MARCOS 8
2 três dias. A importância do ensino do Mestre foi reconhecido pelo povo. Bíblia
Shedd.
11 sinal do céu. Como Elias demonstrou no monte Carmelo (1Rs 18.20-40). Bíblia
Shedd.
12 suspirando profundamente (ARC). Um detalhe mencionado apenas por Marcos.
Jesus estava decepcionado com a lentidão do povo para compreender a verdade
espiritual. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 687.
15 fermento. Os judeus, seguindo o mandamento de Deus (Êx 13.7), evitam o uso de
toda levedura na semana imediatamente após a Páscoa. Bíblia Shedd.
fermento de Herodes. Ou seja, a má influência de Herodes, particularmente seu
mundanismo e caráter irresoluto. CBASD, vol. 5, p. 687.
23 Levou-o para fora. Provavelmente havia pelo menos duas razões para isto: (1)
evitar a publicidade e (2) ajudar o cego a se concentrar e compreender o que Cristo
estava prestes a fazer por ele (cf. com. de Mc 5:37, 40; 7:33). Jesus parece ter realizado
comparativamente poucos milagres durante Seu ministério público e, na maioria dos
casos, Ele estava cercado por pessoas, em grande medida, pagãs. CBASD, vol. 5, p.
688.
24 Os homens … como árvores. Este é o único caso registrado em que Jesus realizou a
cura em duas etapas. Não há uma razão evidente para o uso deste método. No entanto,
deve-se notar que, quando a visão foi parcialmente restaurada ao homem, sua fé
aumentou e ele estava pronto a acreditar que Jesus poderia curá-lo completamente (ver
com. do v. 23). CBASD, vol. 5, p. 688.
26 Na aldeia. Ou seja, Betsaida (ver com. do v. 22). Aparentemente, a casa do homem
não era nesta cidade, na qual Jesus lhe disse para não entrar. Essa restrição se destinava
a impedir que a notícia do milagre se espalhasse e, assim, auxiliaria Jesus em Sua
intenção de garantir a discrição (ver com. do v. 22). CBASD, vol. 5, p. 688.
27 Com a confissão de Pedro começa a segunda metade de Marcos. Não mais Jesus
dirige ensinamentos para as multidões, mas aos discípulos. Começam a ser dados avisos
referentes a Sua morte, como também à ressurreição. Bíblia Shedd.
33. coisas de Deus. A frase significa “adotar o lado de Deus”, “comprometer-se com a
causa de Deus”. Só Deus compreende realmente a profundidade do problema do
pecado, como também a única solução. Bíblia Shedd.
34 negue-se a si mesmo. Impedir que o eu seja o centro da sua vida e dos seus atos.
Bíblia de Estudo NVI Vida.
36 alma. Uma metáfora para a vida eterna … Jesus desafia os discípulos que pretendem
segui-Lo a não ter como foco a vida presente e o sofrimento que vem com ela. Perder
esta vida não é nada comparado à perda da vida eterna. Andrews Study Bible.
38 na glória. Uma referência à segunda vinda de Cristo (ver com. de Mt 35:31), da qual
o evento seguinte, a transfiguração, foi uma demonstração em miniatura (ver com. de
Mt 16:28). CBASD, vol. 5, p. 688.
Jeferson Quimelli
_____________________________________________________________________________
O segundo toque
- Leia Marcos 8:22-25. Que lição espiritual aprendemos com o fato de que o primeiro toque de
Cristo não curou totalmente o homem cego?
Depois de “cuspir” nos olhos do homem, Jesus o tocou e lhe perguntou: “Você está vendo
alguma coisa?” (Mc 8:23, NVI). Por que Jesus cuspiu nos olhos dele? A literatura antiga indica
exemplos do uso de saliva pelos médicos. Esse milagre se assemelha um pouco à cura do surdo
e gago em Decápolis, não muito antes disso (leia Marcos 7:31-37). Contudo, diferentemente de
todos os outros milagres de cura feitos por Cristo, a cura do cego foi realizada em dois estágios.
