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termologia
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Autor: Ângelo Neves Santos Gusmão
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Conteúdo
A temperatura................................................4
O conceito de temperatura............................4
equilíbrio térmico...............................................................6
O conceito de equilíbrio térmico.................................................................6
Medindo a temperatura........................................................8
Entendendo o termômetro............................8
escalas termométricas.......................10
O conceito.....................................................................10
celsius e fahrenheit...................................12
Conhecendo as escalas Celsius e Fahrenheit.................................12
Equações importantes..................................................................15
KELVIN...................................16
Conhecendo a escala Kelvin.................................16
O zero absoluto.................................17
Equações importantes..................................................................19
O calor e sua propagação...................................20
O conceito de calor.................................20
A condução térmica.................................22
A convecção térmica.................................23
A radiação térmica.................................25
a dilatação térmica dos sólidos...................................26
O conceito de dilatação térmica.................................26
A dilatação térmica linear.................................27
A dilatação térmica superficial..................................28
A dilatação térmica volumétrica..................................30
Calorimetria.........................................................................................26
Mudanças de fase...............................................32
Gráficos de mudança de fase................................26
A capacidade térmica.................................39
O calor específico..................................41
A temperatura
temperatura
Imagine que temos um recipiente especial Observe que as partículas não estão
1 de vidro com um gás em seu interior, e que 2
paradas, elas estão “agitadas”.
consguimos enxergar as partículas do gás.
Observe que, ao aquecermos o
gás que está no interior do
3
recipiente, as partículas ficam
muito mais “agitadas”
E para a mesa?
Se conseguíssemos dar um zoom especial na
4 mesa, também observaríamos as partículas que
compõem a mesa vibrando!
Então, o que é temperatura?
A temperatura é uma grandeza física escalar que
mede o grau de agitação médio das partículas!
Observe que falamos de grau de
Embora tenhamos analisado um gás e uma
agitação médio. Isso é dito pois, não
mesa(sólido), a temperatura pode ser usada
conseguímos analisar a agitação de
para medir o grau de agitação de qualquer
cada partícula individualmente, dado
outro sistema de estudo.
que existem muitas partículas!
O equilíbrio térmico
Agora, imagine que temos dois recipientes Vamos conectar esses dois recipi-
1 especiais com gás e que conseguímos ver 2 entes de modo que seus gases
suas partículas. entrem em contato.
Maior temperatura menor temperatura Porém, se considerarmos que o
lado esquerdo do recipiente
está com o gás em maior tem-
3 peratura e o lado direito o gás
em menor temperatura, o que
acontece?
Desse modo, o gás com maior temperatura, troca
4 energia térmica com o gás de menor temper-
atura!
Mas, como acontece?
Essa “troca térmica” ocorre dado que as partículas com
5 maior agitação colidem com as de menor agitação, fazendo
com que as de menor agitação adquiram mais agitação.
Com o tempo, as partículas dos gases ficam com agitação
6
semelhante em todo o recipiente.
Então, e daí?
Quando as partículas ficam com o mesmo
grau de agitação, dizemos que elas atingi-
ram o equilíbrio térmico.
A definição...
O equilíbrio térmico é a situação
No equilíbrio térmico, a troca térmica é dada
onde dois corpos, substâncias ou
sempre do corpo com maior temperatura
sistemas de estudo, trocam calor e
para o corpo de menor temperatura.
atingem a mesma temperatura!
Medindo atemperatura
edindo a emperatura
Vamos analisar os elementos do
dispositivo...
O bulbo, é onde fica boa parte da substân-
1
cia termométrica, nesse caso o mercúrio.
O capilar, é um tubo estreito por onde a
2
3 substância se desloca.
A escala, nos ajuda a observar o quanto a
3 substância termométrica deslocou dentro
do capilar.
Vamos testar...
Considere que inserimos o Observe que, no início a substância
2 dispositivo dentro de uma 3 termométrica está em uma certa
xícara de café. altura na escala.
