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Guia de Cuidados para o Paciente Com Olho Seco

O documento apresenta um guia sobre o diagnóstico e tratamento do olho seco, abordando a detecção, avaliação e atuação em quatro passos. Destaca a importância da anamnese e da avaliação tanto invasiva quanto não invasiva para um diagnóstico adequado. Além disso, sugere tratamentos e recomendações para aliviar os sintomas do olho seco.

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Guia de Cuidados para o Paciente Com Olho Seco

O documento apresenta um guia sobre o diagnóstico e tratamento do olho seco, abordando a detecção, avaliação e atuação em quatro passos. Destaca a importância da anamnese e da avaliação tanto invasiva quanto não invasiva para um diagnóstico adequado. Além disso, sugere tratamentos e recomendações para aliviar os sintomas do olho seco.

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O olho seco em

4 passos
Deteção, avaliação invasiva e não-invasiva
e atuação face ao olho seco.

Guia de atendimento
ao doente de olho
seco na ótica
Agradecemos a colaboração prestada à Dra. Mª Assumpta Peral Cerdá
da Faculdade de Ótica e Optometria da Universidade Complutense de Madrid
e a Ramon Solà Parés, responsável pela Unidade de Contactologia Clínica,
da Área Oftalmológica Avançada.
O que é
o olho seco ?
O olho seco é um distúrbio multifatorial da lágrima
e da superfície ocular que se manifesta em sintomas de
desconforto, problemas de visão e de instabilidade do
filme lacrimal com um dano potencial da superfície ocular.

Vem acompanhado por um aumento da osmolaridade da


película lacrimal e de inflamação da superfície ocular [...].
É frequente estar relacionado com uma diminuição da
produção de lágrima ou um aumento da evaporação
lacrimal (de acordo com DEWS, 2007).

2 º

1 º

3 º

4 º
1
PASSO
DETEÇÃO
Recolha e avaliação de sintomas.
Anamnese.

O distúrbio do olho seco pode ser causado por múltiplos fatores,


muitos deles relacionados com o estilo de vida do doente e o ambiente
envolvente. Daí a importância de efetuar uma anamnese correta para
estabelecer as causas do problema e conseguir o diagnóstico e o
tratamento mais adequado.

É importante conversar informalmente com o doente sobre os seus


hábitos, os sintomas subjetivos de que padece, o grau e a frequência
do desconforto, se apresenta alguma doença sistémica (como
diabetes, artrite reumatoide, etc.) associada ao olho seco. Durante
essa conversa, pode também observar-se quantas vezes pestaneja
(um valor normal é de cerca de 15 pestanejos por minuto) e se se
produz um encerramento total da pálpebra.

Após esta primeira abordagem, é conveniente registar formalmente as


respostas. Isso irá ajudar a ter um controlo da forma como o distúrbio
progride e a poder avaliar, através de uma primeira abordagem, o grau
de secura ocular do doente. Existem questionários reconhecidos pela
comunidade científica que estão ao alcance de todos os profissionais:
teste de OSDI, McMonnies, DEQ-5, SPEED.

A redução dos sintomas e a obtenção de alívio deve ser sempre o


primeiro objetivo para o ótico-optometrista. Muitas vezes, a sensação
subjetiva de desconforto do doente é muito superior aos sinais clínicos.
Por isso, torna-se especialmente necessário continuar o procedimento
com a avaliação dos sinais para chegar ao diagnóstico mais adequado.

CONSELHO Estabeleça um procedimento e recolha os sintomas


metodicamente, registando os resultados.

Efetue um breve questionário ao doente sobre os seus sintomas:


NOSSA - Sente desconforto nos seus olhos?
PROPOSTA
- Tem os olhos lacrimejantes?
- A sua visão flutua, especialmente num ambiente seco?
- Usa gotas oftálmicas?
Em caso de resposta afirmativa a uma das perguntas anteriores,
deve acrescentar uma outra:
- Tem a boca seca?
Se houver uma resposta afirmativa a qualquer uma destas
perguntas, é recomendável:
1. Aprofundar a anamnese.
2. Registar os dados do doente.
3. Avaliar possíveis fatores de risco (idade, medicação,
doenças sistémicas, etc.).
4. Efetuar um questionário de sintomas (OSDI, McMonnies...)
para identificar o grau de secura ocular.
5. Recolher a frequência de aparência dos sintomas, se
ocorrem esporadicamente ou de forma continua.
Continue o procedimento com a avaliação dos sinais através de
testes de diagnóstico.