- Releia Marcos 8:23, 24. Qual é o significado da resposta do homem à pergunta: “Você está
vendo alguma coisa?”
“Vejo pessoas; elas parecem árvores andando” (Mc 8:24, NVI). Isto é, ele podia distinguir as
pessoas das árvores somente porque se moviam.
No sentido espiritual, que aplicação poderíamos fazer desse incidente à nossa própria vida?
Talvez a aplicação seja que, depois que Jesus nos dá visão espiritual, ainda não estamos
totalmente restaurados. Talvez vejamos as pessoas como “árvores”, como objetos. Isso poderia
significar que ainda estamos cegos para elas como pessoas reais com necessidades reais. Elas
são itens, números, objetos que queremos que se unam à igreja, talvez para aumentar nosso
número de batismos, ou para nos fazer parecer bons. Com tal atitude egoísta em relação às
pessoas provavelmente muitas delas não permaneçam na igreja.
- Releia Marcos 8:25. Por que Jesus curou o homem em duas etapas?
No contexto dessa história, exatamente antes do milagre de cura, Jesus tratou de outro tipo de
cegueira. Seus discípulos não haviam entendido o significado de Sua declaração: “Estejam
atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes” (Mc 8:15,
NVI). Eles acharam que isso fosse uma referência ao fato de que não tinham pão suficiente para
a viagem de barco. Jesus os chamou de cegos: “Vocês têm olhos, mas não veem?” (Mc 8:18,
NVI.) Não são só as pessoas de fora da igreja que precisam do toque curador de Cristo. Dentro
da igreja há cegueira também. Membros de igreja que têm visão apenas parcial e veem as
pessoas como estatísticas e objetos não notarão que muitos novos bebês em Cristo saem pela
porta de trás da igreja, e nem se importarão com esse fato.
Eles precisam do segundo toque de Jesus para passar a enxergar mais claramente e para amar os
outros como Ele amava.
Há apenas um milagre em toda a Bíblia que Jesus operou em duas etapas. É a cura do cego em
Betsaida. Essa história apresenta lições eternas para a igreja de Cristo. Ela ilustra o plano de
Deus de usar os cristãos para trazer outras pessoas a Jesus. As Escrituras declaram: “Então,
chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-Lhe que o tocasse” (Mc 8:22). As duas
palavras-chaves aqui são “trazer” e “rogar”. O cego não foi por conta própria. Seus amigos
viram a necessidade dele e o levaram. O cego podia não ter muita fé, mas seus amigos tiveram,
pois criam que Jesus curaria a cegueira daquele homem.
Existem aproximadamente 25 distintos milagres de cura realizados por Jesus no Novo
Testamento. Em mais da metade deles, um parente ou amigo levou alguém ao Senhor para ser
curado. Isso mostra que muitas pessoas nunca irão a Jesus, a menos que alguém que tenha fé as
leve. Nossa função é nos tornarmos instrumentos para levar pessoas a Cristo.
A segunda palavra que merece nossa consideração em Marcos 8:22 é “rogar”. Ela pode
significar “suplicar, implorar ou exortar” e sugere um apelo mais brando, suave e gentil do que
uma exigência impetuosa e tumultuada. Os amigos daquele homem apelaram humildemente a
Jesus, acreditando que Ele tinha tanto o desejo quanto o poder para ajudá-lo. Pode ser que o
homem não acreditasse que Jesus poderia curá-lo, mas seus amigos criam no poder do Senhor.
Por vezes, devemos levar outros a Jesus nas asas da nossa fé.
Pr.Neumoel Stina
MARCOS 9
1 alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte. A ligação entre as duas seções
da narrativa [a cruz e a transfiguração] parece excluir a possibilidade de que Jesus aqui tenha se
referido a qualquer coisa, a não ser a transfiguração, que foi uma demonstração em miniatura do
reino da glória. Sem dúvida, Pedro entendeu assim (ver 2Pe 1:16-18). CBASD – Comentário
Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 159.
Cf Mt 16.28n; Lc 9.27n. É possível que Marcos estivesse ligando esta profecia, a respeito da
vinda do reino, com o acontecimento da transfiguração. Bíblia Shedd.
