Apostila MCIE - 1ºA Automação
Apostila MCIE - 1ºA Automação
Disciplina:
Máquinas, Comandos e Instalações Elétricas
Curso:
Automação Industrial
Módulo:
1ºA – Noturno
ETEC MARTIN LUTHER KING
ISBN: 978-1-983-19086-5
Rodrigo D’Angelo
Sumário
1. Conceitos iniciais de elétrica e eletrônica................................................................................................... 6
1.1 Diferença de potencial (d.d.p.) ............................................................................................................ 6
1.2 Gerador elétrico ................................................................................................................................... 7
1.3 Frequência Elétrica .............................................................................................................................. 7
1.4 Corrente elétrica .................................................................................................................................. 7
1.5 Resistência elétrica .............................................................................................................................. 9
1.6 Lei de Ohm .......................................................................................................................................... 9
1.7 Potência elétrica ................................................................................................................................ 11
2. Simbologia para instalações elétricas ....................................................................................................... 13
2.1 Condutores: cores padronizadas ........................................................................................................ 18
3. Diagramas esquemáticos de instalação elétrica ........................................................................................ 19
4. Circuito elétrico com interruptor e lâmpada ............................................................................................. 19
4.1 Interruptor simples (10 A / 250 V) .................................................................................................... 19
4.2 Interruptor paralelo (10 A / 250 V) ................................................................................................... 21
4.3 Interruptor intermediário (10 A / 250 V) .......................................................................................... 23
4.4 Interruptor bipolar simples (10 A / 250 V) ....................................................................................... 26
4.5 Reator convencional .......................................................................................................................... 28
4.6 Dimmer.............................................................................................................................................. 29
4.7 Sensor de presença ............................................................................................................................ 29
4.8 Tomadas ............................................................................................................................................ 30
4.9 Tomada-padrão no Brasil .................................................................................................................. 31
5. Potência elétrica ........................................................................................................................................ 32
5.1 Potência Ativa ................................................................................................................................... 32
5.2 Potência Reativa ................................................................................................................................ 33
5.3 Fator de potência ............................................................................................................................... 33
6. Capacidade de condução de corrente........................................................................................................ 34
7. Levantamento da carga de iluminação ..................................................................................................... 36
8. Levantamento da quantidade de tomadas ................................................................................................. 36
9. Levantamento da carga de tomadas .......................................................................................................... 38
9.1 Pontos de tomadas de uso geral (PTUG) .......................................................................................... 38
9.2 Pontos de tomadas de uso específico (PTUE) ................................................................................... 38
- Potência elétrica: é a energia necessária e consumida para o funcionamento dos equipamentos elétricos. É
a relação da tensão elétrica com a corrente elétrica.
Sempre que existe entre dois ou mais pontos um desequilíbrio de cargas, dizemos que existe entre eles
uma diferença de potencial (d.d.p.).
A diferença de potencial também é chamada de tensão elétrica, e pelo sistema internacional de unidades
será expressa em V (Volts).
Existem dois tipos básicos de diferença de potencial: o primeiro tipo é aquele em que o desequilíbrio de
cargas não muda com o passar do tempo; e o segundo tipo é aquele em que a diferença de potencial varia e
muda no decorrer do tempo.
A esses dois tipos, damos o nome de tensão contínua e tensão alternada, respectivamente.
Chamamos de gerador elétrico os dispositivos físicos que são capazes de produzir uma tensão contínua
ou uma tensão alternada.
A frequência elétrica é a indicação das oscilações da tensão elétrica alternada senoidal na rede elétrica
(tomadas). A unidade de medida é o Hertz (Hz). No Brasil, a frequência é de 60 Hz, no Paraguai de 50 Hz, e
no Japão de 40 Hz, por exemplo.
Um corpo qualquer pode ganhar ou perder elétrons de acordo com algum tipo de ação física a ele
imposta. Assim sendo, em um meio qualquer o que se pode movimentar são seus elétrons.
Se conseguirmos produzir uma movimentação dos elétrons em um sentido ordenado, produziremos uma
corrente elétrica.
