ESCOLA TÉCNICA CURSO NOBRE
APOSTILA: Cálculo
Curso: Técnico em Eletrônica
São José do Rio Preto - SP
2013
Apresentação
O conhecimento referente aos diversos conteúdos visa facilitar, cotidianamente,
nossa vida social. Portanto, nenhum conhecimento é tao pobre que deva ser descartado
ao primeiro olhar.
A todos os saberes faz-se necessário que passe por um processo criterioso de
análise, processamento mental e arquivamento, uma vez que eles serão úteis à medida
que surjam novos desafios decorrentes as nossas jornadas naturais.
“Não tenhamos os estudos como fardos que somos obrigados a levar ao dos
nossos dias, mas sim, como relíquias, que temos que guardar apreciar e exibir como
troféus conquistados nas maratonas do saber educacional” (Robson Sá).
Neste contexto, o nosso objetivo é auxiliá-lo para que as aulas sejam mais
interessantes e ocorra uma melhor interação professor/aluno e aluno/professor.
Esperamos que você, aluno, goste e aproveite esta apostila, já que a mesma é umas das
iniciativas que tomamos para que, juntos, possamos construir uma boa escola.
Bons estudos!
À Direção
CAPÍTULO 01 - O CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
1.1 INTRODUÇÃO
Ao agrupamento de elementos com características semelhantes damos o nome de
conjunto. Quando estes elementos são números, tais conjuntos são denominados
conjuntos numéricos.
1.1.1Conjunto dos Números Naturais N
Em algum momento da sua vida você passou a se interessar por contagens e
quantidades. O básico dos conjuntos numéricos pertence ao conjunto dos números
Naturais, representado pela letra maiúscula N. Com a utilização deste conjunto você pode
enumerar infinidades de itens ou simplesmente registrar a sua quantidade, por exemplo.
Este conjunto é representado pela letra N. Abaixo temos uma representação do
conjunto dos números naturais:
N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, …}
N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,…}
1.1.2 Conjunto dos Números Inteiros Z
São todos os números que pertencem ao conjunto dos Naturais mais os seus
respectivos opostos (negativos).São representados pela letra Z:
Z = {…-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,…}
O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos, eles são:
- Inteiros não negativos: São todos os números inteiros que não são negativos.
Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, …}
- Inteiros não positivos: São todos os números inteiros que não são positivos.
Z- = {…, -5, -4, -3, -2, -1, 0}
- Inteiros não negativos e não-nulos: É o conjunto Z+ excluindo o zero.
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, …}
- Inteiros não positivos e não nulos, são todos os números do conjunto Z- excluindo o
zero.
Z*- = {… -4, -3, -2, -1}
1.1.3 Conjunto dos Números Racionais Q
Os números racionais é um conjunto que engloba os números inteiros, número
decimais finitos, e os números decimais infinitos periódicos (dizimas periódica).
1.1.4 Conjunto dos Números Irracionais I
É formado pelos números decimais infinitos não periódicos, todas as raízes não
exatas.
1.1.5 Conjunto dos Números Reais R
É composto por todos os conjuntos citados anteriormente, conforme mostra a
Figura 01.
Figura 01.Ilustração dos conjuntos numéricos.
1.2. REGRAS BÁSICAS
Em R estão definidas duas operações. A adição e a multiplicação. Na soma a+b, a
e b são referidos como parcelas, ao passo que no produto ab, a e b são referidos como
fatores.
Assim, com a noção de operação pode-se concluir que vale a seguinte regra (a, b e
c) são números reais:
Regra da balança: se a = b, então a +c = b e ac = bc.
Ou seja, em uma igualdade de números, sempre se pode somar ou multiplicar uma
mesma quantidade. As propriedades básicas das operações de adição e multiplicação
são dadas a seguir:
- I Propriedade comutativa: quaisquer que sejam os números reais a e b, tem-se:
a+b=b+a ab = ba
- II Propriedade associativa: quaisquer que sejam os números reais a, b, e c, tem-se:
(a +b) + c = a + (b + c) a(bc) = (ab)c
- III Elemento neutro: existem únicos números reais, indicados por 0 e 1, com 0 ≠ 1, tais
que, para qualquer número real a, verificam:
a+0=a a.1 = a
- IV Elemento oposto e elemento inverso:
*dado um número real a, existe um único número real indicado por – a, chamado oposto
de a, tal que:
a + (-a) = 0
*dado um número real a ≠ 0, existe um único número real, indicado por 1/a, e também por
a-1, chamando inverso de a, tal que:
a.1/a = 1
- V Propriedade distributiva: quaisquer que sejam a, b e c reais, tem-se:
a(b + c) = ab + ac
(b + c)a = ba + ca
Exercícios
1) Resolva de acordo com as propriedades
a) comutativa
23 + 31 = _________________ 37 . 45 = __________________
b) associativa
6 + (5 + 3) = _______________ (23.45)5 = ________________
c) elemento neutro
4 + 0 = __________________ 7 .1 = ___________________
d) elemento oposto
3 + (-3) =________________
e) elemento inverso
4 . ¼ =_________________
f) distribuitiva
8(3 + 5) = _______________ (9 + 8)4 = _______________
1.3. CONSEQUÊNCIAS DAS REGRAS BÁSICAS
1.3.1 Cancelamento
Tem-se a + b = c. se quisermos isolar a no primeiro membro, utiliza-se a regra da
balança, soma-se –b a ambos os membros da igualdade, para obter a + b + (-b) = c + (-b),
portanto temos: Podemos passar uma parcela de um membro para outro, desde que
tomemos seu oposto.
Se 4 + x = 10, então x = 10 + (-4) = 6
Suponha-se, agora, que ab = c, com b ≠0. Se quisermos isolar a, multiplicamos
ambos os membros da igualdade por 1/b, o que é permitido pela regra da balança.
ab.1/b = c.1/b
e como b.(1/b) = 1, a.1 = a, o primeiro membro vale a, de modo que
a = c.1/b
Nota: para o cancelamento no produto, é importante a condição a ≠0.