É mais provável que a referência seja ao texto que segue que descreve a
transfiguração. Andrews Study Bible.
2 transfigurado. Uma transformação de Jesus em uma figura divina, fora deste
mundo. Andrews Study Bible.
3 sobremodo brancas. Roupas brancas denotam status celestial (Mc 6.5) ou pureza e dignidade
(Ap 3:4, 18). Andrews Study Bible.
5 tabernáculos (NKJV). No gr. “tendas”. Pedro poderia estar pensando na Festa dos
Tabernáculos, quando os judeus habitavam uma vez por ano em barracas por uma semana (Lv
23:39-43). Mas ele podia estar se referindo a Êx 29:42, que fala de Deus se encontrando e se
comunicando com Seu povo através do tabernáculo (ver tb Êx 40:34-35). Andrews Study Bible.
Seja como for, parecia muito desejoso de ver naquele instante o cumprimento da glória
prometida, antes dos sofrimentos que Jesus declarara necessários. Bíblia de Estudo NVI Vida.
7 a Ele ouvi. Baseado no significado forte de Dt 18.15, deve-se entender como”ouvi e
obedecei”. Bíblia Shedd.
10 perguntando o que significaria “ressuscitar dos mortos” (NVI). Como judeus, conheciam
bem a doutrina da ressurreição; o que os deixava perplexos era a ressurreição do Filho do
Homem, porque a teologia deles não comportava um Messias que sofresse e morresse. Bíblia de
Estudo NVI Vida.
Não entenderam como Jesus ia ressurgir antes da ressurreição geral dos justos. Bíblia Shedd.
… os discípulos ficaram impressionados com a declaração de Cristo de que ressuscitaria dos
mortos. No entanto, eles não podiam compreender a ideia de um Messias sofredor. Ainda
estavam cegos pelo conceito popular do Messias como poderoso conquistador (ver com. de Lc
4:19). CBASD, vol. 5, p. 691.
A teologia judaica não previa um Messias sofredor, muito menos um que iria morrer. Não havia
lugar para um Filho do Homem ressuscitado. Andrews Study Bible.
12 restaurará. A obra de restauração do culto a Deus foi realizada por Elias principalmente no
monte Carmelo. João Batista, como Elias, veio reiniciar uma total restauração, obra essa que
Jesus veio consumar. Bíblia Shedd.
14 os escribas discutiam com eles. Ou seja, eles os interrogavam, como o contexto deixa claro.
A atitude dos escribas era hostil. … Nesta ocasião, eles procuravam expor Jesus e os discípulos
como impostores, explorando o fato de que ali estava um demônio diante do qual os discípulos
era impotentes (cf. DTN, 427). CBASD, vol. 5, p. 691.
15 toda a multidão, ao ver Jesus, tomada de surpresa. A razão da surpresa com a
aproximação de Jesus, possivelmente, seja melhor explicada como a reação da multidão diante
dos traços de glória que sem dúvida permaneceram na face dos que testemunharam a
transfiguração (cf. Êx 34:29-35; DTN, 427). CBASD, vol. 5, p. 691.
16 Ele interpelou os escribas. Os escribas podem ter ficado em silêncio ao Jesus se aproximar.
Sem dúvida, o clima tenso que prevalecia e que era derivado da própria presença dos escribas
tornou evidente que eles estiveram ridicularizando os nove discípulos. … Uma vez que eles
foram silenciados e contrariados por Jesus quando se esforçaram por desacreditá-Lo
anteriormente, os escribas se retiraram do debate. CBASD, vol. 5, p. 691.
19 Ó geração incrédula. Isto é, “sem fé” ou “descrente. … Não é provável que Jesus Se
referisse ao pai do menino possuído pelo demônio quando disse estas palavras, pois a fé do pai
não era o único obstáculo no caminho da cura de seu filho. Uma vez que os próprios discípulos,
principalmente , estavam em falta (ver com. de Mc 9:29), pode ser que o Salvador os tivesse em
mente. Mas Ele não desejava censurá-los em público, portanto, não faria deles o objeto imediato
de Suas observações. No entanto, se os discípulos estavam “descrentes”, quanto mais a
multidão? CBASD, vol. 5, p. 692.