(De acordo com o Canadian Journal of Optometry. Vol. 76. Suppl. 1, p 6.)
AVALIAÇÃO DOS SINAIS

2
PASSO
COM TÉCNICAS NÃO INVASIVAS
Testes de diagnóstico
com técnicas não invasivas.
Existem muitas ferramentas que ajudam na
avaliação de sinais de distúrbio do olho seco, mas
a que está mais generalizada nas óticas é a
lâmpada de fenda, por isso merece uma menção
especial.

OBSERVAÇÃO ATRAVÉS DA LÂMPADA DE FENDA

Em seguida, sugere-se uma ordem lógica no exame para evitar que um


teste contamine o resultado do seguinte:

1. Avaliação da acuidade visual. É um dos parâmetros afetados


quando há olho seco.

2. Estimativa da altura do menisco lacrimal inferior para avaliar o


volume de secreção basal do indivíduo e identificar se é normal ou
escasso. Este teste deve ser feito no início da avaliação, a fim de
evitar deslumbrar a pupila do doente e que isso origine uma
secreção lacrimal reflexa. Os valores normais situam-se entre 0,2 e
0,4 mm (de acordo com Shen M, Li J, Wang J, et al. 2009).

Menisco inexistente Menisco escasso Menisco médio Menisco normal

3. Avaliação das pestanas e das pálpebras através de examen visual.

• Prestar especial atenção à presença de descamações na base das


pestanas, pois pode indicar uma blefarite.
• Observar a regularidade do bordo ou da margem da pálpebra e avaliar
a eventual presença de vasos sanguíneos. O normal é que o bordo
seja regular, não esteja grosso e que não haja presença de vasos.
• Observar os orifícios de saída das glândulas de Meibomio, se são
ou não visíveis e se apresentam algum entupimento. O normal é
que sejam apenas visíveis e que não apresentem entupimentos.

4. Avaliação da integridade na conjuntiva e na córnea.

• Observação e anotação do grau de vermelhidão conjuntival. Uma


rápida evaporação lacrimal pode causar vermelhidão conjuntival.
• Presença de alguma elevação na conjuntiva com iluminação difusa,
ou usando a fenda de tamanho inferior da lâmpada de fenda para
sobrepor o feixe de luz na conjuntiva. As elevações do tecido
conjuntival, seja por uma patologia ou por um traumatismo, geram
uma área de secura na superfície ocular.

Elevação conjuntival Elevação conjuntival Opacidade da córnea adjacente


vista em secção à elevação conjuntival

• Analisar a integridade e a regularidade da córnea e a sua


transparência à primeira vista.

OUTROS TESTES COMPLEMENTARES COM EQUIPAMENTO ADICIONAL

• A observação de miras com um queratometro ou um auto refratômetro


e o tempo que levam a interromper-se fornece informações sobre a
qualidade da película lacrimal.
• A medição da osmolaridade com dispositivos específicos, como
o osmómetro, também pode indicar a qualidade do filme lacrimal.
• A utilização de um interferómetro com a lâmpada de fenda pode
ajudar a medir o tempo de rutura não invasivo (NIBUT) e a melhorar
o estudo da camada lipídica.
AVALIAÇÃO DOS SINAIS

3
PASSO
COM TÉCNICAS INVASIVAS
Testes de diagnóstico
com técnicas invasivas.
Sabe-se que as técnicas invasivas podem provocar um reflexo lacrimal
excessivo e alterar os resultados. Tendo isto em conta, existem métodos
mais ou menos aceites pelos especialistas que ajudam a avaliar o
estado da córnea e do filme lacrimal.