1.3.2Anulamento
Há duas propriedades envolvendo o número 0, uma delas já citada acima:
Regra do fator nulo: qualquer que seja a real a. 0 = 0 .a = 0.
Ex.:0(3s + 67b – 1) = 0,45.0 = 0
Regra do produto nulo: sendo a e b números reais, tem-se:
Se ab = o então ou a = 0 ou b = 0.
Ex.: (x-3) (x-4) = 0
1.3.3 Regra dos Sinais
Regra de sinal: para quaisquer a e b reais tem-se:
a) – (-a) = a
b) (-a)b = -ab
c) (-a)(-b) = ab
Exercícios
1. Resolva a equação em x, isto é, determine o valor de x, nos casos.
a) x + 4 = 2 b) x + 5 = 9
c) x + 3 = 6 d) 8 + x = 4
2. Resolver as seguintes equações na incógnita x:
a) 3x + 5 = 10 b) 4x + 12 = 24
c) 6 + 2x = 1 d) 10x + 3 = 4
3. Verdadeiro ou falso?
a) Se 2a + b + 12 = 2a +c + 12, então b = c.
b) Se a + b + c + d = c + s + d + a, então b = s.
c) Se 1 + 4s + c + 4t = c +1, então 4s + 4t = 0.
d) Se 2x + 7y = c + 7y, então 2x = c.
4. Verdadeiro ou falso?
a) 3a + 2z + 1 = 3b + c, então a +2z + 1 = b + c.
b) 3a + 3b + 1 = 3d +3 c + 1, então a + b = d + c.
c) 4a + 4b + 4e = 4a + 4, então b + e = 1.
d) 3x + ab + ac = 3x + 4ª, então b + c = 4.
e) 3x + ab + ac = 3x + 4ª, então a = 0 ou b +c = 4.
5. Efetue:
a) (-3)(-5) b) 6(-3)
c) (-9)4 d) – (-5)
e) (3)2 (-1)
f) (3)(5)(-7).
1.4. POTÊNCIA
As potências surgiram no intuito de representar multiplicações onde os fatores
eram iguais. Temos an, a referido como base e n como expoente. Neste contexto, pode-
se dizer que um produto de fatores iguais pode escrever-se de forma abreviada.
Ex.: 2 x 2 x 2 x2 = 24
4 fatores
Chamamos de:
base: valor do fator;
expoente: é a quantidade de vezes que o fator se multiplica;
potência: é o resultado do produto.
1.4.1 Casos especiais
1: toda potenciação cujo expoente é 1 tem como resultado o valor da base.
Ex.: 71 = 7
0: toda potenciação cujo expoente é 0 tem o resultado será sempre 1.
Ex.: 120 = 1
Base 10: para calcular uma potenciação com base igual a dez basta escrever zeros
igual ao número do expoente.
Ex.: 108 = 100.000.000 (8 zeros)
105 = 100.000 (5 zeros)
Nota:Nesse tipo de potência, quando o expoente for positivo, ele indica a quantidade de
zeros que deverão ser acrescentados após o algarismo 1.
10-2 = 0,01 (2 casas decimais)
10-5 = 0,00001 (5 casas decimais)
Aqui, como o expoente é negativo, ele indica o número de casas decimais que
deverão ser criadas a partir do zero e com final 1.
1.4.2 Potência de base racional
Para resolver uma potência cuja base é um número fracionário, elevamos tanto o
numerador quanto o denominador da fração ao expoente dado.
n n
a = a , com b ≠ 0.
n
b b
Ex.:
1.4.3 Multiplicação de potências de mesma base
Resolvemos a multiplicação de potências de mesma base conservando uma das
bases e adicionando os expoentes.
am . an = am + n
Ex.:
1.4.4 Divisão de potências de mesma base
Toda divisão de potências de mesma base, com esta diferente de zero, pode ser
resolvida conservando uma das bases e subtraindo os expoentes.
am : an = am – n, com a ≠ 0.
Ex.:
1.4.5 Multiplicação de fatores elevados ao mesmo expoente
Para o produto de dois ou mais fatores elevados ao mesmo expoente, elevamos
cada um dos fatores ao expoente dado na questão.
(a . b)n = an . bn
Ex.:
(5 . 6)4 = 54 . 64 (0,2 . 1,3)3 = (0,2)3 . (1,3)3
1.4.6 Divisão de expoente igual
Aqui segue-se o mesmo critério dado na propriedade anterior: eleva-se o dividendo
e o divisor ao mesmo expoente.
(a : b)n = an : bn
Ex.:
(9 : 8)5 = 95 : 85 (2,3 : 0,1)2 = (2,3)2 : (0,1)2
1.4.7 Potência de potência
Quando elevamos uma determinada potência à outra potência, temos uma
potência de potência. Para resolvê-la, podemos conservar a base e multiplicar os
expoentes.
(am)n = am . n
Ex.:
(23)4 → 23 . 4 = 212 [(1/5)2]5 → (1/5)2 . 5 = (1/5)10
1.4.8 Resumindo...
Regras de potenciação: sendo a um número real, m e n inteiros positivos tem-se:
am + n = aman
am – n = am/an (se m>n)
(am)n = amn
(ab)n = anbn
(a/b)n = an/bn
EXERCÍCIOS
1. Efetue: 2. Resolva:
2 3
a) 3 3 = a) x12x5 =
b) 57/53 = b) 4x4x8 =
c) (24)2 = c) (24)2 =
d) (2.3)2 = d) x9/x5 =
e) (2/5)3 = e) 7x18/2x11=
f) (-2)4 = f) (2x4)5 =
g) (-2)5 =
1.5 TEOREMA FUNDAMENTAL DA ARITMÉTICA
Qualquer número positivo (>1) tem uma única decomposição como produto dos
números primos (possui dois divisores naturais comuns: 1 e ele mesmo).
