Apostila Formativa para Coroinhas
Apostila Formativa para Coroinhas
APOSTILA FORMATIVA
PARA COROINHAS
Equipe Formativa:
Eduardo Oliveira, Iane Caroline, Igor Luan e Maria Eloyse
Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE
Sumário
Discrição ......................................................................................................................................................... 6
Silêncio ........................................................................................................................................................... 6
Zelo ................................................................................................................................................................. 6
Ordens Hierárquicas........................................................................................................................................ 7
Advento ........................................................................................................................................................ 10
Natal ............................................................................................................................................................. 10
Quaresma ...................................................................................................................................................... 11
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Fração do Pão............................................................................................................................................ 17
Comunhão ................................................................................................................................................. 17
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A Pastoral dos Coroinhas é legitimamente reconhecida como um grupo eclesial, tendo seu serviço
ao Altar validado pela Igreja. Nesse ministério, crianças, adolescentes e jovens oferecem diariamente suas
vidas, assumindo sua missão com obediência e responsabilidade, em fidelidade ao "sim" proferido no dia de
sua instituição.
Ingressar no ministério dos coroinhas ou em qualquer pastoral eclesial é responder com um "sim"
ao chamado que Cristo faz ao coração. Trata-se de um serviço realizado sem medir esforços, com
disponibilidade para as mais diversas situações e dedicação ao altar com amor. Ser coroinha significa estar
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sempre pronto para servir nas Missas, seguindo a escala por amor e não por mera obrigação, sem escolher
com quem atuar ou qual sacerdote presidirá a celebração, permitindo que o Espírito Santo conduza este
ministério. A missão do coroinha é auxiliar a assembleia a rezar durante a celebração, servindo ao Altar com
o coração inspirado em Cristo, que passou pelo mundo ajudando os necessitados e pregando com humildade.
Assim, é essencial compreender o caráter missionário desse ministério na Igreja, testemunhando e anunciando
o Evangelho aos pequenos, aos pobres, aos enfermos e aos pecadores que buscam a salvação como membros
do Corpo Místico de Cristo.
Servir no altar exige educação, respeito e maturidade para enfrentar os desafios e situações que
possam surgir. O amor, a humildade e a caridade são virtudes fundamentais para essa missão, pois, sem elas,
ainda que todas as funções litúrgicas fossem perfeitamente executadas, a essência do verdadeiro coroinha não
estaria presente.
O testemunho do coroinha reflete o amor pelo ambiente litúrgico, pois sua missão é auxiliar a
assembleia na oração e contribuir para a dignidade da celebração. É fundamental que compreenda a
importância de sua postura na Santa Missa, que deve estar fundamentada em três aspectos essenciais:
discrição, silêncio e zelo.
Discrição
O coroinha tem como princípio fundamental a discrição, sendo chamado a atuar com sobriedade
e zelo pelo decoro litúrgico. Sua postura deve refletir esse compromisso, desde a maneira de caminhar até a
forma de se comunicar com os demais coroinhas no presbitério. Aprender a expressar-se pelo olhar é essencial,
pois isso favorece a harmonia da celebração e ajuda a manter a assembleia concentrada na oração e na reflexão.
Silêncio
Ser silêncio é deixar o Espírito Santo agir em nosso coração através do serviço, pois assim
conseguimos viver bem a liturgia. Porém, o silêncio perpassa a dimensão espiritual, pois devemos ser
silenciosos em nosso cotidiano, sem ações escandalosas ou espalhafatosas. Somos coroinhas, com túnica ou
sem ela; em todos os ambientes, devemos ser silenciosos. Por isso, desde o agir, devemos ser silenciosos.
Zelo
O zelo do coroinha manifesta-se no cuidado com o sagrado, desde o simples copo de água
oferecido ao sacerdote até o cálice que conterá o vinho para a consagração. Esse compromisso exige uma
comunhão sincera com o ambiente litúrgico, reconhecendo a grandiosidade da ação extraordinária que
ocorrerá: a transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor. Ser zeloso significa cuidar dos
objetos litúrgicos, das pessoas e, acima de tudo, da Eucaristia, que se faz presente tão próxima ao serviço
desempenhado no altar.
