@montalarespaisagismo
Olá!
Este é o seu Manual de Instruções de Espécies elaborado pela Monta
Lares Paisagismo para ajudar você a cultivar as plantas que estão chegando
para transformar a vibração do seu espaço!
Sempre que tiver alguma dúvida, consulte este Manual pois ele possui
instruções básicas explicados de forma leve e didática para você manter
suas plantas sempre vistosas.
Dicas Gerais
As Dicas Gerais são aquelas dicas básicas que você precisa entender para
cultivar qualquer planta. Elas vão te ajudar a cuidar melhor do seu jardim
no dia a dia.
A melhor tática para manter um jardim saudável e prevenir o surgimento
de pragas e doenças (desconsiderando fatores genéticos) é deixar a planta
bem atendida nos seus cinco critérios principais:
1. Luminosidade;
2. Solo;
3. Rega;
4. Adubação;
5. Limpeza (Poda).
O critério complementar que ajuda a lidar com todos os outros citados é a
observação. Com o olhar atento a cada ato de cuidado com o seu jardim é
possível verificar se existe algum problema antes que se torne irreversível.
Já que agora sabemos onde devemos ter atenção e cuidado para ter
plantas saudáveis, vamos aprender informações importantes sobre cada
um desses critérios?
Luminosidade
Toda planta precisa captar luz solar para produzir seu próprio alimento
por meio da fotossíntese. Algumas precisam de mais intensidade e horas
de exposição à luz solar, outras precisam de menos. Isso vai depender de
como é o ambiente natural de cada espécie.
Plantas de sol pleno precisam de bastante sol. Colocá-las em ambientes
expostos a pelo menos 6 horas de incidência direta de sol é um dos pontos
para garantia de longa vida.
Plantas de meia sombra precisam de algumas horas de sol durante o dia.
Dê preferência para colocá-las em local com incidência direta de sol no
início da manhã ou no fim da tarde, de 2 a 3 horas por dia.
Para finalizar, plantas de sombra não sobrevivem no escuro, viu? Esse
termo utilizado na classificação de luminosidade pode confundir um pouco,
e poderia ser substituído facilmente por claridade. Essas plantas não
podem receber incidência direta de sol e precisam estar em ambientes
bastante iluminados naturalmente, distantes a no máximo 3m da abertura
de fonte de luz (janela ou porta).
Solo
Cada espécie deve ser plantada no tipo de solo que lhe oferece as
condições ideais para sua sobrevivência e, assim como no quesito
luminosidade, o tipo de solo depende de como é o solo no seu ambiente
natural.
O que você precisa saber sobre isso tudo tem a ver com a rega. No caso de
plantas que são de áreas de clima seco, é necessário deixar o substrato
secar entre as regas (que devem ser menos frequentes em comparação
com espécies que gostam de umidade). Já as plantas de áreas de clima
úmido, é necessário manter o substrato úmido. Mas cuidado! Úmido não
quer dizer encharcado!
Mas como saber se o substrato está úmido ou seco, independente do tipo
de vaso ou se a planta está no solo? É simples! Faça o teste do dedo!
Coloque o dedo no substrato antes da rega quando estiver na dúvida. Se o
seu dedo sair sujo, quer dizer que o substrato está úmido. Se o seu dedo
sair limpo, quer dizer que o substrato está seco.
Rega
Se as suas plantas forem cultivadas em vasos, considere o uso de um
regador para realizar uma rega eficiente. Em toda rega, a água deve ser
distribuída por toda a superfície do vaso, garantindo que todo o substrato
receba água e que as raízes espalhadas consigam absorver essa água.
Regadores de 2L têm um bom tamanho para essa função, e são
encontrados em supermercados, casas agrícolas, viveiros etc.
Com relação à quantidade de água, com o tempo você vai perceber a
quantidade ideal que aquele vaso precisa para não sair muita água pelo
furo (drenagem) e para a planta aguentar bem vistosa até a próxima rega.
Aos poucos você vai memorizar se a planta precisa de um regador cheio, ou
metade do regador, ou frações menores de água.
A frequência da rega varia de acordo com cada espécie. Uma dica para
todas: escolha dias da semana para lembrar da rega. Exemplo:
seg/qua/sex ou ter/qua/sáb ou somente um dia da semana para plantas
que precisam de menor frequência de rega. Sempre faça o teste do dedo
para ter certeza que a planta precisa mesmo de rega naquele dia. Com as
mudanças do clima ao longo do ano, a frequência pode variar.