Ex.:
13.500 2
2
18 = 2.3
6.750 2
35 = 5.7
3.375 3
120 = 23.3.5
1.125 3
375 3
125 5
25 5
55
122 . 33. 53 = 13.500
1.6 REGRA DOS SINAIS
- adição/subtração: menos com menos: menos
mais com mais: mais
menos com mais: conserva o sinal do número maior.
- multiplicação/divisão: menos com menos: mais
mais com mais: mais
menos com mais: menos.
Exercícios
1. Resolva:
a) 33 b) (4)2 (-3)2 c) (1/3)2
d) (65/2)1 e) (22)4 f) (4)4+2
g) (8/13)0 h)(5/6)4
2. Efetue as seguintes operações
a) -5 + 24 + ½ b) 8 ÷ 1/8 x 32 - 1
c) 1/8 – 2/3 + (42)3 d) 43 – 32 + 50 - 10051
e) 13. 2 + (42)2 f) (½)2 – 56 + 10 ÷ 2/10
3. Verdadeiro ou falso
a) Para todo real a, tem-se –(-a + 3) = a + 3;
b) Para todo real a, tem-se –(-4 + a) = 4 - a;
c) Para todo real a e todo real c, tem-se –(-a - c) = a + c;
d) Para todo real m, tem-se –(-5 + m) = -5-m;
e) Para todo real a, tem-se – 6 – a = - (6 + a);
f) Para todo real s, tem-se –(1-s) = -1 + s;
4. Obtenha o mmc dos números 60, 1050, 490, 343.
Anotações
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CAPÍTULO 02 EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
2.1 INTRODUÇÃO
As expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam letras e
podem conter números, são também denominadas expressões literais. As letras
constituem a parte variável das expressões, pois elas podem assumir qualquer valor
numérico. No passado as letras foram pouco utilizadas na representação de números
desconhecidos, atualmente as letras associadas a números constituem a base da álgebra
e contribui de forma eficiente na resolução de várias situações matemáticas. Veja alguns
exemplos de expressões algébricas:
Ex.:
a) 2x – 5 b) 3a + 2y c) x² + 7x
d) 5 + x – (5x – 2) e) 10y – 10x f) a² – 2ab + b²
As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações
problemas, como as propostas a seguir:
1. Determine a expressão que representa o perímetro das seguintes figuras (Perímetro:
soma dos lados de qualquer polígono).
P = 4x + 1 + 2x + 4x + 1 + 2x
P = 12x + 2
P = 2x + 6 + 3x – 2 + x + 8
P = 6x + 12
2. O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20
3. A diferença entre x e y: x – y
4. O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x
Assim, as letras constituem a parte variável das expressões, uma vez que podem
assumir qualquer valor numérico. Alguns exemplos de expressões algébricas:
3a + 2y x² + 7x a² – 2ab + b²
2.2 TIPOS DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
2.2.1 Monômio: é a expressão algébrica formada por apenas um elemento.
Ex.: 2x, 4ab, 10x², 20xyz, 30abc, b³
2.2.2 Binômio: é a expressão algébrica formada por dois elementos.
Ex.: 4x+6y, 3x-10 , 6a–9b , 6x³+10x²
2.2.3 Trinômio: é a expressão algébrica formada por três elementos.
Ex.: a + b – c, 10 + x – 2y, 3x + 5y – z
2.3 POLINÔMIOS
2.3.1 Definição: Um ou mais monômios separados por operações, ou seja, é uma
expressão algébrica formada por adições e subtrações de vários monômios.
Poli = muitos.
Exemplo: 5a – 6ab + b – 2a + 3ab + b
É um polinômio formado por seis monômios.
Como existem termos semelhantes na expressão ou neste polinômio, é possível
reduzir os termos efetuando as operações de adição e subtração.
2.3.2Grau de um polinômio:
O grau de um polinômio é indicado pelo maior expoente da variável.
Ex: 5x + 4x2 – x +10
3
É um Polinômio de grau 3.
Em geral, os polinômios são ordenados segundo as potências decrescentes da
variável.
2.3.3 Reduzindo termos semelhantes
É quando agrupamos termos, monômios.
Para fazer essa redução (agrupamento) a parte literal, ou seja, as letras ou
variáveis, devem ser idênticas, então podemos somar ou subtrair.
Fazemos as operações com os números (coeficientes) conservando a parte literal
(variáveis).
Ex.:
7x + 5y – 3z + 14x – y + 12z
agrupando termos semelhantes:
7x + 14x + 5y – y – 3z + 12z
efetuando as operações entre semelhantes:
21x + 4y + 9z
Exercícios
1. Simplifique a expressão, em cada caso: 2. Resolva as equações
a) (5x – 3x2) + (4 - 5x) – (6x2 – 4x - 5) + (4 – 4x) a) 3t2 (4t3 – 12t + 3)
b) -6(x – 1 + x2) – (5x2 + x – 2) b) (4a + b) (9a – 7b + 2)
c) 4u + 3 [u – (2y + 3u) – 3y] – 6y c) (x + 1) (2x - 1) 4x2
d) 8x2 – (10 – 5x + x2) – 3 [x - (2 + x2)] d) (2x – 3y) 4xy
e) (3x2 – 4x + 5) (x2 – 6x + 4)
f) (x2 – 6x + 4 + 2x3) (2 – 3x2)
g) (3u – 6y) (u2 – y2)
h) (x4 + x3 + x2 + x 1) (x - 1)
3. Desenvolva os polinômios abaixo:
a) (x + a)5
b) (x + a)6
c) ( x + 4)3
d) (3x - 1)2
e) (3x - 5)3
f) (4x2 + 5)2
2.4. EXPRESSÕES RACIONAIS
Uma expressão racional é uma expressão algébrica com a forma P/Q,
onde P e Q são expressões (polinômios), e com o denominador Q diferente de
zero.
