Fechado!
Aqui vai o segundo texto, completamente diferente do primeiro, com
bastante conteúdo pra encher o arquivo também. Esse é sobre "O Mistério do Relógio
Congelado" — um suspense meio maluco.
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O Mistério do Relógio Congelado
Em uma cidadezinha escondida entre montanhas, onde o tempo parecia passar mais
devagar do que o normal, havia uma praça peculiar. No centro dela, erguia-se um
grande relógio, desses antigos, com ponteiros dourados e números romanos. Diziam
que ele tinha mais de 200 anos e nunca, nunca mesmo, tinha parado. Neve,
tempestade, calor, guerra, paz, carnaval, nada o fazia parar. Até que um dia, às
03h47 da madrugada, ele congelou.
A cidade acordou em choque. As pessoas se amontoavam em volta do relógio,
boquiabertas. Os ponteiros simplesmente tinham parado. O tic-tac constante, que
acompanhava o dia a dia de todos — desde o padeiro até o prefeito — havia
desaparecido. Um silêncio estranho tomou conta do lugar, como se o tempo tivesse
segurado a respiração.
A senhora Berenice, a mais velha da cidade (e a mais fofoqueira também), jurava que
aquilo era um sinal. “Quando o tempo para, é porque algo grande vai acontecer”,
repetia, com seu cachecol colorido e sua bengala que fazia toc toc no chão de
pedra. Os jovens riam, mas os mais velhos ficaram inquietos.
E então começaram os acontecimentos estranhos.
Naquele mesmo dia, um homem apareceu na estação de trem. Ninguém o reconhecia. Ele
usava um terno antiquado, um chapéu fedora e falava como se tivesse saído de um
livro do século passado. Disse que vinha buscar "o tempo perdido". Foi embora antes
que alguém pudesse perguntar mais.
Depois, na biblioteca, todos os relógios pararam também. E na escola, os alunos
relataram que as aulas pareceram durar apenas cinco minutos. O professor de
matemática ficou revoltado, achando que estavam zombando dele. Mas o ponteiro do
relógio da sala confirmava: não havia se movido.
A cidade foi tomada por uma onda de curiosidade, medo e confusão. Alguns moradores
começaram a usar ampulhetas, outros voltaram a usar relógios de bolso. Mas nada
funcionava direito. Era como se o tempo estivesse... confuso.
O prefeito convocou uma reunião de emergência. Nela, apareceu um velho relojoeiro,
que ninguém via havia anos. Seu nome era Ambrósio, e ele vivia nos arredores da
cidade, em uma oficina coberta de relógios de todos os tipos. Com sua voz rouca,
ele disse algo que deixou todos em silêncio:
— O tempo desta cidade foi selado há séculos com um pacto. E agora, alguém quebrou
esse pacto.
Ninguém entendeu muito bem, mas Ambrósio explicou: o relógio da praça era mágico.
Ele mantinha o fluxo do tempo estável naquela região. Mas alguém, ou algo, havia
interferido.
A cidade entrou em alerta. Reuniões, investigações, teorias malucas. Disseram até
que uma criança havia encontrado uma chave escondida atrás do relógio semanas
antes. Outros achavam que o homem de terno antigo era um viajante do tempo. As
ideias variavam entre lógica e pura fantasia.
Depois de três dias com o relógio parado, algo aconteceu: às 03h47, exatas 72 horas
após ter parado, o relógio se mexeu. Primeiro devagar, depois normalmente. Tic.
Tac. Tic. Tac. Como se nada tivesse acontecido.
As pessoas comemoraram, soltaram fogos, fizeram festa. Mas Ambrósio apenas
observava de longe, com um olhar preocupado.
— Isso não acabou — murmurou, antes de desaparecer novamente.
Desde então, tudo voltou ao normal. Ou quase. Todos os dias, exatamente às 03h47,
os ponteiros do relógio dão uma leve tremida. Como se o tempo estivesse se
lembrando de algo... ou avisando que um dia pode parar de novo.
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Se quiser o próximo, só mandar! Posso variar o gênero de novo — comédia, drama,
ficção científica, fantasia, o que preferir.