0% acharam este documento útil (0 voto)
11 visualizações6 páginas

Proposta Do Case - DPP II 7BV

O documento apresenta a visão e missão da UNDB, destacando sua busca por excelência na formação de profissionais éticos e comprometidos. Em seguida, descreve um caso de homicídio ocorrido durante uma festa junina, envolvendo uma briga entre Renato Romário e Pedro Alberto, resultando na morte de Pedro. O texto inclui depoimentos de testemunhas e um exame cadavérico, além de questões para análise relacionadas ao processo penal e ao Tribunal do Júri.

Enviado por

Alícia Maria
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
11 visualizações6 páginas

Proposta Do Case - DPP II 7BV

O documento apresenta a visão e missão da UNDB, destacando sua busca por excelência na formação de profissionais éticos e comprometidos. Em seguida, descreve um caso de homicídio ocorrido durante uma festa junina, envolvendo uma briga entre Renato Romário e Pedro Alberto, resultando na morte de Pedro. O texto inclui depoimentos de testemunhas e um exame cadavérico, além de questões para análise relacionadas ao processo penal e ao Tribunal do Júri.

Enviado por

Alícia Maria
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 6

CASE

VISÃO DA UNDB

Ser uma instituição nacionalmente reconhecida pela sua excelência em todas as suas áreas de atuação.

MISSÃO DA UNDB

Promover o conhecimento alicerçado em princípios éticos, científicos e tecnológicos, através de metodologias de


vanguarda, visando à formação e ao aperfeiçoamento humano de profissionais comprometidos com o processo
de desenvolvimento e mudança nos seus campos de atuação.

1. INFORMAÇÕES SOBRE A DISCIPLINA

Disciplina: Direito Processual Penal II Carga Horária:


Professor: Ítalo Gustavo e Silva Leite Turno: Vespertino
Curso: Direito Período/Semestre: 7º período (7AV)
Pré-Requisito: Não há Horário:

2. OBJETIVOS

PRINCIPAL

Entender sobre a funcionalidade do funcionamento do Tribunal do Júri

SECUNDÁRIOS

Entendimento de princípios gerais e normas que norteiam o Direito Processual Penal e também o Direito Penal.
Correlação entre o direito e casos concretos a partir de informações para elaboração de peça processual de acusação
e defesa.

3. CASE – TRIBUNAL DO JÚRI

Era uma noite animada no arraial da Vila Brasil. A música alta, o cheiro de comidas típicas e as
risadas enchiam o ar enquanto as barracas de jogos e comidas estavam lotadas. A festa junina era
aguardada por todos na comunidade e, como de costume, o campo do Chico estava iluminado e repleto
de famílias, casais e amigos.
Renato Romário de Sousa, conhecido como "Chapado", circulava pelo local. Alto, com postura
descontraída, ele era figura conhecida na vila. Do outro lado do campo, Pedro Alberto Ferreira Lima,
chamado de "Animal", parecia igualmente à vontade, conversando e interagindo com os moradores.
Apesar do clima alegre, havia uma tensão não aparente entre os dois, fruto de desentendimentos
anteriores que ninguém sabia ao certo como começaram.

Página 1 de 6
CASE

Por volta das 22h, uma discussão se iniciou perto da barraca do beijo. Algumas palavras
ásperas foram trocadas, e logo a situação fugiu do controle. Ninguém sabia exatamente o que provocou o
confronto, mas os dois homens, visivelmente exaltados, começaram uma briga que atraiu uma pequena
multidão ao redor.
Entre os presentes estava Creuza Silva Lima, que mais tarde relataria à polícia que sua
preocupação principal era proteger as filhas. “Tudo aconteceu muito rápido, eu só peguei as meninas e
corri para longe”, disse ela, em depoimento. Raimundo Nonato Barata Lima e Romeu Juliano Lima da Silva,
também no local, lembraram-se de detalhes importantes. Segundo Romeu, Pedro e Renato se
empurravam e gritavam, e em determinado momento, algo semelhante a uma barra de madeira apareceu
nas mãos de Renato.
A briga terminou antes que alguém pudesse interferir. Pedro Alberto estava caído no chão,
com marcas de golpes no corpo. Pessoas gritaram, chamaram ajuda e tentaram reanimá-lo, mas a situação
já era crítica. Renato deixou o local apressadamente.
O boletim de ocorrência registrado pouco depois descreveu os fatos de forma direta. O
documento apontou Renato como suspeito do ataque e destacou que o confronto teria envolvido
violência física considerável. Dias depois, o laudo pericial foi concluído, revelando que Pedro Alberto havia
sofrido lesões extensas causadas por um objeto contundente, compatível com o relato da barra de
madeira.
A festa acabou de forma abrupta para todos. No silêncio que se seguiu, perguntas pairavam
no ar: o que de fato levou ao confronto? Poderia ter sido evitado? Enquanto isso, Renato Romário,
conhecido como "Chapado", tornava-se o principal nome das investigações. A Vila Brasil, antes repleta de
alegria, ficou marcada pela memória de uma noite que começou em festa, mas terminou em tragédia.

