Portaria N° 1007-SEI - PAB NOVA BASE CONCEITUAL 11-6-2018
Portaria N° 1007-SEI - PAB NOVA BASE CONCEITUAL 11-6-2018
RESOLVE:
CAPÍTULO I
§ 1° A base conceitual de que trata o caput tem por finalidade subsidiar o Sistema de
Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro- SICAB, desenvolvido pelo Programa do
Artesanato Brasileiro, deste Ministério, em parceria com as Coordenações Estaduais do
Artesanato.
§ 2º A base conceitual, bem como as informações geradas pelo SICAB, contribuirão para a
definição de políticas públicas e o planejamento de ações de fomento para o setor artesanal
brasileiro.
Art. 2º As disposições contidas nesta Portaria são aplicáveis em todo o território nacional, a
todos os artesãos e a todas as unidades produtivas artesanais que pretendam ser
reconhecidos como tais, sem prejuízo das eventuais adaptações às especificidades regionais.
CAPÍTULO II
Seção I
Da Composição do Programa
Portaria 1007 (0358445) SEI 52020.100296/2018-61 / pg. 1
Art.3º O Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) é composto por:
§3 º A adesão dos Estados e do Distrito Federal dar-se-á por meio de Acordo de Cooperação
Técnica para o desenvolvimento conjunto de políticas públicas para o pleno desenvolvimento
do segmento artesanal.
Seção II
II- prestar apoio estratégico e permanente aos artesãos, especialmente mediante promoção de
qualificação profissional.
IV- articular as ações públicas voltadas para o desenvolvimento do artesanato e destas com os
interesses dos artesãos das diferentes regiões do Brasil;
Art. 5º O MDIC poderá estabelecer parcerias com órgãos e entidades públicos e privados para
o atingimento do objetivo e das finalidades do Programa do Artesanato Brasileiro.
Seção III
d) articular a criação de linhas de créditos para fomentar o artesanato em todas suas etapas de
produção.
b) promover a qualificação técnica do artesão, por meio dos processos e produtos para
obtenção de certificados nacional e internacional;
CAPÍTULO III
DO ARTESÃO
Seção I
Da Profissão de Artesão
Art. 8º Artesão é toda pessoa física que, de forma individual ou coletiva, faz uso de uma ou
mais técnicas no exercício de um ofício predominantemente manual, por meio do domínio
integral de processos, transformando matéria-prima em produto acabado que expresse
identidades culturais brasileiras.
I- artefatos, ferramentas, máquinas e utensílios para auxílio limitado, desde que seu
manuseio exija ação permanente do artesão para executar o trabalho; e
II- moldes e matrizes, não comercializáveis, desde que tenham sido criados e confeccionados
pelo próprio artesão para o seu uso exclusivo.
§ 3º Considera-se mestre, aquele artesão que se notabilizou em seu ofício, legitimado pela
comunidade que representa e que difunde para as novas gerações conhecimentos acerca dos
processos e técnicas do ofício artesanal.
§ 4º Considera-se artista popular o artesão autodidata, que cria, de forma espontânea, obras
autorais únicas, atemporais, de relevante valor histórico e/ou, artístico e/ou cultural, que
retratam o imaginário popular.
Seção II
Art. 9° O artesão, para ter acesso às políticas públicas do Programa do Artesanato Brasileiro
deverá previamente ser cadastrado no Sistema de Informações do Cadastro do Artesanato
Brasileiro (SICAB), na forma do disposto desta Portaria.
IV - cooperativa de artesão;
I - artesão profissional: é toda pessoa física que, de forma individual ou coletiva, faz uso de
uma ou mais técnicas no exercício de um ofício predominantemente manual, por meio do
domínio integral de processos, transformando matéria-prima em produto acabado que
expresse identidades culturais brasileiras.
II - mestre artesão profissional: artesão que se notabilizou em seu ofício, legitimado pela
comunidade que representa e que difunde para as novas gerações conhecimentos acerca dos
processos e técnicas do ofício artesanal.
III - associação de artesãos: instituição de direito privado, sem fins lucrativos, constituída
com o objetivo de defender e zelar pelos interesses de seus associados. Regida por estatuto
social, com uma diretoria eleita em assembléia para períodos regulares. A quantidade de
sócios é ilimitada.
VIII - confederação de Artesão: coligações de federações para fim comum. Para fins de
cadastramento a Confederação deverá ser constituída em número não inferior a 3 (três)
federações cadastradas no SICAB.
Parágrafo Único: O registro individual do artesão será garantido mesmo quando se adotem
formas coletivas e/ou associadas de produtos, permitindo-se, neste caso, acrescer ao código
do artesão, o nome ou registro da entidade que o associe.
Seção III
Art. 11. O artesão será identificado pela Carteira Nacional do Artesão, válida em todo o
território nacional, com validade de 6 (anos) anos, que será emitida pelas Coordenações
Estaduais de Artesanato (CEA) por meio do SICAB.
e) uma fotos 3 x 4;
V - elaborar uma peça artesanal, por matéria-prima/técnica a ser cadastrada, em todas as suas
fases, em teste de habilidade a ser realizado pela Coordenação Estadual.
§ 1º Fica dispensado do teste de habilidade previsto neste artigo, o artesão reconhecido como
mestre artesão e artista popular, na forma dos §§ 3º e 4º do art.8º desta Portaria.
