UNIDADE 2 – SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO
Seção 2.1 - Sistema nervoso periférico, nervos cranianos, nervos
espinhais e plexos nervosos
Prof. MSc. Alexandre dos Santos Souza
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FILOGÊNESE DO SISTEMA
NERVOSO
Estudo da evolução celular do sistema nervoso
PROPRIEDADES PRIMITIVAS
• São as que primeiro surgiram nos organismos vivos a
milhões de anos atrás.
• Permitiram sua sobrevivência através do tempo, e evoluíram
juntamente com os seres.
• Ao estudar a evolução das espécies perceberemos que
quanto mais simples o ser vivo maior é a reação ao estímulo.
• Organismos menos complexos reagem mais rápido e
bruscamente a estímulos nocivos do que os mais complexos.
PROPRIEDADES PRIMITIVAS
• Os seres vivos em geral possuem 3 propriedades primitivas
que servem para proteção
– Irritabilidade: É a propriedade de ser sensível a um estímulo.
• Ao entrar em contato com um estímulo nocivo a célula reage a este
estímulo.
– Condutibilidade:
• Propriedade de conduzir um estímulo pelo protoplasma da célula.
– Contratilidade
• Propriedade de se afastar de um estímulo nocivo.
NEURÔNIOS PRIMITIVOS
• Temos 3 tipos de neurônios primitivos
– AFERENTE OU SENSITIVO
– EFERENTE OU MOTOR
– NEURÔNIO DE ASSOCIAÇÃO
NEURÔNIOS SENSITIVOS E MOTORES
• Alguns neurônios são superficiais recebem e conduzem
estímulos para o centro dos gânglios nervosos.
– Estes neurônios são denominados sensitivos ou aferentes.
• Já outros estão ligados ou próximos ao sistema nervoso
conduzem o estímulo dos gânglios nervosos para o órgão
efetuador.
– Estes neurônios são chamados de motores ou eferentes.
NEURÔNIOS SENSITIVOS E MOTORES
• AFERENTES – Trazem o impulso a uma determinada área do
sistema nervoso.
• EFERENTES – Levam o impulso da área do sistema nervosos
ao órgão efetuador que pode ser uma glândula ou um
músculo.
AFERENTE Gânglio Nervoso
EFERENTE Glândula ou Músculo
NEURÔNIOS SENSITIVOS ou AFERENTES
• Com a evolução das espécies várias camadas de tecido
passaram a se sobrepor aos neurônios.
• Isto obrigou os neurônios aferentes a se tornarem
eferentes e levar a informação para dentro dos
organismos.
NEURÔNIOS SENSITIVOS ou AFERENTES
• Os corpos dos gânglios nervosos passam a ficar mais
próximos ao sistema nervosos central sem penetrar nele.
• Isso ocorreu como mecanismo de defesa para proteger o
corpo do neurônio de lesões químicas ou mecânicas
externas.
• O corpo do neurônio não se regenera já o axônio pode se
regenerar.
NEURÔNIOS MOTORES ou EFERENTES
• Como dito tem função de conduzir o impulso ao órgão efetuador que
nos mamíferos é um músculo ou uma glândula.
• Esta reação irá provocar uma secreção ou uma contração.
• Os neurônios eferentes que inervam as glândulas, músculos lisos ou
cardíaco tem seu corpo fora do SNC convertidos em gânglios
viscerais. Pertencem ou sistema nervosos autônomo.
• Já os que inervam os músculos estriados esqueléticos tem seu corpo
dentro do SNC.
NEURÔNIOS DE ASSOCIAÇÃO
• Seu surgimento aumentou a complexidade do sistema nervoso
tratando-se de uma evolução das espécies.
• Estão em sua maior quantidade na parte anterior dos seres
vivos.
• É esta parte que primeiro entra em contato com as mudanças
do ambiente em que vivem.
