INSTITUTO DE EDUCAÇÃO EL SHADAY
KALIL AZEVEDO VIEIRA
SEMANA DA ARTE MODERNA
Manaus – AM
2023
KALIL AZEVEDO VIEIRA
3° Série A
SEMANA DA ARTE MODERNA
Trabalho apresentado como requisito parcial para
obtenção de nota em Arte, ministrado pela Professora
Clara Luana.
Manaus – AM
2023
INTRODUÇÃO
O trabalho em questão abordará, a Semana da Arte Moderna que foi uma
manifestação cultural, envolvendo apresentações, música, dança, literatura e entre
outros tópicos da arte. O evento ocorreu do dia 13 ao dia 18 de fevereiro de 1922 no
Teatro Municipal de São Paulo, reunindo nomes hoje importantes para a cultura
artísticos brasileiros, os já conhecidos na época e ao mesmo tempo revelando outros
nomes e grupos.
O objetivo dos artistas era trazer uma nova tendência à arte brasileira que era
influenciada por vanguardas europeias e dando visibilidade a nova escola literária
brasileira: o modernismo. Além disso, trazer criações mais originais, ou seja, da
realidade brasileira, do seu cotidiano e vida. Assim sendo espalhadas pelo resto do
País as novas formas intelectuais e suas consequências são vistas ate os dias atuais.
CONTEXTO HISTORICO
Até o início do século XX, a escola artística tida como oficial no Brasil era o
Parnasianismo. Caracterizado pelo rigor formal (preocupação com a forma do poema
no que se refere à metrificação), pela proposta da “arte pela arte” e pelo academicismo
e elevada erudição, o Parnasianismo havia sido a tendência estética dominante até
então, especialmente na poesia, figurando em textos oficiais, como o Hino Nacional
Brasileiro. Como a grande maioria das escolas estéticas, o Parnasianismo foi
importado da Europa. No continente europeu, contudo, vigorava outra proposta
artística. As grandes reviravoltas da Revolução Industrial haviam instituído uma nova
maneira de viver, modificando completamente as relações humanas. A luz elétrica e a
rapidez dos automóveis e das produções fabris em larga escala transformaram a
sociedade.
O advento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a destruição mortífera
causada por ela também influenciaram social e filosoficamente os artistas do período.
O início do século XX trouxe inúmeras mudanças ao modo de viver europeu; a arte,
portanto, precisava acompanhar essas mudanças. Vinham à tona as vanguardas
artísticas e, com elas, a consolidação da modernidade no âmbito da arte. O Brasil, por
sua vez, também começava a se modernizar. As primeiras indústrias começavam a se
instalar na cidade de São Paulo, e a produção de café do interior paulista gerava
grandiosa receita de exportação, transformando o estado em novo centro econômico
brasileiro. Por esse motivo, a capital paulista foi o palco dos eventos da Semana de
Arte Moderna, que contou com o patrocínio de diversos membros da burguesia
industrial que ali se consolidava.
Além disso, 1922 foi o centenário da Independência do Brasil. Assim, o
cenário era ideal para a renovação artística nacional, e esse foi um dos motes da
Semana: a atualização intelectual da consciência nacional. O Brasil, que se
transformava e se modernizava, precisava de um novo olhar artístico, sociocultural e
filosófico que propusesse uma arte nacional original e atualizada, trazendo consigo um
pensamento a respeito dos problemas brasileiros e da variedade cultural que se
estendia por nosso vasto território. Predecessora importante da Semana foi a
Exposição de Pintura Moderna – Anita Malfatti, que ocorreu em 1917, também em
São Paulo. Cinquenta e três obras da pintora foram apresentadas ao lado de obras de
artistas internacionais ligados às vanguardas europeias. As telas impressionaram
nomes que liderariam, depois, a Semana, como Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, Menotti del Picchia e Di Cavalcanti.
