Comprometimento Organizacional de Meyer e Allen - Um Estudo de
Comprometimento Organizacional de Meyer e Allen - Um Estudo de
Lisboa
2013
________________________________________________________________________ 1
COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL DE MEYER E ALLEN – UM ESTUDO DE
EXPLORAÇÃO E VALIDAÇÃO PARA ANGOLA
Lisboa
2013
________________________________________________________________________ 2
À minha família
________________________________________________________________________ I
Agradecimentos
Ao Professor Doutor José Luís Nascimento, meu orientador, pela competência científica,
disponibilidade e generosidade que manifestou desde o inicio deste percurso, bem como pelo
entusiasmo com que acompanhou o desenvolvimento deste trabalho.
A Jael, por tudo que representa para mim, por ti reuni forças para a conclusão deste objectivo.
Agradeço aos meus pais pelo que fizerem e ainda fazem por mim, em especial a minha mãe,
pelo apoio manifestado durante este percurso, sem a sua ajuda este trabalho seria de todo
impossível.
Sou muito grata a todos os meus familiares e amigos pelo incentivo recebido ao longo desta
etapa.
As minhas colegas de curso, Madalena, Ágata e Eugenia pelo convívio e encorajamento que
sempre demonstraram.
________________________________________________________________________ II
Resumo
A presente investigação consiste num estudo exploratório que tem como objectivo, contribuir
para o estudo de validação do “Modelo das Três Componentes” de Meyer e Allen (1991) do
comprometimento organizacional, para o contexto angolano, bem como das escalas de medida
desse modelo proposto pelos autores (Meyer e Allen, 1997), na versão adaptada para Portugal
por Nascimento, Lopes e Salgueiro (2008).
________________________________________________________________________ III
Abstract
The purpose of the present investigation was an exploratory study to make a contribution to
the validation study of “A three-component conceptualization of organizational commitment”
by Meyer and Allen (1991) of the organizational commitment, in Angolan context, as well the
measure scales of that model, purposed by the authors (Meyer and Allen, 1997), in the
adapted version to Portugal by Nascimento, Lopes e Salgueiro (2008).
The sampling is of convenience, composed by 189 civil servants connected to five organisms
of Public Administration of Angola. The data analysis was done by the statistic program
SPSS version 19.0
Since the relations between the components of the organizational commitment weren’t the
ones that the authors established, the final results didn’t allow the validation of the studied
method to the Angolan context.
________________________________________________________________________ IV
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 1
2. Metodologia .......................................................................................................................... 16
________________________________________________________________________ V
4.Conclusões ............................................................................................................................. 40
Anexos ...................................................................................................................................... 50
________________________________________________________________________ VI
Lista de quadros
Quadro 2 - Caracterização da amostra sócio demográfica dos participantes (Estado Civil) .... 18
________________________________________________________________________ VII
Quadro 14 - Análise factorial Exploratória (forçando-se a extracção de cinco factores)......... 32
________________________________________________________________________ VIII
Introdução
1
A palavra “comprometimento” tem origem na tradução do Inglês (commitment), sendo que na língua
portuguesa o seu significado se associa a diversas traduções nomeadamente, empenhamento, implicação,
compromisso, comprometimento, entre outras. Contudo, devido á múltiplas interpretações ligadas ao conceito,
optou-se por usar nesta dissertação a palavra comprometimento organizacional por se considerar a expressão que
melhor retrata a responsabilidade pessoal de querer dar algo por iniciativa própria (Nascimento, 2010, p. 17).
Refira-se, a título de exemplo, que o dicionário da Língua Portuguesa editado pela Porto Editora, 2013, p. 390,
descreve a palavra comprometimento, como “acto de comprometer”, “comprometer-se” e de “responsabilidade”.
________________________________________________________________________ 1
estudados, o modelo das três componentes desenvolvido por Meyer e Allen (1991), tornou-se
um dos modelo mais estudados por apresentar maior consistência nos diversos estudos em
que foi utilizado.
Por outro lado, o comportamento organizacional é também influenciado pela natureza local
onde é estudado, sendo esta uma linha de investigação actual Becker, Klein, & Meyer, 2009;
Wasti & Onder, 2009). Neste sentido, sociais é uma das linha de investigação, proposta por
Becker, Klein e Meyer (2009) os estudos de natureza cultura e intercultural, nomeadamente
em termos de validação do modelo e dos instrumentos de mediada dos constructos a
diferentes e diversas realidades culturais.
É neste sentido, que incide a presente investigação. Assim, pretende-se realizar um estudo de
validação do “Modelo de Três Componentes” de Meyer e Allen (1991 e 1997), para a cultura
angolana, posicionando-se, por isso, na linha dos estudos desenvolvidos, por Nascimento,
Lopes e Salgueiro (2008) para Portugal, Macamo (2007) para Moçambique e Medeiros (1998)
para o Brasil.
O presente estudo tem como objectivo geral, contribuir para o estudo de validação do
“Modelo de Três Componentes” de Meyer e Allen (1991) do comprometimento
organizacional, para o contexto angolano, bem como das escalas de medida desse modelo
proposto pelos autores (Meyer e Allen 1997) na versão adaptada para Portugal por
Nascimento, Lopes e Salgueiro (2008). Ter-se-á também em linha de conta as versões
brasileiras (Medeiros, 1998) e moçambicana (Macamo, 2007).
Sob o ponto de vista prático, é também relevante pois permite fornecer à comunidade da
gestão e, em particular à da gestão de recursos humanos um instrumento de diagnóstico
organizacional adaptado à realidade de Angola.
________________________________________________________________________ 3
No terceiro capítulo, foram tratados estatisticamente os dados recolhidos.
________________________________________________________________________ 4
1.Revisão da literatura
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comprometimento; Meyer & Allen (1991), componentes do comprometimento. Meyer e Allen
(1991) argumentam que o termo componente é o mais adequado para se descreverem as
dimensões do comprometimento organizacional, visto que as relações entre empregados e
organização reflectem vários graus de cada uma dessas componentes.
Uma das primeiras abordagens sobre o comprometimento organizacional, foi estabelecida por
Howard Becker (1960), o qual classificou o enfoque como calculativo ou instrumental.
Becker (1960, p. 33) descreve o comprometimento como tendência do indivíduo se engajar
em “linhas consistentes de actividades”. De acordo com a teoria do autor, indivíduos
permanecem na organização devido às recompensas oferecidas pela organização ou aos custos
resultantes da sua saída da organização.
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O comprometimento normativo, é referido por Wiener (1982) que reconheceu a existência de
pressões éticas que regularizam a ligação do indivíduo no seu contexto de trabalho. Wiener
(1982 p. 421, citado por Medeiros, Albuquerque, Siqueira e Marques 2005), define o
comprometimento normativo como “a totalidade das pressões normativas
internacionalizadas para agir num caminho que encontre os objectivos e interesses
organizacionais” De acordo com a visão deste autor, funcionários com comprometimento
normativo, não têm um forte apego emocional com a organização, no entanto continuam a
trabalhar para a organização, porque consideram que é “certo” fazê-lo.
