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Apostila Formativa para Coroinhas

A Apostila Formativa para Coroinhas da Paróquia de Santo Antônio aborda a importância do ministério dos coroinhas, destacando seu papel como defensores da Eucaristia e sua missão de servir ao altar com zelo e responsabilidade. O documento também explora a história de São Tarcísio, a obediência e as responsabilidades dos coroinhas, além de detalhar as ordens hierárquicas e os objetos litúrgicos utilizados nas celebrações. A formação enfatiza a necessidade de discrição, silêncio e zelo na liturgia, preparando os coroinhas para uma participação ativa e respeitosa nas celebrações eucarísticas.

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Apostila Formativa para Coroinhas

A Apostila Formativa para Coroinhas da Paróquia de Santo Antônio aborda a importância do ministério dos coroinhas, destacando seu papel como defensores da Eucaristia e sua missão de servir ao altar com zelo e responsabilidade. O documento também explora a história de São Tarcísio, a obediência e as responsabilidades dos coroinhas, além de detalhar as ordens hierárquicas e os objetos litúrgicos utilizados nas celebrações. A formação enfatiza a necessidade de discrição, silêncio e zelo na liturgia, preparando os coroinhas para uma participação ativa e respeitosa nas celebrações eucarísticas.

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DIOCESE DE GARANHUS

PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO – LAJEDO


Pastoral dos Coroinhas e Cerimoniários

APOSTILA FORMATIVA
PARA COROINHAS

Equipe Formativa:
Eduardo Oliveira, Iane Caroline, Igor Luan e Maria Eloyse
Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

Sumário

São Tarcísio, a história de um mártir defensor da Eucaristia........................................................................... 5

Discrição ......................................................................................................................................................... 6

Silêncio ........................................................................................................................................................... 6

Zelo ................................................................................................................................................................. 6

Ordens Hierárquicas........................................................................................................................................ 7

Ordens Ministeriais ......................................................................................................................................... 7

Advento ........................................................................................................................................................ 10

Natal ............................................................................................................................................................. 10

Tempo Comum ............................................................................................................................................. 10

Quaresma ...................................................................................................................................................... 11

Tempo da Páscoa .......................................................................................................................................... 11

Organização da Procissão de Entrada........................................................................................................ 11

Ato Penitencial – Senhor, tende piedade ................................................................................................... 12

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

Glõria in Excelsis ...................................................................................................................................... 12

Oração (Coleta) ......................................................................................................................................... 12

Liturgia da Palavra I .................................................................................................................................. 13

Liturgia Eucarística I ................................................................................................................................ 14

Liturgia da Palavra II ................................................................................................................................ 14

Liturgia Eucarística II ............................................................................................................................... 15

Montagem do cálice .................................................................................................................................. 16

Ordem do Ofertório ................................................................................................................................... 16

Oração dominical (Pai-Nosso) .................................................................................................................. 16

Rito da paz ................................................................................................................................................ 17

Fração do Pão............................................................................................................................................ 17

Comunhão ................................................................................................................................................. 17

Ritos Finais ............................................................................................................................................... 17

Ordem do uso do Missal ........................................................................................................................... 18

Esquema da Fitas ...................................................................................................................................... 19

Páginas para memorizar ............................................................................................................................ 19

Como apresentar o livro ao celebrante ...................................................................................................... 19

Momentos que se usa o turíbulo ................................................................................................................ 20

Movimento do turíbulo ............................................................................................................................. 20

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

Ordem de incensação ................................................................................................................................ 21

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

SER COROINHA: CHAMADO AO SERVIÇO DO ALTAR

Os coroinhas são crianças e adolescentes chamados a vivenciar, em sua caminhada, a experiência


do discipulado e do serviço à comunidade, com especial dedicação às Celebrações Eucarísticas. Desde a
infância, são convidados a oferecer parte de sua vida no testemunho de Jesus Cristo, cultivando uma íntima
relação com Ele por meio do serviço ao Altar.

Por exercerem um ministério diretamente ligado ao altar e à comunidade, os coroinhas possuem a


missão de zelar pelo ambiente sagrado, promovendo um espaço favorável à oração e à vivência litúrgica. Além
disso, são chamados a defender e reverenciar a Eucaristia, seguindo o exemplo de seu padroeiro, São Tarcísio,
que entregou sua vida para proteger este sublime mistério da fé.

São Tarcísio, a história de um mártir defensor da Eucaristia

Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da


perseguição do imperador. Ele era acólito do Papa Sisto II, servindo ao altar
nos serviços secundários, acompanhando o Santo Papa na celebração
eucarística. Nas prisões, os detentos desejavam receber o conforto final da
Eucaristia. O Papa Sisto II queria levar o Pão Sagrado a mais um grupo de
mártires que esperavam a execução, mas não sabia como. Foi quando
Tarcísio pediu ao Santo Papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as
hóstias a nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade. Comovido, o Papa
Sisto II o abençoou e lhe deu uma caixinha de prata com as hóstias. Mas
Tarcísio não conseguiu chegar a cadeia.

No caminho foi identificado e como se recusou a dizer e entregar


o que portava, foi abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi
revistado e nada acharam do Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido
por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde
foi sepultado. Seu corpo repousa na Basílica de são Silvestre, em Roma.

OBEDIÊNCIA E RESPONSABILIDADES DO COROINHA

A Pastoral dos Coroinhas é legitimamente reconhecida como um grupo eclesial, tendo seu serviço
ao Altar validado pela Igreja. Nesse ministério, crianças, adolescentes e jovens oferecem diariamente suas
vidas, assumindo sua missão com obediência e responsabilidade, em fidelidade ao "sim" proferido no dia de
sua instituição.

