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Vacinas: Um Caminho Histórico: Resumo

O artigo explora a história das vacinas desde seu surgimento até os dias atuais, destacando seus benefícios e os desafios trazidos pelo movimento antivacina. A pesquisa evidencia a eficácia das vacinas na erradicação de doenças e no aumento da expectativa de vida, enquanto alerta sobre os riscos associados à desinformação e à recusa da vacinação. O texto conclui que, apesar dos avanços, a resistência às vacinas pode ter consequências prejudiciais para a saúde pública.

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Vacinas: Um Caminho Histórico: Resumo

O artigo explora a história das vacinas desde seu surgimento até os dias atuais, destacando seus benefícios e os desafios trazidos pelo movimento antivacina. A pesquisa evidencia a eficácia das vacinas na erradicação de doenças e no aumento da expectativa de vida, enquanto alerta sobre os riscos associados à desinformação e à recusa da vacinação. O texto conclui que, apesar dos avanços, a resistência às vacinas pode ter consequências prejudiciais para a saúde pública.

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VACINAS: UM CAMINHO HISTÓRICO

CORREA, Julia.1
ROJO, Claudio.2
SETENARESKI, Luisa.3
SIMM, Kellen.4

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo a exposição da história das vacinas desde o seu surgimento até
os dias de hoje, fazendo considerações acerca dos benefícios que do seu surgimento e as
consequências que grupos antivacina vem trazendo para a população. Neste sentido, baseando-se em
artigos e dados de autores e instituições conhecedoras do assunto com a finalidade de desmistificar
as ideias negativas através de dados que comprovam a eficácia da imunização.

PALAVRAS-CHAVE: Vacina, Imunização, Vacinação, Antivacina.

1. INTRODUÇÃO

A vacina é uma substância utilizada para estimular a produção de anticorpos que providenciam
imunidade contra uma ou contra diversas doenças, preparada a partir do agente causador da doença,
seus produtos ou um substituto sintético, tratado de maneira para que possa vir a agir como um
antígeno sem induzir a doença em si. Essa técnica se provou muito eficiente, visto que vem sendo
utilizada há mais de dois séculos, e com as aprimorações e novas descobertas no decorrer das décadas,
conseguiu baixar o nível de ameaça de diversas infecções à um ponto quase que negligível através de
sua aplicação. Apesar de tudo isso, ainda existe um movimento que continua a se opor à utilização
das vacinas até nos dias atuais. Por esses motivos que este trabalho possui como intuito reunir
informações disponibilizadas por diversos autores sobre o tema de vacinas, para que possa ser tratado,
de maneira sucinta, ressaltando sua trajetória histórica, sua importância e o movimento a qual se opõe
a ela.

1
Graduando do Curso de Ciências Biológicas – Centro Universitário Assis Gurgacz – Cascavel / PR. E-mail:
[email protected]
2
Graduando do Curso de Ciências Biológicas – Centro Universitário Assis Gurgacz – Cascavel / PR. E-mail:
[email protected]
3
Graduando do Curso de Ciências Biológicas – Centro Universitário Assis Gurgacz – Cascavel / PR. E-mail:
[email protected]
4
Professora Orientadora do Curso de Ciências Biológicas – Centro Universitário Assis Gurgacz – Cascavel / PR. E-mail:
[email protected]

