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FÍSICA B - Pos

O documento aborda o estudo de grandezas físicas, diferenciando entre grandezas escalares e vetoriais. As grandezas vetoriais são definidas por valor, unidade, direção e sentido, enquanto as escalares são caracterizadas apenas por valor e unidade. O texto também discute a representação de vetores e a soma vetorial, incluindo exemplos práticos e exercícios.
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FÍSICA B - Pos

O documento aborda o estudo de grandezas físicas, diferenciando entre grandezas escalares e vetoriais. As grandezas vetoriais são definidas por valor, unidade, direção e sentido, enquanto as escalares são caracterizadas apenas por valor e unidade. O texto também discute a representação de vetores e a soma vetorial, incluindo exemplos práticos e exercícios.
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Aula Física

01 1B

Introdução ao estudo
dos vetores e regra do
polígono
Grandeza física necessário um intervalo de tempo
de 5 minutos, isso está perfeita-
em cima, cuja função é simbolizar a
correspondente grandeza vetorial:
No estudo da Física, encontra-se mente caracterizado. v
frequentemente a expressão grande-
za física, que pode ser definida como Grandeza vetorial é aquela
tudo o que se possa medir direta ou que para ficar perfeitamente v ⇒ vetor velocidade, por exemplo

indiretamente e que possua uma definida é necessário conhecer


determinada unidade. seu valor, sua unidade de medi-
da e mais uma orientação.
Características de
• Medida direta: O valor da gran-
deza é obtido por meio de um um vetor
aparelho de medida. É o caso da Como exemplos de grandezas Para se caracterizar uma grande-
massa de um corpo, que pode ser vetoriais, podemos citar velocidade, za vetorial, é necessário conhecer:
obtida fazendo-se a leitura em aceleração, força e deslocamento.
Por exemplo, quando se diz que o • a intensidade (módulo mais a
uma balança. unidade de medida);
deslocamento de um móvel é de
• Medida indireta: O valor da • a direção;
10 metros, fica faltando uma orien-
grandeza é obtido por meio tação, pois tal deslocamento pode • o sentido.
de uma equação. É o caso da ocorrer para qualquer lado. Porém,
aceleração, quando obtida a
partir da variação de velocidade
se dissermos que o deslocamento
foi de 10 m, na horizontal para a
Intensidade
e do correspondente intervalo direita, a informação fica perfeita- Para as grandezas vetoriais, não
de tempo. mente caracterizada. se define valor negativo, portanto
As grandezas físicas estão elas são sempre medidas em módu-
divididas em dois grupos: escalar e lo. Assim, intensidade é o módulo
vetorial. Vetor do vetor mais a sua respectiva uni-
dade de medida.
Grandeza escalar é aquela Vetor é um segmento de
que fica perfeitamente definida reta orientado que serve para Intensidade de uma gran-
por um valor mais uma unida- representar uma grandeza ve- deza física é representada pelo
de de medida. torial. comprimento do vetor acom-
panhado de sua unidade de
Como exemplos de grandezas A orientação de uma grandeza medida.
escalares, podemos citar: tempo, vetorial pode ser obtida conhecen-
massa, comprimento e volume. do-se o vetor. Origem Extremidade
Assim, quando se diz que, para Para denominar um vetor,
módulo = 10
descrever determinado percurso foi utiliza-se uma letra com uma seta 10 m
intensidade = 10 m

1
Direção Determinar o vetor soma desses
deslocamentos consiste em deter-
minar um vetor que liga o ponto de
partida A ao de chegada B:
A direção de um vetor é carac- É importante saber
terizada pela sua reta suporte.
A maneira correta de se re- d1
presentar uma grandeza ve- A
(reta suporte) torial é:
d2
v ⇒ refere-se ao vetor, portan- d
to deve-se caracterizar
Vetores de direção a intensidade, direção e B
d3
horizontal sentido;
|v| ou v ⇒ refere-se apenas ao Representação matemática da
módulo, portanto soma vetorial:
caracteriza apenas
Vetores de direção a intensidade.
vertical d = d1 + d 2 + d 3
É errado escrever: v = 4 m/s
Intensidade do vetor soma:
Aplicando Pitágoras, temos:
Vetores de direções
oblíquas
Sistema de 10 m
vetores A

6m 6m
1) Vetores iguais: d
a
Sentido a = b (mesmo módulo,
mesma direção e mesmo 8m B 2m
sentido)
b
d2 = 62 + 82 = 100
O sentido de um vetor fica
2) Vetores opostos:
caracterizado pela seta.
c d = 10 m
c = – d (mesmo módulo,
mesma direção e sentidos
Dados os vetores abaixo, contrários)
d
nota-se que eles possuem a mesma Utilizando a regra do polígono
direção, porém suas setas são opos- O sinal (menos) na frente do d num quadriculado, pode-se facil-
tas; assim, esses vetores possuem não significa que ele é negativo, mente determinar o vetor soma,
sentidos opostos. mas, sim, que seu sentido é contrá- bem como o seu módulo.
rio ao de c.
Dados vários vetores num
quadriculado, o vetor soma é
Sentido para direita. Soma vetorial obtido ligando-se a extremidade
Sentido para esquerda. de um vetor à origem do outro, em
Regra do polígono qualquer ordem (a no b ou b no a).
Para ligá-los, deve-se transportar o
Caracterizando uma Considere um corpo que inicia vetor, sem alterar o módulo, direção
seu movimento em A e faz os des- e sentido. O vetor soma, portanto,
grandeza vetorial locamentos sucessivos d 1, d 2, d 3, ligará o ponto de partida ao de
v = 4 m/s chegando a B: chegada.
d1
intensidade: |v| = 4 m/s ou v = 4 m/s A
v direção: horizontal
sentido: para a direita (ou da esquerda d2 No caso de o ponto de parti-
para a direita) d1 = 10 m da coincidir com o de chegada,
o módulo do vetor soma será
d2 = 6 m B
d3 nulo.
d3 = 2 m

2 Extensivo Terceirão
Aula 01

Testes
01.04. (UNEB – BA) – Um jogador de golfe necessita de
Assimilação quatro tacadas para colocar a bola no buraco. Os quatro
deslocamentos estão representados na figura a seguir. Sendo
01.01. (F. BELAS ARTES – SP) – São grandezas escalares:
d1 = 15 m; d2 = 6,0 m; d3 = 3,0 m; d4 = 1,0 m, a distância
a) tempo, deslocamento e força.
inicial da bola ao buraco era, em metros, igual a:
b) força, velocidade e aceleração.
G
c) tempo, temperatura e volume. d2 G
d) temperatura, velocidade e volume. d3

01.02. (VUNESP – SP) – No ensino médio, as grandezas


físicas costumam ser classificadas em duas categorias. Na G G
d1 Buraco d4
primeira categoria estão as grandezas definidas apenas por
um número e uma unidade de medida; as grandezas da
segunda categoria requerem, além disso, o conhecimento
de sua direção e sentido.