Isso ocorre porque a substância
5 termométrica e o café, entraram
em equilíbrio térmico.
Desse modo, conseguímos men-
surar o deslocamento, e com uma
6
boa aproximação determinar a
temperatura do café.
Note que com o tempo, a substância
4
se desloca ainda mais na escala.
Então, o que é esse dispositivo?
O dispositivo é o termômetro! E nesse caso, é um termômetro de
mercúrio, que é o mais famoso.
A substância que fica dentro do termômetro, nós chamamos de
substância termométrica! Ela é uma substância especial pois,
uma de suas propriedades como comprimento, volume e pressão
varia com a temperatura, de forma que conseguimos mensurar!
Escalas termométricas
Vamos observar...
75
Supondo que usamos um Com o tempo, conseguímos mensu-
2 termômetro A para medir a 3 rar a temperatura do café e encon-
temperatura do café. tramos o valor 75.
outra situação...
120
Agora, usamos um termômetro
2 B para medir a temperatura do Com o tempo, conseguímos mensu-
café. 3 rar a temperatura do café e encon-
tramos o valor 120.
mas, e daí?
1 Qual dos termômetros está correto?
x
Os dois resultados estão corretos!
O que muda é a graduação da
2
escala em cada um dos
termômetros
Uma escala é constituida por valores arbitrários assim,
uma mesma temperatura pode ser representada por
outras escalas com valores diferentes.
existem alguns pontos importantes!
2 Ponto de gelo: É o ponto onde a água
2 entra em equilíbrio térmico com o
gelo, em pressão normal.
Ponto de vapor: É o ponto onde a
3 3 água entra em ebulição, em pressão
normal.
Em uma escala termométrica,
1 existem alguns pontos fixos que
usamos como referência!
Celsius e fahrenheit
A escala celsius
A escala Celsius é uma das mais famosas,
100 °C 1 ela é representada pela letra C com um
símbolo de grau ° acompanhando.
Para a escala celsius, o ponto de gelo está
2 definido em 0 °C enquanto seu ponto de
0 °C
vapor está definido em 100 °C.
°C
vamos para o tecniquês...
°C 100
100 divisões iguais
entre os pontos fixos
A escala celsius é uma escala que
chamamos de centígrada, dado
que ela possui cem intervalos entre
0 os seus pontos fixos.
A escala fahrenheit
100 °C A escala Fahrenheit é outra escala famosa,
1 ela é representada pela letra F com um
símbolo de grau ° acompanhando.
0 °C Para a escala Fahrenheit, o ponto de gelo
2 está definido em 32 °F enquanto seu
ponto de vapor está definido em 212 °F.
°F
novamente, o tecniquês...
°F 212
180 divisões entre
os pontos fixos
A escala Fahrenheit possui 180
divisões, pois basta fazermos
32 212 - 32 = 180.
será que podemos relacionar as duas escalas?
Considerando que precisamos encontrar um determinado valor em ambas escalas...
Para a escala Celsius, vamos chamar esse Com isso, podemos continuar com
valor de ΘC e para a escala Fahrenheit outra proporção:
vamos chamar o valor de ΘF.
°C 100 °F 212
Logo, podemos fazer uma proporção:
°C 100 °F 212
ΘC ΘF
ΘC ΘF
0 32
Com isso, temos que 100 está para
0, assim como 212 está para 32,
0 32 logo temos:
100 - 0
Observe que podemos fazer uma relação, 2
212 - 32
onde ΘC está para 0, assim como ΘF
está para 32, logo temos:
ΘC - 0
1
ΘF - 32
Igualando as proporções temos: Organizando, temos:
ΘC - 0 100 - 0 ΘC ΘF - 32
3 = 6 =
ΘF - 32 212 - 32 5 9
ΘC 100
4 =
ΘF - 32 180 Com essa equação, consegui-
mos converter qualquer valor de
Dividindo o lado direito da igual- Celsius para Fahrenheit ou de
dade por 20, podemos fazer: Farenheit para Celsius.
