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MD34-M-01 Manual de Logística Operações Combinadas

Este documento descreve as diretrizes para o apoio logístico em operações militares combinadas entre as Forças Armadas brasileiras. Ele estabelece os conceitos-chave de logística combinada e define as responsabilidades do Ministério da Defesa, dos comandos combinados e das forças componentes no planejamento e execução do apoio logístico em operações conjuntas.

Enviado por

Denise Parreira
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MINISTRIO DA DEFESA

MD 34-M-01

MANUAL DE LOGSTICA PARA OPERAES COMBINADAS

2001

MINISTRIO DA DEFESA ESTADO-MAIOR DE DEFESA

MANUAL DE LOGSTICA PARA OPERAES COMBINADAS

1a Edio 2001

MINISTRIO DA DEFESA GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA NORMATIVA No 435 / MD, DE 19 DE JULHO DE 2001

Dispe sobre o Manual de Logstica para Operaes Combinadas.

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso das atribuies que lhe confere o inciso IX, do Art. 2o, do Decreto no 3 466, de 17 de maio de 2000, resolve:

Art. 1o Aprovar e mandar pr em execuo o MANUAL DE LOGSTICA PARA OPERAES COMBINADAS MD34-M-01. Art. 2o Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de sua publicao.

(Pub. no D.O.U. do dia 20 / 07 / 2001)

REGISTRO DE MODIFICAES NMERO DE ORDEM ATO DE APROVAO PGINAS AFETADAS DATA

SUMRIO Pag 07 07 07 08 08 09 09 09 10 11 11 11 12 14 14 14 15 16 16 19 19 19 21 21 23 24 25 30

CAPTULO I Seo 1 Seo 2

- INTRODUO....................................................................................... - Finalidade............................................................................................... - Referncias............................................................................................

CAPTULO II - CONCEITUAES................................................................................ Seo 1 - Conceituaes........................................................................................

CAPTULO III - VISO GERAL DE LOGSTICA.............................................................. Seo.1 Seo 2 Seo 3 - Generalidades......................................................................................... - Funes Logsticas................................................................................. - Fases da Logstica..................................................................................

CAPTULO IV - O APOIO LOGSTICO........................................................................... Seo 1 Seo 2 Seo 3 - O Apoio para o Comando Combinado.................................................... - Nveis de Apoio Logstico no Comando Combinado.............................. - Fases da Logstica no Comando Combinado.........................................

CAPTULO V - RESPONSABILIDADES.......................................................................... Seo 1 Seo 2 Seo 3 Seo 4 Seo 5 - Ministrio da Defesa................................................................................ - Comando Combinado.............................................................................. - Foras Armadas....................................................................................... - Foras Componentes............................................................................... - Consideraes Gerais.............................................................................

CAPTULO VI - PLANEJAMENTO LOGSTICO COMBINADO....................................... Seo 1 Seo 2 Seo 3 Seo 4 - Importncia do Planejamento Logstico.................................................. - Nveis do Planejamento Logstico........................................................... - Comando, Comunicaes, Controle, Computao e Inteligncia (C4 I) no Planejamento Logstico....................................................................... - Consideraes Especiais de Planejamento............................................

CAPTULO VII - DISPOSIES FINAIS.......................................................................... ANEXO I ETAPAS DO PLANEJAMENTO LOGSTICO COMBINADO................ APNDICE I MODELO DE EXAME DE SITUAO DE LOGSTICA....................... APNDICE II MODELO DE PLANO LOGSTICO.......................................................

LISTA DE DISTRIBUIO

INTERNA RGOS MINISTRO GABMIN CISET CHEFE DO ESTADO-MAIOR DE DEFESA VICE-CHEFE DO ESTADO-MAIOR DE DEFESA SPEAI SELOM SEORI 1 SUBCHEFIA DO EMD 2 SUBCHEFIA DO EMD 3 SUBCHEFIA DO EMD 4 SUBCHEFIA DO EMD BIBLIOTECA EXEMPLARES 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 04 SUBTOTAL 16

EXTERNA RGOS COMANDO DA MARINHA COMANDO DO EXRCITO COMANDO DA AERONUTICA EXEMPLARES 05 05 05 SUBTOTAL 15 TOTAL 31

CAPTULO I INTRODUO Seo 1 Finalidade 1.1. O presente manual tem por finalidade estabelecer a doutrina de logstica militar para operaes combinadas. Seo 2 Referncias 2.1. Os documentos tomados como referncia elaborao desta publicao so: a. Manual de Logstica Militar para uso nas Foras Armadas (FA-M-04); b. Manual de Comando Combinado e Conjunto (FA-M-02); e c. Instrues para as Publicaes do Ministrio da Defesa (MD33-I-01).

CAPTULO II CONCEITUAES Seo 1 Conceituaes 1.1. Operaes Combinadas - so operaes empreendidas por elementos ponderveis de mais de uma Fora Armada, sob a responsabilidade de um comando nico. 1.2. Comando Combinado - comando de mais alto nvel com responsabilidade de cumprir determinada misso e que ter como subordinados elementos de mais de uma Fora Armada. Caracteriza-se pelo comando nico e pela existncia de um EMCbn. 1.3. Estado-Maior Combinado - o rgo composto de pessoal militar qualificado, pertencente s foras componentes, que tem por finalidade assessorar o comandante. 1.4. Fora Combinada - a fora composta por elementos ponderveis de mais de uma Fora Armada, sob um comando nico. 1.5. Fora Componente - o conjunto de unidades e organizaes de uma mesma Fora Armada que integra uma fora combinada. 1.6. Fora-Tarefa Combinada - a fora combinada, organizada para a execuo de uma misso especfica, de objetivos e durao limitados, sendo desativada aps o cumprimento da misso. 1.7. Controle Operacional - o poder atribudo a um comandante para empregar e controlar foras, em misses especficas e limitadas, de modo a capacit-lo ao cumprimento de sua misso. 1.8. Bases de Apoio Logstico so organizaes, de carter eventual, criadas ou j existentes na estrutura das Foras Armadas. Tm a atribuio de servir de ligao, devido as suas localizaes prximas rea de operaes, entre as organizaes de apoio logstico dos escales considerados das foras componentes do comando combinado e os rgos de apoio logstico das Foras Armadas. Servem tambm de elemento de ligao com o comando combinado para a coordenao do apoio logstico a ser prestado por cada Fora Armada.