A corrente só será produzida se existir uma diferença de potencial, assim sendo, dizemos que a tensão
elétrica é a causa produtora dos fenômenos elétricos, e a corrente elétrica é um dos efeitos físicos produzidos.
A corrente elétrica surgirá sempre que colocarmos dois pontos físicos distintos com cargas diferenciadas
em contato direto ou através de um outro elemento.
No sistema internacional de unidades, adotou-se como padrão de medida para corrente elétrica o A
(Ampères).
Anotações Gerais
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Sempre que utilizamos um elemento qualquer para se colocar em contato dois pontos que possuam uma
diferença de potencial, estamos fazendo com que apareça uma corrente elétrica.
Essa corrente elétrica irá depender diretamente das características do elemento que está estabelecendo
o contato.
Esse elemento poderá apresentar uma maior ou menor dificuldade em liberar os seus elétrons, de modo
a permitir que os elétrons dos corpos em desequilíbrio tentem a entrar em equilíbrio.
A essa dificuldade que o corpo oferece para que os elétrons circulem através dele, chamamos de
resistência elétrica.
A resistência elétrica é algo que simplesmente existe. Cada corpo possui a sua de acordo com suas
características.
Existem corpos onde os elétrons fluem com facilidade e outros onde fluem com muita dificuldade, mas
sempre terão condições de passar através do corpo.
A primeira lei de ohm relaciona a influência da tensão elétrica e da corrente elétrica sobre uma
resistência elétrica.
A lei de ohm nos diz que: A resistência elétrica de um condutor é diretamente proporcional à tensão
elétrica aplicada sobre seus terminais e inversamente proporcional à corrente elétrica que passa através dele.
𝑉
𝑅=
𝐼
Solução:
Exercício 2.: Uma televisão funciona na tensão elétrica de 127 V e consome 2,4 A de corrente elétrica. Qual
a resistência elétrica interna dessa televisão?
Solução:
Exercício 3.: Um chuveiro elétrico com uma resistência elétrica de 6,72 Ω, consome da rede elétrica 32,73 A
de corrente elétrica. Qual a tensão elétrica de funcionamento desse chuveiro?
Solução:
Exercício 4.: Uma torneira elétrica possui uma resistência elétrica de 9,95 Ω, e é ligada na tensão elétrica de
220V. Qual a corrente elétrica que ela irá consumir?
Solução:
Exercício 5.: Um celular funciona com uma bateria de 3,7V, e consome 27mA de corrente elétrica. Qual a
resistência elétrica desse aparelho?
Solução:
Quando temos um movimento de um corpo qualquer em um meio qualquer, este movimento gera atrito,
e o atrito desprende calor, que é uma forma de energia que passa a se propagar para o meio.
Quando aplicamos uma diferença de potencial sobre um corpo qualquer, fazemos com que através deste
corpo passe a circular uma corrente elétrica. Esse movimento de elétrons forçado gera atrito, que desprende
energia.
Essa energia dissipada pelo meio, através do qual passam elétrons, recebe o nome de potência elétrica.
O equacionamento será:
𝑃 = 𝑉 .𝐼
𝑃 𝑃
𝑉= 𝐼=
𝐼 𝑉
Exercício 1.: Um chuveiro elétrico de 5.400 W de potência elétrica funciona na tensão elétrica de 220 V. Qual
será a corrente elétrica que esse chuveiro irá consumir?
Solução:
Solução:
Com isso, chegamos a conclusão e explicação do motivo de que a grande maioria dos chuveiros elétricos
utilizados pela população funciona em 220 V, ao invés de 127 V, pois como a potência elétrica é a mesma em
ambos exemplos, fica nítido que o crítico é justamente o valor da corrente, que no segundo exemplo é quase
o dobro da corrente elétrica do primeiro exemplo, ou seja, a espessura do fio do primeiro exemplo poderá ser
menor, e obviamente esse chuveiro sobrecarregará menos a instalação elétrica quando comparado ao chuveiro
do segundo exemplo.