GRAUS DE ORDEM
A Ordem é um dos sete sacramentos da Igreja Católica, conferindo a graça e a missão de exercer
ministérios e funções eclesiásticas voltados ao culto divino e à salvação das almas, sendo desempenhados com
santidade. Pelo Batismo e pela Confirmação, todos os fiéis participam do sacerdócio de Cristo. No entanto,
aqueles que recebem o sacramento da Ordem são constituídos no sacerdócio ministerial ou hierárquico, que
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se distingue do sacerdócio comum dos fiéis, pois lhes é conferida a autoridade para servir e santificar o povo
de Deus de maneira específica.
Ordens Hierárquicas
• Ordens Menores: As que não consagravam de modo definitivo quem as recebia, Hostiário, Leitor,
Exorcista e Acólito
• Ordens Maiores: As que consagravam de modo definitivo ao serviço de Deus, Diaconato, Presbiterado
E Episcopado.
Ordens Ministeriais
• Diácono
Na Igreja Católica, o Diácono é o primeiro grau do Sacramento da Ordem, sendo ordenado para o
serviço da caridade, da proclamação da Palavra de Deus e da liturgia, e não para o sacerdócio. Ele é um
ministro religioso que, após aproximadamente sete anos de estudos, está no final do processo de formação
para a carreira clerical. Os diáconos podem ser permanentes, ou seja, casados, solteiros ou viúvos. No caso
dos casados, é necessário o consentimento da esposa e que a família viva conforme os valores cristãos. A
ordenação de diáconos viúvos exige celibato, e eles não podem mais se casar após a ordenação.
O diácono pode celebrar alguns sacramentos, como batismos e matrimônios, além de abençoar
casamentos, fazer pregações e dar homilias. No entanto, ele não consagra a Eucaristia, não unge enfermos e
não ouve confissões. Ele colabora com o Bispo e os presbíteros no serviço à comunidade, especialmente na
Palavra, liturgia e caridade. Além disso, pode administrar igrejas, aconselhar fiéis e realizar obras de caridade
e piedade.
• Padre ou presbítero
O padre vive como Jesus na comunidade, assumindo a responsabilidade de orientar, cuidar e guiar
o povo, assim como o pai em uma família. Na comunidade paroquial, o padre tem a missão de orientar as
famílias, ouvir, reunir e administrar os sacramentos, além de transmitir a Palavra de Deus para a formação do
cristão.
Pregar a Palavra
Celebrar os sacramentos
Governar o povo de Deus
Santificar o rebanho, buscando também a santidade
O sacerdote tem o dever de ensinar o Evangelho, convidando todos à conversão e santidade. Ele
administra os sacramentos, sendo especialmente a Eucaristia o alimento espiritual dos cristãos. Pelo Batismo,
o padre introduz o fiel no povo de Deus; pela Penitência (Confissão), reconcilia o pecador com Deus; pela
Unção dos Enfermos, oferece consolo aos doentes; pela celebração da Missa, oferece o sacrifício de Cristo;
pelo Matrimônio, abençoa a união dos esposos; e, caso necessário, pela Confirmação (Crisma), confirma o
Batismo.
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• Bispo
São Pedro, de acordo com a história da Igreja, foi o primeiro bispo em Roma. No conceito católico,
os bispos são considerados sucessores dos apóstolos, recebendo com a ordenação episcopal a missão de
santificar, ensinar e governar dentro de uma circunscrição definida, como uma diocese, arquidiocese ou
prelazia. O episcopado representa o último e mais alto grau do sacramento da Ordem.
O bispo é a autoridade máxima da Igreja local (diocese), tanto no aspecto de jurisdição quanto de
magistério. Compete a ele ministrar o sacramento da Ordem de maneira exclusiva, além de administrar o
sacramento da Crisma. Os bispos também têm a função exclusiva de ordenar presbíteros e diáconos, além de
conferir ministérios. Os bispos católicos exibem em seu brasão de armas a cruz episcopal e o capelo verde
com 12 borlas. Para que um padre se torne bispo, são necessários pré-requisitos como fé sólida, piedade, zelo,
boa reputação e uma formação acadêmica teológica (mestrado ou doutorado). Contudo, tornar-se bispo é uma
escolha rara, determinada pelo Papa.