CAPTULO III VISO GERAL DE LOGSTICA Seo 1 Generalidades 1.1. A logstica um dos elos entre o Poder Nacional e as foras em combate de uma nao. o processo de planejamento e execuo do apoio ao movimento e sustentao de foras em uma operao militar. 1.2. A logstica visa a integrar os esforos de sustentao estratgica, operacional e ttica s operaes. Paralelamente, aes de mobilizao so realizadas no sentido de complementar a obteno de meios decorrente da determinao das necessidades de apoio logstico levantadas na rea de operaes. 1.3. A capacidade de uma nao de prover recursos logsticos tem sido, historicamente, um fator limitador nas operaes militares. Isto poder ser especialmente verdadeiro nas operaes combinadas futuras em funo da crescente interdependncia entre a capacidade de apoio logstico, envolvendo equipamentos de alta tecnologia, e o sucesso da misso atribuda. H situaes em que os comandantes podem ter mais foras combatentes que recursos logsticos disponveis para desenvolver e sustentar as operaes desejadas. Seo 2 Funes Logsticas 2.1. As funes logsticas incluem: a. recursos humanos o conjunto de aes relacionadas com a aplicao do potencial humano, objetivando o cumprimento das misses das Foras Armadas; b. sade o conjunto das aes relacionadas com a conservao do potencial humano, nas melhores condies de aptido fsica e psquica, objetivando o cumprimento da misso das Foras Armadas, atravs de medidas sanitrias de preveno e recuperao; c. suprimento o conjunto de aes realizadas no sentido de prever e prover s diferentes organizaes e elementos todos os itens de material necessrios ao seu equipamento, vida, treinamento e emprego. Abrange a parte das operaes de salvados, que implica o retorno do material recuperado aos canais de suprimento, bem como a determinao de qualidade e a evacuao do material; d. manuteno compreende as aes executadas para conservar, em condies de uso, o material existente ou restaur-lo a essa condio; e. engenharia compreende as aes de planejamento e execuo de obras e de instalaes necessrias s atividades militares; f. transporte compreende o deslocamento de meios materiais e de recursos humanos visando ao atendimento das necessidades das Foras Armadas; e g. salvamento o conjunto de aes relacionadas com o combate a incndios, controle de avarias, reboque, desencalhe e reflutuao, recuperao de cargas ou itens especficos, em meios navais e embarcaes, e desobstruo de portos e rios. 9

Seo 3 Fases da Logstica 3.1. Para cada uma das funes logsticas, devem ser consideradas as trs fases da logstica: determinao das necessidades, obteno e distribuio. 3.2. Determinao das Necessidades - decorre do exame pormenorizado dos planos propostos e, em particular, das aes e operaes previstas, definindo quais so as necessidades, quando, em que quantidade, com que qualidades e em que local devero estar disponveis. A importncia desta fase ressaltada pela complexidade a ela inerente e por constituir- se na base em que se assentaro as fases subseqentes. 3.3. Obteno - a fase em que so identificadas as fontes e tomadas as medidas para adquirir ou obter os recursos necessrios. 3.4. Distribuio - consiste em fazer chegar, oportuna e eficazmente, aos usurios, todos os recursos fixados pela determinao das necessidades.

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CAPTULO IV O APOIO LOGSTICO Seo 1 O Apoio para o Comando Combinado 1.1. Para garantir o apoio e reduzir os riscos execuo das operaes, devem ser balanceadas as necessidades do comando combinado (Cmdo Cbn) e a disponibilidade de recursos. 1.2. Para uma determinada rea e cumprimento de uma misso, uma autoridade nica de comando deve ser responsvel pela logstica. 1.3. O comandante do comando combinado (Cmt Cmdo Cbn) autoridade nica, dentro de sua rea de responsabilidade, para gerenciar todos os aspectos de logstica necessrios ao cumprimento da misso que lhe foi atribuda. Normalmente, esta autoridade exercida por meio da 4a seo de seu Estado-Maior Combinado (EMCbn) e das 4as sees das foras subordinadas (o apoio logstico que transcende a rea de operaes responsabilidade da Fora Armada). Esta autoridade implica na necessidade de preciso durante o planejamento logstico e eficaz coordenao durante a execuo, entre a 4a seo do EMCbn, foras componentes e Foras Armadas. Planejamento e coordenao que, muitas vezes, requer a ao de uma fora que apia, protege, complementa ou sustenta outra fora e pode envolver a proviso de servios, recursos e poder de combate, mas no inclui a transferncia administrativa de foras ou unidades. Seo 2 Nveis de Apoio Logstico no Comando Combinado 2.1. A logstica das Foras Armadas, em situaes de conflito e nas operaes em tempos de paz, praticada em trs nveis: estratgico, operacional e ttico. O apoio logstico dentro desses nveis depende da maneira pela qual o EMCbn, as Foras Armadas e as foras subordinadas administram a logstica. As Foras Armadas atuam no nvel da logstica estratgica. O EM do Cmdo Cbn se preocupa em parte com a logstica estratgica e efetivamente com a logstica operacional. Os EM das foras subordinadas e rgos de apoio logstico das Foras Armadas administram a logstica operacional que afeta as misses atribudas aos comandos combinados. As Foras Armadas e os comandos subordinados da cadeia de comando at o nvel unidade, trabalham com responsabilidades logsticas operacionais e tticas, incluindo o desenvolvimento de procedimentos e treinamento para o pessoal de apoio e provimento do material necessrio execuo de suas tarefas. Todos eles so interrelacionados, estando limitada a atuao das diversas organizaes pelas restries existentes nos vrios nveis. NVEL RESPONSABILIDADE ESTRATGICO F. ARMADAS, CMDO COMBINADO OPERACIONAL F. ARMADAS, CMDO COMBINADO, F. SUBORDINADAS TTICO F. ARMADAS, F. SUBORDINADAS 2.2. O esforo logstico deve ser orientado no sentido de apoiar a misso do Cmdo Cbn, organizando adequadamente o fluxo do apoio logstico sob responsabilidade das Foras Armadas para a rea de operaes. 11