NEURÔNIOS DE ASSOCIAÇÃO
• A partir dos neurônios de associação aparecem estruturas
que os animais até então não tinham:
Neurônios Antenas Gânglios Invertebrados
de Associação Cerebroides
Neurônios Boca
de Associação Olhos Cérebro Vertebrados
Ouvidos
NEURÔNIOS DE ASSOCIAÇÃO
• A evolução dos vertebrados levou a uma encefalização.
• Este fenômeno atingiu seu ápice no homem.
• A relação entre os neurônios de associação e o encéfalo é que
fez surgir as funções psíquicas superiores
Unidade Motora e Unidade Sensitiva
• Unidade Motora é o conjunto constituído por um neurônio motor e seu
axônio e todas as fibras musculares por eles inervadas.
• Aplica-se somente aos neurônios motores somáticos (músculos estriados
esqueléticos).
• Por ação do impulso nervoso todas as fibras musculares da unidade
motora se contraem ao mesmo tempo.
• Unidade sensitiva é o conjunto de um neurônio sensitivo e todas as suas
ramificações e receptores.
• Os receptores de uma unidade sensitiva são de um só tipo, entretanto
pode haver superposição de unidade o que explica a percepção de
várias formas de sensibilidade em uma mesma área cutânea..
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SINAPSE
• É a conexão entre o neurônio aferente, eferente e/ou de
associação se dá através de uma reação que pode ser
química ou elétrica.
CIRCUITOS NEURONAIS
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CIRCUITOS NEURONAIS
• O sistema nervoso central contém bilhões de neurônios que estão
organizados em redes chamadas de circuitos neuronais;
• São redes de organização dos bilhões de neurônios .
• divididos em:
– circuito divergente,
– convergente,
– reverberativo e
– paralelo de pós-descarga.
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CIRCUITO
DIVERGENTE
• Um neurônio pré-sináptico faz
sinapse com vários neurônios pós-
sinápticos
– Exemplos: Poucos neurônios no cérebro
pode estimular muitos neurônios na
medula espinhal
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CIRCUITO
CONVERGENTE
• Vários neurônios pré-sinapticos
fazem sinapse com um neurônio
pós-sináptico.
– Exemplo: Múltiplas áreas do cérebro
a um efetor
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CIRCUITO
REVERBERATIVO
• Neurônios que estimulam a si
próprios através de um circuito
fechado, o que promove repetição
da ativação.
• O objetivo é fazer com que um
único estímulo tenha uma ação
prolongada, ou provoque várias
respostas.
• EX: respiração
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CIRCUITO PARALELO
PÓS-DESCARGA
• Um neurônio de entrada atinge um
neurônio de saída através de três
vias diferentes com diferentes
números de neurônios, atingindo-
se em diferentes tempos.
– EX: Ação motora de sustentação.
Sustentar um peso por muito
tempo.
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TERMINAÇÕES NERVOSAS
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TERMINAÇÕES NERVOSAS
• Na extremidade periférica da fibras nervosas dos nervos
temos modificações denominadas terminações nervosas.
• Estas terminações podem ser sensitivas (aferentes,
receptoras) ou motoras (eferentes).
• As sensitivas conduzem o impulso (aferente) pela fibra em
cuja extremidade está localizada.
• As motoras estão localizadas na porção terminal das fibras
sensitivas (aferentes) sendo o elemento de ligação entre esta
fibra e os órgãos efetuadores (músculo ou glândula).
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Terminações Nervosas
Sensitivas
• Dividem–se em Especiais e Gerais.
– Especiais: fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos
(órgãos da visão, audição e equilíbrio, gustação e olfação) e
estão localizados na cabeça.
• São responsáveis por detectar estímulos físico-químicos.
– Gerais: estão por todo o corpo sendo mais comuns na pele
e se subdividem em livres e encapsulados. Caso tenham
ou não uma cápsula conjuntiva.
• São responsáveis por detectar estímulos mecânicos.
