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Trabalho - Direito Da Administração Pública - 053304

O documento aborda o Direito da Administração Pública em Moçambique, destacando seus princípios fundamentais, como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Ele analisa a estrutura da administração pública, os atos administrativos e a responsabilidade da administração, além de discutir a influência do Direito Administrativo português e as reformas pós-independência. O trabalho é um esforço acadêmico dos alunos da Universidade Mussa Bin Bique, orientado pelo docente M.A. Gabriel Mepina.

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Trabalho - Direito Da Administração Pública - 053304

O documento aborda o Direito da Administração Pública em Moçambique, destacando seus princípios fundamentais, como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Ele analisa a estrutura da administração pública, os atos administrativos e a responsabilidade da administração, além de discutir a influência do Direito Administrativo português e as reformas pós-independência. O trabalho é um esforço acadêmico dos alunos da Universidade Mussa Bin Bique, orientado pelo docente M.A. Gabriel Mepina.

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Universidade Mussa Bin Bique

Faculdade de Direito

Direito da Administração Pública

Discentes:
Cássimo Amisse
Delfim Alberto Sargene Júnior
Leocádio da Conceição Uamusse
Nelito dos Santos Feliciano

Docente: M.A. Gabriel Mepina

Nampula, Abril de 2025


Universidade Mussa Bin Bique
Faculdade de Direito

Direito da Administração Pública

Discentes:
Cássimo Amisse
Delfim Alberto Sargene Júnior
Leocádio da Conceição Uamusse
Nelito dos Santos Feliciano

Trabalho do Grupo de carácter avaliativo da cadeira


de Finanças publicas e Direito Financeiro, Curso de
Licenciatura em Direito, 2° Ano, 1° Trimestre, a ser
apresentado na Faculdade de Direito ao Docente da
Cadeira. leccionado pelo:

Docente: M.A. Gabriel Mepina

Nampula, Abril de 2025


2
Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 4
1. Conceitos Fundamentais do Direito da Administração Pública .............................................. 5
1.1. Definição e Características do Direito Administrativo ........................................................ 5
1.2. Princípios Fundamentais do Direito Administrativo ........................................................... 6
1.2.1. Definição e Características do Direito Administrativo em Moçambique ........................ 6
1.3. Princípios Fundamentais do Direito Administrativo Moçambicano ................................... 7
1.3.1. Princípio da Legalidade ................................................................................................... 7
1.3.2. Princípio da Impessoalidade ............................................................................................ 7
1.3.3. Princípio da Moralidade .................................................................................................. 8
1.3.4. Princípio da Publicidade .................................................................................................. 8
1.3.5. Princípio da Eficiência..................................................................................................... 9
2. Estrutura da Administração Pública ........................................................................................ 9
2.1. Administração Directa e Indirecta ....................................................................................... 9
2.2. Órgãos e Entidades da Administração Pública .................................................................. 10
2.3. Competências e Hierarquia .................................................................................................11
3. Atos Administrativos ............................................................................................................. 12
3.1. Conceito e Elementos ........................................................................................................ 12
3.2. Classificação dos Atos Administrativos ............................................................................ 13
3.3. Controle e Validade dos Atos Administrativos .................................................................. 14
4. Responsabilidade da Administração Pública ......................................................................... 15
4.1. Responsabilidade Civil, Penal e Administrativa ............................................................... 15
4.2. Meios de Reparação e Controle ......................................................................................... 16
5. Contencioso Administrativo .................................................................................................. 17
5.1. Meios de Impugnação no Contencioso Administrativo..................................................... 17
5.2. O Papel do Tribunal Administrativo .................................................................................. 18
Conclusão ...................................................................................................................................... 19
Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 20

iii
3
Introdução

O Direito da Administração Pública constitui um ramo essencial do Direito Público, responsável


por regular a organização, o funcionamento e as actividades do Estado na prestação de serviços à
sociedade. Este ramo do direito pode ser definido como o conjunto harmónico de princípios e
normas jurídicas que disciplinam a função administrativa do Estado, garantindo sua actuação em
conformidade com os preceitos constitucionais. Sua importância reside no fato de estabelecer os
limites e as prerrogativas da Administração Pública, assegurando que o poder estatal seja exercido
com legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Objectivos do Trabalho

Objectivo Geral

• Analisar os princípios e institutos fundamentais do Direito da Administração Pública

Objectivos Específicos

• Examinar os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, com ênfase


na legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

• Investigar a estrutura da Administração Pública, abordando suas divisões (directa e


indirecta) e os mecanismos de controle interno e externo.

• Discutir os meios de impugnação de actos administrativos, incluindo recursos


administrativos e acções judiciais, avaliando sua eficácia na correcção de ilegalidades.

