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Bsico em Sistemas Eltricos Aplicados A Parque Elicos Apostila02

O capítulo aborda a infraestrutura eletromecânica de subestações elétricas em parques eólicos, incluindo definições, tipos e principais equipamentos. As subestações são classificadas por função e modo de instalação, com destaque para transformadoras elevadoras, seccionadoras e suas aplicações. Equipamentos como transformadores, disjuntores, capacitores e sistemas de proteção são essenciais para o funcionamento seguro e eficiente das subestações.
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Bsico em Sistemas Eltricos Aplicados A Parque Elicos Apostila02

O capítulo aborda a infraestrutura eletromecânica de subestações elétricas em parques eólicos, incluindo definições, tipos e principais equipamentos. As subestações são classificadas por função e modo de instalação, com destaque para transformadoras elevadoras, seccionadoras e suas aplicações. Equipamentos como transformadores, disjuntores, capacitores e sistemas de proteção são essenciais para o funcionamento seguro e eficiente das subestações.
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3. SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS EM PARQUES EÓLICOS.

Neste capítulo serão apresentadas as informações básicas que caracterizam a


infraestrutura eletromecânica de subestações elétricas aplicadas em parques eólicos,
um descritivo resumido dos tipos e apresentação dos principais equipamentos que
compõem as mesmas.

3.1DEFINIÇÃO BÁSICA DE UMA SUBESTAÇÃO

Uma subestação (SE) é um conjunto de equipamentos de manobra e/ou


transformação e ainda eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir
o fluxo de energia em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de
rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar os
diferentes tipos de faltas que ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas
faltas ocorrem.
Num sistema de distribuição elétrica, as subestações construídas após as ETDs
(Estações Transformadoras de Distribuição), rebaixam o valor de tensão para níveis
capazes de serem distribuídos pelos postes nas ruas em padrões de tensões que vão
de 3,8kV a 34,5kV,são comumente chamadas de “Cabine Primária”, O glossário da NBR
14.039, que trata de instalações elétricas de 1kV a 36,2 kV (Já mencionada), não possui
denominação de “Cabine Primária”, por tanto esta apostila trata essas instalações
somente como subestações.

3.2TIPOS DE SUBESTAÇÕES (CLASSIFICAÇÃO):

As subestações podem ser classificadas quanto à sua função e ao seu modo de


instalação em relação ao ambiente onde foi instalada.

3.2.1 FUNÇÃO NO SISTEMA ELÉTRICO:


3.2.1.1 Subestação Transformadora

É aquela que converte a tensão de suprimento para um nível diferente (maior ou


menor) sendo designada, respectivamente, SE Transformadora Elevadora e SE
Transformadora Abaixadora.
Geralmente, uma subestação transformadora próxima aos centros de geração é uma
SE elevadora. Subestações no final de um sistema de transmissão, próximas aos
centros de carga, ou de suprimento a uma indústria é uma SE transformadora
abaixadora.
Geralmente em parques eólicos temos SE Transformadoras Elevadoras, já que a tensão
média gerada nos aerogeradores hoje no mercado Brasileiro está na faixa de 380 a 690
VAC e é elevada para uma média tensão que vai de 13,8kV a 34,5kV e dependendo do
caso a partir da LM, elevar para altas tensões (Como por exemplo de 34,5 kV para
138kV na SE do parque eólico de Mangue Seco – Guamaré/RN). Essas tensões podem
variar de acordo com o projeto do parque e o ponto de conexão com a rede elétrica
existente e tensões disponíveis.

3.2.1.2 Subestação Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento

É aquela que interliga circuitos de suprimento sob o mesmo nível de tensão,


possibilitando a sua multiplicação. É também adotada para possibilitar o
seccionamento de circuitos, permitindo sua energização em trechos sucessivos de
menor comprimento.

3.2.2 MODO DE INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EM RELAÇÃO AO


MEIO AMBIENTE:
3.2.2.1 Subestação Externa ou Ao Tempo

É aquela em que os equipamentos são instalados ao tempo e sujeitos às condições


atmosféricas desfavoráveis de temperatura, chuva, poluição, vento etc., as quais desgastam os
materiais componentes, exigindo, manutenção mais frequente e reduzem a eficácia do
isolamento.

Esse tipo de subestação é a mais empregada em parques eólicos em decorrência


principalmente da potência gerada pelos mesmos.
3.2.2.2 Subestação Interna ou Abrigada

É aquela em que os equipamentos são instalados ao abrigo do tempo, podendo tal abrigo
consistir em uma edificação e de uma câmara subterrânea.

Subestações abrigadas podem consistir em cubículos metálicos, além de subestações isoladas


a gás, tal como o hexafluoreto de enxofre (SF6).

Pode ocorrer de uma subestação ser semi-abrigada.