DEPOIMENTO DE CREUZA SILVA LIMA

"Aos dezesseis (16) dias do mês de julho do ano de dois mil e treze (2013), nesta cidade de São Luís,
Capital do Estado do Maranhão, na sala do Cartório da Delegacia do 12º DP, onde presente se
encontrava o Bel. [NOME OCULTO], Delegado de Polícia, comigo Escrivão [NOME OCULTO], ao final
assinado, aí compareceu para prestar declarações a pessoa de CREUZA SILVA LIMA, brasileira, casada,
doméstica, natural de São Luís/MA, nascida em 01/01/1980, filha de AUGUSTO SILVA OLIVEIRA e
MARIA DO ROSÁRIO LIMA, residente na Rua 02, Vila Brasil, nesta cidade, sabendo ler e escrever, fone:
[DADOS OMITIDOS]. Testemunha compromissada formalmente a falar a verdade, advertida das penas
cominadas ao crime de falso testemunho, inquirida pela Autoridade Policial, RESPONDEU: Que no dia
primeiro (01) de julho (07) do ano corrente (2013) por volta das 24h00min se encontrava em
companhia de suas duas filhas menores de idade no ARRAIÁ JUNINO, precisamente, na Barraca do
Beijo localizada no campo do Chico, próximo à sua residência, no bairro Vila Brasil; Que enquanto
estava na barraca percebeu que havia uma grande confusão próximo ao palco do arraial, no local onde
se encontravam os rapazes conhecidos pela alcunha de CHAPADO e ANIMAL; Que não conseguiu
visualizar o início da confusão; Que de repente começou um tumulto com muitas pessoas gritando e
correndo; Que, com medo do que poderia acontecer, resolveu se afastar com suas filhas e permaneceu
em um ponto próximo observando o que acontecia de longe; Que não conseguiu ver quem estava

Página 2 de 6
CASE

envolvido na confusão, pois havia muita gente no local; Que após aproximadamente quinze (15)
minutos retornou ao ponto onde estava e viu um homem caído ao chão enquanto as pessoas ao redor
diziam que ele havia sido agredido; Que não sabe informar quem agrediu ou como aconteceu a
agressão, pois já havia voltado ao local somente após o ocorrido; Que não viu arma de fogo ou
qualquer outra arma no momento em que ocorreu o tumulto; Que apenas escutou gritos e palavras
de acusação; Que não conhece a vítima ou os envolvidos pessoalmente, apenas de vista; Que não sabe
os nomes de outras pessoas que estavam no local na hora do tumulto."

