ADMINISTRAÇÃO DE REC.
MATERIAS E PATRIMONIAL
Depreciação Patrimonial
DEPRECIAÇÃO PATRIMONIAL
A depreciação é a redução do valor de bens permanentes ao longo do tempo, decorrente
de fatores como uso, desgaste natural, obsolescência tecnológica ou ação do tempo sobre
os ativos tangíveis da organização. Esses ativos, que podem ser tocados fisicamente, perdem
valor com o passar do tempo, refletindo o desgaste contínuo e as atualizações tecnológicas.
No contexto patrimonial, é importante compreender que a depreciação não elimina
totalmente o valor de um bem, mas reduz seu valor contábil. Por exemplo, um veículo com
vida útil de 5 anos pode ter seu valor de mercado reduzido após esse período, mantendo
apenas o valor residual.
As normas aplicáveis, como a IN n. 162 e a IN n. 205, estabelecem taxas de depreciação
a serem aplicadas. É fundamental saber interpretar as informações fornecidas nas provas,
como porcentagens e períodos, pois os dados necessários são indicados nos enunciados. Não
há necessidade de decorar tabelas de taxas de depreciação, mas compreender o conceito
e aplicá-lo corretamente.
Para calcular a depreciação, é essencial conhecer a vida útil do bem, que define o período
em que ele será depreciado. Assim, durante a vida útil, o valor contábil do ativo é ajustado
para refletir o desgaste ou a obsolescência.
Essa análise é relevante tanto para avaliar a necessidade de substituição de bens quanto
para planejar investimentos mais eficientes. As questões sobre esse tema, disponíveis em
plataformas como o Gran Questões, auxiliam na fixação do conteúdo e na aplicação prática
dos conceitos aprendidos.
De acordo com a Lei n. 4.320, bens permanentes são aqueles com duração superior a
2 anos, como veículos. Entretanto, existem critérios excludentes para sua classificação,
como itens de baixo valor econômico. Por exemplo, filtros de linha e estabilizadores, devido
ao custo reduzido, são tratados como materiais de consumo, não exigindo controle de
depreciação. A regra geral, portanto, é considerar como bem permanente aqueles itens
com duração superior a 2 anos.
O principal objetivo da depreciação é refletir o valor real dos bens permanentes,
assegurando que os registros contábeis representem adequadamente a condição dos
ativos. Isso evita a supervalorização no balanço patrimonial, facilitando decisões como
substituição, manutenção e alienação.
Um exemplo prático seria a compra de um veículo por R$ 100 mil, com vida útil de 5
anos. Após esse período, seu valor residual pode ser estimado em R$ 35 mil, indicando que
o bem perdeu parte significativa de seu valor original. Esse cálculo de depreciação auxilia o
planejamento financeiro, permitindo que sejam reservados recursos para substituir o bem
ao final de sua vida útil, garantindo eficiência na gestão patrimonial.
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A depreciação também impacta diretamente a contabilidade, atualizando o balanço
patrimonial e influenciando o cálculo de despesas e tributos. Dessa forma, é um elemento
crucial para o planejamento orçamentário e a reposição de bens públicos.
A IN n. 162 estabelece métodos de depreciação, sendo a linear o mais utilizado. Nesse
método, o valor do bem é reduzido anualmente em percentuais iguais até atingir o valor
residual. Esse modelo é simples e frequentemente aplicado em provas e cálculos práticos.
A depreciação, além de assegurar a fidedignidade dos registros contábeis, promove
uma visão clara sobre a necessidade de renovação de bens e o planejamento financeiro
adequado para tal reposição.
A depreciação reflete a redução do valor dos bens ao longo de sua vida útil, sendo
aplicada de forma linear ou acelerada, conforme a natureza e o uso do ativo. No método
linear, o valor depreciado é constante ao longo dos anos. Por exemplo, um veículo adquirido
por R$ 100 mil, com vida útil estimada de 5 anos, apresenta uma taxa de depreciação anual
de 20%, resultando em um valor depreciado de R$ 16 mil por ano e um valor residual de R$
20 mil ao final do período.
No método de depreciação acelerada, o desgaste é maior nos primeiros anos de uso,
especialmente em casos de obsolescência tecnológica, como equipamentos de informática.
Nesse caso, a taxa de depreciação anual pode ser de 33,33%, devido à vida útil reduzida
de 3 anos.
Bens móveis, como veículos e computadores, geralmente possuem vida útil mais curta,
resultando em taxas de depreciação mais elevadas. Por outro lado, bens imóveis, como
prédios e infraestruturas, apresentam vida útil mais longa, com taxas anuais reduzidas.
Por exemplo, um imóvel com vida útil de 20 anos depreciará a uma taxa de 5% ao ano.