3.3 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAÇÃO E SUA FUNÇÃO.
3.3.1 Equipamentos de Transformação

Transformadores, são máquinas elétricas que por meio de indução eletromagnética, transfere
energia elétrica de um circuito (bobinas do primário), para outros circuitos (Bobinas do
Secundário e Terciário), mantendo a mesma frequência, mas geralmente com tensões e
correntes elétricas diferentes. De acordo com os tipos utilizados na construção de um parque
eólico, podem ser:

• Transformador de força;

• Transformador de aterramento;

• Transformadores de instrumentos: de corrente de potencial (capacitivos ou indutivos).

Transformadores de Força ou de Potência.

Existem basicamente dois tipos construtivos de transformadores aplicáveis a


subestações, sendo a óleo e a seco. Geralmente é utilizado nas subestações eólicas o
transformador a óleo. Transformadores de potência são destinados primariamente à
transformação da tensão e das correntes operando com altos valores de potência, de
forma a elevar o valor da tensão e consequentemente reduzir o valor da corrente. Este
procedimento é utilizado, pois ao se reduzir os valores das correntes, reduz-se as
perdas por efeito Joule nos condutores.
Suas partes principais são:
• Tanque principal: Através do mesmo que se libera o calor transferido pelo núcleo e
do enrolamento através do óleo isolante, que por sua vez tem as finalidades de isolar
as partes energizadas e refrigerar o transformador, transferindo calor do núcleo para o
exterior do tanque. Abriga o núcleo.
• Conservador de Líquido isolante (Balonete): Consiste num reservatório fixado ao
transformador na parte superior da carcaça. É destinado a receber o óleo do tanque
quando esse se expande, devido aos efeitos do aquecimento por perdas internas.
• Secadores de Ar: Recipientes contendo Sílica-Gel, que serve retirar a umidade do ar
que entra no transformador. É uma comunicação do ambiente externo para o interno
do transformador. Os transformadores operam em ciclos de carga variável, o que
provoca o aquecimento do líquido isolante (Período de carga máxima), que se expande
expulsando o ar que ficacontido na câmara de compensação e/ou no balonete. No
período de carga leve, o líquido se resfria provocando a entrada de ar no interior do
trafo (Exceto nos trafos selados). A penetração de umidade no interior do mesmo
reduz substancialmente as características dielétricas do líquido isolante, resultando em
perdas de isolamento das partes ativas e consequente queima do equipamento.
• Núcleo: Constituído do núcleo de aço (Grande quantidade de chapas de ferrosilício
de grãos orientados, montados em superposição para evitar perdas de magnetização)
e Enrolamentos (Formados por bobinas primárias, secundárias e, em alguns casos,
terciários. Os fios normalmente de cobre eletrolítico, isolados com esmalte, fitas de
algodão ou papel especial de acordo com as classes de isolamentos.
• Sistema de Resfriamento: Sistema destinado ao processo de transferência de calor
do núcleo para o óleo, como do tanque para o ambiente, onde o processo de
transferência por convecção é basicamente o responsável. O mesmo pode ser feito de
duas formas: Convecção Natural e/ou Forçada, onde os trafos são designados quanto
ao tipo de resfriamento por um conjunto de letras que representam as iniciais das
palavras correspondentes, ou seja, transformador à:
o Óleo Natural com resfriamento a Ar Natural (ONAN)
o Óleo Natural ventilação a Ar Forçada (ONAF)
o Óleo com circulação do óleo isolante Forçada com ventilação a Ar Natural (OFAF)
o Óleo com circulação do óleo isolante Forçada com resfriamento a Água Forçada –
Water (OFWF)
o Seco com resfriamento a Ar Natural (AN)
o Seco com resfriamento a Ar Natural (AF)
Além desses principais temos outros componentes importantes como o próprio óleo
isolante, componentes estruturais e identificação, Derivações, componentes de
medição, de indicação de níveis, e de retirada de amostra, de segurança como
respectivamente:
o Quadro de comando em controle, Base para arrastamento e Base com rodas
bidirecionais, placas de identificação;
o Derivações de primário e secundário (Buchas), Comutadores de Tapes;
o Indicadores de Nível e temperatura;
o Dispositivos para retirada de amostras de óle;
o Válvulas de alívio de pressão, Relé de súbita pressão e Relé de Bucholz.
Transformadores de Aterramento.

Transformadores de aterramento e/ou reatores de aterramento são equipamentos


geralmente utilizados em métodos convencionais de proteção contra faltas de fase-
terra de geradores síncronos aterrados com alta impedância (Que no caso, pode ser o
conjunto de geradores síncronos dos aerogeradores instalados nos barramentos das
redes coletoras). O método geralmente utiliza um relé de sobretensão indicado por
59GN conectado em paralelo com o reator como é representado no circuito abaixo.
Transformadores de Instrumentos.