Exercício 3: Considerando os chuveiros elétricos dos dois exemplos anteriores, qual deles terá o maior
consumo para efeito de cobrança na conta de energia elétrica (conta de luz)?
Solução:
Exercício 4: Uma torneira elétrica funciona na tensão de 220 V e consome 30,91 A de corrente. Qual a
potência dessa torneira?
Solução:
Os condutores utilizados em instalação elétrica são: fase, neutro, retorno e de proteção (terra). Além da
simbologia estabelecida pela norma NBR 5444:1989, eles têm cores padronizadas, previstas pela norma
NBR 5410:2004 e pelo código internacional de cores: azul-claro para o neutro, e verde ou verde-amarelo para
o terra.
- Esquema unifilar: É a simplificação da representação do circuito elétrico da instalação. Com uma única
linha, indica-se o número de condutores e sua trajetória na instalação elétrica. É o esquema mais utilizado em
projetos de instalações elétricas prediais;
- Esquema multifilar: Apresenta detalhes da instalação do circuito elétrico completo. Cada linha representa
um fio utilizado nas ligações dos componentes elétricos;
- Esquema funcional: Representa graficamente todos os detalhes de montagem do sistema elétrico, além das
funções de cada componente elétrico.
É utilizado para ligar e desligar lâmpada(s) em um único ponto de comando. Veja as figuras a seguir:
É recomendado quando se deseja ligar e desligar a(s) lâmpada(s) em dois pontos de comando distantes.
Veja as figuras a seguir:
É utilizado para ligar e desligar sequencialmente lâmpadas em corredores e escadarias, quando há mais
de dois pontos de comando. Instala-se sempre entre dois interruptores paralelos. Veja as figuras a seguir:
O interruptor intermediário possui dois tipos de conexão elétrica interna: de A com D e de B com C
(figura a) ou de A com C e de B com D (figura b). As conexões entre os pontos A, B, C e D podem variar de
acordo com o fabricante.
É usado em sistemas bifásicos (duas fases), podendo ser instalado para ligar e desligar lâmpada(s) em
um único ponto de comando. Veja a figura a seguir:
4.6 Dimmer
- Esquemas unifilares do ponto de tomada: (a) tomada baixa, (b) tomada a meia altura e (c) tomada alta:
5. Potência elétrica
A potência elétrica, comumente chamada de Potência Aparente, é composta por duas parcelas: a
Potência Ativa e a Potência Reativa.
A unidade de medida da Potência Ativa é o Watt (W). A Potência Ativa é a parcela efetivamente
transformada em:
Lâmpadas etc.
Em projetos de instalação elétrica residencial os cálculos efetuados são baseados na potência aparente e
na potência ativa. Portanto, é importante conhecer a relação entre elas para que se entenda o que é fator de
potência.
Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que ela representa uma
porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. A esta
porcentagem damos o nome de fator de potência.
Quando o fator de potência é igual à 1, significa que toda potência aparente é transformada em potência
ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuem resistência elétrica, tais como: chuveiro elétrico,
torneira elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico etc.
Para equipamentos conhecidos, com a etiqueta de especificação técnica, basta olhar na mesma o fator
de potência (F.P.) especificado nesta, à ser utilizado nos cálculos e dimensionamento da fiação e tomadas.
- Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede;
- Arandelas e lustres no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 centímetros do limite do boxe.
A norma NBR 5410:2004 também estabelece as condições para se estabelecer a potência mínima de
iluminação, sendo que a carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência:
- Para área superior a 6m2: atribuir um mínimo de potência de 100VA para os primeiros 6m2, acrescendo
outra potência de 60VA para cada aumento de 4m2 no tamanho do cômodo.
Entretanto, a norma NBR 5410:2004 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em
residências, ficando a decisão por conta do técnico que irá projetar a instalação elétrica.
- Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m2: no mínimo um ponto de tomada;
- Salas e dormitórios independentes da área e cômodos ou dependências com mais de 6m2: no mínimo
um ponto de tomada para cada 5 metros ou fração de perímetro de comprimento de parede, espaçadas tão
uniformemente quanto possível;
- Banheiros: no mínimo um ponto de tomada junto ao lavatório com uma distância mínima de 60
centímetros do limite do boxe;
E em diversas aplicações, é recomendável prever uma quantidade de pontos de tomadas maior do que o
mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego de extensões e benjamins (tês) que, além de desperdiçarem
energia, podem comprometer a segurança da instalação.
As condições para se estabelecer a quantidade de pontos de tomadas de uso específico (PTUE) são: a
quantidade de PTUE é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização que sabidamente vão
estar fixos em uma dada posição no ambiente conforme projeto técnico.
Anotações Gerais
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Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados e conectados
aparelhos móveis ou aparelhos portáteis.
As condições para se estabelecer a potência mínima de pontos de tomada de uso geral (PTUG) são:
- Banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais semelhantes: atribuir no mínimo, a
potência de 600VA por ponto de tomada, com até 3 tomadas, e atribuir a potência de 100VA por pontos de
tomadas excedentes;
- Demais cômodos ou dependências: atribuir, no mínimo, a potência de 100VA por ponto de tomada.
São destinadas à ligação de equipamentos fixos e estacionários, específicos, como o caso de chuveiro
elétrico, torneira elétrica, secadora de roupa, ar condicionado, forno micro-ondas, grill elétrico entre outros.
Normalmente, a ligação desses equipamentos aos pontos de tomadas é realizada utilizando-se tomadas
de 20 ampères, que possuem os pinos de diâmetro de 4,8mm. Ou, inclusive realizar a conexão de forma direta,
sem uso de tomadas de corrente propriamente dito, porém através da emenda dos fios diretamente ou do uso
de conectores apropriados (emendas de porcelana, por exemplo).
Exemplo de tipo de conector de porcelana para conexão e emenda dos fios dos equipamentos de potência
elevada:
Sendo que as condições para se estabelecer a potência de pontos de tomadas de uso específico (PTUE)
são a de atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado, de acordo com a especificação na
etiqueta do próprio equipamento.
O quadro de distribuição deve estar sempre desobstruído, não deve conter partes combustíveis, como
madeira, deve possuir uma tampa interna para evitar riscos de choques e nunca deve ser lavado ou molhado.
A partir do quadro de distribuição, saem os cabos que vão fazer as ligações elétricas das lâmpadas e
interruptores, tomadas e equipamentos elétricos em geral.
Recebemos em nossos lares e casas a energia da concessionária através dos cabos chamados de fase,
que possuem energia, normalmente com dois fios de fase no sistema bifásico e com três fios de fase no sistema
trifásico, além do fio de neutro (obrigatoriamente de cor azul claro), que não possui energia.
Entre os fios de fase, há uma tensão de 220 volts, e entre cada fase e o fio de neutro, há 127 volts.
E, além desses fios, para se reduzir a possibilidade de choques nas instalações elétricas, deve ser
instalado um sistema de aterramento, cujo principal componente é o cabo de aterramento. Para tanto, é cravada
no solo uma haste de cobre de aterramento, próxima ao medidor de energia elétrica (vulgo relógio de luz).
Dessa haste, sairá um condutor de aterramento, obrigatoriamente de cor verde claro, ou verde e amarelo,
até o quadro de distribuição. E, a partir desse quadro, saem os cabos terra para o interior da instalação.
- Tomadas:
12. Transformadores
O transformador (trafo) básico é formado por duas bobinas isoladas eletricamente e enroladas em torno
de um núcleo comum, tal como está apresentado na figura a seguir.
Para se transferir a energia elétrica de uma bobina para a outra usa-se o acoplamento magnético. A
bobina que recebe a energia de uma fonte CA é chamada de primário. A bobina que fornece energia para
uma carga CA é chamada de secundário. Ao assumirmos que um transformador (trafo) funcione sob
condições ideais ou perfeitas, a transferência de energia de uma tensão para outra se faz sem nenhuma perda.