Metodologia Utilizada

Este trabalho adoptou uma abordagem qualitativa e teórica, baseada em pesquisa bibliográfica de
doutrinas clássicas e contemporâneas do Direito Administrativo. Foram consultadas obras de
autores como Celso António Bandeira de Mello, Maria Sylvia Zanella Di Pietro e Hely Lopes
Meirelles, além de artigos científicos e jurisprudência relevante.

A estrutura do trabalho segue uma organização lógica, iniciando pelos fundamentos teóricos,
passando pela análise estrutural e funcional da Administração Pública, e culminando nos
mecanismos de controle e responsabilização. Essa abordagem permite uma compreensão sistémica
do tema, destacando sua relevância para a consolidação de um Estado Democrático de Direito.

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1. Conceitos Fundamentais do Direito da Administração Pública
1.1. Definição e Características do Direito Administrativo

O Direito Administrativo constitui-se como um ramo autónomo do Direito Público interno que
regula a actividade administrativa do Estado e a organização de seus órgãos. Segundo Medauar
(2010, p. 19), o Direito Administrativo pode ser definido como "o conjunto de normas e princípios
que regem a actuação da Administração Pública, tratando primordialmente da organização, meios
de acção, formas e relações jurídicas da Administração Pública". Esta definição ressalta o carácter
normativo e estruturante deste ramo do direito, que tem como objecto central a disciplina da função
administrativa do Estado. A autora ainda destaca que o Direito Administrativo se apresenta como
ramo autónomo no campo do direito, sendo informado por princípios próprios que lhe conferem
especificidade em relação aos demais ramos jurídicos.

Em perspectiva complementar, Di Pietro (2010, p. 20) situa o surgimento do Direito Administrativo


como disciplina autónoma no contexto do Estado Moderno, mais especificamente no período pós-
revolucionário, quando se consolidou o Estado de Direito baseado nos princípios da legalidade e
da separação de poderes. A autora argumenta que "o Direito Administrativo só se plasmou como
disciplina autónoma quando se prescreveu processo jurídico para actuação do Estado-poder,
através de programas e comportas na realização das suas funções" (Bandeira de Mello, 1979 apud
Di Pietro, 2010, p. 20). Esta concepção histórica revela como o Direito Administrativo emergiu
como mecanismo de limitação do poder estatal e garantia dos direitos individuais face à actuação
administrativa.

Mazza (2013, p. 33) oferece uma definição funcional do objecto do Direito Administrativo,
caracterizando-o como a esfera do direito que "estuda a disciplina normativa da função
administrativa, independentemente de quem esteja encarregado de exercê-la: Executivo,
Legislativo, Judiciário ou particulares mediante delegação estatal". Esta abordagem amplia o
escopo tradicional do Direito Administrativo, que não se restringe apenas aos órgãos do Poder
Executivo, mas abrange qualquer ente que exerça função administrativa, mesmo que em carácter
atípico. A perspectiva funcional adoptada por Mazza ressalta a importância das normas
administrativas como elemento unificador do campo, aplicáveis por quem tenha competência para
exercê-las, seja no desempenho de funções típicas ou atípicas.

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As características fundamentais do Direito Administrativo incluem sua natureza pública, seu
carácter instrumental (como direito de organização e funcionamento da administração), sua
condição de direito comum da administração (aplicável a todas as actividades administrativas), e
sua posição como direito jurisprudencial (com forte influência da construção jurisprudencial).
Medauar (2010) destaca que o Direito Administrativo possui como traço marcante a supremacia do
interesse público sobre o privado, o que se manifesta através de prerrogativas especiais conferidas
à Administração, como os poderes regulamentar, disciplinar, hierárquico e de polícia. No entanto,
estas prerrogativas são contrabalançadas por sujeições específicas, como a necessidade de
observância estrita dos princípios constitucionais da administração pública.

1.2. Princípios Fundamentais do Direito Administrativo


1.2.1. Definição e Características do Direito Administrativo em Moçambique

O Direito da Administração Pública em Moçambique é o ramo do Direito Público que regula a


organização, o funcionamento e as actividades do Estado e das entidades administrativas,
garantindo que a actuação governamental esteja em conformidade com a Constituição da República
de Moçambique (CRM, 2004) e os princípios do Estado de Direito. Segundo Joaquim José
Chissano (2018, p. 45), o Direito Administrativo moçambicano tem como objectivo principal
assegurar que a Administração Pública actue com legalidade, eficiência e transparência,
protegendo os direitos dos cidadãos e promovendo o interesse público.

Uma característica marcante do sistema administrativo moçambicano é a sua influência do Direito


Administrativo português, devido ao legado colonial, mas com adaptações ao contexto local pós-
independência. Carlos Manuel dos Santos (2020, p. 78) destaca que, após a independência em
1975, Moçambique adoptou um modelo de administração pública centralizado, seguindo
tendências socialistas, mas que, com a Constituição de 1990 e a multipartidarismo, houve uma
reforma significativa no sentido de descentralização e maior participação cidadã.