________________________________________________________________________ 8
1.2 A importância da validação
A validação de um instrumento, pode ser definida como o grau de precisão com que um
instrumento ou uma escala de medida, avalia se esta mede o que o investigador se propõe a
medir. Neste sentido, a validação de um instrumento, depende da adequação desse
instrumento em relação ao que se pretende medir, ou do uso que dele se fizer. Deste modo, a
validação de um instrumento, é relevante no processo de desenvolvimento e adaptação de um
determinado método estatístico, visto ser um requisito metodológico para que o estudo tenha
validade.
Segundo Hill e Hill (2009, p. 152), a “validade preditiva de uma medida é a validade que essa
medida tem para predizer valores noutra variável”. Já a validade simultânea, refere-se aos
valores da variável a predizer e são recolhidos ao mesmo tempo que os valores do teste.
A validade relacionada com o conteúdo, “ocorre quando os itens formam uma amostra
representativa, de todos os itens disponíveis para medir os diversos aspectos das
componentes” (Hill & Hill 2009, p.150). A validade de constructo, por sua vez, refere-se ao
grau em que um instrumento de medida se relaciona consistentemente com outras variáveis do
estudo em causa.
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Segundo Medeiros (2003, citado por Macamo, 2007) uma das grandes dificuldades no estudo
do comprometimento organizacional, prende-se com a qualidade psicométrica dos
instrumentos utilizados. O autor argumenta, que a pesquisa na área do comprometimento tem
sido realizada com base no modelo de múltiplos componentes, não tendo, estes encontrado
um ajuste preciso às diferentes culturas onde são testados e, enfrentado por isso, um problema
de confiabilidade dos instrumentos e também de validade para o constructo. Como tal,
diversos trabalhos não se ajustam aos modelos teóricos propostos por vários autores.
Angola é um país localizado na África Subsariana e faz fronteira a norte e nordeste com a
República Democrática do Congo, a leste com a Zâmbia, a sul com Namíbia e tem a oeste o
oceano Atlântico. Angola foi uma antiga colónia de Portugal, no início do século XV, e
continuou como colónia até à independência em 11 de Novembro de 1975. Possui uma
superfície total de 1.246.700 quilómetros quadrados, com uma costa marítima de 1650
quilómetros e fronteiras terrestres de 4837 quilómetros. O país está dividido
administrativamente em 18 províncias, 164 municípios e 532 comunas (freguesias). A capital
é Luanda e tem como moeda nacional o kuanza. O clima é tropical no Norte e subtropical no
Sul, sendo temperado nas zonas de maior altitude.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), Angola tem uma população estimada
em 20.609.294 habitantes.
Angola caracteriza-se por uma diversidade de grupos étnicos, culturas, tradições, e línguas
nacionais. O português é a língua oficial, apesar de as línguas nacionais serem línguas étnicas
da maioria da população. O país tem mais de 20 dialectos, dos quais seis são reconhecidos
como línguas nacionais, nomeadamente, Côkwe, o Kikongo, o Quimbundo, o Umbundo, o
Nganguela e o Ukwanyama.
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A história de Angola é caracterizada por cinco séculos de regime colonial, uma guerra
colonial de 1961 a 1974, a que se seguiram quase quatro décadas de guerra Civil, que
marcaram profundamente a sociedade angolana em todos os aspectos da vida social e
económica do país. Grande parte dos efeitos da guerra traduziram-se num crescimento brusco
e acentuado do desemprego, no aumento do número de crianças fora do sistema de educação,
no crescimento da quantidade de pessoas sem possibilidade de assistência médica e
medicamentosa condignas, na quantidade de cidadãos sem tecto, sem casa própria e no
número de deslocados, mutilados e órfãos de guerra, bem como grandes dificuldades de vida
comuns de toda a população, nomeadamente por ausência de infra-estruturas.
Angola é potencialmente um dos países mais ricos da África, devido à existência de uma
diversidade de recursos minerais nomeadamente, petróleo, gás natural, diamantes, fosfatos,
ferro, cobre, magnésio, ouro, rochas ornamentais etc. Dispõe ainda, de solos propícios à
produção agrícola, águas ricas em peixe e de um grande potencial hidráulico. Destaca-se
também, como o segundo maior produtor de petróleo e exportador de diamantes da África
Subsariana.
Em termos económicos, Angola é actualmente uma das economias mais promissoras, sendo a
sua evolução recente marcada por um forte aumento do PIB, por uma diminuição acentuada
da inflação e das taxas de juro, pelo aumento das reservas externas e por um crescimento
acentuado das exportações. Refira-se, que o crescimento económico registado na última
década dependeu predominantemente do petróleo e dos diamantes.
Apesar de todos estes recursos naturais, o país apresenta indicadores sociais muito baixos que
o colocam entre os países menos desenvolvidos do mundo sob o aspecto do desenvolvimento
humano. De entre os 187 países, referidos no relatório de desenvolvimento humano 2011,
elaborado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Angola ficou
classificada em 148º lugar, com IDH (índice de desenvolvimento humano) de 0,486.
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Este cenário, tem levado o governo a reflectir nas suas estratégias de acção, procurando
constantemente implementar programas de construção económica e social do país. De entre as
prioridades desses programas, destacam-se o combate à fome e à miséria, a sustentação do
desenvolvimento económico, a continuidade da reconstrução nacional, a modernização do
sector público, diversificação e modernização da economia, a modernização e fortalecimento
do sistema financeiro, a aceleração de desenvolvimento industrial, o desenvolvimento rural
integrado, a formação profissional da população, o desenvolvimento da classe empresarial, o
combate a corrupção, o aumento do emprego e renda, melhoria das condições de vida do
povo, a melhoria dos serviços sociais, especialmente nas áreas da saúde, da educação e da
assistência social.
De acordo Khan e Ackers (2004), as sociedades africanas têm as suas próprias tradições,
baseadas num conjunto de valores éticos e morais. Todavia, no contexto da África
Subsaariana, os recursos humanos apresentam uma forte influência sócio cultural nas relações
de emprego o que torna o sistema bastante complexo. Com efeito, o desenvolvimento de uma
forma específica de Estado-nação, simultaneamente liberal e democrático, pelo menos na sua
ideologia política manifesta, afectou igualmente a África Subsaariana durante anos e
conduziu, em muitos lugares a práticas de recursos humanos muito complexas entre o Estado
e figuras de poder locais tais como as Autoridades Tradicionais.
A existência de grupos com normas próprias, como clãs familiares extensos e irmandades
religiosas, muitas vezes transpõe relações de autoridade dentro da organização. Muitos destes
factores, estão associados a concepções históricas e põem em causa a aplicação de práticas de
recursos humanos e estratégias da organização.
Deste modo, os seus valores, e as suas crenças e acções tendem a desafiar a noção de que as
práticas de gestão ocidental são universalmente aplicadas. Com efeito, a organização social da
família matriarcal ou patriarcal e a irmandade religiosa influenciam a organização informal.
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Em função desta constatação, os autores propõem uma abordagem holística para a
compreensão das questões ligadas à gestão dos recursos humanos, sem deixar de sublinhar os
interesses económicos e o papel das instituições sociais na regulação normativa.
Esta relatividade cultural tem de ser tida em conta quando se passa a caracterizar a cultura e
estrutura da Administração Pública Angolana. No entanto, não foram encontrados estudos
antropológicos que permitam uma caracterização na linha proposta por Khan e Ackers,
(2004). É de salientar, que devido a diversidade étnica de Angola, esta realidade seja
multifacetada não havendo ainda tempo necessário para consolidação de uma identidade
cultural comum, nomeadamente, devido a guerra civil.