ΘC 5
5 =
ΘF - 32 9
OUTRA EQUAÇÃO IMPORTANTE...
Agora, considerando que desejamos encon- °C 100 °F 212
trar uma forma de calcular a variação ΔΘC
e ΔΘF entre as escalas podemos fazer:
°C 100 °F 212
ΔΘC 100 ΔΘF 180
ΔΘC ΔΘF
0 32
100
2
0 32 180
ΔΘC 100
Assim, temos que ΔΘC está para ΔΘF, 4 =
logo podemos fazer: ΔΘF 180
ΔΘC 5 ΔΘC.180 = ΔΘF.100
1
ΔΘF
Organizando, temos:
Continuando, temos outra relação!
Assumindo que 100 divisões está para ΔΘC ΔΘF
180 divisões, temos: 6 =
100 180
A escala Kelvin
Considere que temos um recipiente
especial de vidro com um gás em Observe que as partículas não estão
1 2
seu interior, e que consguimos paradas, elas estão “agitadas”.
enxergar as partículas do gás.
Resfriando...
Considere que as partículas
Vamos utilizar um termômetro
3 4 estão cada vez menos agitadas
especial para medir a temperatura.
com o tempo.
O que acontece se elas atingirem um estado
mínimo de agitação?
Observe que, no ponto onde a
agitação é a mínima possível, é
1
como se as partículas estives-
sem paradas.
Quando as partículas atigem esse estado, nós
2
dizemos que elas atingiram o zero absoluto.
Então, o que é o zero absoluto?
O zero absoluto, corresponde ao limite mínimo de grau de agitação que
as moléculas podem atingir.
A escala kelvin
A escala Kelvin é uma das mais famosas,
373 K 1 ela é representada pela letra K e não
possuí um símbolo de grau ° .
Para a escala celsius, o ponto de gelo está
2 definido em 273 K enquanto seu ponto de
273 K
vapor está definido em 373 K.
vamos para o tecniquês...
K 373
A escala Kelvin é
também chamada
de escala absoluta.
A escala Kelvin é utilizada pelo
sistema internacional de unidades.
273
Relacionando a escala kelvin e a celsius...
Considerando que precisamos encontrar um determinado valor em ambas escalas...
Para a escala Celsius, vamos chamar esse Com isso, podemos continuar com
valor de ΘC e para a escala Kelvin vamos outra proporção:
chamar o valor de ΘK.
°C 100 K 373
Logo, podemos fazer uma proporção:
°C 100 K 373
ΘC ΘF
ΘC ΘK
-273 0
Com isso, temos que 100 está para
-273, assim como 373 está para 0,
-273 0 logo temos:
100 - (-273)
Observe que podemos fazer uma relação, 2
373 - 0
onde ΘC está para -273, assim como ΘK
está para 0, logo temos:
ΘC - (-273)
1
ΘK - 0
Igualando as proporções temos: Organizando, temos:
ΘC - (-273) 100 - (-273)
3 = 6 ΘK = ΘC + 273
ΘK - 0 373 - 0
ΘC + 273 373
4 =
ΘK 373 Com essa equação, consegui-
mos converter qualquer valor de
Simplificando, podemos ficar Celsius para Kelvin ou de Kelvin
com: para Celsius.
ΘC + 273
5 = 1
ΘK
Calor
Maior temperatura menor temperatura
Fazendo a mesma consider-
ação de antes, um lado do
recipiente tem partículas com
1
maior temperatura, já o outro
lado, tem partículas com menor
temperatura...
Sabemos que a energia térmica é transferida de uma partícula para
2 a outra, dado que a partícula com maior temperatura colide com a
de menor temperatura, “transferindo” sua agitação.
Energia térmica
em trânsito
No momento em que a partícula mais agitada
3 transfere sua energia térmica para a menos
agitada, existe uma energia em trânsito.