VESTES LITÚRGICAS
• Amito (Imagem 1)
• Alva (Imagem 2)
• Cíngulo (Imagem 3)
• Estola (Imagem 4)
• Casula (Imagem 5)
• Véu Umeral (Imagem 6) (Imagem 1) (Imagem 2)
• Capa Pluvial (Imagem 7)
• Dalmática (Imagem 8)
(Imagem 7) (Imagem 8)
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• Altar: Mesa onde se realiza a Ceia Eucarística; representa o próprio Jesus na Liturgia.
• Cálice: Taça onde se coloca o vinho que será consagrado.
• Patena: Prato onde é colocada a Hóstia Grande que será consagrada e apresentada aos fiéis;
acompanha o estilo do cálice.
• Corporal: Pano quadrangular de linho com uma cruz no centro; sobre ele são colocados o cálice, a
patena e a âmbula para a consagração.
• Pala: Cobertura quadrangular para o cálice.
• Galhetas: Recipientes onde se coloca a água e o vinho para serem usados na Celebração Eucarística.
• Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima dele, lembrando que a Ceia do Senhor é inseparável de seu
Sacrifício Redentor.
• Lecionário: Livros que contêm as leituras da Missa: Lecionário Dominical (leituras dos Domingos e
solenidades), Lecionário Semanal (leituras da semana), Lecionário Santoral (leituras dos dias de
santos e festas).
• Manustérgio: Toalha usada para purificar as mãos antes, durante e depois do ato litúrgico.
• Missal: Livro que contém o ritual da missa e a oração eucarística, excluindo as leituras.
• Ostensório ou Custódia: Objeto utilizado para expor o Santíssimo ou para levá-lo em procissão.
• Teca: Pequeno recipiente onde se leva a comunhão para pessoas impossibilitadas de ir à missa.
• Ambão: Estante onde é proclamada a Palavra de Deus; simboliza o sepulcro vazio de Cristo, de onde
parte a Boa Nova da Ressurreição.
• Incenso: Resina de aroma suave que, ao ser queimada, simboliza as orações elevadas a Deus.
• Naveta: Objeto utilizado para colocar o incenso antes de queimá-lo no turíbulo.
• Turíbulo: Recipiente de metal usado para queimar o incenso.
• Alfaias: Designa todos os objetos encapados com tecido usados junto aos vasos sagrados.
• Andor: Suporte de madeira enfeitado com flores, utilizado para levar as imagens dos santos nas
procissões.
• Aspersório: Utilizado para aspergir o povo com água-benta; também conhecido como aspergil ou
asperges.
• Bacia: Usada com o jarro para as purificações litúrgicas.
• Báculo: Bastão ou cajado utilizado pelos bispos, representando seu papel como pastor do rebanho.
• Batistério: O mesmo que pia batismal; local onde acontecem os batismos.
• Caldeirinha: Vasilha de água-benta.
• Sineta: Sininhos tocados pelo coroinha no momento da consagração e do Glória em solenidades
• Castiçais: Suportes para as velas.
• Sedia: Cadeira no centro do presbitério, usada pelo celebrante, que manifesta a função de presidir o
culto; também chamada de cátedra.
• Círio Pascal: Vela grande onde se pode ler "ALFA" e "ÔMEGA" (Cristo: começo e fim) e o ano em
curso, com grãos de incenso representando as cinco chagas de Cristo. Usado na Vigília Pascal,
durante o Tempo Pascal e nos batismos. Simboliza Cristo, luz do mundo.
• Âmbula: Recipiente onde se guarda o Corpo de Cristo.
• Conopeu: Cortina colocada na frente do sacrário.
• Credência: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos do culto.
• Cruz Processional: Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões.
• Cruz Peitoral: Crucifixo dos bispos.
