Introdução
Introdução
INTRODUÇÃO
Todo o processo de troca de gases no corpo, denominado respiração, ocorre em três etapas
básicas: (i) ventilação pulmonar, ou respiração, é o fluxo de ar para dentro e para fora dos
pulmões; (ii) respiração externa é a troca de gases entre os espaços aéreos (alvéolos
pulmonares) e o sangue, nos vasos capilares pulmonares; (iii) respiração interna é a troca de
gases entre o sangue nos vasos capilares sistêmicos e as células dos tecidos. O sangue
fornece oxigênio e recebe gás carbônico (Tortora, 2006).
c) Produção do som ou vocalização quando o ar expirado passa através das pregas vocais
(Van de Graaff, 2003);
e) Torna possível movimentos aéreos protetores e reflexos, como na tosse e no espirro, para
manter limpa a passagem do ar (Van de Graaff, 2003);
1.3 Divisão
-nariz
-faringe
-laringe
-traqueia
-bronquíolos respiratórios
-ductos alveolares
-átrios
-alvéolos
2. NARIZ
a) Olfação;
d) Expelir secreções.
É uma protuberância situada no centro da face (Castro, 1985), acima do palato duro (Moore,
2007), apresentando-se, no homem como uma pirâmide triangular em que a extremidade
superior corresponde ao vértice da pirâmide, é denominada raiz do nariz (inserida na fronte), e
a inferior, base. Nesta encontram-se duas aberturas em fenda, as narinas, separadas por um
septo (septo nasal), e que se estendem lateralmente nas asas do nariz. As narinas
comunicam o meio externo com a cavidade nasal (Dângelo & Fattini, 2001). Portanto, sua
parte exterior é denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente,
conhecida por cavidade nasal (Castro, 1985).
O ponto mais projetado, anteriormente, da base do nariz recebe o nome de ápice do nariz
(extremidade livre) e entre ele e a raiz do nariz estende-se o dorso do nariz (Dângelo & Fattini,
2001). Segundo o perfil do dorso do nariz distinguem-se três tipos principais: retilíneo, aquilino
(convexo) e arrebitado (côncavo). Quanto ao volume e à forma apresenta grandes variações,
sendo a última, característica nos grandes grupos raciais: os brancos, em geral, têm nariz
afilado, são leptorrinos; os negros apresentam-no achatado, são camerrinos; os amarelos são
mesorrinos (Erhart, 1962).
O nariz externo é formado por uma parte óssea e outra cartilagínea (Castro, 1985), isto é além
dos ossos nasais e porções das duas maxilas, fazem parte do esqueleto do nariz diversas
cartilagens nasais (Dângelo & Fattini, 2001). As cartilagens nasais constam de cinco peças
maiores, a saber: a cartilagem do septo nasal, as duas laterais e as duas cartilagens alares
maiores e várias peças menores, as cartilagens alares menores. As várias cartilagens estão
unidas umas às outras e aos ossos por uma resistente membrana fibrosa (Gray, 1988). Um
desvio do septo nasal pode interferir com a livre através passagem do ar através da cavidade
nasal (Spence, 1991). Isso poderia ser causado por uma lesão congênita, porém na maioria
das vezes o desvio ocorre durante a adolescência e a vida adulta por traumatismo (ex: durante
uma luta de soco). Algumas vezes o desvio é tão acentuado que o septo nasal está em
contato com a parede lateral da cavidade nasal e frequentemente causa obstrução
respiratória ou exacerba o ronco (Moore, 2007), mas esta condição pode ser cirurgicamente
corrigida (Spence, 1991; Moore, 2007). Em crânios preparados as cartilagens são destruídas
durante o processo, ficando conservadas apenas as partes ósseas que delimitam a abertura
piriforme (Dângelo & Fattini, 2001).
Sobre esse esqueleto ósteo fibroso do nariz externo encontramos músculos cutâneos do
nariz, e dos quais ressaltam dois pares que são os músculos prócero situado
longitudinalmente de cada lado da linha mediana e nas proximidades da raiz do nariz, e o
músculo nasal que se estende transversalmente sobre a asa do nariz (Castro, 1985). A pele
sobre o dorso e os lados do nariz é fina e contém grande quantidade de glândulas sebáceas
(Snell, 1999).
As artérias do nariz externo são os ramos alar e septal da facial, que abastecem a asa e o
septo nasal; o dorso do nariz e os lados são supridos pelo ramo nasal dorsal da oftálmica e
pela infra orbital da maxilar. As veias terminam nas veias oftálmica e facial anterior (Gray,
1988).
As fraturas dos ossos do nariz são comuns em acidentes automobilísticos e esportes (exceto
se forem usados protetores faciais). Geralmente há epistaxe (sangramento nasal). Nas
fraturas graves, a ruptura dos ossos e cartilagens resulta em deslocamento do nariz (Moore,
2007).
Comunica-se com o meio externo através das narinas do nariz externo, situadas
anteriormente, e com a parte nasal da faringe (nasofaringe) posteriormente, através das
cóanas. Na verdade, as cóanas marcam o limite entre a cavidade nasal e a parte nasal da
faringe (Dângelo & Fattini, 2001).
-O epitélio nasal que reveste a concha nasal serve para aquecer, umedecer e limpar o ar
inspirado. Os pêlos nasais chamados de vibrissas, que se estendem frequentemente a partir
das narinas, filtram macropartículas que em caso contrário poderiam ser inaladas (Van de
Graaff, 2003);
-A parte da mucosa localizada no alto da cavidade nasal, logo abaixo da lâmina crivosa do
etmóide (lâmina cribriforme), é um epitélio especializado chamado epitélio olfatório. Esta
região é suprida pelo nervo olfatório (I par de nervos craniano), que passa através dos orifícios
da lâmina crivosa para alcançar o cérebro. Embora o epitélio olfatório seja sensível aos
odores, ele não se encontra diretamente no caminho do ar, por isso é preciso aspirar o ar mais
intensamente para detectar o cheiro (Spence, 1991);
-A cavidade nasal interfere na voz funcionando como uma câmara de ressonância (Van de
Graaff, 2003).