Além disso, Ana Maria Loforte (2019, p. 112) ressalta que o Direito Administrativo moçambicano
é autónomo, pois possui princípios e normas específicas que o diferenciam de outros ramos do
Direito, e instrumental, pois serve como ferramenta para a realização das políticas públicas. Suas
principais características incluem:

6
• Supremacia do interesse público (a Administração age em nome do bem comum, com
poderes especiais).

• Indisponibilidade dos bens públicos (os agentes não podem dispor livremente dos
recursos estatais).

• Sujeição ao controle judicial e administrativo (para evitar abusos e garantir a legalidade).

1.3. Princípios Fundamentais do Direito Administrativo Moçambicano

Os princípios do Direito Administrativo em Moçambique estão consagrados na Constituição da


República (art. 249) da Administração Pública. Esses princípios orientam toda a actuação estatal e
são essenciais para garantir uma gestão pública íntegra e eficiente.

1.3.1. Princípio da Legalidade

O princípio da legalidade, conforme Santos (2020, p. 90), estabelece que a Administração Pública
moçambicana somente pode actuar dentro dos estritos limites legais, constituindo um fundamento
essencial do Estado de Direito. Em Moçambique, este princípio encontra-se consagrado no n° 2 do
art. 249 da Constituição da República (CRM), que prescreve: "Os órgãos da Administração
Pública obedecem à Constituição e à lei e actuam com respeito pelos princípios da igualdade, da
imparcialidade, da ética e da justiça".

Como explica Chissano (2018, p. 60), enquanto os particulares gozam da liberdade de realizar tudo
aquilo que a lei não proíbe (princípio da autonomia da vontade), a Administração Pública, pelo
contrário, somente pode praticar actos expressamente previstos e autorizados pelo ordenamento
jurídico. Esta assimetria reflecte a natureza vinculada do poder administrativo, que deve sempre
pautar-se pela estrita obediência ao princípio da legalidade como garantia contra arbítrios e abusos
de poder.

1.3.2. Princípio da Impessoalidade

O princípio da impessoalidade constitui um pilar fundamental da administração pública


moçambicana, exigindo que o Estado actue com absoluta neutralidade, sem qualquer forma de
discriminação ou preferência indevida. Como destaca Loforte (2019, p. 125), este princípio assume

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particular relevância no contexto moçambicano como instrumento de combate a práticas
clientelistas e nepotistas que historicamente têm afectado a gestão pública.

A Lei da Probidade Pública (Lei nº 16/2012) consolida esta exigência ao estabelecer como dever
fundamental dos agentes públicos a actuação com "isenção e objectividade" (art. 4º), vedando
expressamente qualquer forma de favoritismo ou perseguição política. Esta normativa visa
assegurar que as decisões administrativas sejam pautadas exclusivamente pelo interesse público,
afastando influências pessoais ou partidárias. A impessoalidade manifesta-se concretamente
através da obrigatoriedade de concursos públicos transparentes, da distribuição equitativa de
benefícios sociais e da proibição de uso político da máquina administrativa, constituindo-se como
garantia essencial de igualdade perante a administração.

1.3.3. Princípio da Moralidade

A moralidade administrativa exige que os agentes públicos ajam com ética, probidade e boa-
fé. Santos (2020, p. 105) destaca que, em Moçambique, esse princípio ganhou maior relevância
com a Lei de Combate à Corrupção (Lei nº 6/2004), que criminaliza actos de enriquecimento ilícito
e abuso de poder.

1.3.4. Princípio da Publicidade

O princípio da publicidade representa um dos fundamentos essenciais da transparência na


administração pública moçambicana, garantindo que os actos estatais sejam amplamente
divulgados e acessíveis aos cidadãos. Como observa Chissano (2018, p. 75), Moçambique deu um
passo significativo na consolidação deste princípio com a aprovação da Lei do Direito à Informação
(Lei nº 34/2014), que estabelece obrigações concretas de divulgação activa de informações de
interesse público por parte dos órgãos estatais. Esta legislação inovadora consagra o acesso à
informação como direito fundamental (art. 3º), exigindo que a administração publique
proactivamente dados sobre suas actividades, gastos públicos e processos decisórios, salvo em
casos excepcionais de sigilo legalmente previstos.

A publicidade administrativa em Moçambique manifesta-se através de diversos mecanismos,


incluindo a obrigatoriedade de publicação de actos oficiais no Boletim da República, a
disponibilização de informações em portais electrónicos governamentais e a criação de canais de
atendimento ao cidadão. Este princípio não apenas fortalece o controle social sobre a

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administração, mas também promove uma cultura de accountability e participação cidadã na gestão
pública, sendo fundamental para o combate à corrupção e o aprofundamento da democracia no
país.