Os transformadores de instrumentos (TC’s e TP’s) têm a finalidade de reduzir a


corrente ou a tensão respectivamente a níveis compatíveis com os valores de
suprimento de relés e medidores.
Equipamentos de Manobra

• Disjuntores
• Chaves seccionadoras
Disjuntores: Recomenda-se ser somente operados sem carga, muito embora possam
ser operadas sob tensão. Os disjuntores são os mais eficientes e mais complexos
aparelhos de manobra em uso de redes elétricas, destinados à operação em carga,
podendo sua operação ser manual ou automática. As chaves seccionadoras são
dispositivas destinados a isolar equipamentos ou zonas de barramento, ou ainda,
trechos de linhas de transmissão.
Equipamentos para Compensação de Reativos

• Reator derivação ou série;


• Capacitor derivação ou série;
• Compensador síncrono;
• Compensador estático.
Desses equipamentos o que é utilizado com mais frequência nas SE’s de pequeno e
médio porte é o capacitor derivação.

Equipamentos de Proteção
• Pára-Raios;
• Relés de Proteção;
• Fusíveis;
• Transformadores de Aterramento.

O Pára-raios é um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os valores dos
surtos de tensão transitantes que, de outra forma, poderiam causar severos danos aos
equipamentos elétricos. Eles protegem o sistema contra descargas de origem
atmosféricas e contra surtos de manobra, o mais comum em subestações são o do tipo
Válvula.
Os Relés têm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo através da
atuação sobre disjuntores, o isolamento dos trechos de localização das faltas.
O Fusível se destina a proteger o circuito contra curtos, sendo também um limitador
da corrente de curto. Muito utilizado na indústria para a proteção de motores.
Equipamentos de Medição

Constituem os instrumentos destinados a medir grandezas tais como corrente, tensão,


frequência, potência ativa e reativa etc.
A uma necessidade do acompanhamento das medidas elétricas. Através delas são
resolvidos problemas, exemplos: remanejamento de cargas, ampliação do sistema,
sobrecargas, sobretensão, conferência de desligamento etc. Os instrumentos de
medição são aparelhos utilizados para medirem diversas grandezas elétricas, tais como
tensão, corrente, frequência etc. Normalmente nas estações são conectados a TP’s e
ou TC’s em virtude dos valores medidos. Os instrumentos podem ser classificados
como:
Acumuladores. São aqueles que registram valor acumulado de grandezas medidas,
desde o momento de sua instalação ou de tempo predeterminado. (Medidor de
energia ativa e reativa).
Indicadores. São aqueles que em qualquer momento indicam o valor nominal ou pico
da grandeza medida. Podem ser de leitura direta ou registrador gráfico. (Amperímetro,
fasímetro, voltímetro, frequencímetros).

Circuitos auxiliares em SE.

Constituem os instrumentos destinados auxiliar e suprir as funções secundárias de


uma subestação, como suprir iluminação, garantia da continuidade do sistema de
controle, mesmo quando na falta de energia gerada e proveniente do sistema elétrico
convencional, assim como proteção dos bens materiais, estruturais e humanos dentro
da subestação. Dentre os vários equipamentos existentes no mercado podemos citar:

Geradores Elétricos

Constituem os equipamentos destinados a suprir a energia aos circuitos de comando e


proteção no caso de uma falta de energia causada por algum problema na alimentação
elétrica da subestação e/ou simplesmente acionado pelo operador da subestação
numa operação padrão da mesma. Geralmente é instalado em local específico da
subestação (Casa de geradores).
Retificador e Banco de Baterias.

Em grandes instalações como subestações, não ficando de fora as subestações eólicas,


e usinas, os comandos de equipamentos utilizados nas unidades são realizados em
corrente contínua, normalmente esta é fornecida por um retificador (geralmente
trifásico em sistemas eólicos) que é ligado no sistema auxiliar da unidade. Devido à
necessidade de manobrar equipamentos em caso de perda das fontes de corrente
alternada em que o retificador perde sua função, as baterias são fonte de energia
emergencial, pois é necessário preparar a unidade para receber energia novamente,
ou seja, abrir disjuntores para isolar equipamentos danificados, desligar cargas que
eventualmente tenham ficadas ligadas, comandar comutadores de derivação dos
transformadores e/ou realizar comunicação com as partes envolvidas no pronto
restabelecimento do sistema.
Sistema de combate a incêndio.

Constituem os equipamentos destinados a proteção e combate a incêndio dentro das


casas de comando e na área externa da subestação.
• Parede corta Fogo
• Caixa de óleo dos transformadores de força e aterramento (Caixa de brita)
• Extintores de Incêndio
• Sensores de fumaça.

Parede Corta Fogo

São paredes projetadas para que no caso de um sinistro de explosão e/ou incêndio dos
transformadores de força localizado, a chama não se propague para os demais
circuitos e equipamentos laterais ao transformador.

Bacia Coletora e sistema de drenagem oleosa.

São projetadas e construídas no perímetro dos transformadores, incorporadas às suas


respectivas bases com a finalidade de coletar o óleo em um eventual vazamento e a
água de chuva, encaminhando essa mistura a uma caixa separadora de água e óleo,
podendo também ter a função de manutenção para troca de óleo.

Extintores.

