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CAP III Condicoes de Contorno

O documento aborda a equação de continuidade para a espécie A, apresentando suas formas em termos mássicos e molares, além de simplificações em diferentes regimes (transiente e permanente). Também discute condições de contorno necessárias para resolver a equação, incluindo condições iniciais e de fluxo entre fases. Por fim, menciona relações de equilíbrio em fenômenos de adsorção e dessorção, bem como a permeação de gases por membranas.

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CAP III Condicoes de Contorno

O documento aborda a equação de continuidade para a espécie A, apresentando suas formas em termos mássicos e molares, além de simplificações em diferentes regimes (transiente e permanente). Também discute condições de contorno necessárias para resolver a equação, incluindo condições iniciais e de fluxo entre fases. Por fim, menciona relações de equilíbrio em fenômenos de adsorção e dessorção, bem como a permeação de gases por membranas.

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15/04/2025

Para a espécie A em termos mássicos


𝝏𝝆𝑨
+ 𝜵 [𝝆𝑨 𝒗] = 𝜵 𝑫𝑨𝑩 𝜵 𝝆𝑨 + 𝒓′′′
𝑨
𝝏𝝆𝑨
+ 𝒗. 𝜵. 𝝆𝑨 + 𝝆𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝜵 𝑫𝑨𝑩 𝜵 𝝆𝑨 + 𝒓′′′
𝝏𝒕 𝝏𝒕 𝑨

Acúmulo Contribuição Contribuição Fonte


convectiva difusiva
𝝏𝝆𝑨 O produto escalar presente no termo difusivo
+ 𝜵 [𝝆𝑨 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝝆𝑨 + 𝒓′′′
𝑨 é definido como o Laplaciano: 𝜵. 𝜵= 𝜵𝟐
𝝏𝒕
Para a espécie A em termos molares
𝝏𝑪𝑨
+ 𝜵 [𝑪𝑨 𝒗] = 𝜵 𝑫𝑨𝑩 𝜵 𝑪𝑨 + 𝑹′′′
𝑨 𝝏𝑪𝑨
𝝏𝒕 + 𝒗. 𝜵 𝑪𝑨 + 𝑪𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝜵 𝑫𝑨𝑩 𝜵 𝑪𝑨 + 𝑹′′′
𝑨
𝝏𝒕
Acúmulo Contribuição Contribuição Fonte
convectiva difusiva
𝝏𝑪𝑨 Ver tabela com equações da continuidade para
+ 𝜵 [𝑪𝑨 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝑪𝑨 + 𝑹′′′
𝑨 coordenadas cartesianas.
𝝏𝒕

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Simplificações da equação a continuidade Tabelas 3.3 e 3.4

I- Regime transiente, temperatura e pressão constante, 𝜵. 𝒗 = 𝟎 e DAB cte


0
𝝏𝑪𝑨
+ 𝒗. 𝜵 𝑪𝑨 + 𝑪𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝑪𝑨 + 𝑹′′′𝑨
𝝏𝒕 Na situação em que o meio no qual ocorre o
0
𝝏𝝆𝑨 fenômeno venha a ser inerte 𝑹′′′ ′′′
𝑨 = 𝟎 e 𝒓𝑨 = 0
+ 𝒗. 𝜵. 𝝆𝑨 + 𝝆𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝝆𝑨 + 𝒓′′′
𝑨
𝝏𝒕

II- Regime transiente com velocidade do meio nula temperatura e pressão constante:
𝜵. 𝒗 = 𝟎 e DAB cte , 𝒗=0
0 0
𝝏𝑪𝑨
+ 𝒗. 𝜵 𝑪𝑨 + 𝑪𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝑪𝑨 + 𝑹′′′𝑨 Na situação em que o meio no qual ocorre o
𝝏𝒕
0 0 fenômeno venha a ser inerte 𝑹′′′ ′′′
𝑨 = 𝟎 e 𝒓𝑨 = 0
𝝏𝝆𝑨
+ 𝒗. 𝜵. 𝝆𝑨 + 𝝆𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝝆𝑨 + 𝒓′′′
𝑨
𝝏𝒕

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Simplificações da equação a continuidade


III- Regime permanente, temperatura e pressão constantes sem acúmulo :
0 0
𝝏𝑪𝑨
+ 𝒗. 𝜵 𝑪𝑨 + 𝑪𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝑪𝑨 + 𝑹′′′
𝑨
𝝏𝒕
Na situação em que o meio no qual ocorre o
0 fenômeno venha a ser inerte 𝑹′′′ ′′′
0 𝑨 = 𝟎 e 𝒓𝑨 = 0
𝝏𝝆𝑨
+ 𝒗. 𝜵. 𝝆𝑨 + 𝝆𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝝆𝑨 + 𝒓′′′
𝑨
𝝏𝒕