DEPOIMENTO DE RAIMUNDO NONATO BARATA LIMA

"Aos dezesseis dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, nesta cidade de São Luís, capital do Estado
do Maranhão, na sala do cartório do 12º DP, onde se achava presente o Dr. [NOME OCULTO], Delegado
de Polícia, comigo, Escrivão de seu cargo, ao final assinado, compareceu RAIMUNDO NONATO
BARATILMA LIMA, brasileiro, solteiro, pedreiro, natural de COROATÁ/MA, nascido em 02/07/1960, filho
de ALEXANDRE BARATILMA LIMA e ALYNE BARATILMA LIMA, residente na Rua 13, Vila Brasil, telefone
de contato [DADOS OMITIDOS], sabendo ler e escrever. Prometeu dizer a verdade do que soubesse e lhe
fosse perguntado. Inquirido pela autoridade policial, RESPONDEU O SEGUINTE: Que, no dia primeiro de
julho de 2013, por volta 03h00min estava em casa dormindo quando ouviu gritos e telefone tocar,
resolveu atender e foi informado que seu primo de nome PEDRO ALBERTO FERREIRA LIMA havia sido
assassinado por disparos de arma de fogo em frente ao ARRAIÁ JUNINO, localizado na VILA BRASIL. Que
se deslocou para o local, entretanto, o corpo já havia sido removido para o IML; que no local ouviu
comentários de populares que o autor do crime seria um homem conhecido por CHAPADO, também
conhecido como RENATO ROMÁRIO SOUSA. Que conhece apenas de vista o suspeito do crime de nome
GELSON, mas nunca teve nenhum contato com ele; Que o declarante afirma que antes da morte não
conhecia o desentendimento que havia entre seu sobrinho e o suspeito RENATO, entretanto soube do
motivo do desentendimento depois dos fatos; Que então se dirigiu à Plantão Central de Polícia Civil da
Vila Embratel onde registrou a ocorrência policial para retirar o corpo do IML; Que depois que retirou o
corpo do IML, o transladou para o Município de BACURI onde foi sepultado; Que também não sabe
informar se o primeiro suspeito ou seu sobrinho PEDRO já antes já haviam morado em uma tia na VILA
PARIS atualmente, morava no VERELÂNDIA. Nada mais disse nem lhe foi perguntado. Lido e achado
conforme, mandou o declarante lavrar este termo que, depois de lido e achado conforme, vai por todos
assinado. Eu, ____, Escrivão de Polícia, o digitei."

DEPOIMENTO DE ROMEU JULIANO LIMA DA SILVA

"Aos vinte e três (23) dias do mês de julho (07) do ano de dois mil e treze (2013), nesta cidade de São
Luís, Estado de MARANHÃO, na unidade DÉCIMA SEGUNDA DELEGACIA DE POLÍCIA DE MARACANÃ,
sob a presidência do Dr. [NOME OCULTO], Delegado de Polícia, comigo Escrivão de seu cargo, ao final
assinado, compareceu: ROMEU JULIANO LIMA DA SILVA, masculino, Brasileiro, Solteiro, exercendo a
profissão de Servente de obras, RG nº [DADOS OMITIDOS]/MA, CPF nº [DADOS OMITIDOS], natural de
[LOCAL OCULTO]/MA, Pai: CARLOS SILVA, Mãe: JULIA LIMA, residente na Rua 13, nº 4126, Bairro: Vila
Brasil, São Luís – MA, Telefone(s): [DADOS OMITIDOS]. Inquirida pela Autoridade, RESPONDEU QUE: é
primo legítimo da vítima destes autos; Que RENATO ROMÁRIO SOUSA, conhecido pela alcunha de

Página 3 de 6
CASE

CHAPADO, é amplamente conhecido como sendo envolvido com crimes de tráfico e roubo; Que não é
verdade o fato de estar sendo ameaçado, afirma serem inverídicas; Que quanto ao ANIMAL, como era
conhecido PEDRO, já teve desavenças anteriormente, mas nada que o tenha feito temer a ponto de
procurá-lo; Que não houve qualquer tipo de desavença mais grave além do que já foi mencionado,
pois o declarante é uma pessoa de paz e não é de briga; Que nunca vendeu aparelho celular para a
pessoa de Renato; Que nunca foi atrás do declarante; Que nunca teve qualquer tipo de envolvimento
com Renato ou qualquer outra pessoa envolvida no fato que resultou na morte da vítima; Que na
verdade soube que Renato matou Pedro por causa de dívida de drogas, pois tem conhecimento que
ele é traficante e envolvido. Nada mais disse e nem lhe foi perguntado. Lido e achado conforme, vai
devidamente assinado pela autoridade, pelo declarante e por mim, escrivão que o digitei."