• Esculturas ou Imagens: Existentes nas igrejas desde os primeiros séculos, com a finalidade litúrgica
de ajudar a mergulhar nos mistérios da vida de Cristo.
• Genuflexório: Parte dos bancos da Igreja, que facilita o momento de ajoelhar-se.
• Partícula: Pão Eucarístico.
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• Hóstia Magna: Utilizada pelo celebrante; maior apenas por uma questão prática, para que todos
possam vê-la na hora da elevação, após a consagração.
• Jarro: Usado durante a purificação e faz parte do lavabo.
• Lamparina: Lâmpada do Santíssimo.
• Lavatório: Pia da Sacristia, com toalha e sabonete para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e
depois da celebração.
• Livros Litúrgicos: Livros que auxiliam na liturgia, como o lecionário, missal, rituais, pontifical,
gradual, antifonal.
• Luneta: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a hóstia grande dentro do ostensório.
• Matraca: Instrumento de madeira que produz barulho, substituindo os sinos durante a Semana
Santa.
• Sanguíneo: Pano retangular utilizado para purificar os vasos sagrados (cálice, patena e âmbulas).
• Relicário: Onde são guardadas as relíquias dos santos.
• Sacrário: Caixa onde é guardada a Eucaristia após a celebração; também conhecido como
Tabernáculo.
• Santa Reserva: Eucaristia guardada no Sacrário.
TEMPOS LITÚRGICOS
O Ano Litúrgico é um calendário religioso que contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação.
Ele é dividido em cinco tempos litúrgicos: Advento, Natal, Tempo Comum, Quaresma e Páscoa.
Advento
Natal
Tempo Comum
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Quaresma
Tempo da Páscoa
Na Páscoa, que começa na Quinta-feira Santa e vai até Pentecostes, a cor litúrgica é o branco. Esse período
é marcado pela alegria da Ressurreição de Cristo, com um clima de celebração e renovação da fé.
A MISSA
A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas
duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas que constituem um único ato de Culto Divino. De
fato, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis
recebem instrução e alimento. Há ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a celebração, como os ritos
iniciais e ritos finais.
PROCISSÃO DE ENTRADA
Reunido o povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os ministros, inicia-se o cântico de
entrada. A finalidade deste cântico é dar início à celebração, favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-
los no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do
sacerdote e dos ministros. Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por todos
os fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la à
maneira de admonição inicial (cf. n. 31). Saudação do altar e da assembleia. Chegados ao presbitério, o
sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com inclinação profunda.
Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie Eleison,
Glória e oração coleta – têm o carácter de exórdio, introdução e preparação. É sua finalidade estabelecer a
comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem
dignamente a Eucaristia. Em algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à
Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico.
Toda a assembleia permanece de pé. Após o Ato Penitencial, inicia-se o Kyrie, a menos que já
tenha sido cantado ou rezado durante o próprio ato penitencial. Nesta aclamação, os fiéis pedem a misericórdia
do Senhor e louvam Jesus por Seu perdão. Por norma, essa aclamação é repetida duas vezes, embora possam
ocorrer variações no número de repetições, caso necessário. Se não for cantado, será recitado.
Glória in Excelsis
A assembleia permanece de pé. Este hino, de origem muito antiga (século II), expressa o louvor
da Igreja ao Deus Pai e ao Cordeiro, em comunhão com o Espírito Santo. É cantado ou recitado nas Missas
dominicais, solenidades e festas dos santos. Durante o Advento e a Quaresma, o Glória não é cantado ou
recitado, assim como nos dias de semana, para manter seu caráter solene.
Em algumas ocasiões, podem ser cantados outros hinos, mas é importante observar que o texto do Glória
não pode ser substituído por outro (conforme o n. 53 da IGMR).
O mesmo se aplica aos hinos do Santo e do Cordeiro de Deus, que também não podem ser substituídos
(cf. n. 366 da IGMR).