A tensão nas bobinas de um transformador é diretamente proporcional ao número de espiras das bobinas.
Esta relação é expressa através da fórmula:
𝑽 𝑷 𝑵𝑷
=
𝑽 𝑺 𝑵𝑺
Uma razão de tensão de 1 : 6 significa que para cada Volt no primário do transformador há 6 Volts no
secundário. Quando a tensão do secundário é maior do que a tensão do primário, o trafo é chamado de
Exercício 1.: Um transformador de filamento apresentado na figura a seguir, reduz os 120 V no primário para
8 V no secundário. Havendo 150 espiras no primário e 10 espiras no secundário, calcule a razão de tensão e a
razão de espiras.
Solução:
Exercício 2.: Um transformador com núcleo de ferro funcionando numa linha de 120 V possui 500 espiras no
primário e 100 espiras no secundário. Calcule a tensão no secundário.
Solução:
Exercício 3.: Um transformador de potência tem uma razão de espiras de 1 : 5. Se a bobina do secundário
tiver 1.000 espiras e a tensão no secundário for de 30 V, qual será a razão de tensão, a tensão no primário e o
número de espiras do primário?
Solução:
Exercício 4.: Um Trafo conectado em duas pilhas de 1,5V em série, é utilizado em um taser de choque.
Sabendo-se que a tensão é elevada para 20kV, e no primário há apenas 6 espiras, quantas espiras o secundário
deverá ter?
Solução:
Anotações Gerais
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A corrente que passa pelas bobinas de um transformador é inversamente proporcional à tensão nas
bobinas. Esta relação é expressa através da fórmula:
𝑽𝑷 𝑰 𝑺
=
𝑽𝑺 𝑰 𝑷
Onde: IP é a corrente na bobina do primário em Ampère;
IS é a corrente na bobina do secundário em Ampère.
𝑽 𝑷 𝑵𝑷 𝑰 𝑺
= =
𝑽 𝑺 𝑵𝑺 𝑰 𝑷
Exercício 1.: Quando o enrolamento do primário de um transformador de núcleo de ferro funciona com 120 V,
a corrente no enrolamento é de 2 A. Calcule a corrente no enrolamento do secundário se a tensão for aumentada
para 600 V.
Solução
Exercício 2.: Um transformador para campainha com 240 espiras no primário e 30 espiras no secundário retira
0,3 A de uma linha de 127 V. Calcule a corrente no secundário.
Solução:
𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝑺𝒂í𝒅𝒂 𝑷𝑺
𝜼= =
𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝑬𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 𝑷𝑷
Onde: é a eficiência;
PS é a potência de saída no secundário em Watts;
PP é a potência de entrada no primário em Watts.
Exercício 1.: Qual é a eficiência de um transformador se ele consome 900 W e fornece 600 W?
Solução:
Exercício 2.: Um transformador tem uma eficiência de 90 %. Se ele fornece 198 W e funciona em uma linha
de 110 V, qual será a potência de entrada e a corrente no primário?
Solução: temos:
Anotações Gerais
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Exercício: Um T.C. com relação 2.000 A / 5 A apresenta no galvanômetro as seguintes marcações (valores),
assim, qual a corrente real na saída do T.C. ?
a. 2.000 A
b. 500 A
c. 320 A
d. 150 A
e. 1.200 A
13.1 Classificação
Para montar um painel de comando, é fundamental conhecer as funções lógicas básicas dos principais
dispositivos de acionamento.
Função inversora – Do ponto de vista lógico, o circuito realiza uma “inversão” do estado lógico de sua
entrada, portanto, o estado lógico da saída é invertido em relação à entrada.
Função “E” – Essa função envolve no mínimo duas entradas, relacionando-as logicamente de maneira que
uma “E” outra sejam acionadas simultaneamente para que a saída seja ligada. Em um circuito, ela é
representada por dois contatos em série.
14.1 Botões
Instalados nos circuitos com a função de ligar e desligar, ou seja, possibilitam o acionamento ou a
interrupção da corrente de comando, por exemplo: botão de emergência etc.