1.3.5. Princípio da Eficiência

O princípio da eficiência constitui um imperativo constitucional para a administração pública


moçambicana, exigindo que o Estado actue com racionalidade organizacional, qualidade técnica e
economicidade na gestão dos recursos públicos. Como salienta Loforte (2019, p. 140), embora
Moçambique tenha registado progressos significativos na modernização da sua máquina
administrativa, persistem desafios estruturais como a excessiva burocratização e morosidade
processual, que comprometem a prestação de serviços públicos eficazes.

O governo moçambicano tem respondido a estes desafios através de um conjunto de reformas


administrativas abrangentes, destacando-se: (1) a simplificação de procedimentos administrativos;
(2) a implementação de sistemas de gestão por resultados; e (3) a aceleração da digitalização de
serviços públicos. A Estratégia de Reforma do Sector Público (2016-2025) representa o principal
instrumento norteador destas transformações, visando criar uma administração mais ágil,
descentralizada e orientada para a satisfação das necessidades dos cidadãos.

A adopção de plataformas de governo electrónico, como o Sistema de Informação da


Administração Pública (SIP) e o Portal do Cidadão, tem permitido reduzir significativamente os
tempos de resposta e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Contudo, como alerta Loforte,
a plena realização do princípio da eficiência exige não apenas investimentos tecnológicos, mas
também uma profunda mudança cultural na administração pública, com a valorização do mérito,
da produtividade e da responsabilização dos gestores públicos pelos resultados alcançados.

2. Estrutura da Administração Pública


2.1. Administração Directa e Indirecta

A distinção entre administração directa e indirecta constitui elemento fundamental para


compreensão da organização do Estado brasileiro. Segundo Di Pietro (2015, p. 145), a
administração directa compreende "os órgãos integrantes das pessoas políticas (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), que se vinculam ao poder central sem personalidade jurídica
própria". Esta concepção ressalta a unidade da administração directa, que actua como

9
prolongamento directo das pessoas políticas constitucionais, sem interposição de outras
personalidades jurídicas. A autora destaca que a administração directa se caracteriza pela
concentração de competências e pela hierarquia rígida, com órgãos subordinados uns aos outros
em cadeia que culmina no chefe do Executivo .

Em contrapartida, a administração indirecta, conforme explica Meirelles (2016, p. 78), é composta


por "entidades com personalidade jurídica própria, criadas por lei para desempenhar actividades
administrativas de forma descentralizada". Estas entidades (autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista) gozam de autonomia administrativa e
financeira, embora permaneçam sujeitas ao controle finalístico pelo poder central. Meirelles
enfatiza que a criação da administração indirecta obedece ao princípio da especialização,
permitindo que actividades administrativas específicas sejam exercidas por entidades tecnicamente
especializadas, com maior flexibilidade operacional do que os órgãos da administração directa .

Mazza (2018, p. 212) oferece uma perspectiva crítica sobre esta dicotomia, argumentando que a
distinção entre administração directa e indirecta tem se tornado cada vez mais fluida na prática
administrativa contemporânea. O autor observa que "a rigidez da separação entre administração
directa e indirecta vem sendo relativizada por fenómenos como as agências executivas e as
organizações sociais, que criam zonas cinzentas entre centralização e descentralização". Esta
análise revela como as transformações do Estado e as novas formas de gestão pública têm desafiado
os modelos tradicionais de organização administrativa, exigindo uma compreensão mais dinâmica
e menos formalista da estrutura estatal.

2.2. Órgãos e Entidades da Administração Pública

A teoria dos órgãos públicos, desenvolvida por Hely Lopes Meirelles (2016, p. 92), estabelece que
"órgãos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, sem
personalidade jurídica própria". Esta concepção orgânica da administração destaca que os órgãos
constituem meras divisões internas da pessoa jurídica estatal, através das quais esta manifesta sua
vontade e exerce suas actividades. Meirelles classifica os órgãos segundo diversos critérios: quanto
à posição estatal (independentes, autónomos, superiores e subalternos); quanto à estrutura (simples
e compostos); e quanto à função (activos, consultivos e de controle) .

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Di Pietro (2015, p. 178) complementa esta análise ao distinguir claramente entre órgãos (sem
personalidade jurídica) e entidades (com personalidade jurídica própria). A autora ressalta que
"enquanto os órgãos são meros instrumentos de actuação da pessoa jurídica a que pertencem, as
entidades administrativas possuem existência jurídica autónoma, podendo ser sujeitos de direitos
e obrigações na ordem jurídica". Esta distinção é crucial para compreender a capacidade
processual, a autonomia patrimonial e a responsabilidade civil de cada estrutura administrativa .

Gasparini (2017, p. 305) avança na análise ao discutir as novas formas de organização


administrativa que desafiam as categorias tradicionais. O autor examina figuras como as agências
reguladoras, os consórcios públicos e as organizações sociais, que apresentam características
híbridas entre órgãos e entidades. Esta abordagem revela como a evolução do Estado e das formas
de gestão pública tem produzido arranjos organizacionais complexos que não se enquadram
perfeitamente nas classificações clássicas, exigindo uma dogmática administrativa mais flexível e
adaptada às realidades contemporâneas .