Oração (Coleta)
A assembleia permanece de pé. Esta oração encerra o rito inicial da Missa. O sacerdote convida a
assembleia a rezar (com as palavras "Oremos"), e todos permanecem em silêncio por alguns momentos,
tomando consciência da presença de Deus e preparando-se para fazer seus pedidos de forma interior. O
sacerdote então faz a oração, chamada "coleta", que resume a intenção da celebração. A oração é concluída
com o "Amém", pronunciado pela assembleia. Na oração da coleta, são percebidos os seguintes elementos:
invocação, pedido e finalidade.
RITOS INICIAIS II
O coroinha deve estar atento durante toda a celebração, especialmente nos ritos iniciais, pois é nesse
momento que a liturgia deve ser conduzida adequadamente. Um bom início é essencial para que toda a
celebração transcorra bem.
Ao iniciar a Missa com a procissão de entrada, caso haja incenso, o padre se voltará para o turiferário e o
naveteiro, impondo o incenso no turíbulo, abençoando-o e incensando o altar com seuência de ictus.
Finalizada a incensação, o padre invoca a Trindade Santa, saúda o povo e profere o ato penitencial. Após
este ato, o presidente absolve o povo e, em seguida, exalta a Deus com o Hino de Louvor, o Glória.
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Neste momento, o coroinha que estiver com o Missal deve se preparar para, quando o presidente exortar
'Oremos', abrir o Missal na Oração da Coleta e, por conseguinte leva-lo para o local apropriado e organizar
para as próximas orações.
A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura com os
cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal
ou oração dos fiéis. Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da
redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no
meio dos fiéis.
Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por meio do qual, todas as vezes
que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que
fizessem em sua memória, se torna continuamente presente o sacrifício da cruz.
Liturgia da Palavra
Primeira Leitura: A assembleia permanece sentada. Geralmente, é tirada dos livros históricos ou
proféticos da Bíblia, anunciando a salvação que se realiza em Jesus Cristo. A leitura é proclamada por um
fiel ou religioso (a) da mesa da Palavra (Ambão). Ao final, o leitor diz: "Palavra do Senhor", e todos
respondem: "Graças a Deus".
Canto de Aclamação ao Evangelho: A assembleia fica de pé. Este canto é um rito de saudação ao Senhor
que vai falar através do Evangelho. O Aleluia é cantado, exceto durante a Quaresma, quando é substituído
por um versículo. Durante a Quaresma, também pode ser cantado um outro salmo ou trato.
Sinal da Cruz: A assembleia de pé. O sacerdote ou diácono faz o sinal da cruz sobre o Evangelho,
enquanto cada fiel se persigna, pedindo a purificação de seus pensamentos, palavras e coração.
Evangelho: A assembleia escuta de pé. Proclamado pelo Padre ou Diácono, o Evangelho é o ponto
culminante da Liturgia da Palavra, sinalizando a presença de Cristo. Dois ministros ou acólitos seguram
velas próximas ao Ambão, destacando a proclamação.
Homilia: A assembleia sentada. Feita pelo Bispo, Padre ou Diácono, a homilia tem o objetivo de relacionar
a Palavra de Deus com a vida dos fiéis, convidando-os a praticar os ensinamentos do Evangelho.
Oração do Credo (Profissão de Fé): A assembleia de pé. A profissão de fé é proclamada por todos,
reafirmando os grandes mistérios da fé. Não se deve substituir o "Creio" por outras formulações que não
expressem a fé litúrgica.
Oração dos Fiéis (Preces): A assembleia de pé. As intenções de oração são relacionadas ao Evangelho,
às necessidades da Igreja, dos governantes, dos que sofrem e da comunidade local. Pode ser cantada ou
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recitada, com todos respondendo conforme acordado. O sacerdote introduz a oração com uma breve
exortação e conclui com uma súplica.
Liturgia Eucarística
Preparação dos Dons: Durante a Liturgia Eucarística, o altar é preparado, colocando-se sobre ele o
corporal, purificatório, missal e cálice, sendo o centro da ação litúrgica. As oferendas (pão e vinho) são
trazidas ao altar pelos fiéis, juntamente com outras doações, como dinheiro para os pobres ou a Igreja. O
canto do ofertório acompanha a procissão, prolongando-se até que as oferendas sejam colocadas no altar.