Ex.:
a) 1 b) 2xy–y2 c) Xy2 – y
x-1 2x2 – y2 xy
d) y2 – y
x–2
Dica: pode-se trabalhar as expressões racionais tais como o façam com as
frações. Conforme, os exemplos abaixo.
Exercícios
1. Resolva as equações
a) 2x - 3 x+3 b) x2 - 1 1
x x
x-2 x +1 x-2 x-1
c) x-2 1
2÷ -
x2 x–2
Y2 (2x –3) x
d) +
x y y
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CAPÍTULO 03 FUNÇÕES
3.1 CONCEITO MATEMÁTICO FUNÇÃO
As funções nada mais são que um tipo particular de relação que
possuem uma propriedade específica. Para iniciarmos o estudo
dasfunçõesvamos começar analisando a relação R1 = {(-3, 9); (0,0); (3,9)},
cujodiagrama de flechaspode ser visto a baixo.
Observe quetodosos elementos do conjuntoApossuem uma flecha em
direção a umúnico elementodo conjunto B. Em outras palavras, não há no
conjunto A qualquer elemento que não esteja associado a um elemento do
conjunto B e os elementos de A estão associados a apenas um elemento de
B.Por possuir tal propriedade, dizemos que esta relação é umafunção f de A
em Brepresentada por: f: A→B.
3.1.1 Domínio da Função
Ao conjunto A damos o nome de domínio da função.
O domínio é o conjunto de partida, sendo composto de todos os
elementos do conjunto de partida.Neste nosso exemplo o domínio da função f é
representado por D(f) = { -3, 0, 3 }, ou seja, o domínio desta função contém
todos os elementos do conjunto A.
Como supracitado, para que tenhamos uma função, todos os elementos
do domínio devem estar associados a um e somente um dos elementos de B.
3.1.2 Contradomínio da Função
Ao conjunto B damos o nome de contradomínio da função.
O contradomínio é o conjunto de chegada, ele é composto de todos os
elementos do conjunto de chegada.
Em nosso exemplo o contradomínio da função f é representado por
CD(f) = { 0, 9, 18 }, isto é, o contradomínio desta função contém todos os
elementos do conjunto B.
Segundo o conceito de função não é necessário que todos os elementos
de B estejam relacionados aos elementos do domínio. Note que no conjunto B
o elemento 18 não recebe nenhuma flecha, isto é, não está relacionado a
qualquer elemento de A.
Uma outra coisa que deve ser observada é que em uma função os
elementos do contradomínio podem receber mais de uma flechada, se
associando, portanto, a mais de um elemento do domínio. Como exemplo
temos o elemento 9 que está associado aos elementos do domínio -3 e 3.
3.1.3 Imagem da Função
A imagem da função dependendo do caso é o próprio contradomínio, ou
então é um subconjunto seu.
Os elementos do conjunto imagem são todos os elementos do
contradomínio que estão associados a algum elemento do domínio. No
exemplo que estamos utilizando o conjunto imagem é representado por Im(f) =
{ 0, 9 }, pois 0 e 9 são todos os elementos do CD(f) que estão associados a
algum elemento do D(f).
Em resumo para a função de exemplo temos:
- Domínio da Função: D(f) = { -3, 0, 3 }
- Contradomínio da Função: CD(f) = { 0, 9, 18 }
- Conjunto Imagem da Função: Im(f) = { 0, 9 }
Nesta função exemplo, o conjunto imagem é um subconjunto do
contradomínio, pois o elemento 18 de B não está contido no conjunto imagem,
por não estar associado a nenhum elemento do domínio.
3.1.4 Exemplos de Relação que não é Função
Observe o diagrama de flechas:
Ele não representa uma função de A em B, pois o elemento 2 do conjunto A
possui duas imagens, -8 e 8, o que contraria o conceito de função. Se apenas 8
ou -8 recebessem um flechada de 2, aí sim teríamos uma função.
Agora vejamos este outro diagrama de flechas a seguir:
Veja que não há nenhum elemento do domínio que fleche mais de um
elemento
do contradomínio, mas ainda assim não estamos diante de uma função. Por
quê?
Simplesmente porque o elemento 5 do conjunto A não possui uma
imagem em B.
Observe agora o seguinte gráfico no plano cartesiano:
Ele representa ou não uma função?
Como sabemos, em uma função cada elementoxdodomíniodeve estar
relacionado a um único elementoydocontradomínio, ou seja, deve possuir uma
únicaimagem.
Note porém que neste gráfico os pontos(5,1)e(5,4), possuem a
mesmaabscissa, o que significa dizer que o elemento5dodomíniopossui
duasimagens, ele flecha tanto o elemento1, quanto o
elemento4docontradomínio, portanto tal gráfico não representa uma função.
Em resumo, levando-se em conta odomínioe ocontradomínioda relação,
se no gráfico for possível traçar uma reta paralela aoeixo das ordenadasque
passe por mais de um ponto do gráfico, ou ainda que não passe por nenhum
dos seus pontos, então estaremos diante de um gráfico que não representa
uma função.
1.5 Zeros ou Raízes de uma Função
Observe o gráfico da função ao lado, e perceba que alguns dos seus
pontos estão localizados sobre o eixo das abscissas.
A abscissa de cada um destes pontos é denominadazero da
funçãoouraiz da função.Todo elemento do domínio da função que tem como
imagem o elemento0, é umaraiz da função.Os elementos do domínio que
anulam a função são as suas raízes, isto significa dizer que dependendo da
função, ela pode não possuir raízes reais, pois pode não existir no seu domínio
nenhum elemento que a anule e sendo assim o seu gráfico nunca intercepta
oeixo x, assim como também pode possuir infinitas raízes reais, pois o seu
gráfico intercepta oeixo xinfinitas vezes, já que podem existir infinitos
elementos do seu domínio que tornem a função nula.
