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Funções Psíquicas

O documento aborda as funções psíquicas, incluindo consciência, atenção, sensopercepção, orientação, memória, inteligência, afeto e humor, pensamento e linguagem. Cada função é detalhada com suas definições, características e alterações associadas, como obnubilação, hipotenacidade e delírios. O texto fornece uma visão abrangente das capacidades mentais e suas disfunções, essenciais para a compreensão da psicologia e neuropsicologia.

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O documento aborda as funções psíquicas, incluindo consciência, atenção, sensopercepção, orientação, memória, inteligência, afeto e humor, pensamento e linguagem. Cada função é detalhada com suas definições, características e alterações associadas, como obnubilação, hipotenacidade e delírios. O texto fornece uma visão abrangente das capacidades mentais e suas disfunções, essenciais para a compreensão da psicologia e neuropsicologia.

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Funções psíquicas

CONSCIÊNCIA

Reconhecimento do mundo interno e externo

Definições:

➢ Neuropsicológica: estado de vigilância, estar desperto, acordado, vígil, lúcido


➢ Psicológica: capacidade do indivíduo de entrar em contato com a realidade e perceber e conhecer
seus objetos.
➢ Ético-filosófica: capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades,
direitos e deveres.

Alterações da consciência:

•Obnubilação: estado de consciência reduzido. Encontra-se entre a lucidez e a sonolência. Acontece em


estados de cansaço físico, embriaguez, sedação medicamentosa, entre outros.

• Sonolência: estado de consciência reduzido em que o indivíduo se encontra dormindo, contudo pode ser
facilmente acordado com um estímulo externo.

• Torpor: o indivíduo encontra-se em sono profundo e pode despertar após estimulação intensa, mas volta
ao estado torporoso rapidamente.

• Sopor: só é possível acordar brevemente o indivíduo com estímulos muito enérgicos, normalmente
estímulos dolorosos. Pode ser interpretado como um estado “pré-coma”.

• Coma: consiste no estado em que o paciente não pode ser despertado nem mesmo com um estímulo
externo vigoroso.

Delirium: é um estado agudo de flutuação no nível de consciência, com prejuízo

de funções psíquicas como atenção e orientação. Está normalmente relacionado a alterações do


funcionamento cerebral por causas orgânicas.

ATENÇÃO

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Direciona a consciência para determinado objeto ou situação.

É o “foco” da consciência.

A atenção tem três principais características para serem avaliadas durante o exame do estado mental: a
tenacidade, a vigilância e a prosexia.

● Prosexia: diz respeito à capacidade global da atenção, o que torna a adequada vigilância e a
tenacidade viáveis. Quando a capacidade atencional está preservada, define-se como
“normoproséxica”. Estados de cansaço ou sonolência podem causar hipoprosexia.
● Tenacidade: é a capacidade em manter o foco da atenção. Quando a tenacidade do paciente está
normal, definimos essa característica como “normotenaz”.

Alterações da tenacidade:

➢ Hipertenacidade: é representada pelo excesso de atenção sobre determinado estímulo, ou


seja, um foco intenso e rígido sobre algo. Nesse caso, o paciente não percebe
adequadamente estímulos a seu redor. Pode acontecer em pacientes autistas, em pacientes
com alguns tipos de epilepsia e também em indivíduos normais.
➢ Hipotenacidade: o paciente hipotenaz não consegue manter o foco da atenção sobre algo
pelo tempo necessário. É facilmente distraído por estímulos ambientais. Acontece em
pacientes com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.
● Vigilância: é a capacidade de alterar o foco da atenção caso haja um estímulo externo a seu redor.
Quando a vigilância do paciente se encontra em níveis normais, podemos caracterizar o paciente
como “normovigil”

Alterações da vigilância:

➢ Hipervigilância: o paciente mantém-se excessivamente atento ao ambiente. Vira-se,


procura, observa todo o ambiente e nota pequenos ruídos e estímulos sonoros. Pode
acontecer em pacientes maníacos.
➢ Hipovigilância: é caracterizada pela falta de vigilância dos estímulos ambientais. O
paciente pode não notar o que acontece a seu redor. Pode ocorrer em pacientes
deprimidos, cansados e pouco reativos ao mundo exterior.

SENSOPERCEPÇÃO

Atividade integrada entre captar, por meio dos órgãos dos sentidos, estímulos auditivos, visuais, olfativos,
táteis ou gustativos (sensação), atribuindo-lhes valor e significado (percepção).

