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ESTRATÉGIA LOGÍSTICA130329apostila

O documento aborda a importância da logística estratégica, enfatizando seu papel no planejamento, implementação e controle das redes que conectam empresas aos consumidores. Destaca a necessidade de integrar funções logísticas para otimizar custos e melhorar a competitividade, além de explorar o uso de tecnologia, como inteligência artificial e big data, para aprimorar processos. A logística estratégica é apresentada como essencial para a criação de vantagens competitivas e para o aumento da eficiência e satisfação do cliente.

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Jucilene Sousa
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O documento aborda a importância da logística estratégica, enfatizando seu papel no planejamento, implementação e controle das redes que conectam empresas aos consumidores. Destaca a necessidade de integrar funções logísticas para otimizar custos e melhorar a competitividade, além de explorar o uso de tecnologia, como inteligência artificial e big data, para aprimorar processos. A logística estratégica é apresentada como essencial para a criação de vantagens competitivas e para o aumento da eficiência e satisfação do cliente.

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ESTRATÉGIA LOGÍSTICA

SUMÁRIO

NOSSA HISTÓRIA .......................................................... Erro! Indicador não definido.

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

2. LOGÍSTICA ESTRATÉGICA ................................................................................ 4

3. GESTÃO DE LOGÍSTICA ESTRATÉGICA.......................................................... 4

5. TECNOLOGIA NA LOGÍSTICA ESTRATÉGICA ................................................. 8

6. LOGÍSTICA ESTRATÉGICA E OS RESULTADOS DAS OPERAÇÕES .......... 10

7. A OBTENÇÃO E MANUTENÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS ............ 12

8. TIPOS DE ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS .......................................................... 14

9. ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS X VANTAGEM COMPETITIVA ......................... 17

10. A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DE UM SISTEMA LOGÍSTICO........... 19

11. POSICIONAMENTO LOGÍSTICO ...................................................................... 20

12. ESTRATÉGIAS DE LOGÍSTICA PARA E-COMMERCE ................................... 27


1. INTRODUÇÃO

A estratégia de logística comercial consiste no planejamento, implementação


e controle das redes que ligam a empresa ao consumidor final, por onde fluem
fisicamente os produtos comercializados e a informação requerida, de tal forma que,
chegando ao máximo o nível de serviço e ao mínimo o nível de custo, otimize-se o
objetivo da estratégia integrada de comercialização.
Entendemos por logística de produção o movimento físico do produto, desde
seus estados iniciais de matériaprima e materiais até o final do seu processo de
fabricação, no que se refere à planificação, implementação e controle dos estoques
intermédios do produto em processo, estoque de matéria-prima e materiais,
organização de depósitos de produtos em processo, matérias-primas e materiais,
localização destes depósitos, localização de plantas e depósitos intermédios, etc.
Entendemos por função de logística de comercialização, como a enfocamos
anteriormente, o movimento físico do produto terminado, desde a(s) planta(s) e
depositeis), até as mãos do consumidor final, no que se refere a planejamento,
implementação e controle da estrutura e operações de distribuição. Ou seja, qual é o
processo eficiente que permita dispor o produto correto, no lugar adequado e no
momento preciso.
Evidentemente, nosso enfoque deve consistir em integrar funções, tais como
seleção de canais de distribuição, localização de depósitos, processamento de
informação e serviços ao cliente, gestão de estoques e quase todas as funções que
até agora têm sido dirigidas separadamente (mesmo que tal manejo fosse eficiente).
Por outro lado, o estreito vínculo de todas estas atividades pode ser analisado
através de um critério formalizador e até talvez normativo, já que se conta com uma
bateria muito completa de modelos matemáticos de enorme utilidade prática para a
tomada deste tipo de decisões.
As atividades ou funções integradas pela estratégia de logística são aquelas
que permitem, por sua correta compaginação, construir a ponte entre a empresa,
que opera numa economia dinâmica mediante um ou mais produtos elaborados por
uma ou mais plantas, e seus respectivos mercados.
2. LOGÍSTICA ESTRATÉGICA

O conceito de logística estratégica não é novo, apesar de muitas empresas


ainda não investirem o suficiente nessa ideia. Ainda que ela extrapole o patamar
operacional, é necessário amadurecer as questões relacionadas para alavancar os
resultados organizacionais.
Para que obtenha o crescimento esperado e para que o negócio continue
fluindo e aparecendo no mercado, não basta apenas que a empresa busque um
excelente resultado operacional. Correr atrás apenas da lucratividade sem melhorar
a competitividade é uma estratégia que já se mostra ultrapassada.
Pensando no potencial que essa gestão tem e em como ela pode revolucionar
as operações, resolvemos elaborar este artigo para explicar melhor o assunto.
A logística estratégica pode ser definida como o setor responsável por
elaborar e implementar ações voltadas para a otimização dos fluxos de
trabalho, redução de custos, criação de valor, elaboração de soluções diferenciadas
e obtenção de vantagem competitiva.
Por meio dela, as empresas conseguem manter o foco nas necessidades dos
clientes e no que precisa ser feito para satisfazê-las. Dessa forma, todas as
atividades são geridas e executadas de modo a gerar eficiência e oferecer
diferenciais aos produtos e serviços.

3. GESTÃO DE LOGÍSTICA ESTRATÉGICA

Para que a logística em uma empresa chegue ao patamar estratégico, não


basta ir além das rotinas operacionais. Nos tópicos abaixo, fizemos uma relação de
alguns aspectos que são indispensáveis.

Planejamento Estratégico

O planejamento é a base de qualquer atividade bem-sucedida. Por meio dele,


são definidos os objetivos, as metas e quais ações devem ser adotadas para que se
alcance o que foi proposto.
Isso quer dizer que, nesse caso, deve-se pensar além das operações de estoque e
transporte, por exemplo, e começar a elaborar estratégias e alternativas para que
a logística proporcione ganhos para o desempenho organizacional.
Em outras palavras, consiste na definição de ações voltadas para a redução
de custos, a criação de valor e de diferenciais competitivos, entre outros pontos.

Redução de Custos

A redução de custos é um dos aspectos mais básicos da logística estratégica. Para


que a transformação ocorra e a empresa possa se beneficiar disso, é necessário
pensar em ações que ajudem a diminuir os dispêndios, ao mesmo tempo em que se
gera eficiência nos processos.
Para se chegar a essa redução, vale a pena considerar alguns pontos, como:
• Eliminação (ou redução) de desperdícios;
• Redução dos níveis de estoque;
• Eliminação de tarefas desnecessárias (que não agregam valor);
• Otimização dos fluxos de trabalho.
Vale lembrar que, ao diminuir os gastos, a empresa ganha aumentando a margem
de lucro ou, então, oferecendo preços mais atraentes para os seus clientes e
alavancando o faturamento.