Exercícios
01 Dados os conjuntos A = {3,1,0,2} e B = {1,0,1,2,3,4}, determinar o conjunto
imagem da função f : A→B definida por f ( x ) = x 2.
A função composta pode ser entendida pela determinação de uma
terceira função C, formada pela junção das funções A e B. Matematicamente
falando, temos quef: A → Beg: B → C, denomina a formação da função
composta de g com f,h: A → C. Dizemos função g composta com a função f,
representada por gof.
Vamos determinar g(f(x)) e f(g(x)), em relação às funções f(x) = x + 2 e
g(x) = 4x² – 1.
(g o f)(x) = g(f(x))
g(x) = 4x² – 1
g(x + 2) = 4 * (x + 2)² – 1
g(x + 2) = 4 * (x + 2) * (x + 2) – 1
g(x + 2) = 4 * (x² + 2x + 2x + 4) – 1
g(x + 2) = 4 * (x² + 4x + 4) – 1
g(x + 2) = 4x² + 16x + 16 – 1
g(x + 2) = 4x² + 16x + 15
(g o f)(x) = g(f(x)) = 4x² + 16x + 15
(f o g)(x) = f(g(x))
f(x) = x + 2
f(4x² – 1) = (4x² – 1) + 2
f(4x² – 1) = 4x² – 1 + 2
f(4x² – 1) = 4x² + 1
(f o g)(x) = f(g(x)) = 4x² + 1
1.5 Função inversa
1.5.1 Função bijetora
A função f é denominada bijetora, se satisfaz as duas condições abaixo:
1. O contradomínio de f coincide com sua imagem, ou seja, todo
elemento do contradomínio é correspondente de algum elemento do domínio;
2. Cada elemento do contradomínio de f é imagem de um único
elemento do domínio.
1.5.2 Função inversa
Uma função f possui função inversa f 1 se for bijetora.
1.5.3Determinação da função inversa
Caso a função seja bijetora, possuindo, portanto inversa, é possível
determinar a sua inversa. Para isso “trocamos” a variável x por y na lei que
define a função e em seguida “isolamos” o y, obtendo a lei que define a função
inversa. É preciso apenas tomar certo cuidado com o domínio da nova função
obtida.
Exemplo:
Dado um conjunto X = {a, b, c, d ,e} e Y = { A, B, C , D , E}, definida
como a função (f) que associa cada letra minúscula ao seu correspondente em
maiúsculo.
Assim temos uma função bijetora do tipo:
f = { (a,A) , (b,B) , (c,C) , (d,D) , (e,E) }
Onde o domínio de f é: Dom(f) = X e
Imagem de f é: Im(f) = Y.
Agora iremos definir uma função f -1 como sendo a função que associa
cada letra maiúscula ao seu correspondente em minúsculo.
Assim temos uma função bijetora do tipo:
f = { (A.a) , (B,b) , (C,c) , (D,d) , (E,e) }
Onde o domínio de f é: Dom(f-1) = Y e
Imagem de f é: Im(f-1) = X.
Exemplo prático:
Seja uma função bijetora f(x) = 3x + 6, teremos que a inversa de f(x), ou seja f -
1
(x), será , pois y = 3x + 6 → para a inversa x = 3y + 6 ,
então .
Calcular f(3) temos f(3) = 3.3 + 6 = 15.
2 FUNÇÃO POLINOMIAL
Função polinomial é aquela cuja formulação matemática é expressa por
um polinômio.
2.1 Função polinomial do 1º grau
A função polinomial do 1º possui representação matemática por um
polinômio de grau 1. Exemplo:
f(x) = a x + b, com a, b E R (a ≠0). a e b são coeficientees e x a variavel
independente.
Exercicíos
1. Dada a função f (y) = 2x – 1 construa o gráfico da função.
X Y Par ordenado
-2 ( , )
-1 ( , )
0 ( , )
1 ( , )
2 ( , )
3 ( , )
2.2 Função Polinomial do 2º grau
Uma função na forma , com (
, e ) é denominadafunção quadrática, ou função
2
polinomial do 2° grau.Lembre-se que o polinômio ax + bx + c é um polinômio
do segundo grau na variável x.
2.3 Representação Gráfica de uma Função Quadrática
Devido ao fato de o gráfico de uma função polinomial do 2° grau ser
uma parábola e não uma reta, como no caso de uma função afim, para
montarmos o seu gráfico não nos basta conhecer apenas dois pares
ordenadospertencentes à curva da função, no caso da função
quadrática precisamos de mais alguns pontos para termos uma boa ideia de
como ficará a curva no gráfico.
Vamos analisar o gráfico ao lado e a tabela abaixo que contém alguns
pontos deste gráfico:
x y = -x2 + 10x - 14
2 y = -22 + 10 . 2 - 14 = 2
3 y = -32 + 10 . 3 - 14 = 7
4 y = -42 + 10 . 4 - 14 = 10
5 y = -52 + 10 . 5 - 14 = 11
6 y = -62 + 10 . 6 - 14 = 10
7 y = -72 + 10 . 7 - 14 = 7
8 y = -82 + 10 . 8 - 14 = 2
Na tabela temos cada um dos sete pontos destacados no gráfico.Para
traçá-lo primeiro identificamos no plano cartesiano cada um dos pontos sete
pontos da tabela e depois fazemos as interligações, traçando linhas curvas de
um ponto a outro seguindo a curvatura própria de uma parábola.Normalmente
é mais fácil traçarmos a parábola se a começarmos pelo seu vértice, que neste
caso é o ponto(5, 11), visualmente o ponto máximo do gráfico desta parábola.