14.2 Botoeiras
Elementos de controle manual para o comando de máquinas em geral. Atuam no circuito de comando
ligando e desligando o equipamento com comando via contatores.
A botoeira é o elemento mais simples de comando. Uma vez acionada mecanicamente, seu contato NA
(normalmente aberto) fecha-se, e seu contato NF (normalmente fechado) abre-se. Assim como no contator,
uma mola interna é responsável por deslocar os contatos de volta à posição original, assim que o acionamento
mecânico for retirado.
As botoeiras são construídas com proteção contra ligação acidental; sem proteção ou com chave tipo
fechadura. As botoeiras podem ainda conjugar a função de sinaleiro, ou seja, possuem em seu interior uma
lâmpada que indica que a botoeira foi acionada.
As botoeiras do tipo pendente destinam-se ao comando de pontes rolantes e máquinas operatrizes nas
quais o operador tem que acionar a botoeira enquanto em movimento ou em pontos diferentes.
Aula prática em laboratório – Montagem 1a: Acionar uma lâmpada através de um contator.
Aula prática em laboratório – Montagem 1b: Acionar uma lâmpada através de um contator com contato de
selo.
Diagrama de Comando:
Fusíveis Diazed
Intensidade de Intensidade de
Cor Cor
corrente (A) corrente (A)
Rosa 2 Azul 20
Marrom 4 Amarelo 25
Verde 6 Preto 35
Vermelho 10 Branco 50
Cinza 16 Laranja 63
Supervisiona redes trifásicas em que há uma defasagem entre as fases de 120°. Detecta a falta de uma
ou mais fases e desliga um contato quando a falta ocorre.
Além dos contatos de força, os relés possuem contatos auxiliares para interrupção da corrente no circuito
de comando, conforme figura a seguir.
- Circuito de força ou de potência: É responsável por estabelecer a alimentação, ou seja, a conexão dos
terminais da carga à rede elétrica. Fazem parte desse circuito os dispositivos de manobra e de proteção e a
carga elétrica do circuito;
- Circuito de comando ou auxiliar: É responsável por comandar o circuito de força, determinando quando a
carga será ligada ou desligada. Mostra as bobinas dos contatores e seus contatos interligados seguindo a lógica
de contato. Trata-se de um circuito de baixa potência, destinado a implementar a lógica do acionamento.
É necessário conhecer os componentes básicos dos comandos e sua finalidade para ler e compreender a
representação gráfica de um circuito elétrico. Alguns desses elementos são:
- Proteção do sistema: Os relés de proteção contra sobrecarga devem estar sempre em série com as botoeiras
de desligamento.
Diagrama de Comando:
Diagrama de Comando:
A seguir, a configuração dos enrolamentos do secundário dos transformadores de distribuição com suas
respectivas relações de tensão e corrente.
𝐼 =𝐼
A seguir, a configuração dos enrolamentos do secundário dos transformadores de distribuição com suas
respectivas relações de tensão e corrente.
𝑉 =𝑉
𝐼 = √3. 𝐼
𝑃 =𝑃 +𝑃 +𝑃
𝑃 = 3. 𝑉 . 𝐼 . cos 𝜑
Unidade: volt-ampere (VA). Corresponde a soma vetorial da potência ativa (P) com a potência reativa (Q).
𝑆 = √3. 𝑉 . 𝐼
𝑃 = √3. 𝑉 . 𝐼 . cos 𝜑
Q = √3. 𝑉 . 𝐼 . sen 𝜑
Fator de potência é o parâmetro que sinaliza como está o aproveitamento da energia elétrica pelo
consumidor, podendo variar de zero a um. Quanto mais próximo de 1, melhor o aproveitamento e depende do
tipo de carga que predomina na rede elétrica: cargas resistivas, indutivas ou capacitivas.
