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Capitalismo e Suas Fases

O sistema capitalista surgiu com a decadência do feudalismo, que predominou na Europa até o século XV, caracterizado por classes sociais estáticas e produção autossuficiente. A transição para o capitalismo comercial, industrial e financeiro ocorreu ao longo dos séculos, com mudanças significativas nas estruturas econômicas e sociais, incluindo a ascensão da burguesia e a introdução de práticas de mercado. O capitalismo informacional, um desdobramento do capitalismo financeiro, é marcado pela globalização e avanços tecnológicos que transformam as interações sociais e econômicas.

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Capitalismo e Suas Fases

O sistema capitalista surgiu com a decadência do feudalismo, que predominou na Europa até o século XV, caracterizado por classes sociais estáticas e produção autossuficiente. A transição para o capitalismo comercial, industrial e financeiro ocorreu ao longo dos séculos, com mudanças significativas nas estruturas econômicas e sociais, incluindo a ascensão da burguesia e a introdução de práticas de mercado. O capitalismo informacional, um desdobramento do capitalismo financeiro, é marcado pela globalização e avanços tecnológicos que transformam as interações sociais e econômicas.

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A origem do sistema

capitalista
Quando o sistema capitalista começou?

O sistema capitalista começa a surgir com a decadência do sistema de produção


vigente até então: o feudalismo. O feudalismo teve início no século V e durou até o
século XV, quando o capitalismo começou a tomar forma. Você talvez se lembre das
características do sistema feudal, mas vamos relembrar como ele funcionava e como o
capitalismo começou a surgir no final desse período.

O feudalismo era um sistema de organização econômica, política e social vigente


na Europa Ocidental da Idade Média, baseado na posse de terras e em estamentos.
Estamentos eram classes sociais estáticas – não havia mobilidade -, isso significa que as
pessoas nasciam e morriam pertencendo à mesma classe social.
As três classes no sistema feudal eram: nobreza, o clero e os servos.

 Nobreza: era a classe mais alta, composta pelos proprietários de terras, os


chamados senhores feudais. Os feudos eram grandes terras, concedidas pelo rei
aos senhores feudais e onde estes tinham o poder absoluto; cada senhor feudal
determinava as regras dentro dos seus feudos.
 Clero: composto pelos membros da Igreja Católica – instituição mais poderosa
do feudalismo. Nesse momento, a igreja não tinha apenas a função de
evangelizar, ela exercia poderes na política e era grande proprietária de terras.
 Servos: eram os trabalhadores dos feudos, eles não tinham direito à salários,
trabalhavam em troca de lugar para viver e alimentação.

A produção no feudalismo era caracterizada pela autossuficiência. Os feudos


produziam o que seria consumido no local, não havia comércio, tampouco moedas.
Quando havia intercâmbio de mercadorias, trocavam-se produtos por produtos, e não
produtos por dinheiro. Porém, com o crescimento populacional, o desenvolvimento
das cidades e das atividades comerciais, surge a moeda para facilitar as trocas e
ampliam-se as fontes de renda.
Nesse momento surgem as feiras livres, que eram espaços onde as pessoas levavam
seus produtos para comercializar – muito semelhantes às feiras que existem até hoje.
Com o desenvolvimento da atividade comercial surge uma nova classe econômica
chamada burguesia. Assim, se antes tínhamos uma sociedade de classes sociais
estáticas, o surgimento da burguesia vem quebrar essa organização econômica e
social, pois permitiu a mobilidade social daqueles que passaram a desenvolver
atividades comerciais.

O comércio, diferente da organização feudal, estruturava-se no trabalho livre e


assalariado. Essa mudança foi um dos principais acontecimentos para a transição
da Idade Média para a Idade Moderna e da decadência do feudalismo e início da
primeira fase do capitalismo.

Primeira fase do sistema capitalista: Capitalismo Comercial


(Século XV – XVIII)
A fase do capitalismo comercial é também chamada de pré-capitalista. Naquele
momento ainda não havia industrialização e o sistema estava baseado em trocas
comerciais. O modelo econômico adotado nesse período foi o mercantilismo, que
tinha como principais características:

 o controle estatal da economia – o Rei controlava o mercado;


 o protecionismo – proteção do mercado interno;
 o metalismo – acúmulo de metais preciosos;
 e a balança comercial favorável – mais exportação do que importação.

A crença naquele momento era de que a riqueza disponível no mundo não poderia
ser aumentada, apenas redistribuída. Assim, os países buscavam a acumulação de
riquezas por meio da proteção da economia local e acúmulo de metais decorrente das
trocas comerciais que realizavam com outros países. Foi nesse período que nações
europeias exploraram os recursos de suas colônias, como aconteceu aqui nas
Américas.

Segunda fase do sistema capitalista: Capitalismo Industrial


(Século XVIII – XIX)
A passagem do capitalismo comercial para o capitalismo industrial se deu em meio à
revoluções tecnológicas e políticas. A Revolução Industrial se inicia na Inglaterra em
1760, e tem como seu marco principal a introdução da máquina a vapor na produção,
o que deu início à transição de uma produção manufatureira para uma produção
industrial.

A produção industrial tornava-se necessária, pois com o crescimento demográfico e


expansão das cidades era necessário que os produtos fossem criados e distribuídos
com mais eficiência e escala.