Art. 13. A renovação da Carteira Nacional do Artesão será realizada na forma dos incisos IV, V
e VI do caput do art.12, sempre que forem requeridas alterações em quaisquer dos seguintes
campos:
I - tipologia/matéria-prima do artesanato;
IV - funcionalidade do artesanato.
Art. 14. Para obtenção do registro de Artesão estrangeiro, com visto temporário no Brasil,
deverá ser apresentada pelo requerente a seguinte documentação:
I– cópia do passaporte, especificamente das folhas onde consta o visto temporário e data de
entrada no país;
II – duas fotos 3 x 4;
§1° A Carteira Nacional de Artesão será emitida com a mesma validade do visto temporário,
sem prejuízo das obrigações previstas no art. 12, incisos IV a VI, desta Portaria.
Art. 16. Qualquer modificação ou alteração das condições ou dados constantes do Registro e
da Emissão da Carteira concedida, deverá ser comunicada à Coordenação Estadual que
emitiu a Carteira, pelo artesão ou familiar, no prazo máximo de sessenta dias contados após
sua ocorrência.
§ 2° Caso não seja cumprido o prazo estipulado no §1° deste artigo, a Coordenação Nacional
procederá com a liberação da transferência do artesão.
Art. 18. Os registros e carteiras deverão ser cancelados nos seguintes casos:
I - a pedido do interessado;
CAPÍTULO IV
DO ARTESANATO
Seção I
Da Atividade Artesanal
§ 1º Serão aceitos produtos artesanais com referências a culturas estrangeiras, desde que
tenham sido assimiladas por localidades com tradição imigratória.
§ 6º Não é ARTESANATO:
IV – Habilidades aprendidas através de revistas, livros, programas de TV, dentre outros, sem
identidade cultural.
VII – Trabalhos baseados em cópias, sem valor cultural que identifique sua região de origem
ou o artesão que o produziu.
Seção II
Art. 20. A produção artesanal classifica-se, conforme a origem, nas seguintes categorias:
II- Arte Popular: caracteriza-se pelo trabalho individual do artista popular, reconhecido pelo
valor histórico e/ou artístico e/ou cultural, trabalhado em harmonia com um tema, uma
realidade e uma matéria, expressando aspectos identitários da comunidade ou do imaginário
do artista;
Art. 21. A produção artesanal classifica-se, conforme a finalidade, nas seguintes categorias:
I- adornos, acessórios e vestuários: objetos de enfeite de uso pessoal com função estética.
III- educativos: objetos destinados às práticas pedagógicas, que visam atuar na capacidade
do indivíduo de aprender novas habilidades e assimilar novos conhecimentos.
Seção III
Art. 22. Para os fins desta Portaria, são consideradas formas de organização da produção
artesanal:
I - artesão individual;
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
Art. 25. Fica aprovado o rol de tipologias e técnicas do Programa do Artesanato Brasileiro
(PAB), na forma dos Anexos I e II desta Portaria.
Art. 26. As Carteiras de Trabalhador Manual expedidas na forma do art. 5º da Portaria n° 14, de
16 de abril de 2012, terão sua validade mantida, sem direito a renovação.
ANEXO I
ROL DE TIPOLOGIAS
01.01.01 CARCAÇA
01.01.03 CASCO
01.01.04 CERA
01.01.05 CONCHA
01.01.09 ESCAMA
01.02.06 MADEIRA
01.02.07 SEMENTE
01.03.01 AREIA
01.03.02 ARGILA
01.03.03 PEDRA
02.01.02 FIO DE LÃ
02.01.03 SEDA
02.02.01 BORRACHA
02.02.03 MASSA
02.02.05 PAPEL
02.03.01 CERÂMICA
02.03.02 METAL
02.03.03 VIDRO
ANEXO II
1. AMARRADINHO/PUXADINHO/ESMIRRA
Consiste em preencher as tramas da talagarça (ou tear) com retalhos, sempre no mesmo
sentido. Os retalhos são inseridos na trama e presos com um nó simples, mas firme. Preenche
uma trama, pula a seguinte e preenche a outra, seguindo até o fim da carreira. Na carreira
seguinte, intercala o amarradinho com a trama da carreira anterior. O avesso é liso, já a frente
do trabalho é cheia e fofa.
2. BOLEADO
Técnica de transformar material plano em forma boleada utilizando o boleador de metal que é
aquecido no fogo e, ainda quente, colocado sobre a matéria-prima a ser trabalhada (fibras
3.BORDADO
3.1 APLICAÇÃO
Técnica com aplicação de tecidos recortados e dispostos formando uma imagem, cujo
contorno é bordado com ponto caseado se feito à mão, ponto cheio e ziguezague se feito à
máquina. Miçangas e pedrarias somente serão aceitas na produção de peças artesanais
referente à manifestações culturais populares e tradicionais, relacionada em documentos
pelas coordenações estaduais.
3.2 ARPILHARIA
3.4 BOUVAIRE
Técnica de bordado livre e feito à máquina, também conhecido como ponto de cadeia.
Nesta técnica o controle é exclusivo da bordadeira e pode utilizar bastidor no seu
desenvolvimento. Os desenhos são inicialmente riscados no suporte escolhido (tecido, palha,
couro) para depois serem bordados. Podem ser utilizados fios de várias espessuras em linha
de algodão ou sintética.
