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Petição Guarda Unilateral

Cristina Yang propõe uma ação de guarda unilateral de sua filha Izzie Yang Hunt contra Owen Hunt, alegando negligência e falta de cuidado por parte do pai. Ela solicita a gratuidade da justiça, uma audiência de conciliação e regulamentação de visitas assistidas, destacando a necessidade de proteção e bem-estar da criança. O documento fundamenta o pedido com base na legislação pertinente à guarda e ao poder familiar.

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Lorena Favalessa
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Petição Guarda Unilateral

Cristina Yang propõe uma ação de guarda unilateral de sua filha Izzie Yang Hunt contra Owen Hunt, alegando negligência e falta de cuidado por parte do pai. Ela solicita a gratuidade da justiça, uma audiência de conciliação e regulamentação de visitas assistidas, destacando a necessidade de proteção e bem-estar da criança. O documento fundamenta o pedido com base na legislação pertinente à guarda e ao poder familiar.

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AO DOUTO JUIZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE


ITAMARAJU-BA

CRISTINA YANG, brasileira, cabeleireira, divorciada, inscrita sob o CPF nº XX, RG


nº XX, residente e domiciliada na Rua Meredith Grey, nº XX, ,Grey Sloan, Itamaraju-
Ba CEP: 45836-000, [email protected] , vem respeitosamente à presença de
vossa excelência, através de suas advogadas signatárias, com procuração em
anexo, com endereço eletrônico [email protected], e endereço profissional
Rua das Gostosas, Lindas, Itamaraju/BA, CEP: 4836-000, onde receberá
intimações, propor:

AÇÃO DE GUARDA UNILATERAL C/C

Em face de, OWEN HUNT, brasileiro, sapateiro, divorciado, CPF inscrito sob o nº
XX, RG nº XX, residente e domiciliado na rua Lexie Grey, nº 13, Grey Sloan,
Itamaraju-Ba, CEP: 45836-000, (endereço eletrônico), em razão dos fatos e
fundamentos a seguir expostos:
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Destaca-se, desde logo, que a parte Autora não tem condições financeiras de arcar
com as despesas processuais que uma contenda judicial exige, sem prejuízo de seu
próprio sustento e de sua família.
Sendo assim, em conformidade com a Lei 1.060/50 e o art. 98 do Código de
Processo Civil, solicita os benefícios da GRATUIDADE DE JUSTIÇA em todos os
seus termos, a fim que seja isento de qualquer ônus decorrente do presente feito,
conforme demonstra declaração de hipossuficiência anexa aos autos.

II. DOS FATOS

A Requerente e o Requerido foram casados durante 10 anos, de 2010 até o início de


2020, mas no dia 13/03/2013, fruto dessa relação nasceu Izzie Yang Hunt.

Após o nascimento da menor a relação passou a ficar insuportável, e assim


acabaram se divorciando e desde então fora decidido entre eles que a menor ficaria
durante a semana com sua mãe e aos finais com o seu pai.

Com a pandemia, o requerido passou a beber muito, e não ter controle de si próprio
e no período em que estava com a menor a levava para lugares inapropriados e não
cuidava da forma certa, devolvendo a menor suja, com fome, e ao longo do tempo
parou de pegá-la nos dias combinados e demonstrando desinteresse na vida da
infante.

A genitora também já recebeu intimação do conselho tutelar a cerca da constante


ausência e do mal comportamento da menor na escola, nos dias em que ficava com
o pai, causando preocupação nos professores, no qual resolveram entrar em contato
com a mãe para saber o que estava acontecendo.
Nesse sentido, a requerente tem assumido total responsabilidade e cuidados com a
menor dia após dia, muitas vezes deixando até de trabalhar por não ter rede de
apoio.

Data máxima vênia, acrescentamos que em nenhum momento é o propósito desta


ação atacar a imagem do Requerido, pelo contrário, expõe-se todos os motivos que
levaram Cristina a requerer a guarda de sua filha menor demonstrando a total
negligência de alguém que exerce o poder familiar e tem a guarda e o dever de
cuidado e assistência com a infante. O que não vem ocorrendo nos últimos meses.

A REITERAÇÃO DESSA CONDUTA por parte do promovido pode gerar transtornos


comportamentais e prejudicar em seu desenvolvimento

pessoal refletindo negativamente na vida adulta da criança.

O ambiente em que a menor é inserida quando está com o genitor traz


consequências negativas.