IV- Regime permanente com velocidade do meio nula temperatura e pressão


constante:
0 0
0
𝝏𝑪𝑨
+ 𝒗. 𝜵 𝑪𝑨 + 𝑪𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝑪𝑨 + 𝑹′′′
𝑨 III. Sem reação química:
𝝏𝒕 Na situação em que o meio no qual ocorre o
0 0 0 fenômeno venha a ser inerte 𝑹′′′ ′′′
𝑨 = 𝟎 e 𝒓𝑨 = 0
𝝏𝝆𝑨
+ 𝒗. 𝜵. 𝝆𝑨 + 𝝆𝑨 [𝜵. 𝒗] = 𝑫𝑨𝑩 𝜵𝟐 𝝆𝑨 + 𝒓′′′
𝑨
𝝏𝒕

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CONDIÇÕES DE CONTORNO
O conhecimento das distribuições espaciais e temporal de concentração de uma
determinada espécie advém da solução de uma equação da continuidade apropriada.
Torna-se, portanto, necessária a apresentação de condições que viabilizem aquela
solução.

I. Condição inicial:
I. Condição inicial – implica o t=0, 𝑪𝑨 = 𝑪𝑨𝟎
conhecimento da propriedade
concentração ou fração (mássica ou t=0, 𝝆𝑨 = 𝝆𝑨𝟎
molar) do soluto no início do t=0, 𝒙𝑨 = 𝒙𝑨𝟎
processo de transferência de t=0, 𝒚𝑨 = 𝒚𝑨𝟎
massa. t=0, 𝒘𝑨 = 𝒘𝑨𝟎

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II. Condições de contorno: em posições específicas no volume de controle ou nas


fronteiras desse volume.
a) Concentração ou fração do soluto
especificada numa determinada fase
Depois de identificar a região onde ocorre a
transferência de massa, temos numa determinada
fronteira s as seguintes condições de contorno de
primeira espécie ou de Dirichlet:
𝑪𝑨 = 𝑪𝑨𝒔 Condições ideais
𝝆𝑨 = 𝝆𝑨𝒔 ➢ Na fase gasosa 𝒚𝑨 = 𝒚𝑨𝒔 ;
Lei de Dalton → 𝑷𝑨𝒔 = 𝒚𝑨𝒔 𝑷
𝒙𝑨 = 𝒙𝑨𝒔
➢ Na fase líquida 𝒙𝑨 = 𝒙𝑨𝒔 ;
𝒚𝑨 = 𝒚𝑨𝒔 𝒗𝒂𝒑
Lei de Raoult → 𝑷𝑨𝒔 = 𝒙𝑨𝒔 𝑷𝑨
𝒘𝑨 = 𝒘𝑨𝒔
𝒗𝒂𝒑 𝒗𝒂𝒑 𝑭
∗ 𝑷𝑨 →Equação de Antoine 𝒍𝒏𝑷𝑨 =𝑬−
(𝑻+𝑮)
𝑷𝒗𝒂𝒑 ≈ 𝒎𝒎𝑯𝒈 T: K

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Na hipótese do equilíbrio termodinâmico na fronteira s ou na interface entre as fases


líquida e gasosa temos a equação de Raoult- Dalton:
𝒗𝒂𝒑
𝒙𝑨𝒔 𝑷𝑨 = 𝒚𝑨𝒔 𝑷
𝒗𝒂𝒑
𝑷𝑨
Se a fase líquida for constituída apenas de A: 𝒚𝑨𝒔 = 𝑷
Se a solução é diluída (𝒙𝑨𝒔 → 𝟎), temos a lei de Henry: 𝑷𝑨𝒔 = 𝒙𝑨𝒔 𝑯
Na condição de equilíbrio termodinâmico líquido-vapor na fronteira ou na interface
“s” e admitindo fases ideais:

𝑯 𝑯
Igualando a eq. Dalton a de Henry 𝒚𝑨𝒔 = 𝒎𝒙𝑨𝒔 ; m= 𝑷 ou 𝑷𝑨𝒔 = 𝒎′𝑪𝑨𝒔 ; m’= 𝑪

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A relação de equilíbrio líquido-vapor são utilizados nos fenômenos de adsorção e


dessorção. Nestes fenômenos o soluto a está contido nas fases gasosa e líquida.
Se ele estiver distribuído e diluído nas fases sólido-líquido, a relação de equilíbrio é
escrita analogamente à lei de Henry.
sendo 𝑲𝒑 o coeficiente de
distribuição ( ou de partição)
𝑪𝑨,𝒔𝟏 = 𝑲𝒑 𝑪𝑨,𝒔𝟐 Indice 1 fase sólida e 2 fase
fluida

Essa relação é útil nas operações que envolvem as fases sólido/fluído quando se
deseja especificar uma relação de equilíbrio entre a concentração do soluto
presente no interior do sólido e aquela no seio da fase fluida ou seja:
𝑪∗𝑨,𝒔𝟏 = 𝑲𝒑 𝑪𝑨,𝒔∞
No caso da permeação de um gás por uma membrana polimérica:
S é a solubilidade do gás na membrana
𝑪𝑨,𝒔 = 𝑺𝑷𝑨,𝒔 PA s é a pressão parcial de A no meio gasoso adjacente à membrana.