2.4 Ponto de Intersecção da Parábola com o Eixo das Ordenadas
De uma forma geral a parábola sempre intercepta o eixo y no
ponto (0, c).Na função y = -x2 + 10x - 14, vista acima, o coeficiente c é igual a -
14, portanto a intersecção da parábola do gráfico da função com o eixo das
ordenadas ocorre no ponto (0, -14).
2.5 Raiz da Função Quadrática
Observe no gráfico anterior que a parábola da função intercepta o eixo
das abscissas em dois pontos. Estes pontos são denominados raiz da
função ou zero da função.
Uma função quadrática possui de zero a duas raízes reais distintas.
Sendo a função, para encontramos as suas raízes
basta igualarmos y a 0 e solucionarmos a equação do segundo grau obtida:
Estes são os valores de x que levam a y = 0, estes valores são portanto as
raízes desta função.
2.6 Vértice e Concavidade da Parábola
Podemos observar que no gráfico da função y = -x2 + 10x - 14 o
seu vértice é o ponto máximo e que a suaconcavidade é para baixo.
Agora vamos observar o gráfico da função y = x2 + 3x + 1:
Como podemos perceber, esta outra parábola é côncava para cima e o
seu vértice é o seu ponto mínimo.Observando apenas a lei de formação das
duas funções, qual o seu palpite para esta divergência entre os dois gráficos?
Vamos identificar os coeficientes destas funções.
Para a função y = -x2 + 10x - 14 temos: Já para a função y = x2 + 3x + 1 temos:
Observe que na primeira função o coeficiente a é negativo, ao passo que
na segunda função este mesmo coeficiente é positivo.
O gráfico da função é côncavo para baixo quando a < 0:
Por outro lado quando a > 0 o gráfico da função tem a sua concavidade voltada
para cima.
Anotações
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CAPÍTULO 04 INEQUAÇÕES
As inequações são expressões matemáticas que utilizam, na sua
formatação, os seguintes sinais de desigualdades:
>: maior que
<: menor que
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual
≠: diferente
As inequações do 2º grau são resolvidas utilizando o teorema de
Bháskara. O resultado deve ser comparado ao sinal da inequação, com o
objetivo de formular o conjunto solução.
Exemplo 1Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
S = {x ? R / –7/3 < x < –1}
Exemplo 2Determine a solução da inequação –2x² – x + 1 ≤ 0.
S = {x ? R / x ≤ –1 ou x ≥ 1/2}
Exemplo 3Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.
S = {x ? R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}
Exemplo 4Calcule a solução da inequação x² – 6x + 9 > 0.
S = {x ? R / x < 3 e x > 3}
Anotações
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CAPÍTULO 05 LOGARITMOS
Ao estudar aexponenciação ou potenciaçãoaprendemos que, por exemplo,
o produto de3 por 3, é igual a9, pode ser representado na forma de
umapotênciapela seguinte sentença matemática:
Utilizando a notação doslogaritmostambém podemos representá-la
assim:
Pela nomenclatura dos logaritmos nesta sentença temos:
2é ologaritmode9na base3;
3é abasedo logaritmo;
9é ologaritmando.
Genericamente de forma simbólica temos a seguinte definição de
logaritmo:
Para os números reais positivos a e b, com b ≠ 1, denomina-
x
se logaritmo de a na basebo expoente realx, tal queb = a
Vejamos a sentença abaixo:
O expoente desta potência, no caso3, é ologaritmode1000que podemos
representar assim:
Como você já sabe, na representação de alguns símbolos matemáticos,
alguma parte muito utilizada em geral é omitida. Como exemplo temos que
pode, de forma simplificada, ser expresso como , com a omissão do
expoente 1.
Um outro exemplo pode ser uma raiz quadrada qualquer, que em vez de
a expressarmos como , utilizamos apenas .Ao trabalharmos com
logaritmos na base 10 normalmente a omitimos, então em vez de ,
utilizamos , que como você pode notar, teve a base 10 omitida. Estas
simplificações têm por objetivo simplificar tanto a escrita, quanto a leitura de
tais símbolos, facilitando assim a compreensão de tais expressões.Assim
sendo a expressão em geral é escrita como
Exercícios
1. Calcule
a) Log5 625 + Log 100 – Log3 27 b) Log2 32 + Log 10 – Log3 81
c) Log2 32 = x d) Log4 16 = x
e) Log8 x = 1
Anotações
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CAPÍTULO 06 MATRIZES
6.1 Introdução
O crescente uso dos computadores tem feito com que a teoria das
matrizes seja cada vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia,
Matemática, Física, entre outras. Vejamos um exemplo.
A tabela a seguir representa as notas de três alunos em uma etapa:
Estatística Cáluculo Português Espanhol
A 8 7 8 8
B 6 6 7 6
C 4 8 5 9
Se quisermos saber a nota do alunoBem Português, basta procurar o
número que fica na segunda linha e na terceira coluna da tabela.
Vamos agora considerar uma tabela de números dispostos em linhas e
colunas, como no exemplo acima, mas colocados entre parênteses ou
colchetes:
Em tabelas assim dispostas, os números são os elementos. As linhas
são enumeradasde cima para baixoe as colunas,da esquerda para direita:
Tabelas commlinhas encolunas (mennúmeros naturais diferentes de 0)
são denominadas matrizes m x n. Na tabela anterior temos, portanto, uma
matriz 3 x 3.
Veja mais alguns exemplos:
é uma matriz do tipo 2 x 3
é uma matriz do tipo 2 x 2
Notação geral
Costuma-se representar as matrizes porletras maiúsculase seus
elementos por letras minúsculas, acompanhadas por dois índices que indicam,
respectivamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa.
