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Trabalho de Direito Internacional Privado e Público

O documento analisa a validade de um acordo internacional de Moçambique, afirmando que sua vigência depende de aprovação, ratificação e publicação oficial, conforme a Constituição. O presidente da república não pode unilateralmente autorizar a entrada em vigor de acordos sem seguir o devido processo legal. Apesar da urgência, a incorporação de fontes de Direito Internacional é permitida, desde que respeitadas as normas internas.

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O documento analisa a validade de um acordo internacional de Moçambique, afirmando que sua vigência depende de aprovação, ratificação e publicação oficial, conforme a Constituição. O presidente da república não pode unilateralmente autorizar a entrada em vigor de acordos sem seguir o devido processo legal. Apesar da urgência, a incorporação de fontes de Direito Internacional é permitida, desde que respeitadas as normas internas.

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NOME:

CURSO:

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


TRABALHO DE DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E PÚBLICO

1. Aprecie a validade deste acordo, sob ponto de vista da sua vigência interna na
República de Moçambique?
Resposta:
Antes de mais, importa referir que este acordo tende a ser inválido pelo menos a nível
jurídico em Moçambique, sem sua aprovação, ratificação e publicação de forma oficial.
Este acordo entre Moçambique e os países circunvizinhos é numa primeira impressão
excelente a quando do combate ao crime, no entanto pode-se se encontrar lacunas em se
tratando de sua vigência interna em Moçambique.
Tomando como exemplo as afirmações do Ministro que superentende os negócios
estrangeiros e cooperação de que a entrada em vigor de quaisquer acordos de natureza
internacional não é dependente de sua aprovação, ratificação e publicação oficial no
boletim da republica, de uma forma generalizada não esta correcta, uma vez que em termos
de regra, considerando algumas excepções é claro, todos os tratados precisam sim de uma
aprovação, ratificação e publicação no boletim da república, gerando assim transparência, a
segurança a nível jurídico e controlo democraticamente. Assim levanta-se questões
referentes a inconstitucionalidade deste acto a quando da decisão tomada pelo presidente
da república ter dado vigência imediata a este acordo, sem portanto olhar para o
procedimento legalmente pré-estabelecido.
Frisa-se portanto que independentemente da urgência da situação, nada justifica
violação da lei, e neste contexto se o processo não for aprovado, ratificado a luz de como a
lei preconiza, pelo menos a nível de Moçambique, pode ocorrer o caso de uma invalidação
deste acordo para Moçambique, ainda que válido para os outros países signatários.
2. Este acordo está em condições de produzir efeitos na ordem jurídica
moçambicana? Justifique a sua resposta com base legal.
Resposta:
Refira-se que este acordo não esta em condições de produzir efeitos na ordem
jurídica Moçambicana, pois apesar de sub ponto de vista do presidente da republica
coliderar uma urgência da situação, sem primeiro sua aprovação, ratificação e publicação
no boletim da republica não pode produzir nenhum efeito, haja visto que a constituição da
Republica é um guião para a efetivação da lei, e já esta preconizado o procedimento
jurídico-legal que é o guia para tomar decisões a luz da lei que é suprema sobre o pais,
especialmente em se tratando de acordos internacionais.
Apesar dos motivos que pareçam bons da parte do presidente da república, não tem
a defesa que supere a lei, assim sendo, se contar a existência de excepções existentes, não
pode substituir o processo preconizado a base da lei.
Salienta-se ainda que de igual modo o posicionamento do Ministro dos negócios
estrangeiros e cooperação não esta certo se tomar a lei como base para essa alusão, uma
vez que o ministro afirmou que a entrada em funcionamento de acordos e tratados
internacionais em Moçambique não é condicionado pela aprovação, ratificação e
publicação no boletim da república. Se a constituição for esse documento com o poder que
tem, então deve-se afirmar que foi infeliz o pronunciamento do Ministro, pois na própria
constituição da Republica esta descrito de forma clara que todos os tratados e acordos
principalmente internacionais precisam sim de aprovação, ratificação e publicação oficial,
e cada passo que precisa ser tomado ou seguido para que este documento não viole a lei.
Na constituição da república esta estampado que o processo de aprovação,
ratificação e publicação legitimam o documento ou tratado, principalmente em se tratando
do princípio da separação de poderes. É para isso que foi aprovada a lei dos tratados pela
assembleia da república, para responder casos desse género, e já existe uma forma
legalizada de tratar desta natureza de situações, que traga legitimidade, e essa legitimidade
não se tem apenas na assinatura do acordo, mas sim quando este acordo obedece a
aprovação, ratificação e publicação.
3. O Presidente da República tem o poder, de forma unilateral, de ordenar a entrada
em vigor na ordem jurídica moçambicana os acordos, tratados ou as normas
internacionais sem precisar da sua aprovação, ratificação e publicação oficial no
Jornal Oficial da República (Boletim da República)? Justifique a sua resposta.
Resposta:
O presidente da república não tem o poder de forma autónoma e unilateral de
legitimar e autorizar a entrada em funcionamento deste acordo no ordenamento jurídico
nacional de Moçambique de acordos, certos tratados internacionais sem a sua devida
aprovação, ratificação e publicação nos órgãos prescritos pela lei no Boletim da república,
ainda que considerei oportuno e urgente o tratado para responder a sérios problemas na
sociedade. Mesmo reconhecendo-se a vontade de resolução de casos delicados nessa área
devido a frequência e gravidade, e tanto a Constituição da república como o direito
internacional demandam princípios e normas pela qual qualquer tratado ou acordo
internacional deve passar a fim de ser validado.
Caso mesmo assim p presidente decisão manter sua decisão e autorizar a sua
entrada em vigor, estaria claramente a violar todos os mecanismo e formas jurídico-legal
de tramitação de tratados e acordos principalmente internacionais, trata-se do princípio de
separação de poderes.
4. Sobre a questão do método de incorporação das fontes de Direito Internacional na
ordem jurídica moçambicana. É permitido a incorporação das fontes de Direito
Internacional no ordenamento jurídico moçambicano, sem que haja lugar a qualquer
alteração da sua natureza jus internacional? Justifique a sua resposta com base legal.

Resposta:
É sim permitido incorporar as fontes de fontes internacional na ordem jurídica em
Moçambique, sem portanto que haja mais alguma alteração da natureza internacional do
tratado ou acordo Neste caso abre-se uma exerção por conta da natureza urgência.
Importa frisar que a constituição da república de Moçambique tem em si mesmo
uma fonte inesgotável de procedimentos legais para o tratamento e tramitação de actos ou
tratados de índole internacional, isso pode ser vislumbrado do capítulo 100 está patente que
os tratados e os acordos internacionais celebrados são parte do ordenamento jurídico em
Moçambique.
Em outra perspectiva, este artigo defende até um certo ponto o posicionamento
ponderado do presidente da república em dar ordens de entrar em vigor este acordo, uma
vez que este artigo refere que o presidente tem sim a legalidade ou legitimidade de ordenar
a entrada em vigor deste tratado, e equipara a autoridade presidencial a constituição sem
portanto ter que passar por aprovação, ratificação e publicação no boletim da república,
desde que este acordo ou tratado esteja alinhado segundo as normas pré estabelecidas no
ordenamento jurídico, respeitando as normas internas de acordos de natureza
internacionais, visto que a vertente jus internacional de acordos não muda sua anexação
directa no ordenamento jurídico interno, assim, este acordo vai manter a sua existência
como o acordo internacional, mas também ressalta-se seu impacto na ordem jurídica
nacional porem sem ter que transformar este acordo em lei.

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