Pode ser feito à mão ou à máquina. Nesta técnica, faz-se um caminho sinuoso e longo em
todo o tecido, por isso a técnica se chama caminho sem fim. É encontrado também agregado
a outras técnicas, como no acolchoamento de costuras (quilting) e do patchwork.
Ponto decorativo em forma de corrente, muito usado para contornar outros bordados.
Também se pode usar esse ponto para preencher todo o interior do desenho. Geralmente é
colocado na composição juntamente com outros tipos de pontos. Quando feito para
preenchimento, contorna-se inicialmente o desenho para depois ir preenchendo até chegar
ao centro.
É uma técnica trabalhada com um emaranhado de pontos que se faz desfiando o tecido,
montado em armação de madeira (tela ou bastidor), unindo fios e preenchendo espaços com
cerzimentos. É um bordado de agulha onde se empregam os pontos de corte, de fios tirados,
cruz, milindro, relevo e cerzimentos. O ponto crivo pode ser executado em qualquer tecido
com fios contáveis, onde se fazem pequenos cortes em fios determinados do tecido,
formando desenhos. O que o caracteriza é a formação de buraquinhos e a passagem da linha
através destes.
3.9 FILÉ
Técnica que consiste em preencher um desenho sobre uma rede, feita com linha de
algodão, também conhecida como grade. Essa grade é confeccionada com a mesma técnica
usada nas redes de pesca. A partir da rede de nó, presa a uma peça de madeira com formatos
e tamanhos diferentes, desenvolve-se a trama com pontos numa agulha de mão. Também
conhecida como uma técnica de bordado, porém não utiliza o tecido como suporte, podendo
se classificar como renda.
3.10 LABIRINTO
3.11 OITINHO
Este ponto básico compreende o enchimento de linha ou algodão. Deve ser trabalhado
no sentido contrário ao alinhavo, preenchendo todo o interior do desenho. Como resultado
final o bordado fica com um efeito de maior relevo. O número de fios sobre os quais os pontos
são trabalhados depende do efeito desejado.
Conhecido também como ponto de marca e bordado de fio contado. Bordado com ponto
imitando pequenas cruzes que permite a contagem de fios e que quando agrupadas, formam
um desenho. Geralmente executado em tecido étamine e linho.
Tem a forma do Ponto Cheio, normalmente usado para dar um efeito matizado, ou seja,
tendo em um mesmo desenho a mistura de cores e nuances variadas. Usado também para
dar o efeito sombreado. Na primeira carreira os pontos são alternadamente longos e curtos e
bem unidos para seguir o contorno do desenho. Os pontos das carreiras seguintes são
arrumados visando instituir uma superfície uniforme e macia.
Bordado à mão em pontos feitos na horizontal e na vertical. Para formar o desenho segue
esta mesma direção. É iniciado e finalizado com a mesma direção do ponto. Algumas vezes
esses pontos são de tamanhos variados, o que possibilita uma sensação de que o desenho é
diagonal. É o ponto base do bordado rendendepe.
O ponto russo é uma técnica de bordar em alto relevo, feita com uma agulha especial,
bastidor e tecido. Quando finalizado tem um efeito felpudo e atoalhado e com relevo bastante
destacado.
Também conhecido por Ponto Atrás Duplo, o Ponto Sombra é bordado em tecido fino e
transparente, com pequenos pontos atrás, no avesso, alternadamente gerando efeito
sombreado no lado direito do tecido.
Técnica executada preferencialmente sobre linho preso em bastidor. Após ser bordado é
recortado com tesoura para retirada do centro do bordado ou das partes do tecido que não
foram cobertas pela linha. São utilizados pontos cheios e abertos formando desenhos
geométricos.
3.20 RICHELIEU
Bordado livre que pode ser executado à mão ou à máquina de pedal, com o auxílio do
bastidor. O desenho é feito em papel manteiga e depois passado para o tecido. O tecido é
costurado com ponto reto e reforçado com zigue-zague, contornando-se todo o desenho.
Com a tesourinha, corta-se a parte interna do desenho e são bordadas as ligações internas
(grades) e depois o contorno, utilizando um cordão\linha chamada cordonê.
3.21 ROCOCÓ
3.22 VAGONITE
Bordado em tecido com textura tipo tabuleiro em relevo ou em tecido étamine, no qual a
agulha desliza sob a trama mais proeminente, sem atravessar o seu avesso. Os desenhos têm
padrão geometrizado por causa do seguimento das tramas do tecido.
3.23 XADREZ
É uma técnica feita à mão e é assim chamado por ser produzida em tecido xadrez,
aproveitando-se o quadriculado para fazer o bordado. É executado com pontos diversos,
sendo bastante comum o uso do ponto de cruz duplo.
4. CALADO/ VAZADO
Consiste em formar figuras na parte central de chapas de madeira, metal e outros utilizando
ferramentas de corte como broca, serra de arco, lima, lâmina, dentre outros. A técnica é
conhecida como calagem por sua utilização nas peças de cerâmica no período colonial
espanhol na América latina. Atualmente a técnica é utilizada pelos artesãos brasileiros para a
produção de luminárias de madeira e PVC, bem como porta-retratos, oratórios e outros itens.
Não é permitido usar máquina a laser.