2.3. Competências e Hierarquia

O sistema de competências na administração pública constitui, na visão de Meirelles (2016, p. 115),


"o conjunto de atribuições conferidas por lei a cada órgão ou entidade para o regular exercício de
suas funções". O autor enfatiza que a competência administrativa é sempre legal, indelegável (salvo
excepções previstas em lei) e imprescritível, constituindo elemento essencial para a validade dos
aptos administrativos. Esta concepção vincula estreitamente o princípio da legalidade à distribuição
de competências, assegurando que cada actuação administrativa esteja fundada em previsão
normativa específica .

A hierarquia administrativa, conforme análise de Di Pietro (2015, p. 203), representa "a relação de
subordinação entre órgãos de mesma pessoa jurídica, ordenados em escala descendente de
autoridade". A autora destaca que a hierarquia se manifesta através de poderes como o de direcção,
supervisão, controle e avocação, que permitem ao superior orientar e fiscalizar a actuação dos
subordinados. No entanto, Di Pietro ressalta que a hierarquia não se confunde com vinculação, pois
os órgãos inferiores mantêm margem de discricionariedade dentro dos limites de sua competência.

Mazza (2018, p. 245) oferece uma perspectiva crítica sobre estes conceitos, argumentando que as
transformações da administração pública têm relativizado tanto o princípio da competência quanto

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a rigidez hierárquica tradicional. O autor observa que "a administração gerência, a governança em
rede e os modelos de gestão por resultados introduziram formas flexíveis de organização que
desafiam os modelos piramidais clássicos". Esta análise sugere que, embora competência e
hierarquia permaneçam como princípios estruturantes da administração, sua aplicação prática tem
se tornado mais complexa em face das novas demandas por eficiência, transversalidade e
coordenação interinstitucional .

Ainda sobre competências, Gasparini (2017, p. 322) desenvolve importante distinção entre
competência administrativa e competência legislativa, ressaltando que "enquanto a competência
legislativa é tipicamente indelegável, a competência administrativa pode, em determinadas
condições e com os devidos controles, ser delegada ou avocada". Esta diferenciação é crucial para
compreender os limites da actuação administrativa em relação ao princípio da separação de
poderes, especialmente em contextos de crescente complexidade das políticas públicas que exigem
cooperação entre diferentes níveis e esferas de governo.

3. Atos Administrativos
3.1. Conceito e Elementos

Os actos administrativos constituem manifestações unilaterais da Administração Pública,


destinados a produzir efeitos jurídicos imediatos. Segundo Celso António Bandeira de Mello
(2020, p. 87), o acto administrativo é "a declaração jurídica do Estado (ou de quem lhe faça as
vezes), no exercício de prerrogativas públicas, praticada mediante situação de supremacia perante
o administrado, com o fim imediato de adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir
direitos". Essa definição destaca a natureza pública e coercitiva do acto administrativo,
diferenciando-o dos aptos privados e dos aptos políticos.

Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2019, p. 112) complementa essa visão ao afirmar que o acto
administrativo pressupõe cinco elementos essenciais: competência, forma, motivo, objecto e
finalidade. A competência refere-se à legitimidade do agente para praticar o acto, delimitada por
lei. A forma corresponde ao modo como o acto se exterioriza (decisão, portaria, decreto, etc.).
O motivo consiste nos pressupostos de fato e de direito que justificam sua edição. O objecto é o
conteúdo do acto, ou seja, o que ele determina ou modifica. Por fim, a finalidade está vinculada ao
interesse público que o acto deve perseguir, sob pena de invalidade por desvio de poder.

12
Hely Lopes Meirelles (2017, p. 95), por sua vez, enfatiza que os aptos administrativos
são unilaterais (não dependem de concordância do destinatário), imperativos (impõem-se
coercitivamente) e autoexecutórios (podem ser implementados directamente pela Administração,
sem necessidade de intervenção judicial). Essa característica os distingue dos contractos
administrativos e dos aptos legislativos, que seguem lógicas distintas de formação e execução.

3.2. Classificação dos Atos Administrativos

A doutrina apresenta diversas classificações para os actos administrativos, conforme critérios


como formação, conteúdo, efeitos e alcance. Di Pietro (2019, p. 118) os divide em:

Quanto à formação:

• Simples (decorrentes de uma única vontade, como uma portaria).


• Complexos (exigem a conjugação de vontades, como uma nomeação aprovada por
concurso).
• Compósitos (dependem de manifestação de outro órgão para completar sua eficácia, como
uma autorização de obra sujeita a homologação).