Alterações da sensopercepção

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• Ilusões: são falsas percepções que ocorrem na presença de um estímulo externo. Nesse caso, acontece
uma distorção de um objeto real, localizado no mundo exterior. Pode ocorrer em estados de fadiga ou de
estresse emocional.

• Alucinações: ocorrem na ausência de um estímulo externo. Normalmente podem ser localizadas no


espaço e são bem definidas, ou seja, são “vivas”, nítidas. Os pacientes consideram reais tais eventos. O
tipo mais comum de alucinação nas doenças psiquiátricas é na modalidade “auditiva”.

• Pseudoalucinações: acontecem na ausência de um estímulo externo. A diferença entre as alucinações e


as pseudoalucinações é que, nesta última, o indivíduo tem certa crítica sobre seu sintoma. Para alguns
autores, a alucinose é um tipo de pseudoalucinação que ocorre durante psicoses tóxicas, como na
intoxicação ou na abstinência alcoólica. Muito rebuscado, com detalhes.

ORIENTAÇÃO

É a capacidade de situar-se em relação ao ambiente, ao tempo e a si mesmo.

De modo geral, a orientação pode ser dividida em autopsíquica e alopsíquica

• Orientação autopsíquica: é a capacidade que a pessoa tem de reconhecer a própria consciência, ou seja,
o “eu”. Isso significa que, quando podemos reconhecer os “limites do eu”, podemos reconhecer a
existência do “outro”.

• Orientação alopsíquica: é dividida em:

◦ Orientação do tempo: é a capacidade do paciente de reconhecer onde se encontra


temporalmente.

◦ Orientação no espaço: é a capacidade do paciente de localizar-se geograficamente.

MEMÓRIA

Desempenha o papel de registrar, reter, fixar e conservar novas informações e aprendizados, conferindo a
capacidade de evocação desse novo dado quando necessário.

A produção da memória divide-se em três processos básicos: fixar, conservar e evocar.

1. Fixação: é a fase de registro de uma nova informação. Nessa etapa, a atenção é um elemento
fundamental para a correta fixação.
2. Conservação: é a fase em que as memórias fixadas são conservadas ao longo do tempo.
3. Evocação: é a capacidade voluntária de conseguir acessar a informação registrada.

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INTELIGÊNCIA

A inteligência pode ser compreendida como a integração das funções psíquicas, na busca por soluções, na
compreensão e na interpretação de suas experiências.

Prejuízos na inteligência podem ser vistos em crianças com deficiência intelectual e em pacientes com
esquizofrenia ou que sofrem com processos demenciais.

Diante da observação da funcionalidade daquele indivíduo.

AFETO E HUMOR

O afeto é a emoção imediatamente sentida em relação a uma experiência. O que a gente observa, a
emoção que ele demonstra, expressão da emoção. (Ao falar de algo triste, o paciente chora)- modulação
(hipomodulando, hipermodulando etc). Congruência. d

O humor é um tônus constante de sentimento, o afeto predominante, um “estado afetivo basal”.


Utilizamos o termo “eutímico” para designar um paciente com um afeto considerado normal. (Distimia,
eutimia, hipertimia, hipotimia)

O afeto é o clima do dia, e o humor é a estação do ano.

Volição: avolia (perda de vontade); euforia; ou sem alteração na volição.

Alterações do afeto e do humor:

• Embotamento afetivo: é caracterizado como um estado de diminuição da expressão do afeto, que se


torna rígido, com pouca modulação. Acontece tipicamente em pacientes com esquizofrenia.

• Hipotimia ou depressão: é um estado de mal-estar, tristeza. É um achado característico nos pacientes


deprimidos.

• Hipertimia: é um estado de elevação do humor, quando ocorre uma “alegria patológica”, exagerada.
Ocorre em pacientes com quadros de hipomania.

• Euforia: é caracterizada por um estado patológico de grande exaltação do humor. É típico dos pacientes
em mania.

PENSAMENTO

O pensamento é um processo do psiquismo humano que permite elaborar ideias, articulá-las, gerar

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conhecimento, avaliar criticamente, julgar e criar. Pode ser dividido em curso, forma e conteúdo.

CURSO DO PENSAMENTO

Velocidade em que as ideias são expressas. O curso adequado do pensamento pode ser descrito como
preservado ou normoveloz.