5. CARPINTARIA
6. CARTONAGEM
7. CERÂMICA
Consiste no processo de queima do barro ou argila em diferentes tipos de forno com de alta
temperatura ou secando as peças ao sol. A forma pode ser conseguida por modelagem à mão
com a técnica de rolinhos, placas ou bolas de argila, ou de forma escultórica. Existem diversas
argilas nas quais se podem adicionar outros elementos para obter maior plasticidade e coesão
e ainda um bom cozimento. As queimas variam desde as primitivas, que atingem
temperaturas mais baixas aos fornos "modernos" ou "antigos" de altas temperaturas.
7.1 FAIANÇA
É uma cerâmica branca, composta por massas porosas, de coloração esbranquiçada e que
precisa passar por processo posterior de vitrificação. As peças são cozidas a uma alta
7.2 GRÊS
Massa cerâmica, cuja composição é semelhante a das rochas. A principal diferença entre
essa massa e as rochas é que, enquanto as rochas se formam na natureza, o grés é preparado
pelo homem com uma seleção de minerais e uma parte de argila plástica. Em sua composição
não entram argilas tão brancas ou puras quanto na porcelana, o que estabelece uma coloração
rósea, levemente avermelhada nas baixas temperaturas e acinzentada nas mais altas. A
temperatura de queima pode ficar entre 1150 e 1300ºC, após a queima se tornam
impermeáveis, vitrificadas e opacas (refratária). Ela vitrifica na sua temperatura de queima, o
que permite a fabricação de vários tipos de produtos. Estes são em caso particular feitos
numa só queima. Também conhecida pelo termo inglês stoneware “barro-pedra”. O grês é, em
última análise, uma porcelana não translúcida.
7.3 PORCELANA
7.4 RAKU
Técnica cerâmica que começa por modelar uma peça de barro poroso, cozendo-a a uma
temperatura não muito elevada. Depois, aplica-se o vidrado na peça, e leva-se de novo ao
forno, a uma temperatura de 800 a 1000 ºC. As peças são retiradas ainda incandescentes e
colocadas num ambiente com pouco oxigênio. Se surgir alguma chama é necessário tapar
rapidamente o recipiente da serradura e deixar a peça descansar por alguns minutos. O fumo
que escapa neste processo é um lençol espesso, quase viscoso, amarelado e muito tóxico. Na
terceira fase do processo, a peça é retirada da serradura e rapidamente mergulhada em água.
Todas estas ações permitem criar efeitos singulares: craquelês, brilhos e texturas especiais. A
porosidade do barro, a quantidade de vidrado e a forma como este se aplica, a temperatura do
forno, a madeira de que é feita a serradura, a temperatura da peça, o contato maior ou menor
da superfície da peça com a serradura, o tempo de imersão em água tudo isso pode alterar a
cor e brilho. As zonas da peça onde não foi colocado vidrado ficam totalmente pretas, o que
permite criar contrastes com o vidrado branco, sobretudo quando há craquelê.
7.5 TERRACOTA
A terracota é um material constituído por argila cozida no forno, sem ser vidrada, e é
utilizada em cerâmica e construção. O termo também se refere a objetos feitos deste material
e a sua cor natural, laranja acastanhada. A terracota caracteriza-se pela queima em torno dos
900º C, apresentando baixa resistência mecânica e alta porosidade, necessitando um
acabamento com camada vítrea para torná-la impermeável. É uma cerâmica fria similar à
argila, mas muito mais limpa e fácil de trabalhar.
7.6 TRADICIONAL
A cerâmica tradicional de olaria é utilizada para fabricar objetos de uso doméstico, sendo
os mais utilizados os potes (recipientes de transporte e depósito de água) e panelas para
Este é um tipo de vidrado feito a partir de minerais e óxidos que uma vez levados à
queima, após a sua aplicação nas peças conferem uma aparência de vidro. Depois de
esmaltada, é “queimada” no forno de alta temperatura, onde o esmalte se derrete e forma uma
fina camada vitrificada sobre a peça. A pintura pode ser feita antes ou depois de se esmaltar a
peça. Para ser considerado artesanato o artesão deverá confeccionar o objeto em cerâmica a
ser vitrificado.
8. CINZELAGEM OU REPUXO
Técnica utilizada para criar volumes, relevos e texturas numa chapa de metal formando
desenhos, também chamada de técnica de repuxado ou repuxo. Utilizam-se ferramentas de
precisão que são os cinzéis (ferro).
Consiste em criar desenhos utilizando areia colorida, colocando uma cor por vez em um
recipiente transparente, com o auxílio de palhetas e canudinho de madeira, retratando
imagens.
10. COSTURA
É a forma artesanal de se juntar duas ou mais partes de um tecido, pano, couro, casca ou
outros materiais, utilizando agulha e linha na elaboração de peças com identidade cultural.
10.1 COSTURA
Técnica que consiste em unir duas ou mais partes de materiais diversos como tecido,
couro, fibra ou outros, exceto feltro e TNT, utilizando agulha ou máquina na produção de
peças variadas. Para ser artesanato a costura deve estar aliada ao desenvolvimento de peças
com imagens, figuras ou aplicação de bordados tradicionais com identidade cultural. Não
serão aceitas técnicas de corte e costura para fins de confecções relacionadas ao mercado de
moda convencional.