Conforme as diretrizes da Pastoral dos Coroinhas e Cerimoniários da Paróquia de Santo Antônio,


dois documentos fundamentais regulamentam essa missão: o Decreto Sobre Coroinhas e Afins e o Estatuto
Pastoral. A finalidade desses documentos é assegurar a harmonia pastoral e a organização do serviço prestado
à Igreja. Não se trata de formalizar o encontro com Deus, mas de garantir uma celebração digna e contribuir
para a missão evangelizadora da Igreja.

VOCAÇÃO E MISSÃO: O SERVIÇO NA LITURGIA

Ingressar no ministério dos coroinhas ou em qualquer pastoral eclesial é responder com um "sim"
ao chamado que Cristo faz ao coração. Trata-se de um serviço realizado sem medir esforços, com
disponibilidade para as mais diversas situações e dedicação ao altar com amor. Ser coroinha significa estar

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

sempre pronto para servir nas Missas, seguindo a escala por amor e não por mera obrigação, sem escolher
com quem atuar ou qual sacerdote presidirá a celebração, permitindo que o Espírito Santo conduza este
ministério. A missão do coroinha é auxiliar a assembleia a rezar durante a celebração, servindo ao Altar com
o coração inspirado em Cristo, que passou pelo mundo ajudando os necessitados e pregando com humildade.
Assim, é essencial compreender o caráter missionário desse ministério na Igreja, testemunhando e anunciando
o Evangelho aos pequenos, aos pobres, aos enfermos e aos pecadores que buscam a salvação como membros
do Corpo Místico de Cristo.

Servir no altar exige educação, respeito e maturidade para enfrentar os desafios e situações que
possam surgir. O amor, a humildade e a caridade são virtudes fundamentais para essa missão, pois, sem elas,
ainda que todas as funções litúrgicas fossem perfeitamente executadas, a essência do verdadeiro coroinha não
estaria presente.

GESTOS E POSTURA NA LITURGIA

O testemunho do coroinha reflete o amor pelo ambiente litúrgico, pois sua missão é auxiliar a
assembleia na oração e contribuir para a dignidade da celebração. É fundamental que compreenda a
importância de sua postura na Santa Missa, que deve estar fundamentada em três aspectos essenciais:
discrição, silêncio e zelo.

Discrição

O coroinha tem como princípio fundamental a discrição, sendo chamado a atuar com sobriedade
e zelo pelo decoro litúrgico. Sua postura deve refletir esse compromisso, desde a maneira de caminhar até a
forma de se comunicar com os demais coroinhas no presbitério. Aprender a expressar-se pelo olhar é essencial,
pois isso favorece a harmonia da celebração e ajuda a manter a assembleia concentrada na oração e na reflexão.

Silêncio

Ser silêncio é deixar o Espírito Santo agir em nosso coração através do serviço, pois assim
conseguimos viver bem a liturgia. Porém, o silêncio perpassa a dimensão espiritual, pois devemos ser
silenciosos em nosso cotidiano, sem ações escandalosas ou espalhafatosas. Somos coroinhas, com túnica ou
sem ela; em todos os ambientes, devemos ser silenciosos. Por isso, desde o agir, devemos ser silenciosos.

Zelo

O zelo do coroinha manifesta-se no cuidado com o sagrado, desde o simples copo de água
oferecido ao sacerdote até o cálice que conterá o vinho para a consagração. Esse compromisso exige uma
comunhão sincera com o ambiente litúrgico, reconhecendo a grandiosidade da ação extraordinária que
ocorrerá: a transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor. Ser zeloso significa cuidar dos
objetos litúrgicos, das pessoas e, acima de tudo, da Eucaristia, que se faz presente tão próxima ao serviço
desempenhado no altar.

GRAUS DE ORDEM

A Ordem é um dos sete sacramentos da Igreja Católica, conferindo a graça e a missão de exercer
ministérios e funções eclesiásticas voltados ao culto divino e à salvação das almas, sendo desempenhados com
santidade. Pelo Batismo e pela Confirmação, todos os fiéis participam do sacerdócio de Cristo. No entanto,
aqueles que recebem o sacramento da Ordem são constituídos no sacerdócio ministerial ou hierárquico, que
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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

se distingue do sacerdócio comum dos fiéis, pois lhes é conferida a autoridade para servir e santificar o povo
de Deus de maneira específica.

Ordens Hierárquicas

• Ordens Menores: As que não consagravam de modo definitivo quem as recebia, Hostiário, Leitor,
Exorcista e Acólito
• Ordens Maiores: As que consagravam de modo definitivo ao serviço de Deus, Diaconato, Presbiterado
E Episcopado.

Ordens Ministeriais

• Diácono

Na Igreja Católica, o Diácono é o primeiro grau do Sacramento da Ordem, sendo ordenado para o
serviço da caridade, da proclamação da Palavra de Deus e da liturgia, e não para o sacerdócio. Ele é um
ministro religioso que, após aproximadamente sete anos de estudos, está no final do processo de formação
para a carreira clerical. Os diáconos podem ser permanentes, ou seja, casados, solteiros ou viúvos. No caso
dos casados, é necessário o consentimento da esposa e que a família viva conforme os valores cristãos. A
ordenação de diáconos viúvos exige celibato, e eles não podem mais se casar após a ordenação.

O diácono pode celebrar alguns sacramentos, como batismos e matrimônios, além de abençoar
casamentos, fazer pregações e dar homilias. No entanto, ele não consagra a Eucaristia, não unge enfermos e
não ouve confissões. Ele colabora com o Bispo e os presbíteros no serviço à comunidade, especialmente na
Palavra, liturgia e caridade. Além disso, pode administrar igrejas, aconselhar fiéis e realizar obras de caridade
e piedade.

• Padre ou presbítero

O padre vive como Jesus na comunidade, assumindo a responsabilidade de orientar, cuidar e guiar
o povo, assim como o pai em uma família. Na comunidade paroquial, o padre tem a missão de orientar as
famílias, ouvir, reunir e administrar os sacramentos, além de transmitir a Palavra de Deus para a formação do
cristão.

