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Historia Da Escrita

O trabalho aborda a história da escrita, desde suas origens nas pinturas rupestres até sua evolução contemporânea, destacando a importância da escrita na comunicação e no desenvolvimento cultural. O documento explora diferentes tipos de escrita, como a cuneiforme, hieróglifos e o alfabeto fenício, além de discutir a transição da escrita em papel para o formato digital e a emergência do hipertexto. A pesquisa enfatiza a relevância da escrita na sociedade e os desafios educacionais relacionados à alfabetização ao longo da história.

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Historia Da Escrita

O trabalho aborda a história da escrita, desde suas origens nas pinturas rupestres até sua evolução contemporânea, destacando a importância da escrita na comunicação e no desenvolvimento cultural. O documento explora diferentes tipos de escrita, como a cuneiforme, hieróglifos e o alfabeto fenício, além de discutir a transição da escrita em papel para o formato digital e a emergência do hipertexto. A pesquisa enfatiza a relevância da escrita na sociedade e os desafios educacionais relacionados à alfabetização ao longo da história.

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1

Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências Sócias e Humanidades

Departamento de Letras e Ciências Sócias

Curso de Ciências de comunicação

História da escrita e surgimento da escrita e sua evolução ate o dia de hoje

Delfina Júlia Leonel de Azevedo

Beira, Marco de 2023


2

Delfina Júlia Leonel de Azevedo

História da escrita e surgimento da escrita e sua evolução ate o dia de hoje

O presente trabalho da História da escrita é


requisito necessário para a conclusão da
disciplina de Estudos Linguísticos do curso
de Ciências de Comunicação, com o tema
História da escrita e surgimento da escrita e
sua evolução ate o dia de hoje, sob
orientação do docente: Harriet Harry

Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências Sócias e Humanidades

Departamento de Letras e Ciências Sócias

Curso de Ciências de comunicação

Beira, Marco de 2023


3

Índice
Introdução....................................................................................................................................4

1. História do surgimento da escrita.........................................................................................5

1.1. A Escrita............................................................................................................................5

1.1.2. Tipos de escrita..................................................................................................................5

1.1.3. Os egípcios inventaram os hieróglifos...............................................................................5

1.1.4. Os Maias............................................................................................................................6

1.1.5. Os Fenícios.........................................................................................................................6

1.2. A evolução da escrita até o dia de hoje.............................................................................6

1.2.1. Fases da evolução da escrita.............................................................................................6

1.2.2. A revolução da escrita do papel ao digital........................................................................7

1.2.3. Texto e hipertexto.............................................................................................................8

1.2.4. Classificação de hipertexto................................................................................................9

Conclusão...................................................................................................................................10

Referências bibliográficas..........................................................................................................11
4

Introdução
O presente trabalho tem como tema: História da escrita e surgimento da escrita e sua evolução
ate o dia de hoje, onde salienta-se que muitos são os estudos sobre a evolução da linguagem
escrita como forma de expressão do homem desde da antiguidade até os dias actuais. A escrita e
a leitura fazem parte de nosso quotidiano, de tal forma que hoje parece bastante difícil imaginar
nossas vidas sem a linguagem verbal, a não verbal e suas variações. É indiscutível a importância
da escrita para a evolução das sociedades ao longo do tempo e para a construção da actualidade,
sem deixarmos de invocar a história dos registos escritos. Desde as pinturas rupestres, o homem
da pré-história sentia necessidade de preservar registos de suas actividades e deixar uma marca
para a posteridade. Podemos considerar ainda que essas foram também actividades artísticas
humanas. A escrita surgiu quando o homem passou de nômade para sedentário e assim iniciou o
cultivo do seu alimento e a criação de seus animais, afinal era preciso um recurso para registar as
contagens do que possuía e o quanto de alimento havia estocado.
O presente trabalho tem como objectivos os seguintes:

Objectivos

Geral

Conhecer a História da escrita e surgimento da escrita e sua evolução ate o dia de hoje

Específicos

Descrever a história da escrita


Identificar o surgimento da escrita
Explicar a evolução da escrita ate o dia de hoje

A metodologia empregue na elaboração deste trabalho, foram consultas bibliográficas na qual, as


mesmas encontram-se devidamente citadas e fixadas na bibliografia do mesmo. No que diz
respeito a estruturação, obedece o critério de elaboração de um trabalho científico, constando
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuias, respectivamente.
5