10.2 COSTURA-FUXICO
Técnica de alinhavar retalhos dobrando uma pequena borda em torno do seu círculo
enquanto é feito o alinhavo, depois puxa a linha até que as bordas do centro se unam. Prende
o fio com um nó e corta a linha. Aperta o fuxico para que ele assente. Para o preparo são
necessários agulha, linha, molde, retalhos e tesoura. A peça a ser confeccionada deverá ser
constituída de pelo menos 50 por cento de fuxicos do formato tradicional.
10.3 COSTURA-PATCHWORK
A costura em retalho é uma técnica que consiste em unir pequenos pedaços de tecidos,
couro, pele e fibras de cores variadas, geralmente sobras, cuja composição resulta na produção
de acessórios, bonecos, colchas, panos decorativos, peças utilitárias, revestimento de móveis,
dentre outros. Esses tecidos são cortados, geralmente em diferentes formas, a partir de
modelos previamente estabelecidos pelo artesão.
11. CROCHÊ
Técnica desenvolvida com o auxílio de agulha especial terminada em gancho e que produz
um trançado semelhante a trama de uma renda. Os trabalhos podem ser realizados com fios
ou outros materiais, com mínimo de 50 por cento da técnica aplicada na peça a ser executada.
É usada na confecção de vestuário, mantas, tapetes e acessórios artesanais.
Técnica de curtir pele de animal transformando-as em couro. A técnica deve ser empregada
imediatamente após o abate do animal. Caso isso não seja possível, as peles devem ser
submetidas com rapidez a um tratamento de imersão em solução saturada de cloreto de
sódio (sal de cozinha).
13. CUTELARIA
14. DESIDRATAÇÃO
Técnica de dobrar papéis, sem o auxílio de tesoura, cola ou de cortes, geralmente feita em
papel quadrado para criar em formas representativas de animais, flores, objetos, dentre
outros. Para ser artesanato deve fazer referência a identidade cultural.
16. ENTALHE/ENTALHAMENTO
É a técnica de talhar chifre e osso com o auxílio de cinzel, ferramenta cortante, furadeira e
lixa.
É a técnica de talhar a madeira com uso de formão, goiva e lixa para obter uma escultura
ou objetos decorativos ou utilitários.
17. ESCULPIR
Técnica que consiste no desbaste de diversos materiais (madeira, pedra etc) utilizando
martel, cinzel ou talhadeira.
18. ESMERILHAMENTO
Técnica de formar esculturas, adornos e outras peças decorativas usando como ferramenta o
esmeril. O esmeril é uma pedra composta de vários minerais duros, geralmente de forma
circular, acionada por motor ou manivela. Pode ser utilizada para trabalhar dente, chifre,
casca de ovo de avestruz, casco, metal, osso, língua de pirarucu, semente e outras matérias-
primas.
19. ESQUELETIZAÇÃO
20. FELTRAGEM
21. FERRARIA
Técnica que se prepara o ferro aquecido numa forja e depois martelado numa bigorna ou
prensa para se obter a forma desejada para produções artísticas. Com essa técnica, também
conhecida como ferro batido, se produz peças de distinta beleza como castiçais, tocheiros,
candeias, candelabros, chaves, peças de mobiliários como arcas, cofres e baús, além de
ornamentos de portas e portões, janelas, espelhos de fechaduras entre outro
22. FIAÇÃO
A técnica de fiação artesanal consiste no processo produtivo de retirada de fibras (da roca ou
do cesto) para formar o fio, a torcedura das fibras (em poucas porções) e o enrolamento dos
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fios num suporte próprio (fuso). Em um processo de beneficiamento obtém-se o algodão
batido ou chumaço de algodão desfiado, além da lã que é acondicionado em cestos. Bater o
algodão/lã é o mesmo que “cardar”. Outra etapa é a da fiação propriamente dita, que produz o
fio, e para isso é empregado o fuso e a roca ou roda de fiar e é uma técnica que exige grande
habilidade manual. Para obter tecidos de boa qualidade, a fiandeira prefere fazer fios no fuso.
A roda não é boa para torcer boa linha, com fios finos e fortes.
Técnica minuciosa que utiliza tirinhas de papel, fita de cetim ou outros materiais para criar
desenhos. O material é enrolado, moldado e colado, criando composições decorativas. Em
algumas localidades também é conhecida como quilling.
25. FOLHEAÇÃO/DOURAÇÃO
Técnica de decoração de superfícies que utiliza uma camada finíssima de ouro ou material
com aparência deste metal. O metal transformado em lâminas muito finas (conhecidas como
folhas de ouro) é aplicado em objetos como madeira ou similares. Para ser considerado
artesanato, deve ser obrigatoriamente associado às técnicas de criação do objeto que servirá
como suporte.
26. FUNDIÇÃO
Técnica de fundir ou moldar um objeto, utilizando aluminio, ferro, bronze, latão ou alguma
outra substância não perecivel. existem dois métodos de fundição: a cera perida e a areia. a
fundição feita em cera perdida é técnica mais apurada, para peças menores. O processo com
areia é mais simples, utiliza um tipo de areia muito fina e de grande coesão, misturada com
um pouco de argila. Assim, obtém-se um modelo positivo e um moldo negativo, um pouco
maior do que o objeto original. Por fim, é derramado o metal derretido entra as camadas, que
endurece ao esfriar.