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Terminações Nervosas
Sensitivas
RECEPTORES LIVRES
• Ocorrem em toda a pele.
• Tem a função de sensibilidade tais como o tato, sensibilidade
térmica, luminosa e dolorosa.
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Terminações Nervosas
Sensitivas
RECEPTORES ENCAPSULADOS
• Em sua maioria tem no interior uma cápsula conjuntiva.
• Dividem-se em:
– Corpúsculos de Meissner; (tato e pressão)
– Corpúsculos de Ruffini; (tato e pressão)
– Corpúsculos de Vater-Paccini;(percepção vibratória)
– Fusos neuromusculares; (reflexo miotático)
– Órgãos neurotendinosos. (calibração da força muscular)
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Classificação Fisiológica dos Receptores
• Quimiorreceptores: sensíveis a estímulos químicos tais como
olfação e gustação.
• Osmorreceptores: detectam a variação da pressão osmótica.
• Fotorreceptores: detectam as variações de luminosidade.
• Termorreceptores: Detectam as variações de frio e calor.
• Nociceptores: Detectam lesões no tecido que causam dor.
• Mecanoceptores: detectam estímulos mecânicos (audição,
equilíbrio, tato pressão e vibração)
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Classificação Funcional dos Receptores
• Exteroceptores: Estão na superfície externa do corpo
detectam estímulos externos (calor, frio, tato pressão, luz e
som).
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Classificação Funcional dos Receptores
• Proprioceptores: Situam-se nos músculos tendões,
ligamentos e cápsulas articulares, seus impulsos podem ser
conscientes ou inconscientes.
– Os inconscientes são utilizados para regular a atividade muscular
através do reflexo miotático.
– Os conscientes permitem que mesmo com os olhos fechados se
tenha percepção do corpo e de suas partes, da atividade muscular e
movimento das articulações (cinestesia).
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Classificação Funcional dos Receptores
• Interoceptores: Também chamados de visceroceptores,
localizam-se nas vísceras e vasos e dão origem às diversas
formas de sensações viscerais como fome, sede, prazer
sexual ou a dor visceral.
– Exteroceptores e Proprioceptores transmitem impulsos somáticos já
os Interoreceptores transmitem impulsos viscerais.
– Podemos dividir a sensibilidade do impulso de acordo com a
profundidade. Sendo proprioceptores e interoceptores profundos e
os exteroceptores superficiais.
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Componentes Funcionais
das Fibras dos Nervos Espinhais
- Temperatura
Somáticas Exteroceptivas - Dor
Fibras - Pressão
Aferentes - Tato
Proprioceptivas - Conscientes
Viscerais - Inconscientes
Somáticas - Para músculos estriados esqueléticos
Fibras
Eferentes - Para músculos lisos
Viscerais - Para músculo cardíaco
- Para glândulas
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TERMINAÇÕES
NERVOSAS
MOTORAS
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Terminações Nervosas Motoras
• Também chamadas de junções neuroefetuadoras, ou
mioneurais.
• São similares às sinapses, pois aqui o condução do impulso se
dá diretamente do neurônio para o músculo ou órgão, sem a
condução por uma fibra.
• Podem ser eferentes somáticas ou eferentes viscerais.
• As somáticas terminam em um músculo estriado esquelético.
• As viscerais terminam em uma glândula, musculo liso ou
cardíaco pertencendo portanto, ao sistema nervoso autônomo.
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Terminações Eferentes Somáticas
• Relacionam-se com fibras musculares estriadas através da
placa motora, onde no botão sináptico é liberado o
neurotransmissor.
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Terminações Eferentes Viscerais
• Nessas terminações o mediador químico pode ser acetilcolina
ou a noradrenalina.
• Os neurotransmissores são liberados em um trecho longo da
parte terminal da fibra, pois não existe placa motora.
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NERVOS
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CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS NERVOS
• São cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras
nervosas reforçadas por um tecido conjuntivo.
• Unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos.
• Podem ser espinhais ou cranianos.
• Sua função é conduzir os impulsos do sistema nervoso para a
periferia (eferentes) e da periferia para o sistema nervoso
central (aferentes).
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CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS NERVOS
• Nervos espinhais originam-se na medula.
• Nervos cranianos originam-se no encéfalo.
• Distinguem-se em um nervo uma origem real e uma origem
aparente.
– A origem real é o local onde estão os corpos dos neurônios que irão
formar este nervo.
– A origem aparente é o local onde o nervo emerge ou entra na
superfície do sistema nervoso central.
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Condução do Impulso Nervoso
• Nos neurônios a condução do impulso sensitivo é feita pelos
prolongamentos periféricos do neurônio sensitivo.
• Possui um prolongamento periférico que se liga ao receptor e
um prolongamento central que se liga a neurônios da medula
ou do tronco encefálico.
• Os impulsos nervosos motores são conduzidos do corpo
celular para o efetuador.
• Os impulsos nervosos sensitivos são conduzidos do
prolongamento periférico para o central, e não passam pelo
corpo celular.
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Lesões dos Nervos Periféricos
• Esmagamento ou secções de nervos periféricos causam perda
ou diminuição da sensibilidade e perda da motricidade no
território inervado.
• No sistema nervosos central as fibras não se regeneram.
• Este fenômeno ocorre porque no SNP a regeneração é feita
pela laminina que é produzida pelas células de Schwann, que
SNC estas células são os oligodendrócitos que entre outras
funções produzem substâncias que inibem o crescimento de
neurônios.
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NERVOS CRANIANOS
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Nervos Cranianos
• São os que fazem conexão com o encéfalo, a maioria deles se liga ao
tronco encefálico, exceto o olfatório que se liga Telencéfalo e o óptico que
se liga ao Diencéfalo.
• Os nomes são numerados em sequencia no sentido craniocaudal ou seja
de cima para baixo.
• Demonstraremos mais adiante a numeração, os nomes e as origens
aparentes no encéfalo e no crânio dos 12 pares.
• Para os nervos espinhais as origens aparentes são as mesmas variando
apenas o nível em que a conexão é feita com a medula ou com o
esqueleto.
• Para os nervos cranianos as origens aparentes são diferentes para cada
nervo.
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Componentes Funcionais
dos Nervos Cranianos
Gerais
Somáticas
Especiais
Fibras
Aferentes Viscerais Gerais
Especiais
Somáticas
Fibras
Eferentes
Viscerais Gerais
Especiais
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Componentes Aferentes
• Na extremidade cefálica dos mamíferos desenvolveram-se
durante a evolução órgãos de sentido mais complexos como
visão, audição, gustação e olfação.
• Os receptores destes órgãos são denominados especiais
para distingui-los dos demais que são denominadas gerais:
– Fibras aferentes somáticas gerais.
– Fibras aferentes somáticas especiais.
– Fibras aferentes viscerais gerais.
– Fibras aferentes viscerais especiais.
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Fibras aferentes somáticas gerais
• Originam-se em exteroceptores e proprioceptores.
• Conduzem impulsos de:
– Temperatura.
– Dor.
– Pressão.
– Tato.
– Propriocepção.
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Fibras aferentes somáticas especiais
• Originam-se na retina e no ouvido externo.
• Relacionam-se com:
– Visão.
– Audição.
– Equilíbrio.
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Fibras aferentes viscerais gerais
• Originam-se em visceroceptores.
• Conduzem impulsos de:
– Dor visceral
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Fibras aferentes viscerais especiais
• Originam-se em receptores gustativos e olfatórios.
• São considerados por estarem localizados em sistemas
viscerais tais como:
– Sistema digestivo
– Sistema respiratório
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Fibras Eferentes
• A maioria dos músculos esqueléticos é derivada dos miótomos dos
somitos.