Mas, e daí?
Essa energia térmica em trânsito é o que
1
chamamos de calor!
Energia térmica
em trânsito
Logo, o calor é a energia térmica em trânsito de um corpo
para o outro, devido a diferença de temperatura entre eles.
A energia térmica flui do corpo de maior temper-
2
atura para o de menor temperatura.
E se os corpos tiverem a mesma temperatura?
Caso as partículas estejam em equilíbrio térmico, ou seja,
1 com a mesma temperatura, não existe energia térmica em
trânsito, logo não existe calor.
em resumo...
Um corpo não possui mais calor que o outro,
Só existe calor, se existir energia o calor é energia térmica em trânsito, ou
térmica em trânsito! seja, a energia térmica que flui de um corpo
para o outro.
A unidade do calor no sistema inter-
nacional de unidades é o Joule(J).
1 caloria é aproximadamente igual a 4,2 joules
É comum encontrar a unidade do
calor sendo a caloria(cal).
Condução térmica
Considere que temos uma pessoa
1
que está aquecendo uma haste.
Note que a haste começa a se
2
aquecer da esquerda para a direita.
Maior temperatura Menor temperatura
Se conseguissémos dar um zoom especial, veríamos que a partícula com maior
3 vibração, acaba transferindo sua vibração para a partícula seguinte e assim o
calor se propaga da região de maior temperatura para a de menor temperatura.
Então, o que é a condução?
A condução térmica é o processo
Note que para o calor se
onde a energia térmica é transferida
propagar, necessita-se
de partícula para partícula, dada
de um meio, nesse caso
uma diferença de temperatura.
é a haste.
Existem materiais que são melhores
Observe que, a energia térmica é condutores de calor, como os metais.
4 E outros, que são piores condutores
trasmitida partícula a partícula.
de calor, como a madeira.
Convecção térmica
Vamos analisar uma situação...
ar quente ar frio
Considere que temos dois recipientes especiais e que com eles, conseguímos
1 armazenar um ar quente e outro frio, além disso, nós conseguímos observar
algumas de suas partículas.
Note que as partículas do ar quente, Por outro lado, as partículas do ar frio
2 estão mais agitadas porém estão mais 3
estão menos agitadas e mais próximas.
separadas!
Mas, e dái?
Sabemos que a densidade pode ser
calculada, e ela é igual a massa
sobre o volume, em equação temos: Note que o ar quente
D=m possui menos partícu-
v las por volume, então
Para analisarmos, vamos fixar o volume, dado ele é menos denso!
que o recipiente que usamos é o mesmo.
D=m
v Fixo
Por outro lado, o ar frio
possui mais partículas
D=m D=m por volume, assim ele
v v
Menor a massa por é mais denso!
Maior a massa por
volume, mais denso. volume, menos denso.
aplicando o conhecimento...
Note que o ar-condicionado
2
está na parte superior da sala!
Considere que temos uma sala, um
1 ar-condicionado e uma pessoa pra nos
ajudar a entender a situação!
Ar quente
Ar frio
Ar frio
Ar quente
Enquanto que do ar-condicionado O ar quente tende a subir(menos
3 está saindo o ar frio, no solo da sala 4 denso), enquanto o ar frio tende a
está circulando o ar mais quente! descer(mais denso).
6 o que é a convecção térmica?
Ar quente A convecção térmica é o processo
onde a energia térmica se propaga
por meio de correntes de convecção,
Correntes de dada a diferença de temperatura e
convecção Ar frio densidade, entre os fluidos.
térmica
Para a convecção térmica ocorrer é
necessário um meio de propagação!
Observe que, cria-se um “ciclo” onde o ar
5 frio desce e o ar quente sobe, formando
as correntes de convecção térmica.
Radiação
adiação térmica
térmica
vamos analisar uma situação...
Observe que temos o sol, que tem
1 uma temperatura muito maior
que a da terra.
terra
sol
Mesmo que o sol não esteja em
2 contato com a terra, a terra é
aquecida pelo sol.