As revoluções também tiveram um caráter político. Em 1789 inicia-se a Revolução


Francesa, movimento que buscava o fim da organização política, social e econômica
vigente na época; que oferecia privilégios a pequenas parcelas da população e
concedia poucos direitos ao povo.

Nessa fase do capitalismo, o poder passou para as mãos da burguesia, que começou a
crescer com a intensificação do comércio. A economia durante o período do
capitalismo industrial estava baseada no liberalismo econômico. Essa corrente de
pensamento – cujo principal pensador foi Adam Smith – defendia o Estado mínimo e a
não intervenção estatal na economia. Segundo seus defensores, a lei de oferta e
procura e a competição do mercado, garantiriam melhores resultados para a
sociedade como um todo.

O modo de produção vigente nos séculos de capitalismo industrial permitiram o


aumento da produtividade, a diminuição dos valores das mercadorias e a acumulação
de capital; por outro lado, esses avanços só foram possíveis a partir de condições
precárias de trabalho, jornadas de trabalho muito altas, diminuição dos salários e
aumento do desemprego.

Terceira fase do sistema capitalista: Capitalismo Financeiro


(Século XX)
O capitalismo financeiro se inicia no século XX, depois do final da Segunda Guerra
Mundial. Essa nova fase tem seu início quando bancos e empresas se unem para obter
maiores lucros. É nesse momento que surgem as empresas multinacionais e
transnacionais, e se fortalecem as práticas monopolistas. Esse modelo, vigente até
hoje, é baseado nas leis das instituições financeiras e dos grandes grupos empresariais
presentes no mundo todo.

É um período caracterizado por elevada concorrência internacional, monopólio


comercial, evolução tecnológica, globalização e elevadas taxas de urbanização. É
chamado de capitalismo financeiro, pois as grandes empresas passaram a vender
parcelas de seu capital na bolsa de valores, e a partir de então, passou-se a produzir
riqueza por especulação. Nesse momento, a acumulação do capital chegou a níveis
nunca vistos antes.
Em decorrência das políticas liberais, em 1929, o sistema capitalista vive uma das
piores crises econômicas da história. Por conta de uma produção em excesso nos
Estados Unidos e da redução da demanda por produtos desse país, as empresas
perderam valor e houve a quebra da bolsa de valores.

Para salvar o mercado, o Estado teve que intervir na economia e a partir de então
adotou-se o sistema econômico Keynesiano, que defendia a intervenção do Estado na
economia para evitar crises e garantir o consumo e o emprego. Esse sistema é também
chamado de Welfare State, ou Estado de bem-estar social.

A partir dos anos 1980, o keynesianismo perde forças e a ideia de Estado mínimo e
pouca participação estatal na economia retorna. Assim como os liberais, os defensores
do neoliberalismo, defendem que as próprias regras do mercado vão garantir o
crescimento econômico e o desenvolvimento social.

O neoliberalismo foi implantado no Brasil e em diversos países da América Latina,


seguindo as proposições do que se estabeleceu no Consenso de Washington – uma
proposta neoliberal para o desenvolvimento dos países da região.

Guerra Fria e a vitória do sistema capitalista


Apesar de ser adotado em grande parte do mundo hoje, a hegemonia do sistema
capitalista esteve em disputa durante décadas após a Segunda Guerra Mundial. O
outro sistema econômico era o comunismo, que defendia o fim da propriedade
privada em prol da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Ao longo do conflito, Estados Unidos – defensor do capitalismo – e União Soviética –


defensora do comunismo – disputavam a hegemonia mundial e buscavam o apoio de
outros países para fortalecer seu posicionamento ideológico.

Foi chamada Guerra Fria, pois não houve embate militar direto entre esses dois países,
era um conflito ideológico sustentado por uma guerra armamentista. Ambos os países
foram investindo em materiais e tecnologias bélicas e o equilíbrio entre essas forças foi
o que impediu que ataques entre eles de fato acontecessem.
Com o final da Guerra Fria e a vitória do capitalismo como sistema hegemônico,
grande parte dos países que estavam do lado da União Soviética começaram a
implementar o capitalismo.

Capitalismo informacional
O capitalismo informacional não é uma nova fase do capitalismo, mas um novo
momento da fase do capitalismo financeiro. O conceito de capitalismo informacional
foi discutido pela primeira vez por Manuel Castells, em seu livro Sociedade em rede,
publicado em 1996 e está relacionado à revolução tecnológica dos últimos tempos.

O capitalismo informacional é caracterizado pela globalização e pelos avanços nas


tecnologias de informação, na aceleração e crescimento dos fluxos de informações,
pessoas, capitais e mercadorias. Segundo esse autor, essas transformações
tecnológicas mudam nossas práticas culturais e sociais e constroem uma nova
estrutura social.

Fonte: CARVALHO, Talita. A origem do sistema capitalista. 2018. Disponível em: https://www.politize.com.br/sistema-capitalista-
origem/?https://www.politize.com.br/&gad_source=1&gclid=Cj0KCQjws-S-
BhD2ARIsALssG0ZOVDOXkwj_F5Ph18kmomvN7ZbungPHTN1KCHB-YzDotq7_Rp5S6yMaAqe-EALw_wcB. Acesso em 10 mar. 2023.

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