Ora Excelência, ressalta-se que a criança manifesta o desejo de ficar com a mãe,
pois sente o abandono afetivo do pai, por isso a requerente pede guarda unilateral e
que haja regulamentação de visitas assistidas pela assistente social uma vez ao
mês.

Fica claro que o genitor não possui aptidão para ser responsável pelos cuidados e
decisões a serem tomadas na vida da menor, dessa forma a genitora requer total
responsabilidade sob a vida da mesma.

III. DO DIREITO

DA GUARDA

O artigo 226 “caput”, § 5º, § 8º e artigo 227 da CF/88 estabelecem:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.


§ 5º Os direitos e deveres referentes à
sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.

§ 8º O Estado assegurará a assistência à


família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no
âmbito de suas relações.

Tendo em visto que no artigo 227 diz que:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e


do Estado assegurar à criança, ao adolescente e
ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.

Em nosso ordenamento jurídico temos 02 modalidades de guarda: (A) decorrente da


dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal (regida pelo Código Civil) e (B) outra
decorrente do exercício da posse de fato da criança/adolescente, conferida terceiro
que não detém poder familiar (regida pelo ECA-Estatuto da Criança e do
Adolescente– Lei 8.069/90).

No caso em análise, trata-se da 1ª modalidade de guarda (guarda decorrente da


dissolução de vínculo conjugal), regulada pelo Código Civil.

O artigo 1.634 do CC/02 estabelece:

Art. 1.634. Compete a ambos os pais,


qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno
exercício do poder familiar, que consiste em,
quanto aos filhos:

I - dirigir-lhes a criação e a educação;

II - exercer a guarda unilateral ou


compartilhada nos termos do art. 1.584;

O artigo 1.583 e seguintes do CC/02, estabelecem:

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.

§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a


atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o
substitua (art. 1.584, § 5°) e, por guarda
compartilhada a responsabilização conjunta e o
exercício de direitos e deveres do pai e da mãe
que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao
poder familiar dos filhos comuns.

Portanto, no § 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a


supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar talvez supervisão,
qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou
prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta
ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos.

Seguindo no Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:

I – requerida, por consenso, pelo pai e pela


mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de
separação, de divórcio, de dissolução de união
estável ou em medida cautelar;

II – decretada pelo juiz, em atenção a


necessidades específicas do filho, ou em razão da
distribuição de tempo necessário ao convívio deste
com o pai e com a mãe.
§ 2o Quando não houver acordo entre a
mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-
se ambos os genitores aptos a exercer o poder
familiar, será aplicada a guarda compartilhada,
salvo se um dos genitores declarar ao magistrado
que não deseja a guarda do menor.

§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai


e da mãe e os períodos de convivência sob guarda
compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento
do Ministério Público, poderá basear-se em
orientação técnico-profissional ou de equipe
interdisciplinar, que deverá visar à divisão
equilibrada do tempo com o pai e com a mãe.

§ 4o A alteração não autorizada ou o


descumprimento imotivado de cláusula de guarda
unilateral ou compartilhada poderá implicar a
redução de prerrogativas atribuídas ao seu
detentor.

§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve


permanecer sob a guarda do pai ou da mãe,
deferirá a guarda a pessoa que revele
compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de
parentesco e as relações de afinidade e
afetividade.

IV. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:


a) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na forma lei, não
podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento
e de sua família;

b)Designação de audiência prévia de conciliação.

c) A citação do requerido, para que compareça em audiência de conciliação a ser


designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato,
podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da
revelia, conforme artigo 344 do CPC.

d)A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito, em


conformidade com o artigo 698, do Código de Processo Civil;

e) O deferimento do pedido DE GUARDA UNILATERAL da criança Izzie Yang Hunt a


sua genitora CRISTINA YANG.

f) Regulamentação do DIREITO DE VISITAS ASSISTIDAS por parte do OWEN


HUNT .

g) condenação da promovida ao pagamento de honorários advocatícios a serem


fixados entre 15% a 20% sobre o valor da condenação.

Protesta provar o alegado com todos os meios admitidos

Dar-se à causa no valor de R$: 1000,00 para os fins de efeitos fiscais.

Itamaraju-BA, 05 de setembro de 2022

_____________________________

Ana Karoline Sales

OAB xxx/BA

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Anna Luisa Duarte

OAB xxx/BA

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Leandra Costa

OAB xxx/BA

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Isys Gonzaga

OAB xxx/BA

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José Wilky

OAB xxx/BA

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