– São conhecidos como músculos estriados miotônicos.
– E músculos estriados branquioméricos.
• As fibras que inervam os miotônicos são consideradas fibras
eferentes somáticas.
• As fibras que inervam os branquimétricos são consideradas fibras
eferentes viscerais especiais para diferi-las das fibras que
inervam os músculos lisos que são consideradas eferentes
viscerais gerais.
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Fibras Eferentes
Músculos estriados esqueléticos miotônicos
Somáticas
Fibras Músculos estriados Esqueléticos
Eferentes Especiais
Branquimoméricos
Músculos Lisos
Viscerais Gerais Músculo Cardíaco
Glândulas
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Par Nervo Função Tipo de Fibra
I Olfatório Olfato aferente visceral especial
II Óptico Visão aferente somático especial
III Óculomotor Movimento olho, pálpebra, pupila eferentes viscerais gerais
IV Troclear Músculo oblíquo superior do olho eferentes somáticos
V Trigêmeo Mastigação, dor, propriocepção do olho, ouvido, nariz, eferentes viscerais e
boca, dentes e parte da dura máter. Cabeça somáticas especiais
VI Abducente Movimentação lateral do olho eferentes somáticos
VII Facial Músculos da face, glândulas lacrimal submandibular e eferentes viscerais especiais e
sublingual, 2/3 finais da língua (gustação). Músculos gerais.
mímicos e da deglutição, traqueia. aferentes viscerais especiais
VIII Vestibulococlear equilíbrio e audição aferentes somáticos especiais
IX Glossofaríngeo 1/3 anterior da língua e glândulas parótida, gânglio ótico aferentes e eferentes viscerais
gerais
X Vago inerva laringe, faringe e inervação autônoma das vísceras aferentes e eferentes viscerais
torácicas e abdominais. (reflexos do soluço e vômito) gerais, e eferentes viscerais
especiais
XI Acessório Inerva músculos trapézio e esternocleidomastóideo, e eferentes viscerais especiais e
faringe gerais
XII Hipoglosso Músculos intrínsecos e extrínsecos da língua eferentes somáticas 51
Nervo Olfatório - (I PAR)
• Origina-se na região olfatória de cada fossa nasal.
• É um nervo exclusivamente sensitivo com a função de
conduzir os impulsos olfatórios.
• Composto por fibras:
– aferente visceral especial
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Nervo Óptico - (II PAR)
• Origina-se na retina próxima ao polo posterior de cada
bulbo ocular, e penetra no crânio pelo canal óptico.
• Cada nervo une-se como nervo do lado oposto formando
o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas
fibras, indo até o encéfalo.
• É um nervo exclusivamente sensitivo com a função de
conduzir os impulsos visuais.
• Composto por fibras:
– aferente somático especial.
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Nervos Óculomotor, Troclear e Abducente
(III, IV e VI PARES)
• São nervos motores dos músculos extrínsecos do bulbo ocular
sendo estriados esqueléticos miotônicos:
– Músculos Extrínsecos Inervados pelo Nervo Óculomotor:
• Elevador da pálpebra superior
• Reto superior, inferior, medial e lateral
• Oblíquo superior e inferior.
– Músculo Extrínseco Inervado pelo Nervo Abducente
• Reto Lateral
– Músculo Extrínseco Inervado pelo Nervo Troclear
• Oblíquo superior
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Nervos Óculomotor, Troclear e Abducente
(III, IV e IV PARES)
• O nervo Óculomotor inerva também músculos intrínsecos do
bulbo ocular sendo lisos:
– Músculos Intrínsecos Inervados pelo Nervo Óculomotor:
• Ciliar
• Esfíncter da pupila
– Composto pro fibras:
• eferentes viscerais gerais
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Nervo Trigêmeo (V PAR)
• É um nervo misto com uma raiz sensitiva e uma motora.
• A raiz sensitiva é formada por neurônios sensitivos do
gânglio trigeminal.
• Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do
gânglio trigeminal formam os três ramos nos quais divide-se
o nervo trigêmeo:
– Oftálmico
– Maxilar
– Mandibular.
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Nervo Trigêmeo (V PAR)
• Conduz impulsos:
– Proprioceptivos:
• Da raiz motora dos músculos mastigadores (temporal, masseter,
pterigoideo lateral e medial, milo-hioideo e ventre anterior do digástrico), e
ATM.
– Exteroceptivos: (temperatura, dor e pressão)
• Da pele, da face e da fronte;
• Da conjuntiva ocular;
• Cavidade bucal, nariz e seios paranasais;
• Dentes
• 2/3 anteriores da língua.
• Maior parte da dura-máter craniana.
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Nervo Facial (VII PAR)
• Emerge do sulco bulbo pontino em uma raiz motora e uma
raiz sensitiva e visceral (nervo intermédio), juntamente com o
nervo vestíbulo coclear (VIII PAR) penetram no meato
acústico interno dividindo-se nas seguintes fibras:
– Fibras eferentes viscerais especiais:
• Inervam os músculos mímicos, estilo-hioideo e ventre posterior do
digástrico.
– Fibras eferentes viscerais gerais
• Inervam as glândulas, lacrimal, submandibular e sublingual.
– Fibras aferentes viscerais especiais
• Recebem impulsos gustativos dos 2/3 anteriores da língua.
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Nervo Vestibulococlear (VIII PAR)
• Exclusivamente sensitivo, entra pelo sulco bulbo-pontino
entre a emergência do VII e o flóculo cerebelar, emerge no
meato acústico interno.
– Divide-se em parte vestibular que conduz impulsos relacionados
ao equilíbrio e parte coclear, conduzem impulsos relacionados com
a audição.
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Nervo Glossofaríngeo (IX PAR)
• É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do
bulbo e sai do crânio pelo forame jugular.
• Tem gânglios sensitivos (superior e inferior) e suas fibras se
unem ao nervo acessório assim divididas:
– Fibras aferentes viscerais gerais
• São responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua,
faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, seio e corpo carotídeos.
– Fibras eferentes viscerais gerais
• São responsáveis pela inervação do gânglio ótico e a glândula parótida.
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Nervo Vago (X PAR)
• É o maior dos nervos cranianos é misto e essencialmente visceral,
emerge do sulco lateral posterior do bulbo e sai do crânio pelo forame
jugular.
• Percorre o pescoço e o tórax terminando no abdome inervando laringe,
faringe e inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais.
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Nervo Vago (X PAR)
• As fibras são assim divididas:
– Fibras aferentes viscerais gerais
• Conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traqueia e
esôfago, vísceras do tórax e abdome.
– Fibras eferentes viscerais gerais
• São responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e
abdominais.
– Fibras eferentes viscerais especiais
• Inervam os músculos da faringe, laringe grande parte de suas fibras são
oriundas do nervo acessório.
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Nervo Acessório (XI PAR)
• É formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal.
• A raiz espinhal emerge dos seis primeiros segmentos cervicais
da medula e penetram no crânio pelo forame magno.
• Une-se aos segmentos da raiz craniana que emergem do sulco
posterior do bulbo.
• Divide-se novamente para formar dois ramos:
– Interno formado por ramos da raiz espinhal:
– Externo formado por ramos da raiz craniana:
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Nervo Acessório (XI PAR)
• Ramos do Nervo Acessório:
– Interno formado por ramos da raiz espinhal:
• Inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo
– Externo formado por ramos da raiz craniana e são de dois
tipos:
• Fibras eferentes viscerais especiais:
– Inervam os músculos da laringe.
• Fibras eferentes viscerais gerais
– Inervam as vísceras torácicas juntamente com as fibras do nervo vago.