Logística Enxuta

A logística enxuta é baseada no sistema de produção enxuta, criado pela


Toyota. O objetivo é eliminar qualquer desperdício que ocorra na operação e
promover ganho de eficiência nas atividades.
Para isso, deve-se colocar em prática algumas ações, como:
• Mapeamento dos processos;
• Identificação de falhas;
• Elaboração de soluções eficazes;
• Monitoramento dos resultados.
Gerenciamento de Riscos

O gerenciamento de riscos é um ponto fundamental para minimizar os pontos


fracos e as ameaças que podem comprometer os resultados das operações. Ele
consiste na identificação dos riscos envolvidos nos processos e na definição de
ações que podem ajudar a eliminá-los ou minimizar os impactos.
Essa tarefa ajuda a aumentar a previsibilidade dos resultados, a elaborar
cenários — pessimista, realista e otimista — que podem acontecer e a identificar
como a equipe deve se comportar diante de cada um deles.

Respostas Rápidas

Tendo em vista que os mercados estão cada vez mais competitivos, ao


mesmo tempo em que os clientes se tornaram mais exigentes, oferecer respostas
rápidas é o melhor caminho para se destacar.
Isso diz respeito tanto aos processos internos quanto à forma como os
consumidores são atendidos e têm as suas demandas solucionadas. Porém, para
que isso seja possível, deve-se ter um fluxo de informações bem estruturado,
estimular o compartilhamento de dados e manter a comunicação fluida entre todas
as áreas — alcançando a sinergia.

Logística Integrada

A logística integrada consiste no esforço para integrar processos, pessoas,


setores e, até mesmo, os parceiros de negócio envolvidos na mesma cadeia
logística. Aqui, entramos no mesmo assunto do tópico anterior e ressaltamos a
importância de a comunicação ser clara, constante e fluida.
A partir daí, todos os envolvidos conseguem monitorar o status das
atividades, ainda que elas não tenham se iniciado dentro do fluxo — em outras
palavras, é possível fornecer um prazo de entrega para o cliente mesmo quando os
produtos ainda nem saíram do fornecedor — tudo graças à confiabilidade dos
processos e ao compartilhamento das informações.
Dessa forma, consegue-se planejar com mais eficiência, alcançar a sinergia
entre todos os envolvidos e promover resultados ainda mais satisfatórios, de uma
ponta a outra da cadeia de abastecimento.

Melhorias Contínuas

A adoção de uma rotina de melhorias contínuas depende da avaliação


constante dos processos e da identificação de pontos que podem ser aprimorados.
Com ela, as empresas se colocam no caminho da excelência e, constantemente,
desenvolvem soluções que contribuirão para otimizar as operações.

4. A AMPLIAÇÃO DO CAMPO DE ATUAÇÃO DA LOGÍSTICA

O campo de atuação da logística tem ampliado-se bastante, devido à


mudanças no mercado que têm intensificado a pressão competitiva, dentre as quais
podemos citar:
• As empresas estão explorando fontes mais baratas de trabalho e material, para
assim conseguir penetrar na demanda de novos mercados. Todavia aproveitar estas
oportunidades levam à maior complexidade da cadeia logística (mais participantes na
cadeia, maior fluxo de informações e materiais, etc.).
• Com o nível de informação dos consumidores aumentando, e ao mesmo tempo
estes sendo contemplados com um maior número de alternativas de oferta de um
determinado produto, cresce a demanda por produtos que tenham qualidade superior
e ao mesmo tempo preço baixo (competitivo).
• A necessidade de estar de acordo com as mudanças de preferência do
consumidor, conduz a inovar rapidamente para manter-se a frente dos consumidores.
• Tempos reduzidos de “lead-time” para reabastecimento levam as empresas a
terem menores estoques no sistema e aumentar a flexibilidade reduzindo custos.
Em frente à este quadro de intensa competição, a logística aumenta seu espectro de
ação, como pode ser visto no quadro abaixo:
Figura 1

Fonte: Key Words: estrategy, competitive advantage, costs reduction

5. TECNOLOGIA NA LOGÍSTICA ESTRATÉGICA

A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta para melhorar resultados,
reduzir falhas e aprimorar as atividades que empresa desempenha, principalmente
quando falamos em logística e todas as suas complexidades.
A logística estratégica se torna mais precisa se as pessoas responsáveis
escolherem os instrumentos certos para as atividades mais compatíveis.
Selecionamos abaixo algumas opções de utilização da tecnologia que podem
melhorar ainda mais a estratégia aplicada.

Inteligência Artificial

Tecnologias inteligentes já estão presentes em alto volume dentro das


indústrias. Elas têm como objetivo não apenas automatizar processos, mas torná-los
mais ágeis e automáticos por meio da tomada de decisão.
As análises tornam-se mais precisas por meio da IA dentro dos softwares que
fazem os cálculos de acordo com um conjunto de parâmetros. Isso ajuda a evitar
falhas e prever problemas. Além disso, os processos tornam-se mais capazes,
permitindo um aumento da produtividade.
Nas indústrias, por exemplo, podemos citar as máquinas a prova de erros,
que conseguem identificar se determinada peça está diferente do padrão. Com esse
parâmetro instalado, ela sozinha toma a decisão de parar a produção, ou de
descartar a peça, sem precisar que uma pessoa conduza o seu processo.

Machine Learning

Já pensou em uma máquina que toma decisões por conta própria? Essa é a
ideia principal do Machine Learning. O termo diz respeito a um conjunto de critérios,
parâmetros e um histórico de dados que permitem que as ferramentas possam
tomar pequenas decisões.
Um excelente exemplo é o cálculo de previsão de demandas que o sistema
MRP faz de acordo com o histórico de pedidos do cliente. Muitos sistemas enviam
de forma automática os pedidos aos fornecedores para a compra de componentes,
de acordo com os parâmetros de leadtime, tempo de trânsito e estoque de
segurança previamente definido.

Big Data

O Big Data não é uma ferramenta, mas sim um meio de armazenagem e


processamento de dados de alto volume que auxilia as demais ferramentas a
conseguirem ter o desempenho que os instrumentos que utilizam a inteligência
artificial precisam.
Além disso, ele aumenta o nível de confiabilidade dos processos e faz com
que um sistema possa carregar e cruzar os dados para que a operação se torne
mais eficiente e precisa.