-Superiormente: seio frontal, fossa anterior do crânio, seio esfenoidal e fossa média do crânio
(Dângelo & Fattini, 2001);
-Inferiormente: palato duro, que se separa da cavidade oral (Dângelo & Fattini, 2001);
-Lateralmente: órbita e seios maxilares e células etmoidais (Dângelo & Fattini, 2001).
c) Limites da Cavidade Nasal
-Ela é dividida em metades direita e esquerda pelo septo nasal. Cada metade possui um
soalho, um teto, uma parede lateral e uma parede medial (Snell, 1999);
-Soalho. É mais largo do que o teto (Moore, 2007) e é formado pelo processo palatino da
maxila (3/4 anteriores) e pela lâmina horizontal do osso palatino (1/4 posterior) (Gray, 1988);
-Teto. É curvo e estreito, exceto em sua extremidade posterior; e dividido em três partes
(frontonasal, etmoidal e esfenoidal) que recebem os nomes dos ossos que formam cada
parte (Moore, 2007);
-Parede Lateral. Apresenta três relevos denominados conchas nasais: superior, média e
inferior (Erhart, 1962). Raramente existe um quarto relevo ósseo que é a concha nasal
suprema, situada superiormente. O espaço compreendido entre as conchas nasais e a parede
lateral da cavidade nasal, recebe o nome de meatos nasais: superior, médio e inferior em
correspondência a cada uma das conchas nasais (Castro, 1985). Nestes encontram-se
orifícios de comunicação com os seios paranasais e células etmoidais, cavidades cheias de
ar, anexas à cavidade nasal e localizadas nos ossos pneumáticos do esqueleto cefálico. No
recesso esfenoetmoidal, região estreitada situada acima e posteriormente à concha nasal
superior, abre-se o seio esfenoidal. No meato superior abrem-se as células etmoidais
posteriores. No meato médio, os seios: frontal e maxilar e as células etmoidais anteriores. No
meato inferior, o ducto lacrimonasal, comunicação das cavidades orbital e nasal (Erhart,
1962). Os ductos lacrimonasais drenam fluidos (lágrimas) da superfície dos olhos, também
drenam nas cavidades nasais (Spence, 1991).
*Ossos da parede lateral da cavidade nasal – é formada por seis ossos: a maxila, o osso
nasal, o etmóide, a concha nasal inferior, o palatino e o esfenóide (Schünke, 2007).
*Ossos do septo nasal – é formado pelos seguintes ossos: o osso nasal, o etmóide, o vômer,
o esfenóide, o palatino e a maxila, sendo que os três últimos somente contribuem com
pequenas partes cartilagíneas (Schünke, 2007).
-Vestíbulo. Trata-se de uma pequena área situada internamente à abertura de cada narina,
revestida de pele que apresenta pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas (Dângelo & Fattini,
2001);
-Parte Respiratória. É a maior parte da cavidade nasal, revestida de mucosa que é continua
com a que reveste os seios paranasais e a nasofaringe. Apresenta glândulas mucosas e
serosas e células calciformes, nas secreções das quais o pó do ar inspirado fica preso. A
mucosa é ricamente vascularizada e aquece e umedece o ar inspirado, uma condição
importante para melhor aproveitamento do ar no fenômeno respiratório (Dângelo & Fattini,
2001);
-Parte Olfatória. Limita-se à concha nasal superior e terço superior do septo nasal. É suprida
por fibras sensitivas do I par de nervos craniano, que atravessam os forames da lâmina
crivosa do etmóide e terminam no bulbo olfatório (Dângelo & Fattini, 2001).
-O suprimento arterial para a cavidade do nariz é derivado principalmente dos ramos da artéria
maxilar. O ramo mais importante é a artéria esfenopalatina, que penetra na cavidade nasal
através do forame pterigopalatino. A artéria esfenopalatina se anastomosa com o ramo septal
do ramo labial superior da artéria facial na região do vestíbulo do nariz, local muito comum de
sangramento do nariz (Snell, 1999);
-Um rico plexo venoso submucoso situado profundamente à mucosa nasal drena para as
veias esfenopalatina, facial e oftálmica. Esse plexo venoso é uma parte importante do sistema
termorregulador do corpo, trocando calor e aquecendo o ar antes de entrar nos pulmões. O
sangue venoso do nariz drena principalmente para a veia facial através das veias angular e
nasal lateral (Moore, 2007).
f) Rinite
Os seios paranasais são espaços ocos preenchidos por ar (construção leve do crânio). O
conhecimento de sua posição é importante para o diagnóstico, uma vez que inflamações dos
seios podem causar dores acima do lugar afetado, por exemplo, cefaléia frontal no caso de
uma inflamação no seio frontal (Schünke, 2007). Esses seios são denominados de acordo
com os ossos nos quais se encontram; assim, temos os seios frontal, maxilar, esfenoidal e
células etmoidais. Os seios paranasais podem ajudar a aquecer o ar e umedecer o ar
inspirado. Esses seios são responsáveis por um pouco de ressonância do som, mas mais
importante, eles funcionam na diminuição do peso do crânio enquanto fornecem resistência
estrutural (Van de Graaff, 2003).