29 Esta casta. Os escribas tinham atribuído o desamparo dos nove discípulos a um suposto
poder superior daquele demônio, afirmando que a autoridade de Jesus estava limitada a
demônios menos poderosos (cf. DTN, 427). O verdadeiro problema, porém, não estava no poder
do demônio, mas na impotência espiritual dos discípulos. CBASD, vol. 5, p. 693.
senão por meio de oração. Cristo não se referia à oração feita em relação à expulsão de
demônios. Ele não estava falando da oração momentânea, mas de uma vida impulsionada pela
oração. Durante a transfiguração, os nove discípulos [que ficaram] haviam dado lugar a
desânimos e queixas pessoais, com espírito de ciúmes devido ao favor mostrado a seus
companheiros ausentes (Pedro, Tiago e João; ver DTN, 431). A condição mental e espiritual
deles tornou impossível que Deus operasse por seu intermédio. CBASD, vol. 5, p. 693.
e jejum. A evidência textual favorece a omissão … desta palavra, entre colchetes na
ARA. CBASD, vol. 5, p. 693.
32 Eles, contudo, não compreendiam. Apesar de tudo que Jesus tinha dito, em linguagem
simples …, os discípulos ainda não compreendiam… A principal razão pela qual não
conseguiam entender é que eles não queriam aceitar ser necessário que o Messias sofresse e
morresse… Essa ideia era um desafio às suas opiniões preconcebidas sobre o Messias… Eles
esperavam que, afinal, Cristo reinaria como um príncipe temporal e não estavam dispostos a
abandonar as expectativas entusiásticas da honra que eles esperavam compartilhar com Ele
quando o tempo chegasse. CBASD, vol. 5, p. 694.
temiam interrogá-Lo. Cientes de que compartilhavam do ponto de vista havia pouco
apresentado por Pedro e de que, se falassem naquele momento, seria apenas para expressar os
mesmos pensamentos …, permaneceram em silêncio. De acordo com Mateus 17:23, eles
estavam “muito tristes” (NTLH), isto é, “muito angustiados”. CBASD, vol. 5, p. 694.
35 Se alguém quer ser o primeiro. Aqui, Jesus chega ao centro do problema, cada um dos
doze desejava ser o “primeiro” no reino. Todos esperavam que o Senhor assumisse o poder …
Esqueceram-se de que a verdadeira grandeza consiste na renúncia ao poder como um objetivo
de vida. … O reino dos céus é essencialmente uma questão de prestar serviço a Deus e aos
semelhantes, não de receber isso deles. … O maior é aquele que ama mais a Deus e aos
semelhantes e que melhor os serve. CBASD, vol. 5, p. 694.
38 vimos um homem. O fato de o incidente aqui referido envolver apenas João e Tiago sugere
a possibilidade de que tenha ocorrido durante a terceira viagem pela Galileia, quando os dois
irmãos haviam saído juntos. CBASD, vol. 5, p. 694.
o qual não nos segue. Não se tratava de um dos discípulos regulares, reconhecidos por
Jesus. CBASD, vol. 5, p. 694.
não era um dos nossos (NVI). Parece que o homem tinha fé em Cristo sem, porém, fazer parte
do grupo exclusivo dos Doze. Mesmo assim, agia em nome de Jesus e conseguira fazer o que os
discípulos, pelo menos numa ocasião, não haviam conseguido (cf. v. 14-18, 28). Bíblia de
Estudo NVI Vida.
e nós lhe proibimos. Ou, “nós o impedimos”. … Na ocasião aqui relatada, eles justificaram sua
conduta com base na preocupação deles com a honra de seu Mestre; na realidade, a preocupação
com sua própria honra havia motivado a ação (ver DTN, 437). Eles repreenderam o homem por
fazer o que eles julgavam ter o direito exclusivo de fazer. … Eles eram zelosos no cumprimento
das ordens que lhes foram dadas, mas não tinham o direito de dar ordens aos outros. É a
maldade que leva líderes religiosos a pensar que é seu dever coagir outros ao padrão de conduta
e crença que eles entendem como o correto. CBASD, vol. 5, p. 695.