27. FUNILARIA/LATOARIA
Consiste na junção de pedaços de vidro em sobreposições que são levados ao forno numa
temperatura acima de 800ºC até o formar uma só peça. Na fusão, se aquece a matéria prima
até uma temperatura entre 1.600ºC e 1.800ºC, para que se tornem e possam ser moldados.
29. GRAVAÇÃO
É a arte ou técnica de gravar, ou seja, de fazer riscos e incisões. Pode ser feita diretamente no
suporte ou em uma matriz para posterior reprodução, classificando-se assim como gravura.
No caso de gravuras, há a impressão de uma imagem, estampa ou qualquer ilustração
desenvolvida no suporte escolhido.
Técnica realizada em uma matriz em forma de chapa metálica em que são criados
desenhos e texturas por meio de ferramentas. A gravura em buril ou talho-doce e a ponta seca
usa o metal fazendo incisões e depois se utilizam a tinta e a prensa para finalização do
processo de impressão. No caso da técnica água-forte se tem o uso de agente químico e
verniz. A maneira-negra ou meia-tinta é feita com a matriz preparada sem ácidos,
trabalhando-se a partir do negro por meio de raspagem. A água-tinta utiliza ácidos, breu,
betume e resina que aderem à placa por meio do calor e traz como resultado a possibilidade
das aguadas para se obter escalas de cinza.
É baseada em moldes em cera, metal ou película, e permite gravar os vidros por corrosão
com ácido ou jato de areia (jateamento) na criação de desenhos. Técnica também
denominada de foscagem.
29.4 LITOGRAFIA
Técnica de fazer gravuras cujo processo de gravação é executado sobre pedra plana e
calcária chamada de pedra litográfica. A superfície é desenhada com materiais gordurosos que
são retidos pelo carbonato de cálcio da pedra, memorizando a imagem. Depois é preciso uma
combinação de ácidos que reagem fazendo com que a imagem fique gravada na pedra.
Posteriormente é passado um rolo com tinta de impressão sobre a superfície e então é
colocado o papel e levado para a prensa. A tinta adere ao desenho deixando brancas as partes
sem imagem. Para efeito colorido, utiliza-se uma pedra de cada cor.
29.5 PIROGRAFIA
Técnica de gravação de desenhos a fogo sobre couro, madeira e outros tantos materiais
- com o emprego de um pirógrafo (aparelho elétrico para gravação por meio do calor) ou ferro
em brasa, formando paisagens variadas, feitas à mão livre em tonalidades que variam do
marrom claro ao preto.
29.6 XILOGRAFIA
30. LAPIDAÇÃO
31. LATONAGEM
Consiste na arte de se fazer texturas e relevos a partir de qualquer tipo de forma ou figura em
folha de metal maleável, utilizando a mão livre ou moldes para enfeitar os objetos. A folha de
metal pode ser trabalhada de diversas formas e aplicada sobre madeira, porcelana, vidro e
outros materiais. Pode ser utilizado alumínio, cobre, latão, além de boleadores, carretilha e
ponta seca.
32. LUTERIA
33. MAMUCABA
34. MARCENARIA
Técnica que surge da carpintaria como um dos ramos de trabalho artesanal na madeira,
porém de forma mais delicada, com trabalhos em entalhe e torneamento. Somente as peças
caracterizadas dessa forma são consideradas como trabalho artesanal.
35. MARCHETARIA
Técnica de embutir, encaixar, incrustar ou aplicar peças recortadas e/ou laminas de madeira,
metais e outros materiais, formando desenhos variados. As peças produzidas são chamadas
de marchete, obra de embutidos ou peças de madeira a que se aplicam diferentes pedaços de
madeiras preciosas, chifre, osso, madrepérola e outros materiais.
36. MODELAGEM
A modelagem pode ser definida como o ato de modelar objetos tridimensionais, ajustando-a
de forma manual a materiais como argila, balata, barro, massa de guaraná, borra de café,
fécula de mandioca, massa sintética e papel marchê. Mesmo com as tecnologias vigentes e o
possível uso de torno, ainda é uma prática bastante artesanal. Diferente do desenho e da
pintura, a modelagem nos proporciona a visão de todos os ângulos e lados da estrutura, e
ainda podemos perceber a sua textura. No caso de massa fria (biscuit), o artesão deverá
preparar a própria massa.
38. MOLDAGEM
39. MONTAGEM
Técnica de produção de uma série de peças com efeitos variados, sendo base para artesãos de
áreas (Tipologias) distintas. Constitui-se em unir matéria-prima, de um só tipo ou diversa,
formando uma única peça com identidade e função cultural. Em caso de montagem de
adornos e acessórios deverá utilizar materiais beneficiados a partir da natureza, tais como:
sementes diversas, fibras naturais, casca do coco, frutos secos, conchas, chifre, madrepérola,
capim, madeira, ossos, penas e escamas, dentre outros utilizados repetidamente para formar
e valorizar a criação original da peça. Miçangas e pedrarias somente serão aceitas para
artesanato indígena, quilombola e de matriz africana, desde que comprovado uma produção
tradicional no âmbito de cada comunidade ou de manifestações culturais populares e
tradicionais, referência em documento pelas coordenações estaduais.