As quatro grandes missões do padre são:

 Pregar a Palavra
 Celebrar os sacramentos
 Governar o povo de Deus
 Santificar o rebanho, buscando também a santidade

O sacerdote tem o dever de ensinar o Evangelho, convidando todos à conversão e santidade. Ele
administra os sacramentos, sendo especialmente a Eucaristia o alimento espiritual dos cristãos. Pelo Batismo,
o padre introduz o fiel no povo de Deus; pela Penitência (Confissão), reconcilia o pecador com Deus; pela
Unção dos Enfermos, oferece consolo aos doentes; pela celebração da Missa, oferece o sacrifício de Cristo;
pelo Matrimônio, abençoa a união dos esposos; e, caso necessário, pela Confirmação (Crisma), confirma o
Batismo.

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

• Bispo

São Pedro, de acordo com a história da Igreja, foi o primeiro bispo em Roma. No conceito católico,
os bispos são considerados sucessores dos apóstolos, recebendo com a ordenação episcopal a missão de
santificar, ensinar e governar dentro de uma circunscrição definida, como uma diocese, arquidiocese ou
prelazia. O episcopado representa o último e mais alto grau do sacramento da Ordem.

O bispo é a autoridade máxima da Igreja local (diocese), tanto no aspecto de jurisdição quanto de
magistério. Compete a ele ministrar o sacramento da Ordem de maneira exclusiva, além de administrar o
sacramento da Crisma. Os bispos também têm a função exclusiva de ordenar presbíteros e diáconos, além de
conferir ministérios. Os bispos católicos exibem em seu brasão de armas a cruz episcopal e o capelo verde
com 12 borlas. Para que um padre se torne bispo, são necessários pré-requisitos como fé sólida, piedade, zelo,
boa reputação e uma formação acadêmica teológica (mestrado ou doutorado). Contudo, tornar-se bispo é uma
escolha rara, determinada pelo Papa.

VESTES LITÚRGICAS

• Amito (Imagem 1)
• Alva (Imagem 2)
• Cíngulo (Imagem 3)
• Estola (Imagem 4)
• Casula (Imagem 5)
• Véu Umeral (Imagem 6) (Imagem 1) (Imagem 2)
• Capa Pluvial (Imagem 7)
• Dalmática (Imagem 8)

(Imagem 3) (Imagem 4) (Imagem 5) (Imagem 6)

(Imagem 7) (Imagem 8)

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

OBJETOS E TEMPOS LITÚRGICOS

• Altar: Mesa onde se realiza a Ceia Eucarística; representa o próprio Jesus na Liturgia.
• Cálice: Taça onde se coloca o vinho que será consagrado.
• Patena: Prato onde é colocada a Hóstia Grande que será consagrada e apresentada aos fiéis;
acompanha o estilo do cálice.
• Corporal: Pano quadrangular de linho com uma cruz no centro; sobre ele são colocados o cálice, a
patena e a âmbula para a consagração.
• Pala: Cobertura quadrangular para o cálice.
• Galhetas: Recipientes onde se coloca a água e o vinho para serem usados na Celebração Eucarística.
• Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima dele, lembrando que a Ceia do Senhor é inseparável de seu
Sacrifício Redentor.
• Lecionário: Livros que contêm as leituras da Missa: Lecionário Dominical (leituras dos Domingos e
solenidades), Lecionário Semanal (leituras da semana), Lecionário Santoral (leituras dos dias de
santos e festas).
• Manustérgio: Toalha usada para purificar as mãos antes, durante e depois do ato litúrgico.
• Missal: Livro que contém o ritual da missa e a oração eucarística, excluindo as leituras.
• Ostensório ou Custódia: Objeto utilizado para expor o Santíssimo ou para levá-lo em procissão.
• Teca: Pequeno recipiente onde se leva a comunhão para pessoas impossibilitadas de ir à missa.
• Ambão: Estante onde é proclamada a Palavra de Deus; simboliza o sepulcro vazio de Cristo, de onde
parte a Boa Nova da Ressurreição.
• Incenso: Resina de aroma suave que, ao ser queimada, simboliza as orações elevadas a Deus.
• Naveta: Objeto utilizado para colocar o incenso antes de queimá-lo no turíbulo.
• Turíbulo: Recipiente de metal usado para queimar o incenso.
• Alfaias: Designa todos os objetos encapados com tecido usados junto aos vasos sagrados.
• Andor: Suporte de madeira enfeitado com flores, utilizado para levar as imagens dos santos nas
procissões.
• Aspersório: Utilizado para aspergir o povo com água-benta; também conhecido como aspergil ou
asperges.
• Bacia: Usada com o jarro para as purificações litúrgicas.
• Báculo: Bastão ou cajado utilizado pelos bispos, representando seu papel como pastor do rebanho.
• Batistério: O mesmo que pia batismal; local onde acontecem os batismos.
• Caldeirinha: Vasilha de água-benta.
• Sineta: Sininhos tocados pelo coroinha no momento da consagração e do Glória em solenidades
• Castiçais: Suportes para as velas.
• Sedia: Cadeira no centro do presbitério, usada pelo celebrante, que manifesta a função de presidir o
culto; também chamada de cátedra.
• Círio Pascal: Vela grande onde se pode ler "ALFA" e "ÔMEGA" (Cristo: começo e fim) e o ano em
curso, com grãos de incenso representando as cinco chagas de Cristo. Usado na Vigília Pascal,
durante o Tempo Pascal e nos batismos. Simboliza Cristo, luz do mundo.
• Âmbula: Recipiente onde se guarda o Corpo de Cristo.
• Conopeu: Cortina colocada na frente do sacrário.
• Credência: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos do culto.
• Cruz Processional: Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões.
• Cruz Peitoral: Crucifixo dos bispos.
• Esculturas ou Imagens: Existentes nas igrejas desde os primeiros séculos, com a finalidade litúrgica
de ajudar a mergulhar nos mistérios da vida de Cristo.
• Genuflexório: Parte dos bancos da Igreja, que facilita o momento de ajoelhar-se.
• Partícula: Pão Eucarístico.