TESTES MAIS FREQUENTES PARA AVALIAR A INTEGRIDADE


DA SUPERFÍCIE OCULAR

• Avaliação da integridade na conjuntiva e na córnea após a


aplicação de fluoresceína + lâmpada de fenda com filtro azul e filtro
Wratten 12 amarelo. Deve analisar-se o BUT e a coloração da córnea.
Para avaliar o BUT devem considerar-se diferentes valores de acordo
com o volume de fluoresceína instilado:

- Volumes entre 1-3 μL (DET – Dry Eye Test)


• TRL ≤ 5 olho seco
• TRL > 5 olho normal
- Volumes entre 30-40 μL (gota de fluoresceína)
• TRL ≤ 10 olho seco
• TRL > 10 olho normal

Para avaliar a coloração da córnea deve ter-se em conta que esta


costuma estar associada à secura ocular quando se apresenta no
quadrante inferior da córnea e que isso se deve ao pestanejo escasso
ou incompleto, ou à obstrução das glândulas de Meibomio, ou a
lagoftalmo noturno (dormir com os olhos entreabertos). Neste último caso,
a coloração costuma alargar-se a zonas conjuntivais em forma de banda.

• Avaliação da integridade conjuntival através da aplicação de verde


de lissamina, corante específico para o tecido conjuntival. É muito útil
nos seguintes casos:
- Para avaliar a coloração da conjuntiva bulbar devida à secura.

- Para avaliar a coloração no bordo interno da pálpebra perto das


pestanas, conhecida como Epiteliopatia de Varrimento da Pálpebra
Superior (LWE). Esta coloração ocorre com mais frequência em
utilizadores de lentes de contacto.
Em relação a estes testes deve ter-se em conta o seguinte:

Se a córnea e a conjuntiva aparecerem pontilhadas, isso indica que a


integridade do tecido está comprometida e que estão presentes
mediadores inflamatórios.

É conveniente eliminar os vestígios de coloração com solução salina


sem conservantes.

A extensão do pontilhado e a sua localização podem dar informações


sobre o grau de gravidade e a causa do distúrbio do olho seco.

ESQUEMA DE OXFORD

Imagem A Imagem B Imagem C Imagem D Imagem E


AUSENTE MÍNIMO LIGEIRO MODERADO GRAVE

OUTROS TESTES DISPONÍVEIS


• Medição da quantidade de lágrima com fio vermelho de fenol.
É uma alternativa mais confortável para a avaliação do volume
lacrimal. Esta técnica consiste em introduzir na pálpebra inferior
uma tira de algodão impregnada com vermelho de fenol durante
15 segundos. A parte de algodão que muda de cor deve ser
medida diretamente com a escala que acompanha a embalagem.
• Durante muito tempo, o teste de Schirmer serviu para avaliar a
deficiência de lágrima, mas hoje em dia é rejeitado por muitos
profissionais, principalmente por causa do desconforto que
provoca nos doentes.
CONSELHO
Dedique a um doente com problemas de secura ocular
todo o tempo que for necessário. A saúde ocular e o
conforto do seu doente é importante e tem lugar na ótica.

Valores normais nos testes para a avaliação do distúrbio do olho seco


(De acordo com o Canadian Journal of Optometry. Vol. 76. Suppl. 1, p 16 e Invest Ophtalmol Vis Sci.;50:2722-2726)

AVALIAÇÃO TESTE VALORES NORMAIS


Questionário de sintomas OSDI < 12/100
McMonnies < 14,50/45
DEQ-5 < 6 para olho seco
Teste de Schirmer > 10 mm/5 min
Volume da lágrima Teste do Vermelho de Fenol > 9 mm/15 seg
Altura do menisco lacrimal 0,20 - 0,40 mm
Osmolaridade da lágrima Osmómetro < 308 mOsm/L
Avaliação do segmento Lâmpada de fenda
anterior:
Viscosidade Média
1 Filme lacrimal
Resíduos Poucos ou nenhum
2 Pestanas Pestanas Sem resíduos
nem descamação
Expressão Que seja fácil
3 Glândulas de Meibomio
Secreções Aspeto claro, líquidas
Margem das Boa justa posição,
4 Margem das pálpebras pálpebras lisa e sem rugosidades.
Tempo de Rutura
Lacrimal com > 10 seg
Estabilidade do Fluoresceína (FL-TBUT)
filme lacrimal
Tempo de Rutura > FL- TBUT
Não Invasiva (NIBUT)
Integridade dos tecidos Córnea Sem pontilhado
(usando corantes ou com
oftálmicos) Conjuntiva (< grado 2)

NOSSA PROPOSTA

Na medida do possível, verifique se os doentes apresentam valores


normais para cada uma das avaliações que efetuar.
4
PASSO
ATUAÇÃO
Tratamento, acompanhamento
e remissão.
O uso de lágrimas humidificantes é recomendado como complemento a
qualquer tratamento seja qual for o grau de secura ocular. No caso do seu
uso ser necessário durante mais de 4 vezes por dia, é aconselhável usar
gotas humidificantes sem conservantes.

