Antiguidade
Oriental
Divisão da História Antiga:
Civilizações do Oriente Próximo e
✓Oriental Civilizações do Extremo Oriente
(Índia e China)
✓Clássica Gregos e Romanos
Primeiras civilizações:
A organização das primeiras sociedades está relacionada a sua
proximidade aos grandes rios:
Egito → Nilo
Índia→ Ganges e Indo,
Mesopotâmia→ Eufrates e Tigre
China→ Amarelo e Azul
que, periodicamente transbordavam,
fertilizando o solo tornando-o propício
para agricultura.
Estas civilizações possuem algumas características em comum:
❖Civilização de regadio:
as primeiras civilizações localizavam-se às
margens dos grandes rios, sua organização
dependia inclusive desses rios;
o Estado encarregava-se do controle dos
rios através da construção de diques,
canais de irrigação e drenagem e também
cobrava os impostos, com base em uma
estimativa de produção agrícola.
❖Controle de terras pelo Estado e trabalho compulsório
as terras produtivas ficavam sob
controle do governante, sendo
por ele entregues, uma porção
dessas terras, para serem
trabalhadas, a uma população
de camponeses que, ao final de
um período, retornariam parte
dessa produção para o governo
(trabalho compulsório).
❖Governos Teocráticos
Político e religioso
estavam interligados, ou
seja, o governante era
considerado uma
divindade, um
representante dos deuses
na terra.
Civilizações do Oriente Próximo: Crescente Fértil
O Crescente Fértil era uma região localizada nos vales dos rios Nilo,
Jordão, Tigre e Eufrates, caracterizada pela fertilidade de suas terras
e pela diversidade cultural das sociedades que ali se desenvolveram.
“Descoberta “ da civilização egípcia
A civilização egípcia passou a ser investigada somente a
partir do século XIX de nossa era, pois desde o ano 500 de
nossa era, o Egito ficou sob o domínio dos muçulmanos,
portanto, pouco acessível ao Ocidente Europeu.
O Ocidente Europeu entrou em
contato a egiptologia moderna, a
partir da expedição de Napoleão
Bonaparte ao Egito (1798), quando foi
realizado o 1º inventário do passado
egípcio (Descrição do Egito, 1809), a
partir da decifração dos hieróglifos da
Pedra de Roseta, abrindo caminho
para um conhecimento maior sobre a
civilização.
❑Localização Geográfica:
Localizado a nordeste da África, tinha
como limites: ao norte o mar
Mediterrâneo, ao sul a Núbia (atual
Sudão), a leste o Mar Vermelho e a
oeste com o deserto da Líbia. Seu
território compreendia uma região de
clima seco e área desértica, e dividia-se
em:
▪ Baixo Egito (região do delta do rio
Nilo)
▪ Alto Egito (região do vale)
Graças às cheias do Rio Nilo, os
egípcios puderam desenvolver sua
agricultura.
❑Economia:
▪O Estado controlava todas as
atividades, inclusive o comércio e era o
dono da terra;
•A economia egípcia baseava-se na
agricultura, cultivavam trigo, cevada,
linho, algodão, legumes, frutas e papiro.
•A pesca e a pecuária eram atividades
secundárias
•Dedicavam-se ainda à extração de ouro, Papiro
pedras preciosas, que chegou a ser usada
para facilitar o comércio externo.
▪Nos períodos de entressafra, os egípcios eram
empregados na construção de templos, pirâmides e
palácios.
❑Organização político- administrativa:
▪O faraó ocupava o topo da pirâmide social
egípcia, eram escolhidos por ele, entre os
membros de sua família, aqueles que
ocupariam cargos dentro de sua
administração: ministros (vizires), chefes de
províncias (nomarcas), chefes militares, juízes
e sacerdotes.
▪Essas funções foram tornando-se
hereditárias, fato que acabou dando origem a
uma nobreza extremamente poderosa.
▪O restante da sociedade estava dividida
entre funcionários administrativos,
soldados, camponeses e escravos.
Os egípcios desenvolveram a escrita por meio dos hieróglifos,
que evoluíram para a escrita cursiva a hierática (em que eram
escritos os textos literários, científicos, oficiais, administrativos,
educacionais e religiosos) e a demótica, uma escrita mais
popular de uso generalizado
Existem os textos das pirâmides e o
Livro dos Mortos, que contém fórmulas
mágicas e os rituais que o morto deveria
conhecer ao submeter-se ao Tribunal de
Osíris após a sua morte.