O seio frontal em número de dois (Snell, 1999), localiza-se profundamente à glabela do osso
frontal (Castro, 1985). Suas medidas habituais são as seguintes: altura, 3,0cm; largura, 2,5cm;
profundidade, 2,5cm. Ausentes no nascimento, eles em geral estão bem desenvolvidos entre o
sétimo e oitavo anos, mas só alcançam seu tamanho completo após a puberdade (Gray,
1988).
*Glabela (L.) glaber (=imberbe, sem pêlos). Na Grécia Antiga, glaber era o nome de um escravo
ou servo ainda jovem, imberbe. Na Idade Média era o nome latino do osso frontal (por causa
da falta de cabelos nesta parte). Embora já no século XVI designasse, na língua italiana
popular, a região entre as sobrancelhas, com este sentido a palavra somente foi introduzida na
Anatomia no século XIX, por Samuel Sömmering (Fernandes, 1999).
Os seios maxilares são os maiores seios paranasais (Moore, 2007), situados na maxila
(Dângelo & Fattini, 2001). Os tamanhos destes seios variam entre os diferentes crânios, e de
um lado para outro no mesmo indivíduo. No adulto a capacidade varia entre 9,5ml e 20,0ml,
situando-se em torno geralmente de 14,75ml. As medidas de um seio médio são as seguintes:
altura (vertical), em frente ao primeiro dente molar: 3,75cm; largura (transversa): 2,5cm;
profundidade anterior/posterior: 3,0cm. As raízes do primeiro e segundo pré-molares, e,
algumas vezes, a raiz do canino, se projetam para cima em direção ao seio. As raízes dos
dentes estão envoltas em uma lâmina fina de osso compacto, ocasionalmente ausente, e em
contato com a túnica mucosa do seio. É fácil compreender como a extração de um dente
pode resultar em uma fístula, ou como um dente infectado pode produzir sinusite (Snell,
1999). O seio maxilar aparece como um sulco raso na face medial do osso por volta do quarto
mês da vida fetal, mas só atinge seu total desenvolvimento após a segunda dentição (Gray,
1988).
Os seios esfenoidais em número de dois (Snell, 1999), contidos dentro do corpo do esfenóide,
variando em forma e tamanho. Suas medidas habituais são: altura (vertical), 2,2cm; largura
(transversal), 2,0cm; profundidade, 2,2cm. Na época do nascimento eles apresentam-se como
pequenas cavidades, mas seu maior desenvolvimento ocorre após a puberdade (Gray, 1988).
3. FARINGE
*Entre os gregos, a palavra pharynx era, usualmente, confundida e empregada no lugar de (G.)
larynx e Galeno usava o termo para a parte laríngea da faringe. Talvez a palavra pharynx tenha
derivado (por aliteração) de (G.) pharynx (=fenda) (Fernandes, 1999).
3.2 Dimensões
Quando a faringe está em repouso, seu comprimento médio é de 15,0cm. Quando se contrai,
sua extremidade inferior se eleva e seu comprimento diminui uns 3,0cm (Rouviere, 1959). Sua
maior largura situa-se imediatamente abaixo da base do crânio, onde se projeta lateralmente
atrás do óstio faríngeo da tuba auditiva, formando o recesso faríngeo; seu ponto mais estreito
está em sua terminação com o esôfago (Gray, 1988).
3.3 Limites da Faringe (Bogart, 2008)
LIMITES ESTRUTURA
Inferior Esôfago
-Nasofaringe (parte nasal da faringe). Tem uma função respiratória. Situa-se posteriormente
ao palato mole e é a extensão posterior das cavidades nasais. O nariz abre-se para a parte
nasal da faringe através de dois cóanas, aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte
nasal da faringe (Moore, 2007). O palato mole e a úvula palatina formam o soalho da
nasofaringe (Spence, 1991).
Nas suas paredes laterais, a nasofaringe recebe as tubas auditivas que conectam a
nasofaringe com a cavidade da orelha média (Spence, 1991). Quando aberta, ela equilibra a
pressão no interior da orelha média com a que está na faringe e no meio ambiente. A tuba
auditiva é uma via potencial de disseminação de infecções da faringe para a orelha média. A
otite média ou infecção da orelha média é mais prevalente em crianças muito jovens porque
sua tuba auditiva não abre facilmente como a de um adulto. A inabilidade para a abertura
adequada e ventilação da orelha média com ar fresco gera um ambiente anaeróbico onde
infecções podem se desenvolver (Bogart, 2008). À medida que se atinge grande altitude, o ar
torna-se menos denso (diminuição da pressão atmosférica) e dilata-se dentro da cavidade
timpânica, forçando lateralmente a membrana do tímpano que pode romper-se. A maior
pressão do ar na orelha média pode forçar a tuba auditiva e abrir-se com um estalo. O bocejo
e a deglutição ajudam, pela abertura da tuba auditiva, a igualar as pressões em cada lado da
membrana do tímpano (Dângelo & Fattini, 2001).
Em sua parede lateral, uma prega vertical da mucosa, a prega salpingofaríngea, estende-se
para baixo, a partir da tonsila tubária, e contém o músculo salpingofaríngeo. Uma segunda
prega menor, a prega salpingopalatina, estende-se da parte superior da tonsila tubária ao
palato. Atrás do óstio faríngeo da tuba auditiva, situa-se um profundo recesso, o recesso
faríngeo (Gray, 1988).
Na parte posterior encontra-se uma saliência produzida por tecido linfático conhecida como
tonsila faríngea (Gray, 1988). De um modo geral a tonsila faríngea é mais volumosa na
infância, regredido e se atrofiando na idade adulta (Castro, 1985). Quando estas tonsilas
tornam-se aumentadas como respostas a uma infecção são chamadas de “adenóides”. Esse
aumento pode ser crônico e pode interferir com a respiração pelo nariz, tornado necessário a
respiração pela boca (Spence, 1991).