Anais do 17º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2019


ISSN 1980-7406
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A história da vacina iniciou-se no século 18 com o médico e naturalista Edward Jenner, sendo o
responsável pela criação da primeira vacina. Em 1796, ele observou que as vacas apresentavam
feridas semelhantes às provocadas pela varíola no corpo humano, conhecida como varíola bovina.
Querendo pôr em prova os ditos populares que as ordenhadoras não contraiam varíola, conduziu sua
primeira experiência. Coletou o pus das feridas de uma leiteira/ordenhadora que possuía a varíola
bovina e inoculou em um menino de 8 anos, o menino adquiriu a doença de forma leve, se
recuperando em poucos dias. Posteriormente inoculou no mesmo menino o pus de uma pessoa que
estava contaminada com varíola e o menino nenhum sintoma apresentou. Desta forma descobriu-se
a primeira propriedade da vacina. No Brasil a vacina chega em 1804, pelo marquês de Barbacena.
Oswaldo Cruz foi o principal responsável pela vacinação obrigatória, enfrentando muitas dificuldades
na aceitação pela população. A população não aceita a obrigatoriedade da vacinação e em 1904 ocorre
o ápice dessa revolta, surgindo a conhecida Revolta da Vacina.
Com novos surtos de varíola, Oswaldo Cruz tentou promover a vacinação em massa, jornais, a
população e o congresso protestaram contra a obrigatoriedade da vacinação. Em 13 de novembro
ocorre uma rebelião popular, o Governo acaba com essa rebelião mas suspendeu a obrigatoriedade
da vacinação. Mesmo com essas dificuldades, em 1907 a febre amarela era erradicada do Rio de
Janeiro. Porém em 1908, ocorre uma nova epidemia de varíola e a própria população procura postos
de vacinação (FIOCRUZ, 2017). Em 1977 são definidas as vacinas obrigatórias para menores de 1
ano em todo o Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde:
Desde as primeiras vacinações, em 1804, o Brasil acumulou quase 200 anos de imunizações
[..], desenvolveu ações planejadas e sistematizadas. Estratégias diversas, campanhas,
varreduras, rotinas e bloqueios erradicaram a febre amarela urbana em 1942, a varíola em 1973
e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves de
tuberculose, a difteria, o tétano acidental, a coqueluche. (MS, 2003)
O Brasil tem um dos maiores e mais eficazes programas de saúde do mundo, o PNI programa nacional
de imunização, combate cerca vinte e seis doenças ou agentes infecciosos. O sucesso desse programa
reflete no aumento da expectativa de vida em 1930 onde as doenças infecciosas e parasitárias eram
responsáveis por 45,7% dos óbitos no Brasil, e a expectativa de vida dessa época era em torno de 33-

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34 anos. Em 2010 a porcentagem de mortes por essas causas caiu para 4,3% e a expectativa de vida
aumentou para 73-74 anos.
Na década de 1980 foi extinta a obrigatoriedade da vacinação da varíola e o registro de mortes por
sarampo, poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola congênita, meningite, tétano, coqueluche e
difteria é de 5,5 mil crianças. Em 1986 começa a campanha para erradicação da poliomielite e em
1989 é registrado o último caso de Poliomielite no Brasil, o que levou o Brasil a ganhar a certificação
internacional da erradicação da Poliomielite em 1994. Em 1992 começa a campanha contra o
sarampo, sendo implementado em 1999 o plano de erradicação do sarampo. Nesse mesmo ano há o
surgimento de campanhas para vacinação da terceira idade, contra gripe, tétano e difteria, além de
também ser implantada a vacina contra Haemophilus influenzae b. Em 2004 é instituído o calendário
básico de vacinação e no ano de 2009 o número de óbitos infantis provocados por doenças cai para
50 (MINISTÉRIO DE SAÚDE).
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças considerou as imunizações como a maior conquista
de saúde pública do séc. XX. Uma criança que nasce hoje não precisa ter medo de paralisia por
poliomielite, câncer cervical por vírus do papiloma humano, retardo mental e perda de audição por
meningite Haemophilus influenzae tipo b, ou de qualquer outra de inúmeras infecções assustadoras,
e frequentemente ameaçadoras de vida. Era antecipado que esse enorme progresso no campo da
medicina seria universalmente aceito por ambos pais e profissionais da área de saúde, porém esse não
foi o caso. Sendo movido ambos por uma falta de respeito pelas provas obtidas no decorrer dos
últimos séculos e por um alto nível de paranóia, o movimento anti vacinas continua a se manter vivo
e vêm até adquirindo mais tração recentemente. Não seria um exagero de se dizer que esse movimento
é, no mínimo, parcialmente culpado pelo ressurgimento de certas infecções fatais em crianças devido
à uma queda de taxas de vacinações causadas por esse movimento (SCUDDER, L. 2013).
O movimento antivacinas existe também no Brasil assim como na maior parte do globo, porém ele é
especialmente forte na Europa, onde já houveram casos de surto de doenças previamente erradicadas
há muito tempo, como ocorreu com o sarampo na Itália. Mesmo que esse movimento no Brasil não
possua tanta tração quanto na Europa, é importante ressaltar que existe um trânsito enorme de
indivíduos de diversos países pelo mundo todos os dias e que essa parcela de indivíduos que escolhem
por não se vacinar podem transmitir essas doenças para outras regiões/continentes sem nem estarem
cientes de que isso pode estar acontecendo (CONSENSUS c. 2019).
Vale ressaltar que as vacinas não são isentas de efeitos colaterais, mas o mais importante de se
compreender sobre isso é que esses eventos adversos que podem ser causados por ela são