Seo 3 Fases da Logstica no Comando Combinado 3.1. O Cmdo Cbn, nos trs nveis de apoio logstico, deve considerar as seguintes fases da logstica: determinao das necessidades, obteno e distribuio. 3.2. A fase de determinao das necessidades decorre de um exame pormenorizado dos planos propostos e das operaes previstas. Essa fase destaca-se em importncia por sua complexidade e por constituir a base de todo planejamento subseqente. No nvel estratgico, devero ser considerados os recursos logsticos necessrios a gerar foras de combate e sustentar suas operaes. Nos nveis operacional e ttico, dever ser considerada a identificao das necessidades operacionais e o estabelecimento das prioridades para o emprego dos recursos existentes. 3.3. A fase de obteno visa a adquirir ou obter, nas diferentes fontes de recursos, os meios necessrios, por meio de pedido, requisio, compra, confisco, contribuio ou qualquer outro processo adequado. No nvel estratgico, alm dos recursos j existentes e disponveis, contar com os meios conseguidos atravs da mobilizao e, em prazos mais dilatados, com os meios resultantes da transformao do potencial de produo em material necessrio. Nos nveis operacional e ttico, est diretamente relacionada com a obteno e distribuio do nvel estratgico. 3.4. A fase de distribuio consiste na entrega dos recursos necessrios s organizaes usurias, nos nveis estratgico, operacional ou ttico, completando a execuo do planejamento logstico. Ocorre em funo da disponibilidade, administrao e transporte. 3.5. Em geral, as Foras Armadas faro o transporte estratgico at as organizaes de apoio logstico do escalo considerado em cada fora componente. Na rea de operaes, sob coordenao do Cmdo Cbn, os comandos dos escales das foras componentes operaro suas redes de distribuio de acordo com os procedimentos peculiares de suas Foras Armadas, usando os canais de distribuio estabelecidos. 3.6. A distribuio compreende as atividades de recebimento, armazenamento, transporte e entrega, no que for aplicvel. 3.7. O Cmdo Cbn deve considerar que estas fases iro variar dependendo do escalo em que se situam, sendo definidas de acordo com a aplicao e devem ser criteriosamente planejadas. Esforos devem ser exercidos para padronizar estas fases, sem inviabilizar as operaes. O que obteno para um escalo, constitui distribuio para o escalo superior. 3.8. As fases do processo logstico devem atender, sempre que possvel, s polticas e aos procedimentos especficos das Foras Armadas. Se no o for, o Cmt Cmdo Cbn deve identificar e resolver as diferenas com os comandantes das foras subordinadas, e, em ltima instncia, com as Foras Armadas, o mais cedo possvel, ainda durante o processo de planejamento, visando a assegurar procedimentos para o ininterrupto apoio logstico s operaes combinadas. Estes procedimentos aplicar-se-o durante todo o curso das operaes. desejvel que, antes do processo final de tomada de deciso, sejam realizadas simulaes e testes destes procedimentos, de modo a obter-se o adequado apoio logstico para a operao combinada esperada.

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CAPTULO V RESPONSABILIDADES Seo 1 Ministrio da Defesa 1.1. Ao MD compete: a. providenciar os recursos necessrios para assegurar o apoio logstico das foras componentes; b. coordenar a atuao das Foras Armadas visando a possibilidade de apoio comum s foras componentes, principalmente quanto ao transporte estratgico; c. a deciso final, quando houver divergncia entre o Cmdo Cbn e uma Fora Armada no que diz respeito ao apoio logstico a ser prestado a qualquer das foras componentes. Seo 2 Comando Combinado 1.1. O Cmt Cmdo Cbn exerce autoridade operacional para a logstica ou delega autoridade ao EMCbn para atingir a capacidade de apoio comum desejada. Possui a autoridade de emitir para os comandantes subordinados diretivas necessrias a assegurar a efetiva execuo dos planos de operaes, a efetividade e a economia de meios, a minimizao ou eliminao de duplicidade desnecessria de instalaes e a superposio de funes entre os comandos das foras subordinadas. 1.2. Esta prerrogativa de autoridade operacional no deve limitar a responsabilidade das Foras Armadas para o apoio logstico; nem desencorajar a coordenao, por meio de consultas e acordos, e nem prejudicar procedimentos efetivos, o uso eficiente de instalaes ou a organizao de cada uma das foras. 1.3. Ao Cmt Cmdo Cbn compete: a. elaborar o Plano de Apoio Logstico; b. planejar as atividades logsticas, determinando as necessidades para apoiar a operao; c. coordenar o apoio logstico entre as foras subordinadas, estabelecendo os nveis de estoque de suprimentos da rea de operaes; d. coordenar com as Foras Armadas o estabelecimento das Bases de Apoio Logstico; e. coordenar as suas necessidades de transporte estratgico com as Foras Armadas; f. coordenar a manuteno, estabelecendo e/ou desdobrando as instalaes para uso combinado ou apoio mtuo, onde for praticvel; g. estabelecer as prioridades de manuteno, enfatizando os sistemas essenciais misso; h. definir o uso entre as foras subordinadas do inventrio de salvados e capturados, evitando pedidos desnecessrios; i. consolidar as necessidades relativas a imveis e reas; j. planejar a construo de estradas, pontes e instalaes necessrias ao apoio das operaes, dentro da sua capacidade de execuo, priorizando e encaminhando s Foras Armadas as necessidades que extrapolarem a capacidade das foras componentes; 13

l. coordenar e integrar o apoio dos servios relacionados com a conservao dos recursos humanos nas condies adequadas de aptido fsica e psquica por intermdio de medidas sanitrias de preveno e recuperao; m. coordenar e integrar, nas foras subordinadas, o apoio dos servios de busca, resgate, identificao, evacuao e sepultamento, dentre outros; n. coordenar e priorizar o salvamento dos meios navais (combate a incndio, controle de avarias, reboque, desencalhe, reflutuao, recuperao de cargas e desobstruo de portos e rios); o. coordenar com as foras subordinadas as demais atividades das funes logsticas no mencionadas anteriormente; e p. supervisionar e resolver pendncias, revendo as necessidades das foras subordinadas e estabelecendo prioridades para a utilizao dos recursos em prol da misso. Seo 3 Foras Armadas 2.1. O apoio para a implementao e execuo das funes logsticas, em princpio, permanece sob a responsabilidade de cada uma das Foras Armadas. 2.2. A cada Fora Armada compete: a. estabelecer, em coordenao com o Cmdo Cbn, a Base de Apoio Logstico que permanecer sob a responsabilidade da Fora Armada; b. proporcionar o apoio logstico de suas foras componentes, por intermdio dos respectivos rgos e Base de Apoio Logstico, exceto quando o mesmo for proporcionado pelo estabelecimento de um acordo para a prestao de servios comuns ou apoio mtuo; c. o transporte estratgico at as organizaes de apoio logstico do escalo considerado em cada fora componente. d. solicitar ao MD os recursos necessrios para assegurar o apoio logstico de suas foras componentes; e. atender s necessidades de instalaes do Cmdo Cbn dentro da rea de operaes; f. manter os nveis de estoque estabelecidos pelo planejamento do Cmdo Cbn; e g. manter o Cmdo Cbn informado a respeito do apoio logstico.