Devem ser previstos a instalação de extintores portáteis sobre rodas (carreta) de pó


químico seco, próximo a cada transformador com capacidade de 50Kg.
Devem ser instalados extintores de gás carbonico – CO2 (6kg) para proteção da sala de
painéis dispostos tais que o operador não percorra mais que 20m entre eles, sendo 01
dentro da sala de operação e comando e outro externo em frente a sala do gerador de
emergência.
Todos os extintores devem possuir marcas de conformidade concedida por órgão
credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação.
Complementando a proteção foi instalado na sala de controle um sistema com sensor
de detecção de fumaça atendendo a norma ABNT NBR 14039.
Sensores de fumaça.

Complementando a proteção deve ser instalado na sala de controle um sistema com


sensor de detecção de fumaça atendendo a norma ABNT NBR 14039.

Sinalização.

Deverão ser instaladas placas de sinalização indicando as rotas de fuga e a localização


dos equipamentos de proteção e combate a incêndio.

Aterramento e Sistema de Proteção contra descargas atmosféricas


Aterramento

O aterramento da subestação deve ser foi feita em atendimento as normas técnicas no


Brasil (NBR 14039 e NR10), através de uma malha de terra, sendo dimensionada a
partir da medição da resistividade do solo no local da instalação. Utilizando-se em sua
constituição, geralmente cabos de cobre nu e soldando as conexões dos mesmos com
solda exotérmica na parte enterrada da rede. Devem ser previstos a instalação poços
de inspeção de aterramento.
Algumas Regras Básicas para a elaboração da malha de aterramento:

- Todos os componentes metálicos da subestação (Estruturas, cercas e portões etc.),


inclusive aqueles localizados na sala de controle, devem ser solidamente conectados a
malha de aterramento diretamente com conectores, solda exotérmica ou cordoalhas
flexíveis de cobre.
- Toda estrutura que possa fazer parte integrante do caminho da corrente de falta
deverá possuir, no mínimo, 02 pontos de conexão à malha.
- Tubulações metálicas instaladas na área da subestação devem ser conectadas à
malha em um único ponto para se evitar que através das mesmas circulem correntes
de falta.
- Toda malha deve ser coberta com uma camada de 100 mm de espessura de brita. A
área da malha deve ser circundada por meio fio, de modo a delimitar a superfície
britada. Em geral o meio fio é instalado a 1 m de distância externamente ao último
condutor de malha. (Essa camada de brita, além de funcionar como dreno de águas
pluviais, atua como isolante, haja visto que sua resistividade, quando encharcada é da
ordem de 3000 Ohms. metros)
- “Instalar hastes (eletrodos) de aterramento, preferencialmente do tipo copperweld
com diâmetro de ¾” x 3000 mm de comprimento, com prioridade em locais como:
cantos da malha, aterramentos de cada para-raios, neutros de transformadores e
reguladores de tensão.
Junto aos mecanismos de manobra das chaves seccionadoras, deverá ser instalada
uma chapa xadrez no piso, ao qual deverá ser devidamente conectada a malha
equalizar o potencial nos pés do operador.

SPDA.

O Sistema de Proteção contra descargas atmosféricas da subestação devem ser


executadas com base nas normas técnicas no Brasil (ABNT NBR 5419), e internacionais
IEEE Std. 998 – 1996; NFPA 780 – 1995.
Geralmente são instalados para-raios com pontas tipo Franklin e Cabo- Para raios sob
os pórticos de entrada de todas as linhas aéreas e nos transformadores de potência e
cabines de comando. Geralmente em modelo de proteção Eletro geométrico para
proteção dos equipamentos no pátio e aplicação da blindagem eletromagnética –
Gaiola de Faraday nas estruturas das casas de comando, controle e operação.
Proteção contra descargas diretas.

Trata-se de componentes do sistema que elétrico que possuem a característica de


captar e escoar para o potencial de terra as sobretensões (impulsos gerados por
descargas atmosféricas) e surtos de tensão (sobretensões impostas ao sistema elétrico
por ele próprio), p. ex.: operação de disjuntores etc.;
• A tecnologia atual dos para-raios utiliza blocos de óxido de zinco (ZnO) encapsulados em
suportes isolantes;

• A instalação dos para-raios pode ser sobre suporte no piso ou presos aos condutores das
linhas de transmissão.

O tipo de para-raios mais utilizado é o do tipo válvula em conjunto com contador descargas.
4 - LINHA DE TRANSMISSÃO E CONEXÃO COM A
REDE DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA.

Neste capítulo são apresentadas as informações e definições que caracterizam Linha


de transmissão, nos casos onde a conexão do sistema de geração eólica ao sistema
interligado nacional (SIN) ou ao circuito interno, no caso de uma geração
autossuficiente é feita através da mesma.

4.1 Definição.

A linha de transmissão é um sistema usado para transmitir energia eletromagnética.


Esta transmissão não é irradiada, é sim guiada de uma fonte geradora para uma carga
consumidora, geralmente constituída de cabos trançados, estruturas metálicas e/ou
de concreto e equipamentos de proteção.
a) Configuração das fases e Definição dos Cabos Para-raios.