A partir da década de 90, o governo angolano deu início, a uma serie de iniciativas de
reforma na Administração Pública com a aprovação da lei nº 17/90, que versa sobre os
princípios a observar pela Administração Pública. A referida lei, foi aprovada com o objectivo
de adequar a gestão pública à evolução da sociedade, o que exigia uma reforma gradual e
selectiva, voltada para a melhoria dos serviços públicos. Refira-se que este período, marca
decisivamente a vontade política de fazer reformas e é considerado como ponto de partida de
todo o processo.
A terceira fase, é designada de “Segunda República”, altura em que o país assinou os acordos
de paz, em 1991, e realizou pela primeira vez em 1992, eleições gerais. O contexto político é
de completa mudança. O funcionamento da Administração Pública, passou a reger-se pelos
princípios da separação e interdependência de funções, autonomia local, descentralização e
desconcentração administrativa.
A última é designada de fase actual. O que se pretende nesta fase, por um lado, é consolidar
os instrumentos de gestão já introduzidos, de modo a que sejam apropriados pela
Administração e, por outro, aprofundar e alargar gradativamente, o âmbito da própria reforma
administrativa, com vista a qualificar e fortalecer a actividade e a eficácia do Estado, melhorar
a capacidade de gestão da Administração Pública, obter maior transparência da actividade do
Estado, contribuir para maior abertura da economia à livre iniciativa privada, proporcionar
uma maior aproximação entre os cidadãos e a Administração, bem como auxiliar na
construção de uma sociedade mais solidária.
________________________________________________________________________ 14
1.3.3 Comprometimento Organizacional e a Administração Pública
________________________________________________________________________ 15
1.4 Objectivos do estudo
O presente estudo tem como objectivo geral, contribuir para o estudo de validação do
“Modelo de Três Componentes” de Meyer e Allen (1991) do comprometimento
organizacional, para o contexto angolano, bem como das escalas de medida desse modelo
proposto pelos autores (Meyer e Allen 1997), na versão adaptada para Portugal por
Nascimento, Lopes e Salgueiro (2008). Por outro lado, é um primeiro passo para criar
condições para o desenvolvimento de estudo no âmbito do comprometimento organizacional
para Angola.
O objectivo geral, formulado anteriormente foi dividido em dois objectivos mais concretos. O
primeiro, consistiu em adaptar e determinar as propriedades psicométricas das escalas
propostas por Meyer e Allen (1997), para o contexto angolano; o segundo em verificar se o
modelo, conforme descrito na literatura, mantém-se ou sofre alterações no contexto angolano.
2. Metodologia
2.1 Instrumento
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Normativo” (“Normative Commitment Scale”) é composta por seis itens; quatro, cinco, oito,
dez, doze, dezoito dos quais a resposta de um item (cinco) deve ser invertida.
Utilizou-se no final do questionário uma secção de variáveis sócio demográfica que serviram
unicamente para caracterização da amostra. Foram definidas como variável independente, o
sexo, estado civil, idade, tempo de trabalho, antiguidade na actual empresa, habilitações
literárias, área de trabalho e posição hierárquica.
2.2 Procedimentos
A presente pesquisa iniciou-se através do contacto sumário com os responsáveis dos Recursos
Humanos de cada Ministério alvo do estudo, nos quais se apresentou o seu âmbito e o
objectivo do estudo. Depois de obtida autorização para aplicação da colecta dos dados, os
questionários foram entregues aos responsáveis das organizações, acompanhados de uma nota
introdutória que esclarecia o objectivo da investigação e a importância da colaboração dos
sujeitos. Assegurou-se a total confidencialidade das respostas, explicando-lhes a
impossibilidade de identificação dos dados fornecidos. O tempo total estimado para o
preenchimento dos questionários foi aproximadamente 15 minutos. A recolha dos
questionários ficou a cargo de um responsável de Recursos Humanos de cada organismo. Os
questionários foram recolhidos de Fevereiro de 2012 a Setembro de 2012.
A amostra do presente estudo, é constituída por 200 sujeitos, dos quais 92 são do sexo
feminino (45,7%) e 108 do sexo masculino (54,3%).
A amostra apresenta uma média de idades de 37,81 anos, com desvio padrão (DP) de 9,55
sendo a menor idade 20 anos e a maior 61 anos. No que concerne ao tempo de trabalho a
mínima é de 2 anos e a máxima de 38 anos. Quanto à antiguidade na empresa, a mínima é de
2 anos e a máxima de 38 anos. Relativamente ao número de empresas em que o funcionário
trabalhou durante a sua carreira profissional a mínima é de 1 e a máxima de 10 empresas
(Quadro 1).
________________________________________________________________________ 17
Quadro 1 - Caracterização da amostra sócio demográfica dos participantes
Relativamente ao estado civil, 46% são solteiros e 46% são casados/união de facto, 4,5% são
divorciados/separados, 2,5% são viúvos e 1% não responderam à questão (Quadro 2).
Percentagem Percentagem
Frequência Percentagem de Validação Cumulativa
Dos inqueridos, 50,5% frequentam o ensino médio, 47% frequentam ou têm o superior. Os
restantes 2,5% não responderam à questão (Quadro 3).
________________________________________________________________________ 18
Quadro 3 - Caracterização da amostra sócio demográfica dos participantes (Habilitações literárias)
Percentagem
Frequência Percentagem de Validação Percentagem Cumulativa
No que diz respeito à área de trabalho, 52,5% trabalham na área administrativa, 27% na área
técnica, 5% na área de marketing/vendas e 6,5% na área de operações/produção. Refira-se que
9% da amostra preferiu não responder a esta questão (Quadro 4).
Percentagem
Frequência Percentagem de Validação Percentagem Cumulativa
________________________________________________________________________ 19
Quadro 5 - Caracterização da amostra sócio demográfica dos participantes (Posição hierárquica)
Percentagem
Frequência Percentagem de Validação Percentagem Cumulativa
No que diz respeito à chefia, 24,5% possuem cargos de chefia, 68% não possuem cargos de
chefia, os restantes 7,5% optaram por não responder à questão (Quadro 6).
Percentagem
Frequência Percentagem de Validação Percentagem Cumulativa
________________________________________________________________________ 20
2.4 Procedimentos estatísticos
Para análise das propriedades psicométricas das medidas utilizadas, procedeu-se inicialmente
a análise univariada dos resultados obtidos por cada item, tendo-se utilizado a média, desvio
padrão, e matriz de correlação, com o objectivo de identificar um conjunto de variáveis
latentes que explicassem a correlação entre os itens que compõem as medidas analisadas.
Com o propósito de validar o modelo proposto, foi ainda, realizada uma análise factorial
exploratória (AFE), para cada uma das escalas, com base ao método de extracção de máxima
verosimilhança (ML-maximum likeliood), com rotação Promax. Para isso, os resultados
foram submetidos a análise de consistência interna, através do Apha de Cronbach. Em
seguida, procedeu-se a análise factorial das três escalas em conjunto para determinar se a
estrutura do comprometimento organizacional estavam ou não alinhadas conforme ao quadro
teórico.