39 não lho proibais. Isto é, deixem de impedi-lo. Não temos o direito de forçar as pessoas a
estar de acordo com as nossas ideias e opiniões, ou a seguir os nossos métodos de
trabalho. CBASD, vol. 5, p. 695.
A visão de discipulado de Jesus era mais ampla e inclusiva do que a estreita e sectária de Seus
discípulos. Porque o outro exorcista não fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de
Jesus não significava que ele não era apoiador e discípulo. O discipulado inclui todos que com
professam a Jesus com fé. Andrews Study Bible.
40 não é contra nós. Se o homem que Tiago e João repreenderam fora encontrado fazendo o
mesmo trabalho que Jesus fazia, e realizava isso em nome de Jesus, era porque Deus trabalhava
com e por meio dele. CBASD, vol. 5, p. 695.
41 porque sois de Cristo. … dar um copo de água em nome de Cristo é dá-lo “porque sois de
Cristo”. … O caráter da ação é determinado pelo motivo que a determina. CBASD, vol. 5, p.
398, 695.
43 corte-a (NVI). Como no exemplo da pedra de moinho, Jesus não está sendo literal
aqui. Andrews Study Bible.
44, 46 Não lhes morre o verme. A evidência textual apoia … a omissão dos vs. 44 e 46, como
tendo sido inseridos em repetição ao v. 48. CBASD, vol. 5, p. 695.
Estes vv não constam nos melhores manuscritos. Bíblia Shedd.
48 verme. Do gr. skolex, “larva” ou “verme”. A ilustração de “o verme não morrer não é uma
indicação de uma alma que não pode ser aniquilada, mas é símbolo da corrupção que não pode
ser removida” (H. D. A. Major, T. W. Manson, e C. J. Wright, The Mission ant the Message of
Jesus, p. 123). No v. 43, “vida” é mostrada em contraste com “o fogo que nunca se apaga”. Em
muitas passagens das Escrituras, “vida eterna” se contrasta com a “morte” (ver Rm 6:23). em
João 3:16, o contraste é entre “vida eterna” e “perecer”. É óbvio que Jesus pretendia, aqui, o
mesmo contraste. “O fogo que nunca se apaga” (ARC) está paralelo a “seu verme não morre”
(NVI), sendo uma expressão equivalente. Contudo, parece incoerente que as larvas
continuassem seu trabalho na presença do fogo. Mas não há nada na palavra skolex, “verme”,
que, mesmo remotamente, justifique a explicação que compara o “verme” à “alma” (ver com. de
Is 66.24), abordagem defendida por muitos comentaristas, ao refletir sua própria compreensão
sobre o estado da morte. CBASD, vol. 5, p. 695, 696.
50 sal. Utilizado tanto para preservar alimentos quanto para dar sabor. … Ter o “sal” ou o sabor
do evangelho é um chamado a viver em paz (e aceitar todos os demais discípulos, como
ilustrado nos vv. 39-42). Andrews Study Bible.
O sal é agente de preservação… O fogo pode ser considerado como agente purificador ou como
símbolo do juízo final (ver com. de Mt 3:10). … Ser “salgado com fogo”, provavelmente,
signifique que “cada um” passará pelo fogo da aflição e da purificação nesta vida (ver com. de
Jó 23:10) ou pelo fogo do último dia. O fogo removerá as impurezas da vida presente ou
destruirá a própria vida no último dia. O sal preservará o que é bom (ver com. de Mt
9:50). CBASD, vol. 5, p. 696.
Pois todas as pessoas serão purificadas pelo fogo, assim como os sacrifícios são purificados
pelo sal (NTLH. ARC: cada sacrifício). No ritual do antigo santuário, o sal era adicionado a
todos os sacrifício (ver com. de Lv 2:13). Seu uso significava que somente a justiça de Cristo
pode tornar a oferta aceitável a Deus (cf. DTN, 439). CBASD, vol. 5, p. 696.