A LT em parques eólicos geralmente é constituída de circuito trifásico simples, com 01


(um) cabo condutor CAA (Alumínio com alma de aço) por fase, tendo sua disposição
em formato triangular.
Para o sistema de para-raios, geralmente, também é utilizado 01 (um) cabo CAA
aterrado, em todas as estruturas. O mesmo é situado acima da linha de transmissão
aérea com a finalidade de protegê-los contra as descargas atmosféricas.

4.2 Características gerais da Linha de Transmissão


a) Cabo codutor e cabo pára-raios.

A LT em parques eólicos geralmente é constituída de circuito trifásico simples, com 01 (um)


cabo condutor CAA (Alumínio com alma de aço) por fase, tendo sua disposição em formato
triangular. Para o sistema de para-raios, geralmente, também é utilizado 01 (um) cabo CAA
aterrado, em todas as estruturas. O mesmo é situado acima da linha de transmissão aérea com
a finalidade de protegê-los contra as descargas atmosféricas.
b) Isoladores.

Geralmente os isoladores utilizados na LT são do tipo polimérico, cujas características


estão apresentadas na tabela exemplo a seguir.
C) Condições de projeto.

São consideradas no projeto de linhas de transmissão, várias características inerentes


ao processo de execução de instalação das mesmas. Dentre as mais importantes
podemos citar:

 As trações de trabalho para o cabo condutor e pára raios.

 Flecha do cabo condutor e Pára-raios em relação distância de segurança aos


obstáculos.

 Condições de governo dos cabos e estruturas em relação à temperatura ambiente e


de trabalho, assim como a velocidade do vento no local da instalação.

 Determinação da profundidade das cavas de fundações para engastamento dos


postes e/ou estruturas no terreno.

Detalhamento: Temperatura de Locação/Condição de flexa máxima:

Na construção de linha de transmissão, como já mencionado, são considerados dois


fatores importantes de projeto, além das condições de vento onde serão instaladas as
mesmas que são:
- Temperatura de Locação: considerando a EDS (Every Day Stress), que se trata de um estado
de tração que os cabos da LT experimentam durante o maior período de sua vida útil.
Normalmente a temperatura média varia e, desta forma, usualmente é considerada uma
temperatura média. Tal temperatura irá influenciar no CREEP (ou fluência) que é o
alongamento permanente sofrido pelo cabo quando submetido por longo período de tempo às
condições de EDS. Este alongamento pode ser devido à acomodação da cordoalha,
deformação plástica transversal do cabo, dentre outros.

- Condição de flecha: Tais dados geralmente podem ser descritos em um projeto de LT e/ou
Linha aérea de distribuição interna (LM) da seguinte maneira abaixo. Os alongamentos
(creeps) de um cabo da LT, devem ser acrescidos aos demais alongamentos devidos à
acréscimos de cargas e/ou por variações de temperaturas. Assim, tal efeito afeta os cálculos de
tração e de flecha. Num cabo suspenso em condições de EDS, a tração diminui e a flecha
aumenta.

Tais dados geramente podem ser descritos em um projeto de LT e/ou Linha aérea de
distribuição interna (LM) da seguinte maneira abaixo.

A LT foi projetada para a temperatura de 75º C, final (“creep” de 10 anos), sem vento.

Foi considerado a condição de flecha máxima de para o cabo de para-raios, temperatura de


40º C, final (“creep” de 10 anos), sem vento.
Podem ser consideradas, para a instalação das estruturas na LT os seguintes valores.

