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HB Pmba

O documento aborda a construção da historiografia do descobrimento do Brasil, destacando a busca por uma identidade nacional no século XIX e o esquecimento da cultura indígena. Também discute movimentos emancipacionistas como a Revolução dos Padres e a Guerra dos Mascates, além de rebeliões separatistas durante a crise do sistema colonial, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. O texto enfatiza a influência de eventos externos, como a Revolução Francesa, e as reformas pombalinas que impactaram a sociedade colonial.
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O documento aborda a construção da historiografia do descobrimento do Brasil, destacando a busca por uma identidade nacional no século XIX e o esquecimento da cultura indígena. Também discute movimentos emancipacionistas como a Revolução dos Padres e a Guerra dos Mascates, além de rebeliões separatistas durante a crise do sistema colonial, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. O texto enfatiza a influência de eventos externos, como a Revolução Francesa, e as reformas pombalinas que impactaram a sociedade colonial.
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Professor Rodrigo Donin.

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O descobrimento do Brasil foi construído pela historiografia como o momento fundador da nacionalidade. Contudo,
atribuímos ao passado um juízo de valor do século XIX, período em que havia uma grande preocupação em forjar uma
identidade nacional que diminuísse as diferenças e desavenças entre as regiões brasileiras. Por outro lado, ocorre um
"esquecimento" da pré-história e da cultura indígena o que atrela o início da nossa história aos europeus.

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Revolução dos Padres, foi um movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817 Tristão e Filgueiras
se uniram contra o governo imperial na Confederação do Equador. República do Ceará em 26 de agosto de 1824, a
Grande Seca(1877/78/79), interfere na agricultura do algodão, Fortaleza foi invadido pelas vítimas da estiagem, uma
grande parte da população cearense emigra para a Amazônia e assim contribui no boom do primeiro Ciclo da Borracha.

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As Revoltas do período Colonial, XVII - XIX

Economia colonial
Resulta na formação de Revoltas
 Base do Sistema de Plantation
Produtos: açúcar, tabaco e algodão
 Fundamentado pelo monopólio comercial

Base

Consequências:

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- Demarcação das fronteiras do Brasil


- Firmação de Tratados
Tratado de Utrecht, 1713
Tratado de Madri, 1750 – legitima territórios além de Tordesilhas
Conflitos?
Nativistas?
Conjunto de movimentos locais entre Colônia e Metrópole pelo aumento extorsivo de impostos e fiscalização de
tributos
Separatistas?
São fruto das influências Iluministas, séc. XVIII, que defendem a República, a democracia, o liberalismo, o fim do
Absolutismo, etc...

4 conflitos Nativistas
Revolta dos Beckman, 1684-85, Maranhão
Causas: falta de mão-de-obra e alto custo da Companhia de Comércio, proibição da escravidão indígena
Líderes: Manuel e Tomás, latifundiários
Ações: prenderam os jesuítas e o capitão-mor do MA
Guerra dos Mascates, 1710-11, Recife e Olinda
Causas: crise açucareira no Nordeste e perda de poder dos Senhores de Engenho
Líderes: Senhores de Engenho X Mercadores Locais (mascates – burgueses)

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Invasão da cidade de Recife por Senhores de Engenho: destruição do Pelourinho


Ações: pacificação da cidade pela Coroa
Guerra dos Emboabas, 1708-09
Paulistas X Estrangeiros, MG (Emboabas)
Objetivo: controle e posse da região mineradora
Consequências: Criação da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, 1709
Revolta de Filipe dos Santos, 1720, Vila Rica, MG
Rebeldia contra a derrama (cobrança forçada de dívida)
Consequência: condenação e execução do líder do movimento.

A Guerra dos Mascates, 1710 - 1711


A Guerra (ou revolta) dos Mascates trata de um conflito em Pernambuco que opõe duas áreas dessa região:
 Olinda, onde há o predomínio dos senhores de engenho;
 E Recife, com a prevalência dos comerciantes de origem portuguesa – os chamados mascates.

Henry Chamberlain, “O mascate com seus escravos”.

Antecedentes

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 Olinda possuía uma Câmara com atuação dos homens-bons da região. Até então Recife (mais próspera
economicamente) era subordinada a ela politicamente.
1. Crescimento e desenvolvimento de Recife (antiga cidade Maurícia)

A Guerra dos Mascates, 1710 - 1711


 Recife X Olinda
1. Contexto: crise açucareira no Nordeste e perda de poder dos Senhores de Engenho
Em 1710, Recife foi elevada à vila, favorecendo os comerciantes locais e causando desconforto e indignação entre os
latifundiários de Olinda. O conflito que irrompe, mostra “uma luta pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural”,
pois era comum que os senhores de Olinda recorressem aos empréstimos dos mascates recifenses.
Invasão da cidade de Recife por Senhores de Engenho e destruição do Pelourinho
2. Ações: pacificação da cidade pela Coroa

3. Consequências:
 Nomeação do governador Félix de Mendonça
 Elevação de Recife a Capital

Principais líderes, Maior provocador das “alterações” de 1710, seria adiante chamado de “o primeiro pernambucano
livre”
Leonardo Cavalcanti de Albuquerque Bezerra era o pernambucano que mais odiava os portugueses.
Já de idade madura, entre suas façanhas ao longo da vida, uma se destacava: fora preso por três governadores lusos.
Câmara Coutinho o detivera, em 1690, por ter se negado a emprestar escravos para as obras do Forte do Brum.
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RANCOR DE NOBRE
Esse grande agitador era membro de duas antigas famílias da capitania, descendentes da aristocracia lusa: os Bezerra
e os Cavalcanti de Albuquerque.
Ele e seus familiares plantavam cana, criavam gado e negociavam com arrecadação de impostos, para ganhar a vida.
E a raiz da sua ira contra os portugueses estava justamente ali: para quem se ufanava tanto da sua nobreza, era
vergonhoso ter de barganhar e, pior, ser miseravelmente explorado por gente “de categoria inferior”.

Fatores do conflito:
 O problema em Pernambuco, na opinião de Leonardo e de outros nobres, era que, desde a expulsão dos
holandeses, passara a chegar aqui uma legião de portugueses miseráveis. Esses sujeitos, quando não eram
bêbados contumazes, recebiam fazendas (objetos diversos) dos seus patrícios comerciantes, para mascatear
de porta em porta. E logo enricavam, abriam lojas no Recife e traziam seus parentes para trabalhar como
caixeiros.

Ao final de cada safra, os senhores de engenho estavam sempre lhes devendo somas consideráveis, cobradas em
dobro, no ano seguinte. Ou, então, entregavam seu açúcar a 400 réis por arroba, remetida para Lisboa por 1.400. E,
não satisfeitos, esses estrangeiros passaram a subornar os governadores para ocupar os cargos públicos mais
lucrativos – um privilégio exclusivo dos filhos da terra, segundo a lei vigente.

E Recife? E os Mascates?
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 Os mascates, por sua vez, se diziam odiados pelo povo da terra porque enriqueciam trabalhando muito e
economizando ainda mais, enquanto os brasileiros eram preguiçosos e esbanjadores.
 Então, em 1710, caíra a gota que faltava para fazer o ódio transbordar: chegara o esperado decreto elevando
o Recife, onde viviam os portugueses, à categoria de vila. A partir daí, com a sua própria câmara de vereadores
e não mais submetidos à Câmara de Olinda, dominada pelos nobres, os mascates teriam maior poder político
e controle sobre o dinheiro dos impostos.

Revoltadíssimos, Leonardo, seu irmão Manoel e seu filho Cosme foram os que mais protestaram. “Ou aquele
ato era revogado”, ameaçaram eles, “ou havia de acabar-se o mundo”. E por isso foram presos; sofrendo, inclusive, a
humilhação de serem postos a ferros, como escravos.

A Guerra dos Mascates, 1710 - 1711


Consequências
1. Ações: pacificação da cidade pela Coroa
Nomeação do governador Félix José Machado de Mendonça e Vasconcelos
2. Felix ganhou a confiança dos pernambucanos. Para, já em fevereiro de 1712, começar a prender centenas
deles, pondo-os a ferros, como se fossem escravos fugidos, além de sequestrar seus bens e despachar os
líderes do levante para Lisboa. Inclusive, Leonardo Bezerra – detido pela quinta vez –, junto com seu filho
Cosme.
3. Vários, como Bernardo Vieira de Melo e seu filho André, morreram na prisão, até que os sobreviventes foram
finalmente julgados e anistiados, em 1718. Menos Leonardo e Leão Falcão, desterrados perpetuamente para
Goa, na Índia, como os principais cabeças das alterações, ainda vivos.
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História do Brasil
A crise do Sistema Colonial, 1790 - 1822

Sintomas da Crise
Influências da Independência dos EUA e da Revolução Francesa
Antecedentes:
O Governo de D. José I, 1750 – 1777
Período das Reformas Pombalinas
- Tornar mais eficaz a colonização
- Fortalecer o Mercantilismo
Cria Companhias de Comércio, 1755 – 59, PA, MA, PB e PE
Aumenta cobrança e fiscalização de impostos
Favorece as elites
Contexto de crise do açúcar e do Ouro
Produção de Manufaturas em Portugal e no Brasil.
Expulsa a Ordem dos Jesuítas
Tentativa de centralização Política

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Rebeliões Separatistas na Colônia


A Inconfidência Mineira, 1789
Movimento da elite Branca
Base do Movimento, mineradores, fazendeiros, padres, funcionários, advogados, militares, autoridades locais.
Causas
Cobrança de 100 arrobas de ouro/ano e
a Derrama (habitante)
1788, Antecedentes da Rebeldia
Silvério dos Reis, traidor
1792, final do processo de Prisão dos
Inconfidentes
Tiradentes condenado, executado,
enforcado, esquartejado, retaliado