Por Exemplo: Uma carga resistiva apresenta: Ângulo 𝜑 igual a 0° pois não possui potência reativa
E como: cos0° = 1
𝑃 = √3. 𝑉 . 𝐼 = 𝑆
Ou seja, não há perdas para esse tipo de carga. Outros exemplos análogos podem ser facilmente
explicados e entendidos por:
Onde a Potência Ativa, medida em Watts (W), representa a porção líquida do copo, ou seja, a parte que
realmente será utilizada para matar a sede. E como na vida nem tudo é perfeito, junto vem uma parte de
espuma, representada pela Potência Reativa, medida em Volt-Ampére Reativo (VAr). Essa espuma está
ocupando espaço no copo, porém não é utilizada para matar a sede.
E, o conteúdo total do copo é representado pela Potência Aparente, medida em Volt-Ampére (VA), ou
seja, o que realmente foi pago na compra.
Assim, quanto menos espuma tiver no copo, mais cerveja terá, e quanto menos Potência Reativa for
consumida, maior será o Fator de Potência, tendendo a 1.
A figura a seguir mostra detalhes internos de um motor de corrente contínua (CC). E para entender as
partes que formam o motor, consideramos que ele é formado por estator e rotor.
• Carcaça: Serve como suporte dos demais componentes e fecha o circuito magnético, pois fornece o retorno
do fluxo magnético;
• Enrolamento de campo: Gera a força magnetomotriz (f.m.m.) necessária à produção do fluxo magnético para
gerar o movimento;
• Polos: São as ranhuras soldadas na carcaça, que recebem os enrolamentos de campo;
• Escovas: Consistem em dois pedaços de grafite que ficam em contato com o comutador, fornecendo a
corrente elétrica ao circuito da armadura.
• Eixo da armadura: Produz a rotação para o núcleo da armadura, que, por sua vez, é utilizado para reduzir as
perdas magnéticas no enrolamento da armadura;
• Enrolamento da armadura: Compõe-se de fios enrolados em formato de bobina, por onde a corrente elétrica
circula;
• Comutador: É responsável pela inversão da corrente elétrica no enrolamento da armadura.
Os motores monofásicos possuem apenas um conjunto de bobinas e sua alimentação é feita por uma
única fase de corrente alternada (CA). Dessa forma, eles absorvem energia elétrica de uma rede monofásica e
transformam-na em energia mecânica.
Os motores monofásicos são empregados para cargas que necessitam de motores de pequena potência
como, por exemplo, motores de ventiladores, geladeiras, furadeiras portáteis etc.
De acordo com o funcionamento, os motores monofásicos podem ser classificados em dois tipos:
universal e de indução.
- Motor Universal
Os motores do tipo universal podem funcionar tanto em CC como em CA. O motor universal é o único
motor monofásico cujas bobinas do estator são ligadas eletricamente ao rotor por meio de dois contatos
deslizantes, do tipo escovas (vulgos “carvõeszinhos”). Esses dois contatos, por sua vez, ligam em série o
estator e o rotor.
- Motor de indução
Os motores monofásicos de indução possuem um único enrolamento no estator. Esse enrolamento, gera
um campo magnético que se alterna juntamente com as alternâncias da corrente.
Quando o rotor estiver parado, o campo magnético do estator, ao se expandir e se contrair, induz
correntes no rotor. O campo gerado no rotor é de polaridade oposta à do estator, assim, a oposição dos campos
exerce um conjugado nas partes superior e inferior do rotor, o que tenderia a girá-lo 180º de sua posição
original. Como o conjugado é igual em ambas as direções, pois as forças são exercidas pelo centro do rotor e
em sentidos contrários, o rotor continua parado.
Se o rotor estiver girando, ele continuará o giro na direção inicial, já que o conjugado será ajudado pela
inércia do rotor e pela indução de seu campo magnético. Como o rotor está girando, a defasagem entre os
campos magnéticos do rotor e do estator não será mais de 180º.
Para dar o giro inicial do rotor, são usados comumente dois tipos de partida: a de campo destorcido e a
de fase auxiliar com capacitor. Assim, conforme o tipo de partida, o motor monofásico de indução pode ser
de dois tipos: de campo destorcido (ou motor de anéis em curto) e de fase auxiliar.