ÁREA 1ª. CATEGORIA 2ª. CATEGORIA


a) 5,0 b) 11 c) 13
d) 17 e) 25
mecânica

eletricidade

a) Como são denominadas as duas categorias, na sequência


apresentada?
b) Copie a tabela seguinte em seu caderno de respostas
e preencha corretamente as lacunas, indicando uma
grandeza física da área de mecânica e outra da área de
eletricidade, para cada uma dessas categorias.

01.03. (UFBA) – Na figura estão desenhados dois vetores,


G G
x e y . Esses vetores representam deslocamentos
G G
sucessivos Aperfeiçoamento
de um corpo. Qual é o módulo do vetor x + y ?
01.05. (UFRN) – Uma pessoa se desloca sucessivamente: 5
metros de norte para sul, 12 metros de leste para oeste e 10
G metros de sul para norte. O vetor deslocamento resultante
Y
G tem módulo, em m:
X
a) 5 b) 12 c) 13
d) 15 e) 17
1 cm

1 cm

Física 1B 3
01.06. (INATEL – MG) – João caminha 3 m para Oeste e No final dos três deslocamentos, podemos afirmar que o
depois 6 m para o Sul. Em seguida, ele caminha 11 m para deslocamento resultante da formiga tem módulo igual a:
Leste. Em relação ao ponto de partida, podemos afirmar que a) 110 cm
João está aproximadamente: b) 50 cm
a) a 10 m para Sudeste c) 160 cm
b) a 10 m para Sudoeste d) 10 cm
c) a 14 m para Sudeste e) 30 cm
d) a 14 m para Sudoeste
e) a 20 m para Sudoeste

01.09. (PUCRJ) – Um veleiro deixa o porto navegando


70 km em direção leste. Em seguida, para atingir seu destino,
navega mais 100 km na direção nordeste. Desprezando a
curvatura da Terra e admitindo que todos os deslocamentos
01.07. (UCSAL– BA) – Um cachorro, num terreno plano e são coplanares, determine o deslocamento total do veleiro
horizontal, se desloca de um ponto P a outro Q, percorrendo em relação ao ponto de origem.
sucessivamente 50 m para o norte, 80 m para o leste, 30 m (Considere 2 = 1,40 e 5 = 2,20)
para o norte e, finalmente, 20 m para o oeste. Para retornar a) 106 km
de Q a P, a menor distância possível que o cachorro deve
b) 34 km
percorrer, em metros, é:
c) 154 km
a) 180
d) 284 km
b) 150
e) 217 km
c) 120
d) 100
e) 80

01.10. (UECE) – Aline anda 40 m para o leste e certa distância


X para o norte, de tal forma que fica afastada 50 m do ponto
de partida. A distância percorrida para o norte foi:
a) X = 20 m
b) X = 30 m
01.08. (UDESC) – Um “calouro” de Curso de Física recebeu c) X = 35 m
como tarefa medir o deslocamento de uma formiga que se d) X = 40 m
movimenta em uma parede plana e vertical. A formiga realiza
três deslocamentos sucessivos:
1) um deslocamento de 20 cm na direção vertical, parede
abaixo;
2) um deslocamento de 30 cm na direção horizontal, para
a direita;
3) um deslocamento de 60 cm na direção vertical, parede
acima.

4 Extensivo Terceirão
Aula 01
GGG G
01.13. (UCSAL– BA) – Dados os vetores a, b, c e d, represen-
Aprofundamento tados no esquema ao lado, vale a seguinte relação:
G G G G G
01.11. (UFC – CE) – A figura mostra o mapa de uma cidade a) a  b c  d b
G G G G G
em que as ruas retilíneas se cruzam perpendicularmente e b) a  b  c  d 0
cada quarteirão mede 100 m. Você caminha pelas ruas a G G G G G
c) a  b  c d a
partir da sua casa, na esquina A, até a casa da sua avó, na G G G G
d) a  b  d c
esquina B. Dali segue até sua escola, situada na esquina C. G G G G G
A menor distância que você caminha e a distância em linha e) a  c b  d c
reta entre sua casa e a escola são, respectivamente:
G
C d
100 m
B 01.14. (MACK – SP) – Com seis vetores de módulos iguais a
8 u, construiu-se o hexágono regular ao lado. O módulo do
vetor resultante desses seis vetores é:
a) zero.
A D b) 16 u.
c) 24 u.
a) 1800 m e 1400 m. b) 1600 m e 1200 m. d) 32 u.
c) 1400 m e 1000 m. d) 1200 m e 800 m. e) 40 u.
e) 1000 m e 600 m.
01.15. (FCC
G G – GBA) G– No esquema estão representados os
01.12. (VUNESP – SP) – Um caminhoneiro efetuou duas en- vetores v1 , v2 , v3 e v 4 . A relação vetorial correta entre esses
tregas de mercadorias e, para isso, seguiu o itinerário indicado vetores é:
G G G G G G
pelos vetores deslocamentos d1 e d2 ilustrados na figura. a) v1  v 4 v2  v3
G G G G G
d1 = 10 km b) v1  v2  v3  v 4 0 G
G G G G v1
c) v1  v3  v 4 v2 G
v4
G G G G
d) v1  v 4 v2 v 3
G G G
e) v1  v3 v 4
d2 = 6 km G
v2
30°

Para a primeira entrega, ele deslocou-se 10 km e para a


segunda entrega, percorreu uma distância de 6 km. Ao final 01.16. (FATEC – SP) – Dados os vetores A, B e C, represen-
da segunda entrega, a distância a que o caminhoneiro se tados na figura em que cada quadrícula apresenta lado
encontra do ponto de partida é: correspondente a uma unidade de medida, é correto afirmar
que a resultante dos vetores tem módulo:
a) 4 km b) 8 km
a) 1 G
c) 2 19 km d) 8 3 km A
b) 2
e) 16 km
c) 3
d) 4
G
e) 6 B
G
C

Física 1B 5
01.17. (UFC – CE) – Na figura a seguir, em que o reticulado
forma quadrados de lado L = 0,50 cm, estão desenhados dez Desafio
vetores, contidos no plano xy. O módulo da soma de todos
esses vetores é, em centímetros: 01.19. (MACK – SP) – A figura mostra 5 forças representadas
por vetores de origem comum, dirigindo-se aos vérticesG de
a) 0,0. y
um hexágono regular. Sendo 10 N o módulo da força Fc , a
b) 0,50.
intensidade da resultante dessas 5 forças é:
c) 1,0. G G
a) 50 N. FA FB
d) 1,5. b) 45 N.
e) 2,0. c) 40 N.
x
d) 35 N. G
FC
e) 30 N.