Defenderam:
Instaurar uma República
Manter a escravidão

A conjuração Baiana ou dos Alfaiates, 1798


Líderes: Mulatos e negros; livres e libertos; alguns escravos
Escassez e condições precárias de vida da população = 80%
Objetivos: Anti-clericalismo
Sociedade igualitária e democrática
Fim da escravidão

1799: 4 condenados. 7 degredados, 2 Absolvidos


Considerada a 1ª Revolução Social do Brasil

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O Período Joanino: a transferência da Família Real para o Brasil,


Pressões da França Napoleônica e da Inglaterra
Elevação do Brasil a sede do Império Português;
Chegada de 15 mil nobres ao RJ
Decretada a Abertura dos Portos, 1808
- Marca o início das relações de livre-comércio
- Aumento de Importações
Mudanças na Colônia
- Investimentos em infraestrutura
- Criação do Banco do Brasil
- Concessão de títulos de Nobreza
- Abertura de Escolas, Universidades e Jornais
- Inaugurada a Biblioteca Nacional: 60 mil livros
Ingleses teriam tarifas especiais = 15%
14 anos de abertura de Portos;
abolição da escravidão, 1810
Direito a extra-territorialidade

A consolidação dos Movimentos Liberais

A Crise do Sistema Colonial


Conflitos Separatistas
 São fruto das influências Iluministas, séc. XVIII, que defendem a República, a democracia, o liberalismo, o fim
do Absolutismo, etc...
Antecedentes
Fase da Revolução Pernambucana, 1817
 Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do N.

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A Chegada da Família Real ao Brasil


Chamado de Período Joanino, 1808 a 1821

A Independência do Brasil
A Revolução Pernambucana, 1817
 É resultado de um forte sentimento anti-lusitano e contrário aos privilégios políticos;
Envolvidos: AL, PB, RN
(CE, BA, EUA, ARG, INGL sem sucesso –
apoio de mercenários)
Causas: Ambiguidade política de
D. João VI entre Conservadores e Liberais
 Aumento de Impostos
 Monopólio de Produtos
 Seca, 1816

Líderes: Latifundiários; trabalhadores; Clero (donos de terra);


Objetivos: a Revolução
Governo Provisório
Implantação da República
Comemorada em 6 de Março a Revolução em Pernambuco

Um dos mais importantes movimentos de Independência foi deflagrado pela Revolução em 1817, na cidade de
Recife.

A Revolução em Pernambuco
 A história desse estado se dá com a construção da identidade de brasileiro, de nordestino, e a bravura que
isso carrega começou há muitos anos atrás em nomes como Leão do Norte, Barros Lima e Cruz Cabugá,
muito mais do que nomes de ruas, unidades de saúde ou música.

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 Pernambuco decretou dia 6 de março como Data Magna, tornando a data um feriado estadual em
homenagem ao dia em que a revolução eclodiu. Para esta data, fica o desafio de não apenas se orgulhar
desses dias de construção de uma sociedade baseada na democracia, na cidadania, na liberdade, mas de nos
alimentar da força e do fogo que esses lutadores tinham e nos deixaram como marcas de um povo, ao longo
da história.
 As lideranças rebeldes buscando justificar a revolução e exigindo do soberano um tratamento condizente,
fez a Revolução de 1817 autoproclamar-se a ”segunda restauração de Pernambuco”.

Novos ares de insubordinação:


Influências da Revolução do Porto, 1820
 Um dos mais ricos comerciantes de Recife, Gervásio Pires Ferreira emprestou seu nome à junta que
governou Pernambuco entre 1821 e 1822. Deposto após a independência, foi preso e enviado para Lisboa.
Retornou em 1823 e voltou à política, chegando a ser deputado na Câmara do Império. Morreu em 1836.

A independência do Brasil, 1823


 Os temores haviam se concretizado: o imperador não estava muito a fim de dividir seu poder. Em
Pernambuco, a reação veio rápido. O Governo dos Matutos foi derrubado e, em 13 de dezembro, as câmaras
municipais de Recife e Olinda elegeram uma junta de governo.
Liderada por Manuel Carvalho, veterano da Revolução de 1817, refugiado nos EUA, encantando com o modelo
federativo de governo.

No texto, dom Pedro I estava acima do povo e de qualquer instituição. E era ele, claro, quem deveria escolher os
presidentes das províncias.
 Para Pernambuco, o imperador nomeou José Carlos Mayrink.
Consequência:
 Dom Pedro I mandou uma esquadra bloquear o porto de Recife enquanto o poder não fosse passado a
Mayrink.
 Manuel de Carvalho propôs que as províncias do norte se unissem para formar um país independente. Em 2
de julho de 1824, nascia a Confederação do Equador.

Rumos da Confederação...

O líder Manuel de Carvalho não chegou a abolir a escravidão, mas suspendeu o tráfico negreiro em Pernambuco.
 Esse ponto, porém, causou um fracionamento no movimento, pois atingia em cheio os poderosos interesses
locais, como já ocorrera em 1817. Por outro lado, a participação de camadas populares – homens livres,
pretos, mulatos e militares de baixa patente – colocou em pauta outros enfoques, que alarmaram a
população branca que compunha a elite local.
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Assim como em 1817, não era apenas o governo imperial que se sentia ameaçado, mas os interesses locais dos
proprietários de escravos e de terras, dos comerciantes portugueses, dos burocratas...

Conflitos?
Desequilíbrios na Balança Comercial
A Revolução Pernambucana, 1817 - Padres
Sentimento anti-lusitano e conflito contra o Poder autoritário do Rei
Envolvidos: AL, PB, RN (CE, BA, EUA, ARG, INGL sem sucesso – apoio de mercenários)
Causas: Ambiguidade política de D. João VI (Conservadores X Liberais)
Aumento de Impostos
Monopólio de Produtos
Seca, 1816

Líderes: Latifundiários; trabalhadores; Clero (donos de terra);


Objetivos:
Governo Provisório
Implantação da República
Comemorada em 6 de Março a Revolução em Pernambuco
E na Europa? a revolução Liberal do Porto, 1820
Crise em Portugal: fim do Absolutismo
Objetivos: Fim do acordo com a Inglaterra
Retorno de D. João a Portugal
Re-colonização do Brasil

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O Brasil Império (1822 - 1889)


1° Reinado, D. Pedro I
Período Regencial
2° Reinado, D. Pedro II

Período Regencial: 1831 – 1840


Período de + instabilidade política do País
Regência: Período em que um indivíduo ou um grupo de indivíduos governa em nome do Rei ou do Imperador
Disputas entre Moderados (conservadores) X Liberais Radicais
Marcada por
Revoltas Regenciais –
Regência Trina Provisória (junho de 1831) e Permanente
Objetivo:
 manter a ordem e a lei até a maioridade do Imperador
Os grupos políticos: variaram entre poder Centralizado ou autonomia as Províncias
 Liberais Moderados: chimangos; lutavam contra os conservadores ou restauradores = Aristocracia rural de
SP, RJ e MG
 Liberais exaltados: farroupilhas, VOTO e maior AUTONOMIA; adeptos da República = SETORES URBANOS e
MÉDIOS

Medidas Regenciais
“Batalhão sagrado”: Ministério da Justiça – Duque de Caxias
 Guarda Nacional: arma da aristocracia rural para conter levantes populares (Coronel) = 6 mil homens
 Juízes de Paz (polícia local): reforma do código Criminal, 1832
 Eleitor de Paróquia: demitir funcionários públicos
Além do Ato adicional de 1834
 Cria Assembleias Legislativas Provinciais, que permite às províncias maior autonomia e reduzir o poder
Moderador
 Defender os interesses políticos de uma pequena elite dominante através de uma máquina BUROCRÁTICA
 Eleição de uma Regência UNA por um período de 4 anos.
Marcado por 2 regentes:
 Pe. Diogo Feijó e a Regência UNA, 1835-37
Por pressões do Congresso e dos conservadores vem a renunciar
 Araújo Lima, Marquês de Olinda, 1837 – 1840
Marca a retomada da corrente dos restauradores.
- Buscaram a centralização e o reforço da autoridade

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Revoltas do Período Regencial


Fatores

 “As revoltas do período regencial não se enquadram numa moldura única. Elas tinha a com as dificuldades da
vida cotidiana e as incertezas da organização política, mas cada uma delas resultou de realidades específicas,
provinciais ou locais. Muitas rebeliões, sobretudo até meados da década iniciada em 1830, ocorreram nas
capitais mais importantes, tendo como protagonistas as tropas e o povo.

A Província de Pernambuco, XIX

Entre 1832 e 1835, as matas situadas ao sul de Pernambuco e ao norte de Alagoas abrigaram o movimento de
Restauração que recebeu o nome de cabanada

Revoltas Regenciais, 1831 - 1840


Cabanagem, 1834-1840, Pará
 Mais violento movimento = 40 mil mortos
 Líderes: Cabanos da região da margem do Rio
 Objetivos: Protestos contra a aristocracia de Terras da Região
Assumem a Presidência da Província
Sabinada, 1837-1838, BAHIA
 Disputas pela autonomia política
 Líderes: liberais radicais, Francisco Sabino
Proclamação da República

Balaiada, 1838-1841, Maranhão


 Atritos entre Conservadores e Liberais
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 Líderes: rebelião popular; 90 mil escravos; Manuel Francisco dos Anjos Ferreira – BALAIO
Revolta dos Malês, BAHIA, 1835
 Rebelião de escravos muçulmanos; 2 dias.