-Orofaringe (parte oral da faringe). Tem uma função digestiva (Moore, 2007). Estende-se do
palato mole no nível do osso hióide. Anteriormente abre-se na boca, através do istmo das
fauces. Em sua parte lateral, entre os dois arcos, se encontram as tonsilas palatinas,
“amígdalas” (Gray, 1988). São duas massas de tecido linfóide localizadas em ambos os lados
da orofaringe, entre os arcos palatoglosso (anterior) e palatofaríngeo (posterior). O espaço
entre os arcos que lhe serve de leito, é a fossa tonsilar. As tonsilas palatinas estão
frequentemente inflamadas e, não raro, são removidas cirurgicamente (Dângelo & Fattini,
2001).
*Fauce(s) (L.) faux, pl. fauces (=passagem estreita, garganta). Na antiga casa romana, o
atrium era o local mais familiar (de reunião). Entre este e um pátio externo, com pilares e
caramanchões (perystilo) havia duas estreitas passagens, usadas apenas pelos escravos
e/ou criados, chamadas fauces. Em sentido geral, designava também os desfiladeiros,
gargantas e entradas de cavernas. Celso (30 d.C.) utilizou a palavra, no singular (uso raro),
para denominar a passagem da boca à faringe (Fernandes, 1999).
O arco palatoglosso é uma prega de túnica mucosa que cobre o músculo palatoglosso
subjacente. O intervalo entre os arcos palatoglossos marca o limite entre a boca e a parte oral
da faringe e é chamado de istmo das fauces. O arco palatofaríngeo é uma prega da túnica
mucosa situada na parede lateral da parte oral da faringe atrás do arco palatoglosso. Ele
cobre o músculo palatofaríngeo subjacente (Snell, 1999).
O suprimento arterial para a tonsila é a artéria tonsilar, um ramo da artéria facial. As veias
perfuram o músculo constritor superior e se unem às veias palatina externa, faríngea ou facial
(Snell, 1999).
*A remoção cirúrgica das tonsilas palatinas chama-se tonsilectomia, enquanto a remoção das
tonsilas faríngeas é chamada de adenoidectomia (Van de Graaff, 2003).
A camada muscular pode ser descrita como uma camada circular externa e uma camada
longitudinal interna. Os três músculos constritores da faringe, que formam a camada externa,
estão dispostos de modo que o músculo constritor inferior é sobreposto pelo músculo
constritor médio, que por sua vez se sobrepõe ao músculo constritor superior. Esta
organização foi comparada a três funis ou vasos de flores, um inserido dentro do outro.
Assim, o músculo constritor inferior da faringe é o mais evidente, e o constritor médio e
superior são menos evidentes (Bogart, 2008). A camada interna, longitudinal, de músculos da
faringe, compreende os músculos estilofaríngeo, palatofaríngeo e salpingofaríngeo (Dângelo
& Fattini, 2001).
-Músculo constritor inferior da faringe. O mais espesso dos três constritores (Gray, 1988);
-Músculo constritor superior da faringe. É quadrilátero, mais fino e pálido que os outros dois
(Gray, 1988);
-Músculo estilofaríngeo. Longo e delgado (Gray, 1988) de forma triangular (Rouviere, 1959);
-M. salpingofaríngeo. Está incluído na prega salpingofaríngica (Dângelo & Fattini, 2001);
-M. palatofaríngeo. Está incluído no chamado arco palatofaríngeo, uma prega vertical situada
posteriormente à tonsila palatina (Fehrenbach & Herring, 2002).
Todos os músculos faríngicos agem na deglutição e não tem sentido suas ações
individualmente. O estudante deve reporta-se ao mecanismo da deglutição (Dângelo & Fattini,
2001).
A laringe, assim como uma parte da traquéia, localiza-se no adulto, anteriormente à entrada
do esôfago. Durante a deglutição a laringe é temporariamente fechada para evitar que o
alimento chegue até a traquéia. A deglutição é iniciada voluntariamente. Distinguem-se três
fases na deglutição: (i) iniciação voluntária do ato de deglutição; (ii) fechamento reflexo da
laringe; (iii) transporte reflexo do alimento por meio da faringe e do esôfago (Schünke, 2007).
Durante a segunda fase, a laringe é elevada pela contração da musculatura do soalho da boca
(músculos milo-hióideos e músculos digástricos) e dos músculos tireo-hióideos, a epiglote
fecha a entrada da laringe, e, portanto, a via aérea é bloqueada. Ao mesmo tempo, o palato
mole é tensionado e elevado, posicionando-se contra a parede posterior da faringe (Schünke,
2007).
3.6 Vascularização
O suprimento arterial da faringe é derivado dos ramos das artérias faríngea ascendente,
palatina ascendente, facial, maxilar e lingual. As veias drenam para o plexo venoso faríngeo,
que por sua vez drena para a veia jugular interna (Snell, 1999).
4. LARINGE
*Entre os gregos, a palavra pharynx era, usualmente, confundida e empregada no lugar de (G.)
larynx. O primeiro a descrever as cartilagens da laringe foi Galeno. Vesalius, como costume na
época, apenas numerou as cartilagens (Fernandes, 1999).
-(G.) larynx (=gaita, parte alta da traqueia), de (G.) larungein (=gritar) (Fernandes, 1999).