4.3. Proteção de Redes Aéreas de Distribuição e Linhas de Transmissão


4.3.1. Considerações gerais

Os sistemas de distribuição de energia são responsáveis pela ligação entre o


consumidor final e o sistema de transmissão, provendo energia na tensão e frequência
corretas e na quantidade exata necessária para o consumidor. Para este último, a
energia elétrica fornecida aparenta ser constante e de infinita capacidade. No entanto,
sistemas de energia, especialmente sistemas de distribuição, estão sujeitos a diversas
perturbações causadas por acréscimos de cargas, faltas ocasionadas por fontes
naturais, falhas de equipamentos etc. O caráter de regime permanente da energia
fornecida ao consumidor é mantido basicamente por dois fatores: A grande dimensão
do sistema frente às cargas individuais e as corretas ações corretivas tomadas pelos
sistemas de proteção em casos de distúrbios.
Assim os sistemas de proteção são de fundamental importância no fornecimento de
energia elétrica. De modo a manter a qualidade do fornecimento de energia elétrica
ao consumidor, os sistemas de proteção devem atender aos seguintes requisitos,
conforme:
• Seletividade: Somente deve ser isolada a parte defeituosa do sistema, mantendo em
serviço as demais partes;
• Rapidez: As sobrecorrentes geradas pela falta devem ser extintas no menor tempo
possível, de modo a dificultar que o defeito interfira em outras partes do sistema e
danifique os equipamentos da instalação;
• Sensibilidade: A proteção deve ser sensível aos defeitos que possam ocorrer no
sistema;
• Segurança: A proteção não deve atuar de forma errônea em casos onde não houver
falta, bem como deixar de atuar em casos faltosos; •
Economia: A implementação do sistema de proteção deve ser economicamente viável.
De modo a satisfazer os requisitos acima, a instalação e ajuste dos equipamentos de
proteção em uma linha de distribuição (geralmente chamado de alimentador) devem
levar em conta a existência de cargas e ramificações em seu 24 percurso. Além disso,
chaves distribuídas ao longo do sistema podem mudar a topologia de um determinado
alimentador em caso de ocorrência de faltas, sobrecargas ou manutenções
programadas, o que também deve ser considerado na proteção. Estas características
fazem com que frequentemente haja a necessidade de instalação de dispositivos de
proteção em diversos pontos do sistema.
Com a utilização de vários dispositivos de proteção ao longo do alimentador, surge
outro fator a ser considerado no projeto de sistemas de proteção: A coordenação dos
diversos dispositivos de proteção. A coordenação é necessária para que somente o
dispositivo de proteção mais próximo da falta atue, isolando esta do resto do sistema,
satisfazendo o requisito da seletividade e proporcionando maior confiabilidade ao
sistema. Sua implementação é feita com a escolha e ajuste adequados dos dispositivos
de proteção utilizados.

4.3.2. Dispositivos de proteção

Uma das alternativas na busca de altos níveis de confiabilidade de fornecimento com o


melhor custo-benefício está na correta utilização dos dispositivos de proteção
existentes nos sistemas de distribuição, os quais devem ser eficazes e seletivos, pois
caso os mesmos não sejam corretamente aplicados podem vir a interferir diretamente
nos indicadores técnicos de continuidade de forma negativa. Dentre os diversos
componentes dos sistemas de distribuição, os dispositivos de proteção apresentam
uma importância fundamental, visto que visam manter a integridade física não só de
equipamentos, mas também dos eletricistas e da população em geral. A aplicação
correta destes dispositivos demanda um tempo elevado e é extremamente trabalhosa,
devido ao seu grande número, bem como ao fato de que ao se estudar seus ajustes é
necessário levar em conta diversos fatores, tais como, a corrente de carga futura,
níveis de correntes de curto-circuito máximos e mínimos, ajustes dos dispositivos de
proteção a jusante e a montante.
Os dispositivos de manobra e proteção tradicionalmente utilizados nas redes de
distribuição são as chaves fusíveis, chaves repetidoras (religadoras), secionalizadoras,
chaves unipolares do tipo faca e chaves trifásicas com abertura sob carga. Estes
dispositivos apresentaram nos últimos anos apenas evoluções construtivas, pois os
seus princípios de funcionamento não evoluíram muito. Cada um destes equipamentos
apresenta características próprias de aplicação, operação e ajustes. Para uma melhor
compreensão, descreve-se a seguir as suas características construtivas e operacionais.

a) Chave e Elos Fusíveis

Os elos fusíveis são dispositivos de proteção amplamente utilizados em sistemas de


distribuição. Suas aplicações envolvem basicamente a proteção de ramais de
alimentadores, cargas e transformadores de distribuição. Em caso de atuação, os
fusíveis resultam na súbita interrupção da corrente que circula pelo circuito,
necessitando serem manualmente substituídos para que o sistema volte a sua
condição de operação normal.
O elo fusível atua quando uma corrente de valor acima de sua capacidade de condução
circula pelo elemento fusível, que entra em fusão, interrompendo o circuito. Apresenta
um tempo de atuação que varia de acordo com a intensidade da corrente. O elemento
fusível é o principal componente do elo fusível, formado por um fio composto de liga
de estanho, prata ou níquel-cromo, conforme mostrado na Figura 45(a). Os elos
fusíveis são utilizados juntamente com chaves mecânicas que abrem os contatos em
casos de rompimento do fusível, facilitando também a sua troca e o religamento do
circuito. Estas chaves são chamadas chaves fusíveis e um exemplo delas pode ser visto
na Figura 45(b).
O elo fusível é alojado dentro de um tubo de fibra isolante o qual é revestido
internamente por uma fibra especial. A queima desta fibra no instante de fusão do
elemento fusível produz gases deionizastes importantes na extinção do arco elétrico
que surge no momento em que o circuito é aberto.
Os elos fusíveis têm a característica inversa na relação tempo x corrente, isto é, quanto
maior a corrente de curto-circuito, menor o tempo de fusão do elo fusível. Existem
diversos tipos de bases para as chaves fusíveis dependendo de sua aplicação. Para os
sistemas de distribuição de energia elétrica, os tipos de bases mais utilizadas são do
tipo A e C, na qual a sua diferenciação está no tamanho, na sua corrente nominal e
capacidade de interrupção de corrente de curto-circuito.
Da mesma forma que as chaves fusíveis, existem diversos tipos de elos fusíveis que
variam de acordo com as suas aplicações. Para os sistemas de distribuição de energia
os mais utilizados são os elos do “TIPO K”. Os elos “TIPO K” têm características rápidas
de atuação e admitem sobrecargas de 1,5 vezes os seus valores nominais, sem causar
excesso de temperatura ou perda de sua característica “tempo x corrente” (Corrente
admissível). Por outro lado, a fusão dos elos “TIPO K” se dá com duas vezes o seu valor
nominal.
Os elos fusíveis não possuem um tempo de atuação exato, pois como a sua atuação
depende da temperatura de fusão do elemento fusível, esta é influenciada pela
temperatura ambiente, corrente de carga, dentre outros. Desta forma o fabricante
determina uma faixa de operação aceitável entre duas curvas. Para um mesmo elo
fusível, existe a curva de tempo mínimo de fusão (T.mín. F) e a curva de tempo
máximo de fusão (T.máx. F). Em resumo, um elo fusível "nunca deve” fundir antes do
T.mín. F e nem ultrapassar o T.máx.F. Desta forma o fabricante estabelece uma faixa
de tolerância onde pode ocorrer a fusão, que é chamada de "faixa de operação" do elo
fusível.
O elo fusível deve suportar em regime permanente a carga máxima no ponto de sua
instalação. Sua corrente nominal não deve ser superior a mínima corrente de falta no
trecho a ser protegido, se possível considerando o fim do trecho para o qual é
proteção de retaguarda.