MAS COMO ASSIM?
Ondas eletromagnéticas
O sol transfere energia térmica para a terra por meio das
3
ondas eletromagnéticas que emite.
ENTÃO, O QUE É RADIAÇÃO TÉRMICA?
A radiação térmica é o processo onde o calor se propaga por meio de
ondas eletromagnéticas
A radiação térmica pode acontecer em um meio material ou no
vácuo, como é o caso do exemplo acima.
A dilatação Térmica
Considere que estamos aquecendo a
1 barra para podermos analisar o com-
portamento das suas partículas.
Já sabemos que a energia térmi-
2 ca é transferida partícula a
Afastamento partícula.
Porém, como as partículas estão mais Com o maior afastamento das
agitadas, elas vibram com maior inten- partículas, devido o aumento da
3 4
sidade e acabam se afastando um pouco temperatura, a barra acaba por
mais umas das outras. aumentar suas dimensões.
E daí?
Esse processo é chamado de dilatação térmica, que é a variação que
ocorre nas dimensões de um dado corpo, quando ele está sendo
submetido a uma variação de temperatura.
É importante saber que a dilatação térmica pode
ocorrer em sólidos, líquidos e gases.
Dilatação em uma dimensão...
Comprimento(Lo)
Vamos analisar a dilatação térmica somente
do comprimeto, ou seja, em uma dimensão
Considere que temos uma barra fixa a
1 parede e que aquecemos o suficiente
para que ocorra a dilatação térmica.
Comprimento(Lo) Variação do comprimento(ΔL)
Se compararmos a barra antes e
depois da dilatação, veremos que o
2
seu comprimento aumentou, dado
Comprimento final(L) o efeito da dilatação térmica.
No cálculo da dilatação térmica linear
Então, a dilatação térmica em que o compri- vamos encontrar o coeficiente de dilatação
mento do corpo é alterado dada uma térmica linear, que é uma constante que
variação de temperatura, é chamada de depende do material e indica o quão mais
dilatação térmica linear. fácil ou difícil é para o material sofrer
dilatação térmica.
Mas, como calcular?
A dilatação térmica linear, pode ser Onde:
calculada pela seguinte fórmula: ΔL: Variação do comprimento
α: Coeficiente de dilatação linear
ΔL = Lo + α . ΔT Lo: Comprimento inicial
ΔT: Variação de temperatura
To: Temperatura inicial
em duas dimensões...
Considere que estamos aquecendo a
1 chapa para podermos analisar a
influência da dilatação térmica.
As dimensões que vamos
Largura 2 analisar são largura e com-
primento da chapa.
Comprimento
Comprimento
Largura
Ao aquecermos a chapa, a dilatação térmica
3 provoca variação no comprimento e na
largura da chapa.
A1 A2
Chapa normal Chapa dilatada
Comparando as duas chapas lado a lado, é nítido que ocorreu um
aumento no comprimento e na largura, logo a área da chapa
aumentou com a dilatação térmica!
No cálculo da dilatação térmica superficial
Então, a dilatação térmica em que o compri- vamos encontrar o coeficiente de dilatação
mento e a largura do corpo são alterados dada térmica superficial(ẞ), que é uma con-
uma variação de temperatura, é chamada de stante que depende do material e indica o
dilatação térmica superficial. quão mais fácil ou difícil é para o material
sofrer dilatação térmica.
Existe uma relação entre os coeficientes de dilatação térmica que diz
que: Um coeficiente de dilatação térmica superficial(ẞ) é igual a dois
coeficientes de dilatação térmica linear, matematicamente:
ẞ = 2α
Mas, como calcular?
A coisa não muda muito aqui, basta mudarmos algumas coisinhas...
A dilatação térmica superficial, pode Onde:
ser calculada pela seguinte fórmula:
ΔA: Variação da área
ΔA = Ao . ẞ . ΔT ẞ: Coeficiente de dilatação superficial
Ao: Área inicial
ΔT: Variação de temperatura
To: Temperatura inicial
em três dimensões...