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Nervo Hipoglosso (XII PAR)
• É essencialmente motor emerge do sulco lateral anterior do
bulbo, através de filamentos radiculares formando o tronco do
nervo.
• O tronco emerge do crânio pelo canal do hipoglosso com trajeto
descendente.
– Fibras eferentes somáticas
• Inervam os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua.
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NERVOS ESPINHAIS
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GENERALIDADES
• Fazem conexão com a medula espinhal e são
responsáveis pela inervação do tronco, membros e partes
da cabeça.
• São 31 pares correspondentes aos 31 segmentos
medulares:
– 8 cervicais
– 12 torácicos
– 5 lombares
– 5 sacrais
– 1 coccígeo
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GENERALIDADES
• Formado pela união das raízes dorsal e ventral as quais se
ligam respectivamente aos sulcos lateral posterior e lateral
anterior da medula.
• Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal onde estão os
corpos dos neurônios sensitivos pseudo-unipolares, cujos
prolongamentos central e periférico formam a raiz.
• A raiz ventral é formada por axônios que se originam em
neurônios situados nas colunas anterior e lateral da
medula.
• Da união da raiz dorsal (sensitiva), com a raiz ventral
(motora), forma-se o tronco do nervo espinhal, que
funcionalmente é misto.
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ANATOMIA DOS NERVOS ESPINHAIS
70
TRAJETOS DOS NERVOS ESPINHAIS
• Com exceção dos primeiros ramos cervicais, os
ramos dorsais são menores que os ventrais.
• Os ramos dorsais distribuem-se pela pele, ossos,
vasos, músculos, e região dorsal do tronco, nuca e
região occipital.
• Os ramos ventrais distribuem-se pela pele, ossos,
vasos, músculos, e membros e região
anterolateral do tronco e pescoço.
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TERRITÓRIO CUTÂNEO DA INERVAÇÃO
RADICULAR -(Dermátomo)
• Dermátomo é o território cutâneo inervado por fibras de
uma única raiz dorsal, recebendo o nome da raiz que o
inerva.
• No embrião as faixas são praticamente paralelas, esta
disposição após o crescimento mantém-se apenas no
tronco.
• Conhecendo o território cutâneo de distribuição dos
nervos periféricos e o mapa dos dermátomos, pode-se,
diante de um quadro perda de sensibilidade cutânea
determinar se a lesão foi em um nervo periférico ou nas
raízes espinhais.
72
Dermátomos
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Nível da
Região
Lesão
C1 a C5
C5 a C6
CERVICAL
C6 a C7
C8 a T1
T2 a T4
TORÁCICA
T5 a T8
T9 a T11
SACRAL LOMBAR
T12 a L1
L2 a L5
S1 a S2
S3 a S5
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74
LESÃO NA REGIÃO CERVICAL
Região Nível da Lesão Efeito
Paralisia dos músculos utilizados na respiração e
C1 a C5 todos os músculos dos membros superiores e
inferiores. Geralmente é Fatal.
CERVICAL
Pernas paralisadas, discreta capacidade de flexão
C5 a C6
dos membros superiores.
Paralisia dos membros inferiores e parte dos
C6 a C7 punhos e das mãos. Os movimentos dos e a flexão
do cotovelo estão relativamente preservados.
Paralisia dos membros inferiores e do tronco, ptose
C8 a T1 palpebral, ausência de sudorese na fronte, braços
normais, mãos paralisadas.
75
75
LESÃO NA REGIÃO TORÁCICA
Região Nível da Lesão Efeito
Paralisia dos membros inferiores e do tronco,
T2 a T4
TORÁCICA
perda de sensibilidade abaixo dos mamilos.
Paralisia dos membros inferiores e da parte
T5 a T8 inferior do tronco, perda da sensibilidade abaixo
da caixa torácica.
Pernas paralisadas, perda da sensibilidade
T9 a T11
abaixo da cicatriz umbilical.
