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o Conceito de Deus Ao Longo Da Historia

O documento analisa a evolução do conceito de Deus no cristianismo, abordando a tensão entre imanência e transcendência, e a influência de pensadores ao longo da história. Ele destaca a importância da doutrina da Trindade e como diferentes períodos, como o Patrístico, Escolástico e Reformado, contribuíram para a compreensão de Deus. A obra também menciona a transição para visões modernas que desafiam a revelação e enfatizam a razão humana.

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Rodrigo Guerra
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o Conceito de Deus Ao Longo Da Historia

O documento analisa a evolução do conceito de Deus no cristianismo, abordando a tensão entre imanência e transcendência, e a influência de pensadores ao longo da história. Ele destaca a importância da doutrina da Trindade e como diferentes períodos, como o Patrístico, Escolástico e Reformado, contribuíram para a compreensão de Deus. A obra também menciona a transição para visões modernas que desafiam a revelação e enfatizam a razão humana.

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O monoteísmo cristão (SDA)

considera qeo,j como exercendo


sua presença e atividade no
mundo (imanência) ao mesmo
tempo que se refere a sua
realidade independente do mundo
(transcendência)
Contudo, em relação ao entendimento
e conceito de Deus, tensões dialéticas
tem aparecido juntamente com
polarizadas discussões teológicas. E
no mundo moderno, a concepção
acerca de Deus tem mudado
progressivamente com o tempo
Provê uma avaliação histórico-teológica
do conceito de Deus herdado nas
culturas modernas dos períodos
subsequentes à Idade Média
juntamente com seus principais
pensadores
Considerando que a história da doutrina da
Trindade é crucial para o entendimento da
doutrina em si mesma
Veremos o processo de desenvolvimento
dessa doutrina entre os séculos II e XX

FONTE: Henry Barclay Swete, The Holy Spirit in the Ancient Church: A Study of Christian Teaching in the Age of the Fathers (London, UK: Macmillan, 1912), 4
1.
APOSTÓLICO

7. PÓS- 2. PÓS-
MODERNO APOSTÓLICO

PERÍODOS
6. 3.
MODERNO PATRÍSTICO

5. 4.
REFORMADO ESCOLÁSTICO
Cada período tem pensadores
importantes que contribuíram
significativamente para a
compreensão acerca de Deus.
Mateus 28:19 2 Cor. 13:13
CLEMENTE DE ROMA (88 d.C.)
tinha o mesmo conceito de Deus
que os apóstolos

PAIS INÁCIO DE ANTIOQUIA (d.


110/115 d.C.) mesma ideia de
APOSTÓLICOS Deus dos apóstolos

POLICARPO (d. 156 d.C.), discipulo


e amigo do apóstolo João, adotou
a adorção ao Deus triúno

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hedonismo
PERÍODOPATRÍSTICO
Considerava a filosofia
platônica a “doutrina
Escritores, oradores verdadeira” e o
cristianismo, por sua
e filósofos judeus e vez supersticioso
romanos escrevem
contra o
cristianismo:
Fronto
Tácito
Luciano
Porfírio
Celso

FONTE: Roger Olson, História da Teologia Cristã, 34.


APOLOGISTAS CRISTÃOS
Influenciados pelo Platonismo (sociedade helenística)
interpretaram a fé cristã em termos da cultura e filosofia
grega.
Filósofo da escola platônica

“Um filósofo cristão.”


Dialogue With Trypho the Jew 8 (ANF, 1.195-197).

Filosofia é “a maneira
pela qual é possível
compreender a Deus.”
Dialogue With Trypho the Jew 1 (ANF, 1.196) .

Justino Mártir
Divindade = Tríade (100 – 165 AD)
PAI  Sem origem;
totalmente transcendente

FILHO  Era o Logos


(Filo de Alexandria); não era
eterno no mesmo sentido que
o Pai (gerado = subordnacionismo
cristológico). The Second Apology of Justin 6 (ANF, 1.190).