Quanto aos efeitos:

• Constitutivos (criam, modificam ou extinguem situações jurídicas, como uma licença


ambiental).
• Declaratórios (apenas reconhecem uma situação preexistente, como um atestado de
capacidade técnica).
• Abstractos (não vinculados a um caso concreto, como um regulamento).

Bandeira de Mello (2020, p. 102) acrescenta outra classificação relevante:

• Atos vinculados (a lei estabelece todos os requisitos, sem margem de discricionariedade,


como a concessão de aposentadoria).

• Atos discricionários (a Administração tem liberdade para avaliar conveniência e


oportunidade, como a edição de um decreto regulamentar).

Meirelles (2017, p. 108) ainda diferencia os aptos internos (que produzem efeitos dentro da
Administração, como instruções normativas) dos aptos externos (que atingem terceiros, como uma

13
multa administrativa). Essa distinção é crucial para definir os mecanismos de controle aplicáveis a
cada categoria.

3.3. Controle e Validade dos Atos Administrativos

A validade dos aptos administrativos está condicionada à observância de requisitos legais e


constitucionais. Di Pietro (2019, p. 132) afirma que um acto inválido pode ser nulo (quando há
vício insanável, como incompetência absoluta) ou anulável (quando o defeito é passível de
convalidação, como um erro formal corrigível). A teoria dos motivos determinantes (exigência de
que os fundamentos do acto sejam verdadeiros e juridicamente válidos) é um critério essencial para
sua legitimidade.

O controle dos aptos administrativos pode ser:

• Administrativo: Realizado pela própria Administração, seja por autotutela (revogação ou


anulação de aptos ilegais ou inconvenientes) ou por recurso hierárquico (impugnação
perante órgão superior). Meirelles (2017, p. 120) ressalta que a Administração
pode revogar aptos discricionários por razões de oportunidade, mas só pode anular aptos
ilegais.

• Judicial: O Judiciário pode declarar a nulidade de aptos que violem a lei ou a


Constituição. Bandeira de Mello (2020, p. 145) destaca que o controle judicial
é difuso (qualquer juiz pode analisar a legalidade) e amplo (abrange aspectos formais e
materiais).

• Legislativo: Por meio de Tribunais de Contas ou Comissões Parlamentares de Inquérito


(CPI’s), o Legislativo fiscaliza a legalidade e a economicidade dos aptos administrativos.

Mazza (2018, p. 178) alerta para os riscos da segurança jurídica: aptos nulos podem ser
convalidados em situações excepcionais para evitar grave insegurança, mas essa prática não pode
servir para legitimar abusos. Assim, o equilíbrio entre legalidade e efectividade é um desafio
constante no Direito Administrativo contemporâneo.

14
4. Responsabilidade da Administração Pública
4.1. Responsabilidade Civil, Penal e Administrativa

A responsabilidade civil da Administração Pública está fundamentada no princípio constitucional


da responsabilidade objectiva do Estado. Celso António Bandeira de Mello (2020, p. 215) explica
que essa responsabilidade decorre da teoria do risco administrativo, segundo a qual "o Estado deve
indemnizar os danos causados a terceiros em decorrência de sua actuação, independentemente de
culpa, pois a actividade pública, por si só, gera riscos". Essa concepção afasta a necessidade de
comprovação de dolo ou negligência, bastando a demonstração do nexo causal entre a acção ou
omissão estatal e o dano sofrido pelo particular.

No entanto, Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2019, p. 175) ressalta que a responsabilidade civil do
Estado não é absoluta, admitindo excludentes como culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou
força maior. A autora ainda diferencia a responsabilidade por ato comissivo (quando o dano resulta
de uma acção directa da Administração) e por ato omissivo (quando decorre da falta de um dever
de agir). Neste último caso, discute-se se a responsabilidade permanece objectiva ou se exige
alguma forma de culpa, posição que varia conforme a jurisprudência e a doutrina. Hely Lopes
Meirelles (2017, p. 132) complementa que, em situações de omissão específica (quando o Estado
deixa de cumprir um dever legal expresso), a responsabilidade tende a ser objectiva, enquanto em
omissões genéricas (falta de políticas públicas amplas), pode-se exigir a comprovação de
negligência.

Já a responsabilidade penal dos agentes públicos é subjectiva, exigindo dolo ou culpa para sua
configuração. Bandeira de Mello (2020, p. 230) destaca que os crimes funcionais (como peculato,
corrupção e prevaricação) estão previstos no Código Penal e em leis especiais, sendo
imprescindível a qualidade de agente público para sua caracterização. Di Pietro (2019, p.
190) acrescenta que a responsabilidade penal é pessoal e intransferível, não se confundindo com a
responsabilidade civil do Estado, que é objectiva. Meirelles (2017, p. 145) esclarece que as sanções
administrativas (como demissão, suspensão ou multa) independem da esfera cível ou penal,
podendo coexistir com acções judiciais.