Sentido das Gotas de Água no Vinho: A água no vinho simboliza o povo de Deus e o Batismo, enquanto
o vinho representa o sangue de Cristo, especialmente sua Paixão. As gotas de água, ao se dissolverem no
vinho, expressam a união dos fiéis com Cristo.
Lavabo: O sacerdote lava as mãos, expressando o desejo de purificação interior.
Oração sobre as Oferendas: Após as oferendas serem colocadas sobre o altar, o sacerdote convida os
fiéis a rezar antes da oração eucarística.
Oração Eucarística: É o centro da Missa, com o sacerdote conduzindo a oração de ação de graças. A
assembleia se une a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus. A oração inclui o Prefácio, o Santo
(canto ou recitação do "Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo"), e a Epiclese, onde o sacerdote
invoca o Espírito Santo para que as oferendas se tornem o Corpo e Sangue de Cristo.
Oblação: A Igreja oferece a hóstia imaculada a Deus Pai, buscando a união com Cristo.
Intercessões: A Eucaristia é celebrada em comunhão com todos os membros vivos ou falecidos da Igreja.
Doxologia Final: A assembleia responde com o "Amém", expressando total assentimento à oração
eucarística. Esse "Amém" é a aclamação final de louvor e glorificação a Deus.
Ao término da homilia, inicia-se a Profissão de Fé. Quando esta se aproxima do final, o coroinha
se desloca novamente para o Ambão, a fim de auxiliar o leitor na oração dos fiéis (preces).
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Liturgia Eucarística
A Liturgia Eucarística tem início com o Ofertório, momento em que são levados ao Altar os
objetos necessários para a consagração: o cálice com a hóstia magna, as âmbulas com as partículas, as galhetas
com vinho e água, o turíbulo e a naveta (quando utilizados), além do lavabo e do copo d’água para o sacerdote.
O Missal deve ser colocado no Altar apenas no momento em que o sacerdote estiver lavando as mãos, uma
vez que não faz parte dos dons a serem apresentados.
Concluído o Ofertório, o sacerdote convida a assembleia à oração com as palavras: “Orai, irmãos
e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso”. Em seguida, recita a Oração
sobre as Oferendas e dá início ao Prefácio, que culmina com a proclamação do Santo: “Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo...”.
Na sequência, tem início a Oração Eucarística, ápice da celebração, na qual, por meio da
transubstanciação, o pão e o vinho tornam-se verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo. A Liturgia Eucarística finaliza com a Doxologia Final, logo após inicia-se o Rito da Comunhão.
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Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia
eucarística; nele se dispõem o corporal, o purificador (ou sanguinho), o Missal e o cálice, salvo se este for
preparado na credência. Em seguida são trazidas as oferendas. É de louvar que o pão e o vinho sejam
apresentados pelos fiéis. Recebidos pelo sacerdote ou pelo diácono em lugar conveniente, são depois levados
para o altar. Embora, hoje em dia, os fiéis já não tragam do seu próprio pão e vinho, como se fazia noutros
tempos, no entanto o rito desta apresentação conserva ainda valor e significado espiritual. Além do pão e do
vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser
trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora
da mesa eucarística.
Ao preparar uma refeição, é essencial dispor a mesa para acolher as pessoas, garantindo que haja
pão e vinho para todos. Esses elementos simbolizam as alegrias e os sofrimentos, as conquistas e os fracassos,
a abundância e a carência, a força e a fraqueza da vida. O ofertório jamais deve estar dissociado da Oferta de
Cristo, pois é Nele que toda oferta encontra seu verdadeiro sentido.
1. Corporal (Imagem 2)
2. Pala (Imagem 3)
3. Hóstia Magna
4. Patena (Imagem 4)
5. Sanguíneo
6. Cálice (Imagem 5)
Ordem do Ofertório
(Imagem 6)
1. Cálice, montado com a hóstia e alfaias
2. Âmbulas, com as partículas
3. Galhetas, contendo água (mão esquerda) e vinho (mão direita)
4. Turíbulo, caso haja, as brasas fumegantes
5 Lavabo, junto com a bacia e manustérgio
A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso, que os fiéis, devidamente
preparados, nela recebam, segundo o mandato do Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É
esta a finalidade da fração e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais imediata, para
a Comunhão.
Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos evoca principalmente o pão
eucarístico; igualmente se pede a purificação dos pecados, de modo que efetivamente “as coisas santas sejam
dadas aos santos”. O sacerdote formula o convite à oração, que todos os fiéis recitam juntamente com ele.
Então o sacerdote diz sozinho o embolismo, que o povo conclui com uma doxologia. O embolismo é o
desenvolvimento da última parte da oração dominical; nele se pede para toda a comunidade dos fiéis a
libertação do poder do mal. Por isso o Pai-Nosso da Missa não tem “Amém”.
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Rito da paz
Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a
família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de
comungarem no Sacramento. Quanto ao próprio sinal com que se dá a paz. Mas é conveniente que cada um
dê a paz com sobriedade apenas aos que estão mais perto de si.
Fração do Pão
O sacerdote parte o Pão Eucarístico. O gesto da fração, praticado por Cristo na última Ceia, e que
serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos,
se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação
do mundo (1 Cor 10, 17). A fração começa depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas
não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva. Este rito é
reservado ao sacerdote e ao diácono. Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice,
o cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde.
Comunhão
O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo rezando uma
oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo orando em silêncio. Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão
eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente com os fiéis,
faz um ato de humildade, utilizando as palavras evangélicas prescritas.
Enquanto o sacerdote toma o Sacramento, dá-se início ao cântico da Comunhão, que deve
exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, manifestar a alegria do coração e
realçar melhor o carácter «comunitário» da procissão daqueles que vão receber a Eucaristia. O cântico
prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento. Se se canta um hino depois da Comunhão, o cântico
da Comunhão deve terminar a tempo.
Ritos Finais
Compreender a Missa como memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo é reconhecer que
se trata do único e mesmo sacrifício do Calvário. As duas partes mais importantes da celebração são a Liturgia
da Palavra e a Liturgia Eucarística, as quais são precedidas pelos Ritos Iniciais e concluídas pelos Ritos Finais,
que possuem sua devida importância e são indissociáveis. Assim, embora a Missa seja composta por essas
quatro partes, cada uma depende da outra para a plena realização do Santo Sacrifício, não podendo ser
substituída ou suprimida.
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O correto entendimento das partes da Missa leva à consciência de que, ainda que a liturgia do dia
seja variável, aquilo que é próprio do rito permanece inalterado. Dessa forma, a estrutura indicada pelo Missal
sempre será a mesma.
Oração da Coleta
Marca o primeiro momento de uso do Missal. O librífero deve abrir o livro no formulário correspondente à
Missa que está sendo celebrada. A ordem das fitas pode variar conforme a disposição desse formulário no
Missal. Por exemplo, no Tempo Comum, utiliza-se a primeira fita, enquanto para a Missa de Nossa Senhora
Aparecida, a quinta fita. Por isso, é essencial que se saiba qual liturgia está sendo celebrada para identificar
corretamente a fita correspondente.
constitui o segundo momento de uso do Missal, durante a apresentação dos dons. Aqui, deve-se usar a
mesma fita que foi marcada para a Oração da Coleta, pois cada Missa possui um formulário específico que
contém as três orações próprias da celebração.
Préfacio
Em seguida, após a Oração sobre as Oferendas, vem o Prefácio. O librífero tem alguns segundos para
folhear corretamente o Missal e encontrar a página do Prefácio correspondente. Este sempre acompanha o
tema da liturgia do dia, ou seja, em uma Missa de Nossa Senhora, jamais será utilizado um Prefácio da
Quaresma. Compreender isso evita erros tanto na marcação prévia quanto na hora de passar a fita e indicar a
página ao sacerdote.