ESPÍRITO SANTO  É um
"poder [impessoal] de
Deus.” The First Apology of Justin 33 (ANF, 1.174). Justino Mártir
(100 – 165 AD)
O Logos era o
Espírito Santo
incarnado em
Jesus, o agente
da criação

Justino Mártir
(100 – 165 AD)

FONTE: Olson, The Story of Christian Theology, 61


Harmonizou neo-
platonismo e
cristianismo

Orígenes
(185- 254 A.D. )

Celso
Treinado em Filosofia (platonismo) na
Escola de Alexandria, Egito (centro
cultural helenístico)

PAI  Idéia platônica de Deus


(μονάς, “único”). De Principiis 1.1.6 (ANF, 4.243.
Platão afirmou que o Monas é a causa
de tudo (Phaedo 105C Dialogues of Plato, 1:362).

FILHO Deriva do Pai, mas sem


começo (geração eterna). De Principiis 1.2.2,
6 (ANF, 4.246-248) . O Logos é “inferior a Ele
[Pai]”. Against Celsus 8.15 (ANF, 4.644.

ESPÍRITO SANTO “Procede do Pai”;


Orígenes Inferior ao Filho. De Principiis 3.5.8 (ANF, 4.344)
(185- 254 A.D. )

O teólogo mais influente no Oriente LEGADO: Controvérsia Ariana (μονάς


criou o δημιουργός)
Atanásio versus Ário (μονάς criou o δημιουργός)
Subordinacionismo ontológico

PAI  Princípio e a fonte da


unidade de toda a Trindade.
Against the Heathen 41.3 (NPNF, 4.26).

FILHO  Mesma essência


divina do Pai (consubstancial);
Não criado (Ário), mas gerado
na eternidade (≠tempo).

ESPÍRITO SANTO  homoousios


com o Pai e o Filho

RESUMO: Pai, Filho e Espírito Santo são três


hypostases distintas, mas não separadas do Atanásio
único (ousia) Deus  Credo de Nicéia  (296 - 373 AD)

Católicos e Protestantes.
Atanásio teve dificuldade
para explicar a relação
entre o Pai e o Filho
 οὐσία = ὑπόστασις
Pais Capadócios 
desenvolveram uma
terminologia mais adequada
sobre unidade das três pessoas
da Divindade
ὑπόστασις = “triplicidade em Deus”
οὐσία = “unidade das três Pessoas”.

FÓRMULA: “Uma substância (ousia) em três


pessoas (hypostases)”

Filho e o Espírito Santo  Pessoas


distintas (hypostasis), mas com a
mesma substância (ousia) do Pai =
Trindade imanente (relacionamentos
intratinitarianos na eternidade)
Elementos neo-platônicos em sua
teologia trinitariana

Definiram Deus, o Pai, com base na


metafísica Grega
dos pré-socráticos

Pai ἀρχή (“primeira causa” ou


“princípio” da inteira divindade),
aquele que estabelece a unidade
divina.

Filho e o Espírito Santo Causados pelo


Pai = subordinacionismo ontológico pré-
Niceno.

Geraçāo Eterna na estrutura interna


(ontologia) da natureza divina
FÓRMULA:
“Uma substância (ousia) em três
pessoas (hypostases)” é de origem
Platônica

Metafísica Teoria das Formas


(Platão, Dialogues of Plato, 7:159-163, 371-
375).