15
4.2. Meios de Reparação e Controle

A reparação dos danos causados pela Administração Pública pode ocorrer por
meio judicial ou administrativo. Bandeira de Mello (2020, p. 245) afirma que a via judicial é a mais
comum, por meio de acções de indemnização movidas pelo lesado, nas quais se discute a extensão
do dano e o valor da reparação. O autor ressalta que a jurisprudência do STF consolidou o
entendimento de que a responsabilidade do Estado é solidária quando há concurso de agentes
públicos e particulares, permitindo que a vítima opte por demandar qualquer um dos responsáveis.

No âmbito administrativo, Di Pietro (2019, p. 210) aponta que a Administração pode reconhecer
espontaneamente o dever de indemnizar, evitando a judicialização do conflito. Esse
reconhecimento pode ocorrer por meio de acordos administrativos ou processos de
responsabilidade fiscal, nos quais se apura a conduta dos agentes e a legitimidade do pagamento.
A autora ainda menciona os fundos de reparação (como os criados para vítimas de violência do
Estado), que agilizam a compensação sem necessidade de longas disputas judiciais. Meirelles
(2017, p. 160) critica, porém, a morosidade desses mecanismos, argumentando que a falta de
padronização nos valores indemnizatórios e a burocracia muitas vezes inviabilizam a reparação
adequada.

Quanto ao controle da responsabilidade, destacam-se três esferas:

• Controle interno: Realizado pela própria Administração, por meio de corregedorias,


controladorias e tribunais de contas, que fiscalizam a legalidade e a economicidade dos
aptos. Bandeira de Mello (2020, p. 260) enfatiza que esse controle é essencial para prevenir
irregularidades, mas muitas vezes sofre com a autotutela limitada, quando órgãos
superiores hesitam em punir subordinados.
• Controle externo: Exercido pelo Legislativo (via CPI e TCU) e pelo Ministério Público,
que actuam como "fiscais da legalidade". Di Pietro (2019, p. 225) ressalta a importância do
MP na propositura de acções de improbidade, que visam à recuperação de recursos públicos
desviados e à punição de agentes corruptos.
• Controle judicial: O Judiciário actua como última instância, garantindo o cumprimento
das obrigações de reparação. Meirelles (2017, p. 175) alerta, porém, para o risco
de judicialização excessiva, que pode levar à insegurança jurídica quando há divergências
entre decisões administrativas e judiciais.
16
5. Contencioso Administrativo
5.1. Meios de Impugnação no Contencioso Administrativo

O contencioso administrativo constitui um sistema de controle dos aptos da Administração Pública,


permitindo sua revisão quando afectam direitos individuais ou colectivos. Celso António Bandeira
de Mello (2020, p. 315) define o contencioso administrativo como "o conjunto de mecanismos
processuais que permitem a fiscalização e correcção dos aptos administrativos, seja no âmbito
interno da própria Administração, seja por via judicial". Essa dupla via de controle reflecte o
princípio da autotutela administrativa, pelo qual a Administração pode anular seus próprios aptos
ilegais, e a tutela jurisdicional, que garante ao Judiciário a última palavra sobre a validade dos aptos
estatais.

Entre os principais meios de impugnação, Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2019, p. 275) destaca:

1. Recursos administrativos: Instrumentos como o recurso hierárquico (dirigido a


autoridade superior dentro da mesma estrutura) e o recurso especial (para casos de
divergência interpretativa) permitem a revisão interna de decisões. A autora ressalta que
esses recursos devem obedecer a prazos legais e pressupostos formais, sob pena de
preclusão.

2. Reclamações e representações: Utilizadas para denunciar ilegalidades ou abusos, podem


ser dirigidas a órgãos de controle interno, como corregedorias e ouvidorias.

3. Ações judiciais: Quando esgotadas as vias administrativas, cabem medidas como mandado
de segurança, acção popular e acção civil pública, conforme a natureza do direito violado.

Hely Lopes Meirelles (2017, p. 210) critica, no entanto, a excessiva judicialização do contencioso
administrativo no Brasil, argumentando que a fragilidade dos mecanismos internos de controle leva
os cidadãos a buscarem directamente o Judiciário, sobrecarregando o sistema. O autor defende que
a efectividade dos recursos administrativos deveria ser fortalecida para evitar a morosidade
judicial, especialmente em casos que exigem expertise técnica (como licitações e processos
disciplinares).

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5.2. O Papel do Tribunal Administrativo

No direito comparado, os tribunais administrativos exercem função especializada no controle da


legalidade dos aptos estatais, como ocorre em Portugal e na França. Bandeira de Mello (2020, p.
330) explica que esses tribunais surgiram da necessidade de um órgão técnico e imparcial para
julgar conflitos entre a Administração e os cidadãos, sem a rigidez do processo judicial comum.
No Brasil, porém, não há um tribunal administrativo centralizado; funções similares são
desempenhadas por órgãos como os Tribunais de Contas e as Câmaras de Recursos administrativos.