Farroupilha,1835-1845, RS-SC
 Mais longo movimento rebelde
 Líderes: ‘farrapos’ estancieiros; Bento Gonçalves; David Canabarro (1839)
 Objetivos: manter autonomia política
Proclamar a República Piratini e Juliana (SC)
Nomeação de Barão de Caxias para o RS

Outros Conflitos, Rebeliões Provinciais


Decorre de um grande número de Revoltas Populares

Revolta da Vacina, 1904, RJ.

Movimentos Populares que resultaram em Revoltas


 Revolta Praieira, 1848
 Revolta do Ronco da Abelha, PE PB, 1851 - 52
 Revolta do Quebra-Quilos, NE 1872 – 77
 Revolta do Vintém, RJ, 1879 - 1880

Revolta do Ronco da Abelha ou


Revolta dos Marimbondos, PB e PE.
Revolta Popular contra a iniciativa de controle populacional pelo governo do Império

O Ronco da Abelha na Paraíba, 1851-52


Denominada também de Revolta dos Maribondos
Foi um movimento popular que lutou contra o governo imperial por conta de medidas políticas que não agradavam a
população.
Contexto: 5 Províncias Nordestinas + MG
 Medidas para a realização do CENSO Demográfico
 Decreto de Nascimento de Registros e Óbitos
 Sucede a Lei Eusébio de Queiroz, 1850.
O decreto gerou boatos entre a população de que o governo pretendia submeter os cidadãos mais pobres à condição
de escravos, assim, afetando inclusive a população de brancos.

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 A Guerra dos Marimbondos foi um levante de homens livres e pobres, camponeses, inconformados e
alarmado pelas decisões política do Imperador.

O Decreto ficou conhecido como "Lei do Cativeiro” ou “Lei da Escravidão"

ESTOPIM:
 Supostamente homens, mulheres e meninos armados invadiram a igreja Matriz Pau D`Alho, sob a liderança
de João dos Remédios, e arrancaram das paredes os avisos sobre os decretos. Desse modo, o acontecimento
em Pernambuco contribuiu para outros movimentos em diferentes províncias, como Paraíba, Ceará, Alagoas
e Minas Gerais, onde a parcela pobre dessas regiões contestavam essas medidas criadas pelo imperador.

Consequências
 Um grande número de pessoas reagindo aos boatos se armaram com foices, enxadas e espingardas, atacaram
prédios e autoridades públicas, em meio a gritos de “Abaixo a Lei, morra o Governo” como palavras de ordem.
 Em meio à violência destas ações, o governo foi obrigado a reagir, mobilizando mais de mil soldados da polícia,
além da convocação da Guarda Nacional e do auxilio da igreja que tinha como função esclarecer a população
para o respeito da ordem pública.
O governo edita o decreto 970, de 29 de janeiro de 1852, que suspende os decretos 797 e 798, adiando a realização
do primeiro censo no Brasil para vinte anos depois.

Revolta do Quebra-Quilos, 1872 - 1877


Revolta do Quebra-Quilos, 1872 - 1877
Foi o resultado da falta de informação da população em geral contra a adoção do sistema Métrico francês por parte
do Poder Imperial, na parte concernente às medidas lineares de superfície, capacidade e peso
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A Revolta do Quebra-Quilos, 1872 - 1877


A Revolta do Quebra-Quilos, 1872 - 1877
‘O “processo de consolidação do Império [...] se deu permeado de conflitos entre o Estado e os diferentes segmentos
da população, pelos mais diferentes motivos. Algumas causas foram: questões religiosas, pela oposição a ingerência
do Estado em suas vidas, disputa pelo poder, entre outras”.’
Contexto
 Estudar movimentos como os Quebra-Quilos significa observar o descontentamento (e as desconfianças) de
populações sertanejas quanto a ações adotadas pelo governo imperial.

Fundação Joaquim Nabuco possui, em seu acervo, diversos rótulos de cigarros que têm a revolta como tema.

Estopim
 As contestações referiam-se à utilização do novo sistema de pesos e medidas tornado válido em 26 de junho
de 1862, quando o então Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, o Visconde de Sinimbu (José Lins
Vieira de Cansanção Sinimbu), oficializou a adoção do Sistema Métrico Decimal francês, por meio da Lei 1.157.
 O nome “quebra-quilos” originou-se no Rio de Janeiro, capital imperial, quando, em 1871, grupos de
indivíduos invadiram casas comerciais que utilizavam o sistema de medição francês gritando: “Quebra os
quilos! Quebra os quilos!” A partir daí, a expressão passou a indicar, habitualmente, os envolvidos nos
movimentos.

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A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos


1835 - 1845
Foi o resultado de insensibilidade política do governo central e intolerância do provincial, em defesa de interesses do
que, na época eram, classificados de "galegalidade", ou a lei dos galegos ou portugueses, que ainda exerciam grande
influência no Brasil, em que pese desde o período da Independência.

Revolução Farroupilha, 1835-1845


 Forte caráter Separatista
 Marcado por Ideais Republicanos
Mais longo conflito do Período Imperial;
3 a 5 mil vítimas dos violentos conflitos;
Contexto:
 Crise Política e Econômica
 Decorre da excessiva taxação do Charque e da falta de diplomacia política

Batalha Revolução Farroupilha.

O Rio Grande do Sul


 Iniciada na Província do Rio Grande do Sul se alastrou pela vizinha Província de Santa Catarina. Nenhuma
revolução ocorrida no Brasil Monárquico durou tanto tempo: durante uma década, de 1835 a 1845, os rebeldes
lutaram contra as tropas do Governo.
Contexto,
 Na América Portuguesa, por muito tempo, o extremo sul do Brasil ficara quase que abandonado. Sem oferecer
nenhum produto tropical que a metrópole pudesse explorar, manteve-se à margem do mercado externo.
 Essa região, chamada pelos portugueses de Continente do Rio Grande, foi, aos poucos, sendo ocupada por
colonos que lá se fixaram e começaram a reunir o gado que ficara disperso.
 A pecuária se desenvolveu e logo se tornou a principal atividade econômica do sul da Colônia.

Líderes:
 ‘farrapos’ estancieiros; Bento Gonçalves; José Garibaldi, David Canabarro (1839)
 Objetivos: manter autonomia política
Proclamar a República Piratini e Juliana (SC);
Nomeação de Barão de Caxias para o RS;
 Em setembro de 1837, Bento Gonçalves conseguiu fugir da prisão – ao que parece, com a ajuda dos maçons –
, embarcando para Buenos Aires, de onde voltou para o Rio Grande do Sul, reassumindo o comando rebelde.
 Em 1838 foi proclamada a República de Piratini, ou Rio-Grandense. As razões do movimento atacavam
diretamente "a corte viciosa e corrompida".

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Cronologia
 Em 1835 os revoltosos tomaram Porto Alegre. Com a ajuda das "companhias de guerrilhas", organizadas pelos
estancieiros, o movimento estendeu-se por toda a província.
 No entanto, em 1836, as forças imperiais conseguiram retomar Porto Alegre. No mesmo ano, Bento Gonçalves
foi preso e enviado para a Bahia (Forte do Mar). O comando dos farrapos passou para José Gomes de
Vasconcelos Jardim.
 Em 1839, a revolta atingiu a província de Santa Catarina, onde os rebeldes tomaram Laguna e proclamaram a
República Juliana.
 Com o Golpe da Maioridade, que deu início ao governo pessoal de D. Pedro II, em 1840, o governo concedeu
anistia aos presos políticos do Período Regencial. Os rebeldes gaúchos não a aceitaram e continuaram a luta.
 Eles não queriam a separação da província do resto do Império, o que causaria a perda do mercado interno
do charque, formado pelas outras províncias.
 Defendendo ideias federalistas, procuravam na verdade preservar sua autonomia política e administrativa e
seus interesses econômicos.

Estopim
Formação de 2 grupos distintos:
 Criadores de Gado;
 Charqueadores;
 Os criadores de gado estavam localizados na região da Campanha, situada na fronteira com o Uruguai.
 Os charqueadores tinham indústrias instaladas no litoral, nas áreas das lagoas, centradas em cidades como
Rio Grande e Pelotas.

 Nesse sentido, as queixas do Rio Grande do Sul contra o governo central vinham de tempos. Achavam, inclusive,
que eram explorados por um pesados sistema de impostos. E a Província mandava, constantemente, fundos
de impostos para cobrir despesas de outras regiões.

 Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias, foi nomeado presidente e chefe militar da província do
Rio Grande do Sul.
 Iniciando a chamada política de pacificação, Caxias, com o apoio de Bento Ribeiro, antigo líder dos farrapos,
aproveitou-se das divisões entre os rebeldes para fazer acordos em separado com seu chefes.
Em 1845, Caxias firmou com Davi Canabarro a Paz do Ponche Verde.

 O acordo de paz foi muito vantajoso para os farroupilhas: anistia aos revoltosos; integração dos oficiais
rebeldes ao Exército Imperial com suas patentes; liberdade para os escravos que haviam participado da guerra;
taxação sobre o charque platino importado; pagamento, pelo Império, das dívidas da guerra; e indicação, pelos
farrapos, do presidente de sua província.