Assim, uma matriz A do tipo m x n é representada por:
ou, abreviadamente, A = [aij]m x n, em que i e j representam, respectivamente, a
linha e a coluna que o elemento ocupa. Por exemplo, na matriz anterior, a23 é o
elemento da 2ª linha e da 3ª coluna.
Na matriz , temos:
Ou na matriz B = [ -1 0 2 5 ], temos: a11 = -1, a12 = 0, a13 = 2 e a14 = 5.
6.2 Denominações especiais
Algumas matrizes, por suas características, recebem denominações
especiais.
Matriz linha: matriz do tipo 1 x n, ou seja, com uma única linha. Por
exemplo, a matriz A =[4 7 -3 1], do tipo 1 x 4.
Matriz coluna: matriz do tipo m x 1, ou seja, com uma única coluna. Por
exemplo, , do tipo 3 x 1
Matriz quadrada: matriz do tipo n x n, ou seja, com o mesmo número de
linhas e colunas; dizemos que a matriz é de ordem n. Por exemplo, a
matriz é do tipo 2 x 2, isto é, quadrada de ordem 2.
Numa matriz quadrada definimos a diagonal principal e a diagonal
secundária. A principal é formada pelos elementos aij tais que i = j. Na
secundária, temos i + j = n + 1.
Veja:
Observe a matriz a seguir:
a11 = -1 é elemento da diagonal principal, pis i = j = 1
a31= 5 é elemento da diagonal secundária, pois i + j = n + 1 ( 3 + 1 = 3 + 1)
Matriz nula: matriz em que todos os elementos são nulos; é
representada por 0m x n.
Por exemplo, .
Matriz diagonal: matriz quadrada em que todos os elementos que não
estão na diagonal principal são nulos. Por exemplo:
Matriz identidade: matriz quadrada em que todos os elementos da
diagonal principal são iguais a 1 e os demais são nulos; é representada
por In, sendo n a ordem da matriz. Por exemplo:
Assim, para uma matriz identidade .
Matriz transposta: matriz At obtida a partir da matriz A trocando-se
ordenadamente as linhas por colunas ou as colunas por linhas. Por
exemplo:
Desse modo, se a matriz A é do tipo m x n, At é do tipo n x m.
Note que a 1ª linha de A corresponde à 1ª coluna de At e a 2ª linha de A
corresponde à 2ª coluna de At.
Matriz simétrica: matriz quadrada de ordem n tal que A = At . Por
exemplo,
é simétrica, pois a12 = a21 = 5, a13 = a31 = 6, a23 = a32 = 4,
ou seja, temos sempre a ij = a ij.
Matriz oposta: matriz -A obtida a partir de A trocando-se o sinal de
todos os elementos de A. Por
exemplo, .
6.3 Igualdade de matrizes
Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m x n, são iguais se, e somente se,
todos os elementos que ocupam a mesma posição são iguais:
6.4 Operações envolvendo matrizes
6.4.1 Adição
Dadas as matrizes , chamamos de soma dessas
matrizes a matriz , tal que Cij = aij + bij , para
todo :
A+B=C
Exemplos:
Observação: A + B existe se, e somente se, A e B forem do mesmo tipo.
Propriedades
Sendo A, B e C matrizes do mesmo tipo ( m x n), temos as seguintes
propriedades para a adição:
a) comutativa: A + B = B + A
b) associativa: ( A + B) + C = A + ( B + C)
c) elemento neutro: A + 0 = 0 + A = A, sendo 0 a matriz nula m x n
d) elemento oposto: A + ( - A) = (-A) + A = 0
6.4.2 Subtração
Dadas as matrizes , chamamos de diferença entre
essas matrizes a soma de A com a matriz oposta de B:
A-B=A+(-B)
Observe:
6.4.3 Multiplicação de um número real por uma matriz
Dados um número real x e uma matriz A do tipo m x n, o produto
de x por A é uma matriz B do tipo m x n obtida pela multiplicação de cada
elemento de A por x, ou seja, bij = xaij:
B = x.A
Observe o seguinte exemplo:
Propriedades
Sendo A e B matrizes do mesmo tipo ( m x n) e x e y números reais
quaisquer, valem as seguintes propriedades:
a) associativa: x . (yA) = (xy) . A
b) distributiva de um número real em relação à adição de matrizes: x . (A + B) =
xA + xB
c) distributiva de uma matriz em relação à adição de dois números reais: (x + y)
. A = xA + yA
d) elemento neutro: xA = A, para x=1, ou seja, A=A
6.4.4 Multiplicação de matrizes
O produto de uma matriz por outra não é determinado por meio do
produto dos sus respectivos elementos.
Assim, o produto das matrizes A = ( aij) m x p e B = ( bij) p x n é a matriz C
= (cij) m x n em que cada elemento cij é obtido por meio da soma dos produtos
dos elementos correspondentes da i-ésima linha de A pelos elementos da j-
ésima coluna B.
Vamos multiplicar a matriz para entender como se
obtém cada Cij:
1ª linha e 1ª coluna
1ª linha e 2ª coluna
2ª linha e 1ª coluna
2ª linha e 2ª coluna
Assim, .
Observe que:
Portanto, .A, ou seja, para a multiplicação de matrizes não vale a
propriedade comutativa.
Vejamos outro exemplo com as matrizes :
Da definição, temos que a matriz produto A . B só existe se o número de
colunas de A for igual ao número de linhas de B:
A matriz produto terá o número de linhas de A (m) e o número de colunas
de B(n):
Se A3 x 2 e B 2 x 5 , então ( A . B ) 3 x 5
Se A 4 x 1 e B 2 x 3, então não existe o produto
Se A4 x 2 e B2 x 1, então ( A . B ) 4 x 1
Propriedades
Verificadas as condições de existência para a multiplicação de matrizes,
valem as seguintes propriedades:
a) associativa: ( A . B) . C = A . ( B . C )
b) distributiva em relação à adição: A . ( B + C ) = A . B + A . C ou ( A + B ) . C
= A . C + B.C
c) elemento neutro: A . In = In . A = A, sendo In a matriz identidade de ordem n
Vimos que a propriedade comutativa, geralmente, não vale para a
multiplicação de matrizes. Não vale também o anulamento do produto, ou seja:
sendo 0 m x n uma matriz nula, A .B =0 m x n não implica, necessariamente, que A
= 0 m x n ou B = 0 m x n.