Se o seu jardim for cultivado no solo, considere a instalação de sistema de
irrigação automatizada para melhor eficiência na rega e economia de
água. Segundo estudos, essa economia pode chegar a mais de 70% do
consumo de água comparado a rega realizada com mangueira. É muita
água, não é mesmo? O planeta Terra agradece.
Por fim, última dica para uma rega eficiente: faça a rega no período da
manhã, nas primeiras horas de sol do dia. Evite horários mais quentes,
pois a água evapora mais rápido e isso reduz a absorção de água das
plantas. Faça a rega nos horários mais quentes somente em caso de
emergência. Nunca faça a rega no período da noite, pois o metabolismo
das plantas fica mais lento e a ausência de sol diminui a evaporação da
água. Se essa água ficar acumulada nas folhas e superfície do solo, pode
contribuir para a proliferação de pragas e doenças.
Adubação
Assim como você, as plantas também precisam de nutrientes. Para manter
suas plantas saudáveis, faça adubações periódicas na primavera e no
verão. Se você não sabe fazer adubação, consulte um especialista para
orientá-lo, pois excesso de adubo pode matar as suas plantas.
Durante o ano todo você pode fazer um complemento dessas adubações
periódicas com adubação foliar. É possível encontrar vários adubos (ou
fertilizantes) em gardens, viveiros, casas agrícolas e até supermercados
para este tipo de adubação. O Fertilizante Mineral Misto Nutri Verde da
Nutriplan (Vitaplan) é um exemplo deste tipo de produto e tem a forma
líquida. O adubo (fertilizante) vem concentrado, por isso deve ser feita a
diluição em água conforme as orientações do fabricante constantes no
verso da embalagem. Após diluição, deve-se fazer aplicação nas folhas
com borrifador ou pulverizador manual, que podem ser comprados nos
mesmos locais onde se encontra o adubo. A frequência de aplicação
também está descrita na embalagem.
É importante ficar claro que a adubação foliar é um complemento, e não
exclui a adubação periódica de primavera e verão. Plantas bem nutridas
são mais resistentes ao aparecimento de pragas e doenças, além de serem
mais suscetíveis ao florescimento e a frutificação.
Os componentes de uma adubação bem equilibrada visa favorecer
diversas características dos solo. Veja alguns dos principais componentes:
Matéria Orgânica: melhora a qualidade física do substrato (solo),
aumenta a capacidade de retenção de água, melhora a disposição do
solo para o crescimento de raízes, repõem a atividade microbiana e
fornece diversos macro e micronutrientes. Recomendados composto
orgânico (material que sai da composteira), Bokashi, húmus de minhoca
ou esterco de gado bem curtido.
NPK: fornece os principais macro nutrientes essenciais da planta
(Nitrogênio, Fósforo e Potássio). Nitrogênio (N) é bom para folhas e
caules. Fósforo (P) é bom para flores e frutos. Potássio (K) é bom para
frutos e raiz.
Limpeza (Poda)
Uma poda pode gerar várias respostas benéficas para a saúde da sua
planta. Pode estimular novas brotações (renovando o vigor), deixar o
volume mais arejado (tirando esconderijos de pragas e proliferação de
doenças) e pode servir também para apoiar no tratamento de combate às
pragas, doenças e infecções.
Precisa de planejamento, ferramentas adequadas e limpas, técnica correta
e observação da evolução nas etapas seguintes do ciclo da planta.
Cuidado para não podar de qualquer jeito e deixar a planta sem condições
de sobrevivência! Na dúvida, se você não tem prática, peça ajuda de um
profissional especializado para orientações pontuais.