O motor de campo destorcido constitui-se por um rotor do tipo gaiola de esquilo e por um estator
semelhante ao do rotor universal. Contudo, no motor de campo destorcido, existe na sapata polar uma ranhura
onde fica alojado um anel de cobre ou espira em curto-circuito. Por isso, este motor é conhecido também como
motor de anel ou de espira em curto-circuito.
Uma vez que no motor de campo destorcido o rotor é do tipo gaiola de esquilo, todas as ligações
encontram-se no estator.
O motor monofásico de fase auxiliar é o de mais larga aplicação, e sua construção mecânica é igual à
dos motores trifásicos de indução. Assim, no estator há dois enrolamentos: um de fio mais grosso e com grande
número de espiras (enrolamento principal ou de trabalho) e outro de fio mais fino e com poucas espiras
(enrolamento auxiliar ou de partida).
O enrolamento principal fica ligado durante todo o tempo de funcionamento do motor, mas o
enrolamento auxiliar só atua durante a partida. Esse enrolamento é desligado ao ser acionado um dispositivo
automático localizado tanto na tampa do motor como no rotor.
E geralmente um capacitor é ligado em série com o enrolamento auxiliar, melhorando desse modo o
conjugado de partida do motor.
O motor assíncrono de corrente alternada é o mais empregado por ser de construção simples, forte e de
baixo custo. O rotor desse tipo de motor possui uma parte autossuficiente que não necessita de conexões
externas.
Esse motor também é conhecido como motor de indução, porque as correntes provenientes da tensão
alternada são induzidas no circuito do rotor pelo campo magnético rotativo do estator.
No estator do motor assíncrono de CA estão alojados três enrolamentos referentes às três fases. Estes
três enrolamentos estão montados com uma defasagem de 120º. E o rotor é constituído por um cilindro de
chapas em cuja periferia existem ranhuras onde o enrolamento rotórico é alojado.
Quando a corrente trifásica é aplicada aos enrolamentos do estator do motor assíncrono de CA, produz-
se um campo magnético rotativo (campo girante). O esquema elétrico a seguir mostra a ligação interna de um
estator trifásico em que as bobinas (fases) estão defasadas em 120º e ligadas em triângulo.
O campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que no momento circula por ela. Se a
corrente for nula, não haverá formação de campo magnético, se ela for máxima, o campo magnético também
será máximo.
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120º, os três campos magnéticos
apresentam também a mesma defasagem. Os três campos magnéticos individuais combinam-se e disso resulta
um campo único cuja posição varia com o tempo. Esse campo único, giratório, é que irá agir sobre o rotor e
provocar seu movimento.
O esquema a seguir mostra como agem as três correntes para produzir o campo magnético rotativo num
motor trifásico.
No esquema vemos que no instante 1, o valor da corrente A é nulo e, portanto, não há formação de
campo magnético. Isto é representado pelo 0 (zero) colocado no polo do estator. As correntes B e C possuem
valores iguais, porém sentidos opostos. Como resultante, forma-se no estator, no instante 1, um campo único
direcionado no sentido N – S.
No instante 2, os valores das correntes se alteram. O valor de C é nulo, e A e B têm valores iguais, mas
A é positivo e B é negativo. O campo resultante se desloca em 60º em relação à sua posição anterior.
Anotações Gerais
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27. Formulário
𝑉 = 𝑅. 𝐼 𝑃 = 𝑅. 𝐼 𝑉 = √𝑃. 𝑅
𝑉 𝑃 𝐿
𝐼= 𝑅= 𝑅 = 𝜌.
𝑅 𝐼 𝑆
𝑉 𝑅. 𝑆
𝑅= 𝑃 𝐿=
𝐼 𝐼= 𝜌
𝑅
𝑃 = 𝑉. 𝐼 𝜌. 𝐿
𝑉 𝑆=
𝑃 𝑃= 𝑅
𝑉= 𝑅
𝐼
𝑉
𝑃 𝑅=
𝐼= 𝑃
𝑉