76
76
LESÃO NA REGIÃO LOMBAR E SACRAL
Região Nível da Lesão Efeito
Paralisia e perda de sensibilidade abaixo da
T12 a L1
virilha.
LOMBAR Diferentes padrões de fraqueza e entorpecimento
L2 a L5
dos membros inferiores.
Diferentes padrões de fraqueza e entorpecimento
S1 a S2
dos membros inferiores.
SACRAL Perda de controle da bexiga e dos intestinos,
S3 a S5
entorpecimento do períneo.
77
77
PLEXOS NERVOSOS
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PLEXOS NERVOSOS
• São as formas organização dos nervos raquidianos ou
espinhais, que nascem na medula espinhal e atravessam os
forames de conjugação para distribuir-se pelos órgãos a que
estão destinados.
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PLEXOS NERVOSOS
• São redes de nervos do sistema nervoso periférico e
autônomo. O termo vem do latim plexu, que significa
"enlaçamento".
• Divididos em:
– Plexos nervosos periféricos
– Plexos nervosos autônomos
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PLEXOS NERVOSOS PERIFÉRICOS
• Plexo cervical: Inerva cabeça, pescoço, diafragma e
controla a respiração.
• Plexo braquial: Inerva, ombros, braços, antebraços,
mãos e tórax
• Plexo lombar: Inerva cintura pélvica membros
inferiores.
• Plexo sacral: Inerva a parte posterior da coxa, perna,
pé e parte da pelve
• Plexo coccígeo: Inerva o músculo coccígeo, parte do
músculo levantador do ânus e a pele sobre o cóccix.
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CERVICAL
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BRAQUIAL
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LOMBAR
84
SACRAL
85
COCCÍGEO
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PLEXOS VISCERAIS
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CONCEITO
• Nas cavidades torácica, abdominal e pélvica as
fibras do simpático e parassimpático se unem
num emaranhado de filetes nervosos e gânglios
chamados de plexos viscerais compostos por:
– Fibras simpáticas pré-ganglionares e pós-
ganglionares.
– Fibras parassimpáticas pré-ganglionares e pós-
ganglionares.
– Firas viscerais aferentes e gânglios do
parassimpático.
– Gânglios pré-vertebrais do simpático.
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PLEXOS DA CAVIDADE TORÁCICA
(INERVAÇÃO DO CORAÇÃO)
• Na cavidade torácica temos os plexos cardíaco, pulmonar e
esofágico.
• As fibras parassimpáticas originam-se no nervo vago (X par).
• As fibras simpáticas originam-se nos três gânglios cervicais e seis
primeiros torácicos.
• Convergem para a base do coração formando o plexo cardíaco
(externo), correspondem a estes os plexos internos, subepicáricos
e subendocárdicos.
• A inervação autônoma do coração é particularmente abundante
no nó sinoatrial, responsável pelo ritmo cardíaco.
• O sistema simpático é cárdio-acelerador e o parassimpático é
cárdio-inibidor.
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PLEXOS DA CAVIDADE ABDOMINAL
• Na cavidade abdominal está o plexo celíaco (ou solar), o maior dos plexos
viscerais, localizado na parte profunda da região epigástrica, à frente da
aorta abdominal e dos pilares do diafragma.
• Neste ponto irradia-se para toda a região abdominal formando plexos
secundários:
PARES IMPARES
Renal; Hepático;
Supra-renal; Lienal
Testicular/Útero-Ovárico; Gástrico
Pancreático
Mesentérico
Superior
Mesentérico
Inferior
Aórtico-
Abdominal
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PLEXOS DA CAVIDADE PÉLVICA
• Na cavidade pélvica as vísceras são inervadas
pelo plexo hipogástrico (pélvico) dividido em:
– Plexo Hipogástrico Superior;
– Plexo Hipogástrico Inferior.
• O superior está entre as artérias ilíacas e
adiante do promontório sacro, continua acima
com o plexo aórtico-abdominal
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