Memórias de Martha
Memórias de Martha, de Júlia Lopes de Almeida, publicado em 1899, é
uma obra que destaca a importância da educação para a emancipação
feminina. O livro é uma autobiografia ficcional que retrata a vida de uma
mulher no Rio de Janeiro no final do século XIX.
Classe social burguesa- pai caixeiro viajante
Primeira pessoa narrado pela Martha filha, desde criança até adulta 25
Pai se mata envenenado
Sociedade do Patriarcado- sociedade machista,
Lavadeira e Engomadeira
Cortiço- muito pobre, quarto melancolico
Entregar as roupas nas casas burguesas
Carolina- mãe
Lucinda- menina burguesa que vai humilhar a Martha
Doação de vestidos- precisar aprender a Ler
Esforçada, dedicada
A Mulata - primeira amiga dedicada, ajuda a Martha nas lições de aula,
ladra, sapato roubado no meio das coisas da Mulata, fica revoltada, todo
mundo ignora a Mulata, acaba sendo expulsa da Escola.
Clara Silvestre- amiga de Martha na Escola
Martha - profissão de professora, sobre o ordenado (salário), estudar -
refúgio, não levava jeito para as tarefas domésticas
Querendo ser professora e ter um relacionamento amoroso
professora Anitta tipo madrinha - orientar nos estudos, vai levar ela no
baile em sua casa e na viagem no campo
Cortiço marca essa inferioridade que ela sente, resolve mudar de casa
Chalet- Martha e a mãe se mudam para o Chalet,
Ataque de hysteria
Viagem no campo junto com a professora Aninha
Luiz primo de Aninha
Luiz destrui as esperanças amorosas da Martha
presta um concurso público para ser professora, ela passa nesse
concurso, ela se ve como uma mulher capaz de se sustentar por ter um
emprego fixo como professora
Mandar cartas para a Mãe, Miranda burguês, tem certos recursos se
apaixona pela Martha, Miranda 40 anos
Amargura de não ter vivido um amor, aceita se casar
8 dias depois do casamento a mãe da Martha morre
Contexto histórico:
● Memórias de Martha* foi o primeiro romance de Júlia Lopes de
Almeida e um marco na historiografia da literatura brasileira. A obra
é considerada engajada, pois denuncia as injustiças contra as
mulheres, os pobres e os negros.
Temas abordados:
● A condição da mulher na época, com destaque para as dificuldades
enfrentadas pelas mulheres que trabalhavam para sustentar a
família
●
● A importância da educação para a conquista de novas
oportunidades
●
● A representação do cortiço e do espaço social a partir da voz
feminina
●
Características da obra:
● Narrada em primeira pessoa
●
● Ambientada em um cortiço, moradia popular dos finais do século
XIX na cidade do Rio de Janeiro
●
● Destaca a importância da educação para a conquista de novas
oportunidades
●
● Exalta a importância da educação para a emancipação da mulher
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Realismo Realismo: objetividade, temática ● Realismo: Machado de
1881 a social, linguagem objetiva Assis - Memórias
Naturalismo: linguagem mais próxima Póstumas de Brás
1893
da coloquial, temática polêmica Cubas
Naturalismo
Parnasianismo: arte pela arte, culto à
● Naturalismo: Aluísio de
forma
Parnasianis Azevedo - O Mulato
mo ● Parnasianismo: Olavo
(1881 - Bilac - Tratado de
1893) Versificação
Simbolismo Subjetivismo, espiritualidade e ● Cruz e Sousa - Tropos
(1893 - misticismo são características que e Fantasias
1910) refletem o estilo desta escola.
● Alphonsus de
Guimarães - Kyriale
● Augusto dos Anjos - Eu
O Parnasianismo no Brasil teve como marco inicial a publicação da obra "Fanfarras", de
Teófilo Dias, em 1882.
Os mais importantes escritores brasileiros do período formavam a chamada "Tríade
Parnasiana", a qual era composta por Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
Os escritores parnasianos buscavam o sentido para a existência humana por meio
daperfeição estética. Por isso, a preocupação residia na "Arte pela Arte", ou seja, a forma
como caraterística principal da poesia.
Características do Parnasianismo
● Arte pela arte
● Objetivismo e universalismo
● Cientificismo e positivismo
● Temas baseados na realidade (objetos e paisagens), fatos históricos, mitologia
grega e cultura clássica
● Busca da perfeição
● Sacralidade e o culto à forma
● Preocupação com a estética, metrificação, versificação
● Utilização de rimas ricas e palavras raras
● Preferência por estruturas fixas (soneto)
● Descrição visual bem detalhada
Escritores Parnasianos Brasileiros
1. Teófilo Dias (1854-1889)
Teófilo Odorico Dias de Mesquita, sobrinho do poeta Gonçalves Dias, foi professor,
jornalista, advogado e poeta brasileiro.
Patrono da cadeira 36 na Academia Brasileira de Letras, em 1882 publicou "Fanfarras", obra
que marca o início do parnasianismo no Brasil.
Outras obras que merecem destaque: Flores e Amores (1874), Cantos Tropicais (1878), Lira
dos Verdes Anos (1878), A Comédia dos Deuses (1888).
2. Olavo Bilac (1865-1918)
Um dos grandes escritores parnasianos, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, conhecido
como "Príncipe dos Poetas Brasileiros", foi jornalista, tradutor, poeta e um dos fundadores
da Academia Brasileira de Letras.
Sua obra é caracterizada pela linguagem clássica, com conteúdos: históricos, patrióticos,
emotivos, platônicos e sensuais. Vale lembrar que o Hino à Bandeira do Brasil foi escrito por
Olavo Bilac.
Suas principais obras são: Poesias (1888), Crônicas e Novelas (1894), Crítica e Fantasia
(1904), Conferências Literárias (1906), Dicionário de Rimas (1913), Tratado de Versificação
(1910), Ironia e Piedade (1916) e Tarde (1919).
Saiba mais sobre: Olavo Bilac
3. Alberto de Oliveira (1857-1937)
Antônio Mariano de Oliveira, mais conhecido pelo pseudônimo "Alberto de Oliveira", foi um
poeta, professor, farmacêutico e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Publicou sua primeira obra, “Canções Românticas”, em 1878. A despeito desse livro
apresentar características românticas, Alberto de Oliveira foi um exímio poeta parnasiano
cuja obra é caracterizada por temáticas e estruturas parnasianas, por exemplo, descrição
minuciosa, composição de retratos, quadros e cenas.
Suas obras que merecem destaque são: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias
(1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916).
4. Raimundo Correia (1859-1911)
Raimundo da Motta de Azevedo Corrêa foi um juiz, poeta e um dos fundadores do Sodalício
Brasileiro. Maranhense, publicou seu primeiro livro de poesias "Primeiros Sonhos" em 1879.
Sua obra apresenta características românticas, parnasianas e simbolistas. Dessa maneira,
suas poesias possuem um caráter pessimista e subjetivo, ao mesmo tempo que
apresentam grande preocupação métrica.
Outras obras que merecem destaque são: Sinfonias (1883), Versos e Versões (1887), Aleluias
(1891), Poesias (1898).
Parnasianismo em Portugal
Em Portugal, o movimento parnasiano não teve a representação e a força que se
desenvolveu no Brasil e noutros países.
Os autores parnasianos portugueses que se destacaram foram: João Penha (1838-1919),
Gonçalves Crespo (1846-1883), António Feijó (1859-1917) e Cesário Verde (1855-1886).
Curiosidade: Você Sabia?
O nome Parnasianismo deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega significa a
montanha consagrada ao Deus Apolo e às musas da poesia.