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Seo 4 Foras Componentes 3.1. Normalmente, o fluxo logstico para as foras componentes do Cmdo Cbn seguir os canais das Foras Armadas, exceto quando explicitado o contrrio pelo MD ou quando houver acordo entre elas. 3.2. s foras componentes compete: a. apoiar suas unidades, nos diversos escales, por intermdio da comunicao direta de suas organizaes de apoio logstico com os rgos e Base de Apoio Logstico, em todos os assuntos relativos a logstica; b. na rea de operaes, sob coordenao do Cmdo Cbn, operar suas redes de distribuio nos diversos escales, de acordo com os procedimentos peculiares de suas Foras Armadas, usando os canais de distribuio estabelecidos. c. proporcionar a prestao de servio comum, dentro da rea de operaes, de acordo com a determinao do Cmdo Cbn; e d. manter o Cmdo Cbn informado das restries logsticas que afetem a operacionalidade de suas foras e do apoio logstico solicitado a sua Fora Armada. Seo 5 Consideraes Gerais 4.1. O Cmt Cmdo Cbn ir exercer a autoridade de priorizao sobre o apoio logstico das Foras Armadas dentro da sua rea de responsabilidade e em tudo aquilo que representar um significativo efeito na capacidade operacional ou de sustentao de suas foras. 4.2. Quando for praticvel a economia de meios, o apoio comum pode ser atribudo a um rgo ou Base de Apoio Logstico de uma Fora Armada, normalmente aquela maior usuria. 4.3. O uso comum de instalaes entre as foras componentes deve ser perseguido. O Cmdo Cbn resolver os casos de uso conflitante ou incompatvel de instalaes j existentes. 4.4. Quando as situaes crticas impuserem restries ao apoio logstico, o Cmdo Cbn poder utilizar-se de todos os meios das foras sob seu comando, necessrios execuo da misso. 4.5. O uso dos recursos civis deve ser maximizado de acordo com as normas legais vigentes.

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4.6. Em linhas gerais, a estrutura do apoio logstico ao Cmdo Cbn seguir a seguinte sistemtica: CMDO SUPREMO

Cmdo Cbn

CMT CMDO CBN

MD

EM CBN

EMD

AER

EB

MB

B Ap Log AER

B Ap Log EB

B Ap Log MB

comando execuo de apoio coordenao de apoio

a. A criao do Cmdo Cbn dar-se- por determinao do Comandante Supremo, que expedir a diretriz, com a misso e alocao de meios; b. O Cmt Cmdo Cbn e seu EM, em coordenao com as Foras Armadas, elaboraro o plano de apoio logstico e estabelecero as Bases de Apoio Logstico; 16

c. O fluxo de apoio logstico, coerente com a determinao das necessidades estabelecidas no plano de apoio logstico do Cmdo Cbn, ser estabelecido das Foras Armadas para as foras componentes, tendo como elemento de ligao as Bases de Apoio Logstico; d. As foras componentes iro se reportar diretamente s Bases de Apoio Logstico para o atendimento de suas necessidades; e. A coordenao e priorizao de apoio sero estabelecidas por intermdio de ligao entre o EMCbn, as Bases de Apoio Logstico e as foras componentes; f. O EMCbn e demais escales interessados sero mantidos informados das solicitaes das organizaes de apoio logstico das foras componentes e atuaro, se necessrio, por veto, com o propsito de economizar recursos, abreviar prazos e aumentar a eficincia logstica como um todo; g. O EM de Defesa acompanhar a execuo do apoio logstico por meio de informaes recebidas das Foras Armadas e EMCbn e prover os recursos extras, porventura necessrios, para atendimento das necessidades do comando combinado. Atuar, ainda, assessorando o MD para a deciso referente qualquer divergncia entre o comando combinado e as Foras Armadas. h. O MD dar a deciso final quando houver divergncia entre o Cmdo Cbn e uma Fora Armada no que diz respeito ao apoio logstico a ser prestado qualquer das foras componentes.

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CAPTULO VI PLANEJAMENTO LOGSTICO COMBINADO Seo 1 Importncia do Planejamento Logstico 1.1. A logstica, conjunto de funes complexas, influencia o poder de combate do Cmdo Cbn. O correto entendimento do conceito da operao do Cmdo Cbn e o envolvimento, desde o incio do planejamento, da Seo de Logstica do EMCbn assegurar o atendimento das necessidades no interior da rea de operaes. 1.2. Um planejamento logstico adequado reduzir a necessidade de medidas emergenciais e improvisaes normalmente dispendiosas e que, freqentemente, resultam em dificuldades para os comandos subordinados. Consideraes do planejamento logstico do EMCbn sobre a viabilidade das linhas de ao das operaes devem abordar o apoio adequado no sentido de prover e manter os servios, os nveis de pessoal, de material e de consumo requeridos para sustentar os nveis planejados para as operaes de combate, no tempo estimado, no local definido e na intensidade desejada. 1.3. O planejamento do apoio logstico responsabilidade do Cmdo Cbn, em coordenao com as Foras Armadas, por meio do seu EMCbn. Requer a elaborao de uma estimativa logstica detalhada e precisa que resulte em um plano de logstica ou em um anexo de logstica que atenda ao plano de operaes. O anexo I a este Manual apresenta as etapas do planejamento logstico combinado.

1.4. O planejamento logstico do Cmdo Cbn deve considerar as implicaes em todos os nveis da logstica, devendo preocupar-se tambm com as providncias para o caso de alteraes no conceito da operao. Estas modificaes podem incluir a necessidade de estabelecimento de novos locais de apoio logstico, acrscimo de foras, de segurana, de transporte, de capacidade de portos e aeroportos, locais de apoio logstico em praia entre outros. 1.5. Uma vez determinadas as necessidades, resultantes do planejamento das operaes, a logstica deve obter os meios. O ideal seria, em qualquer ocasio, ter sempre meios compatveis com as necessidades. Tal situao , normalmente, impraticvel em virtude da sobrecarga que acarretaria economia nacional. Deve-se, portanto, contar com a possibilidade de mobilizao nacional para complementar, dentro de determinado tempo, os recursos de toda ordem necessrios conduo das operaes. Seo 2 Nveis do Planejamento Logstico 2.1. O planejamento logstico deve ser realizado nos nveis estratgico, operacional e ttico. 2.2. O EMCbn executa o planejamento nos nveis estratgico e operacional e as foras subordinadas nos nveis operacional e ttico. 18

