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Resumo

O documento discute a intersecção entre psicologia e povos indígenas, destacando a importância de uma abordagem ética e culturalmente sensível na prática psicológica. Enfatiza a necessidade de descolonização do conhecimento e a valorização das diversidades culturais e identidades indígenas, incluindo questões de gênero e vulnerabilidades sociais. A psicologia deve atuar em políticas públicas que respeitem as visões indígenas e promovam a saúde e o bem-estar, defendendo seus direitos e territórios.

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Resumo

O documento discute a intersecção entre psicologia e povos indígenas, destacando a importância de uma abordagem ética e culturalmente sensível na prática psicológica. Enfatiza a necessidade de descolonização do conhecimento e a valorização das diversidades culturais e identidades indígenas, incluindo questões de gênero e vulnerabilidades sociais. A psicologia deve atuar em políticas públicas que respeitem as visões indígenas e promovam a saúde e o bem-estar, defendendo seus direitos e territórios.

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RESUMO SOBRE O EIXO 2- PSICOLOGIA E POVOS INDÍGINAS

A psicologia esta ligada ao processo de redemocratização do pais, mesmo com


a sociedade impondo problemas diante do papel da psicologia em seu
cotidiano. Foi de fundamental importância ampliar o conhecimento profissional
para atender de forma justa todos aqueles que necessitavam de ajuda mas
tinham dificuldade de acesso ou negligenciados pela própria mente.

A psicologia e os povos indígenas tem seus caminhos entrelaçados, em


2001,no Congresso Nacional da Psicologia. Foi considerado um evento
histórico, visto que a psicologia vinha de mudanças, e seguindo deste ponto,
os lideres indígenas de varias etnias e o sistema de psicologia passaram a
trabalhar juntos para debater sobre as necessidades dos povos, mantendo a
ética e superando os desafios com questões diversas.
Outro trecho do artigo destaca o papel das referencias técnicas que garantem
contextualização na atuação da psicologia. Além de prescrever condutas, tais
diretrizes orientam reflexões éticas e politicas para que os profissionais atuem
de forma solida e comprometida com a realidade social.

Martín-Baró(1996) é citado com o intuito de reforçar a responsabilidade da


psicologia com as necessidades da população. Ele destaca que apesar do
profissional não questões diretamente como, injustiça e guerra, contribuem
através de sua área de atuação com apoio em busca de justiça.
Seguindo a leitura do texto, oque se entende é a necessidade de superar uma
visão limitada na psicologia, conforme é apontado por Martín-Baró. Ele faz uma
critica as definições externas que não correspondem as realidades dos povos
latinos, oque acaba reforçando a ideia de necessidade de uma descolonização
de conhecimentos e pensamentos baseados no capitalismo.
Seguindo a linha de raciocino, é essencial que os psicólogos reflitam como
suas perspectivas foram moldadas diante da herança colonial, afetando suas
relações com diferentes formas de conhecimento. Para ser completamente
comprometida com os povos indígenas e suas causas deve conhecer a
diversidade entre os povos , levando em conta a cultura, espiritualidade, língua,
gênero, etc.

Seguindo nesse ponto de vista, é importante compreender a diversidade de


identidades indígenas. Um dos trechos do artigo destaca que a pessoa
indígena pode ter diferentes identidades de gênero, orientação sexual,
condições socioeconômicas e necessidades especiais, contrariando muitos
visões homogenias. Na cultura indígena, a construção de gênero não seguem
os moldes ocidentais, sendo determinadas pelos referencias da própria etnia.
Cada povo tem sua forma de construção de feminilidade e masculinidade,
moldados por sua própria cultura, baseado pela forma de relações sociais e
tradição. É uma reflexão que força o ser humano a pensar em como essa
dinâmica é realizada na pratica, considerando as camadas que atravessam os
povos indígenas.