Dessa vez, considere que estamos aquecendo uma caixa metálica
1
para podermos analisar a influência da dilatação térmica.
Agora nós estamos analisando as
2 três dimensões: comprimento,
largura e altura.
Altura
Comprimento Largura
Largura Comprimento
Altura
Agora, com o aquecimento, a dilatação
3 térmica provoca variação no comprimento,
largura e na altura!
Comparando...
Caixa normal caixa dilatada
É nítido ao comparar que a caixa sofreu dilatação térmica em todas as suas dimensões.
No cálculo da dilatação térmica volumétrica
Então, a dilatação térmica em que o compri- vamos encontrar o coeficiente de dilatação
mento, largura e altura do corpo são alterados térmica volumétrica(γ), que é uma con-
dada uma variação de temperatura, é chamada stante que depende do material e indica o
de dilatação térmica volumétrica. quão mais fácil ou difícil é para o material
sofrer dilatação térmica.
Existe uma relação entre os coeficientes de dilatação térmica que diz
que: Um coeficiente de dilatação térmica volumétrica(γ) é igual a
três coeficientes de dilatação térmica linear, matematicamente:
γ = 3α
Mas, como calcular?
Novamente, a coisa não muda muito aqui, basta mudarmos algumas coisinhas...
A dilatação térmica volumétrica, pode Onde:
ser calculada pela seguinte fórmula:
ΔV: Variação do volume
ΔV = Vo + γ . ΔT γ: Coeficiente de dilatação volumétrica
Vo: Volume inicial
ΔT: Variação de temperatura
To: Temperatura inicial
Mudanças de Fase
Vamos analisar...
Ao deixar o gelo sobre a mesa, ele recebe
3
Vamos analisar o processo de derre- calor do ambiente.
1
timento de um cubo de gelo.
Energia/calor
líquido
Conforme o gelo recebe calor, ele acaba
O cubo de gelo está no estado sólido, 4 mudando do estado sólido, derretendo,
2 para o estado líquido.
como já sabemos...
Energia/calor
Energia/calor
Por fim, conforme o líquido recebe ener-
Agora, pegamos o líquido e fornecemos
5 6 gia ele muda de estado físico, passando
mais energia/calor a ele, aquecendo-o.
do estado líquido para o estado gasoso.
existe um nome especial para o processo que absorve energia:
A mudança de estado físico, quando ocorre com absorção de
endotérmico:
energia térmica, dizemos que é um processo endotérmico.
com a visão especial...
Com a visão especial, conseguímos observar
1
como as partículas se comportam. Gás
Energia/calor
líquido
Energia/calor
Com o estado gasoso é um processo bem
Veja que com a mudança de estado
3 parecido, porém as partículas ficam com
2 físico, as partículas ficam mais agitadas
ainda mais movimento e agitadas.
e com mais movimento.
É importante saber que:
Com a mudança do estado sólido para o Com a mudança do estado líquido para o
líquido, o retículo cristalino é rompido. gasoso, as ligações são rompidas.
o inverso?
Deixando uma garrafa, com líquido
1 frio sobre a mesa, o gás perde calor
para a garrafa que está mais fria.
Gás
Energia/calor
Com isso, o gás começa a condensar na Observando detalhadamente, as partícu-
2 garrafa, formando pequenas bolhas 3 las mudam de estado gasoso para líqui-
líquidas. do ao perder energia para a garrafa.
e tem mais...
Com alguns instantes, o líquido e garrafa
Agora, inserimos a garrafa com 3 começam a perder energia para o ambiente
1 do congelador.
líquido no congelador da geladeira...
Energia/calor
Ambos perdem energia térmica, dado que
Considere que deixamos a garrafa por 4 a temperatura do congelador está muito
2 menor.
um tempo...
