Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Biociências
Departamento de Bioquímica
Água, pH e tampões
Profa. Monique Alves
Objetivos da aula
• Descrever a estrutura da molécula de água e suas propriedades
coligativas;
• Compreender a importância da água e da manutenção do pH das
soluções para as funções orgânicas.
• Entender os termos: constante de dissociação e pKa, bem como as
implicações destes para o comportamento dos compostos.
Substância Água
mais
abundante
Importante para a nos sistemas
estrutura e função vivos
70%
das biomoléculas ou
mais
Estrutura da água
H H
Moléculas de
o água unidas por
Atração ligações de
eletrostática hidrogênio
(entre O de uma
molécula e H da outra)
H
Natureza
dipolar
o
H
Ligações de
hidrogênio
Forças
coesivas
(entre as
moléculas de
água)
4.
2. 3.
4 ligações de
1. hidrogênio
Temperatura ambiente:
3,4 ligações de hidrogênio Temperatura de 0°C:
gelo (estrutura de rede regular)
Ligações de hidrogênio
Ligação entre H e átomos eletronegativos
Carboidrato
Água
SOLÚVEIS EM
ÁGUA
(moléculas polares)
Interações Interações
água - água Substituídas soluto -
água
Água como solvente
Solvente polar
Solvente
polar
Componentes
DISSOLVE polares ou
carregados
(HIDROFÍLICOS)
CLORETO
DE SÓDIO
Substituição de (NaCl)
interações água – água
por interações água –
soluto.
Estabilização dos
íon e
enfraquecimento
das interações
eletrostáticas
entre Na e Cl.
Moléculas apolares
Hidrofóbicas
DUAS FASES
Óleo
Incapacidade de formar
interações água – soluto
Água como solvente
Solvente polar
Solvente
polar
Componentes
DISSOLVE apolares
(HIDROFÓBICOS)
Pouco solúveis
em água
CO2 forma ácido carbônico solução
Proteínas carreadoras solúveis aquosa. Transportado como íon
em água (transporte de O2) bicarbonato (solúvel em água)
Solúvel em
água
Solúvel em água
Compostos anfipáticos
ou anfifílicos
Insolúvel em água
Compostos anfipáticos em água
Arranjo de
regiões polares
(aumentar a
interação com a
água)
Agrupamento de
regiões apolares
por interações
hidrofóbicas
(menor área
hidrofóbica)
Moléculas anfipáticas
COLESTEROL
FOSFOLIPÍDIOS PROTEÍNAS LIVRE
Propriedades coligativas
Temperatura de Temperatura de Pressão
Pressão de vapor
ebulição congelamento osmótica
Ligação de hidrogênio: Responsável pelas propriedades da água.
Propriedades coligativas
Alteração das
propriedades coligativas
(físicas)
concentração
de água pura
NÚMERO de partículas do
soluto em determinada
quantidade de água
Temperatura
Temperatura de ebulição de ebulição
Água pura 100°C
Adição de sal
Cloreto de > 100°C
sódio
Maior número de
partículas de soluto
Temperatura de ebulição
N° de partículas de
soluto
Temperatura de
ebulição
Pressão de vapor Temperatura de congelamento
Tendência das moléculas de água Tendência das moléculas de água
para escapar para a fase de vapor se moverem para a superfície do
cristal em formação
Congelamento
mais lento
N° partículas soluto N° partículas soluto
Pressão de vapor Temperatura de congelamento
Pressão osmótica Solução mais Solução menos
concentrada concentrada
Pressão exercida
evitar a osmose
Osmose:
10 mg/mL 0,1 mg/mL Igualar as
concentrações
Membrana semi-permeável
Indivíduo está desidratado
Hospital Soro fisiológico (NaCl 0,9%)
Osmose
1. NaCl 0,9%
2. NaCl 0%
3. NaCl 2,0%
A B C
Concentração de sal Movimento de água
Capacidade de ionização da água
Hidratado
Íon hidrônio Íon hidróxido
Ionização da água
A ionização da
água é
determinada por
uma constante
de equilíbrio.
Constante de equilíbrio da água
25°C: concentração da água pura = 55,5M
Kw: Produto iônico da água
Keq da água 25°C = 1,8 x 10-16 M
Produto iônico da água
Como Kw é uma constante
pH é 7,0 (neutro)
[H+] > 10-7 ; [OH-] < 10-7
[H+] < 10-7 ; [OH-] > 10-7
Determinação do pH
Logaritmo negativo de
Definido pela seguinte expressão:
Concentração do
íon hidrogênio total
na solução aquosa
Escala de pH
Concentração de [H+]
Escala de pH
Ácido – neutro - básico
A cada diferença de
1 unidade no pH
corresponde a uma
concentração 10
Concentração vezes maior de [H+] .
de H+ 10.000
vezes maior
que o sangue
Medição do pH
Ácido – neutro - básico
CORANTES: Indicadores de pH pHmetro: eletrodo sensível ao [H+]
Fenolftaleína, vermelho de fenol
Urina
Medição do pH
O diagnóstico Ácido – neutro - básico
laboratorial
de algumas
doenças
Plasma sanguíneo
Variação do pH das soluções
Adição de H+
Alteração na
concentração
de H+
Consumo de H+
Par ácido-base conjugada Ionização dos ácidos e bases fracas
ACETATO Aceptor
(Forma de base de [H+]
conjugada)
ÁCIDO ÁCÉTICO
(Forma ácida)
Doador
de [H+]
Constante de dissociação (Ka) dos ácidos
Ka: constante de
dissociação
Tendência para liberar
o H+ em solução.
FORTE O ÁCIDO TENDÊNCIA A PERDER Ka
O PRÓTON
Ka
forte
forte
pKa: Logaritmo negativo de Ka
FORTE O ÁCIDO CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO TENDÊNCIA DE DISSOCIAR O H+
Ka
pKa pKa é
análogo
ao pH
pKa
pKa
pKa
O que representa o valor de pKa de um ácido na curva de titulação?
NaOH → OH-
NaOH de Formação de água
concentração
conhecida
adicionado
até o ácido Inferir o pH pela
ser quantidade de NaOH
consumido adicionada
pKa representa o
pH do ponto
médio da curva
de titulação de
Solução aquosa ácida + indicador de pH um ácido
(viragem da cor em pH específico)
pKa
pKa
Forma ácida Forma de base
conjugada
pKa = pH no qual
[FORMA ÁCIDA] = [FORMA DE BASE CONJUGADA]
Equação de Henderson-Hasselbalch
Forma de base conjugada
Forma ácida
Constante de
dissociação
[FORMA ÁCIDA] = [FORMA DE BASE CONJUGADA]
Absorção de fármacos
Fármaco X (pKa 3,5)
REGIÃO DE TAMPONAMENTO
Sistema tampão
Forma ácida Base conjugada
Tampão
Sistema tampão
Cada par ácido-base
conjugado possui
uma zona de pH
característica na
qual atua como um
tampão
Tampão bicarbonato
Produção de ácido lático
(aumento de H+ )
Referência
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Biociências
Departamento de Bioquímica
Água, pH e tampões
Profa. Monique Alves