CIVIL 2 13/03/2025
Questão – uma mulher vendeu um apartamento, tirou os televisores, portas e micro-ondas,
qual era o direito da credora?
É uma obrigação de dar coisa certa, as portas são acessórios, os televisores e micro-ondas são
pertenças, conforme art 233 o acessório segue o principal, portanto a credora tem direito as
portas, mas não tem direito a televisores e micro-ondas
Jose vendeu um sitio, após a venda e antes da tradição descobriu uma fonte de água natural
que valoriza o sitio e melhora a terra, quais os direitos de José? Foi antes da entrega, ele tinha
uma obrigação de dar, antes da entrega houve um melhoramento, no art 237 trata sobre isso,
Jose poderá exigir aumento do valor do bem, o comprador por sua vez pode não aceitar,
desfazendo-se o negocio
Ramon vendeu sua Mercedes para Flavio, antes da data de entrega, Ramon capotou com o
carro porque estava conversando no celular, o carro sofreu perda total. Era uma obrigação de
dar coisa certa, perda total por culpa do devedor, conforme art 234 segunda parte, Ramon sera
obrigado a pagar o equivalente + perdas e danos, se ele já recebeu o dinheiro do carro ele tem
que devolver
Ramon vendeu sua Mercedes para Flavio, antes da entrega, Ramon sofreu um pequeno
acidente com o carro por estar ao telefone enquanto dirigia, o carro sofreu danos leves.
Houve uma deterioração por culpa do devedor, conforme art 236, o credor pode aceitar o
produto ou rejeitar, em ambos os casos ele recebe perdas e danos, se ele aceitasse deveria ter
um desconto sobre o produto
Caio alugou um veiculo para transporte de personalidades para o evento da atlética,
apaixonado por uma palestrante, resolveu não devolver o carro na data acordada, para passear
por vitória, durante o atraso ele teve o carro furtado onde estacionou o carro. Qual a obrigação
e as consequências do inadimplemento?
Trata-se de ob. de restituir, por culpa do devedor (porque ele atrasou, o carro foi furtado em
um período que ele nem deveria estar sobre posse), conforme art 239 ele responde pelo
equivalente + perdas e danos
Pedro e Rafaela alugaram um animal para auxilio em uma colheita, um dia antes da entrega,
Pedro deixou a porta do sitio aberta e o animal foi furtado, de um parecer jurídico da
responsabilidade dos co-devedores perante o locador?
Era uma obrigação de restituir por culpa dos devedores, eles pagarão o equivalente + perdas e
danos conforme art 239, a perdas e danos só responde o culpado vai pagar,
Obrigação de dar coisa incerta – a coisa incerta é um objeto determinável no momento do
contrato, porque as pessoas fazem esse tipo de contrato? Suponhamos que você contratou mil
sacas de café comigo, minha obrigação é de te entregar, mesmo que de problema na minha
colheita, o acordo é de um produto genérico, então você irá receber as sacas de qualquer
forma, mesmo se der problema na minha colheita. Falta o estabelecimento da qualidade,
quem estabelece isso? Via de regra, cabe a escolha do devedor, porque facilita a entrega do
produto, art 244. Se ele escolher de acordo com a pureza do café, depois da qualidade ela se
torna coisa certa, o grande problema está antes da escolha
Suponhamos que houve uma chuva que acabou com as sacas do meu sitio, eu ainda tenho que
entregar, enquanto não houve escolha, vigora o princípio de que o gênero não perece, então
procura outro lugar para pegar o café e entregar. Um detalhe, se no contrato eu colocar que
vou vender as sacas do meu sitio, então já virou coisa certa, sem culpa resolve-se o negócio
jurídico, então o objeto tem que estar indefinido para tratar de coisa incerta
Art 243, 244, 245 (depois da escolha e ciência do credor, se trata de coisa certa) e 246
(principio de que o gênero não perece)
Obrigação de fazer (executar uma obra ou um serviço) –
Pode ter duas situações, ob. de fazer personalíssima (infungível, não pode ser feita por
terceiro) ou não personalíssima
Ex, você contratou uma dermatologista para fazer um botox, chegando lá ela não pode por
outro para fazer, pois você a contratou por sua qualidade
Ex, você contratou uma construtora para modificar a fachada do prédio, se eles não realizarem
pode ser realizado por outro
O inadimplemento dessa obrigação pode ser por culpa ou sem culpa, se for sem culpa resolve-
se a obrigação, se for por culpa necessariamente tem indenização de perdas e danos
Art 247, exclusivamente da obrigação personalíssima quando acontece a recusa formal do
devedor
Art 248, obrigação personalíssima, não recusou explicitamente, só não fez; se torna impossível
sem culpa, resolve-se a obrigação; se for por culpa respondera por perdas e danos
Art 249, obrigação não personalíssima, ex, houve uma época que começaram a alterar as
entradas do prédio, um condomínio contratou uma empresa para fazer o serviço, derrubaram
o muro e depois desapareceram, a obrigação é não personalíssima, então podem por um
terceiro para resolver, depois posso pedir ressarcimento a quem me deixou inadimplente
Obrigação de não fazer – obrigação negativa, consiste em uma abstenção
OBS: quando temos obrigação de condomínio por exemplo uma obrigação de não fazer, o
objetivo é que você não fazer e sua obrigação ser desfazer o ato
Ex, o sujeito estacionou em lugar proibido, qual a consequência de não ter cumprido a
obrigação? Seu carro é forçadamente removido, seu ato foi desfeito
Art 251, a abstenção que você não deve fazer
Paragrafo único, ex, tinham quiosques em uma praia que é terreno de marinha, tinham varias
notificações, um dia uma escavadeira começou a retirar os quiosques, você tinha obrigação de
não fazer, descumpriu e ainda vai pagar pelo serviço
Art 250, estingue-se a obrigação de não fazer desde que sem culpa do devedor, se torne
impossível de não fazer, sem culpa do devedor, ele quer dizer o seguinte, se tem uma obrigação
de não fazer, não consigo cumprir, mas não tenho culpa, ex: parei em um lugar proibido porque
o pneu furou, não tenho culpa por ele ter furado e eu estar parado em lugar proibido
Outro ex, estou dirigindo, espirro e bato no carro da frente, sem culpa ou com culpa? Por
culpa, porque o carro não teria batido se eu tivesse respeitado o limite de espaçamento entre
carros
Forma que uma obrigação aparece no contrato, pode ser alternativa, divisível ou não divisível e
solidaria:
Divisível ou não divisível, 257 – se o bem é divisível a ob é divisível, se o bem é indivisível a ob é
indivisível, a vontade das partes pode tornar um objeto indivisível
A regra geral é, quando tenho uma ob. divisível, ela deve ser partida igual entre as partes
258, indivisível, pela natureza do bem
260, havendo mais de um credor, você pode pagar todos ou dar um caução de garantia para
ratificar os outros
261, se um só receber o valor integral, cada um tem o direito de exigir dele sua parte que o
cabe
Obrigação divisível pode ser fracionada, cumprida pouco a pouco
Art 258, obrigação indivisível tem uma ação consistente em um fato ou coisa que não podem
ser divididas
Espécies de invisibilidade: natural, legal, convencional e judicial
Natural: por sua própria natureza, ex: carro / de fato ex: um medico contratado para fazer uma
cirurgia plástica
Legal: determinada por lei
Convencional: por vontade das partes
Judicial: decorrente de ação judicial
Perdas e danos se tornam divisíveis