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

• Hóstia Magna: Utilizada pelo celebrante; maior apenas por uma questão prática, para que todos
possam vê-la na hora da elevação, após a consagração.
• Jarro: Usado durante a purificação e faz parte do lavabo.
• Lamparina: Lâmpada do Santíssimo.
• Lavatório: Pia da Sacristia, com toalha e sabonete para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e
depois da celebração.
• Livros Litúrgicos: Livros que auxiliam na liturgia, como o lecionário, missal, rituais, pontifical,
gradual, antifonal.
• Luneta: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a hóstia grande dentro do ostensório.
• Matraca: Instrumento de madeira que produz barulho, substituindo os sinos durante a Semana
Santa.
• Sanguíneo: Pano retangular utilizado para purificar os vasos sagrados (cálice, patena e âmbulas).
• Relicário: Onde são guardadas as relíquias dos santos.
• Sacrário: Caixa onde é guardada a Eucaristia após a celebração; também conhecido como
Tabernáculo.
• Santa Reserva: Eucaristia guardada no Sacrário.

TEMPOS LITÚRGICOS

O Ano Litúrgico é um calendário religioso que contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação.
Ele é dividido em cinco tempos litúrgicos: Advento, Natal, Tempo Comum, Quaresma e Páscoa.

Advento

O Advento inicia o Ano Litúrgico, começando


quatro domingos antes do Natal, com duração de quatro
semanas, e termina no dia 24 de dezembro. A cor
litúrgica desse tempo é o roxo, e a espiritualidade
prepara os fiéis para a Vinda do Senhor.

Natal

O tempo seguinte é o Natal, que


começa no dia 25 de dezembro e vai até a Festa
do Batismo de Jesus, no dia 7 de janeiro. A cor
litúrgica desse período é o branco,
simbolizando a alegria e fraternidade.

Tempo Comum

Após o Batismo de Jesus, entra-se no


Tempo Comum, que tem duas partes: a primeira vai
até a terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas; a segunda
começa na segunda-feira após Pentecostes e vai até o sábado
anterior ao primeiro domingo do Advento. A cor litúrgica é o verde,
simbolizando a continuidade e o crescimento na fé.

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

Quaresma

A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no domingo da Ressurreição. A cor


litúrgica é o roxo, que simboliza penitência e conversão, convidando os fiéis a refletirem sobre suas ações e
buscarem renovação espiritual.

Tempo da Páscoa

Na Páscoa, que começa na Quinta-feira Santa e vai até Pentecostes, a cor litúrgica é o branco. Esse período
é marcado pela alegria da Ressurreição de Cristo, com um clima de celebração e renovação da fé.

A MISSA

Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do


sacerdote que representa a pessoa de Cristo, para celebrar o memorial do Senhor ou sacrifício eucarístico. A
esta assembleia local da Santa Igreja se aplica eminentemente a promessa de Cristo: “Onde estiverem dois ou
três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18, 20). Com efeito, na celebração da Missa, em
que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está realmente presente: na própria assembleia congregada em seu
nome, na pessoa do ministro, na sua palavra e, ainda, de uma forma substancial e permanente, sob as espécies
eucarísticas.

A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas
duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas que constituem um único ato de Culto Divino. De
fato, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis
recebem instrução e alimento. Há ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a celebração, como os ritos
iniciais e ritos finais.

PROCISSÃO DE ENTRADA

Reunido o povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os ministros, inicia-se o cântico de
entrada. A finalidade deste cântico é dar início à celebração, favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-
los no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do
sacerdote e dos ministros. Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por todos
os fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la à
maneira de admonição inicial (cf. n. 31). Saudação do altar e da assembleia. Chegados ao presbitério, o
sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com inclinação profunda.

Organização da Procissão de Entrada


 Turiferário e Naveteiro
 Cruciferário, ladeado pelos Ceroferários
 Coroinhas diversos
 Cerimoniários diversos
 Seminaristas (caso haja)
 Diácono com o livro dos Evangelhos (caso haja)
 Diáconos diversos (caso haja)
 Padres
 Bispo
 Diáconos assistentes (caso haja
 Baculífero (à esquerda) e Mitrífero (à direita)
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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

RITOS INICIAIS I: O INGRESSO NA CELEBRAÇÃO

Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie Eleison,
Glória e oração coleta – têm o carácter de exórdio, introdução e preparação. É sua finalidade estabelecer a
comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem
dignamente a Eucaristia. Em algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à
Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico.

Ato Penitencial – Senhor, tende piedade

Toda a assembleia permanece de pé. Após o Ato Penitencial, inicia-se o Kyrie, a menos que já
tenha sido cantado ou rezado durante o próprio ato penitencial. Nesta aclamação, os fiéis pedem a misericórdia
do Senhor e louvam Jesus por Seu perdão. Por norma, essa aclamação é repetida duas vezes, embora possam
ocorrer variações no número de repetições, caso necessário. Se não for cantado, será recitado.

Glória in Excelsis

A assembleia permanece de pé. Este hino, de origem muito antiga (século II), expressa o louvor
da Igreja ao Deus Pai e ao Cordeiro, em comunhão com o Espírito Santo. É cantado ou recitado nas Missas
dominicais, solenidades e festas dos santos. Durante o Advento e a Quaresma, o Glória não é cantado ou
recitado, assim como nos dias de semana, para manter seu caráter solene.