50 Tende sal em vós mesmos. Se os discípulos tivessem o “sal da aliança” (Lv 2:13), este
reprimiria as tendências impróprias que os levaram a discutir sobre quem seria o maior no reino
dos Céus. CBASD, vol. 5, p. 696.
paz. Um clímax apropriado para o discurso, uma admoestação para reprimir outro argumento
sobre o assunto e uma advertência contra a inveja e o espírito de rivalidade. CBASD, vol. 5, p.
691.
Jeferson Quimelli
MARCOS 10
2 aproximaram-se dEle para pô-Lo à prova. A pergunta dos fariseus era hostil. João Batista
denunciara Herodes Antipas e Herodias pelo divórcio ilícito (v. 6.17, 18) e, por ter feito essa
repreensão, foi lançado no cárcere e depois decapitado. Jesus, agora, estava dentro da jurisdição
de Herodes, e os fariseus talvez tenham esperado que a resposta de Jesus levasse o tetrarca a
prendê-Lo, assim como prendera João Batista. Bíblia de Estudo NVI Vida.
3 O divórcio jamais contou com a aprovação de Deus, a não ser como o menor entre dois
males. Bíblia Shedd.
11-12 O costume judeu dizia que somente o marido poderia dar início ao divórcio, porque o
divórcio era parte das leis do direito de propriedade. Tribunais e autoridades não eram
envolvidas. Contudo, somente aqui, em Marcos, encontramos uma referência a uma mulher ser
capaz de dar início ao divórcio. Esta pode ser uma outra indicação de que a audiência de Marcos
seja não judia, muito possivelmente romana. Na lei romana, a mulher também tinha a
prerrogativa de se divorciar de seu marido. Andrews Study Bible.
15 como uma criança. O que se compara aqui são a abertura e a receptividade comuns às
crianças. O Reino de Deus pode ser recebido somente como dádiva; não pode ser recebido
mediante o esforço humano. Bíblia de Estudo NVI Vida.
O ponto central do texto é que mesmo os pequenos podem ser discípulos de Jesus. Andrews
Study Bible.
Jesus apresenta uma criança como modelo para os adultos. A confiança e a amorosa obediência
de uma criança representam traços de caráter de grande valor no reino dos Céus. Jesus chama de
“pequenas” as crianças que ainda não aprenderam do exemplo negativo dos adultos os pecados
da dúvida e da desobediência. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5,
p. 699.
17 que farei…? O rico pensava da perspectiva de acumular atos de justiça para merecer a vida
eterna, mas Jesus ensinava que era uma dádiva que deve ser recebida (cf. v. 15). Bíblia de
Estudo NVI Vida.
20 a todas estas coisas eu tenho guardado. Um piedoso e fiel judeu observava todas as 613
leis como listadas nos cinco primeiros livros da Escritura, o Pentateuco. O apóstolo Paulo, que
era um fariseu, disse que era inculpável pela observação destes requisitos legais, até ter
encontrado a Jesus; então eles se tornaram como lixo em comparação com o dom da justiça que
ele recebera de Jesus (Fl 3.4-11). Andrews Study Bible.
21 uma coisa te falta. O amor desse jovem pelas riquezas (v. 22) e a recusa dele em distribuí-
las e seguir a Jesus mostram que ele quebrou o maior mandamento de todos: “Amarás, pois, o
SENHOR teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5; cf Mt
22.37). Bíblia de Genebra.
Vá, venda tudo. O problema principal do jovem eram suas riquezas (cf. v. 22), e por isso Jesus
lhe recomendou desfazer-se delas. … Ao doar as suas riquezas, o jovem teria eliminado o
obstáculo que o impedia de confiar em Jesus. Bíblia de Estudo NVI Vida.
23 olhando ao redor. Um quadro vívido descrito por Marcos. Jesus deve ter olhado para os
discípulos um após o outro para ver como reagiriam à decisão do jovem rico. CBASD, vol. 5, p.
