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circuito pedonal pela zona histórica

Tem calçado confortável? Então vamos começar. Observe o local mais alto da
cidade, a nossa Praça da República (1). Diz-se que no meio desta se separam as
águas. Para o poente, a bacia hidrográfica do Sado e, para o nascente, a do
Guadiana.Por ser o local mais alto, nele se construíram, no século XX, dois
depósitos para a água que abasteceria a cidade. O primeiro, em cima da igreja da
Misericórdia, no fundo da Praça, situação a que se pôs cobro com o restauro dos
anos 50; o segundo, a funcionar hoje em dia, atrás do edifício das Finanças e
sobre as estruturas de um dos templos romanos da cidade. Debaixo das colunas e
arcos da Praça existiu, em tempos, o “Chafariz da Praça”, onde se serviam pessoas Subimos novamente em direção às Portas de Moura, pela Rua do Esquível. Junto à
e bebiam cavalgaduras. travessa que, à esquerda, vai para a igreja do Salvador, está um pequeno espaço
– maior do que o necessário para ser uma rua e demasiado pequeno para ter uma
habitação. Neste espaço, hoje habitado por uma boca de incêndio, esteve, durante
parte do séc. XX um marco fontenário e, nos séculos XVIII e XIX, um poço, chamado
o Poço Novo ou Poço Novo do Esquível (5).

Continuamos a subir pela Rua Ancha, e, na nova bifurcação, surge-nos a memória

de um outro poço que ali existia, o Poço da Rua Ancha (6), atulhado em 1843 para
que a rua pudesse receber o cortejo real, de D. Maria II, de visita a Beja.
Viramos à direita para a rua Dr. Manuel de Arriaga, antiga rua da Capelinha e
seguimos pela Rua do Ulmo. Por aqui existiu também um poço de grande antiguidade,
o Poço do Ulmo ou Álamo (7).

Chegamos ao largo dos Duques de Beja. À nossa frente, o antigo Convento da Con-
ceição, com o seu adro elevado. À nossa frente e debaixo do adro está o Depósito
de água da Conceição (8), construído na década de 20 do passado século e que
ainda hoje serve a cidade.

Depósito de água junto às finanças Debaixo de uma sombra, descanse do seu passeio. Beba uma água.

Desça para o lado nascente pela rua Afonso Vieira, antiga rua do Cotovelo e do
Correio. Atravesse a rua Amador Arrais e prossiga pela Rua dos Paus. No fim
desta, vire à direita. Encontrar-se-á na antiga judiaria. Seguindo pela rua de
S. Gregório verá, na confluência desta com a travessa do mesmo nome, um pequeno
espaço. Era aí o Poço do Ouro (2) ou Poço de S. Gregório. Vire à esquerda e
desça, rumo ao “Terreirinho das Peças”. Por aqui se localizava o Poço da Figueira
(3), também de serviço à Judiaria e aqui funcionou em meados do séc. XX um marco
fontenário. Continue a descer e, no canto da Rua da Lavoura aprecie o Chafariz
do Cano (4), com a sua cabeça de touro (símbolo da municipalidade) e com pelo
menos 500 anos de história ao serviço da zona “industrial” e dos lagares.

Marco Fontenário, Rua Ancha

Marco fontenário do Terreirinho das Peças

Marta Páscoa
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