A vida útil de um bem é definida como o período esperado de sua contribuição para as
operações da organização. Esse prazo pode variar conforme o uso e a manutenção do bem,
além de fatores como obsolescência tecnológica. A Portaria n. 448 detalha a classificação
dos bens e especifica os critérios de cálculo da depreciação, considerando durabilidade e
obsolescência.
A correta determinação da vida útil é essencial para o planejamento contábil e financeiro,
pois influencia diretamente o cálculo da depreciação e a análise patrimonial. Essa prática
assegura registros contábeis precisos e uma gestão eficiente dos recursos da organização.
A depreciação é o processo contábil de alocação do custo de um bem ao longo de sua vida
útil. Ao término desse período, o bem pode ser considerado para substituição ou alienação,
mas essa decisão dependerá de sua viabilidade econômica e condições de operação.
No contexto de um órgão público que adquiriu 50 computadores por R$ 500 mil, com
vida útil estimada de 5 anos e valor residual de R$ 180 mil, o cálculo da depreciação será
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realizado de forma linear. Para determinar o valor depreciável, subtrai-se o valor residual
do valor de aquisição:
Valor depreciável = 500.000-180.000=320.000
Dividindo-se o valor depreciável pela vida útil, obtém-se a depreciação anual:
320.000
Deprecisação Anual = = 64.000
5
Assim, o valor de depreciação será de R$ 64 mil por ano, constante ao longo dos 5 anos.
Ao final desse período, o total depreciado será de R$ 320 mil, restando R$ 180 mil como
valor residual.
A tabela abaixo exemplifica a depreciação anual:
Depreciação
Ano Valor inicial (R$) Valor final (R$)
anual (R$)
1 500.000 64.000 436.000
2 436.000 64.000 372.000
3 372.000 64.000 308.000
4 308.000 64.000 244.000
5 244.000 64.000 180.000
A depreciação linear é amplamente utilizada para alocação uniforme do custo de um
bem ao longo de sua vida útil, sendo uma das mais frequentes em provas. Nesse método, o
valor depreciável, obtido pela subtração do valor residual do valor de aquisição, é dividido
igualmente pelo número de anos da vida útil estimada.
A fórmula é expressa como:
Valor de aquisição - valor residual
Deprecisação Anual =
Vida útil (em anos)
Exemplo: Uma empresa adquire um veículo por R$ 120 mil, com vida útil estimada de
5 anos e valor residual de R$ 20 mil. Aplicando a fórmula:
120.000 - 20.000
Deprecisação Anual = = 20.000
5
O valor de depreciação anual será de R$ 20 mil, conforme a tabela abaixo:
Depreciação
Ano Valor inicial (R$) Valor final (R$)
anual (R$)
1 120.000 20.000 100.000
2 100.000 20.000 80.000
3 80.000 20.000 60.000
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4 60.000 20.000 40.000
5 40.000 20.000 20.000
Ao final dos 5 anos, o valor residual será de R$ 20 mil, podendo ser considerado o valor
de mercado do bem, dependendo das condições de uso e estado de conservação.
Provas podem apresentar variações no cálculo, como depreciação diária (considerando
360 dias no ano) ou até por hora. Por exemplo, para uma depreciação diária, divide-se o
valor anual pelo número de dias:
20.000
Deprecisação diária = = 55,56
360
Suponha que, ao término de 3 anos, o veículo apresente valor residual de R$ 60 mil, mas
esteja danificado, com custo de reparo estimado em R$ 25 mil. Nesse caso, seria necessário
avaliar se o bem é recuperável com base em critérios técnicos e financeiros, considerando
o custo-benefício de sua recuperação.
Esse método destaca-se por sua simplicidade, sendo essencial compreender suas
características para aplicação prática e resolução de questões.
A classificação de um bem como recuperável ou irrecuperável é feita considerando o
custo de reparo em relação ao seu valor residual. Se o custo de reparo for inferior a 50%
do valor residual, o bem é recuperável. Caso contrário, torna-se antieconômico mantê-lo.
Exemplo:
• Ao final de 3 anos, o valor residual de um veículo é R$ 60 mil. Metade desse valor é
R$ 30 mil. Se o custo de reparo for R$ 25 mil, o bem é recuperável, pois o reparo está
abaixo de 50% do valor residual.
• Ao final de 4 anos, o valor residual é R$ 40 mil. Metade desse valor é R$ 20 mil. Se o
custo de reparo for R$ 25 mil, o bem é considerado irrecuperável, sendo mais viável
a substituição.
O método linear apresenta as seguintes vantagens:
• Fácil aplicação: Os cálculos são simples e diretos.
• Previsibilidade: Proporciona valores constantes de depreciação, facilitando o
planejamento financeiro.