Rastreamento

Sendo que a base para um transporte de qualidade é a garantia da segurança


e o atendimento de prazos, proporcionar ao cliente um rastreamento em tempo real
da carga pode ser um dos maiores diferenciais que uma transportadora pode
oferecer.
Essa funcionalidade faz com que os responsáveis acompanhem todo o
percurso da carga. Dessa forma, no caso de qualquer incidente ou algo fora do
planejado, como um congestionamento, a rota será atualizada. É uma forma de
prevenir qualquer atraso, assegurando que os prazos de entrega sejam garantidos.

Apps de logística

Hoje o mercado oferece a facilidade dos aplicativos de celular para ter a


ferramenta em mãos no momento em que ela é necessária.
De acordo com estudos da Grail Insights, uma consultora internacional que
realiza pesquisas sobre fatores importantes do mercado, foi apontado que, a Cargo
X é Top of Mind – número um em lembrança de marca, dentro todas as opções de
app para logístic.
O aplicativo da Cargo X tem como foco fechar um gap que existe entre a
comunicação das necessidades dos motoristas e a demanda dos transportadores.
Ele cruza informações relacionadas aos destinos e aos fretes disponíveis,
fazendo com que, toda vez que um transportador precise de um motorista, essa
demanda possa ser vista pelos caminhoneiros perto do local de coleta, facilitando no
encontro das duas necessidades.

6. LOGÍSTICA ESTRATÉGICA E OS RESULTADOS DAS OPERAÇÕES

A partir do momento em que a logística estratégica é colocada em prática, ela


pode proporcionar diversos benefícios para as organizações, principalmente no que
diz respeito ao relacionamento com os clientes e à experiência que eles têm com o
negócio. Entre as principais vantagens, podemos citar algumas a seguir.

Ganho em Eficiência

Eficiência quer dizer obter o melhor resultado possível, gastando o mínimo


possível de recursos. Quando se otimiza os processos, investe-se na redução de
custos, elimina-se desperdícios e as equipes conseguem produzir mais — pode-se
dizer que as rotinas vão se tornar mais eficientes.
Aumento da qualidade dos produtos e serviços

A partir de todas as correções e melhorias aplicadas aos processos, é seguro


dizer que a qualidade dos produtos, serviços e, até mesmo, do atendimento
aumenta. Em parte, isso também se dá pelo fato de que as atenções estão voltadas
para a criação de valor.

Elevação da satisfação dos clientes

A partir do momento em que o foco se volta para o cliente (e as suas


necessidades) e para o aumento da qualidade, as chances de que o público se torne
mais satisfeito com as soluções oferecidas pelo seu negócio são elevadas.
Além disso, ainda se pode contar com o benefício de uma imagem positiva no
mercado, que se desenvolve graças às opiniões positivas que as pessoas relatam
umas para as outras.
Criação de vantagem competitiva
Por fim, podemos dizer que a redução dos custos, o aumento da lucratividade, a
satisfação dos clientes e o investimento em boas práticas levam à criação de
vantagem competitiva — o que coloca a sua empresa em um patamar superior aos
concorrentes.
A logística estratégica é uma forma de otimizar a gestão e conseguir resultados
cada vez mais eficazes, que vão muito além de gerir uma operação eficiente e
satisfatória. Quando bem implementada, ela permite que as empresas se coloquem
no caminho para o crescimento e se posicionem de maneira mais forte no mercado.
7. A OBTENÇÃO E MANUTENÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS

A vantagem competitiva de uma organização é um conceito relacionado com


a sua posição em relação às suas concorrentes, representa a diferenciação dos
seus serviços, possibilitando um melhor posicionamento no mercado.
Para tirar o melhor proveito destas vantagens, é necessário planejar e
implementar estratégias adequadas organização e ao ambiente no qual está
envolvida, visando estabelecer uma posição lucrativa e sustentável em relação às
forças provenientes da concorrência.
A grande dificuldade está em definir as estratégias competitivas e o modo de
implantá-las. As técnicas tradicionais para formulação de estratégias logísticas
consideravam a logística como um sistema de suporte para a estratégia global da
organização, tornando-se desta forma uma ferramenta para a estratégia global,
ficando subordinada à esta.
O controle do fluxo de materiais, hoje, constitui o fator chave para o sucesso
em vários casos, justificando desta forma esta técnica descendente.
A logística também abre novas linhas estratégicas, assim como outros
departamentos (marketing, informática, etc..).
Para formular estas novas linhas é necessário reverter o quadro atual,
pensando na logística de forma ascendente, fazendo – a presente durante o
processo de planejamento estratégico, criando desta maneira novas alternativas de
ação que advém da filosofia logística, e que devem estar presente durante o
processo de formulação estratégica, para que possam criar meios para
operacionalizar–los eficientemente.
Segundo Fabbe-Costes, N. at all, “logística estratégica consiste em planejar e
desenvolver ações estratégicas que seriam impossíveis sem uma forte competência
logística”, a logística é colocada como uma grande vantagem competitiva.
De acordo com os dois pontos de vistas citados, as diferenças entrem as
perspectivas da “estratégia” e da “logística” são mostradas na fig.2
Figura 2

Fonte: Fabbe – Costes & Colin, Formuling logistics strategy

Para a formulação estratégica da logística devemos considerar dois pontos


clássicos da estratégia: o desempenho e a missão. Para definir o alcance da direção
tomada, como produzir, para quem direcionar e as necessidades a serem satisfeitas.
Deve-se extrair a vantagem competitiva a partir da compreensão das regras
de concorrência, que nos levam a determinar a atratividade e a rentabilidade a longo
prazo. A globalização do mercado nos permitiu verificar um considerável
crescimento na exigência da prestação de serviços por parte do cliente, o que
consequentemente aumenta a necessidade de controle de toda uma cadeia logística
(suprimentos, produção e distribuição física) planejada para uma organização,
devendo ser considerada com ênfase na determinação de sua estratégia.
PORTER sugere que as regras de concorrência sejam englobadas em cinco
forças competitivas:
• A entrada de novos concorrentes;
• A ameaça de substitutos;
• O poder de negociação dos compradores;
• O poder de negociação dos fornecedores;
• A rivalidade dos concorrentes existentes.
Devemos também considerar, além das cinco forças citadas por PORTER,
uma regra mais atual e que tem obtidos grandes resultados no aperfeiçoamento de
uma cadeia logística a parceria entre clientes e fornecedores. A parceria verdadeira
é aquela na qual o fornecedor é visto realmente como uma extensão da
organização, com trocas de tecnologias, treinamentos, até apoio financeiro, se
necessário.
A formulação é então designada para apontar soluções organizacionais que
alcancem objetivos definidos. Para alcançar o êxito nesta formulação deve-se
entender que é necessário uma perfeita sincronia entre a logística e os outros
setores da organização, a logística se torna eficiente desta maneira