6 Com o tempo, o líquido acaba congelando.
O líquido congela(estado sólido), dado que
As partículas do líquido da garrafa
5 7 as partículas estão com um movimento
ficam cada vez mais lentas.
extremamente baixo.
para resumir!
Recebe calor
sublimação direta
fusão vaporização
estado sólido estado líquido estado gasoso
solidificação condensação
sublimação direta
perde calor
existe um nome especial para o processo que perde energia:
A mudança de estado físico, quando ocorre com perda de energia
exotérmico:
térmica, dizemos que é um processo exotérmico.
Gráficos de Mudança de Fase
mão na massa...
temperatura Vamos construir um gráfico de mudança
1
de fase.
Para isso, determinando o eixo X, como
2 sendo o eixo do calor fornecido e o eixo
Y, sendo o eixo da temperatura.
Calor fornecido
No início, nós temos a temperatura O ponto onde começa a mudança de sólido
5
para líquido é o ponto de fusão(P.F).
3 aumentando/variando(ΔT), é usado
o calor sensível.
Ruptura do retículo
cristalino
Calor sensível, varia
a temperatura.p.e Calor latente, muda Fa
o estado físico.
p.f
Sólido + Líquido Sólido ΔT
+ Líquido
Fase líqu
ΔT ΔT
Fase sólidap.f Fase sólida
Sólido + Líquido
ΔT
No momento em que a temperatura Ao começar a mudança de fase de sólido
4 alcança um certo nível, começa a mu- 6 para líquido, ocorre também a ruptura do
dança de fase, de sólido para líquido. retículo cristalino, é usado o calor latente.
Fase sólida
7 A temperatura continua variando(ΔT)... O ponto onde começa a mudança de líqui-
9
do para gasoso é o ponto de ebulição(P.E).
Ruptura das atrações
Ruptura das atrações
Calor latente, muda
o estado físico.
p.e p.e
Líquido + gasoso Líquido + gasoso
ΔT ΔT
Fase líquida Fase líquida
Calor sensível, varia
a temperatura.
Quando a temperatura alcança um
8 certo nível, começa a mudança de
fase, de líquido para gasoso.
10 Por fim, a fase gasosa é atingida.
Fase Gasosa
ΔT Fase Gasosa Podemos dizer:
Líquido + gasoso
No gráfico de mudanças de fase, o calor sensível
e líquida é responsável por variar a temperatura e o calor
latente é responsável por mudar o estado físico.
da O calor sensível aumenta a energia cinética das
partículas, variando a temperatura.
O calor latente aumenta a energia potencial das partículas, aumentando o espaço das
partículas, consequentemente, mudando o estado físico.
É importante saber que o calor fornecido(energia) não é diferente, porém, é usado de
diferentes formas, hora para mudar a temperatura, hora para mudar o estado físico.
Nos pontos de fusão e ebulição a temperatura é constante.
em resumo...
Calor sensível, varia
temperatura
a temperatura.
Ruptura das atrações ΔT Fase Gasosa
p.e
Líquido + gasoso Calor latente, muda
Ruptura do retículo ΔT o estado físico.
cristalino Fase líquida
p.f
Sólido + Líquido Calor sensível, varia a temperatura.
ΔT
Fase sólida Calor latente, muda o estado físico.
Calor fornecido
Calor sensível, varia
a temperatura.
Capacidade térmica
Vamos analisar...
Agora, considere que temos um copo com
Existe uma grandeza importante, a 2
1 capacidade térmica.
um determinado líquido dentro.
Q
C = ΔT 20 °C
Onde:
C: é a capacidade térmica
Q: é a quantidade de calor
ΔT: é a variação de temperatura
No sistema internacional de unidades, a
unidade da capacidade térmica é J/K
porém é comum usar cal/°C.
Vamos considerar que o líquido está a
3 uma temperatura de 20 °C.