Por norma, a consistência interna de uma dada escala é considerada excelente se os valores de
Alpha de Cronbach forem superiores a 0,9; bons caso estejam entre 0,8 e 0,9, razoáveis
quando se encontram entre 0,7 e 0,8; fracos se situados entre 0,6 e 0,7; sendo inaceitáveis os
valores inferiores a 0.6 (Hill & Hill, 2009).
Segundo Salgueiro (2007), a análise factorial exploratória é um procedimento que serve para
determinar adequadamente o número de factores ou variáveis latentes de forma a possibilitar
uma melhor compreensão dos dados observados. Este método, tem a característica de não se
conhecer a priori o número de factores, que pode explicar a correlação entre as variáveis
________________________________________________________________________ 21
manifestas, recorrendo desta forma a rotação de factores, permitindo a exploração de padrões
estruturais. Assim sendo, cada factor pode incidir em todas as variáveis manifestas, sendo que
cada variável é manifesta pelos pesos factoriais de cada item. Relativamente, ao método de
extracção de máxima verosimilhança (ML-maximum likelihood), o principal objectivo é
encontrar estimativas da matriz de co-variância do modelo estatístico.
Para o tratamento dos dados, utilizou-se o programa informático SPSS (estatistical package
for social science) versão 19.0.
________________________________________________________________________ 22
3. Analise de dados
Inicialmente, procedeu-se à análise univariada dos resultados obtidos por cada item, tendo-se
utilizado a média, o desvio padrão e a matriz de correlação, conforme se observa (Quadro 7).
________________________________________________________________________ 23
Quadro 7 - Médias, desvio padrão e matriz de correlações dos itens do comprometimento organizacional
Itens M DP 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
1
1.CAf_2_I 5,11 1,894
** 1
2.CAf_6 5,15 1,804 ,288
** ** 1
3.CAf_7_I 5,23 1,827 ,452 ,290
** ** * 1
4.CAf_9 4,68 1,901 ,207 ,387 ,176
** ** ** ** 1
5.CAf_11 4,93 2,005 ,234 ,363 ,259 ,468
**
** ** ** ,258 1
6.CAf_15_I 5,15 2,002 ,378 ,126 ,455 ,219
** ** ** * **
,319 ,223 ,373 ,009 ,145 ,386 1
7.CNor_5_I 4,96 2,040
* ** ** ** ** *
,148 ,352 ,208 ,310 ,298 ,172 1
8.CNor_4 4,03 2,185 ,120
* ** *
,088 ,172 ,057 ,186 ,178 ,103 ** 1
9.CNor_8 3,77 2,432 ,042 ,359
**, **
,029 ,117 ,027 ,388 ,342 ,085 ** ** 1
10.CNor_10 5,53 1,745 ,089 ,183 ,299
* ** ** *,
,072 ,176 ,110 ,277 ,336 ,145 ** ** ** 1
11.CNor_12 3,65 2,179 ,108 ,353 ,314 ,323
** ** * ** ** **
,300 ,412 ,182 ,408 ,432 ,192 ** ** * ** ** 1
12.CNor_18 4,81 1,965 ,162 ,398 ,156 ,328 ,444
* ** ** ** **
,155 ,205 ,144 ,256 ,405 ,045 ** * ** ,267 1
13.CCal_1 4,44 2,332 ,028 ,320 ,162 ,041 ,263
* * ** ** ** ** ** ** **
,132 ,166 ,018 ,269 ,281 ,022 ,049 ,410 ,493 ,316 ,294 ,269 ** 1
14.CCa_3 4,09 2,236 ,278
* ** ** ** **
,064 ,045 ,094 ,084 ,216 -,005 ,082 ,234 ,212 ,053 ,382 ,095 ** ** 1
5.CCal_13 4,26 2,108 ,291 ,208
** ** * ** ** *
-,192 -,123 -,291 -,013 -,140 -,317 -,216 -,042 ,072 ,143 ,009 -,015 ** 1
16.CCal_14 4,16 2,107 ,042 ,085 ,242
-,012 -,024 -,127 -,027 ,132 -,084 -,037 -,028 ,005 -,013 ,021 -,011 ** ** ** ** 1
17.CCal_16 4,78 2,067 ,243 ,163 ,331 ,395
* ** ** ** ** ** ** **
,162 ,249 ,127 ,357 ,357 ,126 -,005 ,262 ,129 ,326 ,228 ,410 ** ** ** ** 1
18.CCal_17 4,85 1,937 ,242 ,340 ,200 ,045 ,274
** * ** ** ** ** ** ** **
,055 ,223 ,162 ,394 ,457 ,106 ,031 ,415 ,273 ,200 ,519 ,481 ** ** ** ,335 1
19.CCal_19 4,08 2,407 ,448 ,378 ,311 ,053 ,048
CAf. Escala do Comprometimento Organizacional Afectivo; CCal. Escala do Comprometimento Organizacional Calculativo; CNor. Escala do Comprometimento
Organizacional Normativo.
________________________________________________________________________ 24
Quanto ao comprometimento afectivo, o item que apresenta um valor mais elevado, é o
CAf_7_I “ Não me sinto como fazendo parte da família nesta empresa”, (M=5,23; DP=1,83).
Em contrapartida, o item com menor valor é o CAf_9 “Na realidade sinto os problemas desta
empresa como se fossem meus”, (M=4,68; DP=1,90). Refira-se também que o item que
apresenta uma maior divergência de respostas é o CAf_11 “ Ficaria muito feliz em passar o
resto da minha carreira nesta empresa”, com um desvio padrão de. 2, 005 (M=4,93). Refira-se
ainda, que no geral todos os itens apresentam uma média de respostas ligeiramente superior
ao ponto médio da escala.
Em primeiro lugar, o item CNor_4, “Eu não iria deixar esta empresa neste momento porque
tenho uma obrigação pessoal com as pessoas que trabalham aqui”, e o item CNor_5_I “Sinto
que não tenho qualquer dever moral em permanecer na empresa onde estou actualmente”,
apresenta uma correlação não significativa (r=,120).
Já o item CNor_8 “Mesmo que fosse uma vantagem para mim, sinto que não seria correcto
deixar esta empresa no presente momento”,e o item CNor_5_I “Sinto que não tenho qualquer
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dever moral em permanecer na empresa onde estou actualmente”, também não tem correlação
significativa (r=,042).
Quanto, ao item CNor_10, “Esta empresa merece a minha lealdade” apesar dos resultados
indicarem um comprometimento de natureza normativa de média intensidade, não apresenta
correlação significativa como item CNor_5_I “Sinto que não tenho qualquer dever moral em
permanecer na empresa onde estou actualmente” (r= ,089).
O item CNor_12, “ Sentir-me-ia culpado se deixasse esta empresa agora” e o item CNor_5_I
“Sinto que não tenho qualquer dever moral em permanecer na empresa onde estou
actualmente”, não apresentam uma correlação significativa (r=,108).
Por fim, o item CNor_18, “Sinto que tenho um grande dever para com esta empresa”, não
apresenta relações estatísticas satisfatórias entre os itens CNor_5_I “Sinto que não tenho
qualquer dever moral em permanecer na empresa onde estou actualmente”(r= ,162), e o item
CNor_8, “ Mesmo que fosse uma vantagem para mim, sinto que não seria correcto deixar esta
empresa no presente momento” (r=,156).