G G
FE FD

01.20.
 (MACK
   – SP) – O vetor resultante da soma de
AB, BE e CA é: C


01.18. A figura mostra um conjunto de vetores dispostos a) AE
em um hexágono regular de lado 5 u. O módulo do vetor 
b) AD B D
resultante (soma vetorial) do sistema vale: 
G c) CD
a) zero e


b) 5 u G G d) CE
a d 

c) 10 u e) BC A E
d) 15 u
e) 30 u G G
b c

Gabarito
01.01. c 01.10. b
01.02. a) grandezas escalares e grandezas vetoriais. 01.11. c
b) Mecânica: 1a. categoria: massa; 2a. categoria: força. Eletricidade: 01.12. c
1a. categoria: carga elétrica; 2a. categoria: campo elétrico. 01.13. a
01.03. 5 cm 01.14. d
01.04. c 01.15. a
01.05. c 01.16. a
01.06. a 01.17. e
01.07. d 01.18. e
01.08. b 01.19. e
01.09. c 01.20. d

6 Extensivo Terceirão
Física
Aula 02 1B 1B
Regra do paralelogramo, subtração
vetorial e produto de uma grandeza
escalar por uma grandeza vetorial

Regra do paralelogramo Cuidado com a expressão: s = a + b


Conforme mostraremos mais à frente, a regra do Para que você possa entender a explicação a seguir, é
paralelogramo permite somar apenas dois vetores de bom relembrar que o módulo de um vetor é representado
cada vez, desde que eles não sejam paralelos entre si. pelo seu tamanho e costuma ser denominado pela mes-
Para aplicar essa regra basta, em primeiro lugar, colocar ma letra que o representa, porém sem a seta sobre ela.
os dois vetores a serem somados com a origem no mes- Leia agora a expressão matemática a seguir:
mo ponto, conforme ilustração abaixo.
s=a+b
a
Do ponto de vista vetorial, essa expressão é errada,
b exceto para um caso específico de que trataremos em
breve. Para entender a razão de não ser correta, é impor-
Prosseguindo, devem-se traçar duas retas, sendo, tante perceber que ela indica uma soma de módulos e
cada uma delas, paralela a um dos vetores e que passem não de vetores. Assim, deve-se ler e interpretar a equação
pelas respectivas extremidades, como mostra a próxima anterior da seguinte forma: o módulo (s) do vetor resul-
figura. tante s é igual à soma do módulo (a) do vetor a mais o
módulo (b) do vetor b. Como o módulo de um vetor é
a
representado pelo seu comprimento, a referida expressão
está afirmando que a soma dos comprimentos de a e b
é igual ao comprimento do vetor s , o que é falso. Basta
b
olhar para a última figura apresentada e concluir que o
módulo (comprimento) do vetor resultante é diferente
O resultado obtido é uma figura geométrica plana
da soma dos módulos (comprimentos) dos vetores
denominada paralelogramo. Se os vetores a serem
a e b. Assim:
somados (a e b) fossem paralelos, não seria possível
formar tal figura. É por isso que esse método aplica-se s≠a+b
somente para vetores que não sejam paralelos.
O vetor resultante ou soma ( s ) é obtido unindo a
origem dos vetores a e b com o ponto onde as paralelas
se encontraram. Assim:
Como calcular o módulo do ve-
tor resultante da soma de dois
a s
vetores perpendiculares entre si
Como módulo de um vetor é representado pelo seu
b
comprimento, é possível usar de artifícios da geometria
Para representar a soma vetorial através de uma para determiná-lo. Em vestibulares, os casos mais
expressão matemática, pode-se escrever: frequentes são aqueles em que os vetores a serem
somados formam entre si um ângulo reto, ou seja, 90°.
s =a+b Nessa situação, como os vetores a e b são perpendicu-
lares entre si, o vetor soma dividirá o paralelogramo em
A maneira de se ler a expressão anterior é: o vetor dois triângulos que, além de congruentes, são do tipo
resultante s é igual à soma dos vetores a e b. Lembre- retângulos. Por isso, o módulo (comprimento) do resul-
-se de que a seta sobre a letra indica que a grandeza é tante pode ser facilmente determinado pelo Teorema
vetorial, ou seja, que possui módulo, direção e sentido. de Pitágoras.

Física 1B 7
b) Para α = 180°
a s Quando os dois vetores a serem somados possuí-
rem a mesma direção, porém sentidos contrários, eles
b formarão entre si um ângulo de 180°. Observe a figura:
Assim, podemos escrever: b a

s=a+b s

Nesse caso, o vetor soma também terá a mesma


direção dos vetores e o seu sentido coincidirá com o
s2 = a2 + b2 do vetor de maior módulo (maior comprimento), como
mostra a figura anterior. Assim, podem-se escrever as
seguintes equações, sendo todas corretas:
s≠a+b
s =a+b

Como calcular o módulo do vetor s=|a–b|


resultante da soma de dois vetores
paralelos entre si s≠a+b
Vetores paralelos entre si podem formar tanto ângu-
lo (α) de 0° quanto de 180°. Veremos agora uma possível
maneira de somá-los.
a) Para α = 0°
Quando os dois vetores a serem somados possuírem
a mesma direção e sentido, eles formarão entre si um
É importante saber
ângulo de 0°. Observe a figura: 1. A operação vetorial que está sendo realizada é
a
uma soma vetorial (a + b) e, por questões geo-
métricas, o módulo do resultante equivale ao da
b diferença entre os módulos de a e b. Assim, deve
s
ficar muito claro que não se trata de uma diferen-
Nesse caso, o vetor soma também terá a mesma direção ça vetorial.
e sentido, como mostra a figura anterior. Assim, podem-se 2. Para ângulos de 180°, o resultante terá o mínimo
escrever as seguintes equações, sendo ambas corretas: valor possível para a soma de dois vetores.
3. Trata-se da única situação em que é possível cal-
s =a+b cular o módulo do resultante simplesmente fa-
zendo a diferença dos módulos dos vetores a e b.
s=a+b

Como calcular o módulo do vetor


resultante da soma de dois vetores
É importante saber que formam ângulo de 120° entre si.
1. Para ângulo de 0°, o resultante terá o máximo va- Quando α = 120° e os módulos dos vetores a e b
lor possível para a soma de dois vetores. forem iguais, o vetor soma também dividirá o paralelo-
gramo em dois triângulos congruentes e equiláteros. O
2. Trata-se da única situação em que é possível
vetor soma estará sobre a bissetriz do ângulo de 120°
calcular o módulo do resultante simplesmen-
e seu módulo (comprimento) terá o mesmo valor dos
te fazendo a soma dos módulos dos vetores
módulos dos vetores que estão sendo somados.
que estão sendo somados.

8 Extensivo Terceirão
Aula 02

S Em primeiro lugar, deve-se identificar o vetor oposto


a b, ou seja, o vetor –b. Assim:

120o a
a b –b

Expressões matemáticas verdadeiras para α = 120°: b

s =a+b
Agora, utilizando uma das regras vetoriais (polígo-
no ou paralelogramo), soma-se a com o oposto de b
s=a=b ou seja, –b. O resultado obtido é a diferença desejada.
Na ilustração a seguir, foi utilizada a regra do paralelo-
gramo. Quanto ao vetor b (tracejado), ele tem apenas
s≠ a+b caráter ilustrativo e não há necessidade de desenhá-lo
ao proceder às operações descritas anteriormente.

