes para comprar muitos
escravos.

d) O auge da economia mineira manteve-se até meados do século XIX, quando


enfrentou a concorrência da corrida do ouro na Califórnia.

e) Devido a uma geografia de fácil acesso e a fortes divergências políticas, a economia


mineira não criou relações comerciais com o sul do Brasil.

Questão 44)

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares
de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em
suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua
alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas,
ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha
na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença
incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas
cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então,
largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos
olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu
posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo
rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A Amazônia é nossa. Tratores e


retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se
contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho
dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o
corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde.


Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)
O texto faz menção a garimpos. Durante o século XVIII, o território goiano
experimentou uma notável ascensão econômica em decorrência do encontro e da
extração de ouro. Acerca dos condicionantes da ocorrência de ouro em Goiás, bem como
de seus desdobramentos, analise as afirmativas a seguir:

I. Ao longo do Século XVIII, os locais de maior probabilidade de se encontrar ouro eram


as áreas de nascentes dos principais rios.

II. A historiografia de Goiás registra que muitos dos aglomerados urbanos surgiram
próximos aos rios, em decorrência da associação com o ouro.

III. Após o declínio na produção de ouro, a tendência observada foi o surgimento de


aglomerados urbanos nas margens das rodovias que passavam por Goiás.

IV. As cidades que surgiram em decorrência da economia aurífera experimentam franca


ascensão até os dias atuais.

Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos
corretos:

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

Questão 45)

Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.

Nassau

Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior preocupação é fazer felizes os


seus moradores. Mesmo porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta
região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção
mundial de açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha,
quero provar que a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los
felizes… sejam portugueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou
católicos romanos e até mesmo judeus.

Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas,
fecha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas
da ordem de dezoito milhões de florins.
Moradores

Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!

(Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado)

Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que

a) as bases religiosas da colonização holandesa no nordeste brasileiro produziram uma


organização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer
financiamento com juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos
grandes proprietários católicos.

b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente


no cotidiano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes
da companhia holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram
as demais religiões.

c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa


trouxe benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da
produção, mas reproduziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor
mercantil e não no produtivo.

d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função
da lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava
de nações inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.

e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção


açucareira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principal mente pelo
livre comércio, o que explica a resistência desses setores sociais ao interesse
português em retomar a região invadida pela Holanda.

Questão 46)

As observações do donatário de Pernambuco sobre suas atividades à frente da Capitania


expõem a

a) exclusividade da produção açucareira e a inexistência de outras atividades produtivas


no Brasil colonial.

b) destinação externa de toda a produção agrícola da colônia e a necessidade de


importação de alimentos para abastecer a população que vivia na colônia.

c) centralidade da produção açucareira e o esforço de obtenção de mão de obra


qualificada e de articulação da empresa agrícola com outros setores da economia.

d) carência de mercado interno para os produtos agrícolas e a necessidade de rigoroso


controle sobre os escravos.
Questão 47)

O pesquisador Rossmarc, citado no texto, era um holandês interessado no Brasil. Esse


interesse é secular, pois, no século XVII, a Holanda conquistou territórios do atual
Nordeste brasileiro por duas vezes. Acerca da colonização holandesa e de sua expulsão da
América portuguesa, assinale a alternativa correta:

a) O interesse dos holandeses, diferente do dos lusitanos, foi primordialmente


científico, pois o comandante da colonização em Pernambuco, Maurício de Nassau,
era um intelectual humanista. Ele trouxe artistas e intelectuais dos Países Baixos para
a edificação de Recife.

b) Buscando seu apoio, os holandeses foram mais humanos que os lusitanos com as
populações indígenas e evitaram utilizar a mão de obra dos escravos africanos. O alto
número de fugas de negros para os domínios holandeses foi um dos principais
motivos da reação militar dos brasileiros e portugueses.

c) Os holandeses tentaram colonizar o Nordeste brasileiro porque tinham informações


seguras acerca do bom desenvolvimento do gado nessa região. As terras alagadiças
de seu território, na Europa, impediam a expansão da criação do gado vacum para
atender a um mercado em rápido crescimento.

d) O interesse pela conquista territorial da América portuguesa foi uma consequência


da união entre os reinos de Portugal e da Espanha por Felipe II. Os comerciantes dos
Países Baixos perderam, então, boa parte do lucrativo comércio do açúcar.