Observa-se que os itens CCal_14, “Neste momento, manter-me nesta empresa é tanto uma
questão de necessidade material quanto de vontade pessoal”, e o item CCal_1 “Acredito que
________________________________________________________________________ 26
há muito poucas alternativas para poder pensar em sair desta empresa”, não apresentam
correlação significativa (r=, 042).
Também o item CCal_14, “Neste momento, manter-me nesta empresa é tanto uma questão de
necessidade material quanto de vontade pessoal” e o item CCal_3, “Seria materialmente
muito penalizador para mim, neste momento, sair desta empresa mesmo que pudesse fazer”
não têm uma correlação significativa (r=, 085).
Refira-se ainda, que o item CCal_17, “ Muito da minha vida iria ser afectada se decidisse
querer sair desta empresa neste momento” e o item CCal_14, “ Neste momento, manter-me
nesta empresa é tanto uma questão de necessidade material quanto de vontade pessoal”, não
apresentam correlação estatisticamente significativa (r=, 042)
Observa-se finalmente, que a correlação entre o item CCal_19, “Como já dei tanto a esta
empresa, não considero actualmente a possibilidade de trabalhar numa outra empresa”, e o
item CCal_14, “ Neste momento, manter-me nesta empresa é tanto uma questão de
necessidade material quanto de vontade pessoal”, não é significativa (r=, 053).
________________________________________________________________________ 27
3.2. Validação das escalas
O valor do coeficiente do Alpha de Cronbach foi de 0,73, pelo que se pode considerar que
esta escala tenha uma consistência aceitável (Maroco, 2010). A variação da correlação do
item total é de 0,426 a 0,524 (Quadro 8).
________________________________________________________________________ 28
Quadro 9 - Solução factorial encontrada para a escala do comprometimento organizacional afectivo.
Factor 1 Comunalidades
Estes resultados sugerem que esta escala mede o constructo comprometimento organizacional
afectivo. No entanto, há a destacar dois itens que apresentam quer uma menor carga factorial
bem como uma comunalidade inferior. São estes itens, o CAf_6, “Esta empresa tem um
significado pessoal para mim” (FL=0,466; Comunalidade =0,217) e o CAf_9 “ Na realidade
sinto os meus problemas desta empresa como se fossem meus” (FL=0,455; Comunalidade
=0,207).
O valor do coeficiente do Alpha de Cronbach foi de 0,65, pelo que se pode considerar que
esta escala tenha uma consistência aceitável (Maroco, 2010). A variação da correlação do
item total é de 0,157 a 0,503 (Quadro 10).
________________________________________________________________________ 29
De seguida, passou-se à análise factorial exploratória. O resultado obtido do teste de KMO
(Kaiser-Meyer-Olkin) para o comprometimento normativo, foi de 0,702, pelo que é possível
prosseguir com a análise.
No geral, os valores das cargas factoriais sugerem que os itens presentes nesta escala medem
o constructo comprometimento organizacional normativo com excepção do item, CNor_5_I
“Sinto que não tenho qualquer dever moral em permanecer na empresa onde estou
actualmente” (FL=0,201; Comunalidade =0,040). Também o item CNor_8, “Mesmo que
fosse uma vantagem para mim, sinto que não seria correcto deixar esta empresa no presente
momento”, apresenta valores que sugerem a sua exclusão da escala (FL=0,441;
Comunalidade = 0,194).
O valor do coeficiente do Alpha de Cronbach foi de 0,67, pelo que se pode considerar que
esta escala tenha uma consistência aceitável (Maroco, 2010). A variação da correlação do
item total é de 0,199 a 0,445 (Quadro 12).
________________________________________________________________________ 30
Quadro 12 – Fiabilidade de Alpha de Cronbach referente à escala do comprometimento organizacional
calculativo.
Correlação de
Variância dos Correcção total múltiplos
Média dos itens itens dos itens quadrados Cronbach’s Alpha
No geral, os resultados sugerem que os itens presentes nesta escala medem o constructo
comprometimento organizacional calculativo com excepção dos itens CCal_16, CCal_14. O
item CCal_16, “Uma das consequências negativas para mim se saísse desta empresa resulta
da falta de escassez de alternativas de emprego que teria disponíveis” (FL=0,381;
Comunalidade = 0, 145) e o CCal_14, “Neste momento, manter-me nesta empresa é tanto
uma questão de necessidade material quanto de vontade pessoal” (FL=0,189; Comunalidade
=0,036) não podem ser considerados como aceitáveis para medição deste constructo.
________________________________________________________________________ 31
3.2.4 Escala do comprometimento organizacional
Foi realizada a análise factorial exploratória das três sub-escalas, que produziu cinco factores
como resultado da extracção (Quadro 14).
1: 3
Afetivo/Normati Calculativo/Nor
vo 2 Afetivo mativo 4 5 Calculativo
O primeiro factor é composto pelos itens CAf_9, “Na realidade sinto os problemas desta
empresa como se fossem meus” (FL=0,694); CAf_11, “ Ficaria muito feliz em passar o resto
________________________________________________________________________ 32
da minha carreira nesta empresa” (FL=0,663); CAf_6, “Esta empresa tem um significado
pessoal para mim” (FL=0,467); CNor_18, “Sinto que tenho um grande dever para com esta
empresa” (FL=0,683); CNor_10, “esta empresa merece a minha lealdade” (FL=0,539);
CCal_17, “Muito da minha vida iria ser afectada se decidisse querer sair desta empresa neste
momento” (FL=0,625). Este factor, constituído predominantemente por itens afectivos e
normativos poderá prefigura o perfil de dever moral (“moral duty”) tal como foi
conceptualizado por Meyer e Parfyanova (2010).
O segundo factor é constituído por quatro itens invertidos, dos quais três correspondem a
componente afectiva e um à componente normativa. São eles, CAf_7_I, “ Não me sinto como
fazendo parte da família nesta empresa” (FL=0,745); CAf_15_I, “Não me sinto como fazendo
parte desta empresa” (FL=0,639); CAf_2_I “Não me sinto emocionalmente ligado a esta
empresa” (FL=0,576); CNor_5_I “Sinto que não tenho qualquer dever moral em permanecer
na empresa onde estou actualmente” (FL=0,550). Estes resultados sugerem a componente
afectiva do modelo em estudo.
O terceiro factor é composto pelos itens CCal_19, “Como já dei tanto a esta empresa, não
considero actualmente a possibilidade de trabalhar noutra” (FL=0,779), CCal_1, “Acredito
que há muito poucas alternativas para poder pensar em sair desta organização” (FL=0,560);
Ccal_13, “Uma das principais razões para eu continuar a trabalhar para esta empresa é que a
saída iria requerer um considerável sacrifício pessoal, porque outra empresa poderá não cobrir
a totalidade de benefícios que tenho aqui” (FL=0,488); CNor_12, “ Sentir-me-ia culpado se
deixasse esta empresa agora” (FL=0,665); CNor_4 “Eu não iria deixar esta empresa neste
momento porque tenho uma obrigação pessoal com as pessoas que trabalham aqui”
(FL=0,516). Sendo constituído unicamente por itens normativos e calculativos, este factor
poderá corresponder ao perfil de um sentido de obrigação por divida (sense of indebtedness)
tal como foi conceptualizado Meyer e Parfyanova (2010).