b) Religadores

Os religadores automáticos são amplamente utilizados pelas concessionárias de


distribuição de energia. Seu uso aumentou em função das desvantagens geradas pela
atuação dos elos fusíveis em alguns casos, pois estes não são capazes de diferenciar
uma falta permanente de uma transitória, sendo que estas últimas representam de 60
a 90% dos casos de falta ocorridos. A atuação dos elos fusíveis em casos de faltas
transitórias gera elevados custos de operação e principalmente um maior período da
interrupção, sendo os índices de qualidade relacionados avaliados pelas agências
reguladoras, podendo resultar em multas para a empresa.
O religador é um dispositivo que pode ser trifásico ou monofásico e constituído de
chaves controladas e submersas em óleo ou a vácuo. Estas são ligadas em série no
circuito, interrompendo-o de forma temporizada. Após detectar o defeito através da
medida da corrente em seus terminais o religador dispara rapidamente, abrindo o
circuito. Após um determinado tempo os terminais do religador são fechados. Se a
falta for de caráter transitório, o sistema continua operando após um mínimo tempo
de interrupção. O processo de abrir e fechar pode se repetir várias vezes até que a
falta seja eliminada. Se o defeito continuar após as várias tentativas, o religador abre
definitivamente seus contatos, isolando a parte defeituosa do sistema. Os tempos de
operação, o número de interrupções, os ajustes da corrente de disparo e outros
parâmetros podem ser facilmente modificados pelo usuário, resultando em grande
flexibilidade e possibilitando a coordenação com outros dispositivos de proteção,
como os fusíveis, por exemplo [6].
A operação do religador não se limita apenas a sentir e interromper os defeitos na
linha e efetuar os religamentos. O religador é dotado também de um mecanismo de
temporização, o qual pode ser ajustado em duas características distintas, as operações
rápidas, que reduzem ao mínimo as possibilidades de danos ao sistema, evitando ao
mesmo tempo a queima de elos fusíveis entre o local do defeito e o religador e as
operações lentas, proporcionando maior tempo para eliminar defeitos permanentes
queimando os elos fusíveis entre o local do defeito e o religador.
É importante citar que entre um religamento e outro, o sistema permanece por um
curto período desenergizado, o que para consumidores residenciais, por exemplo, é
quase imperceptível, porém para alguns consumidores industriais esse período pode
comprometer seriamente o processo industrial, acarretando paradas da linha de
produção, perda da qualidade do produto e outros prejuízos possíveis.
Os religadores são classificados em diferentes classes como monofásicos ou trifásicos,
com controle hidráulico ou eletrônico, com meio de interrupção do arco elétrico a
vácuo, a óleo ou a gás SF6.

Independentemente de seus princípios construtivos, através de bobinas, resistores,


controles hidráulicos ou eletrônicos, o seu funcionamento está diretamente
relacionado à corrente de falta, obedecendo a um gráfico de “tempo x corrente”, no
qual quanto maior a corrente de falta, menor é o tempo de atuação do religador.
Normalmente os religadores possuem curvas de atuação e ajustes de proteção
individualizados para defeitos de “fases” (proteção de fase) e para os defeitos
envolvendo retorno por terra, “neutro” (proteção de neutro).
Um exemplo de uma dessas curvas pode ser visto na figura 48.
c) Seccionador Automático

O seccionador automático pode ser definido como: “Um equipamento utilizado para
interrupção automática de circuitos, que abre seus contatos quando o circuito é desenergizado
por um equipamento de proteção situado à sua retaguarda e equipado com dispositivo para
religamento automático”.