 Em algumas ocasiões, podem ser cantados outros hinos, mas é importante observar que o texto do Glória
não pode ser substituído por outro (conforme o n. 53 da IGMR).
 O mesmo se aplica aos hinos do Santo e do Cordeiro de Deus, que também não podem ser substituídos
(cf. n. 366 da IGMR).

Oração (Coleta)

A assembleia permanece de pé. Esta oração encerra o rito inicial da Missa. O sacerdote convida a
assembleia a rezar (com as palavras "Oremos"), e todos permanecem em silêncio por alguns momentos,
tomando consciência da presença de Deus e preparando-se para fazer seus pedidos de forma interior. O
sacerdote então faz a oração, chamada "coleta", que resume a intenção da celebração. A oração é concluída
com o "Amém", pronunciado pela assembleia. Na oração da coleta, são percebidos os seguintes elementos:
invocação, pedido e finalidade.

RITOS INICIAIS II

O coroinha deve estar atento durante toda a celebração, especialmente nos ritos iniciais, pois é nesse
momento que a liturgia deve ser conduzida adequadamente. Um bom início é essencial para que toda a
celebração transcorra bem.

Ao iniciar a Missa com a procissão de entrada, caso haja incenso, o padre se voltará para o turiferário e o
naveteiro, impondo o incenso no turíbulo, abençoando-o e incensando o altar com seuência de ictus.
Finalizada a incensação, o padre invoca a Trindade Santa, saúda o povo e profere o ato penitencial. Após
este ato, o presidente absolve o povo e, em seguida, exalta a Deus com o Hino de Louvor, o Glória.

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

Neste momento, o coroinha que estiver com o Missal deve se preparar para, quando o presidente exortar
'Oremos', abrir o Missal na Oração da Coleta e, por conseguinte leva-lo para o local apropriado e organizar
para as próximas orações.

LITURGIA DA PALAVRA E LITURGIA EUCARÍSTICA I

A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura com os
cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal
ou oração dos fiéis. Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da
redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no
meio dos fiéis.

Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por meio do qual, todas as vezes
que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que
fizessem em sua memória, se torna continuamente presente o sacrifício da cruz.

Liturgia da Palavra

 Primeira Leitura: A assembleia permanece sentada. Geralmente, é tirada dos livros históricos ou
proféticos da Bíblia, anunciando a salvação que se realiza em Jesus Cristo. A leitura é proclamada por um
fiel ou religioso (a) da mesa da Palavra (Ambão). Ao final, o leitor diz: "Palavra do Senhor", e todos
respondem: "Graças a Deus".

 Salmo Responsorial: A assembleia permanece sentada. O Salmo é proclamado ou cantado da mesa da


Palavra por um fiel ou religioso (a). A assembleia responde ao refrão após os versículos do Salmista.
 Segunda Leitura: A assembleia permanece sentada. Normalmente retirada das cartas dos apóstolos, que
ensinam a vivência do mistério de Cristo. A leitura também é proclamada da mesa da Palavra por um fiel
ou religioso (a), com a mesma resposta: "Graças a Deus".

 Canto de Aclamação ao Evangelho: A assembleia fica de pé. Este canto é um rito de saudação ao Senhor
que vai falar através do Evangelho. O Aleluia é cantado, exceto durante a Quaresma, quando é substituído
por um versículo. Durante a Quaresma, também pode ser cantado um outro salmo ou trato.

 Sinal da Cruz: A assembleia de pé. O sacerdote ou diácono faz o sinal da cruz sobre o Evangelho,
enquanto cada fiel se persigna, pedindo a purificação de seus pensamentos, palavras e coração.

 Evangelho: A assembleia escuta de pé. Proclamado pelo Padre ou Diácono, o Evangelho é o ponto
culminante da Liturgia da Palavra, sinalizando a presença de Cristo. Dois ministros ou acólitos seguram
velas próximas ao Ambão, destacando a proclamação.

 Homilia: A assembleia sentada. Feita pelo Bispo, Padre ou Diácono, a homilia tem o objetivo de relacionar
a Palavra de Deus com a vida dos fiéis, convidando-os a praticar os ensinamentos do Evangelho.

 Oração do Credo (Profissão de Fé): A assembleia de pé. A profissão de fé é proclamada por todos,
reafirmando os grandes mistérios da fé. Não se deve substituir o "Creio" por outras formulações que não
expressem a fé litúrgica.

 Oração dos Fiéis (Preces): A assembleia de pé. As intenções de oração são relacionadas ao Evangelho,
às necessidades da Igreja, dos governantes, dos que sofrem e da comunidade local. Pode ser cantada ou

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

recitada, com todos respondendo conforme acordado. O sacerdote introduz a oração com uma breve
exortação e conclui com uma súplica.

Liturgia Eucarística

 Preparação dos Dons: Durante a Liturgia Eucarística, o altar é preparado, colocando-se sobre ele o
corporal, purificatório, missal e cálice, sendo o centro da ação litúrgica. As oferendas (pão e vinho) são
trazidas ao altar pelos fiéis, juntamente com outras doações, como dinheiro para os pobres ou a Igreja. O
canto do ofertório acompanha a procissão, prolongando-se até que as oferendas sejam colocadas no altar.
 Sentido das Gotas de Água no Vinho: A água no vinho simboliza o povo de Deus e o Batismo, enquanto
o vinho representa o sangue de Cristo, especialmente sua Paixão. As gotas de água, ao se dissolverem no
vinho, expressam a união dos fiéis com Cristo.
 Lavabo: O sacerdote lava as mãos, expressando o desejo de purificação interior.
 Oração sobre as Oferendas: Após as oferendas serem colocadas sobre o altar, o sacerdote convida os
fiéis a rezar antes da oração eucarística.

 Oração Eucarística: É o centro da Missa, com o sacerdote conduzindo a oração de ação de graças. A
assembleia se une a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus. A oração inclui o Prefácio, o Santo
(canto ou recitação do "Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo"), e a Epiclese, onde o sacerdote
invoca o Espírito Santo para que as oferendas se tornem o Corpo e Sangue de Cristo.