O quarto factor é composto pelos itens CNor_8, “Mesmo que fosse uma vantagem para mim,
sinto que não seria correcto deixar esta empresa no presente momento” FL=0,756); CCal-3,
“Seria materialmente muito penalizador para mim, neste momento, sair desta empresa mesmo
que o pudesse fazer”( FL=0,706). Constituído unicamente por dois itens, e de diferentes
componentes não é explicável.
________________________________________________________________________ 33
O quinto e último factor é composto por dois itens da componente calculativa. São eles
CCal_16, “Uma das consequências negativas para mim se saísse desta empresa resulta da
escassez de alternativas de emprego que teria disponíveis” (FL=0,994); e CCal_14 “Neste
momento, manter-me nesta empresa é tanto uma necessidade material quanto de vontade
pessoal” (FL=0,429).
Na medida em que duas variáveis manifestas são insuficientes para medir um constructo
latente, decidiu-se forçar a extracção de quatro factores, no sentido de eliminar um dos dois
factores constituídos unicamente por dois itens.
O primeiro factor é composto pelos itens CAf_9, “Na realidade sinto os problemas desta
empresa como se fossem meus” (FL=0,707; Comunalidade =0,505); CAf_11, “ Ficaria muito
________________________________________________________________________ 34
feliz em passar o resto da minha carreira nesta empresa” (FL=0,659; Comunalidade = 0,472);
CAf_6, “Esta empresa tem um significado pessoal para mim” (FL=0,476; Comunalidade =
0,304); CNor_18 “Sinto que tenho um grande dever para com esta empresa” (FL=0,661;
Comunalidade = 0,490); CNor_10 “Esta empresa merece a minha lealdade” (FL=0,518;
Comunalidade = 0,308); CCal_17 “Muito da minha vida iria ser afectada se decidisse querer
sair desta empresa neste momento” (FL=0,619; Comunalidade = 0,438). Assim está-se
perante um factor no qual saturam itens quer afectivos quer normativos. Verifica-se também
que um item da escala calculativa satura neste factor (CCal_17). No entanto este item
apresenta também um factor loading elevado (0,619) no segundo factor, pelo que não é de
excluir alguma ambiguidade, podendo estar a medir o constructo latente que corresponde ao
segundo factor. Assim, este primeiro factor, vai corresponder ao comprometimento
organizacional afectivo/normativo, na linha definida por Meyer e Parfyanova (2010).
O segundo factor é saturado por sete itens. São eles, CNor_12. “ Sentir-me-ia culpado se
deixasse esta empresa agora” (FL=0,715; Comunalidade = 0,515); CNor_4 “Eu não iria
deixar esta empresa neste momento porque tenho uma obrigação pessoal com as pessoas que
trabalham aqui” (FL=0,551; Comunalidade = 0,363); CNor_8 “Mesmo que fosse uma
vantagem para mim, sinto que não seria correcto deixar esta empresa no presente momento”
(FL=0,463; Comunalidade = 0,226); CCal_19, “Como já dei tanto a esta empresa, não
considero actualmente a possibilidade de trabalhar noutra” (FL=0,713; Comunalidade = 0,);
CCal _3 “Seria materialmente muito penalizador para mim, neste momento, sair desta
empresa mesmo que o pudesse fazer” (FL=0,558; Comunalidade = 0,357); Ccal_13,“Uma das
principais razões para eu continuar a trabalhar para esta empresa é que a saída iria requerer
um considerável sacrifício pessoal, porque outra empresa poderá não cobrir a totalidade de
benefícios que tenho aqui” (FL=0,498; Comunalidade = 0,); CCal_1,“Acredito que há muito
poucas alternativas para poder pensar em sair desta organização” (FL= 0,485; Comunalidade
=0,315). Assim, este factor também corresponde ao comprometimento normativo/calculativo
na linha de estudos definidos por Meyer e Parfyanova (2010).
O terceiro factor, é composto pelos itens CAf_7_I, “ Não me sinto fazendo parte da família
nesta empresa” (FL=0,743; Comunalidade = 0,559); CAf_15 _I, “Não me sinto como fazendo
parte desta empresa” (FL=0,636; Comunalidade = 0,411); CAf_2_I, “Não me sinto
“emocionalmente ligado” a esta empresa” (FL=0,574; Comunalidade = 0,349); CNor_5_I
________________________________________________________________________ 35
“Sinto que não tenho qualquer dever moral em permanecer na empresa onde estou
actualmente” (FL=0,547; Comunalidade = 0,327). Excluindo o item da componente
normativa que satura neste factor, todos os outros são afectivos, pelo que se pode deduzir que
este terceiro factor corresponde ao comprometimento afectivo.
Verifica-se que o quarto factor é constituído unicamente por dois itens da Escala Calculativa.
São os itens CCal_16 “Uma das consequências negativas para mim se saísse deste empresa
resulta da escassez de alternativas de emprego que teria disponíveis” (FL=0,994;
Comunalidade = 0,999); e CCal_14 “Neste momento, manter-me nesta empresa é tanto uma
necessidade material quanto de vontade pessoal” (FL=0,418; Comunalidade = 0,). Há a
relembrar que este factor, apesar de corresponder ao comprometimento calculativo, é
constituído unicamente por dois itens, o que é, segundo (Maroco, 2010) insuficiente para a
medição de um constructo latente.
Por fim, utilizou-se uma nova análise factorial exploratória (AFE), forçando-se a extracção de
três factores (Quadro 17), de forma a testar o modelo original de Meyer e Allen (1991, 1997).
________________________________________________________________________ 36
Quadro 17 - Análise Factorial Exploratória (com extracção de três factores)
Factor
1
Calculativo/Normativo 2 Afectivo 3 Calculativo Comunalidades
O primeiro factor permitiu explicar 26,677% da variância total. É composto pelos itens
CCal_19, “Como já dei tanto a esta empresa, não considero actualmente a possibilidade de
trabalhar noutra” (FL=0712; Comunalidade = 0,515); CCal_3, “ Seria materialmente muito
penalizador para mim, neste momento, sair desta empresa, mesmo o que pudesse fazer”
(FL=0,582; Comunalidade = 0,370); CCal_17 “Muito da minha vida iria ser afectada se
decidisse querer sair desta empresa neste momento” (FL=0,559; Comunalidade =0,363);
CCal_1 “ Acredito que há muito poucas alternativas para poder pensar em sair desta empresa”
(FL=0,485; Comunalidade = 0,305); CNor_18, “Sinto que tenho um grande dever para com
esta empresa” (FL=0,658; Comunalidade = 0,475); CNor_12, “ Sentir-me-ia culpado se
deixasse esta empresa agora” (FL=0,623, Comunalidade =0,392); CNor_4, “Eu não iria
________________________________________________________________________ 37
deixar esta empresa neste momento porque tenho uma obrigação pessoal com as pessoas que
trabalham aqui” (FL=0,589; Comunalidade = 0,364); CNor_10, “Esta empresa merece a
minha lealdade” ( FL=0,487;Comunalidade = 0,250); CNor_8, “Mesmo que fosse uma
vantagem para mim, sinto que não seria correcto deixar esta empresa no presente momento”
(FL=0,433; Comunalidade =0,207); CAf_11 “ Ficaria muito feliz em passar o resto da minha
carreira nesta empresa” (FL=0,618; Comunalidade =0,438); CAf_9, “Na realidade sinto os
problemas desta empresa como se fossem meus” (FL=0,577; Comunalidade = 0,352). Este
factor, constituído predominantemente por itens calculativos e normativos poderá prefigurar o
perfil de um sentido de obrigação por divida (sense of indebtedness) tal como foi
conceptualizado por Meyer e Parfyanova (2010).