A exposição também causou grande desaprovação da crítica conservadora, em
especial Monteiro Lobato, que publicou uma crítica extremamente negativa, intitulada
“Paranoia ou mistificação?”. Com traços expressionistas, Malfatti trouxe ao Brasil
uma nova estética, em exposição considerada o primeiro “estopim” para a idealização
da Semana.
As novas tendências que floresciam com as vanguardas, grande período de
experimentação do início do século XX, deram aos artistas brasileiros a possibilidade
de trabalhar com novas linguagens, novos materiais e novas propostas, a fim de
renovar a arte nacional. Mas, diferente do Parnasianismo, não houve uma incorporação
completa dessas estéticas – não se importou para o Brasil o cubismo ou o
expressionismo em busca de se desenvolver aqui uma escola análoga. Os artistas que
iniciaram o Modernismo brasileiro aproveitaram-se desses novos procedimentos e
técnicas, desse rompimento com o academicismo, para reelaborar o cenário artístico
nacional.
COMO OCORREU O EVENTO?
A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-cultural que
ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 a 18 de fevereiro de 1922.
O evento reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição
de obras - pintura e escultura - e palestras. Os artistas envolvidos propunham uma
nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora inspirada nas vanguardas
europeias. Juntos, eles buscavam uma renovação social e artística no país, evidenciada
na "Semana de 22".
O evento chocou parte da população e trouxe à tona uma nova visão sobre os
processos artísticos, bem como a apresentação de uma arte “mais brasileira”. Houve
um rompimento com a arte acadêmica, contribuindo para uma mudança estética e para
o Movimento Modernista no Brasil. Mário de Andrade foi uma das figuras centrais e
principal articulador da Semana de Arte Moderna de 22. Ele esteve ao lado de outros
organizadores: o escritor Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti.
O evento foi aberto ao público, que durante toda a semana pôde visitar o
saguão do teatro e conferir uma exposição de artes plásticas com obras de Anita
Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Di Cavalcanti, Harberg, Brecheret,
Ferrignac e Antonio Moya. Além da exposição, foram realizados saraus com
apresentação de conferências, leitura de poemas, dança e música, participação dos
escritores Graça Aranha, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida e Ronald de
Carvalho, com execução de músicas de Ernâni Braga e Villa-Lobos.
Entre os organizadores da Semana, estavam Mário e Oswald de Andrade, que,
posteriormente, ao lado de Manuel Bandeira (que não participou do evento), formaram
a célebre tríade modernista. Eles foram considerados como os principais
representantes e divulgadores do Modernismo no Brasil. Graças a eles, a estética
modernista ganhou adesão de outros importantes escritores, conseguindo, assim,
solidificar-se e influenciar as gerações vindouras.
CARACTERISTICAS
Uma vez que o intuito desses artistas era chocar o público e trazer à tona outras
maneiras de sentir, ver e fruir a arte, as características desse momento foram:
Ausência de formalismo;
Ruptura com academicismo e tradicionalismo;
Crítica ao modelo parnasiano;
Influência das vanguardas artísticas europeias (futurismo, cubismo, dadaísmo,
surrealismo, expressionismo);
Valorização da identidade e cultura brasileira;
Fusão de influências externas aos elementos brasileiros;
Experimentações estéticas;
Liberdade de expressão;
Aproximação da linguagem oral, com utilização da linguagem coloquial e vulgar;
OSWALDO DE ANDARDE (1890-1954)
Oswald de Andrade foi militante político, ajudou a criar manifestos, vivia
cercado de amigos, tinha uma personalidade divertida e irônica. Filho único, desde
cedo soube que seria escritor porque um professor do Ginásio de São Bento assim o
disse. Entrou no jornalismo escrevendo no Diário Popular, em 1909. Depois virou
crítico teatral e fundou uma revista. Em 1912, a vida do escritor mudou depois de uma
ida à Europa.
Entusiasmado com o que viu, Oswald trouxe deias que vieram a tomar corpo
em seus Manifestos. Entre os seus trabalhos, o mais famoso certamente foi
o Manifesto Pau-Brasil (1924). Muito próximo de diversos artistas, Oswald foi um
dos agitadores que esteve a frente da organização da Semana de Arte Moderna. O
autor foi casado com Tarsila do Amaral, importante artista do modernismo, mas que
não esteve presente na Semana de 22 pois estava na Europa. O casamento, realizado
em 1926, durou cerca de três anos.