 Narrativa da Ceia e Consagração: Ajoelhados, os fiéis participam da consagração do pão e vinho,


lembrando a Última Ceia. Durante este momento de adoração, não devem ser feitos outros cantos ou
orações, exceto as aclamações do povo.

 Anamnese: A assembleia faz a memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

 Oblação: A Igreja oferece a hóstia imaculada a Deus Pai, buscando a união com Cristo.

 Intercessões: A Eucaristia é celebrada em comunhão com todos os membros vivos ou falecidos da Igreja.

 Doxologia Final: A assembleia responde com o "Amém", expressando total assentimento à oração
eucarística. Esse "Amém" é a aclamação final de louvor e glorificação a Deus.

LITURGIA DA PALAVRA E LITURGIA EUCARÍSTICA II


Liturgia da Palavra

Durante a Oração da Coleta, o coroinha ou cerimoniário deve se dirigir discretamente ao Ambão.


Ao chegar lá, abre o lecionário e liga o microfone, de modo a prepará-lo para os leitores e o salmista. Após a
segunda leitura, o coroinha desliga o microfone e retorna ao seu lugar. Caso o Evangeliário seja utilizado, o
coroinha ou cerimoniário retira o lecionário e o guarda adequadamente. Quando o Evangelho for proclamado,
o coroinha ou cerimoniário retorna com o lecionário e guarda o Evangeliário.

Ao término da homilia, inicia-se a Profissão de Fé. Quando esta se aproxima do final, o coroinha
se desloca novamente para o Ambão, a fim de auxiliar o leitor na oração dos fiéis (preces).

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

Liturgia Eucarística

A Liturgia Eucarística tem início com o Ofertório, momento em que são levados ao Altar os
objetos necessários para a consagração: o cálice com a hóstia magna, as âmbulas com as partículas, as galhetas
com vinho e água, o turíbulo e a naveta (quando utilizados), além do lavabo e do copo d’água para o sacerdote.
O Missal deve ser colocado no Altar apenas no momento em que o sacerdote estiver lavando as mãos, uma
vez que não faz parte dos dons a serem apresentados.

Concluído o Ofertório, o sacerdote convida a assembleia à oração com as palavras: “Orai, irmãos
e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso”. Em seguida, recita a Oração
sobre as Oferendas e dá início ao Prefácio, que culmina com a proclamação do Santo: “Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo...”.

Na sequência, tem início a Oração Eucarística, ápice da celebração, na qual, por meio da
transubstanciação, o pão e o vinho tornam-se verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo. A Liturgia Eucarística finaliza com a Doxologia Final, logo após inicia-se o Rito da Comunhão.

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

APRESENTAÇÃO DOS DONS: O OFERTÓRIO

Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia
eucarística; nele se dispõem o corporal, o purificador (ou sanguinho), o Missal e o cálice, salvo se este for
preparado na credência. Em seguida são trazidas as oferendas. É de louvar que o pão e o vinho sejam
apresentados pelos fiéis. Recebidos pelo sacerdote ou pelo diácono em lugar conveniente, são depois levados
para o altar. Embora, hoje em dia, os fiéis já não tragam do seu próprio pão e vinho, como se fazia noutros
tempos, no entanto o rito desta apresentação conserva ainda valor e significado espiritual. Além do pão e do
vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser
trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora
da mesa eucarística.

Ao preparar uma refeição, é essencial dispor a mesa para acolher as pessoas, garantindo que haja
pão e vinho para todos. Esses elementos simbolizam as alegrias e os sofrimentos, as conquistas e os fracassos,
a abundância e a carência, a força e a fraqueza da vida. O ofertório jamais deve estar dissociado da Oferta de
Cristo, pois é Nele que toda oferta encontra seu verdadeiro sentido.

Montagem do cálice (Imagem 1)

1. Corporal (Imagem 2)
2. Pala (Imagem 3)
3. Hóstia Magna
4. Patena (Imagem 4)
5. Sanguíneo
6. Cálice (Imagem 5)
Ordem do Ofertório
(Imagem 6)
1. Cálice, montado com a hóstia e alfaias
2. Âmbulas, com as partículas
3. Galhetas, contendo água (mão esquerda) e vinho (mão direita)
4. Turíbulo, caso haja, as brasas fumegantes
5 Lavabo, junto com a bacia e manustérgio

RITO DA COMUNHÃO E RITOS FINAIS

A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso, que os fiéis, devidamente
preparados, nela recebam, segundo o mandato do Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É
esta a finalidade da fração e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais imediata, para
a Comunhão.

Oração dominical (Pai-Nosso)

Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos evoca principalmente o pão
eucarístico; igualmente se pede a purificação dos pecados, de modo que efetivamente “as coisas santas sejam
dadas aos santos”. O sacerdote formula o convite à oração, que todos os fiéis recitam juntamente com ele.
Então o sacerdote diz sozinho o embolismo, que o povo conclui com uma doxologia. O embolismo é o
desenvolvimento da última parte da oração dominical; nele se pede para toda a comunidade dos fiéis a
libertação do poder do mal. Por isso o Pai-Nosso da Missa não tem “Amém”.

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Rito da paz

Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a
família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de
comungarem no Sacramento. Quanto ao próprio sinal com que se dá a paz. Mas é conveniente que cada um
dê a paz com sobriedade apenas aos que estão mais perto de si.

Fração do Pão

O sacerdote parte o Pão Eucarístico. O gesto da fração, praticado por Cristo na última Ceia, e que
serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos,
se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação
do mundo (1 Cor 10, 17). A fração começa depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas
não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva. Este rito é
reservado ao sacerdote e ao diácono. Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice,
o cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde.