CONSELHOS PARA O TRATAMENTO DO DISTÚRBIO DO OLHO


SECO: UM NOVO PONTO DE VISTA
Contributos recentes propõem uma abordagem mais prática para a
classificação de olho seco, que considera principalmente há quanto tempo
o doente sofre do distúrbio e a forma como evolui a sua resposta aos
diferentes tratamentos. (Ver Canadian Journal of Optometry. Vol. 76. Suppl.
1, p 17 e ss.)
De acordo com isso, os tipos de secura e os tratamentos podem ser
classificados de acordo com a tabela seguinte:
TIPO DE SECURA TRATAMENTO COMO PROCEDER

Lágrimas/lubrificantes É conveniente considerar a composição


dos agentes disponíveis com base em
lípidos e os que restauram a camada de
mucina.
Ocular Compressas quentes, higiene da
pálpebra, óculos com câmara
humidificante, alterações nas lentes
• Episódica de contacto (alterações no regime de
utilização ou no sistema de manutenção
das lentes de contacto).
Considerações Avaliar as circunstâncias ambientais
não oculares (humidade ambiental, exposição às
correntes de ar, utilização de
computadores), toma de medicamentos,
álcool, tabaco, distúrbios hormonais,
apneia do sono.

Curto prazo Tratamento aplicado no tipo EPISÓDICO


+ corticosteroides tópicos.

Longo prazo Ciclosporina tópica.


Ácidos gordos essenciais.
• Crónica
Complementar Tetraciclina oral/macrolídeos, oclusão
lacrimal, expressão das glândulas de
Meibomio, máscaras para dormir/venda
para as pálpebras.

Ocular Lentes esclerais, retirada de filamentos,


soro autólogo, membranas amnióticas,
tarsorrafia, outras técnicas cirúrgicas.
• Recalcitrante
Sistémico Secretagogos, terapias
imunossupressoras sistémicas.

CONSELHO Recomende produtos que aliviem e minimizem os sintomas. Para


quem os sofre, isto é muitas vezes o mais importante. Na ótica,
existem soluções adequados para doentes episódicos com secura ligeira e
também com secura ocular mais grave (sem conservantes).
NOSSA PROPOSTA: GUIA DE PRESCRIÇÃO

PÚBLICO-
PRODUTO O QUE FORNECE DESCRIÇÃO PRESCRIÇÃO ALVO

Remoção Toalhitas com


Acuaiss
Toalhitas de gorduras ácido hialurónico Olho gorduroso
20 ud e de remela e extratos
naturais.

Limpeza
Acuaiss banho Soro fisiológico
e hidratação Alergias
ocular com ácido
num só
360 / 100 ml hialurónico.
passo

Público geral
Acuaiss Gotas Gotas com Secura ocular
humidificantes ácido hialurónico. ligeira.
monodose Monodose sem Utilizador
20 x 0,35 ml ocasional.
conservantes.
Alívio
imediato
Acuaiss Gotas Gotas com ácido Secura ocular
humidificantes hialurónico. ligeira.
Multidose. Formato multiusos.
multidose 6 ml

Gel refrescante
Hidratação com ácido Fadiga nas
Acuaiss e elasticidade hialurónico, pálpebras.
Roll - on Stress das
nas pálpebras que hidrata e
15 ml pálpebras.
repara a pele
das pálpebras.

Disop Hidratação Gotas sem


conservantes. Secura ocular
Zero Gotas em casos
(tratamento prolongado)

ligeira-moderada.
Público mais específico

mais graves Ácido hialurónico


humidificantes de elevado Tratamento
10 ml de secura prolongado.
peso molecular.

Disop Spray ocular sem Pessoas com secura


Zero Spray Reestrutura conservantes. hiperevaporativa
by LipoNit a camada Cómodo de usar, ou dificuldade
con lipossomas lipídica utiliza-se com em usar um sistema
10 ml os olhos fechados. de gotas.
Bibliografia
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3/4-2011; 24-29.
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