4.1 Características Gerais
A laringe ou órgão da voz é a parte do conduto aéreo que comunica a faringe com a traquéia
(Gray, 1988). Trata-se de uma estrutura semi-rígida, com esqueleto cartilagíneo, no qual as
cartilagens se articulam em junturas sinoviais (Dângelo & Fattini, 2001). Ela produz uma
considerável saliência na linha mediana do pescoço chamada pomo de Adão. Sua extensão
vertical corresponde à C4 e C6, porém está situada um pouco mais alta na mulher, o mesmo
ocorrendo durante a infância (Gray, 1988). Durante a puberdade, no homem, a laringe cresce
rapidamente em tamanho e as pregas vocais tornam-se 1,0cm mais longas fazendo com que
o limite inferior da voz caia de uma oitava. Nas mulheres, estas alterações, inclusive no tom da
voz, são menos acentuadas (Dângelo & Fattini, 2001). De cada lado da laringe estão os
grandes vasos do pescoço (Gray, 1988).
A laringe tem duas funções. Sua função principal é impedir que o alimento ou líquidos entrem
na traquéia e nos pulmões durante a deglutição e permitir a passagem do ar durante a
respiração. Um papel secundário é a produção de sons (Van de Graaff, 2003). A fonação é a
produção fisiológica da voz. Seu mecanismo é o seguinte: o ar expulso dos pulmões ao
atravessar a glote estreitada, entra em vibração. As vibrações do ar é que originam um som
que será modelado, tomando as características da voz humana na faringe, boca e cavidade
nasal. O estreitamento da glote é devido à ação dos músculos das cordas vocais, que se
contraem. Quando estes músculos não estão contraídos, o ar expirado passa livremente pela
glote, não produzindo som (Dias, 1969). Devido à influência dos hormônios sexuais
masculinos, as pregas vocais usualmente são mais espessas e mais longas nos homens do
que nas mulheres. Por isso, elas vibram mais lentamente, dando aos homens um tom mais
baixo do que nas mulheres (Tortora, 2006).
*Um edema agudo da laringe (edema de glote) pode surgir após reações hiperalérgicas e
outras causas, provocando um estreitamento da via respiratória e consequente falta de ar. O
edema é resultado de um acúmulo de fluido não na submucosa das pregas vocais, que é de
textura densa com a mucosa bem aderida, mas em outras áreas da laringe, onde a
submucosa é frouxa e a túnica mucosa é fracamente aderida às cartilagens (Cruz Rizzollo &
Madeira, 2004).
masculino feminino
mm mm
Altura ................................................ 44 36
Diâmetro transversal ............................ 43 41
Diâmetro ântero-posterior ..................... 36 26
Circunferência ..................................... 136 112
A laringe é formada por nove cartilagens, três ímpares e três pares, como se segue: tireóidea,
cricóidea, aritenóidea, corniculadas, cuneiformes e epiglote (Gray, 1988). Essas cartilagens
são mantidas juntas, e unidas ao osso hióide acima e à traquéia abaixo, por ligamentos e
músculos (Spence, 1991).
a) Tireóidea:
*Entre os povos egeus, nos primórdios da civilização grega, o thyreós, era uma grande pedra
achatada colocada contra uma porta, para mantê-la fechada. Mais tarde, a palavra foi aplicada
a um escudo pelos habitantes da ilha de Minos, feito de lâminas de madeira prensadas,
amarradas com cipós e completado, nas bordas, com placas de metal (uma forma muito
semelhante a uma porta, que em grego arcaico chamava-se thyra). Este escudo, ao contrário
da maioria dos escudos gregos, cobria o corpo até os pés e tinha duas chanfraduras ou
entalhes, superior ou inferiormente, para encaixar o queixo e o joelho, respectivamente. A
cartilagem tireóidea recebeu esse nome por sua posição em relação à laringe, parece um
escudo protetor (Fernandes, 1999).
-constituída por duas lâminas de cartilagem hialina que se encontram na linha mediana no
saliente ângulo em “V” da proeminência laríngea (Snell, 1999);
-maior e mais proeminente em homens do que em mulheres por causa do efeito de hormônios
sexuais masculinos no desenvolvimento da laringe durante a puberdade (Van de Graaff, 2003);
-na face externa de cada lâmina está uma linha oblíqua para a inserção dos músculos
esternotireóideo, tíreo-hióideo e constritor inferior da faringe (Snell, 1999);
-as projeções superiores (cornos superiores) são fixadas ao osso hióide pelo aspecto lateral
da membrana tireohióidea lateral (Bogart, 2008);
-as projeções inferiores (cornos inferiores) se articulam com a junção da lâmina e do arco da
cartilagem cricóidea (Bogart, 2008).
b) Epiglote:
-situada posterior à raiz da língua e ao hióide, e anterior ao ádito da laringe (Moore, 2007);
-está fixada à margem anterior da cartilagem tireóidea e ao osso hióide (Tortora, 2006);
-a porção larga superior da epiglote não é fixa, sendo livre para se mover para cima e para
baixo (Tortora, 2006);
*A laringe inteira se eleva durante a deglutição para fechar a glote contra a epiglote. Esse
movimento pode ser observado colocando os dedos sobre a laringe e deglutindo em seguida.
Se a glote não está fechada como deveria ocorrer durante a deglutição, o alimento pode entrar
na glote (Van de Graaff, 2003).
c) Cricóidea:
*O termo krykos é obviamente uma variante de (G.) kyrkos (=círculo) e deu o nome à
cartilagem laríngea pela sua forma em anel sinete. Este tipo de anel, muito frequente nas
classes nobres da Antiguidade e da Idade Média, tinha uma mesa (ou platina) larga onde
havia um símbolo ou inscrição que identificava seu portador e servia para “assinar”
documentos (apondo o anel sobre o lacre derretido) porque a maioria destas pessoas era
analfabeta (Fernandes, 1999).