–b a
É importante saber b
Se α = 120° e a = b então s = a = b.

Produto de uma grandeza escalar


Diferença vetorial
A diferença (d) entre dois vetores (a – b) pode ser
por uma grandeza vetorial
calculada pela soma do vetor a com o oposto de b, ou São muitas as equações utilizadas pela Física em
seja, –b. Assim, a equação vetorial d = a – b também que é necessário multiplicar uma grandeza escalar,
pode ser escrita como d = a + (–b). Lembre-se de que abaixo representada por n, e uma grandeza vetorial, por
vetor oposto é aquele que tem o mesmo módulo, a exemplo b. O resultado dessa operação é uma grandeza
mesma direção, porém sentido contrário. vetorial a que, certamente, possuirá a mesma direção de
b. Porém, se n tiver sinal positivo, a terá o mesmo senti-
d = a – b = a + (– b) do de b e, caso n seja negativo, a terá sentido contrário
ao de b. Assim, para a = n . b,teremos:
Para efetuar geometricamente a diferença entre
vetores, podemos proceder da seguinte maneira:
• se n for positivo, a e b terão mesma direção e
sentido;
a • se n for negativo, a e b terão mesma direção e
sentidos contrários.

Física 1B 9
Testes
02.04. (UEL – PR) – Duas forças, uma de módulo 30 N e outra
Assimilação de módulo 50 N, são aplicadas simultaneamente num corpo. A
força resultante R vetorial certamente tem módulo R tal que:
02.01. (PUC – SP) – Numa competição de arco-e-flecha, o
a) R > 30 N. b) R > 50 N.
que faz a flecha
G atingir altas velocidades é a ação da força
resultante R , obtida por meio da soma vetorial entre as for- c) R = 80 N. d) 20 N ≤ R ≤ 80 N.
G G
ças F1 e F2 exercidas peloG fio impulsor. A figura que melhor e) 30 N ≤ R ≤ 50 N.
representa a resultante R é:

a) G
R

b) G
R

c) G
R Aperfeiçoamento
d) G 02.05. (UFRN)G –G Qual
G Gé o módulo da resultante das forças
R coplanares M, N, P e Q aplicadas ao ponto O, como se
e) mostra na figura a seguir?
G
R
G
M
02.02. (PUCPR) – Em uma partícula atuam duas forças de
50 N e 120 N, perpendiculares entre si. Determine o valor 1N
da força resultante. G G
Q O N
a) 130 N 1N G
b) 170 N P
c) 70 N
d) 6000 N
e) 140 N

02.06. (UFAL) – Uma partícula está sob a ação das forças


02.03. (PUCCAMP – SP) – A soma de dois vetores ortogonais, coplanares conforme o esquema a seguir. A resultantes delas
isto é, perpendiculares entre si, um de módulo 12 e outro de é uma força de intensidade, em N, igual a:
módulo 16, terá módulo igual a: F1 = 20N F2 = 60N
a) 4
b) um valor compreendido entre 12 e 16
c) 20 F3 = 30N
d) 28
e) um valor maior que 28

a) 110
b) 70
c) 60
d) 50
e) 30

10 Extensivo Terceirão
Aula 02

02.07. (UEM – PR) – Duas forças de 2 N e 3 N formam um 02.10. (GUARAPUAVA – PR) – Duas forças F 1 e F 2 são
sistema. O ângulo entre elas vale 60o. A resultante será: aplicadas a um ponto material. Sabendo que a sua resultante
a) 17 N é mínima, o ângulo entre essas duas forças é:
a) 0o
b) 19 N
b) 60o
c) nula
c) 180o
d) 19 N
d) 90o
e) 17 N
e) 120o

Aprofundamento
02.11. (FCC – SP) – Duas forças, de intensidade 30 N e 40 N,
atuam simultaneamente num corpo. A resultante delas tem
módulo compreendido entre:
a) 10 N e 70 N
b) 10 N e 80 N
c) 5 N e 70 N
d) 0 e 40 N
02.08. (UFPR) – Duas forças de 9 N e 12 N formam um e) 0 e 30 N
sistema. O ângulo entre elas vale 120o. Determine o valor G G
02.12. (FUVEST – SP) – Duas forças F1 e F2 agem sobre um
aproximado da resultante. Obs.: cos 120° = – 1. corpo A, como mostra a figura a seguir.
2
a) 21 N G
F2
b) 2 N
c) 11 N G
d) 8 N F1
A
e) 3 N

O esquema vetorial que corresponde a esta situação com a


respectiva resultante vetorial é:
a) G b) G
R R
G G
F2 F2
G G
F1 F1

c) G d) G
F1 F1
02.09. (UCP – RS) – Duas forças concorrentes de 8 N e 6 N G
F2
formam um sistema. Sendo R a resultante, a única afirmação
G G
impossível será: R G
R F2
a) a resultante pode ser menor que 14 N;
b) a resultante pode ser igual a 14 N;
c) a resultante pode ser maior que 2 N;
e)
d) a resultante pode ser nula; G G
F2 R
e) a resultante pode ser igual a 10 N.

G
F1

Física 1B 11
G G
02.13. (UFC – CE) – M e N são vetores de módulos iguais 02.14. (UFOP – MG) – Os módulos de duas forças F1 e F2 são
G G
(|M| = |N| = M). O vetor M é fixo e o vetor N pode girar em F1 3 e F2 5, expressos em newtons. Então, é sempre
torno do ponto O (veja a figura) no plano formado por M e N. verdade que:
Sendo R = M + N, indique, entre os gráficos a seguir, aquele G G
que pode representar a variação de |R| como função do I. F1  F2 2
ângulo θ entre M e N. G G
II. 2 d F1  F2 d 8
G G
N III. F1  F2 8
G G
IV. 2 d F1  F2 d 8
θ
Indique a alternativa correta:
O M a) Apenas I e III são verdadeiras
b) Apenas II e IV são verdadeiras
a) 2M
c) Apenas II e III são verdadeiras
d) Apenas I e IV são verdadeiras
e) Nenhuma é sempre verdadeira
0
π 2π
b) 2M

0
π 2π
c) 2M

0
π 2π G G G
02.15. (PUC G– MG)
G –
G Dados dois vetores a e b de soma S
–2M e diferença D a  b, esboce, num só diagrama, as quatro
grandezas vetoriais citadas.
d) 2M

0
π 2π

–2M

e) 2M

0
π 2π

12 Extensivo Terceirão
Aula 02
G G
02.16. Dados os vetores a e b representados na figura, 02.18. (F. SÃO MARCOS – SP) – Assinale a alternativa errada.
determine o módulo de: G
Dado o número real k e o vetor v, então:
G G G
a) o vetor u k ˜ v tem o mesmo sentido de v, se k > 0.
G G G
b) o vetor w k ˜ v tem sentido contrário de v, se k < 0.
G G G
c) a direção de g k ˜ v é sempre igual à direção de v,
G
a qualquer que seja k ≠ 0.
G G G
d) se a direção de g k ˜ v é diferente da direção de v, k < 0.