Oração Eucarística
A Oração Eucarística inicia-se logo após o canto do Sanctus. Esta parte do Missal não precisa ser marcada
com fita, pois já conta com etiquetas específicas. No entanto, é fundamental que nunca se use a etiqueta para
abrir diretamente o livro, pois o peso das folhas e o movimento de puxar a etiqueta podem danificá-la ou até
arrancá-la. A etiqueta serve apenas como referência para localizar a Oração Eucarística correta; para abrir o
livro na página exata, deve-se usar os dedos entre as folhas, garantindo um manuseio adequado e cuidadoso
do Missal.
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Rito da Comunhão
Após a doxologia, segue-se o rito da comunhão, que é marcado pela última etiqueta do Missal, localizada logo
abaixo da Oração Eucarística terceira (conforme as formações anteriores). Após a conclusão deste rito, o
librífero pode retirar o Missal, juntamente com o suporte, para garantir a continuidade da celebração de
maneira ordenada.
Ao término da distribuição da Eucaristia aos fiéis, o padre reza a última oração do formulário próprio da
Missa que está sendo celebrada. Esta oração encontra-se na mesma fita que foi utilizada na Oração da Coleta
e na Oração Sobre as Oferendas, garantindo a continuidade do ritmo litúrgico e a correta sequência das
orações.
Bênção Final
deve-se marcar com uma fita a bênção que sempre ocorre após o rito da comunhão. A bênção final
acompanha a liturgia do dia, sendo importante que se saiba qual Missa está sendo celebrada para fazer a
marcação adequada. Por exemplo, em uma Missa do Tempo Comum, a bênção final será a própria do
Tempo Comum; já em uma Missa dedicada a um santo, a bênção final será a específica para a festa desse
santo. Aqui, reforça-se a importância de conhecer a liturgia do dia para garantir que o Missal esteja
devidamente marcado e preparado.
Esquema da Fitas
Única Fita
Oração da Coleta
(No próprio dos santos tem somente a oração da coleta, logo será duas titas de
acordo com o índice)
Prefácio Segunda Fita
Oração Eucarística Terceira Fita ou alguma etiqueta
Rito da Comunhão Quarta Fita ou logo abaixo da Oração Eucarística V
Benção Solene Quinta Fita
O braço que sustenta o Missal deve permanecer próximo ao corpo, evitando tremores que possam
dificultar a leitura. Além disso, o coroinha deve manter uma postura respeitosa, sem encarar o padre no
momento da oração.
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Nas ações restantes Missas, o uso do incenso é facultativo, como o canto do hino de algum santo.
Movimento do turíbulo
Ductos: 2 movimentos
Ictos: 1 movimento
Antes e depois da incensação, faz inclinação profunda à pessoa ou ao objeto que é incensado;
não, porém, ao altar nem às oferendas recebidas para o sacrifício da Missa.
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Ordem de incensação
Neste encontro, vamos passar tudo o que um coroinha precisa saber para realizar sua função nas
celebrações. Para que todos vivenciem este momento de forma plena, é importante que os candidatos tragam
suas vestes litúrgicas para participar com elas. Também será ensaiado o rito de instituição, para que todos
possam se familiarizar com ele antes da cerimônia oficial.
Além disso, vamos explicar o funcionamento da Pastoral dos Coroinhas e Cerimoniários, como a
coordenação atual e o grupo de articulação (quem são, como atuam), além de falar sobre a participação nas
atividades paroquiais, como o Retiro dos Coroinhas, o Tríduo de São Tarcísio e os encontros mensais.
Também discutiremos a contribuição do caixa comum, no valor de 2 reais mensais, para cobrir os custos dos
encontros e outras necessidades da pastoral.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Gostaríamos de agradecer a Deus, que continua a chamar crianças e jovens para este belo
ministério da nossa Igreja. Pedimos a intercessão de Santo Antônio, nosso padroeiro, para que sejamos firmes
na missão que Deus nos confia. Também confiamos nossa oração a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, para
que nos conduza até Jesus e que sejamos obedientes ao Seu chamado. Por fim, agradecemos ao nosso Pároco,
Pe. Rodrigo, pelos cuidados pastorais com esta porção do povo de Deus em nossa cidade de Lajedo. Rogo a
Deus para que, juntos, sejamos fiéis ao Seu chamado e vivamos na Sua graça.
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