Consequências
 Houveram temores de que a Argentina pudesse influenciar as duas margens do Rio do Prata. Esses temores
creseceram na medida em que Juan Manuel Rosas assumiu a Província de Buenos Aires.
 Formou-se uma coalização anti-rosista entre o Brasil, a facção dos “colorados” províncias argentinas de
Corrientes e Entre Ríos, rebeladas contra Rosas. A esse conflito recebeu o nome de Guerra do Prata, em 1851
– 1852.
 Garantido o controle do Uruguai pelos “colorados”, as tropas rosistas foram derrotadas em território
argentino (Monte Caseros, fevereiro de 1852).

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O II REINADO – D. PEDRO II, 1840 – 1889


Mudanças constitucionais
 Lei de interpretação do Ato adicional, 1840: reduzir autonomia das Províncias
 Reforma do Código Criminal, 1841: controle do exército e da guarda nacional pelo governo – Duque de Caxias
VOTO CENSITÁRIO e MASCULINO:
 Só votavam LIBERAIS e CONSERVADORES
 VIOLÊNCIA NAS ELEIÇÕES
Consequências:
 Revoltas Liberais, 1842 SP-MG E RJ;
 Revolução Praieira, Rua da Praia, RECIFE

D. Pedro coroado já vê pela frente 2 problemas para solucionar


 Pacificar os movimentos sociais e abrir caminho para a estabilidade Política
 Conciliar os problemas entre Partidos

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O II REINADO – D. PEDRO II, 1840 – 1889

Mudanças constitucionais
O Parlamentarismo, 1847 – as AVESSAS
 Determinar a formação da Câmara
 Permitir um rodízio de dois partidos opostos no poder.
 Acalmar divergências entre partidos opostos
 36 gabinetes em 50 anos.
É um sistema flexível e sem recurso de ARMAS
Métodos para se chegar ao Poder =
CLIENTELISMO

 “Nada se assemelha mais a um LUZIA (L) do que um SAQUAREMA no poder”.

A Província de Pernambuco, XIX

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Entre 1832 e 1835, as matas situadas ao sul de Pernambuco e ao norte de Alagoas abrigaram o movimento de
Restauração que recebeu o nome de cabanada

A Província de Pernambuco

A Praieira, 1848 - 1850

A Revolução Praieira, 1848 - 1850


 Jornal em Recife, sediado na Rua da Praia
Inspiração:
 Influências liberais e Socialistas
 Críticas à propriedade agrária e monopólio comercial
 Atritos entre Conservadores e Liberais
Líderes:
 Antônio Figueiredo, o Fusco

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A Revolução Praieira, 1848 - 1850


Estopim
 A revolta teve como causa imediata a destituição, por D. Pedro II, do Presidente da Província Antônio Pinto
Chicorro da Gama (1800-1887), representante dos liberais. Chicorro da Gama combatera o poder local dos
gabirus, grupos mais poderosos da aristocracia latifundiária e mercantil, ligados ao Partido Conservador.
 A substituição deste liberal pelo ex regente Araújo Lima, extremamente conservador, foi o estopim para o
início da revolução, que já acumulava insatisfação com a política imperial e dificuldades devido ao declínio da
economia açucareira

 A política pernambucana era dominada pelas famílias ligadas à economia açucareira, a que Tobias Barreto
chamou de "açucocratas"; os senhores de engenho mais ricos recebiam títulos de nobreza – barões, viscondes,
condes e até marqueses.

A Revolução Praieira, 1848 - 1850


 Desde que Francisco do Rego Barros governou a Província com o apoio de farmílias a ele ligadas, realizou uma
série de melhoramentos na cidade do Recife e também no interior da província. Seu governo, profundamente
conservador, marcou os proprietários de terra que tiveram grande poder, tendo sido apelidados de
"baronistas" e acusados de se apropriarem de bens do estado, daí serem chamados pelos inimigos de
"guabirus“.

 Desenhava-se uma nova luta e o Diário Novo, jornal de propriedade de Luís Roma, e que atuava na rua da
Praia, foi o porta voz da oposição, daí passar o partido liberal a ser chamado de "praieiro".

A Revolução Praieira, 1848 - 1850


 A incerteza quanto ao futuro e o receio de repressão, levaram os chefes liberais da região da Mata Seca –
situada ao norte do paralelo do Recife –, em sua maioria senhores de engenho, a se levantarem em Olinda, a
7 de novembro de 1848, visando a desestruturar o domínio conservador. O principal líder do movimento,
naquele momento. foi Manuel Pereira de Morais. senhor do engenho Inhamã, em Igarassu.
 O movimento, à proporção que se desenvolvia, aglutinava pessoas de tendências as mais diversas, como o
advogado Borges da Fonseca, conhecido por suas idéias republicanas e sua impulsividade, apesar de ter sido
um inimigo acérrimo da “praia”. Também nos meios intelectuais tinham alguma influência as idéias defendidas
na revista O Progresso pelo filósofo Antônio Pedro de Figueiredo, de orientação socialista. Socialismo utópico
a que se filiara, na época anterior à "Praia", o engenheiro francês L. L. Vauthier e o inquieto general Abreu e
Lima.

A Revolução Praieira, 1848 - 1850


Objetivos:
O manifesto foi inusitado, sobretudo levando-se em conta as dificuldades de comunicação daquela cidade do interior
de Pernambuco com o mundo; era inusitado também face à sua posição ideológica e ao que advogava:
 a) o voto livre e universal para o povo brasileiro; b) a plena e absoluta liberdade de comunicar o pensamento
por meio da imprensa; c) o trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro; d) o comércio a retalho
só para os cidadãos brasileiros; e) a inteira e efetiva independência dos poderes constituídos; f) a extinção do
Poder Moderador e do direito de agraciar; g) o elemento federal na organização; h) completa reforma do poder
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Judiciário, em ordem de assegurar as garantias e os direitos individuais dos cidadãos; i) a extinção da lei do
juro convencional; j) a extinção do atual sistema de recrutamento".

Nos meses de novembro, dezembro e janeiro ocorreram fatos importantes, como o lançamento do manifesto dos
deputados liberais apoiando o movimento revolucionário (25 de novembro de 1848)
A Revolução Praieira, 1848 - 1850
Consequências:
 É oportuno lembrar que nenhuma das duas facções teve a iniciativa de tocar no problema da escravidão ou
da abolição do tráfico, no momento em que havia forte pressão inglesa pela abolição do tráfico negreiro.
 O governo imperial, então, através dos presidentes Vieira Tosta e Carneiro Leão, iniciou um processo que iria
condenar um grande número de pernambucanos, com o fim de eliminar o espírito liberal, tradicional na
província, e consolidar o sistema unitário imperial. Nabuco de Araújo, então juiz no Recife e atuante militante
do partido conservador,seria um juiz implacável dos seus opositores.

 Porto do Recife pouco mais de uma década após o fim da Revolução Praieira
Não CHEGOU a tomar o PODER

A Guerra do Paraguai
1864 - 1870
Nos anos 60 do século XIX uma nova crise na região do Prata se transformaria no em longo e sangrento conflito
conhecido como a Guerra do Paraguai.
Segundo historiadores, na década de 1960, a razão da guerra seria relacionada aos interesses ingleses, que viam com
desagrado a crescente autonomia paraguaia. ssim, havia uma emergente necessidade, por parte do Governo inglês,
de desarticular o Paraguai, mantendo o controle econômico sobre a América Latina.

Guerra do Paraguai,
Auge e declínio do Império – 1864 – 1870
 Motivos internos – domínio da Bacia do Prata – acesso ao MT
 Motivos externos – Interesses ingleses
Estopim,
 URU: blancos (pecuaristas – PY);
 colorados (comerciantes – BR);
 PY: grande nação de caudilhos – Paternalista, comunitária e colonial – longe dos interesses Espanhóis

O Paraguai
 A independência do país vizinho fora reconhecida pelo Brasil em 1844.
 O Paraguai se transformou num sistema ditatorial, controlado por uma elite nacionalista, que perseguiu
aliados dos espanhóis e argentinos de Buenos Aires, incluindo a Igreja.
 Assumia o poder o Ditador José Francia.
 O poder ainda seria assumido por Carlos Antonio Lopez e Francisco Solano Lopez em 1862.

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 Em 1864 as tropas brasileiras invadiram o Uruguai para depor o governo blanco; no final do mesmo ano,
Solano Lopez invadiria o Brasil

 Como resultado, em 1865 os governos do Brasil, Argentina e Uruguai (do Partido Colorado) assinaram um
acordo para combater o expansionismo de Solano López.
 Estava formada a Tríplice Aliança, comandada pelo presidente argentino Bartolomeu Mitre.
 Em junho de 1865 ocorreu a Batalha do Riachuelo, onde a frota paraguaia foi destruída e o abastecimento de
armas para o Paraguai bloqueado.
 Nos próximos 5 anos o conflito se arrastaria tendo agora como liderança Caxias, que tomaria a capital
Assunção e receberia o título de Duque.

A crise Imperial, 1870


Fatores:
Política – atritos entre potências do Prata
Economia – base da plantation

O Abolicionismo
Tratados com a Ingl., 1826 – 1830
Bill Aberdeen, 1845
Lei Eusébio de Queiróz, 1850, proibição do tráfico de Escravos
Campanha Abolicionista,
Lei do Ventre Livre, 1871, libertava escravos nascidos a partir da Lei.
Lei do Sexagenário, 1885, libertação de escravos a partir de 65 anos.

Fatores:

Monocultura exportadora, latifúndios, mão de obra escrava


A imigração Europeia
Fator de “embranquecimento”
Mão-de-obra assalariada

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Questão Militar – consequências da Guerra do Paraguai.