Platão
(348/347 a.C)
Existe uma FORMA (εἶδος) ou
arquétipo (no mundo
imutável) para toda classe de
OBJETO no mundo físico
Uma Série (Classe) versus os Membros da Série

HUMANIDADE

(Série, Forma Essencial = οὐσία (eterna, imutável, imaterial, universal, metafísica)
MUNDO
SUPERIOR
____________________________________________________________ ____
MUNDO

SERES HUMANOS
INFERIOR

(Membros [ὑπόστασις] da Série – material, físico)


Três hypostases
Pluralidade

Uma ousia
A natureza universal de
Deus está presente em
(essência commum)
todas as três pessoas Unidade
Teologia Agostiniana 
“Platonismo cristianizado”

Agostinho
(354-430 AD)
DEUS  totalmente
transcendente

Imutabilidade de Deus =
Atemporalidade

Eterno agora Criador do tempo


“… visto que me tendes
amado e tendes crido que eu
vim da parte de Deus.”
João 16:27

“Mas, quando vier o


Consolador, que eu da parte
do Pai vos hei de enviar,
aquele Espírito de verdade,
que procede do Pai, ele
testificará de mim.”
João 15:26
GERAÇÃO ETERNA
ἀρχή/Principium λόγος/verbum
Geração Eterna

ATEMPORALIDADE

Dupla Processão

IASD  Fonte gêmea da missão


A geração do Filho e processão
do Espírito são determinados
pela moção (movimento) dentro
do ser de Deus, sem
modificação de Seu ser
(natureza)

FONTE: Augustine On the Trinity 1.6.9; 11.26; 2.5.9 (NPNF, 3.21-22, 31-32, 41).
MODELO PSICOLÓGICO DA

Estrutura Triádica da Dualismo


mente humana
BASE:
Antropológico
Alma humana
(dualismo platônico)
Platônico
PERÍODOESCOLÁSTICO
Tomás de Aquino
(1225-1274)
Aquino foi “o mais influente
pensador do período medieval”.
Robert G. Clouse, “Thomas Aquinas,” in The History of Christianity, 288.
Base para o racionalismo do Escolasticismo

Trindade
racional

Aristóteles Tomás de Aquino


(384-322 a.C.) (1225-1274)

Do Neoplatonismo para o Aristotelismo


O ser IMATERIAL tem forma PURA
é ato puro, sem potencialidade

Aristóteles
(384-322 a.C.)
O ser imaterial = qeo,j
Primeiro Motor Imóvel (por não ser movido por nenhum
outro)
Movimento  mudança de potência para ato
Não gerado, imóvel, imutável, atemporal, perfeito

FONTE: Kerbs, El Problema de la Identidad Bíblica del Cristianismo, 132-134.


Metafísica Aristotélica do Primeiro Motor Imóvel

MOVIMENTO trânsito de
potência ao ato

Niguém se move por si mesmo

Atemporal
Causa externa [final] do movimento

Ser = Ato Puro = qeo,j


PAI Primeiro Movedor Imóvel  prima causa omnium rerum

Princípio do Filho e Espírito Santo


processio ad extra Processão (movimento) externa criação

processio ad intra Processão (movimento) Interna do Verbum ou λόγος  João 1:1

Memória

MODELO PSICOLÓGICO Entendimento

Vontade

“… pois eu vim de Deus e


agora estou aqui. Eu não vim
por mim mesmo, mas ele me
enviou”. João 8:42.
GERAÇÃO ETERNA

Geração Eterna

Dupla Processão
Sacra Doctrina

Conceitos bíblicos + Escritos patrísticos + Filosofia Grega


PERÍODOREFORMADO
Martinho Lutero João Calvino Ulrico Zuinglio
(1483-1546) (1509-1564) (1484–1531)

Humanismo Renascentista

Desidério Erasmo
(1466-1536)
Condenou a Sacra Doctrina
POSIÇÃO TRINITARIANA DE LUTERO

Deus Deus
absconditus Atemporaltranscendente
GERAÇÃO ETERNA

Geração Eterna

Dupla Processão
LUTERO CALVINO ZUINGLIO

Eles “destronaram o
papa e entronizaram as
Escrituras”.