8. TIPOS DE ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS

Algumas estratégias logísticas são aqui definidas conceitualmente e ilustradas com


alguns estudos de casos selecionados.
• Liderança nos custos
• Diferenciação
• Inovação
• Parceria
• Expansão
• Diversificação

Como sugerido por Fabbe-Costes, N., vamos usar as siglas “EL” para
designar estratégia logística e a sigla “LE” para designar logística estratégica, visto
que serão fornecidos os conceitos segundo as duas perspectivas, ascendente e
descendete.

Liderança nos Custos

(EL) A liderança nos custos é a estratégia na qual a organização objetiva


reduzir ao máximo possível seus custos logísticos, desde a obtenção da matéria-
prima, seu transporte, a produção, o transporte do produto acabado e finalmente a
entrega do produto ao cliente.
• A centralização de distribuidores de uma companhia de bebidas. Uma
determinada área que era coberta por dez distribuidores passou a Ter somente um
distribuidor, maior, mais forte, devido a parceria com a companhia através de
financiamento à juros baixos ampliou sem armazém, recebeu apoio logístico da
companhia, através de programação de distribuição, roteirização de frotas, etc...Com
isso a companhia conseguiu reduzir seus estoques e ao mesmo tempo os custos
financeiros de capital imobilizado.
(LE) A liderança de custos busca reduzir os custos globais através da logística.
• Uma indústria automobilística, através de uma técnica logística, pode obter
um melhor controle do fluxo externo reduzindo o número de fornecedores e
reduzindo seus custos da cadeia de suprimentos.

Diferenciação

(EL) A diferenciação objetiva melhorar a qualidade do serviço logístico


oferecido, obtendo vantagem sobre os concorrentes desta maneira.
• A Mory-Protect, um fornecedor logístico francês, tem se especializado na
logística de produtos perigosos (químicos) e se tornou um especialista reconhecido.
(LE) A diferenciação busca permitir através da logística um aumento na
diferenciação.
• Uma industria de “aircraft”, para aumentar seu campo de atuação montou um
sistema logístico capaz de suprir todas suas estações de trabalho uma por uma,
dependendo do tipo de “aircraft” a ser montado.

Inovação

(EL) Obter através da logística um suporte para que se produza uma


inovação.
• Uma organização de entregas via correio promete aos seus clientes um
serviço de entrega em no máximo 48 horas, que é usado como seu marketing. Essa
inovação comercial depende muito de uma forte integração do fluxo físico e de
informações e da automatização do centro de distribuição fornecido à organização
pelo serviço postal.
(LE) Utilizar a logística como um recurso ou meio para alcançar esta inovação.
• A IBM em Montpelier (França) começou a usar ume rede EDI de trabalho com
os seus fornecedores. Uma estação de trabalho poderia requisitar diretamente do
fornecedor, que tinha 48horas para efetuar a entrega. Com isso a IBM conseguiu
reduzir seu ciclo de produção em 70% (melhor reação), reduzir custos e obter
grandes vantagens desta inovação tecnológica. Ao mesmo tempo a IBM poderia
produzir produtos sob encomendas para os seus clientes.

Parceria

(EL) Utilizar a logística como sentido (modo) de aliança.


• A IBM fez uma aliança com uma companhia transportadora francesa. Na
parceria estabelecida criaram uma nova firma, da qual a IBM possui 49% das ações.
Esta nova firma ficou responsável pela distribuição física dos microcomputadores
IBM e se tornou uma especialista em entregas just-in-time com armazéns
completamente automatizados.
(LE) Utilizar a logística como um recurso ( um motor) para a parceria
• Uma indústria (Tailleur Industrie) projetista e operadora de armazéns
especializados em entregas sincronizadas de peças para fábricas organizadas em
base just-in-time associou-se à uma transportadora subsidiária da Renault para
atender à todas as solicitações feitas por fábricas automobilísticas e aeronáuticas.

Expansão

(EL) Utilizar a logística como um suporte para obter sucesso nos planos de
expansão da missão da organização.
• Grandes organizações multinacionais têm que possuir um grande e forte
sistema logístico para poderem controlar com habilidade suas instalações
complementares em outros países.
(LE) Utilizar a logística para conseguir novos clientes.
• Continent, uma grande cadeia de supermercados francesa, abastece seus
armazéns na Grécia com a mesma ferramenta logística utilizada por seus armazéns
no sul da França.
Diversificação

(EL) Emprega o uso da sinergia logística.


• As indústrias de automóveis estão se tornando verdadeiras projetistas de
veículos ( criando mais combinações atrativas para os seus clientes) e montadoras
(Convergindo tudo necessário para produzir o veículo solicitado pelo cliente com
base just-in-time) utilizando a sua grande capacidade (comercial e logística) de
mobilizar recursos (industriais e tecnológicos) de seus fornecedores.
(LE) Diversificar seus objetivos através da logística
• Telemarket, uma subsidiária de uma cadeia de lojas francesa oferece à seus
clientes o serviço de compras por telefone ou minitel ( sistema de vídeo) com
entrega pontual. Esses clientes são obviamente diferentes daqueles que vão aos
centros comerciais da cidade.

9. ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS X VANTAGEM COMPETITIVA

Os exemplos citados acima evidenciam que uma organização não pode


centrar sua estratégia somente na logística ( informática e marketing estão
implicitamente se não explicitamente associadas ) e que também não podem
estreitamente objetivar somente um resultado ( diferenciação por exemplo ). As
estratégias genéricas mencionadas e separadamente ilustradas anteriormente não
são somente dependentes mas são, também, geralmente combinadas.
A logística é o resultado do esforço dos diversos setores de uma organização,
no tocante ao fluxo de materiais/ou serviços, estando aí o motivo pelo qual
organizações que utilizam administração estratégica estão mais habilitadas a elevar
o nível do serviço logístico prestado.
A logística é um fator relevante na busca de uma boa posição no mercado em
relação aos seus concorrentes para as organizações, principalmente através da
oferta de um serviço adequado aos seus clientes, do aumento de produtividade, do
canal logístico e da melhoria da rentabilidade dos capitais envolvidos
Na atualidade as grandes oportunidades de conquista e manutenção de
mercados encontram-se na relação cliente-fornecedor (ou cliente-empresa) e não do
processo produtivo em si. Com isso ocorre a grande valorização do serviço prestado
ao cliente e, como conseqüência, a logística destaca-se como fator de
competitividade entre as empresas.
Para usufruir desta vantagem é necessário que as empresas estabeleçam
estratégias, na diferenciação dos serviços prestados ao cliente ou na liderança de
custos por exemplo, enfatizando a importância da utilização do sistema logístico
para viabilizar este objetivo.
Organizações comerciais e industriais podem ser imaginadas como sistemas
compostos de processos operacionais estruturados e regulados por um conjunto de
estratégias, que são objeto de intensa pressão do ambiente no qual pertence. (ver
fig. 3 )

Figura 3

Fonte: Costes & Colin, Formuling logistics strategy

As responsabilidades da organização são múltiplas, implicando em uma


integração e coordenação através de uma estratégia claramente definida. Segundo
Fabbe – Costes et all Somente através do uso da estratégia conseguimos usar as
informações obtidas na operação, integrando-as, formulando rapidamente planos de
ação e tendo a habilidade de reunir o máximo de segurança para confrontar com as
incertezas as organizações estarão hábeis para enfrentar a extrema instabilidade do
ambiente que aparece caracterizando o fim do milênio.
A estratégia, a nível científico, faz com que as organizações formulem e
alcancem seus objetivos, aproveitando oportunidades emergidas e, ao mesmo
tempo, permanecendo em harmonia com os seus ambientes.

10. A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DE UM SISTEMA LOGÍSTICO

É grande a importância da participação de um sistema logístico na obtenção


de melhores posições de empresas em relação aos seus concorrentes no mercado,
visto que atualmente os custos logísticos estão intimamente relacionados, não só
com o seu sucesso no mercado, mas com a manutenção de sua posição e melhoria
contínua de seu gerenciamento de cadeia de suprimentos, tanto no transporte, na
confiabilidade, na integridade, na pontualidade e na qualidade de seu produto. Pois
para que se tenha um baixo custo global não necessitamos somente de mão-de-
obra barata e material barato, necessitamos sim de infra-estrutura para a eficiência
no controle e manutenção de uma cadeia logística bem estruturada para que os
custos logísticos, que estão realmente pesando nos custos globais, sejam reduzidos
sem que haja perda no nível de serviço. (Ballou, 1997).
Como citado na figura 4:
Figura 4

Fonte: Ronald H. Business Logistics – Importance and Some Research Opportunities)


Para aproveitar estas oportunidades é necessário que as empresas
estabeleçam estratégias como as citadas no artigo conceitualmente e com os
exemplos e atuem no componente logístico de forma eficaz, dentro da sua cadeia de
valores.
A logística é um fator de alta relevância na competitividade pois pode
possibilitar a oferta de um serviço adequado aos clientes, diferenciando a
organização das demais concorrentes do seguimento a que pertencem e também
reduzir os custos globais através da logística, melhorando a rentabilidade dos
capitais envolvidos no investimento, automatizando o fluxo interno de informações,
ou outras estratégias citadas no trabalho conceitualmente.

11. POSICIONAMENTO LOGÍSTICO

De acordo com Wanke (2006), o posicionamento logístico refere-se ao


conjunto de três decisões integradas ao longo do tempo, que, além de apoiar a
execução e operacionalização de determinada política de atendimento ao cliente,
pode fornecer subsídios relevantes para a elaboração ou reformulação dessa
política, dado que se objetiva minimizar os custos logísticos totais para determinado
nível de serviço.
Ainda segundo o autor, o posicionamento logístico abrange as decisões de
dimensionamento da rede de instalações, localização dos estoques nessa rede e
definição da política de transporte.
O dimensionamento da rede de instalações envolve a determinação do
número de armazéns, sua localização e sua missão, ou seja, as regiões de mercado
que devem ser atendidas por armazém.
A localização dos estoques diz respeito a seu grau de centralização da rede,
ou seja, às quantidades de produto que devem ser mantidas em cada instalação.
Por último, a definição da política de transporte envolve, para determinado
grau de centralização, a escolha do modal de transporte mais adequado e dos
procedimentos para consolidação de cargas.
Em linhas gerais, as empresas devem escolher a política de atendimento ao
cliente que minimize o custo logístico total de manutenção de estoques,
armazenagem e transporte para um determinado nível de serviço exigido pelo
mercado. Basicamente existem dois caminhos possíveis a serem seguidos (Wanke,
2006). No primeiro, a empresa poderá adotar uma política de resposta rápida,
caracterizada por estoques mais centralizados, utilização intensiva de transporte
expresso e pequena dependência de previsões de vendas. No segundo, uma
política de antecipação à demanda, caracterizada pela descentralização de
estoques, localizados próximos aos clientes potenciais, e pela utilização intensiva de
carregamentos consolidados.

Figura 5

Fonte: Artigo publicado na revista Tecnologística, jun. 2000 apud Wanke ET AL 2006.

Planejamento Logístico

Cada vez mais as empresas atuantes no mercado brasileiro estão se


estruturando para atender às exigências de um ambiente altamente dinâmico e
competitivo. A definição da política e da estrutura mais apropriada para atendimento
aos clientes constitui um fator crítico para o sucesso de uma empresa, além de ser
uma forma de obter vantagem competitiva sustentável a longo prazo.
De acordo com Lima, a configuração de uma malha logística está
intrinsecamente relacionada às estratégias de produção, estoque e distribuição de
uma empresa. De forma geral, devem-se escolher as políticas que minimizem os
custos totais (custos com operação, estoque, armazenagem e transporte),
respeitando os níveis de serviço e as restrições dos seus clientes.
“Os níveis de serviço ao cliente, a localização, os estoques e o transporte
são as principais áreas de planejamento por causa do impacto que as
decisões nessas áreas causam na lucratividade, no fluxo de caixa e no
retorno sobre o investimento da empresa. Cada área de decisão está
interrelacionada com as outras e não deve ser planejada sem ao menos
considerar os efeitos das compensações (trade-offs).” (Ballou, 2001, p.43)

Segundo Ballou (2001), os efeitos das compensações levam ao conceito de


custo total. A análise da compensação de custos é o reconhecimento de que os
padrões de custo de várias atividades da empresa apresentam freqüentemente
características que as põem em conflito entre si. Esse conflito é gerenciado pelo
equilíbrio das atividades, devendo ser otimizado coletivamente.
Em um estudo de desenho da malha logística, devem ser analisados trade-
offs, conforme se observa na figura abaixo:
Figura 6

Fonte: HIJJAR, Maria Fernanda. Artigo publicado na revista Tecnologística, ano V, nº 51, fev. 2000.