2.3. O conceito logstico estratgico do Cmdo Cbn dever abranger a previso das necessidades e a capacidade das Foras Armadas em prover os meios para atender s operaes. 2.4. O conceito logstico operacional do Cmdo Cbn enfocar os locais onde os recursos sero empregados. Com base no sistema de transporte e distribuio, os planejadores determinam, de forma ampla, as necessidades bsicas da mobilizao, do desdobramento e as necessidades para sustentar as operaes. 2.5. Os conceitos logsticos operacional e ttico das foras componentes enfocaro: a. as necessidades de apoio de itens de suprimento, valendo-se dos fatores de planejamento disponveis em banco de dados e provenientes de anlises ou de experincias anteriores de cada Fora Armada; e b. o valor, a capacidade e a localizao das unidades e das instalaes logsticas. 2.6. O Cmt Cmdo Cbn e seu EM devem examinar e aprovar os planos das foras componentes, evitando duplicao de esforos e a manuteno de nveis de suprimento excessivos. 2.7. Nos trs nveis de planejamento logstico, o aproveitamento dos recursos existentes na rea de operaes exerce forte influncia, favorecendo sobremaneira a capacidade de apoio logstico das organizaes. Deve ser levada em considerao a capacidade, entre outras, de: a. prover servios, isolados ou combinados, de manuteno, de sade, de salvamento, de transporte e de sepultamento; b. utilizar-se da infra-estrutura civil local para a contratao de servios e aquisio de materiais; c. responder destruio ou danos infra-estrutura das instalaes; d. conduzir projetos especiais de longo prazo; e e. possuir itens de subsistncia, munio, material de construo, de apoio de pessoal, material de sade e sobressalentes satisfatrios para prover apoio comum em reas especficas. 2.8. Os planejadores logsticos tm de evitar enfocar somente as necessidades para o deslocamento e desdobramento de foras para o incio da campanha, que mais sistemtico e metdico que o planejamento do emprego. Porm, o planejamento logstico detalhado para o emprego durante o desenrolar da campanha igualmente importante e no deve ser negligenciado nem retardado enquanto os planejamentos iniciais no so concludos. Somente com consideraes completas e simultneas das particularidades do deslocamento, do desdobramento e do emprego, os planejadores sero capazes de construir um plano logstico adequado. 2.9. O Cmt Cmdo Cbn dever assegurar que os planejamentos estratgico, operacional e ttico sejam integrados e complementares, de modo a possibilitar um efetivo apoio logstico s operaes.

Seo 3 Comando, Comunicaes, Controle, Computao e Inteligncia (C4 I) no Planejamento Logstico 3.1. Um efetivo sistema C4 I vital para o planejamento, conduo, sustentao e proteo de uma operao combinada. A logstica depende de um efetivo C4 I, sistema central que une todos os 19

aspectos das operaes combinadas. A integrao dos sistemas logstico e operacional de comando, controle, comunicaes e computao essencial. As necessidades logsticas de C4 devem ser includas nos planos de operaes, no anexo de comando e controle. 3.2. Para o apoio logstico torna-se necessrio conhecer a capacidade das ameaas nas reas de interesse da logstica. Atividades hostis podem impedir movimentos de avano, destruir reservas logsticas, fechar aeroportos e portos e obstruir a movimentao de elementos logsticos crticos, invalidando o sistema de apoio logstico escolhido durante a fase de planejamento. O conhecimento da ameaa potencial (incluindo terrorismo, foras de operaes especiais hostis e outros aspectos) crtico para o esforo logstico. 3.3. A Inteligncia prov a avaliao da ameaa, efetua as ligaes com servios de segurana e inteligncia e conduz operaes e investigaes para identificar e/ou neutralizar a ameaa. O Cmdo Cbn deve estar alerta quanto capacidade de contra-inteligncia (CI) de suas foras em efetuar aes para a proteo das atividades logsticas. Seo 4 Consideraes Especiais de Planejamento 4.1. Os planejadores tm de identificar aspectos crticos ou pontos chave para uma operao combinada especfica a ser apoiada. So consideraes especiais de planejamento: a. Demanda de uma Fora em expanso a execuo de um plano de operaes pode ser acompanhada da necessidade de uma expanso geral de foras. Normalmente, a demanda de itens aumenta mais rpido do que o sistema de apoio tem capacidade de prover; neste caso, aes especiais de comando podem tornar-se necessrias. Para antecipar as necessidades e prioridades da operao, os planejadores devem: 1) elaborar instrues ou orientaes visando, caso necessrio, a redistribuio de recursos em funo do grau de importncia das foras subordinadas para o cumprimento da misso; 2) propor o repasse das necessidades de recursos com baixa prioridade para fontes de obteno externas; 3) prever medidas de controle que permitam a priorizao na alocao de recursos; e 4) prever meios eficientes para recuperar, reparar e repor itens crticos danificados. b. Itens crticos no processo de planejamento, desde o incio, devem ser identificados os suprimentos crticos. So suprimentos vitais para o apoio s operaes e devem ser privilegiados atravs de processos especiais de requisio e solicitao de prioridade no transporte. c. Fatores Restritivos planejadores logsticos devem entender que fatores restritivos afetam todas as fases dos planos de deslocamento, desdobramento e sustentao. Qualquer movimento pode encontrar pontos crticos que limitam ou degradam a capacidade para apoiar os planos de operaes. Identificar os pontos crticos o primeiro degrau da atividade de coordenao para evitar sobrecarregar as linhas de suprimento. Tradicionalmente, a capacidade limite de descarga nos portos e aeroportos e o transporte para o interior tm restringido o alcance operacional das foras de combate. Planejadores logsticos tm que antever congestionamentos e buscar solues para os fatores restritivos.

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d. Controle de movimento significa coordenar o emprego de todos os meios de transporte para apoiar as operaes do Cmdo Cbn. Cada Fora Armada, como gerente de seus meios de transporte, providenciar o movimento de pessoal e material para a rea de operaes. O Cmdo Cbn exercer o controle do movimento dentro da rea de operaes. Coordenao detalhada com as Foras Armadas pode ser requerida, visando a atender deficincias do Cmdo Cbn ou facilitar a entrega de suprimentos em pontos de interesse das foras em operao. Planejadores logsticos devem trabalhar em coordenao com os planejadores operacionais para assegurar que o Cmdo Cbn, explorando um sucesso operacional, no opere a uma distncia alm da capacidade de apoio. e. Suprimento automtico e a pedido o suprimento automtico mais eficiente para materiais com taxas de consumo ou reposio conhecidas. Se certas unidades podem ser supridas automaticamente ou a pedido, os planejadores devem determinar os processos de suprimento adequados em face da misso e da rea de operaes da unidade. O plano deve ser flexvel para ajustar fatores de planejamento baseados em dados hipotticos e permitir utilizar o sistema de suprimento automtico e a pedido, dependendo da situao. f. Recursos de fontes civis o planejador deve identificar os recursos de suprimentos e servios de fontes civis e integr-los como parte do planejamento logstico.

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CAPTULO VII DISPOSIES FINAIS 1.1. Este manual aplica-se ao MD e rgos subordinados, devendo ser observado por ocasio da ativao de comandos combinados e da elaborao ou da reedio de outros manuais e instrues afetos ao assunto. 1.2. Caber ao MD a reviso ou atualizao desta publicao quando necessrio.