1,0 u
G
1,0 u b

Desafio
G G G GG G
a) s a  b; 02.19. (UNIFOR – CE) – As forças F1 , F2 e F3 , cujas intensida-
G G G
b) d a  b. des são, respectivamente, 2,0 N, 6,0 N e 3,0 N, têm direções
Justifique as suas respostas. coincidentes com as arestas de um bloco de faces retangu-
lares, conforme esquema abaixo.

G
F3

G
F2
G
F1

GG G
02.17. (UNIFESP) – Na figura, são dados os vetores a, b e c.
Sendo u a unidade de medida G doG módulo
G G desses vetores,
pode-se afirmar que o vetor d a  b  c tem módulo: A intensidade da resultante dessas três forças vale, em
newtons,
a) 3,7
G G G b) 5,5
u a b c
c) 7,0
d) 9,3
e) 11

a) 2u, e sua orientação é vertical, para cima.


b) 2u, e sua orientação é vertical, para baixo.
c) 4u, e sua orientação é horizontal, para a direita.
d) u 2, e sua orientação forma 45o com a horizontal, no
sentido horário.
e) u 2, e sua orientação forma 45o com a horizontal, no
sentido anti-horário.

Física 1B 13
GG G G G 1G G 1 G
02.20. (UNIRIO – RJ) – Considere os vetores a, g e Z, representados na figura. O vetor v tal que v a  g  Z é:
2 4
y
G
4 a
G
g
3

–3 –1 2 x

G
Z –4

a) (–6, 7) b) (–2, 3) c) (–7, 6) d) (7, –6) e) (6, –7)


4 4 4 4

Gabarito
02.01. b 02.15.
G G G G G
02.02. a G D S S ab
a
02.03. c G G G
02.04. d D ab
G
02.05. 5 N b
02.06. d
02.07. b 02.16. a) 10 u;
02.08. c b) 6 u.
02.09. d 02.17. b
02.10. c 02.18. d
02.11. a 02.19. c
02.12. c 02.20. c
02.13. b
02.14. b

14 Extensivo Terceirão
Física
Aula 03 1B 1B
Decomposição de vetores

Decomposição de vetores
Em algumas situações será necessário dividir um vetor em duas componentes ortogonais (componentes perpen-
diculares) para se tornar mais fácil o seu estudo.

Dado um vetor v, que Da extremidade do vetor Ligando-se a origem do


forma um ângulo θ com o v traçam-se dois segmentos, sistema cartesiano com o
eixo x, pode-se decompô-lo um paralelo a x e outro para- ponto de encontro das linhas
da seguinte forma: lelo a y: pontilhadas que partem
dos eixos, encontram-se os
vetores v x e v y que são as
y
y
componentes do vetor v:
y
V
V
V

θ vy
x
θ
x θ
x
vx

Decompor um vetor em componentes ortogonais consiste em determinar duas componentes que somadas
vetorialmente resultam no próprio vetor. A decomposição é uma operação contrária à soma vetorial de dois ve-
tores perpendiculares entre si.

Para determinar o módulo das componentes:

cos θ = vx sen θ = vy
v v

Observações:
Para um conjunto de vetores, num sistema cartesiano, pode-se determinar o vetor soma pela:
• decomposição de todos os vetores, obtendo-se assim as suas componentes ortogonais;
• determinação do módulo do vetor soma no eixo x (s x) e no eixo y (s y), ou seja, somam-se as componentes
dos vetores por eixo;
• aplicação de Pitágoras com as somas s x e s y, obtendo-se o módulo do vetor soma s .

Física 1B 15
Testes
03.04. G(UELG –G PR) – Considere a figura a seguir. Dadas as
Assimilação forças F1 , F2 e F3 o módulo de sua resultante, em N é:
G G
03.01. (FAAP – SP) – A intensidade da resultante de duas F1 F2
forças concorrentes perpendiculares entre si é de 75 N.
Sendo a intensidade de uma das forças igual a 60 N, calcule G
a intensidade da outra. F3

10 N

10 N

a) 30 b) 40 c) 50
d) 70 e) 80
03.02. (UFSCAR – SP)G – Os módulos dos componentes
ortogonais do peso P de um corpoG valem 120 N e 160 N.
Pode-se afirmar que o módulo de P é:
a) 140 N b) 200 N c) 280 N
d) 40 N e) 340 N

Aperfeiçoamento
03.05. (UNIFOR – CE) – A soma de dois vetores de módulos
12 N e 18 N tem certamente o módulo compreendido entre:
a) 6 N e 18 N b) 6 N e 30 N
c) 12 N e 18 N d) 12 N e 30 N
03.03. (ACAFE – SC) – Os módulos das forças representadas
e) 29 N e 31 N
na figura são F1 = 30 N, F2 = 20 N e F3 = 10 N. Determine o
módulo da força resultante:
y

F2

F1
03.06. (CEFET
G G– MG) – Considere os
60° vetores A e B desenhados a seguir. G G
x G G B
A
A operação vetorial A  B está melhor
representada pelo segmento orientado
F3
de reta em
a)

a) 14,2 N b) 18,6 N c) 25,0 N


d) 21,3 N e) 28,1 N
b)

c)

d)

16 Extensivo Terceirão
Aula 03

03.07. (UNITAU – SP) – Os vetores da figura têm o mesmo 03.10. (VUNESP – SP) – Um bloco de peso 6 N está suspenso
módulo. Podemos concluir que: por um fio, que se junta a dois outros num ponto P, como
mostra a primeira figura.
Y

G 90°
G G G
A B C 45°
D
90° 90° X
P

G G 6N
a) AG GB G
b) AB 0 Dois estudantes, tentando representar as forças que atuam
G G G
c) A B C em P e que o mantêm em equilíbrio, fizeram os seguintes dia-
G G G
d) CA D gramas vetoriais, usando a escala indicada na segunda figura.
G G G
e) AB C Y
ESCALA

03.08. (FCC – SP) – Qual é a relação entre os vetores Y 3N


G GG G
M, N, P e R , representados na figura? 45°
3N
45°
N X X
M P P

R ESTUDANTE 1 ESTUDANTE 2

P a) Algum dos diagramas está correto?


b) Justifique a sua resposta.
G G G G G
a) MN P  R 0
G G G G
b) P M R N
G G G G
Aprofundamento
c) P  R MN
G G G G 03.11. (UCSAL– BA) – Dado o conjunto de vetores, marque
d) P  R M N
G G G G V para as questões verdadeiras e F para as falsas.
e) P R N M
y
03.09. (AFA – SP) – Uma criança desliza com velocidade z
constante sobre um escorregador, conforme indica a figura.
s

x w
v

u
G G G
a) yz s
G G G G
b) xw  yz
G G G G
c) y  w  z x
A força total que o escorre- G G G G
d) s x uv
gador exerce sobre a criança G G G G G
e) uv s  x 0 G
é MELHOR representada por G G G G G
G F2 f) u  x  y  z  v 0
a) F1
G F1
b) F2
G F3
c) F3
G F4
d) F4