FONTE: Alister McGrath, Reformation Though: An Introduction (Oxford: Blackwell Publishers, 1999), 145.
Rejeitou a Geração Eterna

Michael Servetus
(1511-1553)
Foi o primeiro
anabatista a lutar
contra a doutrina da
Trindade

Defendeu uma forma de


modalismo, negando a
divindade de Jesus e a
Trindade. Adotou o
conceito panteísta e a
ideia de um Deus
impessoal

Foi executado em 1553,


em Genebra
Michael Servetus
(1511-1553)
PERÍODOREFORMADO

Construiu seu conceito


de Deus baseado na Sua
própria
REVELAÇÃO
PERÍODO PÓS-REFORMA PROTESTANTE

Divorciou-se da
REVELAÇÃO e ao
mesmo tempo casou-
se com a
RELIGIÃO NATURAL
PENSADORES ILUMINISTAS
Bento de Espinosa (1632–1677)
John Locke (1632 – 1704)
Montesquieu (1689-1755)
Voltaire (1694-1778)
Benjamin Franklin (1706-1790)
David Hume (1711-1776)
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Denis Diderot (1713-1784)
Adam Smith (1723-1790)
Immanuel Kant (1724-1804)
Gotthold Ephraim Lessing (1729–1781) Edward
Gibbon (1737–1794)
Benjamin Constant (1767–1830)

Destronaram as
Escrituras e
entronizaram a
RAZÃO
HUMANA
RELIGIÃO DO ILUMINISMO

DEÍSMO Ausência de Deus do mundo

Destronaram as
Escrituras e
entronizaram a
RAZÃO
HUMANA
(1657-1733)
Matthew Tindal
imanente).
somente através do conhecimento
humano pela razão, e este Deus é a

envolvido no mundo e na história (não


Há um Deus perfeito, que é conhecido

primeira causa da criação e, ao mesmo


tempo, Ele é totalmente impessoal e não

FONTE: Agenilton Corrêa, “Doctrine of God: A Historical-theological Evaluation of the Concept of God on the Perspective of the Modern Christian Theology Between The 18 th
and the 20th Centuries (A paper presented in fulfillment of the requirements for the course DIR THST 691 DOCTRINE OF GOD, AIIAS, March 2013), 28..
(1657-1733)
Matthew Tindal
DEUS É TOTALMENTE
TRASNCENDENTE

FONTE: Agenilton Corrêa, “Doctrine of God: A Historical-theological Evaluation of the Concept of God on the Perspective of the Modern Christian Theology Between The 18 th
and the 20th Centuries (A paper presented in fulfillment of the requirements for the course DIR THST 691 DOCTRINE OF GOD, AIIAS, March 2013), 28..
DEUS É TOTALMENTE
TRASNCENDENTE

Espírito Santo foi substituido


pela razão do espírito humano
apenas um grande homem. E o
Cristo não é considerado Deus,

FONTE: Agenilton Corrêa, “Doctrine of God: A Historical-theological Evaluation of the Concept of God on the Perspective of the Modern Christian Theology Between The 18 th
and the 20th Centuries (A paper presented in fulfillment of the requirements for the course DIR THST 691 DOCTRINE OF GOD, AIIAS, March 2013), 28..
A fonte da moralidade é
a própria razão humana

FONTE: Immanuel Kant, The Critique of Pure Reason. Translated by J. M. D. Meiklejohn (Pennsylvania: The Pennsylvania State University, 2010), 408
Movimento artístico, político
e filosófico surgido nas
últimas décadas do século 18
na Europa

Uma visão Reação contra a


de mundo racionalização
centrada no científica do
indivíduo. Iluminismo
O conhecimento humano
sobre Deus é totalmente
intuitivo. Rousseau enfatizou
não os atributos de Deus, mas
a reflexão sentimental e
pessoal a respeito de Deus

Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778)
refletir sobre Deus, o

(através das sensações)


sobre Deus intuitivamente
enfatizava a razão pura para
Enquanto o RACIONALISMO

o livro da natureza para refletir


ROMANTISMO procurou enfatizar

FONTE: Agenilton Corrêa, “Doctrine of God: A Historical-theological Evaluation of the Concept of God on the Perspective of the Modern Christian Theology Between
The 18th and the 20th Centuries (A paper presented in fulfillment of the requirements for the course DIR THST 691 DOCTRINE OF GOD, AIIAS, March 2013), 35.
RELIGIÃO DO ROMANTISMO

PANTEÍSMO Imanência de Deus no


mundo, i.é, tudo é Deus

Destronaram a
RAZÃO PURA e
entronizaram os
SENTIMENTOS
HUMANOS
RELIGIÃO DO ROMANTISMO

FONTE: Agenilton Corrêa, “Doctrine of God: A Historical-theological Evaluation of the Concept of God on the Perspective of the Modern Christian Theology Between The 18 th
and the 20th Centuries (A paper presented in fulfillment of the requirements for the course DIR THST 691 DOCTRINE OF GOD, AIIAS, March 2013), 34.
Os atributos de Deus são nada mais do que reflexos dos
sentimentos humanos. Em outras palavras, "falar de Deus
é sempre falar sobre a experiência humana de Deus.”
Negou Deus em três pessoas

Friedrich Schleiermacher
(1768–1834)

Lança bases para a


Teologia Liberal Protestante
ÉPOCA DE GRANDE
EFERVESCÊNCIA DE
IDÉIAS

AVANÇO SIGNIFICATIVO
NA NATUREZA E AVANÇO
MÉTODOS DE ESTUDOS TECNOLÓGICO
HISTÓRICOS

NOVAS
ABORDAGENS
ECONÔMICAS
Avanço
científico

Ampliação dos
métodos cientificos Avanço
de estudos em tecnológico
diferentes áreas

Novas
abordagens
filosóficas
O século XX testemunhou um florescimento de diversos
pontos de vista sobre Deus e uma renovada atenção foi dada
à linguagem sobre Deus. Os pensadores tentaram
harmonizar o Deus transcendente com atitudes culturais
contemporâneas e intelectualidade da época. Esta foi uma
nova investida da teologia cristã na tentativa de reconstrução,
à luz da cultura moderna, ciência e filosofia, da verdadeira
essência do cristianismo sem os dogmas tradicionais. Assim,
o século XX testemunhou o processo de pluralização súbita
na teologia cristã… Todas essas ideias influenciaram a mente
dos homens e seu conceito acerca de Deus.

FONTE: Agenilton Corrêa, “Doctrine of God: A Historical-theological Evaluation of the Concept of God on the Perspective of the Modern Christian Theology Between The 18 th
and the 20th Centuries (A paper presented in fulfillment of the requirements for the course DIR THST 691 DOCTRINE OF GOD, AIIAS, March 2013), 35-36.
A teoria da seleção natural de
Darwin (1859) levou a
sociedade intelectual a
acreditar em uma abordagem
não-supernaturalista da vida
humana, mas baseada
apenas no desenvolvimento
físico materialista
A autoridade da Bíblia
como fonte de
conhecimento de
Deus passou a ser
fortemente
questionada
A Bíblia passou
a ser um guia
literário ético
TEOLOGIA LIBERAL OU
LIBERALISMO TEOLÓGICO
(Nasce entre os séc. XVII e XX)

É receptivo à ciência, às artes e


estudos humanos contemporâneos
(guiada exclusivamente pela razão)

Sua tarefa contínua é interpretar a


Bíblia à luz de uma cosmovisão
contemporânea e da melhor pesquisa
histórica

FONTE: http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/TeologiaLiberal-Liberalismo-DRaphael.htm
A Bíblia é considerada documento humano

Ressaltam as implicações éticas


do cristianismo e não seus
dogmas
PARA HAVER COMPATIBILIDADE COM O PENSAMENTO
MODERNO (CULTURA E CIÊNCIA), A TEOLOGIA LIBERAL:

Reconstruiu um novo conceito de


Deus à luz do conhecimento moderno

Redução e reinterpretação das


doutrinas clássicas do cristianismo
Hermann Reimarus
(1694-1768)

Ele negou a origem sobrenatural


do cristianismo e foi um dos
primeiros a iniciar a investigação
do Jesus histórico

O pai do “First Quest”


DIFERENÇA ENTRE
O JESUS DA FÉ E O
JESUS HISTÓRICO

David Friedrich Strauss


(1808-1874)

Albert Schueitzer
(1875-1975)
FOTO: Mosaico de Jesus Cristo em Santa Sofia - Idade Média, Arte Bizantina

Jesus foi um
mito divino
Jesus é apenas um grande homem na história

Deus é a força que está movendo a história e,


durante esse processo, ele não tem qualquer
relação notável com os indivíduos

Viu Deus como sendo descrito em


termos subjetivos, não menos do
que uma abstração

Hegel exaltou a razão humana ao dizer


que "toda da realidade física é um
produto da razão ou Geist (Espírito
Absoluto).”
Georg W. F. Hegel
(1770-1831)
Espírito Santo é apenas "o poder de Deus”

Jesus é filho de Deus, mas não divino

Rejeitou a ideia de um Deus


metafísico e adotou a visão de um
Deus subjetivo, ou puro amor

A influencia de Ritschl foi tão grande que, durante as


“últimas duas décadas do séc. 19 e as duas primeiras
décadas do séc. 20, a teologia liberal é frequentemente
chamada de ‘Ritschlianismo’.”
Roger Olson, The Story of Christian Theology, 547

Albrecht Ritschl
(1822-1889),
Cristo nunca foi qeo,j, colocado em pé de igualdade
com o Pai. O Espírito Santo é o dom de Deus

Deus é uma espécie de imanente ser agindo no


mundo através das pessoas e não interferindo
na história humana

Adolf von Harnack


(1851-1930)
A vida e obra de Jesus ANDAR SOBRE AS ÁGUAS

parece fantasioso REALIZAR MILAGRES

RESUSCITAR DOS MORTOS

demais nos Evangelhos


para ser considerado
verdade
A visão liberal contradiz
o conceito bíblico acerca
de Jesus
Novas abordagens 18o Século
Rompimento
Religião natural
Subjetivismo
Método científico

Revolução Teologia Neo-


Iluminismo Deísmo
Francesa Liberal Ortodoxia

Adolf von Harnack Albrecht Ritschl Jean-Jacques Rousseau


(1851-1930) (1712-1778)
(1822-1889),

Los Kiacas

Georg W. F. Hegel
René DescartesImmanuel Kant (1724-
Friedrich Schleiermacher
Karl Barth
(1770-1831) (1768-1834)
(1596-1650) 1804)
(1886-1968)
PERÍODO MODERNO - LIBERALISMO

Ao contrário dos
Reformadores, os liberais
afirmam que Deus trabalha
no mundo (imanência)
através de pessoas e não
interfere na história humana
100

0
1840 1910 1930 1960

 TEOLOGIA LIBERAL

 FUNDAMENTALISMO
Surge em 1910 como
forte reação ao
liberalismo teológico
Benjamin B. Warfield
(1851-1921)

Reagiram contra o conceito de


Deus do liberalismo

Tentaram restaurar a crença em um Deus


transcendente que é "absolutamente imutável e
que controla toda a natureza e a história
humana”.