40. MOSAICO
Consiste em colocar peças recortadas ou quebradas (cacos) próximas umas das outras
resultando num determinado desenho ou imagem. Depois da colagem e secagem das peças o
trabalho é rejuntado. Os materiais utilizados podem ser azulejo, pastilha de vidro, pastilhas de
porcelana, pastilhas plásticas, pedras, cerâmicas, casca de ovo e espelhos em forma de
pequenos fragmentos, feitos em suportes variados.
41. OURIVESARIA
Técnica de produção de papel que utiliza diversos materiais, tais como: bagaço de cana,
casca, erva, fibra vegetal, flor seca, papel industrializado, saco de cimento e outros, a partir de
processos artesanais tais como: separação, imersão, branqueamento, tingimento, feltragem e
prensagem entre outros, resultando em um produto final ou matéria-prima para novos
produtos tais como embalagens, caixas, cachepôs, porta-trecos entre outros.Para ser
considerado artesanato, os objetos a serem produzidos devem possuir identidade cultural.
Técnica que utiliza a massa de papel para moldar objetos utilitários ou decorativos. Palavra
44. PAPIETAGEM
45. PINTURA
A técnica consiste na aplicação das tintas e pigmentos sobre um desenho ou tema pré-
definido na pintura à mão sobre suportes diversos, exceto tela, formando imagens criadas
pelo artesão, com identidade cultural.
45.1 BATIQUE
45.2 BAUERNMALEREI
Técnica que retrata flores e arabescos em sua essência. Caracterizado por pinceladas
livres, espessas e precisas, em formato de vírgula, realçadas com traços de branco. Usada em
artigos de decoração, cachepôs, floreiras, janelas, móveis, soleiras, vasos e utensílios
domésticos. Bauernmalerei ou simplesmente Bauer significa pintura campestre.
45.3 ENGOBE
Caracteriza-se por ser um tipo de tinta utilizada para pinturas em cerâmica que é
composta de uma mistura de argila e água, com adição ou não de óxidos corantes e/ou
pigmentos para produzir tonalidades variadas, aplicada em forma líquida na peça antes da
queima.
45.4 ESMALTE
Os esmaltes cerâmicos não são tintas, são derivados do vidro, e também conhecidos
pelos nomes de “vidrado” ou “verniz”. No esmalte, a cor é produzida por óxidos metálicos e a
sua formulação contém outros elementos que determinam propriedades diversificadas. A
peça é pintada e depois levada ao forno para aderência, ativação da cor e do aspecto de
vitrificação.
45.5 ESTAMPARIA
Tomando-se por base o tecido, são criadas sobre o mesmo estampas variadas com a
utilização de aerógrafo, escova, pincel, rolo, seringa, carimbo e stencil, cujos modelos/moldes
deverão ser de autoria e confeccionados pelo artesão, considerando a identidade cultural.
45.6 PÊSSANKA
Esta técnica é conhecida como falso vitral e baseia-se somente na utilização de tinta
sintética vitral, onde o artesão executa desenhos de sua autoria com a referida tinta sobre
superfície de vidro utilizando basicamente pincéis. Será considerado artesanato desde que o
produto resultante tenha identidade cultural.
46. RECICLAGEM
47. RENDA
Renda é uma técnica artesanal que consiste em entrelaçar ou recortar fios de algodão, linho,
ouro, prata e seda, formando desenhos variados, geralmente de aspecto transparente ou
vazado. A renda nasce e se desenvolve do fio que é conduzido por agulhas, trançado por bilros
ou formado por nós. Nela, os motivos do desenho são feitos à medida que o artesão produz o
fundo que estrutura o tecido.
47.1 ABROLHO
Abrolho é uma técnica que consiste em desfiar a ponta de um tecido, separar os fios em
pequenos grupos e entrelaça-los por nós, o que resulta numa variedade de desenhos que
formam a renda. Pode ser considerada uma variação da renda macramê.
47.2 BILRO
Técnica de produzir renda utilizando linhas de algodão e tendo como base um padrão
feito de papelão picado, também chamado “pique” ou papelote, afixado numa almofada
47.3 FRIVOLITÊ
Espécie de renda cuja técnica consiste em pequenos nós produzidos inicialmente com o
uso de navetes de madeira e linha de algodão. Atualmente, a frivolité também é feito com
agulhas e o cordão utilizado como matéria-prima na produção de bolsas, cintos, colares e
outros adornos. Para as peças mais finas e vestuário, usa-se as linhas finas, conforme a
tradição.
47.4 GRAMPADA
Técnica de laçar fios e fitas ao redor de hastes de metal (grampos) com o auxílio de uma
agulha de crochê. Conforme a malha vai crescendo, são retiradas dos grampos as primeiras
laçadas.
A renda guipure é feita de linho ou seda para fazer imitação em alto relevo. O ponto é
trabalhado com agulhas para contornar com linha grossa, alguns dos desenhos considerados
mais importante do padrão. A característica principal desse tipo de renda é a execução de
diversos motivos como folhas, flores e ramificações de frutas, folhagens e arabescos. Cada um
dos motivos é feito em separado.
47.6 IRLANDESA
Trata-se de uma renda de agulha que tem como suporte o lacê, cordão brilhoso que
preso a um debuxo ou risco de desenho sinuoso, deixa espaços vazio a serem preenchidos
pelos pontos. Estes pontos são bordados, compondo a trama da renda com motivos
tradicionais e ícones da cultural brasileira, criados e recriados pelas rendeiras.