Renovação do Exército
Questão Religiosa – desgaste ente Igreja e Estado

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Brasil República

A crise do Império, 1870


Fatores:
 As tendências de Republicanismo

Importância de São Paulo


“A base do Republicanismo nas cidades era constituída, principalmente, de profissionais liberais e jornalistas, um
grupo cuja emergência resultou do desenvolvimento urbano e a expansão do ensino”.
“A novidade da década de 1870 foi o surgimento de um movimento republicano conservador nas províncias, tendo
como maior expressão o Partido Republicano Paulista (PRP), fundado em 1873”.
Os quadros do PRP eram formados majoritariamente pela burguesia cafeeira.

A participação dos militares


 Outro aspecto importante foi a participação de oficiais do Exército na política.
 Antes mesmo da Guerra do Paraguai já havia surgido críticas contra o governo Imperial.
Após a Guerra, sobretudo, o Exército se reformulou e se reforçou como corporação. Foi nesse ambiente de
efervescência política que os ataques ao governo passaram a ter como alvo a Monarquia.
Além desses fatores soma-se a
Questão Religiosa e a Questão Abolicionista.

República Velha, 1889 - 1930


Dividido em 2 fases:
- República da Espada, 1889 – 1894
- Período de presidentes Militares no Poder
- Início do governo Provisório
- Adeptos do Positivismo e de um Executivo forte

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- República Oligárquica
ou do Café-com-Leite, 1894 – 1930
- Presença de oligarquias rurais na política
- Proteção e incentivo a produção de Café
- Revezamento de Presidentes entre MG e SP

Transição do Império para República

ELEITOS INDIRETAMENTE

Crises e Conflitos

Governo Provisório, 1889 - 1891

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 Com a promulgação da Constituição de 1891, a Assembleia Nacional Constituinte transformou-se em


Congresso, elegendo Deodoro da Fonseca para Presidente, que governaria até 1894.
Contexto:
 Revolta da Armada, RJ, 1891 – 1894’
Representou a crise na Marinha contra a República

Governo Autoritário
Fecha o Congresso
Renuncia ao Vice

Pressão das Elites = Constituição, 1891

- República Presidencialista e Federativa


- Defende a ‘descentralização’ política
- Autonomia Política para os Estados
- Extinção do poder Moderador
- Divisão de Poderes
- Estado Bicameral – Senado e Câmara
- ‘Direito’ a voto: não obrigatório
+21 anos, masculino, alfabetizados
exceto mulheres, religiosos, praças
Voto Aberto (não secreto)
- Estado Laico
Estados Unidos do Brasil

Crises e Conflitos
Governo Provisório, 1889 - 1891
Contexto: Gov. de Floriano Peixoto, novembro de 1891
 Revolta Federalista, RS, 1893 – 1895
O conflito coincide com a 2ª Revolta da Armada organizada pela Marinha no RJ
 Liderado por Gaspar Silveira Martins, figura do Partido Liberal, que entraram no Rio Grande do Sul à frente
de um exército contra o governo do Estado.
 Defendiam a autonomia política baseada em Federações;
 Eram identificados pelo lenço vermelho;

Governo Autoritário
Fecha o Congresso
Renuncia ao Vice

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Governo do Estado do RS
 Apelidados de chimangos ou Pica-Paus, identificados pelo lenço de cor branca;
Foi um conflito contra o Poder autoritário e centralizador de Júlio de Castilhos, membro e representante do PRR

Crises e Conflitos

Governo Provisório:

Crises e Conflitos
Governo Provisório: Deodoro da Fonseca
Revolta da Armada, RJ, 1891 – 1894’
Crise na Marinha contra a República
Revolta Federalista, RS, 1893 – 1895
Conflito contra o Poder autoritário e
centralizador de Júlio de Castilhos

Pica-Paus X Maragatos
Crise Econômica
O “Encilhamento”
Emissão de papel moeda
Estímulos a Indústria/Agricultura
Especulação Financeira
Consequência
Inflação

Governo Autoritário Fecha o Congresso Renuncia ao Vice

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Pressão das Elites = Constituição, 1891


- República Presidencialista e Federativa
- Defende a ‘descentralização’ política
- Autonomia Política para os Estados
- Extinção do poder Moderador
- Divisão de Poderes
- Estado Bicameral – Senado e Câmara
- Direito a voto:
+21 anos, masculino, alfabetizados
exceto mulheres, religiosos, praças
Voto Aberto (não secreto)
- Estado Laico
Estados Unidos do Brasil

Governo Provisório: Deodoro da Fonseca

Governo Autoritário
Fecha o Congresso
Renuncia ao Vice

Pressão das Elites = Constituição, 1891


- República Presidencialista e Federativa
- Defende a ‘descentralização’ política
- Autonomia Política para os Estados
- Extinção do poder Moderador
- Divisão de Poderes
- Estado Bicameral – Senado e Câmara
- Direito a voto:
+21 anos, masculino, alfabetizados
exceto mulheres, religiosos, praças
Voto Aberto (não secreto)
- Estado Laico
Estados Unidos do Brasil

República das Oligarquias


1894 - 1930

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República Oligárquica ou do Café, 1894 - 1930


Base da Troca de Favores
Sustentada pelo Clientelismo
Apoiada pelo Coronelismo

É um acordo firmado através da figura do Coronel que busca a “compra” de votos para o governo Federal em troca
de favores políticos
Mecanismos do Coronelismo:

VOTO = força ideológica (favores)


Coerção física = ameaça, violência
VOTO de Cabresto Apadrinhamento
Voto Fantasma eleitoral
Curral Eleitoral

Política dos Governadores estabelecida pelo Governo Campos Sales, 1902.

Objetivos:
Redução de disputas políticas
Acordo entre União e Estados
Domesticação de deputados

Movimentos Sociais
Se dá por conta expansão da classe média e da base da sociedade, com o surgimento do “colonato e da classe
operária.

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Movimentos Socias do Campo


- Religioso com carência social,
Canudos, 1896 – 97, Sertão da BA
- Religioso com REINVINDICAÇÃO social,
Contestado, 1911 – 15, PR e SC região limítrofe
- Laicos com REINVIDICAÇÃO social
Imigrantes, greve de 1913, fazendas de Café

Movimentos sociais URBANOS


Locais de maior circulação de ideias
Ocorreram em maior número.
Revolta da Vacina, RJ, 1904:
Revolta popular contra a vacinação forçada da Varíola pelo médico
Revolta da Chibata, RJ, 1910: Revolta popular da Marinha contra castigos impostos
Movimento OPERÁRIO, 1917
Criação do PCB, 1922
Influências da Rev. Russa, 1917 e da I Grande Guerra, 1918.

Movimentos Militares
Eleições, 1922
Artur Bernardes (SP-MG) X Nilo Peçanha, do RR (RS, BA, PE,RJ)
Objetivos do RR: oposição as oligarquias
defesa da República Liberal

Insatisfação militar = protesto contra


campanha Paulista, 1922.
Tenentismo, 1922-27: Movimento de Rebeldia contra o governo
da República, sobretudo, as oligarquias, que utilizavam tropas
para intervir na política local.
1922-27, 2 Fases:
- Revolta dos 18 Forte, Copacabana, RJ – 5 de julho 1922
- Revolução de 1924, SP- Legalistas X Tenentes – 2° dia 5 de julho

Causas, política anos 20

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A ERA VARGAS (1930 – 1945)

Governo Provisório

Governo Constitucional

Estado Novo

“Não sou um oportunista. Sou um homem de oportunidades”. G.V.

O fim da República Velha

Apoio dos Tenentes (após 30)

Causas:

Quebra da bolsa em 29

A crise do café

Sucessão Presidencial, eleições de 30

PRP – Júlio Prestes (SP)

AL – Getúlio Vargas (RS, MG e PB)

João Pessoa (vice)

Resultados: Júlio Prestes 1 milhão X

800 mil de Vargas

Revolução de 30: articulação da AL e das

camadas militares para deporem SP

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O governo Provisório de Vargas

1930-34

Rasga a constituição de 1891:

Fecha o Congresso, Assembleias Estaduais e municipais

Depõe governadores

Nomeia interventores (tenentes)

Acaba com a República

Defende um governo Forte, centralizador, investidor, Planejador

3 Caminhos políticos:

Alinhamento Nazi-fascista

Pacto Oligárquico

Ideais democráticos (EUA - anos 30)

Economia

1° problema: Criação do Conselho do Café – compra e queima,

2° Sanar a dívida externa:

Instituto do Cacau, 1932

Instituto do Açúcar e do Álcool, 1933

3°Problema: estabelecer a Paz Social

Criação de Ministérios: EDUCAÇÃO E SAÚDE

Trabalho, Indústria e Comércio (direitos trabalhistas), 1931

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Consequência:

Revolução de 32, SP, Constitucionalista – guerra civil

Cisão de Liberais e Positivistas

O Governo Constitucional, 1934 - 1937

Sistema Político: Militarismo,

corporativismo sindical,

autoritarismo, centralização política

Sistema econômico: nacionalismo

Intervencionismo

Eleito INDIRETAMENTE; Inicia-se com a Constituinte de 1934

Fortaleceu a direita e perseguiu os comunistas (fechamento da ANL)

Os movimentos de Massa, anos 30

Ideologias Radicais:

AIB, Plínio Salgado – Extrema Direita

Pequena burguesia, empresariado, clero e militares

ANL, Luis Carlos Prestes, Revolução Socialista

Socialitas, tenentes, sindicalistas,

O estado NOVO e a Guerra

Governa por estados de sítio até 1937

Intentona Comunista, 1935: levante nas cidades de Recife, Natal e RJ

Lei de Segurança Nacional, 1935-45: paranóia anticomunista

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Senado: campos de concentração no BR

O golpe de Estado

DITADOR civil

Fecha Congresso Nacional

Censura a Imprensa

Revoga todos os Partidos políticos

Militarismo: Vargas NUNCA esteve sozinho, sustentáculo do PODER

Sustentado pelo PLANO COHEN

Economia na Era Vargas, pós-crise de 29?