Fichas Técnicas das Espécies Vegetais
Nome Popular: Cipó de Sino
Espécie: Mansoa difficilis
Naturalidade: Brasil e Norte da Argentina
Medidas: até 5 m de altura
Clima: subtropical; tropical
Luminosidade: meia sombra nos climas
mais quentes; sol pleno
Rega*: durante a implantação, regar
regularmente
Solo: drenável; enriquecido com matéria
orgânica; pH ácido, ligeiramente ácido ou
neutro de 5,6 a 7,5; terrícula
Floração: primavera; verão
Uso no Paisagismo: conduzida como
trepadeira; floração; folhagem
Nome Popular: Maracujá Doce
Espécie: Passiflora alata
Naturalidade: América; América tropical
Medidas: até 10m de comprimento
Clima: subtropical; tropical
Luminosidade: sol pleno
Rega*: garantir substrato
permanentemente úmido
Solo: drenável; enriquecido com matéria
orgânica; pH ligeiramente ácido ou neutro
de 6,1 a 7,5; terrícula
Floração: primavera; verão
Uso no Paisagismo: conduzida como
trepadeira; floração; frutífera
Nome Popular: Singônio
Espécie: Syngonium angustatum
Naturalidade: Brasil
Medidas: até 4 m de altura
Clima: equatorial; oceânico; subtropical;
tropical
Luminosidade: meia sombra; sol pleno
Rega*: verificar substrato úmido entre
regas, regar 3 a 4 vezes por semana,
diminuir a frequência durante o inverno
Solo: drenável; epífita; pH ligeiramente
ácido, neutro ou ligeiramente alcalino de 6,1
a 7,8; terrícola
Uso no Paisagismo: conduzida como
trepadeira; folhagem; forração; maciço;
nativa; vaso; vaso pendente
Nome Popular: Trapoeraba Roxa
Espécie: Tradescantia pallida purpurea
Naturalidade: América do Norte; México
Medidas: até 0,4 m de altura; de 0,15 a 0,25
m de altura; variável em copa
Clima: tropical; subtropical; oceânico;
equatorial
Luminosidade: meia sombra; sol pleno
Rega*: verificar substrato seco entre regas,
regar 1 a 2 vezes por semana
Solo: enriquecido com matéria orgânica;
drenável; pH ácido, ligeiramente ácido,
neutro ou ligeiramente alcalino de 5,6 a 7,8
Uso no Paisagismo: folhagem; maciço;
forração; vaso; pendente; talude; jardim
vertical
Notas:
*O item Rega destas fichas considera o plantio isolado das espécies e, em alguns casos, uma
sugestão de frequência de rega. Como estamos lidando com seres vivos, não orientamos com
uma receita exata porque existem muitas variações que podem influenciar nesta questão, a
exemplo da mudança de clima ou insolação no local ao longo do ano. Por isso, citamos alguns
pontos de atenção a seguir para complementar as Fichas Técnicas das Espécies Vegetais de
acordo com o que foi proposto para o paisagismo do seu jardim na Consultoria Cantinho Verde.
Após a implantação do jardim (plantio das espécies), deve ser feita rega abundante e diária
para ajudar no enraizamento das espécies no solo novo. Quando a planta começar a crescer
e se desenvolver, é sinal que o plantio foi bem sucedido e a rega pode ser realizada em uma
frequência mais espaçada, conforme orientações técnicas.
Pelo fato de já existir um sistema de irrigação no canteiro onde serão plantadas as novas
espécies trepadeiras, este sistema poderá ser mantido para o novo jardim. Teste manter a
mesma frequência e quantidade de água e observe se todo o jardim apresenta sinal de
desenvolvimento. Caso contrário, aumente gradativamente a rega e observe novamente.
Para finalizar, é importante ressaltar que a frequência de rega contida neste manual é
apenas uma sugestão. A Trapoeraba Roxa, por exemplo, está plantada no canteiro
atualmente e convive bem com o Singônio, mesmo com necessidades de regas distintas. Isso
é possível pelo fato de a Trapoeraba Roxa ser uma planta extremamente rústica, que se
adapta a diferentes tipos de situações. Nem toda espécie possui essa flexibilidade, por isso é
muito importante observar os sinais do jardim. Se as plantas se desenvolvem, é porque os
cuidados estão no caminho certo. Se existe algum sinal de falta de desenvolvimento, é
importante testar novos cuidados e procurar a ajuda de um especialista.
Desejamos que o seu jardim se desenvolva com saúde, e que você desfrute de todos os
benefícios de ter um espaço que te acolhe com a presença da natureza!
Qualquer dúvida, entre em contato pelo WhatsApp 34 99137 7040.
Abraços,
Equipe Monta Lares Paisagismo.