Comunhão

O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo rezando uma
oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo orando em silêncio. Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão
eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente com os fiéis,
faz um ato de humildade, utilizando as palavras evangélicas prescritas.

Enquanto o sacerdote toma o Sacramento, dá-se início ao cântico da Comunhão, que deve
exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, manifestar a alegria do coração e
realçar melhor o carácter «comunitário» da procissão daqueles que vão receber a Eucaristia. O cântico
prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento. Se se canta um hino depois da Comunhão, o cântico
da Comunhão deve terminar a tempo.

Ritos Finais

O rito de conclusão consta de:

1. Notícias breves, se forem necessárias;


2. Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e
amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção;
3. Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou sacerdote;
4. Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do
sacerdote, do diácono, e dos outros ministros.

LIVROS LITÚRGICOS: O MISSAL

Compreender a Missa como memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo é reconhecer que
se trata do único e mesmo sacrifício do Calvário. As duas partes mais importantes da celebração são a Liturgia
da Palavra e a Liturgia Eucarística, as quais são precedidas pelos Ritos Iniciais e concluídas pelos Ritos Finais,
que possuem sua devida importância e são indissociáveis. Assim, embora a Missa seja composta por essas
quatro partes, cada uma depende da outra para a plena realização do Santo Sacrifício, não podendo ser
substituída ou suprimida.
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O correto entendimento das partes da Missa leva à consciência de que, ainda que a liturgia do dia
seja variável, aquilo que é próprio do rito permanece inalterado. Dessa forma, a estrutura indicada pelo Missal
sempre será a mesma.

1. Oração da Coleta, primeira oração ou o primeiro ‘Oremos’.


2. Oração sobre as oferendas, segunda oração e antecede o prefácio.
3. Prefácio, antecede a oração eucarística e rende graças a Deus pela obra salvífica.
4. Oração Eucarística, o ápice da celebração, proclama as maravilhas de Deus.
5. Rito da comunhão, o Corpo e Sangue de Cristo é recebido como alimento e prossegue depois da oração
eucarística
6. Oração depois da comunhão, terceira e ultima oração ou último ‘Oremos’
7. Benção Final, usada em solenidades, assim que o presidente dizer : ‘O Senhor esteja convosco’, o
Missal é aberto

Ordem do uso do Missal

 Oração da Coleta

Marca o primeiro momento de uso do Missal. O librífero deve abrir o livro no formulário correspondente à
Missa que está sendo celebrada. A ordem das fitas pode variar conforme a disposição desse formulário no
Missal. Por exemplo, no Tempo Comum, utiliza-se a primeira fita, enquanto para a Missa de Nossa Senhora
Aparecida, a quinta fita. Por isso, é essencial que se saiba qual liturgia está sendo celebrada para identificar
corretamente a fita correspondente.

 A Oração sobre as Oferendas

constitui o segundo momento de uso do Missal, durante a apresentação dos dons. Aqui, deve-se usar a
mesma fita que foi marcada para a Oração da Coleta, pois cada Missa possui um formulário específico que
contém as três orações próprias da celebração.

 Préfacio

Em seguida, após a Oração sobre as Oferendas, vem o Prefácio. O librífero tem alguns segundos para
folhear corretamente o Missal e encontrar a página do Prefácio correspondente. Este sempre acompanha o
tema da liturgia do dia, ou seja, em uma Missa de Nossa Senhora, jamais será utilizado um Prefácio da
Quaresma. Compreender isso evita erros tanto na marcação prévia quanto na hora de passar a fita e indicar a
página ao sacerdote.

 Oração Eucarística

A Oração Eucarística inicia-se logo após o canto do Sanctus. Esta parte do Missal não precisa ser marcada
com fita, pois já conta com etiquetas específicas. No entanto, é fundamental que nunca se use a etiqueta para
abrir diretamente o livro, pois o peso das folhas e o movimento de puxar a etiqueta podem danificá-la ou até
arrancá-la. A etiqueta serve apenas como referência para localizar a Oração Eucarística correta; para abrir o
livro na página exata, deve-se usar os dedos entre as folhas, garantindo um manuseio adequado e cuidadoso
do Missal.

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

 Rito da Comunhão

Após a doxologia, segue-se o rito da comunhão, que é marcado pela última etiqueta do Missal, localizada logo
abaixo da Oração Eucarística terceira (conforme as formações anteriores). Após a conclusão deste rito, o
librífero pode retirar o Missal, juntamente com o suporte, para garantir a continuidade da celebração de
maneira ordenada.

 Na Oração Depois da Comunhão

Ao término da distribuição da Eucaristia aos fiéis, o padre reza a última oração do formulário próprio da
Missa que está sendo celebrada. Esta oração encontra-se na mesma fita que foi utilizada na Oração da Coleta
e na Oração Sobre as Oferendas, garantindo a continuidade do ritmo litúrgico e a correta sequência das
orações.

 Bênção Final

deve-se marcar com uma fita a bênção que sempre ocorre após o rito da comunhão. A bênção final
acompanha a liturgia do dia, sendo importante que se saiba qual Missa está sendo celebrada para fazer a
marcação adequada. Por exemplo, em uma Missa do Tempo Comum, a bênção final será a própria do
Tempo Comum; já em uma Missa dedicada a um santo, a bênção final será a específica para a festa desse
santo. Aqui, reforça-se a importância de conhecer a liturgia do dia para garantir que o Missal esteja
devidamente marcado e preparado.