Os seccionadores automáticos são dispositivos projetados para operar em conjunto com os


religadores. Basicamente, eles são constituídos de uma chave a óleo monofásica ou trifásica e
possuem a aparência de um religador. Seu controle pode ser tanto hidráulico quanto
eletrônico.

Diferentemente do religador, o seccionador automático não interrompe a corrente de defeito.


Ele é ligado a certa distância do religador, no seu lado de carga.

A cada vez que o religador interrompe uma corrente de falta, o seccionador conta a
interrupção, e após um pré-determinado número de interrupções abre seus contatos antes da
abertura definitiva do religador. Desta forma, um trecho sob condições de falta permanente
pode ser isolado, permanecendo o religador e os demais trechos em situação normal. Além de
sua operação normal, o seccionador pode ser operado manualmente para interromper a
corrente nominal de carga e ser empregado como chave para seccionamento manual de
alimentadores. A Figura 49 apresenta uma vista de um seccionador instalado em um sistema
de distribuição de energia.
5 - QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA FORNECIDA
POR AEROGERADORES.

5.1 O impacto de centrais eólicas na qualidade de energia.

A variabilidade do vento, aliada a outros fatores dinâmicos das turbinas eólicas, pode
ocasionar, em algumas circunstâncias, distúrbios nos padrões de qualidade energia da
rede elétrica local.
Aerogeradores operando em paralelo com o sistema elétrico podem causar
interferência na qualidade da energia. As interferências observadas são,
principalmente, flutuações de tensão no domínio no tempo, tais como sobretensões,
flicker (1 a 35 Hz), Harmônicos (50 ou 60 Hz a 2,5 kHz ou 3,0 KHz) e picos de tensão.
Conversores estáticos, utilizados nos aerogeradores de velocidade variável, com a
função de sicronismo do mesmo com a rede elétrica, produzem variações de tensões e
picos de potência ativa e reativa devido as operações de chaveamento durante as
partidas (“Cut-in”), paradas (“Cut-Out”) ou comutações de gerador, no caso de
máquinas com dois geradores.

5.2 A Norma IEC 61400-21.

Para garantir um padrão mínimo na qualidade de energia fornecida pelos aerogeradores, foi
formulada a norma IEC 61400-21 que trata da medição e avaliação das características da
qualidade de energia de turbinas eólicas conectadas à rede (aqui denominadas aerogeradores)
– Measurement and assessment of power Quality Characterístics of Grid Connected Wind
Turbine.

A mesma considera os parâmetros mínimos para teste, medição e avaliação da qualidade de


energia produzida por um parque eólico, estando dividida em três blocos principais detalhado
logo a frente no escopo da norma:

1_ Parâmetros Característicos da qualidade de potência em turbinas eólicas;

2_ Procedimentos de Medição;

3_ Avaliação da qualidade de potência


5.2.1Escopo da Norma

Esta parte da IEC 61400 inclui:


• a definição e a especificação dos valores a serem determinados para caracterizar a
qualidade da potência gerada por uma turbina eólica conectada à rede;
• Procedimentos de medição para quantificar essas características;
• Procedimentos para avaliar o cumprimento das exigências de potência, incluindo a
estimativa da qualidade da potência esperada de um tipo de turbina eólica instalada
em um sítio específico, possivelmente entre grupos de turbinas.
Os procedimentos de medição são válidos para turbinas eólicas individuais, com
conexão trifásica à rede, e desde que a turbina não seja operada para controlar
ativamente a frequência ou a tensão em qualquer local da rede. Os procedimentos de
medição são válidos para qualquer tamanho de turbina eólica, embora esta norma
exija somente os tipos de turbina destinados ao ponto comum de conexão em MT ou
AT a serem testadas e caracterizadas conforme especificado nesta norma.
As características medidas são válidas somente para a configuração específica da
turbina eólica avaliada. Outras configurações, inclusive com parâmetros de controle
alterados que levem a turbina a se comportar de forma diferente em relação à
qualidade da potência, exigirão uma avaliação em separado.
Os procedimentos para avaliação do cumprimento das exigências de qualidade da
potência são válidos para turbinas eólicas com ponto comum de conexão à rede (PCC)
em MT ou AT em sistemas de potência com frequência fixa dentro de mais ou menos
01 Hz, e com possibilidades de regulagem suficiente da potência ativa e reativa e com
carga suficiente para absorver a produção da energia eólica. Nos demais casos, os
princípios para avaliar o cumprimento das exigências de qualidade da potência
poderão ainda ser utilizados como guia.
NOTA 01. Esta norma utiliza os seguintes termos para a tensão do sistema:

– Baixa tensão (BT) refere-se a Un ≤ 1 kV;

– Média tensão (MT) refere-se a 1 kV < Un ≤ 35 kV;

– Alta tensão (BT) refere-se a Un > 35 kV;

NOTA 02. A emissão de inter-harmônicos também passou a ser abordada nesta norma
a partir a ed.1 de 2008, passando a ser objeto de consideração, com procedimentos
adequados de medição e avaliação pelo comitê respectivo da IEC.

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