➢ Alterações do curso do pensamento:

• Pensamento acelerado: com ideias sendo transmitidas muito rapidamente, como pode acontecer na fala
de pacientes ansiosos, em mania ou hiperativos.

• Pensamento lentificado: acontece quando as ideias são expressas de maneira lenta. Acontece
tipicamente em pacientes deprimidos, mas também pode ser visto em pacientes com esquizofrenia ou com
síndromes demenciais.

• Pensamento bloqueado: ocorre quando um paciente está expressando a sua ideia e, subitamente, tem o
curso do pensamento interrompido, tem um “branco” ou um “vazio na mente”. O bloqueio de pensamento
é comum em pacientes esquizofrênicos, que podem se referir ao evento como se tivesse ocorrido um
“roubo” de seu pensamento.

FORMA DO PENSAMENTO

Maneira com que o paciente organiza suas ideias, seguindo uma sequência lógica, coerente, que transmite
adequadamente seus pensamentos por meio de um fio condutor.

➢ Alterações da forma do pensamento:

• Fuga de ideias: acontece a perda do fio condutor da ideia; perde-se o foco inicial facilmente, “pulando
de um assunto para outro”, deixando a ideia anterior incompleta. Apesar disso, a comunicação mantém
alguma a lógica e a coerência. Pode ser vista em pacientes maníacos ou intoxicados por estimulantes.

• Desagregação do pensamento: também chamada de “pensamento incoerente”, é a perda da lógica do


discurso, com pensamentos que não se associam entre si e não expressam uma ideia adequadamente. A
desagregação do pensamento é típica dos pacientes com esquizofrenia.

• Jargonofasia ou “salada de palavras”: pode ser considerada uma forma grave de desagregação do
pensamento e da linguagem. Ocorre quando a comunicação e a linguagem se tornam completamente
caóticas ou quando a sintaxe fica totalmente incoerente. Nesses casos, as palavras não guardam qualquer
relação entre si e podem ser entremeadas por neologismos. A jargonofasia pode ser vista em casos graves
de esquizofrenia.

• Circunstancialidade: ocorre quando o discurso do paciente é repleto de detalhes, minúcias e informações


desnecessárias. Apesar dos excessos, a ideia central é atingida.

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• Tangencialidade: acontece quando o discurso é cheio de detalhes irrelevantes que se aproximam da ideia
principal, que nunca é atingida de maneira adequada.

CONTEÚDO DO PENSAMENTO

Diz respeito à temática da ideia. Alterações no conteúdo do pensamento podem ser representadas por
pensamento concreto, ideias delirantes e obsessões.

• Pensamento concreto: é um empobrecimento de discurso, que também resulta na incapacidade de


compreender simbologias, metáforas e analogias, tornando-se literal ou superficial. É típico de pacientes
com deficiência intelectual, autistas e esquizofrênicos.

Em pensamento ilógico é preciso detectar delírio.

• Pensamento delirante ou delírio: é uma ideia que é fruto de um juízo falso, patológico. O paciente com
uma ideia delirante tem uma convicção extraordinária, uma certeza irremovível, mesmo após
argumentação convincente em sentido oposto. Além disso, o conteúdo do delírio é normalmente
impossível ou altamente improvável de ser factível. É característico dos pacientes psicóticos.

O delírio ainda pode ser subclassificado em duas formas:

• Delírio sistematizado: ocorre quando o conteúdo que compõe o delírio é apresentado de maneira
relativamente organizada e compreensível, apropriando-se de aparente coerência. Acontece
principalmente em pacientes com transtorno delirante persistente.

• Delírio não sistematizado: é o tipo mais comum e é observado quando o conteúdo delirante é
caótico, sem qualquer articulação entre as ideias. Esse tipo de delírio é típico de pacientes com
esquizofrenia.

•Obsessões: são pensamentos incontroláveis, repetitivos, com conteúdo repulsivo, que geram sofrimento
ao indivíduo. São observados em pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo.

LINGUAGEM

A linguagem é uma forma de comunicação que expressa o pensamento, ligando o mundo interno ao
mundo externo. Por isso, o pensamento e a linguagem não podem ser facilmente separados.

Para referirmo-nos ao estado normal da expressão da linguagem, utilizamos o termo “normolálico”.

• Taquilalia ou logorreia: aumento da expressão da linguagem.

• Bradilalia: redução da expressão da linguagem.

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