Sustentaram a concepção ortodoxa protestante de um


Deus pessoal triuno, a divindade de Cristo, Seu nascimento
virginal, Sua expiação substitutiva, Sua morte e
ressurreição corporal, Seu retorno iminente, divindade e
personalidade do Espírito Santo e a inerrância bíblica
Charles Hodge
(1797-1878)
Entre 1930 e 1950 teologia liberal
tornou-se menos influente. Então, com
as idéias liberais experimentando um
rápido declínio na teologia protestante,
e o que pode ser chamado de
neoliberalismo (movimento não tão
ortodoxo) surgiu procurando dar um
significado quase inteiramente
diferente para Deus.
A Neo-ortodoxia considerou a
transcendência de Deus e Sua
participação na história da humanidade.
Etretanto, esse movimento não pode ser
considerada uma renovação da teologia
cristã, nem mesmo um retorno ao
conceito bíblico de Deus
ALUNO DE

Karl Barth Adolf von Harnack


(1851-1930)
(1886-1968)

Desiludido com o seu professor e sua


abordagem liberal, Barthrejeitou a teologia
liberal e buscou na Bíblia uma nova noção de
Deus
Barthianismo
destronou a RAZÃO
e reentronizou a
“REVELAÇÃO”
Karl Barth
(1886-1968)
O conhecimento de Deus basea-se
apenas na revelação; para que
Deus possa ser verdadeiramente
conhecido em Sua auto-revelação
em Jesus Cristo

Karl Barth
(1886-1968)
LER SÍNTESE: Marcos Granconato, "Neo-Ortodoxia: Um Perigo
Camuflado,” em:
http://www.igrejaredencao.org.br/index.php?option=com_cont
ent&view=article&id=94:neo-ortodoxia-um-perigo-
camuflado&catid=17:pastoral&Itemid=114
Rudolf Bultmann
(1884-1976)

Como pano de fundo de seu


pensamento teológico,
Bultmann era um
existencialista, ou seja, ele
procurou a experiência da
existência humana no presente
Rudolf Bultmann
(1884-1976)

DEMITOLOGIZAÇÃO

Colocou o evangelho a uma análise


existencialista e tentou remover os mitos
contidos nos Evangelhos; e isto inclui a
compreensão ortodoxa de Deus.
Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, cujas exposições são semelhantes, o que
permite comparar as relações que eles estabelecem sobre um mesmo
acontecimento.

FONTE: Thomas P. Rausch, Who Is Jesus? An Introduction to Christology, 31; http://www.dicionarioinformal.com.br/sin


PROBLEMA SINÓTICO

Bíblia deve ser interpretada


como qualquer documento
secular.
Baseada na “hipótese
Crítica das FONTES documentária” aplicada ao
Pentateuco.

Concentra-se na tradição
Crítica das FORMAS
oral
DISCIPLINAS
MÉTODO
Focaliza as contribuições
HISTÓRICO-CRÍTICO Crítica da TRADIÇÃO literárias e teológicas
dos autores

Busca ver cada autor que


organizou e modificou o material
Crítica da REDAÇÃO de suas fontes para comunicar sua
mensagem teológica
PROBLEMA SINÓTICO

661 versos

220 versos não


 encontrados em Marcos 
40-50 versos (PROTO-EVANGELHO) 350 versos

Karl Lachmann e C. G. Wilke em 1830


“Não existe razão para se supor que
que as informações trazidas à luz por
uma acurada investigação do problema
sinóptico provejam qualquer base para
se duvidar da historicidade fundamental
dos eventos mencionados nos
Evangelhos. Em realidade, elas
provavelmente comprovam o oposto,
sendo uma evidencia da sua
confiabilidade”.

FONTE: Albeto Tim, “Quão confiável é a Bíblia?” Diálogo Universitário 13:3 (2011), 13.
Demitologização

Rudolf Bultmann
João 18: 33, 37 e 38
Papiro P52
Papiro Rylands - fragmento mais antigo encontrado do
manuscrito do Evangelho de João, do ano 125 A.D.
(Local: Biblioteca John Rylands, Manchester, Inglaterra)
Após o ano de 1925 até as décadas de
1950 e 1960 o Fundamentalismo foi
perdendo força até ser substituído por
uma nova onda de defensores do
conceito de Deus chamado
"evangélico" ou “Evangelicalismo pós-
Fundamentalista."
Reafirma todas
as doutrinas
cardinais
bíblicas

Carl F. H. Henry (1913-2003)


100

0
1840 1910 1930 1960 2016
Teologia Liberal Fundamentalismo Fundamentalismo Teologia Teologia Teologia Teologia
da Radical da Esperança Escatológica Pós-Moderna

 TEOLOGIA LIBERAL

 FUNDAMENTALISMO
 EVANGELICALISMO
Significa “depois” do modernismo

É uma forte crítica da modernidade.