GENERO , DIVERSIDADE ÉTNICO-CULTURAL E SUBJETIVIDADES


INDÍGINAS:

Esse tópico interliga gênero, etnia-raça e classe social. Essas interligações


influenciam em como o conhecimento e produzido e interpretado, impactando
na maneira como se analisa a realidade. Um exemplo disso é o Dossiê de
Lesbocidio( Peres et al., 2018). O dossiê investiga casos de homicídio e
suicídio de mulheres lesbicas no Brasil deis de 2016, mostrando a diferença de
realidades socioculturais e evidenciando a violência e vulnerabilidade que as
mulheres enfrentam.
O texto segue abordando a invisibilidade da lesbofobia e Lesbocidio contra as
mulheres indígenas. Essas mulheres são frequentemente hipersexualizadas
pela representação cultural e a mídia, oque contribuem para essa
vulnerabilidade, principalmente nas cidades, onde o risco é maior. Para
mulheres indígenas lesbicas e bissexuais, existe também o risco de estrupo
corretivo, violência motivada pelo ódio e tentativa de impor uma
heterossexualidade
O texto também relaciona patriarcado, invasão dos territórios indígenas e
propriedade privada como fatores que agravam a violência de gênero, incluindo
estrupo e feminicídio. A psicologia entra nesse cenário para ajudar atuando
junto a equipes lideranças femininas para dar visibilidade ao problema,
promover diálogos comunitários e combater essas violências.
A influencia da etnicidade na construção das identidades de gênero,
sexualidade enfatizam a diversidades de expressões culturais entre os povos
indígenas. Um exemplo dessa diversidade incluem a pintura corporal na
infância das mulheres Xikrin e os cortes de cabelo das mulheres Kraho, que
sinalizam relações sociais especificas. Os ritos de passagem, como os que
definem a transição para a vida adulta, nascimento, casamento e morte, se
diferenciam entre os povos indígenas. Carneiro cunha (1978) destaca que ate a
relação com os mortos reflete na concepção de pessoa de cada cultura.
Tim Ingold (2000) propõe que o desenvolvimento humano na sociedade ocorre
de forma circular e espiralada, em contraste de forma calculada. Ele sugere o
conceito de envolvimento, onde o corpo é moldado no engajamento com o
ambiente. É uma visão que desafia a psicologia a dialogar com outras
concepções de vida, criação e cuidado, promovendo uma melhor comunicação
com os indígenas, possibilitando a construção de uma psicologia mais coletiva
e sensível que esteja alinhada as realidades indígenas.

RELAÇÕES DE CUIDADO POR ENTRE CAMINHOS, TRILHAS E TEIAS

Esse tópico discute a importância das relações de cuidado nas intervenções


socias, enfatizando a necessidade de ações humanizadas e interprofissionais.
(2001), diz que a humanização das praticas institucionais deve considerar a
ética, que surge quanto tem preocupação com o impacto das ações sobre o
outro. No contexto geral de atenção aos povos indígenas, o dialogo e a
integralidade no atendimento são essenciais para uma assistência efetiva.
Bock (2001) enfatiza o papel da psicologia na construção da autonomia dos
sujeitos, permitindo compreender sua posição no mundo social.

Boaventura (2002) ressalta a importância de restaurar os valores comunitários


e fortalecer os laços socias. No contexto da globalização, a atuação
profissional deve buscar formas de articulação e formação que promovam
cidadania e solidariedade.
Levando para o meio dos povos indígenas, é de suma importância reconhecer
que cada cultura tem sua própria percepção de bem-estar, normalidade e
saúde. Oque funciona para uma parte pode não funcionar para outra, pois cada
sociedade define seus limites. Almeida (2019) reforça que a psicologia deve
respeitar a individualidade dos povos indígenas, reconhecendo sua luta
constante para reafirmar sua cultura.

Seguindo com o raciocino, os próximos parágrafos discutem a importância dos


itinerários terapêuticos como forma de compreender os cuidados e cura dentro
das comunidades indígenas. Segundo Jean Langdon (1994), esses itinerários
servem como percursos de busca por soluções para os problemas de saúde.
Bonet (2014) reforça essa ideia ao destacar o movimento constante na busca
por especialistas dentro das tradições culturais.
Cada povo indígena tem uma definição de estado desejável e indesejável de
acordo com sua cultura, podendo ou não inserir a psicologia nesse processo. A
desterritorialização desses povos influencia no seu entendimento sobre
cuidado e cura, dentro de seu eixo social. Nesse contexto, a abordagem
psicossocial etnológica permite compreender os princípios da vida,
favorecendo uma atuação cultural da psicologia.