Esquema da Fitas

Única Fita
Oração da Coleta
(No próprio dos santos tem somente a oração da coleta, logo será duas titas de
acordo com o índice)
Prefácio Segunda Fita
Oração Eucarística Terceira Fita ou alguma etiqueta
Rito da Comunhão Quarta Fita ou logo abaixo da Oração Eucarística V
Benção Solene Quinta Fita

Páginas para memorizar

 Ordinário da Missa: página 430


 Rito da comunhão: página 569
 Renovação das promessas batismais: página 308
 Alma de Cristo: página 1249
 Fórmulas de orações universais: página 1232

Como apresentar o livro ao celebrante

O braço que sustenta o Missal deve permanecer próximo ao corpo, evitando tremores que possam
dificultar a leitura. Além disso, o coroinha deve manter uma postura respeitosa, sem encarar o padre no
momento da oração.

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Apostila Formativa Para Coroinhas – Paróquia de Santo Antônio – Lajedo/PE

Os livros litúrgicos devem ser apresentados ao celebrante observando as seguintes orientações:

 Devem ser posicionados à esquerda do celebrante.


 A altura deve ser adequada para que o celebrante consiga ler com facilidade, sem que sua visão seja
obstruída para a assembleia.
 A postura de quem segura o livro deve ser reta e firme, garantindo estabilidade.
 As fitas do livro não devem cobrir o texto da oração.
 As páginas devem estar devidamente seguras, evitando que virem sozinhas ou causem distração durante a
proclamação.
 Nunca se deve usar apenas a fita para abrir o Missal, pois isso pode fazer com que ela se perca entre as
páginas ou até mesmo rasgue a folha do livro. A fita deve ser utilizada apenas para indicar brevemente a
página correta.

TURÍBULO E NAVETA NAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS

Turíbulo é o objeto litúrgico onde se queima incenso em Missas Solenes ou Exposição do


Santíssimo. Um dos presentes oferecidos ao menino Jesus, o incenso é uma resina de origem oriental, extraída
de árvore e que, ao contato com o fogo, produz fumaça branca e perfumada. Desde os tempos antigos é
ofertado como símbolo de honra e reverência à divindade. O rito da incensação exprime reverência e oração,
como vem significado no Salmo 140,2 e no Apocalipse 8,3.

O turíbulo na procissão de entrada deve balançar sem movimentos de incensação e sim em


movimento de pêndulo. A matéria que se deita no turíbulo deve ser incenso puro de suave odor, ou, ajuntando-
se-lhe outra substância, haja o cuidado de que a quantidade de incenso seja muito superior.

Momentos que se usa o turíbulo

1. Durante a procissão de entrada;


2. No princípio da Missa, para incensar o altar;
3. Na procissão e proclamação do Evangelho; ao ofertório, para incensar as oferendas, o altar, a cruz, o Bispo,
os concelebrantes e o povo;
4. À elevação da hóstia e do cálice, depois da consagração.

Nas ações restantes Missas, o uso do incenso é facultativo, como o canto do hino de algum santo.

Movimento do turíbulo

Ductos: 2 movimentos

Ictos: 1 movimento

Antes e depois da incensação, faz inclinação profunda à pessoa ou ao objeto que é incensado;
não, porém, ao altar nem às oferendas recebidas para o sacrifício da Missa.

 São incensados com três ductos de 3: o Santíssimo Sacramento, é incensado de joelhos.


 São incensados com dois ductos de 2: A relíquia da Santa Cruz e as imagens do Senhor solenemente
expostas, as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o Bispo ou o presbítero
celebrante, o coro e o povo, o corpo de defunto
 São incensados com ictos: O altar é incensado com ictos sucessivos dos turíbulo, do seguinte modo:

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1. Se o altar estiver separado da parede, o Bispo incensa-o em toda a volta;


2. Se o altar não estiver separado da parede, o Bispo incensa-o passando primeiro ao lado direito, depois ao
lado esquerdo. Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é incensada antes do altar; caso contrário, o
Bispo incensa-a ao passar por diante dela. As oferendas são incensadas antes da incensação do altar e da
cruz.

As relíquias e as imagens sagradas expostas a pública veneração são incensadas depois da


incensação do altar; à Missa, porém, só no início da celebração.

Ordem de incensação

1. O Presidente, quer esteja no altar quer na cátedra, recebe a incensação de pé.


2. Os concelebrantes são incensados pelo diácono, todos ao mesmo tempo.
3. Por fim, o coroinha incensa o povo, do lugar mais conveniente.

Na presença do diácono, compete a ele a função de incensar o celebrante, os concelebrantes e a


assembleia, bem como o Santíssimo Sacramento na elevação das espécies.

MISSA SOLENE: A CELEBRAÇÃO COM PLENITUDE LITÚRGICA

Neste encontro, vamos passar tudo o que um coroinha precisa saber para realizar sua função nas
celebrações. Para que todos vivenciem este momento de forma plena, é importante que os candidatos tragam
suas vestes litúrgicas para participar com elas. Também será ensaiado o rito de instituição, para que todos
possam se familiarizar com ele antes da cerimônia oficial.

Além disso, vamos explicar o funcionamento da Pastoral dos Coroinhas e Cerimoniários, como a
coordenação atual e o grupo de articulação (quem são, como atuam), além de falar sobre a participação nas
atividades paroquiais, como o Retiro dos Coroinhas, o Tríduo de São Tarcísio e os encontros mensais.
Também discutiremos a contribuição do caixa comum, no valor de 2 reais mensais, para cobrir os custos dos
encontros e outras necessidades da pastoral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Gostaríamos de agradecer a Deus, que continua a chamar crianças e jovens para este belo
ministério da nossa Igreja. Pedimos a intercessão de Santo Antônio, nosso padroeiro, para que sejamos firmes
na missão que Deus nos confia. Também confiamos nossa oração a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, para
que nos conduza até Jesus e que sejamos obedientes ao Seu chamado. Por fim, agradecemos ao nosso Pároco,
Pe. Rodrigo, pelos cuidados pastorais com esta porção do povo de Deus em nossa cidade de Lajedo. Rogo a
Deus para que, juntos, sejamos fiéis ao Seu chamado e vivamos na Sua graça.

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