70 °C
Energia/calor
Agora, veja que fornecemos uma quan-
Com o passar do tempo, o líquido atinge
4 tidade de calor de 100 calorias(cal) 5 a temperatura de 70 °C.
para o líquido.
com a visão especial...
Comparando, veja que o líquido variou sua Sabemos que a capacidade térmica
1
temperatura de 20 °C para 70 °C. pode ser calculada por:
20 °C 70 °C Q
1 C = ΔT
Como fornecemos 100 cal, para o
líquido e temos a sua variação de
temperatura, fazemos:
2 C = 100 3 C = 100
(70-20) 50
4 C = 2 cal/°C
o que podemos concluir?
Podemos dizer que nesse caso, precisamos fornecer 2 calorias(cal) para o líquido variar a sua
temperatura em 1 grau.
outra situação...
Agora, veja que temos dois copos com
1 quantidade de líquidos diferentes.
20 °C 20 °C
1l 0,5 l 1l 0,5 l
Q = 100 cal
Enquanto um copo tem 1 litro de líquido
o outro possui meio litro de líquido. Note Considere fornecemos 100 cal de calor
2 3
que ambos os líquidos estão a 20 °C. para ambos os líquidos.
20 °C 21 °C Note que após fornecer 100 cal para ambos os
4 líquidos somente o com menor quantidade
variou a temperatura.
1l 0,5 l
onde queremos chegar?
A capacidade térmica depende da substância e
da quantidade de substância que está sendo
aquecida.
conclusão...
A capacidade térmica é a razão entre a quantidade de calor fornecido ao corpo e a variação de
temperatura, em outras palavras, mede o quão fácil é de variar a temperatura de um corpo.
Ou podemos dizer que, a capacidade térmica mede a quantidade de calor que um corpo precisa
receber ou ceder para variar sua temperatura em 1 unidade.
Existe outra grandeza importante, o calor outra grandeza...
1 específico.
C Q
c= OU c= OU Q = m.c.ΔT
m m. ΔT
Onde:
c: é o calor específico
C: é a capacidade térmica No sistema internacional de unidades,
m: é a massa a unidade do calor específico é:
Q: é a quantidade de calor J/kg.K, mas, é comum usar: cal/g °C.
ΔT: é a variação de temperatura
10 °C 10 °C Considere que temos dois corpos inicialmente
2
com uma temperatura de 10 °C.
Com isso, fornecemos 100 cal de Observe que o corpo com maior massa variou
3 5 menos a sua temperatura, em relação ao de
calor para eles.
menor massa.
5g
1g
20 °C
60 °C
Q = 100 cal
4 Veja que os corpos têm diferentes massas. Com isso, nós calculamos sua capacidade
6
térmica e encontramos 2 cal/°C.
o tecniquês...
Considerando o corpo de menor massa,
Considerando o corpo de maior massa,
com 1 g:
com 5 g:
Sabemos que a capacidade térmica Sabemos que a capacidade térmica
pode ser calculada fazendo: pode ser calculada fazendo:
Q Q
3 C= 3 C=
ΔT ΔT
Com isso, podemos fazer: Com isso, podemos fazer:
4 C = 100 5 C = 10 cal/°C 4 C = 100 5 C = 2 cal/°C
(20 - 10) (60 - 10)
o calor específico...
Considerando o corpo de maior massa, Considerando o corpo de menor massa,
com 5 g: com 1 g:
Sabemos que calor específico pode Sabemos que o calor específico
ser calculado fazendo: pode ser calculado fazendo:
C C
1 c= 4 c=
m m
Com isso, podemos fazer: Com isso, podemos fazer:
2 c= 10 c = 2 cal/g°C 5 c= 2 c = 2 cal/°C
3 5
5 1
conclusão...
O calor específico mede a quantidade de calor que 1 grama do corpo precisa receber ou ceder
para sua temperatura variar de 1 unidade.
Podemos dizer que o calor específico não depende da quantidade de substância que estamos
analisando, dado que ele nos fornece a informação para 1 grama da substância.
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