Cultura do ódio: A intolerância no palco da sociedade e das redes.
Nos últimos anos, a cultura do ódio, como é popularmente conhecida, tem se tornado um
fenômeno preocupante, principalmente nas redes sociais, onde os discursos de intolerância
ganham força e, de maneira fácil e rápida, são espalhados. O anonimato virtual e a
desinformação abrem portas para tal prática.
O que é cultura do ódio?
A cultura do ódio se manifesta por meio de ataques verbais, discursos discriminatórios e
agressão – em sua maioria virtual, mas que podem se estender para o mundo real. Segundo
Helena Moura, pesquisadora e socióloga, esse comportamento é impulsionado pela facilidade
com que as opiniões extremistas são disseminadas na internet.
“A tecnologia deu voz a muitas pessoas, mas também ampliou a visibilidade de
discursos de ódio, que antes ficavam restritos a pequenos grupos”, explica Moura.
O papel das redes sociais
Plataformas como o X (antigos Twitter), Instagram e, até mesmo, o Facebook são usados com
grande frequência como palco para discursos de ódio. Em 2022 mais de 74 mil denuncias
foram registradas pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet –
organização de defesa dos direitos humanos no ambiente virtual. Tal número vem crescendo
ano após ano, chegando a ter um aumento de mais de 30% em 2024.
Apesar de existirem políticas de moderação, muitos conteúdos violentos ainda circulam, e os
algoritmos podem contribuir para a radicalização, ao sugerirem conteúdos semelhantes aos já
consumidores.
Você conhece o caso Luísa Sonza?
No meio digital, a vida pessoal da cantora Luísa Sonza, de 26 anos de idade, tem sido
amplamente discutida, especialmente após seu divórcio com o humorista Whindersson Nunes,
em 2020. Após a morte do pequeno João Miguel, filho de Whindersson com Maria Lina
Deggan, de 22 semanas de vida, a cantora sofreu ataques nas redes sociais onde internautas
jogam a culpa do triste acontecimento nela.
“praga sua e dos seus fãs” “satisfeita agora?” “seu agouro é forte mesmo”
A, na época, atual namorada de Whindersson, Maria Lina, vinha sofrendo ataques durante sua
gravidez. O humorista chegou a pedir que parassem com aquilo, pois estavam desejando a
morte do bebê, que acabou acontecendo.
“E o povo vai ao Instagram da Maria dizer que ela vai perder o bebê. Nada sai que
preste desse assunto, é incontrolável. Espero ficar em paz, todos em paz, não venham
me dizer que isso não é importante, não vou fazer um parto todo humanizado e vocês
tirando a paz dela, se vocês não acreditam no que pregam, pois eu acredito que essas
coisas perturbam a mãe, perturbam a criança”
A cantora foi a público através dos seus storys do Instagram, pedindo para que as pessoas
parassem de associar seu nome a tal fatalidade, mas apagou logo em seguida.
“Pelo amor de Deus, parem com essa história. Ninguém aguenta mais, gente.
Ninguém aguenta mais. Pelo amor de Deus, parem com isso” disse Luísa aos prantos.
Algumas consequências da cultura do ódio
O caso da cantora foi um entre milhares que acontecem todos os dias. A depressão e ansiedade
caminham lado a lado nessas situações, provocando o adoecimento mental e psicológico nas
vítimas, que relatam crises de pânico e pensamentos suicidas.
Além de afetar o mental, os discursos de ódios podem incentivar ações violentas, podendo
levar a vítima à morte. Casos de agressões físicas motivadas pelo racismo, homofobia e
intolerância política estão se tornando cada vez mais comuns.
Como combater a cultura do ódio?
Para o combate da cultura do ódio, exige um esforço e estratégias eficazes que envolvam
educação, conscientização e ações concretas. Trouxemos algumas formas de enfrentar esse
problema:
Educação digital, onde é ensinado desde cedo a importância do respeito e da empatia
nas interações online.
Leis mais rigorosas, fortalecendo a legislação contra crimes de ódio, racismo e
difamação
Valorização da diversidade, incentivando a convivência com diferentes culturas,
opiniões e estilos de vida
Não compartilha conteúdos de ódio. Se for necessário criticar, saiba fazer isso de uma
maneira amigável e não ofensiva.
Maria Eduarda M. Nassif
Estudante de Jornalismo
Fontes:
https://vogue.globo.com/celebridade/noticia/2021/05/luisa-sonza-recebe-ataques-de-haters-
apos-morte-do-filho-de-whindersson-nunes.html
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2023-02/
safernet-registrou-74-mil-denuncias-de-crimes-de-odio-na-web-em-2022
Chat GPT usado como base para o texto final.