Física 1B 17
03.12. (UFC – CE) – Analisando a disposição dos vetores BA, 03.15. (FATEC – SP) – Sob chuva que cai verticalmente, uma
EA, CB, CD e DE, conforme a figura, assinale a alternativa que pessoa caminha horizontalmente com velocidade 1,0 m/s,
contém a relação vetorial correta. inclinando o guarda-chuva de 30o (em relação à vertical) para
B resguardar-se o melhor possível. A velocidade da chuva em
relação ao solo (tg 60o = 1,7):
a) é 1,7 m/s.
b) é 2,0 m/s.
A
E
c) é 0,87 m/s.
d) depende do vento.
C e) depende da altura da nuvem.

a) CB + CD + DE = BA + EA
b) BA + EA + CB = DE + CD
c) EA – DE + CB = BA + CD
d) EA – CB + DE = BA – CD
e) BA – DE – CB = EA + CD

03.13. (UFAC) – Ao subir um rio, um barco tem velocidade


de 6,0 m/s. Ao descer, sua velocidade passa a ser de 36 km/h.
03.16. (VUNESP – SP) – Um homem, em pé sobre uma
Qual a velocidade da correnteza?
plataforma que se move horizontalmente para a direita com
a) 1,0 m/s b) 4,0 m/s c) 2,0 m/s velocidade constante v = 4,0 m/s, observa que, ao inclinar 45o
d) 2,5 m/s e) 8,0 m/s um tubo cilíndrico oco, permite que uma gota de chuva, que
cai verticalmente com velocidade c constante em relação ao
solo atravesse o tubo sem tocar em suas paredes. Determine
a velocidade c da gota da chuva, em m/s.

03.14. (FESP – SP) – Um motorista viaja em um carro, por


uma estrada em linha reta, sob chuva que cai verticalmente
a uma velocidade constante de 10 m/s (em relação ao solo).
Se o carro se move da
III
esquerda para a direita II IV
com velocidade cons-
tante igual a 72 km/h,
para o motorista as go- I V
tas de chuva parecem
estar caindo na direção
I, II, III, IV ou V, conforme v = 72 km/h
o esquema?
a) I b) II c) III
d) IV e) V

18 Extensivo Terceirão
Aula 03
G G
03.17. Os vetores A e B, na figura a seguir, representam, 03.18. (MACK – SP) – O resultante das três forças, de mó-
respectivamente, a velocidade do vento em relação ao solo e dulos F1 = F, F2 = 2F e F3 F 3 , indicadas na figura, é zero.
a velocidade de um avião em pleno voo, em relação ao vento. Os ângulos α, β e γ valem respectivamente:
Sabendo-se que o movimento resultante do avião acontece F1 F3
em uma direção perpendicular à direção da velocidade do α
vento, tem-seG queGo cosseno do ângulo θ entre os vetores
velocidades A e B vale γ
A β
0
F2

ângulo 30° 45° 60° 90° 120° 150° 180°


3 1 1 3
B cos 2 2 0 –1  –1
2 2 2

a) 150o; 150o e 60o. b) 135o; 135o e 90o.


c) 90o; 135o e 135o. d) 90o; 150o e 120o.
e) 120o; 120o e 120o.
G
a)  B
G
A
G
b)  A
G
B
G G
c)  A ˜ B
G G
d) A ˜ B

Desafio
G G
03.19. (AFA – SP) – Considere que os vetores A e B fazem
entre si um ângulo do 60o, quando têm suas origens sobre
um ponto comum.
G Além disso, considereGtambém, que o
módulo de B é duas vezes G que o de A, ou seja
G G maior G B=G 2A.
G
Sendo o vetor soma S A  B e o vetor diferença D A  B,
a razão entre os módulos S vale
D
a) 7
b) 1
21
c)
3
d) 3

Física 1B 19
G G G G G
G – GSP) G– Sejam três vetores A, B e C. Os módulos
03.20. (AFA G G dosG vetores A e B são, respectivamente,
G G G 6 u e 8 u. O módulo
do vetor
G G G S A  B vale 10 u, já o módulo do vetor D A  C é nulo. Sendo o vetor R B  C , tem-se que o módulo de
F S  R é igual a
a) 10 u
b) 16 u
c) 8 u
d) 6 u

Gabarito
03.01. 45 N
03.02. b
03.03. d
03.04. c
03.05. b
03.06. d
03.07. b
03.08. b
03.09. b
03.10. a) Não.
b) Como o corpo está em equilíbrio, a resultante das forças deve ser nula.
03.11. a) F; b) V; c) V; d) F; e) F; f ) V
03.12. d
03.13. c
03.14. e
03.15. a
03.16. 4,0
03.17. b
03.18. d
03.19. c
03.20. b

20 Extensivo Terceirão
Física
Aula 04 1B 1B
IIntrodução ao estudo da Dinâmica:
vetor velocidade e vetor força

Dinâmica ções entre essas duas grandezas que guardam seme-


lhanças e diferenças importantes. Para diferenciá-las,
Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda as cau- vamos a um exemplo.
sas dos movimentos. A grandeza física que caracteriza a Consideremos um móvel se deslocando na trajetória
existência de movimento é o vetor velocidade. A força, abaixo, de forma que no instante t1 ele se encontra no
grandeza de origem vetorial, constitui-se no agente ponto P1 de espaço s1 e no instante t2 ele se encontra no
encarregado de provocar variações na velocidade. Nesta ponto P2 de espaço s2.
e nas próximas aulas, estudaremos essas duas grandezas
e suas relações.
P1
P2
Vetor velocidade
(s1, t1) 's
Velocidade é uma grandeza vetorial, ou seja, ela (s2, t2)
possui módulo, direção e sentido, caracterizados da
seguinte maneira: O deslocamento escalar é medido em cima da
trajetória, fazendo-se a diferença entre os espaços final
e inicial. O vetor deslocamento 's é o vetor que liga o
Módulo: pode ser determinado pela equação a ponto de partida ao de chegada.
seguir, estudada em Física A. Dividindo o deslocamento escalar ('s) pelo intervalo
correspondente de tempo ('t), obtém-se a velocidade
escalar média (vm). Dividindo o módulo do vetor
Vm = 's deslocamento pelo tempo ('t), obtém-se o módulo da
't velocidade vetorial média (|vm|).
Assim:
Velocidade escalar média
Direção: tangente à trajetória no ponto onde se
encontra o móvel.
Sentido: o mesmo do movimento. Vm = 's
't

v1 v2 Módulo da velocidade vetorial média

|'s|
v3 |Vm | =
't
` Observe o vetor velocidade em cada ponto da figura.
Ele é sempre tangente à curva, no sentido do movimento.