Intervencionismo, desenvolvimento estatal, Nacionalismo, ingerência Estatal

Contexto Nacional ou circunstâncias?

Modelo econômico permite:

Controle de preços;

Política Industrial e comercial;

Fixação de salários;

Cotas de exportação;

Modelo de Substituição de Importações

Transferência de tributos para a – 1937 - 39

Indústria 43% Produção Nacional

Retomada do crescimento

Estabilidade da crise econômica

80 milhões de sacas de café queimadas até 1945.

Conjuntura desfavorável =

Consequências Positivas

Acordos, 1935 – 41: ALE X EUA

Mantém relação com AMBOS

Discurso de VARGAS, 1940:

“o Estado tem obrigação de assumir forças produtoras”.

Fatores da Industrialização

1° II Guerra 2° Aumento da produção

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A República Populista (1945 – 1964)

Governo Dutra, 1946 – 1950

Governo Vargas, 1950 – 1954

Governo JK, 1956 – 60

Governo Jânio Quadros, 1961

Governo Jango (João Goulart)

O fim do Estado Novo ?

Causas Externas:

Problema de relações internacionais

Vargas: ditador combatendo Ditaduras

Causas Internas:

1943, Manifesto dos Mineiros: 24 de outubro

Defesa da liberdade e da democracia;

Articulação de Militares e “Tenentes”

Consequências:

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- Repressão a Movimentos e promessas de Eleições

- 1944, Candidatura de Eduardo Gomes (brigadeiro, sobrevivente dos 18)

E Vargas?

Perda do Militarismo e da Elite conservadora

Decreto-Lei, 1945: estatizar empresas nocivas

Controvérsia:

Apoio dos Pelegos; do PCB

A redemocratização e os Partidos Políticos, 1946

- UDN: partido liberal, inimigos do Estado Novo

Candidato: Eduardo Gomes

- PSD: antigos membros do Estado Novo.

Candidato: General Dutra

- PTB: membros de sindicatos e trabalhadores

- PCB: em 1946 aprox. 200 mil militantes

Consequência direta:

INTERVENÇÃO AMERICANA NAS ELEIÇÕES DE 1945

GETÚLIO: forçado a renunciar;

Governo Dutra, 55% de votos pelo PSD

- Convoca Assembleia Constituinte: Constituição de 1946

- República Federativa do Brasil: autonomia regional

- Voto universal: + 18 anos

- Liberal-democrático e caráter corporativista (proibida a greve)

Contexto: Guerra Fria;

Fechamento do PCB, 1947-48

Repressão a Esquerda

Cassação de deputados do PCB

Plano Econômico: SALTE – interesses americanos, 708 milhões U$

O 2° Governo Vargas, 1950 - 54

Bases do Populismo (América Latina)


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O Líder se coloca como intermediário das classes sociais e de programas assistencialistas ao mesmo tempo que
privilegia o capital Nacional através do aumento da Intervenção do Estado na Economia. É um fenômeno típico de
manipulação das massas.

Não se define ideologicamente por Partidos definidos (direita e esquerda)

Campanha Presidencial, 1950

Aproximação do Varguismo e do Peronismo (1943)

- Capitalismo Nacional

- Reduzir as rivalidades de classe e colocar o estado aos interesses do Povo

- Poder de Vargas era incalculável – Líder Popular

- Senador pelo RS – 1950 Senado 5 estados - Deputado 9

- “Exílio” no RS: A meca Brasileira

Governo Getulista, 1950

Cisões das Forças Armadas

Nacionalistas:

Desenvolvimento Industrial: petróleo, transportes, comunicação

Sistema econômico autonômo

Entreguistas (UDN, opositores)

Menor Intervençaõ do Estado na Economia (liberalismo)

Abertura ao capital estrangeiro

Economia:

Incentivo à Industrialização (500 milhões U$$)

Campanha “Petróleo é Nosso”, 1951

Fundação da Petrobrás: 1953,

iniciativa contrária aos interesses norte-americanos

A oposição = Pressão Externa!

Jornal Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda

A queda: tentativa de assassinato de Lacerda

O suicídio de Vargas e as eleições de JK:

Vice, Café Filho assume a presidência e garante as eleições = UDN

PSD: JK. e a aliança PSD-PTB; vertente getulista.


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UDN: Juarez Távora, militar anti-getulista. Moralização Política.

PTB: João Goulart eleito vice-presidente.

Campanha contra a posse de JK:

Assume o presidente da Câmara, Carlos Luz

Golpe Preventivo do General Lott

Garantir a posse de JK e Jango

Governo JK, 1956 – 1960

OS ANOS DOURADOS:

estabilidade política e anos de otimismo

SLOGAN: 50 anos em 5.

PLANO DE METAS DE JK:

30 objetivos + Brasília (energia, transporte, alimentação, indústria, educação)

Nacionalismo ou nacional-desenvolvimentismo?

Combinação de investimentos do Estado, do capital privado nacional e do capital estrangeiro

Governo Jan-Jan,

Jânio Quadros, presidente pelo PTN-UDN = figura popular e “Salvadora” do Brasil

João Goulart, vice pelo PTB-PSD = base getulista

1° presidente a tomar posse em Brasília;

Medidas do Governo Jânio

- Político do povo: desmaios e lanches

- Proibição do lança-perfume; do biquíni; das brigas de galo.

- Ambiguidade política com os conservadores e a esquerda;

Entrega do Ministério da Fazenda a UDN (liberais)

Condecoração de Che Guevara no Brasil, em 1960

Renúncia?

Forças Terríveis?

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“Qual é o rumo?”. Jânio Quadros em abril de 1961, 4 meses antes da renúncia à Presidência da República.

SUCESSÃO?

Jango no momento da renúncia estava na CHINA.

Visto com desconfiança pela elite: possibilidade comunista, bases populistas e herdeiro de G.V.

VETO ao retorno de Jango ao BR.

GOLPE?

- Presidente da Câmara dos Deputados: Ranieri M Mazzilli

“Rede da Legalidade”: Brizola, organização militar e mobilização popular para garantir a posse de Jango ao poder.

O Período Parlamentarista, 1961 - 63:

Plebiscito permite retorno ao Presidencialismo

Medidas do Governo

Reformas de Base

Reforma Agrária e Reforma urbana

Ampliação do voto

Nacionalização de Empresas

Plano Trienal: controle da inflação

Comícios, 1964

alerta oposição sobre Medidas Sindicalistas e Populistas

GOLPE MILITAR

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O Regime Militar (1964 – 1985)


Governo Castelo Branco, 1964 - 67
Governo Costa e Silva, 1967 - 69
Governo Médici, 1969 - 74
Governo Geisel, 1974 - 1979
Governo Figueiredo, 1979 – 85.

SUCESSÃO?
Jango no momento da renúncia estava na CHINA.
Visto com desconfiança pela elite: possibilidade comunista, bases populistas e herdeiro de G.V.
VETO ao retorno de Jango ao BR.
GOLPE?
- Presidente da Câmara dos Deputados: Ranieri M Mazzilli
“Rede da Legalidade”: Brizola, organização militar e mobilização popular para garantir a posse de Jango ao poder.

O Período Parlamentarista, 1961 - 63:


Plebiscito permite retorno ao Presidencialismo
Medidas do Governo
Reformas de Base
Reforma Agrária e Reforma urbana
Ampliação do voto
Nacionalização de Empresas
Plano Trienal: controle da inflação
Comícios, 1964
alerta oposição sobre Medidas Sindicalistas e Populistas
GOLPE MILITAR

Justificativa da intervenção:
Livrar o país da corrupção e do comunismo
Restaurar a democracia
Formação da Junta Militar = Comando Supremo da Revolução
Características:

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Fim de liberdades individuais


Uso intenso de propaganda política
Censura
Aparelho repressivo

GARANTE FIM AO POPULISMO


Economia:
Intervenção do estado
Regulação econômica
Forte presença do Capital estrangeiro

Não há IDEOLOGIA definida


Não há “mobilização” popular
Existência de despolitização
Falta de ação política
Permanece a democracia (pseudo)
Partidos Políticos
Governo pautado na burocracia militar

O Governo Castelo Branco, 1964 - 67

Cria-se os Atos Institucionais


decretos a cumprir pelo Congresso;
sem necessidade de aprovação
AI-1: autoriza a cassação de Parlamentares.
Aumento do Poder do executivo
Persegue subversivos
Prende acusados de crime
contra o Estado = UNE e Ligas Camponesas
Cria-se o SNI = espionagem e repressão

Militar moderado, ligado a ESG (Sorbonne)


Regime militar deveria ser transitório
AI-2: estabelece eleições indiretas para Presidente.
Estabelece o Bipartidarismo
ARENA e MDB
AI-3: estabelece eleições indiretas para governadores e prefeitos.
AI-4: Cria-se uma Nova Constituição, 1967
Economia, resolver a crise desde
Controlar a massa trabalhadora
Reformar o Estado
- Redução de Salários
- + IMPOSTOS

Governo Costa e Silva, 1967 – 69


Militar de linha-dura
Os Movimentos Sociais
Retorno de figuras-chave da política, Carlos Lacerda, Brizola, JK
Formação da Frente Ampla – URUGUAI
A Revolução Comportamental, 1968
Inspirada em manifestações nos EUA, França, no Movimento Feminista, na Tchecoslováquia
Lema: “é proibido proibir” = caráter ultra-liberal, oposto aos “velhos sistemas”
Estopim no Brasil = Passeata dos 100 mil;
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Greves operárias – SP e MG
Morte de um estudante – Edson Luís

A Luta Armada
Somente a luta acabaria com o regime
Período dos Anos de Chumbo, 1968 – 79
Influências da Rev. Cubana
Formação de guerrilhas –
Movimentos: VPR; ALN; VPR
Táticas:
Atentados; sequestros; roubos,
Discurso de Márcio Moreira Alves
Consequência: ?