A análise dos trade-offs tem como objetivo atingir o melhor nível de serviço a
um menor custo total possível (Ballou, 2001). O aumento do nível de serviço
praticado pelas empresas diminui a perda nas vendas, porém provoca aumento, na
maioria das vezes, dos seus custos totais.
No entanto, a diminuição do custo de vendas perdidas compensa o custo de
manutenção do nível de serviço. Serviço melhorado geralmente significa que deve
ser pago mais por transporte, processamento de pedidos e estoques.
O ponto de equilíbrio, ou a melhor compensação, ocorre em um ponto abaixo
do nível de serviço ao cliente de 100% (perfeito), conforme pode ser visto na figura
abaixo.

Figura 7

Fonte: HIJJAR, Maria Fernanda. Artigo publicado na revista Tecnologística, ano V, nº 51, fev.
2000.
De acordo com HIJJAR (apud WANKE ET AL 2006) 12, o serviço ao cliente é
cada vez mais valorizado, tanto pelos consumidores finais quanto pelos clientes
institucionais, pois apenas bons produtos e bons preços não são suficientes para
atender às exigências de uma transação comercial. Isso porque, embora produto e
preço sejam fatores essenciais, a rapidez na entrega, a disponibilidade de produto, o
bom atendimento, a ausência de avarias, entre vários outros itens de serviço criam
valor ao reduzir os custos para o cliente e/ou aumentar sua vantagem competitiva.
Os custos associados a esses fatores aumentam a uma taxa mais alta quando
elevamos o nível de serviço ao cliente. Os custos de distribuição serão sensíveis ao
nível de serviço ao cliente fornecido, especialmente se já estiver em alto nível.
Na situação em que os clientes compram em pequenas quantidades e os
pontos de estocagem são reabastecidos em grandes volumes, o custo de transporte
a partir dos pontos de estocagem excede o custo de aquisição, de forma que o custo
de transporte declina quando o número de armazéns aumenta. No entanto, à
medida que o número de pontos de estocagem cresce, o nível de estoque também
cresce por toda a rede e os custos de estocagem aumentam.
O estoque de segurança aumenta o nível do inventário médio e também afeta
o nível de serviço ao cliente através da disponibilidade de estoque. Quando um
pedido é colocado, o custo das vendas perdidas acaba minimizando. Aumentando o
nível médio do inventário, aumenta-se o custo de manutenção de estoques. Os
custos de transportes permanecem relativamente sem serem afetados.
Figura 8

“Nem todos os produtos devem ser fornecidos ao mesmo nível de serviços


ao cliente” (Ballou, 2001, p.48)

Este é um princípio fundamental da estratégia logística. As exigências de


serviços ao cliente variam, e com elas as características dos produtos e níveis de
vendas entre múltiplos itens que a empresa distribui. Como conseqüência, múltiplas
estratégias de distribuição devem ser adotadas dentro da característica de cada
produto. Estocar todos os produtos em todas as localizações pode simplificar o
planejamento e controle, mas essa estratégia nega as diferenças inerentes entre
produtos e seus custos, acarretando custos de distribuição maiores do que os
necessários.
Decisões de Puxar Versus Empurrar os Produtos

Normalmente, a decisão entre puxar ou empurrar depende da análise


conjunta de dois fatores: visibilidade da demanda e tempos do ciclo de
ressuprimento e distribuição. A visibilidade da demanda refere-se ao fato de uma
empresa da cadeia de suprimento ter acesso às informações da demanda do cliente
final em tempo real. Difere-se da previsibilidade da demanda ou do grau de
acuracidade no processo de previsão de vendas.
A precisão depende da qualidade das informações históricas, do método de
previsão, número de concorrentes e produtos substitutos. Já os tempos do ciclo de
suprimento e distribuição referem-se aos tempos médios de recebimento do insumo
mais demorado para a produção e de entrega do produto para o cliente.
A visibilidade da demanda permite que os fluxos de produtos sejam puxados,
ou seja, coordenados pelo estágio mais próximo do consumidor final, com base nas
informações de venda em tempo real capturadas pela tecnologia de informação.

Figura 9

Por outro lado, os tempos do ciclo de suprimento e distribuição permitem


responder se o fluxo de produtos poderá ser puxado ou empurrado, quando os
comparamos com o tempo de resposta exigido pelo cliente final.
Figura 10

Se o tempo de resposta exigido pelo cliente final for superior à duração do


ciclo de distribuição, o fluxo pode ser acionado pelo estágio mais próximo do
consumidor final (puxado). Se o tempo de resposta exigido pelo cliente final for
inferior à duração do ciclo de suprimento, o fluxo será coordenado pelo estágio mais
próximo do fornecedor inicial (empurrado) e direcionado por previsões de vendas
que sinalizem para a formação de estoques. Utilizar previsões de vendas significa
muitas vezes produzir, distribuir, armazenar e transportar quantidades superiores à
demanda real num dado momento.
Desta forma, empurrar o fluxo de produtos implicará na descentralização dos
estoques por muitas instalações, associada a uma política de produção para
estoque e à consolidação do transporte pela utilização de modais mais baratos e
lentos. Por outro lado, uma decisão para puxar o fluxo de produtos pode implicar
tanto na utilização de previsões de vendas quanto na utilização da demanda real
pelo estágio mais próximo ao consumidor final.
No caso do direcionamento pela demanda real, puxar o fluxo de produtos
implicará na centralização física dos estoques, na produção contra-pedido e na
utilização de transporte premium pela contratação de modais mais caros. Alguns
fabricantes, como cervejarias, experimentam tempos de ciclo de suprimento e
produção muito superiores a 24 horas.
Nestas circunstâncias, o fluxo de produção e de compras deve ser empurrado
com base em previsões de vendas futuras para que não haja falta de estoque. Outra
decisão da estratégia de posicionamento logístico é a referente à alocação dos
estoques, se vão ser centralizados ou descentralizados. A centralização dos
estoques significa postergar ao máximo o transporte dos produtos, só sendo
movimentados quando o cliente final colocar seu pedido.
Já a descentralização dos estoques significa antecipar seu transporte por
outras instalações intermediárias no momento corrente, com base em previsões de
vendas futuras. Para decidir com relação à alocação dos estoques devem ser
observadas características do produto e da demanda, além da decisão de
coordenação do fluxo de produtos.