-possui um arco anterior estreito e uma lâmina posterior larga (Snell, 1999);
-de cada lado da face lateral existe uma faceta circular para articulação com o corno inferior
da cartilagem tireóidea (Snell, 1999);
-de cada lado da margem superior existe uma faceta articular para articulação com a base da
cartilagem aritenóidea (Snell, 1999);
-no plano mediano da lâmina eleva-se uma crista que serve de inserção à musculatura
longitudinal do esôfago, tendão cricoesofágico (Dângelo & Fattini, 2001);
*Diversas condições podem bloquear o fluxo de ar, pela obstrução da traquéia. Os anéis de
cartilagem sustentam a traquéia e podem ser acidentalmente esmagados; a túnica mucosa
pode-se tornar tão inflama e intumescida que fecha a via aérea, o excesso de muco secretado
pelas túnicas inflamadas pode tamponar a via aérea inferior, ou um objeto grande inalado
(aspirado). Se a obstrução for acima do nível do tórax, uma traqueostomia pode ser realizada.
Nesse procedimento, é feita a incisão na traquéia, abaixo da cartilagem cricóidea, e
introduzido um tubo na traquéia para criar uma via aérea de emergência (Tortora, 2006).
d) Aritenóidea:
*Arytaina é a forma feminina de (G.) aritér (=colher funda, concha), um utensílio doméstico
comum com um gargalo largo e sulcado superiormente. O nome foi dado às cartilagens
aritenóideas e ao ligamento inter-aritenóideo, em conjunto, pela semelhança que a forma
desta parte do adito da laringe, em animais, tinha com o gargalo do jarro (Fernandes, 1999).
-(G.) arytaina (=jarro, copo) e (G.) oidés (=forma de) (Fernandes, 1999);
-são cartilagens piramidais pares, com três lados, que se articulam com as partes laterais da
margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea (Moore, 2007);
-cada cartilagem possui um ápice acima e uma base abaixo (Snell, 1999);
-o processo vocal é a única parte destas cartilagens que não pode sofrer ossificação, pois é
constituído de cartilagem elástica (Dângelo & Fattini, 2001);
-a face medial da cartilagem aritenóidea é recoberta pela mucosa da laringe (Dângelo &
Fattini, 2001);
-músculos e ligamentos cobrem a maior parte das cartilagens aritenóideas (Dângelo & Fattini,
2001).
e) Corniculadas:
-(L.) corniculatum (=que tem um pequeno chifre), de (L.) corniculum (=diminutivo de), (L.)
cornu (=corno, chifre) (Fernandes, 1999);
c) Cavidade Infraglótica: situada abaixo das pregas vocais até o limite entre a cartilagem
cricóidea e o primeiro anel traqueal. Na linguagem clínica, ela é denominada subglote ou
espaço subglótico (Gerhard Aumüller, 2009).
A subdivisão em três compartimentos é feita, por sua vez, pela presença de duas pregas da
mucosa da laringe:
a) Pregas Vestibulares
-mantêm a respiração sob pressão na cavidade torácica, quando o indivíduo realiza força para
erguer um objeto pesado, tal como uma mochila cheia de livros escolares (Tortora, 2006);
b) Pregas Vocais
-cada prega vocal contém um: (i) ligamento vocal, formado por tecido elástico espesso; (ii)
músculo vocal, formado por fibras musculares muito finas (Moore, 2007).
*Elas contêm ligamentos elásticos estendidos entre as peças de cartilagem rígida, como as
cordas de um violão. Os músculos estão inseridos na cartilagem e nas pregas vocais. Quando
os músculos se contraem, puxam fortemente os ligamentos elásticos, o que move as pregas
vocais em direção à via aérea. O ar empurrado contra as pregas vocais faz com que elas
vibrem, e produz ondas sonoras no ar da faringe, do nariz e da boca. Quanto maior a pressão
do ar, mais alto o som. O tom é controlado pela tensão das cordas vocais. Se elas são
esticadas, vibram mais rapidamente, resultando em um tom mais alto. Os tons mais baixos
são produzidos pela redução da tensão muscular (Tortora, 2006).
4.7 Vascularização
5. TRAQUEIA
-(G.) tracheia, feminino de (G.) trachys (= rugoso, irregular); talvez de (G.) trachelos (= do
pescoço) (Fernandes, 1999).
De acordo com as suas relações topográficas a traqueia é dividida em duas partes: (i) parte
cervical, desde a cartilagem cricóidea da laringe (aproximadamente na altura de C6) até a
abertura superior do tórax; (ii) parte torácica, a partir da abertura superior do tórax até um nível
imediatamente acima do plano transtorácico (altura de T4; linha interespinal), aqui se localiza,
no adulto jovem, a origem dos dois brônquios principais, bifurcação da traquéia. Na superfície
interna do local de bifurcação encontra-se frequentemente, uma projeção de mucosa,
reforçada por cartilagem para o interior da luz, a carina da traquéia. No adulto o ângulo de
bifurcação mede, normalmente 55-60º, enquanto que nas crianças ele é mais aberto, 70-80°
(Gerhard Aumüller, 2009).
O caminho do ar da traqueia está rodeado por uma série de anéis de cartilagem em forma de
“C” (Spence, 1991), entre 16 a 20 anéis de cartilagem hialina (Van de Graaff, 2003), que têm
por finalidade impedir que as paredes desse tubo se colapsem, da mesma maneira que os
anéis completos no tubo de um aspirador de pó (Spence, 1991). Os anéis sobrepostos estão
unidos entre si pelos ligamentos anulares (Erhart, 1962). A mucosa (superfície que reveste o
lume) consiste em tecido epitelial pseudo-estratificado colunar ciliado que contém numerosas
células calciformes muco-secretantes, e proporciona a mesma proteção contra pó e outras
partículas como a membrana que reveste a cavidade nasal e a laringe (Van de Graaff, 2003).