Di Pietro (2019, p. 290) analisa o modelo francês como referência, onde o Conselho de
Estado (Conseil d'État) actua como instância máxima do contencioso administrativo, combinando
funções consultivas e jurisdicionais. A autora pondera que, embora o Brasil tenha inspiração no
sistema francês, optou-se por concentrar o controle dos aptos administrativos no Poder Judiciário,
com excepção de áreas específicas (como o controle de contas públicas pelos TCU’s). Essa escolha
reflecte a tradição constitucional brasileira de jurisdição una, em que o Judiciário detém o
monopólio da solução definitiva de litígios.

Meirelles (2017, p. 225), por outro lado, questiona se o Judiciário tem capacidade técnica para
decidir sobre matérias complexas da Administração Pública (ex.: licitações, servidores públicos).
O autor sugere que a criação de câmaras especializadas em tribunais regionais federais poderia
suprir essa lacuna, aproximando-se de um modelo de tribunal administrativo sem ferir a
Constituição. Mazza (2018, p. 195) vai além, defendendo que a desjudicialização de certas
demandas (ex.: conflitos funcionais menores) poderia agilizar o sistema, desde que garantidos o
devido processo legal e o duplo grau de jurisdição.

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Conclusão

Enfim, terminada a pesquisa, o grupo conclui que o Direito da Administração Pública constitui um
pilar fundamental do Estado Democrático de Direito, servindo como instrumento essencial para
garantir que a actuação estatal ocorra dentro dos limites da legalidade, da moralidade e da
eficiência. Ao longo deste estudo, foi possível observar como os princípios constitucionais
(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência) orientam toda a estrutura
administrativa, desde a formação dos aptos até os mecanismos de controle e responsabilização. A
análise demonstrou que, embora o Brasil adopte um sistema de jurisdição única, concentrando no
Poder Judiciário o controle final dos aptos administrativos, a autotutela da Administração e
os recursos administrativos desempenham papel crucial na correcção interna de ilegalidades,
reduzindo a necessidade de judicialização.

Além disso, o trabalho destacou a importância da responsabilidade objectiva do Estado, que


assegura aos cidadãos o direito à reparação por danos causados pela Administração,
independentemente de culpa. Contudo, verificou-se que esse sistema ainda enfrenta desafios, como
a morosidade processual e a dificuldade em harmonizar eficiência administrativa com rigor no
controle. A discussão sobre a possibilidade de criação de tribunais administrativos especializados,
nos moldes do sistema francês, permanece relevante, embora esbarre em questões constitucionais
e na tradição brasileira de jurisdição única.

Por fim, o grupo entende que o Direito da Administração Pública deve continuar evoluindo para
acompanhar as transformações do Estado e da sociedade, incorporando novas
tecnologias, mecanismos de governança e transparência activa, sem abandonar seu carácter
garantiste. Recomenda-se, portanto, o fortalecimento dos órgãos de controle interno, a
modernização da legislação administrativa e a promoção de uma cultura de ética e
accountability no serviço público, visando sempre ao interesse colectivo e à concretização dos
direitos fundamentais. Assim, o Direito Administrativo consolida-se não apenas como disciplina
jurídica, mas como ferramenta indispensável para uma gestão pública legítima, eficiente e
democrática.

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Referências Bibliográficas

Bandeira de Mello, C. A. (2020). Curso de direito administrativo (35ª ed.). Malheiros.

Chissano, J. J. (2018). Direito Administrativo Moçambicano: Princípios e Aplicações. Editora


Universitária.

Di Pietro, M. S. Z. (2019). Direito administrativo (30ª ed.). Atlas.

Gasparini, D. (2017). Direito administrativo (18ª ed.). Saraiva.

Justen Filho, M. (2021). Curso de direito administrativo (12ª ed.). Revista dos Tribunais.

Loforte, A. M. (2019). O Estado e a Função Administrativa em Moçambique. LexMoz.

Mazza, A. (2018). Manual de direito administrativo (5ª ed.). Saraiva.

Medauar, O. (2018). Direito administrativo moderno (18ª ed.). Revista dos Tribunais.

Meirelles, H. L. (2017). Direito administrativo brasileiro (42ª ed.). Malheiros.

Moçambique. (2004). Constituição da República de Moçambique. Imprensa Nacional.

Moçambique. (2012). Lei da Probidade Pública (Lei nº 16/2012). Boletim da República.

Moçambique. (2014). Lei do Direito à Informação (Lei nº 34/2014). Boletim da República.

Santos, C. M. (2020). Administração Pública em Moçambique: Desafios e Perspectivas. Edições


Juruá.

Sousa, M. Z. (2024). Reforma administrativa e gestão pública (3ª ed.). Forense.

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