EXAME CADAVÉRICO

"Por solicitação do Delegado do Décimo Segundo Distrito Policial necropsio, nesta data (01.07.13), um cadáver do
sexo masculino, que informaram ser de Pedro Alberto Ferreira Lima, 23 anos, solteiro, ajudante de pedreiro,
maranhense e residente na Vila Brasil. Informam que ele foi assassinado com disparos de arma de fogo na presente
data. Trata-se de cadáver do sexo masculino, fidiomorfa, trajando bermuda azul. Exame Externo: Presença de um
orifício de entrada de PAF(a) nas regiões supra-clavicular e clavicular direitas, de um centímetro e dois milímetros
de diâmetro, ovalar; um orifício de entrada de PAF(b), circular, de um centímetro de diâmetro, na região lombar
direita. Demais segmentos corporais sem lesões externas. Exame Interno: Tronco: Após incisão clássica e rebater
partes moles e ósseas evidenciou-se volumosa coleção sanguínea na cavidade torácica; uma perfuração transfixante
do lobo superior do pulmão direito; uma perfuração na artéria Aorta; PAF(a) encrostado na coluna lombar (retirado),
com trajeto concluído no intestino delgado; PAF(b) encrostado na coluna lombar (retirado).

Conclui-se diante do exposto, que o cadáver examinado teve como "causa mortis", choque hipovolêmico por
lesões por PAFs no tronco.

1º - Se houve morte? Sim.


2º - Qual a causa da morte? Choque hipovolêmico por lesões por PAFs no tronco.
3º - Qual o instrumento ou meio que produziu a morte? Instrumento de ação pérfuro-contundente.
4º - Se foi produzido por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura, ou por meio insidioso ou cruel
(resposta especificada)? Não.

4. QUESTÕES PARA ANÁLISE

Questão principal:
Quais os principais fundamentos para que haja a acusação/defesa do acusado baseado no depoimento das 3
(três) testemunhas do caso e também no exame cadavérico a partir do caso narrado?

Perguntas secundárias:
1. Há de se falar em “legítima defesa presumida”?
2. O réu a partir da análise dos fatos pode ser enquadrado pelo princípio do in dubio pro reo?

Página 4 de 6
CASE

5. TEORIAS ENVOLVIDAS

Tribunal do Júri. Processo Penal. Procedimento e Processo. Princípios Processuais.

6. OBSERVAÇÕES

GERAIS:
- Este é um case tipo fechado (apenas um lado: acusação ou defesa a depender do grupo)
- A aplicação do case seguirá o disposto no Manual institucional de case;
- O aluno que deixar de apresentar o case ou o paper programado, não terá direito à reposição (artigo 75, § 2º do
Regimento Interno da UNDB);
- A cópia de ideias alheias (sem indicação da fonte) terá como consequência a atribuição de nota 0 (zero) para toda
a avaliação, independentemente da extensão do plágio.

ESPECÍFICAS:
- A sinopse do case será elaborada individualmente, digitada, com o mínimo de 2 e o máximo de 4 laudas (sendo a
quarta as referências);
- As sinopses deverão ser entregues por meio da plataforma Google Classroom, na turma/disciplina específica na
qual o aluno esteja matriculado e que corresponda ao case em questão, em postagem criada pelo professor para
o recebimento de sinopses. O horário da entrega encerra no início da aula na qual a discussão do case ocorrerá. O
processo de correção e atribuição de nota também será feito por meio da plataforma.
- Na discussão, as notas serão atribuídas a partir da apresentação dos relatores, após a discussão em pequenos
grupos. Será atribuída, a princípio, nota única a todos os membros do grupo. Nota diferenciada (para mais ou para
menos) poderá ser atribuída individualmente pela participação na discussão generalizada.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Código de Processo Penal. decreto lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm.
BRASIL. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 23. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2024.
LOPES JUNIOR, Aury. Direito Processual Penal. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2024.
NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2024.

7. CRONOGRAMA

ENTREGA DEVOLUÇÃO
SINOPSE DO CASE
DISCUSSÃO
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA

Página 5 de 6
CASE

Aprovado pelo Colegiado do Curso de Direito

Data:
________________________________________
Profº. Me. Arnaldo Vieira Sousa
Presidente do Colegiado

Página 6 de 6

Você também pode gostar