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ANEXO I

ETAPAS DO PLANEJAMENTO LOGSTICO COMBINADO

1.1. So trs as etapas do planejamento logstico para operaes combinadas: o Exame de Situao de Logstica, a Elaborao do Plano Logstico e o Controle do Apoio Logstico Planejado. 1.2. Exame de Situao de Logstica - Etapa que permite chegar escolha da linha de ao logstica que melhor contribua para o cumprimento da misso, constituindo-se em fator primordial para a deciso do comandante. O Apndice I traz um modelo de Exame de Situao de Logstica. 1.3. Elaborao do Plano Logstico - Nesta etapa, decorrente da deciso do comandante, o oficial de logstica elabora o Plano Logstico e/ou outros documentos para transmisso das ordens aos subordinados e a outros comandos interessados, e tambm planeja a superviso do apoio planejado. Um modelo de Plano Logstico apresentado no Apndice II. 1.4. Controle do Apoio Logstico Planejado - Nesta ltima etapa, o comandante verifica se o apoio logstico operao est se desenvolvendo conforme o planejado e, caso necessrio, introduz alteraes apropriadas nos planos e/ou em outros documentos anteriormente estabelecidos. 1.4.1. O controle do apoio logstico planejado consiste no acompanhamento da execuo das operaes, sob a tica da logstica, o qual prev a superviso, os reajustes e as correes, tendo por base a utilizao oportuna das informaes recebidas enquanto as aes se desenvolvem. 1.4.2. Esta etapa do planejamento logstico exige uma constante avaliao dos conhecimentos em curso, o qual leva ao estabelecimento dos reajustes necessrios que, aps deciso do comandante, geram novas ordens aos elementos subordinados. Esse ciclo repetir-se- at o cumprimento da misso. 1.4.3. Para exercer um eficiente controle do apoio logstico planejado, o oficial de logstica deve valer-se de um sistema de comando e controle integrado com todas as foras envolvidas que possibilite a realimentao e o fluxo ininterrupto das informaes, se possvel em tempo real.

APNDICES: I Modelo de Exame de Situao de Logstica II Modelo de Plano Logstico

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APNDICE I MODELO DE EXAME DE SITUAO DE LOGSTICA (GRAU DE SIGILO)

EXEMPLAR N .....de......cpias Comando Combinado Localizao do PC GDH da Expedio Indicativo de Ref/Gp identificador

EXAME DE SITUAO DE LOGSTICA 1. MISSO 1.1. Os principais objetivos deste pargrafo so examinar o enunciado da misso e interpretar adequadamente o efeito desejado do comandante do comando combinado, tendo em mente as suas implicaes para a logstica, possibilitando ao planejador da logstica identificar: a. qual o apoio a ser prestado (que fazer); b. a quem apoiar (quem); c. os prazos previstos (quando); e d. as delimitaes da rea de Operaes (onde). 1.2. A Seo de Logstica leva em considerao os aspectos de interesse para o apoio logstico contidos na diretriz de planejamento do comando combinado. 2. SITUAO 2.1. A finalidade deste pargrafo expressar, claramente e de uma maneira lgica e ordenada, os aspectos da situao que possam afetar o apoio logstico e influenciar no estabelecimento das linhas de ao, visando ao cumprimento da misso. 2.2. Operao a ser apoiada Neste item, a Seo de Logstica analisa detalhadamente a misso do comando combinado, atendo-se principalmente natureza da operao e s tarefas ou aes a serem realizadas. 2.3. Caractersticas da rea de operaes 2.3.1. Organizao poltica do pas - A organizao poltica do pas estudada visando a buscar no contrari-la na diviso de reas de responsabilidades. 2.3.2. Organizao militar - Pela mesma razo, estudam-se as reas de jurisdio das Organizaes Militares Logsticas das Foras Armadas, com o fim de manter, na evoluo para a estrutura militar necessria s operaes do comando combinado, as mesmas reas de responsabilidade do tempo de paz. Analisam-se, tambm, suas estruturas organizacionais, misses em tempo de paz e particularidades, visando a um melhor aproveitamento de suas potencialidades. 24

2.3.3. Caractersticas fisiogrficas - Examinam-se os efeitos da hidrografia, orografia, clima, vegetao e outros aspectos sobre as operaes e o conseqente apoio logstico. 2.3.4. Aspectos psicossociais A Seo de Logstica considera o grau de engajamento da populao nacional no esforo de guerra e a atitude da populao da rea de operaes. Em ligao com as foras componentes, faz estimativa do nmero de deslocados, refugiados e evacuados e a necessidade de apoio logstico, bem como o auxlio necessrio aos demais civis existentes na rea de responsabilidade do comando combinado. 2.3.5. Centros econmicos - Estudam-se a localizao, as distncias, as potencialidades, as caractersticas e outros aspectos julgados de importncia. 2.3.6. Recursos locais - So consideradas as possibilidades de aproveitamento dos recursos existentes na rea de operaes, particularmente empresas e/ou instalaes de sade, manuteno, transportes, recreao e outras. Estuda-se a produo, transporte e armazenagem de suprimentos em geral. Verifica-se se h mo-de-obra ociosa que possa ser aproveitada pelo apoio logstico. Esses recursos tornam-se particularmente importantes quando estiverem localizados e orientados em regies de possvel emprego na zona de combate (ZC), considerando a malha viria. As distncias tambm so importantes, sob os pontos de vista da segurana e dos transportes. Tudo isso, sem comprometer as necessidades da populao civil, que devem ser atendidas, em princpio. 2.3.7. Condies meteorolgicas - A previso para o perodo correspondente s operaes deve ser examinada, bem como suas implicaes para o apoio logstico. 2.3.8. Vias de transporte 2.3.8.1. At a entrada na rea de operaes Neste subitem so levantadas todas as consideraes sobre as seguintes vias: terrestres, que penetram na rea de operaes e a sua chegada ao primeiro depsito militar ou civil; aquatis, martima e fluvial, que chegam na rea; e area, particularmente a capacidade dos terminais de carga e/ou passageiros. 2.3.8.2. No interior da rea de operaes Trata-se de atender s necessidades operacionais da rea de operaes. Determina-se a capacidade das vias de transporte, desde os pontos considerados como entrada nesta rea, at s regies ou locais de interesse do comando combinado. 2.3.8.3. Alternativas So levantadas as vias transversais e os portos liberados pela ao terrestre, que ofeream flexibilidade do fluxo de suprimentos. 2.3.9. Obstculos e pontos crticos - So levantados os obstculos, como rios, lagos e cadeias de montanhas, e pontos crticos, tais como pontes, viadutos, regies de passagem e localidades (desde que desfavoream o fluxo logstico), e suas influncias no apoio logstico. 2.4. Meios logsticos disponveis na rea de operaes Todos os meios logsticos militares existentes na rea de operaes so levantados, particularmente as organizaes militares logsticas (OM Log). importante o conhecimento de suas atuais reas de desdobramento e suas condies de mobilidade. As possibilidades desses meios devem ser examinadas em linhas gerais, ainda sem a preocupao de quantific-las. So examinados, ainda, os meios que podero fluir da zona do interior (ZI) para a rea de operaes , os 25