• Aplicação universal: É amplamente utilizado em diversos contextos e frequentemente
cobrado em provas.
No entanto, possui limitações, como a desconsideração de maior desgaste nos primeiros
anos de uso. Por exemplo, veículos e equipamentos eletrônicos sofrem uma desvalorização
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mais acentuada no início de sua vida útil, o que não é refletido no método linear, que aplica
um valor fixo anualmente.
Este método, classificado como depreciação acelerada, calcula a depreciação sobre
o valor contábil líquido no início de cada período, resultando em valores decrescentes ao
longo do tempo.
A fórmula utilizada é:
Depreciação anual = Valor contábil líquido x Taxa de depreciação
Exemplo:
• Um bem adquirido por R$ 100 mil, com vida útil de 5 anos e sem valor residual.
• Aplicando uma taxa de 20% ao valor contábil no início de cada período, o cálculo será
realizado anualmente sobre o saldo restante.
Esse método é mais adequado para bens que sofrem maior desgaste nos primeiros
anos, refletindo melhor a realidade econômica. Contudo, é menos comum em provas, que
geralmente priorizam o método linear.
A escolha do método de depreciação deve considerar a finalidade contábil e econômica,
sendo essencial compreender tanto o método linear quanto as variações mais complexas,
como o de taxa constante, para aplicações práticas e resolução de questões.
No método de taxa constante, aplica-se uma porcentagem fixa sobre o valor contábil
líquido no início de cada período. A cada ano, o valor depreciado diminui, refletindo uma
depreciação acelerada nos primeiros anos de vida útil do bem.
Exemplo:
• Valor inicial: R$ 100.000
• Taxa de depreciação: 40% ao ano
• Vida útil: 5 anos
• Valor residual: não informado
Ano 1:
• Depreciação = 40% de R$ 100.000 = R$ 40.000
• Valor contábil líquido = R$ 100.000 - R$ 40.000 = R$ 60.000
Ano 2:
• Depreciação = 40% de R$ 60.000 = R$ 24.000
• Valor contábil líquido = R$ 60.000 - R$ 24.000 = R$ 36.000
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Ano 3:
• Depreciação = 40% de R$ 36.000 = R$ 14.400
• Valor contábil líquido = R$ 36.000 - R$ 14.400 = R$ 21.600
Ano 4:
• Depreciação = 40% de R$ 21.600 = R$ 8.640
• Valor contábil líquido = R$ 21.600 - R$ 8.640 = R$ 12.960
Ano 5:
• Depreciação = 40% de R$ 12.960 = R$ 5.184
• Valor contábil líquido = R$ 12.960 - R$ 5.184 = R$ 7.776
Ao final de 5 anos, o valor residual do bem é de R$ 7.776.
Vantagens
• Reflete a maior depreciação nos primeiros anos, ideal para ativos que perdem valor
rapidamente, como equipamentos tecnológicos.
• Alinha-se melhor ao uso real do bem, sendo útil para ativos cujo valor diminui de
forma acelerada no início.
Limitações
• Método mais complexo em comparação ao linear, devido à necessidade de cálculos
anuais sobre o valor contábil líquido.
• A depreciação decrescente pode não refletir adequadamente os custos de manutenção,
que tendem a aumentar com o tempo.
Caso a taxa de depreciação não seja informada, é possível calculá-la utilizando a
seguinte fórmula:
R
(1 - i)n =
PV
Exemplo:
• Valor inicial: R$ 400.000
• Valor residual: R$ 50.000
• Vida útil: 5 anos
Substituindo os valores:
50.000
(1 - i)5 =
400.000
Após os cálculos, a taxa de depreciação aproximada é de 34,02% ao ano.
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O método de taxa constante é adequado para situações em que a depreciação inicial
precisa ser mais acentuada, sendo amplamente utilizado para ativos que sofrem maior
desvalorização nos primeiros anos. É fundamental compreender suas vantagens e limitações
para sua aplicação adequada em registros contábeis e análise econômica.
Dados do Exemplo:
• Valor de aquisição: R$ 400.000
• Vida útil: 5 anos
• Valor residual: R$ 50.000
Procedimento:
• Determinar a taxa de depreciação com base nos dados informados.
• Aplicar a taxa de depreciação anualmente sobre o valor contábil líquido.
Ao término dos 5 anos, considerando a aplicação de uma taxa constante, o valor contábil
do bem se aproxima do valor residual informado. Esse cálculo é essencial para questões
que abordam a determinação do valor final de um ativo ao longo do tempo.
O método de taxa constante apresenta depreciação acumulada crescente, enquanto os
valores anuais depreciados são decrescentes. Isso ocorre devido à aplicação da taxa sobre
o valor contábil líquido, que diminui a cada ano.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Bruno Eduardo Martins.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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