1. História do surgimento da escrita


Uma das primeiras maneiras de trocar mensagens e registar experiências foi a pintura
rupestre. Estudiosos já encontraram, em paredes de cavernas pelo mundo, gravações que datam
de 40 mil anos atrás. A arte rupestre, obviamente, não se trata de um tipo de escrita, uma vez que
não havia uma padronização e uma organização, contudo, foi o início da comunicação entre os
seres humanos.
Ao longo de sua trajectória no planeta, a humanidade encontrou formas diferentes de
comunicação. As sociedades se expressaram por meio da oralidade, de símbolos e de desenhos,
até que a escrita surgiu.
1.1. A Escrita
A escrita representa o resultado de um processo de desenvolvimento da comunicação e,
entre os povos antigos, tinha uma importante função na vida religiosa e económica, pois os
rituais e a colecta de impostos, por exemplo, eram registados dessa forma.

Quem inventou a escrita foi à leitura: um dia numa caverna, o homem começou a
desenhar e encheu as paredes com figuras, representando animais, pessoas, objectos e
cenas do quotidiano... A humanidade descobria assim que quando uma forma gráfica
representa o mundo, é apenas um desenho, quando representa uma palavra, passa a ser
uma forma de escrita. (Cagliari, 1988, p. 13)

As primeiras formas de escrita conhecidas foram desenvolvidas há cerca de 5.500 anos.


Alguns historiadores do passado consideravam seu desenvolvimento uma transformação muito
relevante e, por isso, definiram o surgimento da escrita como o marco que separaria dois
períodos distintos: a Pré-História e a História. Eles acreditavam que os registos escritos eram os
recursos essenciais para conhecer a vida dos povos do passado. Hoje sabemos que eles são muito
importantes, mas não o único.

1.1.2. Tipos de escrita


Muitos povos antigos desenvolveram maneiras distintas de escrever. Os sumérios, na
Mesopotâmia, foram os inventores da escrita cuneiforme, feita sobre argila com um objecto
pontiagudo, chamado cunha (de onde vem a palavra cuneiforme: em forma de cunha)
6

1.1.3. Os egípcios inventaram os hieróglifos


(hiero = sagrado e glifo = símbolo), uma escrita sagrada realizada por escribas e
sacerdotes e muito utilizada em templos e túmulos.

1.1.4. Os Maias
Os maias, povo que viveu na América entre os séculos lll e X, também criaram uma
escrita por glifos, símbolos que representavam palavras, por isso sua escrita se chama
pictoglífica (picto = figura e glifo = símbolo).

1.1.5. Os Fenícios
Diferentemente dos sumérios, egípcios e maias, os fenícios utilizavam um alfabeto
composto de 22 letras, sem vogais, que podiam se unir para formar palavras. O alfabeto fenício
serviu de base para o alfabeto grego, que, por sua vez, deu origem ao alfabeto que utilizamos na
Língua Portuguesa.
1.2. A evolução da escrita até o dia de hoje
Todas as formas de inscrição gráfica se originaram da necessidade humana de se
comunicar e registar suas impressões acerca de sua história, cultura, acontecimentos, entre outras
finalidades sociais.
Barbosa (2013, p. 34) aponta que: O homem, através dos tempos, vem buscando
comunicar-se com gestos, expressões e a fala. A escrita tem origem no momento em que
o homem aprende a comunicar seus pensamentos e sentimentos por meio de signos.
Signos que sejam compreensíveis por outros homens que possuem ideiam sobre como
funciona esse sistema de comunicação. O autor afirma que a “escrita é considerada um
marco de passagem da pré-história para a história.
Os primeiros registos escritos aconteceram em regiões onde aglomeraram-se as primeiras
civilizações, e pela necessidade de um controle, houve o desenvolvimento de um sistema, cujos
dirigentes deixaram sob os cuidados dos escribas. A introdução da escrita, foi um grande
domínio técnico, e enquanto sistema capaz de exprimir graficamente a linguagem, acelerou todo
o processo de construção cultural dos povos que a desenvolveram. Em 45000 a.C., surgem os
primeiros registos de inscrições em cavernas, as pinturas rupestres, feitas para registar momentos
importantes como celebrações, caças e outros fatos.
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De acordo com Sampson (1996, p. 98), a invenção da escrita aparece tardiamente com
relação ao aparecimento da linguagem; ela apareceu depois da chamada "revolução neolítica", e
sua história pode ser dividida em três fases: pictórica, ideográfica e alfabética.
1.2.1. Fases da evolução da escrita
 Fase pictórica: trata-se de desenhos ou pictogramas, associados à imagem daquilo que se
quer representar. Consistem em representações bem simplificadas dos objectos da
realidade.
 Fase ideográfica: representada pelos ideogramas, que são símbolos gráficos que
representam directamente uma ideia. As escritas ideográficas mais importantes são a
egípcia (também chamada de hieroglífica), a mesopotâmica (suméria), as escritas da
região do mar Egeu (a cretense, por exemplo) e a chinesa (de onde provém a escrita
japonesa).
 Fase alfabética: tem-se nessa fase o uso de letras, as quais, embora tenham se originado
nos ideogramas, perderam o valor ideográfico e assumiram uma nova função de escrita.