A construção dos grandes monumentos
egípcios pressupunha conhecimentos de
geometria e física .
Os antigos egípcios possuíam um
calendário de 365 dias e a medicina foi
considerada muito desenvolvida para
época e admirada pelos gregos
❑Religião egípcia:
▪Politeístas
▪Cultuavam animais sagrados (gato,
crocodilo, íbis, cobra)
▪Muitos deuses eram representados
com corpo humano e cabeça de
animal, por exemplo: Hórus (falcão),
Anúbis (Chacal), Thot (íbis), etc.
▪Haviam deuses associados ao sol
(Amon-Rá), Ísis (lua) e Osíris (Rio
Nilo);
▪Templos eram ao mesmo
tempo, a moradia dos deuses e
local de culto para os fiéis.
Vamos turistar
no Egito?
Cairo, localizado no
Monte Mokattan
Esfinge
Rio Nilo
Museu do Cairo
Prótese que
pertenceu a
Tabaketenmut,
filha de um alto
sacerdote
egípcio
Aula 2
01.De que maneira se divide tradicionalmente o estudo da Antiguidade?
O estudo da Antiguidade considera a divisão entre povos do
Oriente e povos do Ocidente.
02.Explique APENAS o que era o Crescente Fértil.
“Crescente Fértil” é a expressão que designa uma área que,
a partir do Egito, prolonga- -se pela costa sírio-palestina,
descrevendo, em seguida, um arco de círculo até os atuais
territórios do Irã e Iraque, caracterizada por terras
fertilizadas pelas cheias periódicas de grandes rios. Para
colorir o mapa, recomenda-se observar o mapa chamado “O
Crescente Fértil” na parte teórica do material
03.Explique o significado da afirmação:
“O Egito é uma dádiva do Nilo”
A frase é atribuída ao historiador grego Heródoto, que percebeu a importância
da proximidade do rio Nilo para o surgimento de uma civilização que floresceu
em pleno deserto.
04.Por que apenas a partir do momento em que a expedição de Napoleão
Bonaparte descobriu novos documentos egípcios tornou-se possível estudar
essa sociedade em seu períodos mais antigos?
O ponto de partida da egiptologia moderna foi a expedição de Napoleão
Bonaparte, em 1798, composta por especialistas que fizeram um inventário
do passado egípcio na qual estava inclusa a Pedra de Roseta, que permitiu a
decifração dos hieróglifos
05.Explique de que maneira pode-se compreender melhor a cultura
egípcia a partir do culto aos mortos praticado por essa sociedade.
O culto aos mortos era uma parte muito importante da vida dos egípcios,
levando-os a desenvolver uma série de procedimentos e rituais, como a
mumificação dos mortos, além da construção de túmulos adornados com
pinturas. Tais elementos servem como fonte de estudo do modo de vida
dos antigos egípcios
06.Discorra sobre a economia do Egito Antigo.
Os egípcios desenvolveram uma economia de regadio, ou
seja, produziam alimentos aproveitando a proximidade
com o rio Nilo. Todas as terras pertenciam ao faraó e eram
distribuídas em lotes para o cultivo depois de cada cheia
anual. O excedente produzido pelos camponeses era
utilizado pelo Estado para sustentar a elite dirigente,
financiar o artesanato e a cultura, além de promover o
comércio com outros povos.
07.Descreva a organização da sociedade egípcia.
A sociedade egípcia se organizava numa hierarquia em que, na base,
encontravam-se os camponeses e, no topo, o faraó. O faraó, por sua vez,
estendia seu poder por meio de escribas, vizires e nomarcas, que, ao lado de
sacerdotes e comandantes militares, formavam a nobreza, sustentada pelos
recursos obtidos pelo Estado
08.Explique por que a escrita era importante no Egito Antigo.
A escrita servia, em primeiro lugar, como mecanismo de
controle estatal, facilitando o registro de informações e a
cobrança de impostos. Outro aspecto importante era seu
uso religioso, pois os túmulos eram decorados com
inscrições que relatavam a vida da pessoa e traziam
orações para garantir uma passagem bem-sucedida do
indivíduo para o mundo dos mortos.
09.Como era organizada a política no Egito Antigo?
O Estado era comandado por um faraó, que era tratado como uma
divindade e desempenhava funções de comando militar, justiça e
liderança religiosa. O faraó, por sua vez, estendia seu poder por meio
de sacerdotes, escribas, vizires e nomarcas. O Estado controlava os
meios de produção de riqueza, coordenando o trabalho na agricultura e
nas obras públicas.