47.7 MACRAMÊ
Técnica de tecer fios que vão se cruzando e ficam presos por nós formando desenhos
geométricos, franjas e uma infinidade de formas decorativas. O macramê tem duas formas
mais conhecidas de trançado: o ponto "festonê" e o ponto "nó duplo", no primeiro dois fios
são usados um esticado e o outro enlaça formando nós, no segundo três fios são usados um
esticado no meio e os outros dois enlaçam formando nós.
Técnica em que a renda é construída a partir do alinhavo do lacê (espécie de fita) sobre o
suporte com o desenho. Com agulha e linha se preenche os espaços entre os lacês. Depois de
feito todo o preenchimento, o alinhavo é desfeito e a renda retirada do suporte. A técnica,
também conhecida como Renda Inglesa, está incluída na categoria de renda de agulha por ser
feita a partir de modelos riscados em papel, sobre o qual é preso o lacê, cadarço fino vendido
em peças, que com agulha vai se ligando e formando os desenhos da renda.
Renda feita utilizando-se agulha grossa, linha e tábua de vários tamanhos e formas. A
tábua serve de modelagem onde são colocados pregos sem cabeça para o entrelace da linha.
Consiste no entrelaçamento da linha nos pregos repetidas vezes.
Portaria 1007 (0358445) SEI 52020.100296/2018-61 / pg. 28
47.10 TURCA OU SINGELEZA
Técnica elaborada com linha e agulhas. Uma das agulhas usadas é a de tapeçaria e as
agulhas de apoio do trabalho são feitas com muita improvisação, usando talos de coqueiro,
palitos de churrasco e o que estiver à mão. Em alguns locais os artesãos usam a mesma navete
que pescadores utilizam em suas redes. Os pontos são costurados com a agulha de tapeçaria
enquanto ficam montadas na agulha de apoio. A cada trecho vão sendo retirados desse apoio
e trabalhados com novos detalhes.
48. SAPATARIA
49. SELARIA
50. SERRALHERIA
51. TAPEÇARIA
52. TAXIDERMIA
Técnica de dissecação para preservação da forma da pele, planos e tamanho dos animais com
objetivo de manter as características de expressão do animal e, por vezes, seu ambiente
natural. Usada para coleção, material didático ou uso decorativo, essa técnica utiliza facas,
tesoura, linha e agulha, tinta e pincel, entre outros, além de produtos químicos.
53. TECELAGEM
Tecelagem é o trabalho de entrelaçar fios nos teares. Entrelaçar teia e trama – urdume e
tapume. Teia é a base, o fundo do tecido, feito nas urdideiras e levado depois para o tear onde
é tapado e então tecido. Tanto para o urdume como para o tapume o tecelão vai utilizar fios
de algodão, lã, linho, buriti, pita, entre outros. São instrumentos da tecelagem a urdidura, o
cabo, a trama, o pente e outros, utilizados nos diversos tipos de teares.
54. TEÇUME
Consiste num processo artesanal desde a extração de fibras vegetais (tala de arumã e cauaçu)
Na técnica de torção são utilizados geralmente arames e chapas de metal. As peças são
confeccionadas somente com a utilização de alicates. Normalmente o artesão utiliza os
alicates de corte diagonal, bico meia cana, bico redondo e torquesa. As peças vão ganhando a
forma desejada apenas com a dobragem e fixação das partes umas nas outras utilizando a
resistência do metal escolhido, sem qualquer auxilio de solda ou adesivos.
56. TORNEAMENTO
Modelagem de uma peça com a utilização de ferramenta cortante ou lixa, utilizando o torno
elétrico ou manual, equipamento que possui a capacidade de girar, dotado de um eixo
estendido na horizontal, geralmente utilizado para dar acabamento em peças. É usado para
fazer peças de mobiliário, ferramentas, brinquedos e outros objetos de uso pessoal a partir de
matérias-primas como chifre, osso e outros.
57. TRANÇADO
58. TRICÔ
O tricô é uma técnica para entrelaçar o fio de lã, de couro ou outra fibra têxtil, por meio de
duas agulhas grandes, criando-se assim um pano que por suas características de textura e
elasticidade é chamado de malha de tricô ou simplesmente tricô.
59. VITRAL
TÉCNICAS COMPLEMENTARES
01. REUTILIZAÇÃO
02. TINGIMENTO
É uma técnica complementar à produção artesanal, que consiste na alteração da cor primitiva
de tecidos, fios, fibras, vegetais couro ou outros materiais, dando-se cor por imersão em tinta
Portaria 1007 (0358445) SEI 52020.100296/2018-61 / pg. 30
ou corante, sintético ou natural, e formando padrões, entre dégradé colorido e com manchas
ou figuras.
O tingimento natural vegetal pode ser feito à frio (em preparado em temperatura ambiente,
de 3 a 8 dias sob sol), a quente (matéria-prima é fervida, coada e depois são acrescentadas as
meadas) e à quente com mordentes (substância solúvel em água quente, capaz de se ligar às
fibras e ao corante, tornando o corante insolúvel em água).
03. PRENSAGEM
Fica autorizado nesta Portaria, a execução da técnica serigrafica para povos indigenas e na
pintura em azulejos. Desde que, seja feita de forma mecânica, onde o desenho seja feito à mão
livre, de autoria do artesão, à confecção da tela e impressão no suporte.