Decreto do AI-5
Fim do Habeas Corpus
Censura aos meios de comunicação
Criação do DOI-CODI e do DOPS:
Destacamento de Operações e
Informações e Centro de Operações e
Defesa Interna

Uso intenso da Propaganda


Aumento de residências com televisão

AI-6:
Crimes Julgados pela Justiça Militar
AI-7:
Suspende todas as eleições até 1970
AI-13-14: banimento de pessoas do território nacional e autorização de pena de morte
AI-12, 1969: Cria-se uma Junta Militar pelo afastamento do Presidente.
Pedro Aleixo, o vice, era civil.

Posse do Governo Médici, 1969 – 1974


Enrijecimento do Regime
Crescimento Econômico
Neutralizar a população com esperança econômica

“O Milagre Econômico”
Investimentos de Multinacionais
Empréstimos para o Brasil, 375 bilhões em 1980
Setores estratégicos: siderurgia, transportes, mineração
Aumento de produção e exportações = 32%/ano
Obras Públicas = Transamazônica, Ponte Rio-Niterói.
Aumento do PIB = 11,2%/ano

Problemas =
Falta de estrutura social = educação
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saúde
Má distribuição de Renda = 22% recebiam salário mínimo.

Sustentado por SLOGANS


Apoio da Copa do Mundo e do Tri = México.

Guerrilhas Urbanas e Rurais


Oposição Armada inspirada na Revolução
Táticas de Guerra no Araguaia, 1970
Sequestro de embaixadores (EUA – Charles Elbirck, 1969)

Governo Geisel, 1974 - 1979


Influências Castelistas e anti-linha dura
Período de instabilidade
Processo de abertura
Fatores
Crise do Petróleo, 1973 = 300% aumento
Recessão econômica, inflação, dívidas
Alternativas
Programa Pró-alcool e Usinas Nucleares
Oscilação entre Abertura e Repressão
Vitória do MDB nas eleições – 59%
Assassinato de Vladimir Herzog, 1975

Medidas
Aprovada Lei Falcão, 1976
Pacotes de Abril = senadores biônicos
estabelece 1/3 do Senado por voto indireto
Aumenta o Mandato para 6 anos

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O Governo Figueiredo, 1979 – 1985


Outras Medidas
Lei da Anistia, 1979
Determina perdão presidencial tanto a subversivos quanto a agentes do estado e torturadores
Ascensão do “Novo Sindicalismo”
Região do ABC Paulista
Fim do Bipartidarismo, 1979

Economia na Era Vargas, pós-crise de 29?


Intervencionismo, desenvolvimento estatal, Nacionalismo, ingerência Estatal
Contexto Nacional ou circunstâncias?
Modelo econômico permite:
Controle de preços;
Política Industrial e comercial;
Fixação de salários;
Cotas de exportação;
Modelo de Substituição de Importações
Transferência de tributos para a – 1937 - 39
Indústria 43% Produção Nacional
Retomada do crescimento
Estabilidade da crise econômica

80 milhões de sacas de café queimadas até 1945.

Conjuntura desfavorável =
Consequências Positivas
Acordos, 1935 – 41: ALE X EUA
Mantém relação com AMBOS
Discurso de VARGAS, 1940:
“o Estado tem obrigação de assumir forças produtoras”.
Fatores da Industrialização
1° II Guerra 2° Aumento da produção

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As Constituições do Brasil
Constituição de 1824
Uma comissão nomeada pelo Imperador trabalhou durante quarenta dias até concluir o texto final do ante-projeto
constitucional. Esse documento foi enviado à apreciação das diversas Câmaras Municipais e, de modo geral, foi
aceito. D. Pedro I decidiu então outorgar a Cons-tituição à nação, pelo decreto imperial de 25 de março de 1824.
Essa Constituição estabeleceu, entre outras coisas:

A organização dos Poderes do Estado em:


 Poder Judiciário: composto pelos juízes e tribunais. Seu órgão máximo era o Supremo Tribunal, com juízes
nomeados diretamente pelo imperador. Tinha como fun-ção a aplicação das leis e a distribuição da justiça.

 Poder Legislativo: composto pelos senadores e deputados. Tinha a função de elaborar as leis do império. O
cargo de senador era vitalício e o de deputado era por três anos.

 Poder Executivo: exercido pelo imperador através de seus ministros de Estado, ficava encarregado da
Administração Pública e de garantir o cumprimento das leis.

 Poder Moderador: exclusivo do imperador, era defi-nido como a "chave mestra" de toda a organização
políti-ca. Estava acima de todos os demais Poderes. Através desse Poder, o imperador podia nomear
senadores, dis-solver a Câmara, vetar atos do Poder Legislativo, nomear e suspender juízes, utilizar as forças
militares em nome da ordem e segurança do império, etc. Enfim, pelo Poder Moderador, D. Pedro tinha o
direito de intervir em todos os demais Poderes, sob o pretexto de que só assim pode-ria garantir a harmonia
do Estado. Nessas intervenções, deveria consultar o Conselho de Estado, órgão de aconselhamento político
direto do imperador.

A relação entre Igreja e Estado


O catolicismo foi declarado a religião oficial do Brasil. A relação era regulada pelo regime do padroado, que
sub-metia a Igreja Católica ao controle político do imperador. Os membros da Igreja recebiam ordenado do Governo,
sendo quase considerados funcionários públicos, e o im-perador nomeava os sacerdotes para os diversos cargos
eclesiásticos.

Sistema Eleitoral

Os eleitores foram agrupados em duas categorias:

 eleitores de primeiro grau (eleitores de paróquia): deveriam ter como pré-requisito a idade mínima de 25
anos e 100 mil réis de renda anual. Sua função era eleger os eleitores de segundo grau;

 eleitores de segundo grau (eleitores de província): além de satisfazer as exigências para os eleitores de
pri-meiro grau, deveriam possuir mais 200 mil réis de renda anual. Sua função era eleger os deputados e
senadores.

Estando longe de alcançar esse nível de renda, os escravos e o povo em geral não tinham direito ao voto, sendo-Ihes
proibido participar das decisões nacionais.

Para serem eleitos, os candidatos a deputados pre-cisavam ganhar a cifra mínima de 400 mil réis anuais, e os
candidatos a senador, a soma de 800 mil réis por ano.

As Constituições Republicanas
Desde que de fato estabelecido o processo democrático no Brasil, nos reconhecemos e somos
reconhecidos a partir da Carta Magna do País, aquele instrumento necessário para que o Brasil possa ter o seu
caráter legal, normativo, baseado no conjunto da coletividade. É ele quem estabelece os direitos do indivíduo
enquanto membro da sociedade e, sobretudo, de seus deveres enquanto cidadão na Nação.
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Toda constituição, portanto, tem a função de estabelecer o reconhecimento do Estado perante organismos
internacionais e garantir a existência de um país. Porém, no caso brasileiro, nem sempre as nossas constituições
foram as mesmas e dependeram única e exclusivamente de uma finalidade apenas. Pelo contrário, serviu muitas
vezes para que legitimasse interesse de terceiros, de grupos interessados na manutenção do poder, da perpetuação
de mecanismos que pudessem favorecer o voto, sua manipulação, como no caso da República das Oligarquias, nossa
primeira constituição da República.
Dentre todos os textos constitucionais que passamos, percebemos que a grande questão do nossos país
sempre tendeu a modelos e formas de governo já inspiradas em sistemas prontos, como o modelo Federativo Norte-
americano. Acima de tudo, houve sempre uma divergência essencial entre esses modelos de organização política:
ora definidos pela tentativa de centralização de poder no Executivo; ora pela legitimidade de autonomia perante os
Estados, que inclusive passaram apenas a ser considerados estados quando da constituição de 1891 com a
proclamação da República. Antes disso, no Império houve a existência de Presidentes de Província, que dependiam
do poder central e das decisões do Imperador.
Nos modelos Federativos sempre existe a prerrogativa de uma maior autonomia, desde que ela não possa
ferir a constituição maior. Por esse motivo, os estados são alocados de maneira que suas hierarquias possam
constituir e elaborar Leis, desde que não ultrapassam o domínio do governo federal. Essa primeira grande discussão,
impulsionada pelos interesses dos cafeicultores, foi o carro-chefe para nossos modelos que foram decididos por uma
Assembleia de senadores ou deputados. Nesse sentido, todas as constituições que são decididas, votadas, mesmo
que para interesse de uma pequena classe, chamaremos de constituições promulgadas. Já as constituições
outorgadas sempre resultarão de um período de exceção, resultante de um golpe de Estado, de uma vontade do
líder, do ditador ou do próprio Imperador. Na história das Constituições brasileiras (num total de 7: 1(uma) Imperial
e 6 (seis) Republicanas), apenas as de 1824, 1937 e a de 67 no Regime Militar tiveram características de outorgadas.
As restantes, salvo seus causos, foram decorrentes da existência de Assembleias devidamente constituídas e erigidas
pela soberania do voto.