Diferença entre as velocidades Força e velocidade


Quando uma força resultante não nula atua sobre
escalar média e velocidade um objeto, certamente algum tipo de variação ocorrerá
vetorial média no vetor velocidade. Dependendo das direções e senti-
dos dos vetores velocidade e força, essa variação poderá
Diversas questões abordam as velocidades escalar ocorrer no módulo e/ou na direção e sentido.
média e vetorial média e muitas delas fazem compara-

Física 1B 21
Inicialmente vamos admitir um caso genérico, repre- uma das três situações possíveis é determinada pela
sentado pela figura a seguir. existência de força tangencial. Se a força tangencial
contribuir com o vetor velocidade, ou seja, se atuar
v na mesma direção e sentido, o módulo da velocidade
aumentará e o movimento será denominado acelerado.

F v
Ft
Para facilitar o estudo, vamos desmembrar o vetor
força em dois componentes: um tangente à velocidade, Se a força tangencial “atrapalhar” o vetor velocidade,
ou seja, na mesma direção do vetor velocidade, e outro ou seja, se atuar na mesma direção porém no sentido
perpendicular a ela. A componente tangencial será contrário, o módulo da velocidade diminuirá e o movi-
chamada de força tangencial (Ft) e a perpendicular de mento será denominado retardado.
força centrípeta (Fc), pois aponta para o centro da curva
que o objeto descreve. Assim: Ft
v

V
Ft Porém, caso não haja força tangencial, ou seja,
não havendo força nem para contribuir nem para
“atrapalhar”, o módulo da velocidade não aumentará
nem diminuirá e, consequentemente, permanecerá
Fc F
constante. Em tal situação o movimento será classifica-
É quase intuitivo perceber que a componente do como uniforme.
tangencial provocará variações no módulo do vetor ve-
v
locidade, enquanto a componente centrípeta provocará
variações na direção e sentido.
Os movimentos dos corpos poderão ser classificados Há casos em que a componente tangencial e a cen-
de duas formas: quanto à trajetória e quanto à variação trípeta atuam. Observe os exemplos a seguir:
do valor (módulo) da velocidade. curvilíneo acelerado

Classificação quanto à trajetória v


Ft

Quanto à trajetória, o movimento pode ser retilíneo


ou curvilíneo. O que determina ser um ou outro é a exis-
Fc F
tência ou não da componente centrípeta. Não existindo
centrípeta, não haverá mudança de direção e sentido e,
consequentemente, o movimento será retilíneo.
Em movimentos curvilíneos acelerados, a trajetória
v é curva devido à atuação da componente centrípeta
e acelerado (módulo da velocidade aumenta) devido
Existindo centrípeta, haverá mudança de direção e sen- à componente tangencial atuar na mesma direção e
tido e, consequentemente, o movimento será curvilíneo. sentido do vetor velocidade.
curvilíneo retardado
v
v
Ft

Fc
F
Fc

Classificação quanto ao módulo Em movimentos curvilíneos retardados, a trajetória


é curva devido à atuação da componente centrípeta e
da velocidade retardado (módulo da velocidade diminui) devido à
O módulo do vetor velocidade poderá aumentar, componente tangencial atuar na mesma direção, porém
diminuir ou permanecer constante, sendo que qualquer no sentido contrário ao do vetor velocidade.

22 Extensivo Terceirão
Aula 04

Testes
04.03. (FEI – SP) – Um corredor fundista está participando
Assimilação de uma prova de 5 km. Nos primeiros 3 km ele mantém
velocidade constante de 1,5 m/s. No restante da prova, sua
04.01. (UEL – PR) – Numa estrada, um automóvel passa velocidade é de 2,0 m/s. Qual será sua velocidade média
pelo marco quilométrico 218 às dez horas e quinze minutos durante a prova?
e pelo marco 236 às 10 horas e meia. A velocidade média do a) 1,667 m/s
automóvel entre estes pontos é, em km/h, de:
b) 1,750 m/s
a) 100.
c) 1,750 km/s
b) 72.
d) 1,850 m/s
c) 64.
e) 1,600 m/s
d) 36.
e) 18.

04.04. (CESGRANRIO – RJ) – Segundo um comentarista


esportivo, um juiz de futebol, atualmente, ao apitar um jogo,
04.02. (VUNESP – SP) – Ao passar pelo marco “km 200” de corre, em média, 12 km por partida. Considerando os 90
uma rodovia, um motorista vê um anúncio com a inscrição: minutos de jogo, é correto afirmar que a velocidade escalar
“Abastecimento e restaurante a 30 minutos”. Considerando média com que um juiz de futebol se move no campo, em
que este posto de serviços se encontra junto ao marco “km km/h, é de:
245” dessa rodovia, pode-se concluir que o anunciante prevê, a) zero.
para os carros que trafegam nesse trecho, uma velocidade
b) 0,13.
média, em km/h, de:
a) 80. c) 0,48.
b) 90. d) 2,2.
c) 100. e) 8,0.
d) 110.
e) 120.

Física 1B 23
04.07. (VUNESP – SP) – Numa corrida de automóveis, a
Aperfeiçoamento vantagem do primeiro para o segundo colocado é de 10
segundos. Se nessa corrida a velocidade média dos auto-
04.05. (UNITAU – SP) – O “tira-teima” da Rede Globo de móveis é de cerca de 270 km/h, pode-se avaliar a distância
Televisão calculou a velocidade da bola que bateu na trave entre esses automóveis em:
do gol como sendo de 1,1⋅102 km/h. Se o tempo necessário
a) 250 m.
para a bola atingir a trave, desde quando foi chutada, é de
b) 380 m.
0,5 s, e sendo a velocidade constante neste tempo, pode-se
afirmar que a distância que a bola estava do gol, imediata- c) 550 m.
mente antes do chute, era da ordem de: d) 750 m.
a) 25 m. e) 1250 m.
b) 15 m.
04.08. (FUVEST – SP) – Tem-se uma fonte sonora no vértice
c) 55 m. A de uma pista triangular equilátera e horizontal de 340 m
d) 40 m. de lado. A fonte emite um sinal que após ser refletido em B
e) 30 m. e C retorna ao ponto A. No mesmo instante em que a fonte
é acionada um corredor parte do ponto X, situado entre C e
A, em direção a A, com velocidade constante de 10 m/s. Se
o corredor e o sinal refletido atingem A no mesmo instante,
a distância AX é de:
B C

Dado: velocidade do som no ar = 340 m/s


a) 10 m.
b) 20 m.
04.06. (VUNESP – SP) – Há 500 anos, Cristóvão Colombo
partiu de Gomera (Ilhas Canárias) e chegou a Guanahani c) 30 m.
(Ilhas Bahamas) após navegar cerca de 3000 milhas maríti- d) 340 m.
mas (5556 km) durante 33 dias. Considerando que um dia e) 1020 m.
tem 86400 s, a velocidade média da travessia oceânica, no
Sistema Internacional de Unidades (SI), foi:
a) 2⋅10-2 m/s
b) 2⋅10-1 m/s
c) 2⋅100 m/s
d) 2⋅101 m/s
e) 2⋅102 m/s