O segundo factor, que explica 12,701% da variância total, é composto pelos itens CAf_7_I, “
Não me sinto como fazendo parte da família nesta empresa” (FL=0,710; Comunalidade =
0,510); CAf_15_ I, “Não me sinto como fazendo parte desta empresa” (FL=0,645;
Comunalidade = 0,419); CAf_2_I, “ Não me sinto emocionalmente ligado a esta empresa”
(FL=0,588; Comunalidade = 0,350); CAf_6, “Esta empresa tem um significado pessoal para
mim” (FL=0,477; Comunalidade = 0,276); CNor_5_I, “Sinto que não tenho qualquer dever
moral em permanecer na empresa onde estou actualmente” (FL=0,510; Comunalidade =
0,271). Excluindo o item da componente normativa que satura neste factor, todos os outros
itens são afectivos, pelo que se pode deduzir que este segundo factor corresponde ao
comprometimento afectivo.
Por fim, explicando 7,863% da variância total, o terceiro factor é composto por itens da
componente calculativa. Trata-se dos itens CCal_14, “Neste momento, manter-me nesta
empresa é tanto uma questão de necessidade material quanto de vontade pessoal” (FL=0,406;
Comunalidade = 0,327) ; CCal_16, “Uma das consequências negativas para mim se saísse
desta empresa resulta da escassez de alternativas de emprego que teria disponíveis ”
(FL=0,987; Comunalidade = 0,999); CCal_13, “Uma das principais razões para eu continuar a
trabalhar para esta empresa é que a saída iria requerer um considerável sacrifício pessoal,
porque outra empresa poderá não cobrir a totalidade de benefícios que tenho aqui”
(FL=0,396; Comunalidade = 0, 214). Estes resultados sugerem a componente afectiva do
modelo em estudo.
________________________________________________________________________ 38
O primeiro factor é constituído por itens da escala afectiva (dois itens) normativa (cinco itens)
e calculativa (quatro itens). Assim, não há discriminação entre os três constructos latentes,
pelo que estes resultados sugerem que o quadro estabelecido não foi validado. No entanto,
refere-se que o segundo factor corresponde à componente afectiva e o terceiro à componente
calculativa.
________________________________________________________________________ 39
4.Conclusões
Refira-se que o comprometimento organizacional pode assumir relações não lineares entre as
três componentes, bem como, com os resultados comportamentais, resultantes de um dado
perfil específico de indivíduo (Nascimento 2010). É neste sentido, que Becker et al., (2000) e
Klein et al. (2009) propõem estudos de natureza cultura e intercultural, nomeadamente em
termos de validação do modelo e dos instrumentos de medida dos constructos a diferentes e
diversas realidades culturais.
Das soluções factoriais identificadas, aquela que revelou maior consistência foi a segunda
(Quadro 15), que permitiu a extracção de quatro factores. O primeiro factor
afectivo/normativo correspondente ao perfil de dever moral. O primeiro factor a ser extraído
e, por isso é o que explica a maior percentagem da variância, poderá corresponder ao perfil
dominante na Administração Pública angolana. No entanto, esta constatação carece de
verificação empírica. O segundo factor calculativo/normativo correspondente ao perfil de
“sentido de obrigação por divida” em relação à organização, por si só, parece ser menos
determinante no contexto em estudo. O terceiro factor corresponde ao comprometimento
afectivo. E o quarto ao comprometimento normativo.
Estes resultados, sugerem que a componente normativa não esteja presente na cultura
angolana, associando-se a componente afectiva e a componente calculativa. Assim, o sentido
de dever que caracteriza esta componente assume a forma de dever moral ou de obrigação por
divida se assumir uma natureza mais instrumental. Assim, mais do que o modelo original, o
modelo proposto por Meyer e Parfyonova (2010) apresenta uma melhor adequação à
realidade angolana.
Das três escalas, aquela que apresentou piores resultados psicométricos não se podendo aferir
da sua validade para Angola, foi a escala Calculativa. Verificou-se de acordo com os
resultados obtidos, que se revela insignificante para medir o constructo latente, o que não
traduz o seu contributo para explicar o comprometimento organizacional.
Havendo outros estudos de validação do modelo e de escalas propostas por Meyer e Allen,
(1991, 1997) no espaço lusófono, é interessante comparar os resultados obtidos em cada
estudo quanto a consistência interna de cada escala.
Como se pode observar no (Quadro 19), a componente afectiva apresenta um valor mais
elevado em relação as restantes componentes. No entanto, este resultado comparado com
estudos efectuados por Meyer e Allen, 1991; Nascimento, Lopes e Salgueiro (2008);
________________________________________________________________________ 41
Macamo, (2007) apresentam valores de Alpha mais baixos. Ao contrário, não é verificado no
estudo efectuado por Medeiros, (1998) onde o valor se apresenta mais baixo.
Quanto à escala normativa, também apresenta valores mais baixos em relação aos estudos de
Meyer e Allen, (1991); Nascimento, Lopes e Salgueiro (2008); Macamo, (2007); e Medeiros,
(1998). Refira-se, que foi em Angola que esta escala apresentou pior fiabilidade
Segundo Nascimento (2010, p. 146), estas três escalas têm apresentado uma fiabilidade
aceitável, na medida em que se tem verificado em muitos estudos valores do coeficiente
Alpha de Cronbach superiores a 0,70 satisfazendo, assim, o critério de Nunnally (1978). No
caso do presente estudo, apesar deste valor não ter sido encontrado para a escala normativa e
calculativa, os valores em causa são no entanto aceitáveis.
________________________________________________________________________ 42
4.2 Limitações do estudo
No decorrer da presente investigação, houve limitações que devem ser tidas em conta. Refira-
se, em primeiro lugar, que a amostra é de conveniência e de pequena dimensão para o estudo
em causa. O facto de a amostra ser restringida a um número pequeno de instituições públicas
em Luanda, leva a que não seja representativa da realidade. Como tal, não foi possível serem
generalizados os resultados obtidos. Por este motivo, os resultado devem ser perspectivados
como tendências indicando direcções que terão de ser exploradas em estudos futuros.
Outra limitação, consiste no facto de não se ter feito um estudo de adequação linguística dos
questionários, pelo que poderá ter havido dúvidas na compreensão e na interpretação das
perguntas.
Outra limitação a ser considerada, diz respeito ao facto de não se ter recorrido a modelos de
equações estruturais. A utilização desta metodologia iria permitir medir adequadamente os
vários modelos estudados, nomeadamente o modelo considerado como sendo o mais ajustado
a realidade onde se interveio.
Por fim, propõe-se que estudos futuros verifiquem se há diferenças entre o estudo feito em
Luanda e fora de Luanda.