A abertura posterior nos anéis traqueais é transposta pelo músculo liso (involuntário) traqueal,
que une as suas extremidades. Portanto, a parede posterior da traqueia é plana (Moore, 2007).
A parte “incompleta” desses anéis está em contato com o esôfago. Isso permite que durante
a passagem do bolo alimentar o esôfago se expanda às expensas desta parede posterior
distensível da traqueia (Cruz Rizzollo & Madeira, 2004).
6. BRÔNQUIOS PRINCIPAIS
(G.) Bronchos (= mole, úmido), de (G.) brechein (= amolecer, umedecer) (Fernandes, 1999).
-eixo longitudinal da traqueia: forma um ângulo de cerca de 35° (Gerhard Aumüller, 2009);
-passa sob o arco aórtico e anteriormente à aorta descendente para alcançar o hilo pulmonar
esquerdo. Ele cruza à frente do esôfago e neste ponto pode impedir a deglutição de um objeto
maior (Dângelo & Fattini, 2001);
-eixo longitudinal da traquéia: forma um ângulo de cerca de 20° (Gerhard Aumüller, 2009);
-menos oblíquo. Essa disposição torna-se importante nos casos de penetração de corpos
estranhos na traquéia, os quais geralmente encontram mais facilidade para atingir o pulmão
direito (Castro, 1985);
6.4 Vascularização
O suprimento arterial dos brônquios principais se dá pelos ramos bronquiais, provenientes da
parte torácica da aorta, da artéria torácica interna e, frequentemente, da 3ª ou 4ª artéria
intercostal. O sangue venoso é conduzido, no lado direito, para a veia ázigo e, no lado
esquerdo, para a veia hemiázigo (Gerhard Aumüller, 2009).
7. PULMÕES
Os pulmões apresentam a forma de um cone (Dias, 1969), mede cada pulmão 25,0cm de
altura por 16,0cm de diâmetro (Costa, 1955). Situados na cavidade torácica (Dias, 1969) são
mais leves que a água, de consistência mole e elásticos como uma esponja (Dias, 1969;
Costa, 1955). Apresentam um ápice superior, uma base inferior e duas faces: costal (em
relação com as costelas) e medial (voltada para o mediastino). A base descansa sobre o
diafragma, músculo que separa, internamente, o tórax do abdome, e por esta razão, ela é
conhecida também como face diafragmática. Na sua face medial, cada um dos pulmões
apresenta uma fenda em forma de raquete, o hilo do pulmão, pelo qual entram ou saem
brônquios, vasos e nervos pulmonares constituindo a raiz do pulmão, o pedículo (Dângelo &
Fattini, 2001).
Nos seres humanos, assim como na maioria dos mamíferos, os pulmões apresentam sulcos
profundos, as fissuras que dividem parcialmente este órgão em lobos (Llorca, 1952). Estas
fissuras são revestidas pela pleura visceral e servem como espaço deslizante durante os
movimentos respiratórios dos pulmões. São visíveis tanto na face costal quanto na face
medial (Gerhard Aumüller, 2009).
-posição do brônquio no hilo do pulmão: epiarterial – brônquio do lobo superior direito entra
superiormente à artéria pulmonar (Gerhard Aumüller, 2009);
-é mais curto que o esquerdo, porque a cúpula diafragmática está mais elevada à direita
(Dângelo & Fattini, 2001);
-é mais largo que o esquerdo, porque o coração se desloca para a esquerda (Dângelo & Fattini,
2001);
-fixado pelo formol (impressão): esôfago, veias ázigos e a artéria subclávia direita (Dângelo &
Fattini, 2001);
-o pulmão esquerdo tem uma chanfradura, a incisura cardíaca, em que o coração está situado
(Tortora, 2006);
-o pulmão esquerdo forma, abaixo da incisura cardíaca, uma projeção em forma de língua, a
língula (Gerhard Aumüller, 2009), que corresponderia ao lobo médio do pulmão direito
(Dângelo & Fattini, 2001);
-fixado pelo formol (impressão): aorta e a artéria subclávia esquerda (Dângelo & Fattini, 2001);
Os segmentos broncopulmonares são denominados de acordo com suas posições nos lobos,
e o brônquio para cada um tem um nome segundo o segmento. O lobo superior direito tem
três segmentos – um apical, um posterior e um anterior. O lobo médio direito tem um
segmento lateral e um medial. O lobo inferior direito tem um superior e quatro segmentos
basais, o basal medial, anterior, lateral e posterior. O lobo superior esquerdo é de início
dividido em duas partes, e a divisão superior corresponde ao lobo superior direito e a divisão
inferior corresponde ao lobo médio direito. A divisão superior do lobo superior esquerdo tem
um segmento ápico-posterior e um anterior. A divisão inferior do lobo superior esquerdo tem
um segmento superior e outro inferior. O lobo inferior esquerdo tem um segmento superior e
três basais, o basal ântero-medial, o lateral e o posterior (Gray, 1988).
7.5 Pleura
Os pulmões e a parede da cavidade torácica são revestidos por uma membrana serosa
denominada pleura. Entre a pleura que envolve o pulmão (pleura visceral) e a pleura que
reveste a cavidade torácica (pleura parietal), forma-se uma cavidade muito delgada, a
cavidade pleural, preenchida por um líquido lubrificante que facilita a movimentação pulmonar
durante os movimentos respiratórios (Cruz Rizzollo & Madeira, 2004).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOGART, BI. Anatomia e embriologia. 1 ed. São Paulo, SP, Elsevier Editora Ltda., 2008.