6.5 Matriz inversa
Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A', de
mesma ordem, tal que A . A' = A' . A = In , então A' é matriz inversa de A .
representamos a matriz inversa por A-1 .
Anotações
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CAPÍTULO 07 DETERMINANTES
Como visto anteriormente, matriz quadrada é a que tem o mesmo
número de linhas e de colunas (ou seja, é do tipo nxn).A toda matriz quadrada
está associado um número ao qual damos o nome de determinante.
Dentre as várias aplicações dos determinantes na Matemática, temos:
resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares;
cálculo da área de um triângulo situado no plano cartesiano, quando são
conhecidas as coordenadas dos seus vértices;
7.1 Determinante de 1ª ordem
Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M=[a11], o seu determinante é o
número real a11:
det M =Ia11I = a11
Observação: Representamos o determinante de uma matriz entre duas
barras verticais, que não têm o significado de módulo.
Por exemplo:
M = [-3] det M = -3 ou I -3 I =
M= [5] det M = 5 ou I 5 I = 5
-3
7.2 Determinante de 2ª ordem
Dada a matriz , de ordem 2, por definição o determinante
associado a M, determinante de 2ª ordem, é dado por:
Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela
diferença entre o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos
elementos da diagonal secundária. Veja o exemplo a seguir.
7.3 Menor complementar
Chamamos de menor complementar relativo a um elemento aij de uma
matriz M, quadrada e de ordem n>1, o determinante MCij , de ordem n - 1,
associado à matriz obtida de M quando suprimimos a linha e a coluna que
passam por aij .
Vejamos como determiná-lo pelos exemplos a seguir:
a) Dada a matriz , de ordem 2, para determinar o menor
complementar relativo ao elemento a11(MC11), retiramos a linha 1 e a coluna 1:
Da mesma forma, o menor complementar relativo ao elemento a 12 é:
b) Sendo , de ordem 3, temos:
7.4 Cofator
Chamamos de cofator ou complemento algébrico relativo a um
elemento aij de uma matriz quadrada de ordem n o número Aij tal que Aij = (-
1)i+j . MCij .
Veja:
a) Dada , os cofatores relativos aos elementos a11 e a12 da
matriz M são:
b) Sendo , vamos calcular os cofatores A22, A23 e A31:
7.5 Teorema de Laplace
O determinante de uma matriz quadrada M = [a ij]mxn pode ser
obtido pela soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer ( linha ou
coluna) da matriz M pelos respectivos cofatores.
Assim, fixando , temos:
em que é o somatório de todos os termos de índice i, variando de 1
até m, .
7.5.1 Regra de Sarrus
O cálculo do determinante de 3ª ordem pode ser feito por meio de um
dispositivo prático, denominadoregra de Sarrus.
Acompanhe como aplicamos essa regra para .
1º passo: Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira:
2º passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal
principal com os dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das
paralelas a essa diagonal (a soma deve ser precedida do sinal positivo):
3º passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal
secundária com os dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das
paralelas a essa diagonal ( a soma deve ser precedida do sinal negativo):
Assim:
Observação: Se desenvolvermos esse determinante de 3ª ordem
aplicando o Teorema de Laplace, encontraremos o mesmo número real.
Determinante de ordem n > 3
Vimos que a regra de Sarrus é válida para o cálculo do determinante de
uma matriz de ordem 3. Quando a matriz é de ordem superior a 3, devemos
empregar o Teorema de Laplace para chegar a determinantes de ordem 3 e
depois aplicar a regra de Sarrus.
Propriedades dos determinantes
Os demais associados a matrizes quadradas de ordem n apresentam as
seguintes propriedades:
P1 ) Quando todos os elementos de uma fila ( linha ou coluna) são nulos, o
determinante dessa matriz é nulo.
Exemplo:
P2) Se duas filas de uma matriz são iguais, então seu determinante é nulo.
Exemplo:
P3) Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, então seu
determinante é nulo.
Exemplo:
P4) Se os elementos de uma fila de uma matriz são combinações lineares dos
elementos correspondentes de filas paralelas, então seu determinante é nulo.
Exemplos:
P5 ) Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz não se altera quando
somamos aos elementos de uma fila uma combinação linear dos elementos
correspondentes de filas paralelas.
Exemplo:
Substituindo a 1ª coluna pela soma dessa mesma coluna com o dobro da 2ª,
temos:
P6) O determinante de uma matriz e o de sua transposta são iguais.
Exemplo:
P7) Multiplicando por um número real todos os elementos de uma fila em uma
matriz, o determinante dessa matriz fica multiplicado por esse número.
Exemplos:
P8) Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o determinante de
uma matriz muda de sinal.
Exemplo:
P9) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal
principal são todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos
dessa diagonal.
Exemplos:
P10) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal
secundária são todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos
dessa diagonal multiplicado por .
Exemplos:
P11) Para A e B matrizes quadradas de mesma
ordem n, .
Como:
Exemplo:
P12)
Exemplo:
Anotações:
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8. REFERÊNCIAS
BOULOS, P. Pré-cálculo. Ed. Pearson Education the Brazil, São Paulo – SP,
2001.
CÁLCULOS.
Disponível: http://www.matematicadidatica.com.br
CÁLCULO BÁSICO
Disponível: http://www.brasilescola.com/matematica/logaritmo.htm