Contudo, está-se consciente de que ainda existe um longo caminho a percorrer para um
conhecimento mais profundo do impacto do comprometimento organizacional nas respostas
das atitudes e comportamentos dos indivíduos, particularmente em Angola.
Pelo exposto, espera-se ter contribuído para incentivar a abertura de novas linhas de
investigação sobre o comprometimento organizacional no contexto angolano onde se verifica
falta de estudos, bem como no espaço lusófono.
________________________________________________________________________ 44
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Dicionário da Língua Portuguesa editado pela Porto Editora. Novo Acordo Ortográfico, o
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Macamo L. E. (2007). Modelo dos Três Componentes: Comprometimento Organizacional de
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Licenciatura não publicada, ULHT, Lisboa, Portugal
Maroco, J. (2010). Análise Estatística - Com Utilização do SPSS (3ª ed.). Lisboa, Portugal:
Editora Sílabo
Maroco, J. & Marques, T.G. (2006). Qual a fiabilidade do alfa de cronbach? Questões
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Meyer, J. P., & Herscovitch, L. (2001). Commitment in the workplace: Toward a general
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Nascimento, J.L; Lopes A.& Salgueiro, M.F. (2008). Estudo de validação do modelo do
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Wasti, S. A., e Onder, Ç. (2009). Commitment across culture: Progress, pitfalls, and
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________________________________________________________________________ 48
Sites pesquisados
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linguas-nacionais-promocao-das-linguas-nacionais.html site consultado em Abril de 2012
________________________________________________________________________ 49
Anexos
________________________________________________________________________ 50
Anexo 1
O presente questionário faz parte de um estudo empírico que está a ser realizado no âmbito
do Programa de Mestrado em Gestão e Políticas Públicas do ISCSP – Instituto Superior de
Ciências Sociais e Políticas.
Com este estudo de investigação pretende-se verificar o que as pessoas sentem em relação às
empresas onde trabalham.
Os dados pessoais solicitados têm fins estatísticos, não havendo qualquer possibilidade de
quebra da confidencialidade.
Leia atentamente cada uma das afirmações do questionário e responda assinalando com um
X o seu grau de concordância com essa afirmação, numa escala de 7 posições, na qual a
posição 1 corresponde a “Discordo Totalmente” e a 7 “Concordo Totalmente”. Caso
queira corrigir uma determinada resposta, risque totalmente a resposta que quer alterar e
torne a assinalar com um X a sua nova resposta.
________________________________________________________________________ 51
Responda ao questionário de forma sequencial e sem interrupções. Não deixe questões para
responder no fim. Por favor responda a todas as questões. Responda ainda ao seu ritmo
próprio, sem grande pressa. No entanto, não pense muito na resposta que vai dar.
Não volte atrás para ver respostas que já deu, nem reveja no final as suas respostas.
Relembra-se que todas as respostas são admissíveis, não havendo respostas certas ou
erradas. Reafirma-se também a total confidencialidade das respostas. A empresa nunca tem
acesso aos questionários ficando estes no ISCSP até serem destruídos após o seu tratamento
estatístico.
Se tiver alguma dúvida, por favor, contacte a investigadora telefonicamente ou por e-mail.
A Investigadora
(TM: 924474000)
(e-mail: [email protected])
________________________________________________________________________ 52
Tendo em conta o que sente pessoalmente em relação empresa onde trabalha actualmente,
indique o grau com que concorda ou discorda com cada uma das seguintes afirmações,
assinalando com um X uma das sete possíveis alternativas.
1 2 3 4 5 6 7
Discordo Discordo Discordo Não concordo, Concordo Concordo Concordo
Totalmente Moderadamente Ligeiramente Nem Discordo Ligeiramente Moderadamente Totalmente
Moderadamente
Moderadamente
Não concordo,
Nem Discordo
Ligeiramente
Ligeiramente
Totalmente
Totalmente
Concordo
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Discordo
1. Acredito que há muito poucas alternativas 1 2 3 4 5 6 7
para poder pensar em sair desta empresa
2. Não me sinto “emocionalmente ligado” a esta 1 2 3 4 5 6 7
empresa
3. Seria materialmente muito penalizador para
mim, neste momento, sair desta empresa, 1 2 3 4 5 6 7
mesmo que o pudesse fazer
4. Eu não iria deixar esta empresa neste
momento porque sinto que tenho uma 1 2 3 4 5 6 7
obrigação pessoal para com as pessoas que
trabalham aqui
5. Sinto que não tenho qualquer dever moral em
permanecer na empresa onde estou 1 2 3 4 5 6 7
actualmente
6. Esta empresa tem um grande significado 1 2 3 4 5 6 7
pessoal para mim
7. Não me sinto como “fazendo parte da 1 2 3 4 5 6 7
família” nesta empresa
8. Mesmo que fosse uma vantagem para mim,
sinto que não seria correcto deixar esta 1 2 3 4 5 6 7
empresa no presente momento
9. Na realidade sinto os problemas desta 1 2 3 4 5 6 7
empresa como se fossem meus
10. Esta empresa merece a minha lealdade 1 2 3 4 5 6 7
11. Ficaria muito feliz em passar o resto da 1 2 3 4 5 6 7
minha carreira nesta empresa
12. Sentir-me-ia culpado se deixasse esta 1 2 3 4 5 6 7
empresa agora
13. Uma das principais razões para eu continuar a 1 2 3 4 5 6 7
trabalhar para esta empresa é que a saída iria
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Moderadamente
Moderadamente
Não concordo,
Nem Discordo
Ligeiramente
Ligeiramente
Totalmente
Totalmente
Concordo
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Discordo
requerer um considerável sacrifício pessoal,
porque uma outra empresa poderá não cobrir
a totalidade de benefícios que tenho aqui
14. Neste momento, manter-me nesta empresa é
tanto uma questão de necessidade material 1 2 3 4 5 6 7
quanto de vontade pessoal
15. Não me sinto como fazendo parte desta 1 2 3 4 5 6 7
empresa
16. Uma das consequências negativas para mim
se saísse desta empresa resulta da escassez de 1 2 3 4 5 6 7
alternativas de emprego que teria disponíveis
17. Muito da minha vida iria ser afectada se
decidisse querer sair desta empresa neste 1 2 3 4 5 6 7
momento
18. Sinto que tenho um grande dever para com 1 2 3 4 5 6 7
esta empresa
19. Como já dei tanto a esta empresa, não
considero actualmente a possibilidade de 1 2 3 4 5 6 7
trabalhar numa outra
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Anexo 2
Assinale com um X a sua resposta. Se tiver qualquer dúvida, por favor contacte
imediatamente o investigador.
1. Sexo
a. Feminino
b. Masculino
2. Estado Civil
a. Solteiro(a)
c. Divorciado(a) / Separado(a)
d. Viúvo(a)
a. Do 9º ao 12º ano
b. Ensino Superior
a. Administrativa
b. Técnica
c. Marketing / Vendas
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d. Operações / Produção
b. Gestor
c. Técnico / Especialista
d. Supervisor
e. Operacional
________________________________________________________________________ 57
(Responsável pela execução de tarefas operacionais específicas e concretas de cariz
administrativo, produtivo ou comercial)
a. Sim
b. Não
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