prazos e as suas possibilidades. Por ltimo, examinam-se os meios disponveis para a segurana da rea de retaguarda (SEGAR) do comando combinado, quando for o caso. 2.5. Foras inimigas So estudados a sua natureza, valor, ordem de batalha; as regies favorveis sua atuao (tais como regies de homizio, litoral desguarnecido ou muito extenso); a existncia de foras irregulares; a fora area; e a artilharia. 2.6. Nossas foras So considerados neste estudo as Bases logsticas das foras armadas, que participaro da sistemtica do apoio logstico, bem como todas as organizaes militares logsticas das foras componentes. 2.7. Foras amigas So levantadas e estudadas as foras amigas no orgnicas, tendo em vista suas implicaes para a logstica do comando em questo. 2.8. Facilidades e dificuldades Neste subitem, a seo de logstica relaciona as facilidades e dificuldades do estudo realizado, que podem afetar o cumprimento da misso. O resultado obtido, particularmente no que se refere s dificuldades, ser utilizado na fase seguinte do exame de situao de logstica. O trabalho aqui realizado representa a etapa conclusiva da situao. 3. POSSIBILIDADES DO INIMIGO, LINHAS DE AO E ANLISE 3.1. Possibilidades do Inimigo Neste subitem so determinadas, a partir do exame de situao de inteligncia, as possibilidades do inimigo de atuar no sistema de apoio logstico. 3.2. Linhas de ao 3.2.1.Transcrever do Exame de Situao as linhas de ao. 3.2.2. Nesta oportunidade, a seo de logstica, de posse das linhas de ao levantadas pelo estado-maior, tem condies de determinar as necessidades para cada funo logstica nas diversas linhas de ao e de formular linhas de ao logsticas para o atendimento s necessidades e o apoio ao cumprimento da misso do comando combinado. 3.2.3. Determinao das necessidades logsticas Compreendida a manobra a ser executada, so estudadas a composio das foras, sua estrutura de comando e os seus efetivos e, ento, determinam-se as necessidades logsticas, utilizando-se fatores necessrios para cada funo logstica, para cada linha de ao. Tambm levantam-se as necessidades especiais das foras apoiadas e quaisquer outros fatores relacionados com essa fora que possam afetar a misso de apoio. 3.2.4. Formulao de linhas de ao logsticas - Devido complexidade do apoio, a Seo de Logstica passa a detalhar as funes logsticas, estudando a maneira como as necessidades sero atendidas e formulando linhas de ao logsticas para viabilizar cada linha de ao.

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3.2.5. Uma linha de ao logstica para o cumprimento da misso deve comear pela organizao do apoio logstico e apresentar uma proposta para delimitao da rea de operaes. Inicialmente, deve-se decidir qual a dinmica a ser seguida, definindo o papel de cada fora armada, por intermdio da sua organizao militar logstica (Base logstica) designada, na prestao do apoio s foras componentes. Em seguida, deve-se visualizar o desdobramento logstico das foras componentes, selecionando as localidades mais apropriadas para tal. A determinao de quem apoiar quem e como ser o fluxo adotado obedece sistemtica em vigor na fora qual pertence a fora componente. Os principais modais a serem utilizados nas diversas ligaes ser objeto de coordenao com a seo de logstica do comando combinado. So fixados os nveis de estocagem para o comando combinado. 3.2.6. Estudo das funes logsticas - deve-se detalhar o estudo das funes logsticas, consolidando as reais necessidades de cada uma delas e as possibilidades dos meios militares existentes e daqueles civis mobilizveis, j levantados anteriormente. Esse estudo visa a detalhar a linha de ao, checar sua viabilidade (adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade) e quantificar os meios necessrios, quando for o caso. Pode concluir, ainda, que a linha de ao em estudo pode ser apoiada total ou parcialmente ou no, devendo necessariamente propor modificaes que viabilizem sua execuo. 3.3. Anlise das Linhas de Ao Logsticas 3.3.1. Neste subitem determinado o efeito provvel de cada dificuldade significativa sobre o sucesso de cada linha de ao logstica. 3.3.2. Determinar e enunciar as dificuldades significativas formuladas no subitem 2.8. da fase anterior (facilidades e dificuldades) que tm efeito desigual sobre as linhas de ao logsticas. 3.3.3. Analisar cada linha de ao logstica enunciada, reagindo-a com cada dificuldade relacionada no subitem anterior (3.3.2.). Determinar as provveis conseqncias para cada linha de ao logstica, incluindo aspectos crticos, locais, prazos e dificuldades. Neste instante, a linha de ao logstica aperfeioada, descendo ao nvel de detalhamento compatvel com o comando combinado.

4. COMPARAO DAS LINHAS DE AO 4.1. Logsticas A comparao das linhas de ao logsticas tem por finalidade determinar, para cada funo logstica, aquela que melhor assegura o cumprimento da linha de ao operacional correspondente. So levantadas e relacionadas as vantagens e desvantagens de cada linha de ao logstica para o atendimento das necessidades de cada funo logstica. Feita a comparao, deve-se concluir indicando aquela que melhor atende a linha de ao operacional em questo. 4.2. Operacionais So levantadas e relacionadas as vantagens e desvantagens de cada linha de ao operacional a partir do resultado da anlise e comparao das LA Log. Feita a comparao, deve-se concluir indicando aquela que melhor pode ser apoiada pelo setor de logstica para o cumprimento da misso do comando combinado. 27

5. CONCLUSO 5.1. Priorizar as LA que melhor podem ser apoiadas pela logstica, no que se refere ao grau de apoio requerido, s facilidades de apoio e aos problemas a serem resolvidos.

__________________________________ Ch SEO DE LOGSTICA DO C Cbn

(GRAU DE SIGILO)

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APNDICE II MODELO DE PLANO LOGSTICO (GRAU DE SIGILO)

EXEMPLAR N .....de......cpias Comando Combinado Localizao do PC GDH da Expedio Indicativo de Ref/Gp identificador

PLANO LOGSTICO Referncia: Carta(s)................. Folha(s)................... Escala ...................... Em vigor: .................................................