12. ESTRATÉGIAS DE LOGÍSTICA PARA E-COMMERCE

Sabia que você pode estar perdendo dinheiro por não ter uma estratégia de
logística eficaz? Pare para imaginar a seguinte situação:
Você e sua equipe investiram um bom orçamento em marketing e outras
ações para levar os consumidores ao seu e-commerce. Agora eles estão na sua
loja. Encontraram algo que adoraram. Adicionam ao carrinho. Que maravilha!
Clicaram em “Prosseguir” e… Pronto! Abandonaram o carrinho. Desconectaram da
sua loja. Você perdeu mais algumas vendas. O que pode estar acontecendo? O que
há de errado?

A principal Razão Para Abandonarem seu Carrinho: Logística e Entrega

Provavelmente você investe o máximo para projetar uma loja virtual com a
melhor experiência de compra para seus consumidores, com uma boa campanha de
marketing, analise de ações e resultados. A má notícia é: isso não resolve o
problema. E a boa notícia é: tenho sete ações para você incorporar à sua estratégia
de logística para ajudar a gerar uma economia significativa para sua empresa e aos
seus clientes. Tudo isso sem sacrificar a qualidade da sua logística.

Calcular o Peso Cubado

Antes de analisar as diferentes estratégias para melhorar seus custos de


logística, você precisa saber o peso cubado do seus produtos e da embalagem que
será utilizada. A maioria das transportadoras usa o peso cubado para calcular os
preços de entrega. Além de ser uma boa prática, é essencial calcular o espaço a ser
usado para armazenar seus produtos. Você também precisará saber o peso cubado
antes de expedir os pedidos, a fim de garantir que esteja pagando o preço correto.
O peso cubado serve para medir a densidade da carga. Ele compara o
tamanho com o peso real do pacote. Depois de comparar o peso cubado com o
peso real, a taxa será calculada pelo maior desses dois valores. Esse será o peso
considerado.
Por que o peso cubado é importante? Há muitas décadas, as transportadoras
tinham um problema para cobrar o preço corretamente. Principalmente porque os
diversos tipos de mercadorias eram transportados nos caminhões, navios ou nos
aviões. Por vezes as mercadorias eram mais pesadas, mas não ocupavam o
compartimento inteiro ou então eram bem leves. Ou seja, ela não faziam nem
cócegas para o motor trabalhar, mas ocupavam o baú inteiro. Para ilustrar melhor, lá
vai uma charada: o que pesa mais? Uma tonelada de chumbo ou uma tonelada de
algodão?
Cada modal calcula o peso cubado de formas diferentes, utilizando-se o fator
de cubagem. Frequentemente, no modal rodoviário é comum 300 kg por metro
cúbico; no aéreo 167 kg por metro cúbico (também utilizado por couriers); e no
marítimo 1.000 kg por metro cúbico.

Negociar com as Transportadoras

A negociação de preços é relativamente simples: quanto mais envios você


tem, menos você paga. Se você não está enviando quantidade suficiente para ter
uma taxa mais competitiva, sua melhor opção é fazer uma boa previsão do volume
de entregas com base na projeção das suas vendas. Muitas transportadoras estão
dispostas a conceder um certo desconto se acreditarem que serão consideradas
como seu parceiro de longa data quando o seu volume aumentar.
É como negociar com os tubarões: você também precisa saber vender seu
peixe. Sua empresa não é a única nem a primeira de pequeno ou médio porte com a
qual eles trabalham. Então eles darão um tempo, possivelmente algo em torno de
três meses, para você trabalhar bastante e aumentar a quantidade de entregas,
antes de exigir que você tenha um volume mínimo de entregas por mês.
Portanto, atenção: aproveite os preços reduzidos de entrega nesse meio tempo
e invista o dinheiro que você vai economizar no marketing da sua loja. Tudo para
aumentar as vendas e manter os preços oferecidos a você no longo prazo. Do
contrário, esqueça: os preços vão subir.

13. ESCALE SUA LOJA POR MEIO DE UM OPERADOR DE FULFILLMENT

Você negociou com as transportadoras na melhor das expectativas. Ainda


assim, não foi bom o suficiente para atrair a atenção dos seus clientes. O que fazer?
Desapega de ficar olhando para seu estoque com seus produtos todo santo dia na
sua sala, garagem, salão ou qualquer seja o espaço que você utiliza. Avalie usar os
serviços de um operador de fulfillment. É um tipo de empresa especialista em
logística. Basicamente ela faz o seguinte: recebe as mercadorias dos seus
fornecedores; armazena; faz a gestão de estoque; importa os seus pedidos; separa
os produtos; embala os pacotes dos seus clientes; faz a expedição, a gestão das
entregas e dos fretes.
Isso pode ser extremamente vantajoso. Afinal, o operador de fulfillment tem
tarifas de frete melhores, por conta do maior volume movimentado com todos os
seus clientes. Como especialista em logística e transportes, ele poderá te orientar
sobre as melhores práticas e estratégias de logística para economizar em diversos
aspectos. Ao invés de investir em um salão ou galpão, segurança, vigilância, mão de
obra, insumos, suprimentos, equipamentos, entre outras muitas coisas, você pagará
apenas uma taxa fixa por espaço utilizado e por pedido expedido. E ainda terá
acesso à uma tabela de frete mais competitiva.
Você ganha mais tempo e liberdade para se concentrar na gestão da sua loja
e na venda dos seus produtos, pois eles farão a gestão de estoque e das entregas.
Com o dinheiro que gastaria nessas atividades operacionais, você pode reverter
para investir em marketing e focar no que você faz de melhor. Assumirá um papel
mais estratégico no seu negócio, enquanto eles cuidam do restante, sem prejudicar
a qualidade do atendimento aos seus clientes.
14. OFERECER FRETE GRÁTIS COM UM VALOR MÍNIMO DE PEDIDO