ANITA MALFATTI (1889-1964)
Anita Catarina Malfatti, esse era o nome de batismo da artista plástica paulista
que nasceu no dia 2 de dezembro de 1889. Anita foi uma brasileira com origens
europeias: seu pai (Samuel Malfatti) era um engenheiro italiano e a mãe (Betty Krug)
era uma norte-americana com descendência alemã. Foi provavelmente da mãe que
Anita herdou o gosto pelas artes, uma vez que Betty dava aulas de pintura e línguas.
Com um histórico de depressões, Anita tentou se suicidar quando tinha apenas
treze anos, o plano foi se colocar debaixo da linha do trem. Aos dezenove anos, Anita
tornou-se professora e logo depois foi estudar na Alemanha. A jovem também chegou
a estudar em Nova Iorque. De volta ao Brasil, Anita continuou pintando e, incentivada
por alguns amigos, participou da Semana de Arte Moderna de 1922.
A partir de então, a sua carreira decolou de vez, tendo Anita exposto em
Berlim, Nova Iorque e Paris. Além de ser celebrada no próprio país, a artista
recebeu em vida reconhecimento internacional.. Andrade I (1922 Entre as suas telas
mais famosas estão: A Boba (1916), O Homem Amarelo (1916) e Mário de).
OUTROS PRINCIPAIS ARTISTAS
Arquitetos: Antonio Moya, Georg Przyrembel.
Escritores: Afonso Schmidt, Agenor Barbosa, Álvaro Moreyra, Elysio de Carvalho,
Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Luiz Aranha, Mario de Andrade, Menotti
del Picchia, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho, Sérgio Millet, Tácito de
Almeida.
Escultores: Wilhelm Haarberg, Hildegardo Leão Velloso, Victor Brecheret.
Músicos: Alfredo Gomes, Ernani Braga, Fructuoso Viana, Guiomar Novais, Heitor
Villa-Lobos, Lucília Guimarães, Paulina de Ambrósio.
Pintores: Anita Malfatti, Antonio Paim Vieira, Emiliano Di Cavalcanti, Ferrignac,
John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Yan de Almeida Prado, Zina Aita.
CONCLUSÃO
Diante disso, ese evento foi importante para a historia da Arte e a rte
brasileira, trazendo a sociedade novas estéticas e intelectuais e trazendo a naturalidade
brasileira. Influenciada pela vanguarda europa chamada moderismo. Esse evento foi
um dos principais do movimiento modernista no Brasil.
Entretanto essa nova estética não foi aceita da forma mais simpática, isto
porque ela rompia e não seguia os padres academicos da escola envolvendo seus
proprios padrões, assim inflenciado pessoas e revelando artistas e evoluindo a
sociedade.
REFERENCIAS
Luana Castro Alvez. "Semana da Arte moderna"; Mundo Educação. Disponível em:
https://mundoeducacao.com.br/arte/literatura.htm. Acesso em 12 de março de 2023.
Rebeca Fuks. " Artistas da Semana da Arte moderna"; Ebiografia. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/arte/semanadaarte.htm. Acesso em 12 de março de 2023.
GUITARRARA, Paloma. "Semana da Arte moderna"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/modernismo/literatura.htm. Acesso em 12 de março de 2023.
Luisa Brandinho. "Arte Moderna"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/modernismo.htm. Acesso em 12 de março de 2023.
ANEXOS
ANEXO A – SEMANA DA ARTE MODERNO
No início do século XX, foram os saguões e salões do Theatro Municipal que abrigaram os eventos da Semana de Arte
Moderna de 1922.
ANEXO B – SEMANA DA ARTE MODERNO
Anúncio da última apresentação da Semana de Arte Moderna de 1922, comandada pelos espetáculos musicais de Heitor
Villa-Lobos.