699.
Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que tem riquezas. A dificuldade não é porque as
riquezas sejam um mal em si mesmas e desqualifiquem aqueles que as possuem, mas é porque
os ricos são tentados a depender de suas riquezas e podem ser incapazes de admitir que
necessitam de Deus. Bíblia de Genebra.
25 camelo … fundo de uma agulha. Um excelente exemplo da linguagem proverbial e vívida
de Jesus, aqui expressando a ideia de impossibilidade (v. 27). A sugestão de que havia um
pequeno portão chamado de “fundo da agulha”, através do qual os camelos podiam passar sem
carga, não tem apoio e minimiza a figura usada por Jesus. Bíblia de Genebra.
26 maravilhados. Os judeus olhavam para as riquezas ganhas honestamente como um sinal da
aprovação de Deus. Se os ricos, que tem “todas” as vantagens que poderiam propiciar a seus
corações agradarem a Deus, perecem, quem, então, poderia se salvar? Bíblia Shedd.
Os discípulos entenderam o significado do que Jesus disse. Ninguém pode ser salvo por boas
obras. Bíblia de Genebra.
28 deixamos. O verbo gr está no aoristo, tipo de ação que revela uma decisão definitiva. Bíblia
Shedd.
29 amor. Se a renúncia não for motivada por um grande amor a Cristo e ao evangelho
(necessário à sua divulgação) nada vale (1Co 13.1-3). Bíblia Shedd.
30 cêntuplo. A fraternidade produzida pelo evangelho tornará todos os cristãos em uma grande
família (cf At 2.44-47; 4.32-35; Rm 16.13). Bíblia Shedd.
Jesus, tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes as coisas que Lhe deveriam vir. Os
doze sabiam dos planos em andamento para tirar a vida do Mestre (ver com. de Lc 13:31; cf. Jo
11:7, 8), mas não acreditavam que, por fim, esses esforços teriam êxito (ver Lc 18:34). CBASD,
vol. 5, p. 699.
37 direita … esquerda. É notável a ironia; quem acabou ocupando estas posições, na hora do
triunfo de Cristo na cruz foram dois ladrões (15.27). Bíblia Shedd.
38 beber o cálice. Um símbolo do Antigo Testamento para expressar sofrimento e ira (Sl 75.8;
Is 51.17-22; Jr 25.15; Ez 23.31-34). Bíblia de Genebra.
45 o Filho do Homem veio para … servir e dar a Sua vida em resgate por muitos.
Versículo-chave de Marcos. Jesus veio a este mundo como servo … que sofreria e morreria por
nossa redenção, como Isaías predisse com clareza (Is 52.13-53.12). Bíblia de Estudo NVI Vida.
muitos. Ver Is 53.12. Nos escritos do Qumran (Manuscritos do Mar Morto) este é um termo
para todos os membros da comunidade. Bíblia de Genebra.
46 E foram para Jericó. A cidade do Jericó do NT estava situada a mais ou menos 1,6 km ao
sul das ruínas da cidade de Jericó do AT. Herodes, o Grande, havia embelezado a cidade e tinha
um palácio de inverno lá. CBASD, vol. 5, p. 700.
51 Mestre. Heb Rabboni, lit. meu grande ou ilustre (senhor, mestre). Nota textual Bíblia de
Genebra.
Uma forma aumentada de “Rabi”, título comum para designar um mestre… Ressalta o
reconhecimento e submissão à autoridade de Jesus. Bíblia de Genebra.
Esta é o mesma terna expressão que Maria usou quando se dirigiu a Jesus após Sua ressurreição
(Jo 20.16). Bartimeu reconheceu Jesus como mais do que um fazedor de milagres. Ele desejou
um íntimo relacionamento com Ele. Andrews Study Bible.
que eu torne a ver. Literalmente “recuperar a minha visão”. O texto grego deixa claro que
Bartimeu não nasceu cego, mas que se tornou um. CBASD, vol. 5, p. 701.
Jeferson Quimelli