Uma constituição de poucos?


No caso da República do Café que marcou o período de organização de SP e MG no poder Executivo e
Legislativo, a elaboração da constituinte resultou numa constituição que apesar de democrática deu poderes aos
recém-formados Estados constituírem empréstimos no exterior para a proteção dos interesses do café. Era como se
a constituição fosse a carteira de habilitação que permitia aos estados, de maneira irresponsável, responsabilizar a
sociedade brasileira pelos interesses dos cafeicultores. Dessa forma, o organismo da coletividade, ou seja, o Estado
ficara refém até 1930 dos mandos e desmandos da economia cafeeira, resultando em lucro para poucos
(denominação de oligarquia) e prejuízos para muitos, quando da crise do café no mercado internacional.

A Revolução de 30 e duas constituições em 7 anos


A forma de organização política do país só iria livrar-se dos ‘irresponsáveis’ do café quando Vargas
assumisse o poder em 1930. Até então o Brasil se mantinha aprisionado as oscilações do mercado mundial e de seu
principal motor da economia agroexportador. Vargas nesse sentido foi um visionário capaz de alterar a condição
agrária e rural do país para urbano e industrial.
No entanto, para isso, teríamos ao mesmo tempo garantias constitucionais que levariam Vargas a receber a
alcunha de Pai dos Pobres, como também seria bastante conciso na restrição de algumas liberdades individuais e de
manifestação dos trabalhadores. É, nesse sentido, que Getúlio enxergou a constituição de 1934 como um entrave
aos seus objetivos modernizantes para o país. Dizia ele que o texto era defeituoso, mal redigido, complicado, uma
Monstruosa condição que impedia o Executivo de agir. Para tanto, a constituição foi ilustre em conceder benefícios e
direitos aos trabalhadores, tão almejados pela CLT. Noutro sentido, foi um prelúdio da Constituição de 1937. A
Polaca como ficou conhecida, por ter se apoiado nos regimes totalitários de Direita fundamentou-se no modelo
Corporativista. Muito bem articulada na Itália de Mussolini, também atendeu a desarticulação dos movimentos de
extrema esquerda no país, pois subordinava os trabalhadores aos Ministérios e ao Estado. Era o sonho de acabar
com todo e qualquer mobilização de greves e manifestações. E deu certo! Alcançou seus méritos a custo de muito
tolher as liberdades individuais. Por esse motivo a Polaca articulou muito bem a organização do Estado centralizando
o poder na figura do Presidente-Ditador Vargas que governou em seus 7 anos de Estado Novo (1937-45) por
decretos-lei garantidos pela Constituinte e pela inexistência de uma Assembleia que havia sido fechada em nome da
Segurança Nacional.
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E a Redemocratização, os partidos políticos de 46


É fato que o processo de redemocratização viria a calhar com o colapso do Estado Novo e a pressão pelo
surgimento de partidos como a UDN (inimiga mortal do Varguismo), do PSD e do PTB (fiéis ao Nacionalismo) e do
relutante PCB que seria fechado em 1947 em nome da mesma Segurança Nacional que acabara de ser abolida e pelo
rasgar da Polaca.
É, portanto, por esses e outros motivos que a Constituição de 1946 promulgada no governo Dutra, foi
manter a marca entre uma Constituição de referências Liberais, fruto do alinhamento e da política da Boa Vizinhança
do governo Roosevelt, mas não conseguindo se livrar das marcas do Corporativismo. Vários direitos foram
garantidos em 1946, como o voto feminino e obrigatório para maiores de 18 anos, porém, em tempos de Guerra
Fria, o comunismo pagaria o preço pela cassação de deputados e pela intervenção de seu Partido, enquanto os
trabalhadores ainda permaneceram tutelados pelo Estado. Por esses motivos, até mesmo no regime Militar, o
direito a greve será algo praticamente desconhecido no cotidiano brasileiro, salvo em algumas situações pouco
relevantes para aqui serem elencadas.

A Constituinte de 67 a 88
Uma alteração nos rumos tomados pela política brasileira ainda despertarão a intervenção militar e a
constante vigilância da CIA no governo brasileiro. Não foi coincidência a instabilidade política vivida até o golpe de
64. Presidentes com posse contestada, renúncias, tentativas de golpe em 1961 que impediram Jango de retornar da
China, formam apenas alguns exemplos que os EUA estavam mais interessados em cuidar do seu quintal na América
e favorecer regimes Militares.
No caso do Brasil, o período de intervenção irá durar 21 anos, até 1985. Para tanto, se fez necessário
alterações constitucionais que mascarassem esses interesses. Chamados de Atos Institucionais os decretos
emanados do Executivo, os militares concentraram poderes necessários para afastar o medo do comunismo e viver
uma espécie de pseudodemocracia com picos de perseguições e censura. Para tanto, foram extintos os Partidos
políticos pelo AI-2; eleições viraram indiretas para executivo; e o legislativo se mantinha através de voto direto. Até
pena de morte e condenação por banimento a constituição foi capaz de estabelecer em nome da perseguição aos
subversivos.
Apenas em fins do regime e pressionados pela mobilização popular é que o modelo político passará por
uma abertura gradual, lenta e segura como afirmou o General-Presidente Geisel. Para isso, o congresso elegeu 1/3
de maneira indireta ainda em finais de 76; aumentou o mandato de 5 para 6 anos de presidente; instituiu a Lei
Falcão que proibia propagandas eleitorais. Teríamos ainda um longo caminho até que o processo de
redemocratização pudesse se consolidar a partir da atual constituição, a de 1988, a chamada Carta Cidadã.
Focus!
Bons Estudos!
Fonte:
Constituição de 1824. Disponível em: http://principo.org/o-brasil-republicano.html?page=6. Acesso em Janeiro de
2018.

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Brasil República

A Guerra de Canudos, 1896 - 97

Contexto:

Sertão da Bahia, arraial de camponeses liderado por Antônio Conselheiro.

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 Flávio de Barros, cronista anônimo do conflito sertanejo, seus registros exprimem, simbolicamente, as
contradições vividas pela sociedade brasileira na época da passagem do Império para a República.

 Por meio delas, é possível enxergar, tempos depois, os contrastes dos “dois Brasis”

Quatrocentos jagunços prisioneiros (Flavio de Barros, Acervo Museu da República).

“Aquela campanha (de Canudos) lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um
crime. Denunciemo-lo”.

Euclides da Cunha

Movimentos Sociais

Representação do Arraial de Canudos antes da guerra, 1893.

Um momento de crises:

Região de Belo Monte

 Os latifundiários nordestinos estavam insatisfeitos com a atração que o arraial de Belo Monte exercia sobre
a mão de obra local.

 Pra piorar a situação, Antônio Conselheiro era considerado monarquista, não reconhecendo a República
recém-implantada.
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Estopim

 A situação tornou-se crítica quando, em novembro de 1896, Antônio Conselheiro foi buscar em Juazeiro,
com a ajuda de seus seguidores, material de construção para terminar a igreja de Belo Monte.

 O sertão até então era marcado por uma região semiárida, com baixo índice pluviométrico, vegetação de
caatinga (caracterizada por arbustos retorcidos com poucas folhas) e altas temperaturas na maior parte do
ano. Nesse mesmo cenário, que impunha à população uma série de dificuldades para sobreviver passou a
surgir uma força paralela ao poder político pré-estabelecido.

A Guerra de Canudos, 1896 - 97

Reação e apoio do exército:

 Arlindo Leone, juiz de Direito, telegrafou ao governador da Bahia, Luiz Viana, pedindo providências para
defender Juazeiro, alegando que a cidade estava sendo ameaçada de invasão pelos jagunços de Conselheiro.

 Cem praças, sob o comando do tenente Manuel da Silva Pires Ferreira, foram derrotados por clavinotes
(carabina pequena), facões de folha-larga, foices, chuchos de vaqueiro (objeto artesanal pontiagudo e
metálico) e outros instrumentos rudes que portavam.

 Uma 2ª expedição contra Canudos, maior e mais bem armada: 543 soldados, 14 oficiais, duas metralhadoras
Nordenfeldt e dois canhões Krupp 7,5, liderada pelo major Febrônio de Brito também fora derrotada.

 Segundo Euclides da Cunha, cada seguidor de Conselheiro se transformava em “guerrilheiro-tugue,


intangível”, tendo na caatinga um “aliado incorruptível do sertanejo em revolta”.

A Guerra de Canudos, 1896 - 97

 Os combatentes de Antônio Conselheiro conseguiam resistir porque se moviam com velocidade na caatinga,
surpreendendo e emboscando as tropas do Exército, que eram formadas por soldados e líderes de outros
estados brasileiros, não acostumados à aridez do sertão.

 Uma 4ª expediação, no entanto, mobilizou para a empreitada um terço de seu efetivo – cerca de dez mil
homens, munidos com 18 canhões.

 “Não sobrou pedra sobre pedra”.


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 Foi um movimento, que de Monarquista, passou a incomodar os coronéis da região e a própria Igreja,
resultando em 25 mil vítimas, muitos crianças e adolescentes.

 Uma 3ª expediação a mando do Vice-Presidente Manuel Vitorino Pereira e liderada pelo Cel. Moreira Cesar [
o corta cabeças] também foi derrotada.

 Para Euclides, a modernização custa aos pobres: atormenta-os de tal maneira que seu mundo – a Nova
Jerusalém – tinha tudo para ser o paraíso mas foi o seu contrário: um inferno na Terra.

 “Os Sertões foi o monumento para perenizar a memória dos vencidos”.

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