Onde há dificuldade sempre existe uma oportunidade. Depois de visitar e


adicionar produtos ao carrinho, e ainda assim ter clientes abandonando o seu site
apenas porque o frete é alto, por que não eliminar completamente esse problema e
atrair novos clientes oferecendo frete grátis?
O primeiro passo para isso é estabelecer um valor mínimo. Embora você
esteja absorvendo parte do custo da entrega, o ticket médio de seus pedidos vai
aumentar e irá compensar a diferença no frete. No entanto, antes de sair oferecendo
frete grátis por aí, analise as margens dos seus produtos e faça o mapeamento para
as regiões viáveis à oferta da gratuidade do transporte. Talvez você ajuste o mínimo
somente para entregas na sua região ou então para produtos específicos de maior
valor agregado.
Algumas outras coisas devem ser consideradas antes de oferecer frete grátis.
Você pode oferecê-lo em períodos específicos como um apelo às campanhas
sazonais — para gerar mais vendas. Além disso, considere a possibilidade de
oferecer frete grátis a membros do seu programa de fidelidade. Se ainda não tiver,
avalie criar um, e faça o possível para coletar informações úteis para ofertar novas
promoções. Há ferramentas para ajudar você nessa prática.
Antes de dar frete grátis, faça com que eles se inscrevam ou participem de
campanhas de e-mail, redes sociais ou indicação de amigos. Dessa forma, você
pode segmentar os clientes com as próximas promoções, campanhas e
lançamentos. Frete grátis aliado a essas dicas pode ser uma tática de marketing
altamente poderosa e lucrativa ao seu negócio.

15. COBRAR O VALOR DA ENTREGA DOS SEUS CLIENTES

Você fez as contas mas não vai dar para absorver os custos para ofertar frete
grátis. Não perca a esperança. Ainda pode oferecer as melhores ofertas, cobrando
exatamente o quanto você pagaria para enviar os seus produtos. Da forma correta,
essa abordagem é benéfica para ambas as partes e pode criar um nível de
transparência para a sua marca.
Permita que seus clientes saibam que os fretes são os melhores possíveis e
que você não está ganhando nada em cima da logística e da entrega. Transforme
esse ponto negativo sobre os valores de frete em uma relação de confiança com a
sua marca, que pode ser construída durante a jornada de compra. Lembre-se: as
pessoas compram de empresas que elas gostam e a melhor maneira de transformar
seus clientes em fãs é conquistá-los sendo honestos com eles.
Dica bônus: se possível, disponibilize no checkout um menu de fretes para
seus clientes. Apresente as taxas de entrega dos métodos disponíveis. Dessa forma
eles verão em primeira mão que os preços são justos, sem custos adicionais.

16. PROMOVER O FRETE FIXO

Dependendo do tamanho e do peso dos seus produtos, o frete fixo pode ser
uma boa opção. Você pode oferecer frete fixo aos clientes com base no tamanho, no
peso ou na quantidade total de itens. Antes de fixar o frete em sua loja, faça a lição
de casa: calcule o custo exato de quanto é essa taxa e qual transportadora funciona
melhor para sua empresa.
Por exemplo, se você vende itens pequenos e pesados, aproveite as taxas de
transportadoras do modal rodoviário. Muitas transportadoras oferecem diferentes
métodos de envio para simplificar a cobrança de seus clientes. Há muitas
oportunidades e muita flexibilidade quando se trata de frete fixo. Portanto, você
precisará pesquisar e testar diferentes transportadoras e métodos para aproveitar ao
máximo todas as opções.
17. ANALISAR A RENTABILIDADE DOS PRODUTOS SEM CONTAR COM O
CUSTO DE FRETE

É bom pesquisar a opção de entrega mais econômica com base no tamanho,


peso e valor dos seus produtos, muitas vezes esquecidos por pequenas empresas.
Geralmente eles não fazem essa análise da rentabilidade com adição correta dos
custos de logística e frete antes de comprá-los. Isso porque se sentem
sobrecarregados quando precisam comparar entre as tabelas das diversas opções
de operadores, transportadoras e os vários métodos e preços que elas oferecem.
Aqui estão algumas perguntas que você pode fazer antes de comprar novos
itens para sua loja:
O item é caro? Se você está vendendo um produto de baixo custo, é provável
que seu cliente não queira pagar a mais pelo frete.
Qual é o tamanho do item já embalado?
Qual é o peso do item com a embalagem?
Seu produto cabe em uma embalagem padrão?
É pesado ou leve em relação ao seu tamanho? Lembra do peso cubado…
Em média, quantos pedidos você faz por mês?
Qual é o percentual de entregas locais, regionais e interestaduais?
Por quanto tempo o seu cliente está disposto a esperar pelo pedido?
Seu cliente estaria disposto a pagar mais pela entrega expressa?

Isso dá muito trabalho, não é mesmo? Não existe atalho para fazer essas
pesquisas e elas servem somente para o seu negócio. Não vale colar, pois a
pesquisa do amigo do lado pode ser bem diferente e distorcer sua estratégia —
podendo gerar resultados dos quais você não deseja. Ter as respostas a essas
perguntas é a melhor maneira de decidir por quais operadores logísticos,
transportadoras e métodos de entrega são adequados para o seu negócio.
18. SAIBA MAIS

Neste vídeo, que separamos para você é abordado os quatro


pilares básicos para se estabelecer uma estratégia logística.

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=6PGMNMqI-qM

Neste vídeo, que separamos para você, Melim fala sobre


algumas atitudes que devem ser evitadas quando for planejar
e aplicar a estratégia na gestão de sua empresa.

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=hOD-5L_Nsto&t=12s

Neste vídeo, que separamos para você é abordada a logística


estratégica, e as decisões importantes para organização.

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=zmK_L8mkAM8
19. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, C. M. P. R. Estratégia Logística. Curitiba, PR. Iesde Brasil, 2009. 316p.


BEATRIZ, A. Logística estratégica: como revolucionar o setor de operações?.
Artigos Cargo X. 06/02/2020.

CID, W. 7 Estratégias de logística para e-commerce de pequeno e médio porte.


E-commerce Brasil. 14 de março de 2019.

DANTAS, M. L. C. FILHO, Coimbra. J. L. Estratégias logísticas x Vantagem


competitiva. UFSC/EPS. Santa Catarina.

LEVY, A. R. Situação da estratégia de logística dentro da estratégia integrada


de comercialização. Rev. adm. empres. vol.17 no.5 São Paulo Set./Oct. 1977
PORTER, Michael E. , Vantagem Competitiva, criando e sustentando um
desempenho superior. Editora Campus, 1992.

VIDAL, J. M. Importância da logística nas estratégias de distribuição das


empresas e aplicação de um modelo de DRP. Rio de Janeiro – 2009.

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