1. SITUAO 1.1. Sintetizar os aspectos da situao vigente que possam interessar logstica, extraindo do ExSitLog as informaes que possam ser teis s Unidades Subordinadas. 1.2. Listar as informaes sobre as foras inimigas de interesse da rea logstica. 2. MISSO 2.1. Citar o envolvimento da logstica na misso do Comando Combinado, descrevendo como devem ser desenvolvidas as operaes logsticas em seu conjunto e a sua integrao na concepo geral da manobra. 3. EXECUO 3.1. Organizao do Apoio Logstico a. Localizao das OM/instalaes logsticas 1) Bases de Apoio Logstico das Foras Armadas (apoiadoras). 2) rea de Apoio Log das Foras Componentes(apoiadas). 3) Outras informaes de carter geral. b. Formas de apoio logstico 1) Ao conjunto 2) Por rea 3) Suplementar 4) Direto 29

c. Desdobramento logstico Apndice N 1 - Calco de Logstica. 3.2. Recursos Humanos a. Levantamento das necessidades b. Procura e admisso c. Preparao d. Administrao 1) Controle dos efetivos a) Registros e relatrios b) Perdas 2) Recompletamentos Os pedidos devero ser solicitados at ................ (data-hora). e. Bem-estar e manuteno do moral 1) Repouso 2) Recuperao 3) Recreao 4) Suprimento reembolsvel / Cantina mvel ( abertura e localizao ). 5) Servio de assistncia religiosa 6) Servio postal a) Agncia postal central b) Agncia postal distribuidora 7) Servio de banho a) Posto de banho ( abertura e localizao ) b) Horrios 8) Servio de lavanderia a) Posto de lavanderia (abertura e localizao ) 30

b) Horrios 9) Sepultamento a) Cemitrio(s) b) Posto de coleta e identificao ( localizao ) c)Evacuao (1) Do P Col M para o cemitrio................ (2) Responsvel.......................................... d) Esplio ( procedimentos a serem obedecidos ) e) Inumao ( a quem cabe a responsabilidade ) f) Registros f. Mo-de-obra civil Apndice N 2 Plano de Emprego e Controle 3.3. Sade a. Levantamento das necessidades 1) Instalaes 2) Pessoal 3) Material b. Determinao de padres psicofsicos c. Seleo mdica d. Medicina preventiva 1) Saneamento 2) Higiene 3) Controle de doenas transmissveis e no transmissveis 4) Imunizao 5) Educao sanitria 6) Psiquiatria preventiva 31

7) Preveno de acidentes 8) Controle mdico peridico 9) Gerncia de ambientes adversos e. Medicina curativa 1) Primeiros socorros 2) Triagem Posto de triagem: abertura e localizao. 3) Evacuao aeromdica Estabelecimento de prioridades. 3) Hospitalizao a) Posto cirrgico mvel: abertura e localizao. b) Hospital de Evacuao: localizao. c) Norma de Evacuao na Zona de Combate:............ dias. 5) Apoio odontolgico 6) Apoio laboratorial 7) Apoio de veterinria f. Assistncia mdica populao civil Normas a serem obedecidas. 3.4. Suprimento a. Levantamento das necessidades de suprimento 1) Classe I Material de Subsistncia 2) Classe II Material de Intendncia 3) Classe III Combustveis e Lubrificantes 4) Classe IV Material de Construo 5) Classe V Armamento e Munio 6) Classe VI Material de Engenharia e Cartografia 7) Classe VII Material de Comunicaes, Eletrnica e de Informtica 32

8) Classe VIII Material de Sade 9) Classe IX Material de Motomecanizao e de Aviao 10) Classe X Materiais no includos nas demais classes. b. Obteno de suprimento 1) No Teatro/rea de Operaes 2) Fora do Teatro/rea de Operaes c. Distribuio de suprimento 1) Recebimento 2) Armazenagem Estabelecimento dos nveis de estoque (operacional, segurana, reserva e mximo). 3) Transporte Processo de distribuio de suprimento que ser utilizado ( na instalao de suprimento, na unidade ou especial ). 4) Entrega ou aplicao final do suprimento 3.5. Manuteno a. Levantamento das necessidades de manuteno 1) Instalaes 2) Pessoal 3) Material b. Manuteno preventiva c. Manuteno preditiva d. Manuteno modificadora d. Manuteno corretiva 1) Armamento e instrumentos ticos 2) Material de engenharia 3) Material de comunicaes e informtica 4) Material de motomecanizao 5) Material de aviao 6) Outros f. Prioridade de manuteno 33

g. Material salvado e capturado Procedimento a ser adotado. h. Evacuao do material Sistemtica a ser obedecida. . 3.6. Transporte a. Levantamento das necessidades de transporte 1) Pessoal 2) Material 3) Animais b. Seleo 1) Meio a ser empregado pelo pessoal e animais a) Areo b) Terrestre (1) rodovirio (2) ferrovirio c) Aqutil (1) fluvial (2) martimo 2) Meio a ser empregado no transporte do material a) Areo b) Terrestre (1) rodovirio (2) ferrovirio (3) dutovirio c) Aqutil (1) fluvial (2) martimo 3) Prioridade de deslocamento c. Gerncia de transportes 1) Vias a serem utilizadas ( quais, quem e quando). 2) Terminais de carga e/ou passageiros ( onde, quais, quem e quando utilizar ) 3) Circulao e controle de trnsito a) Classificao das rodovias 34

b) Restries (1) Linha de Escurecimento Parcial (2) Linha de Escurecimento Total 4) Eixo principal de suprimento a) Traado da EPS ( fazer referncia ao calco de logstica). b) Prescries sobre os locais, onde estaro desdobradas as instalaes logsticas dos elementos apoiados. d. Apndice N 3 Plano de Circulao e Controle de Trnsito. 3.7. Engenharia a. Construo b. Ampliao c. Reforma d. Adaptao e. Reparao f. Restaurao g. Conservao h. Demolio i. Remoo j. Desobstruo de portos e rios 3.8. Salvamento a. Combate a incndios b. Controle de avarias c. Controle de danos d. Reboque e. Desencalhe ou reflutuao de meios f. Resgate de recursos materiais acidentados, cargas ou itens especficos

4. DIVERSOS 4.1. Administrao interna do posto de comando a. Deslocamento: quando e como ( NGA ) b. Disposio interna: a cargo do Chefe da Sec Pessoal c. Organizao das reas de abrigo: 1) A cargo de(a)..................(Cia Cmdo). 2) Dispositivo pronto: ..........................( data-hora). 35

d. Repartio das reas de abrigo: a cargo do Chefe da Seo de Pessoal. 4.2. Segurana da rea de retaguarda - SEGAR (quando for o caso) a. Controle da segurana da rea de retaguarda ( Ct SEGAR): Cmt .......................... b. Propostas de medidas de defesa da rea de retaguarda ( DEFAR ) e controle de danos ( CD ): at ....................( data-hora). c. Apndice N 4 Plano de SEGAR.

____________________________ Cmt do Comando Combinado

Apndice(s): N 1 Calco de Logstica N 2 Plano de Emprego e Controle N 3 Plano de Circulao e Controle de Trnsito N 4 Plano de Segurana e Controle da rea de Retaguarda Lista de Distribuio: A Autenticao ( GRAU DE SIGILO )

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