Questão 48)

Dentre os sonhos portugueses relacionados à descoberta de novas terras, certamente


figurava o desejo de encontrar ouro em abundância. Ao longo da colonização do território
brasileiro, o período em que Portugal mais lucrou com a exploração de minérios

a) foi o século XVII, quando da descoberta de metais preciosos na região de Minas


Gerais e da criação da Estrada Real para o controle do escoamento da produção pelo
Porto de Paraty.

b) estendeu-se por cerca de um século entre 1710 e 1810, fase em que vigorou o
Sistema da Real Extração, por meio do qual a coroa portuguesa se apossou das minas
e controlava integralmente a extração, a fundição e a exportação aurífera.

c) limitou-se aos dez anos de intensa exploração do Arraial do Tijuco (atual Diamantina),
área que foi isolada como Distrito e mantida sob o controle da Intendência dos
Diamantes, no final do século XVII.

d) iniciou-se com a descoberta de esmeraldas pelo bandeirante Fernão Dias Paes, em


1681, e se encerrou com a execução da derrama, por falta da arrecadação mínima de
minérios, em 1776.
e) ocorreu ao longo do século XVIII, principalmente após a instituição de impostos como
o quinto, perdurando até o declínio da extração do ouro de aluvião, nas últimas
décadas desse mesmo século.

Questão 49)

Os interesses da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais estiveram intimamente


vinculados ao Brasil como se pode inferir

1) na fuga dos protestantes, judeus e cristão novos para o Brasil, perseguidos pelo
Tribunal de Santa Inquisição medieval.

2) na ocupação do nordeste brasileiro, objetivando evitar a concorrência com o açúcar


produzido nas Antilhas.

3) no financiamento da produção dos engenhos – o refino, o transporte e a distribuição


do açúcar brasileiro no mercado europeu.

4) no apoio oferecido à aristocracia agrária brasileira na luta pela independência política


contra a metrópole luso-espanhola.

5) na pressão pela abolição do tráfico negreiro, objetivando a ampliação do mercado


consumidor em decorrência da industrialização europeia.

Questão 50)

Uma das características do barroco mineiro, em termos artísticos e arquitetônicos, é a rica


ornamentação das igrejas. A riqueza propiciada pela extração de minérios nessa região,
no século XVIII, além desse emprego,

a) foi usada fundamentalmente na fundação de povoados, na urbanização e


atendimento à população das principais cidades mineiras e em obras públicas
executadas pelo governo de Dom João VI, ali e no Rio de Janeiro, para o combate às
condições insalubres de vida e moradia.

b) acabou sendo lentamente apropriada pelos bandeirantes paulistas, por meio de sua
atuação em diversas rotas de contrabando, e usada para financiamento do plantio do
café, em todo o Sudeste.

c) sofreu recorrentes confiscos por parte da Coroa Portuguesa, que, por meio de
apreensões, cobranças de impostos e de estratégias como a “derrama”, se apoderou
dessas riquezas e as usou para promover a instalação da Família Real no Brasil.

d) foi desviada ilegalmente para a Inglaterra, por meio da atuação de comerciantes


ingleses que se fixaram na capital do reino e fizeram acordos escusos com
contratadores e grandes proprietários de minas de ouro e diamantes.
e) foi absorvida principalmente pela burocracia e pela nobreza portuguesa instalada no
Rio de Janeiro, significou o enriquecimento da elite local e financiou o Estado
português até o declínio dessa atividade, ainda naquele século.

GABARITO:

1) Gab: A

2) Gab: B

3) Gab: E

4) Gab: B

5) Gab: D

6) Gab: B

7) Gab: E

8) Gab: B

9) Gab: C

10) Gab: D

11) Gab: D

12) Gab: B

13) Gab: D
14) Gab: FVFVV

15) Gab: E

16) Gab: A

17) Gab: B

18) Gab: B

19) Gab: A

20) Gab: E

21) Gab: E

22) Gab: A

23) Gab: C

24) Gab: E

25) Gab: D

26) Gab: B

27) Gab: D

28) Gab: D

29) Gab: A
30) Gab: B

31) Gab: D

Justificativa: esta alternativa está errada, portanto dever ser assinalada, já que o
enunciado pede a exceção. A industrialização não começou no período colonial, as
indústrias eram proibidas na colônia, além disso o ouro não foi destinado para esta
finalidade.

32) Gab: A

33) Gab: C

34) Gab: C

35) Gab: A

36) Gab: B

37) Gab: B

38) Gab: D

39) Gab: E

40) Gab: FFVV

41) Gab: C

42) Gab: C

43) Gab: B
44) Gab: C

45) Gab: C

46) Gab: C

47) Gab: D

48) Gab: E

49) Gab: 3

50) Gab: E

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