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imensamente menos graves que os malefícios causados pelas doenças e sequelas das quais elas
previnem. As doenças que podem ser prevenidas por vacinas podem até mesmo levar à internação ou
ao óbito enquanto as reações que podem ser causadas pelas vacinas em si geralmente ocorrem pelo
próprio organismo estar gerando anticorpos contra aquela enfermidade, estando mais preparado para
enfrentar essa doença caso ela apareça novamente (CONSENSUS c. 2019).

3. METODOLOGIA

Com base em artigos científicos voltados para saúde e vacinação, foram analisados em um
contexto histórico e elaborado um comparativo de datas e dados da eficácia e dos efeitos que a
vacinação trouxe para a sociedade desde o seu surgimento até o momento em que a própria sociedade
começou a voltar no tempo e ignorar os efeitos positivos da vacina, duvidando da proficiência da
mesma, ignorando a importância da vacinação.

4. ANÁLISES E DISCUSSÕES

Como podemos observar nesse resumo a vacina já conseguiu, no decorrer dos anos, erradicar
diversas doenças e aumentar consideravelmente a expectativa de vida do ser humano. O movimento
antivacina surgiu em 1998 quando um médico Andrew Wakefield fez um estudo acusando as vacinas
de causarem autismo, esse artigo foi publicado no "the lancet" importante revista científica, porém
após pesquisa comprovou que a teoria do Wakefild estava errada e que o próprio recebeu suborno
para benefício da sua pesquisa, em 2010 Wakefild perde sua licença médica, muitas pessoas
acreditaram e pararam de se vacinar e de vacinar seus filhos, entretanto o número de doenças
aumentou devido a não vacinação, causando um aumento no número de mortes, principalmente
infantis. Com a falta de informação sobre as vacinas o número de pessoas se vacinando começa a
cair, causando surto de doença como em 2010 quando houve um surto de febre amarela. Um
comparativo feito pelo Ministério da saúde mostra a diminuição de áreas que contém um programa
de vacina. Essa diminuição é resultado da falta de investimentos e informação.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir das informações pesquisadas pode ser visto claramente o impacto que a vacina teve e
continua a ter na história da humanidade. Os dados observados demonstram sua eficácia através da
considerável redução de casos de morte por diversos tipos de infecções tanto no Brasil quanto no
resto do mundo, porém seria importante observar a situação do movimento anti vacinas mais
atentamente, pois as possíveis repercussões de seu expandimento podem vir a ser muito prejudiciais
à sociedade humana atual.

REFERÊNCIAS

Academia Brasileira de Ciência. Vacina é ciência. Disponível em: <


http://www.abc.org.br/atuacao/nacional/divulgacao-cientifica/vacina-e-ciencia/> Acesso em: 01
set.2019.

CONSESUS. A queda da imunização no Brasil. indisponível. Disponível em:


<https://www.conass.org.br/consensus/queda-da-imunizacao-brasil/> Acesso em: 08 set.2019.

Fundação Oswaldo Cruz. A trajetória do médico dedicado à ciência. Disponível em:


<https://portal.fiocruz.br/trajetoria-do-medico-dedicado-ciencia> Acesso em: 11set.2019.

Ministério Da Saúde. Programa Nacional de Imunização. Disponível


em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_30_anos_pni.pdf> Acesso em: 11 set. 2019.

Ministério Da Saúde. Revista da Vacina. Disponível em:


<http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/ltempo.html> Acesso em: 11 set. 2019.

SCUDDER, L. The Importance of Vaccinations. 02 de abr. de 2013. Disponível em:


<https://www.npjournal.org/article/S1555-4155(13)00075-5/fulltext>. Acesso em: 08 set.2019.

ZYGBAND, F. Como as vacinas mudaram um país. Indisponível. Disponível em:


<https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/como-as-vacinas-mudaram-um-pais-
interfarma.pdf > Acesso em 09 set.2019.

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