PROCESSOS EDUCATIVOS, EDUCAÇÃO INDÍGINA (TRADICIONAL) E


EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGINA:
Nesse tópico será discutido a concepção de infância nas comunidades
indígenas. Oliveira (2012) destaca que, nas culturas desses povos, a infância é
compreendida ao literal de “ser indígena”, onde o ambiente e sujeito formam
através do ecológico.
A perspectiva ingoldiana sugere que o aprendizado ocorra através do
envolvimento com o meio, em vez de seguir a trajetória padrão de
desenvolvimento humano. Com isso, as crianças aprendem deis de cedo,
através da educação tradicional indígena, habilidades essências para a vida
comunitária.
O relato de uma cacica potiguara ilustra essa abordagem, mostrando que
atividades como catar mariscos e pescar fazem parte do aprendizado cultural
que muitas vezes garante a sobrevivência de uma comunidade. Ao contrario do
pensamento ocidental, onde essas praticas poderiam ser vistas como trabalho
infantil, mas para esses povos ela representa um modo de inserir essas
crianças no seu mundo.
Falando sobre a educação escolar indígena, segundo Bruno Ferreira Kaingang
(2014), a escola indígena deve ser apropriada pelos indígenas para fortalecer
sua identidade cultural. Adsuara e Canoeiro (2018) reforçam que a educação
indígena se diferencia da tradicional e busca fortalecer os modos de ser e fazer
para fortalecer a coletividade. Clarice Cohn (2005) e Mariana Massimi (2001)
apontam que a escola foi um instrumento de dominação, sendo usada para
impor valores coloniais e punir praticas culturais indígenas. Por isso, Ferreira
(2014) defende a autonomia de professores indígenas na gestão, garantindo
uma reflexão escolar sobre valores da comunidade, fortalecendo a identidade
dos povos e sua luta por espaço e direito.

HUMANIDADE, ANIMALIDADE E DIREITOS:

Esse ultimo tópico aborda a complexidade da noção de “pessoa” nas


comunidades indígenas, destacando como ela é moldada por uma combinação
de tradição, cultura e resistência. O indígena é entendido como uma
combinação de elementos como medicina tradicional SUS, a escola e o
conhecimento ancestral e a escola, relação com natureza e sustentabilidade, e
tecnologia moderna.
O texto também questiona quem possui o estatuto de pessoa e de humano nos
direitos humanos, destacando as dificuldades enfrentadas por mulheres,
negros, indígenas, LGBTQIA e outras minorias socias ainda são questões
centrais.

Seguindo o raciocino, o texto discute a transformação da psicologia em campo


mais comprometido socialmente, especialmente em relação as populações
marginalizadas, como mulheres, negros, indígenas e outras minorias. A
necessidade de uma psicologia construída a partir de novos olhares e saberes,
é enfatizada buscando uma pratica que inclua vozes historicamente
silenciadas.
O texto também cita os estudos de Sahlins, Viveiros de Castro e Tim Ingold
sobre relação entre humanidade e animalidade, mostrando as formas distintas
de entender diferentes culturas. A ecologia ambiental, de Ingold, e O
perspectivismo, de Viveiros de Castro, são apresentados como desafios
ocidentais, oferecendo novas formas de compreender as relações de humanos
com o mundo natural.
Outro ponto para ser citado é as duas formas de concepção de agencia e
humanidade presente nas culturas indígenas que são discutidas no texto. A
primeira é a ideia que no mundo tem varias espécies de pessoas , humanas e
não humanas. A segunda concepção ligada a ação, mostra que a vida é um
engajamento continuo.
A partir dessas perspectivas, as divisões ocidentais entre sujeito, natureza e
cultura tendem a ser repensadas. A interconexão entre seres e a natureza é
central na visão dos indígenas, como ilustrado pela fala de um cacique Karajá.
Ele destaca a relação simbólica do seu povo com o rio, afirmando que o rio é
essencial para cultura de seu povo.
Para finalizar, é abordado a profunda conexão para finalizar, é abordado a
profunda conexão dos indígenas com a natureza e como essa relação reflete
em suas visões, expressado em depoimento pelo líder Karajá e a parteira
Potiguara. Os indígenas tem uma visão diferente sobre a terra, os elementos
naturais e ao sagrado, com uma forte relação de cuidado. A parteira Potiguara
destaca como a colonização ocidental resultou na perda de saberes
tradicionais , onde a ciência substituiu a cultura, ocasionando o afastamento de
indígenas de sua própria cultura.

A psicologia, ao atuar nas politicas públicas para os povos indígenas precisa


compreender as diferentes formas de viver, sem preconceitos, e respeitar a
visão dos povos indígenas , promovendo praticas que favoreçam o bem viver.
O trabalho deve estar ligado a defesa dos territórios indígenas, que são
essências para identidade e vida desses povo. Assim, a promoção a saúde e
cuidado para os povos indígenas exige uma postura politica, que defenda não
apenas os direitos humanos, mas também a preservação de seu território e
cultura.

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