24 Extensivo Terceirão
Aula 04

04.09. (VUNESP – SP) – A escada rolante que liga a plata- 04.12. (FEI – SP) – Uma partícula descreve uma circunferên-
forma de uma estação subterrânea de metrô ao nível da rua cia com movimento uniforme. Pode-se concluir que:
move-se com velocidade constante de 0,80 m/s. a) sua velocidade vetorial é constante.
b) sua aceleração tangencial é não-nula.
ÂNGULO θ SEN θ COS θ
c) sua aceleração centrípeta tem módulo constante.
30° 0,500 0,867
d) sua aceleração vetorial resultante é nula.
30° 0,867 0,500 e) suas acelerações tangencial e resultante são iguais, em
módulo.
a) Sabendo-se que a escada tem uma inclinação de 30o em
relação à horizontal, determine, com o auxílio da tabela 04.13. (FATEC – SP) – Na figura, representa-se um bloco em
adiante, a componente vertical de sua velocidade. movimento Gsobre uma trajetória curva,
G bem como o vetor
b) Sabendo-se que o tempo necessário para um passageiro velocidade v , o vetor aceleração a e seus componentes
G
ser transportado pela escada, do nível da plataforma ao intrínsecos,
G aceleração tangencial at e aceleração normal
nível da rua, é de 30 segundos, determine a que profun- an. Analisando-se a figura, conclui-se que:
didade se encontra o nível da plataforma em relação ao o
v
nível da rua.

o o
at an

o
a

a) o módulo da velocidade está aumentando.


b) o módulo da velocidade está diminuindo.
04.10. (PUC – RS) – As informações a seguir referem-se a c) o movimento é uniforme.
um movimento retilíneo realizado por um objeto qualquer: d) o movimento é necessariamente circular.
I. A velocidade vetorial pode mudar de sentido. e) o movimento é retilíneo.
II. A velocidade vetorial tem sempre módulo constante.
04.14. (UFMG) – Um ventilador (veja a figura) acaba de
III. A velocidade vetorial tem direção constante.
ser desligado e está parando vagarosamente, girando no
A alternativa que representa corretamente o movimento sentido horário. A direção e o sentido da aceleração da pá
retilíneo é: do ventilador no ponto P é:
a) I, II e III b) somente III
c) somente II d) II e III
e) somente I e III
P
Aprofundamento
04.11. (UFPA) – Uma partícula percorre, com movimento
uniforme, uma trajetória não retilínea. Em cada instante
teremos que:
a) os vetores velocidade e aceleração são paralelos entre si. a) b)
P
b) a velocidade vetorial é nula. P
c) os vetores velocidade e aceleração são perpendiculares
entre si. c) d)
d) os vetores velocidade e aceleração tem direções inde- P P
pendentes.
e) o valor do ângulo entre o vetor velocidade e o vetor
aceleração muda de ponto a ponto. e)
P

Física 1B 25
04.15. (UEL – PR) – Uma pista D 04.17. (UFBA) – Um pássaro parte em voo retilíneo e hori-
é constituída por três trechos: zontal do seu ninho para uma árvore distante 75 m e volta,
dois retilíneos, AB e CD, e um sem interromper o voo, sobre a mesma trajetória. Sabendo-se
circular, BC, conforme o esque- que sopra um vento de 5 m/s na direção e sentido da árvore
ma. Se um automóvel percorre C
para o ninho e que o pássaro mantém, em relação à massa
toda a pista com velocidade de ar, uma velocidade constante de 10 m/s, determine, em
escalar constante, o módulo da segundos, o tempo gasto na trajetória de ida e volta.
sua aceleração será: A B
a) nulo, em todos os trechos.
b) constante, não nulo, em todos os trechos.
c) constante, não nulo, nos trechos AB e CD.
d) constante, não nulo, apenas no trecho BC.
e) variável apenas no trecho BC.

04.16. (UNICAMP – SP) – A figura a seguir representa um


mapa da cidade de Vectoria o qual indica a direção das
mãos do tráfego. Devido ao congestionamento, os veículos
trafegam com a velocidade média de 18 km/h. Cada quadra 04.18. (AFA – SP) – Uma mola impulsiona uma esfera,
desta cidade mede 200 m por 200 m (do centro de uma rua projetando-a horizontalmente para fora de uma mesa.
ao centro de outra rua). Uma ambulância localizada em A Desprezando-se a resistência do ar, o esquema que repre-
precisa pegar um doente localizado bem no meio da quadra senta corretamente a(s) força(s) atuante(s) sobre a esfera fora
em B, sem andar na contramão. do plano da mesa é

a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no percurso a) b)


de A para B?
b) Qual é o módulo do vetor velocidade média (em km/h)
entre os pontos A e B?

c) d)

Desafio
04.19. (AFA – SP) – O atletismo, na modalidade salto em
altura, apresenta um jogo de forças atuantes imediatamente
antes de o atleta perder o contato com o solo, no início do
salto. Forças essas que são o peso do atleta, de módulo P, a
força exercida pelos pés do atleta sobre o solo, de módulo
F1, e a força exercida pelo solo sobre seus pés, de módulo F2.
Imediatamente antes do salto, pode-se afirmar que
a) F1 = F2 = P
b) P = F1 < F2
c) F1 = F2 > P
d) P = F1 > F2

26 Extensivo Terceirão
Aula 04

04.20. (UNICAMP – SP) – Os pombos-correio foram usados como mensageiros pelo homem no passado remoto e até mes-
mo mais recentemente, durante a Segunda Guerra Mundial. Experimentos mostraram que seu mecanismo de orientação
envolve vários fatores, entre eles a orientação pelo campo magnético da Terra.
a) Num experimento, um ímã fixo na cabeça de um pombo foi usado 1,0 m
para criar um campo magnético adicional ao da Terra. A figura
mostra a direção dos vetores dos campos magnéticos do ímã BI e
da Terra BT. O diagrama quadriculado representa o espaço em duas
dimensões em que se dá o deslocamento do pombo. Partindo do
ponto O, o pombo voa em linha reta na direção e no sentido do
campo magnético total e atinge um dos pontos da figura marca-
dos por círculos cheios. Desenhe o vetor deslocamento total do
pombo na figura e calcule o seu módulo.
b) Quando em voo, o pombo sofre a ação da força de resistên-
cia do ar. O módulo da força de resistência do ar depende da
velocidade v do pombo segundo a expressão Fres = bv2, onde
b = 5,0 × 10-3 kg/m. Sabendo que o pombo voa horizon-
talmente com velocidade constante quando o módulo da
componente horizontal da força exercida por suas asas é BI
Fasas = 0,72 N, calcule a velocidade do pombo.
O
BT

Gabarito
04.01. b 04.09. a) 0,40 m/s. 04.16. a) 3 min
04.02. b b) 12 m. b) 10,0 km/h
04.03. a 04.10. e 04.17. 20 s
04.04. e 04.11. c 04.18. d
04.05. b 04.12. c 04.19. c
04.06. c 04.13. b 04.20. a) 10 m
04.07. d 04.14. d b) 12 m/s
04.08. c 04.15. d

Física 1B 27
Anotações

28 Extensivo Terceirão

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