Até a Idade Média, quando foi criada a imprensa, no século XV, muitas pessoas ainda
não aprendiam a ler e escrever, principalmente das classes mais pobres. Os trabalhos de Fisher
(2006 e 2009), Briggs e Burke (2006) e Burke (2010) possibilitam entender o complexo cenário
da história de leitura e da escrita e suas relações com as sociedades e as tecnologias.
Logicamente não se tratou de um percurso rápido, linear e uniforme. Briggs e Burke apontam
que revolução da impressão chegou a encontrar resistência em alguns países. A ideia de que
todas as crianças devem aprender a ler e escrever só foi difundida no século XIX. Sem dúvida,
podemos concluir que nos primórdios da história humana, a escrita pertencia a pequenos grupos
da sociedade e não era uma prática comum. Por isso, os desafios educacionais contemporâneos
relacionados à alfabetização e ao letramento não são novidades.
Uma grande revolução na história da escrita, antes da invenção da imprensa, foi o códice
ou códex13, que foi uma nova organização do texto, agora encadernado e organizado em páginas
e secções. O texto nas páginas do códice tem limites claramente definidos, tanto a escrita quanto
a leitura podem ser controladas por autor e leitor, permitindo releituras, retomadas, avanços, fácil
localização de trechos ou partes.
8

1.2.2. A revolução da escrita do papel ao digital


O uso da escrita desenvolveu a comunicação entre os homens permitindo-lhes derrubar
barreiras que serviam de distanciamento entre grupos e sociedades, facilitou o intercâmbio de
informação, preservar a memória, além de favorecer o desenvolvimento intelectual do ser
humano. Seria interessante observar que filósofos como Sócrates diriam a respeito da escrita
moderna e como toda a sua revolução tecnológica se processou. Consideremos então, as
inúmeras revoluções vividas pelo homem, compartilhando as ideias de Sócrates, que realizou sua
prática a partir de exposição oral. Assim, cabe a reflexão:
Sócrates, o homem mais sábio de todos os tempos, estava enganado. Com a
genial invenção das vogais no alfabeto grego, a escrita estava se disseminando
pela Grécia antiga – e Sócrates temia um desastre. Apreciador da lin- guagem
oral, achava que só o diálogo, a retórica, o discurso, só a palavra falada
estimulava o questionamento e a memória, os únicos caminhos que conduziam
ao conhecimento profundo, à sabedoria. Temia que os jovens atenienses, com o
recurso fácil da escrita e da leitura, deixassem de exercitar a memória e, como a

palavra escrita não fala, perdessem o hábito de questionar. (Petry, 2012).

Dos livros manuscritos pelos monges medievais à página enviada por fax, o suporte era
basicamente o papel. Lentamente, escrita e leitura passaram a se dar através de telas de vidro –
mais propriamente de cristal líquido, de diodos emissores de luz. Começaram a sair livros para
leitura em palmtop, ainda nos anos 90, quando já era possível lê-los no computador e em laptop.
Depois, vieram os smartphones. Por fim, os tablets e os leitores eletrônicos. (Cf. Petry, 2012)
Hoje, já é possível adquirir gratuitamente livros electrónicos que podem ser baixados
directamente para diferentes dispositivos electrónicos, inclusive nosso celular, sem custo.
Popularizando ainda mais o acesso aos escritos em sua nossa roupagem: a virtual.
1.2.3. Texto e hipertexto
Segundo (Koch, 1997, p. 21). Desde as origens da linguística do texto até nossos dias, o texto foi
visto de diferentes formas”. Num primeiro momento foi visto como:
 Unidade linguística (do sistema) superior à frase;
 Sucessão ou combinação de frases;
 Cadeia de pronominalizações ininterruptas;
 Cadeia de isotopias;
 Complexo de proposições semânticas”.
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Já sob orientações de natureza pragmática, o texto passou a ser visto:


 Pelas teorias accionais, como uma sequência de actos de fala;
 Pelas vertentes cognitivistas, como fenómeno primariamente psíquico, resultado,
portanto, de processos mentais; e
 Pelas orientações que adoptam por pressuposto a teoria da actividade verbal, como parte
de actividades mais globais de comunicação, que vão muito além do texto em si, já que
este constitui apenas uma fase deste processo global.
Nas palavras de Lévy (1993, p. 33), um hipertexto é um conjunto de nós ligados por
conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos,
sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos. Os itens de
informação não são ligados linearmente, como em uma corda com nós, mas cada um deles, ou a
maioria, estende suas conexões em estrela, de modo reticular. Navegar em um hipertexto
significa, portanto, desenhar um percurso em uma rede que pode ser tão complicada quanto
possível, porque cada nó pode, por sua vez, conter uma rede inteira.
Com o texto digital, escrita e leitura se estruturam hipertextualmente, através dos nós e
links, em um novo suporte: a tela do computador. A partir de agora o leitor pode escolher o
melhor caminho da leitura e o conteúdo a ser lido, explorando o espaço virtual de acordo com
seus interesses e necessidades, e construindo seu conhecimento com base nas escolhas que vai
realizando. Agora, a partir do hipertexto, toda leitura é uma escrita potencial (Levy, 1993, p.
264).

1.2.4. Classificação de hipertexto


Primo (2002), levando em conta o carácter interactivo do hipertexto, classifica-o em três
formatos:
Hipertexto potencial: Primo considera este tipo de hipertexto aquele em que os caminhos
associativos estão pré-determinados pelo programador da página, sendo que ao usuário não é
permitido realizar qualquer tipo de inclusão de novas associações, lhe restando apenas seguir as
trilhas dispostas pelo programador.
Hipertexto colagem: O hipertexto colagem definido pelo autor permite uma actuação mais activa
do internauta do que no hipertexto potencial, pois este só poderia executar modificações que já
estariam previstas pelo autor da página. No hipertexto colagem é permitido ao internauta criar,
no entanto não existe debate entre usuário e programador quanto a esta criação.
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Hipertexto cooperativo: Este tipo de hipertexto assim classificado por Primo remete à questão da
construção colectiva, pois o hipertexto é construído através do debate entre autor e usuário da
página. Assim, a discussão contínua é responsável por modificar a trilha de associações à medida
em qu
11

Conclusão

Todo o desenrolar da história da escrita foi um passo importante para a humanidade, não
somente por ser um recurso que comprova os registos históricos, mas também por representar
outra forma de ler e interpretar o mundo. Ao longo da história, a escrita deixou de ser uma
representação de uma ideia ou a transcrição da oralidade, revelando multifacetada, influenciada
também pelos progressos tecnológicos, como a invenção da imprensa, que possibilitou a
reprodução de textos em larga escala. Assim, não mais temos as informações limitadas a
pequenos grupos e elites. A leitura está directamente ligada ao formato da escrita e novas formas
de escrita surgem a cada evolução tecnológica. A escrita renasce e surge impressa e bem mais
tarde virtualizada. Consideramos as novas tecnologias como ferramenta para as novas práticas
incentivadoras da produção textual e efectivação das práticas da escrita. A escrita é uma
invenção decisiva para a história do ser humano, inegavelmente.
12

Referências bibliográficas
Barbosa, J. J. (2013). Alfabetização e leitura. 3. ed. São Paulo: Cortez,

Briggs, A.; Burke, P. (2006). Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet. 2. ed. Rio
de Janeiro: Jahar,.

Burke, P. (2010). Linguagens e comunidades nos primórdios da Europa Moderna. São Paulo:
UNESP,.

Chartier, R. (1999). A aventura do livro: do leitor ao navegador. UNESP.

Fischer, Steven R. (2009). História da leitura. São Paulo: UNESP, 2006. ______. História da
escrita. São Paulo: UNESP,.

Gagliari, Luiz Carlos. (2004). Alfabetização e linguística. 10. ed. São Paulo: Scipione,.

Koch, Ingedore. (1997). A construção textual do sentido. In: ___. O texto e a construção dos
sentidos. São Paulo: Contexto,.

Lévy, Pierre. (1993). As tecnologias da inteligência. São Paulo: Editora 34,.

Primo, A. F. T. (2002). Quão interativo é o hipertexto? Da interface potencial à escrita coletiva.


In: Compôs

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