FONTE: Agenilton Corréa, “Papel do Educador Adventista Diante da Influência e Desafios da Filosofia Pós-moderna no Contexto Do Grande Conflito”, p. 2-3

É uma condição ou fenômeno


sociocultural amplo e diversificado
com ampla matriz cultural de
pensamento e comportamento

PRÉ-MODERNISMO (marcado por


crenças sobrenaturais e verdades
absolutas e reveladas) e
MODERNISMO (entre 1789
[Revolução Francesa] e 1989 -queda
do muro de Berlim]) .

PROMOTORES:
Michel Foucault
Jacques Derrida
Suas teorias abordam a relação
entre poder e conhecimento e
como eles são usados como uma
forma de controle social por meio
de instituições sociais

(IGREJA BÍBLIA  COMPORTAMENTO MORAL)

Michel Foucault
(1926-1984)
Nenhum texto tem um significado
fixo, pois o autor do texto não
possui uma linguagem adequada
para expressar sua intenção
original (“morte do autor”). O texto
tem diversos possíveis
significados.

(1930-2004)
Hans-Georg Gadamer
(1900-2002)

LINHA DO TEMPO DA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA

HORIZONTE HORIZONTE
DO AUTOR
(FUSÃO DOS HORIZONTES) DO LEITOR
(Preconceitos)
AUTOR

NOVA
TEXTO
INTERPRETAÇÃO

GIRO HERMENÊUTICO
MORTE DO
LEITOR
AUTOR
Apóstolo Paulo
Leitor comtemporâneo

LINHA DO TEMPO DA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA GADAMERIANA

HORIZONTE HORIZONTE
DO AUTOR
(FUSÃO DOS HORIZONTES) DO LEITOR
(Preconceitos)

PAULO

NOVA
EPÍSTOLAS
INTERPRETAÇÃO

“MORTE” LEITOR
DE PAULO ATUAL

GIRO HERMENÊUTICO
DESCONSTRUTIVISTA CONSTRUTIVISTA LIBERTAÇÃO CONSERVADORA

FONTE: M. J. Erickson, Christian Theology, 167-168.


Escola Teológica de Alexandria
1. Interpretação da
Bíblia no período Método Alegórico
Pré-Reformado
Período Medieval

Ênfase na Filosofia
Método Literal

2. Interpretação da
Bíblia no período da Lutero, Calvino e Zuínglio
Reforma
Método Gramático-Histórico

Ênfase na Filosofia
3. Interpretação da
Bíblia no período Método
Histórico-Crítico
Pós-Reforma
Crítica da Forma

Ênfase na Ciência Crítica das Fontes

Crítica da Redação
“Considerando que a teologia começou
adotando a interpretação filosófica… isso
não significou uma simples influência da
filosofia sobre a teologia, senão a destruição
da identidade bíblica do cristianismo”.
Raúl Kerbs, El Problema de la Identidad Bíblica del Cristianismo, p. 25
“Eles [teólogos e exegetas] crêem que a única
maneira de definir estes conceitos [bíblicos] é a
maneira com a qual fizeram os filósofos, e por isso
adotaram a definição filosófica… por válida na
interpretação do texto bíblico”.
Raúl Kerbs, El Problema de la Identidad Bíblica del Cristianismo, p. 24
4. Interpretação da
Bíblia no período Princípios
Moderno/Pós- Hermenêuticos
Moderno
Realidade
(Ontologia)

Ênfase na Filosofia Conhecimento


(Epistemologia)

Realidade como um todo


(Metafísica)

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