CASTRO, SEBASTIÃO VICENTE DE. Anatomia fundamental. 2 ed. São Paulo, SP, Makron Books,
1985.
COSTA, CARLOS. Anatomia e fisiologia humanas e noções de higiene.1 ed. São Paulo,SP,
Editora do Brasil S/A, 1955.
CRUZ RIZZOLO RJ & MADEIRA, MC. Anatomia facial com fundamentos de anatomia sistêmica
geral. 1 ed. São Paulo, SP, Sarvier, 2004.
DÂNGELO JG & FATINNI CA. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 2 ed. São Paulo, SP,
Livraria Atheneu Editora São Paulo S.A., 2000.
DIAS, AF. Apontamentos de anatomia e fisiologia. 9 ed. São Paulo, SP, Editora Ática, 1969.
ERHART, EA. Elementos de anatomia humana. 1 ed. São Paulo, SP, Livraria Atheneu Editora
São Paulo S.A., 1962.
FEHRENBACH MJ & HERRING SW. Anatomia ilustrada da cabeça e do pescoço. 2 ed. Barueri,
SP, Manole, 2002.
GRAY, FRS. Gray anatomia. 29 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan S.A., 1988.
LLORCA FO. Anatomía humana. 1 ed. Tomo III. Corazon, vasos, nervioso periférico. Barcelona,
Espanha, Editorial Cientifica Medica, 1952.
MOORE, KL. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara
Koogan S.A., 2007.
ROUVIÉRE, H. Anatomía humana descriptiva y topográfica. 1 ed. Tomo II. Anatomia del tronco.
Madrid, Espanha, Casa Editorial Bailly-Bailliere S. A., 1959.
SCHÜNKE, M. Prometheus, atlas de anatomia: cabeça e pescoço. 1ed. Rio de Janeiro, RJ,
Editora Guanabara Koogan S.A., 2007.
SNELL, RS. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora
Guanabara Koogan S.A., 1999.
SPENCE, AP. Anatomia humana básica. 2ed. Barueri, SP, Manole, 1991.
TORTORA, GJ. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6 ed. Porto Alegre, RS,
Artmed Editora, 2006.
VAN DE GRAAFF, KM. Anatomia humana. 6 ed. Barueri, SP, Manole, 2003.
Exercício 1:
A)
B)
C)
a cartilagem tireóidea, ímpar e a cartilagem cricóidea, par.
D)
a cartilagem tireóidea, par e a cartilagem cricóidea, ímpar.
E)
ao longo da traqueia.
Exercício 2:
Embora a ação ciliar da mucosa facilite a drenagem dos seios paranasais, a posição do corpo
é fundamental. Os seios paranasais que drenam por gravidade, estando o corpo em posição
ereta, incluem tudo o que se segue, EXCETO:
A)
frontal
B)
temporal
C)
células etmoidais
D)
maxilar
E)
mandibular
Exercício 3:
PORQUE
II. O paciente tirou melhor proveito mecânico dos músculos acessórios da inspiração, a saber,
os músculos esternocleidomastóideo e os músculos escalenos.
A)
B)
C)
D)
E)
Exercício 4:
Nos seres humanos, assim como na maioria dos mamíferos, os pulmões apresentam sulcos
profundos, as fissuras que dividem parcialmente este órgão em lobos que são revestidos por
uma membrana serosa. Dessa maneira, em relação aos pulmões, assinale a alternativa
INCORRETA:
A)
B)
a entrada de corpos estranhos nas vias aéreas leva mais comumente a colapso (atelectasia)
do pulmão direito.
C)
D)
lesões penetrantes no tórax e no pescoço podem ocasionar entrada de ar na cavidade pleural,
denominado pneumotórax.
E)
quando os médicos clínicos referem-se à ausculta da base dos pulmões, estes estão se
referindo à parte posterior e inferior da face costal, e não à face diafragmática (base).
Exercício 5:
Os pulmões apresentam a forma de um cone, mede cada pulmão 25,0cm de altura por
16,0cm de diâmetro. Situados na cavidade torácica são mais leves que a água, de
consistência mole e elástica como uma esponja. Apresentam um ápice superior, uma base
inferior e duas faces: costal (em relação com as costelas) e medial (voltada para o
mediastino). A base descansa sobre o diafragma, músculo que separa, internamente, o tórax
do abdome, e por esta razão, ela é conhecida também como face diafragmática. Na sua face
medial, cada um dos pulmões apresenta uma fenda em forma de raquete, o hilo do pulmão,
pelo qual entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares constituindo a raiz do
pulmão, o pedículo. Com relação às informações sobre os pulmões, aponte a afirmativa
CORRETA.
A)
B)
C)
D)
o pulmão direito apresenta três lobos e a língula.
E)
Exercício 6:
A cavidade nasal comunica-se com o meio externo através das narinas e na região posterior,
comunica-se com a faringe através das A, aberturas que podem ser identificadas em crânios
secos. Além disso, a cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda pelo B. A e B
são:
A)
B)
C)
D)
E)
Exercício 7:
Na parte posterior encontra-se uma saliência produzida por tecido linfático conhecida como
tonsila. De um modo geral a essa tonsila é mais volumosa na infância, regredido e se
atrofiando na idade adulta. Quando estas tonsilas tornam-se aumentadas como respostas a
uma infecção são chamadas de “adenóides”. Esse aumento pode ser crônico e pode interferir
com a respiração pelo nariz, tornado necessário a respiração pela boca. A tonsila em questão
é:
A)
tonsila lingual
B)
tonsila cerebelar
C)
tonsila palatina
D)
tonsila faríngea
E)
tonsila tubária