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b) Condições de fluxo
Em condições onde o soluto flui de uma fase para outra, e que a interface não haja
resistência ao transporte do soluto, teremos uma condição de continuidade de
fluxo na fronteira s, conhecida como condição de Neuman.
FASE 1: o fluxo do soluto será devido à difusão;
𝑑𝐶 𝑑𝜌
𝑵𝑨,𝒛 ห𝒛=𝒔 = −𝑫𝒆𝒇𝟏 𝒅𝒛𝐴1 ; 𝒏𝑨,𝒛 ห𝒛=𝒔 = −𝑫𝒆𝒇𝟏 𝒅𝒛𝐴1

FASE 2: o fluxo do soluto será devido à convecção


mássica;
𝑵𝑨,𝒛 = 𝒌𝒎𝟐 (𝑪𝑨,𝟐𝒔 − 𝑪𝑨,𝒔∞ )
𝒏𝑨,𝒛 = 𝒌𝒎𝟐 (𝝆𝑨,𝟐𝒔 − 𝝆𝑨,𝒔∞ )
➢Admitindo que a interface não ofereça resistência à mobilidade do soluto;
➢A continuidade do fluxo de matéria na fronteira considerada temos a igualdade dos
fluxos : 𝑑𝐶
−𝑫𝒆𝒇𝟏 𝒅𝒛𝐴1 ቚ = 𝒌𝒎𝟐 (𝑪𝑨,𝟐𝒔 − 𝑪𝑨,𝒔∞ )
𝒛=𝒔

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A concentração de A na fase 2 e contida na interface está em equilíbrio termodinâmico


com a concentração de A na fase 1 e contida na interface “s”, por intermédio da seguinte
relação 𝑪𝑨,𝟏𝒔 = 𝑲𝒑 𝑪𝑨,𝒔𝟐

𝑪𝑨,𝒔𝟏
Temos: −𝑫𝒆𝒇𝟏 𝑑𝐶𝒅𝒛𝐴1 ቚ = 𝒌𝒎𝟐
𝑲𝒑
− 𝑪𝑨,𝒔∞ −𝑫𝒆𝒇𝟏
𝑑𝐶𝐴1

𝒅𝒛 𝒛=𝒔
=
𝒌𝒎𝟐
𝑲𝒑
𝑪𝑨,𝒔𝟏 − 𝑲𝒑 𝑪𝑨,𝟐∞
𝒛=𝒔

𝑪∗𝑨,𝒔𝟏 = 𝑲𝒑 𝑪𝑨,𝒔∞
𝑑𝐶𝐴1 𝒔𝒌𝒎𝟐
ቚ =𝑫 (𝑪∗𝑨,𝒔𝟏 − 𝑪𝑨,𝒔𝟏 ) relação de equilíbrio entre a
*s 𝒅𝒛 𝒛=𝒔 𝒆𝒇𝟏 𝑲𝒑 concentração do soluto
presente no interior do sólido e
aquela no seio da fase fluida

∗ 𝑲𝒑 o coeficiente de distribuição 𝑩𝒊𝑴 = numero de Biot Mássico


* semiespessura da matriz “s ”

𝑩𝒊𝑴 representa a relação entre a resistência interna à difusão de um determinado


soluto no meio e a resistência à convecção mássica associada ao meio externo.

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c) Reação química
Homogênea: a reação química ocorre em toda a solução, ou seja, em todos os
pontos do elemento de volume. A descrição da reação química aparece
diretamente como termo da equação da continuidade molar ou mássica de A por
intermédio de 𝑹′′′ ′′′
𝑨 ou 𝒓𝑨 , respectivamente.
𝝏𝐶𝐴
+ 𝜵 . 𝑵𝑨 = 𝑹′′′
𝑨
𝝏𝒕

𝝏𝝆𝑨
+ 𝜵 . 𝒏𝑨 = 𝒓′′′
𝑨
𝝏𝒕

Heterogênea: a reação química ocorre na superfície de uma partícula, a qual é


considerada como uma fronteira à região onde há o transporte do soluto.
Nesse caso, o termo reacional aparecerá como condição de contorno e não na
equação diferencial que rege o processo de transferência de massa.

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A taxa de produção (ou desaparecimento) de uma determinada espécie química,


presente na solução, está associada com a reação que pode ocorrer durante o
transporte do soluto (reações catalíticas).
No caso do soluto ser consumido por uma reação de primeira ordem a equação
pode ser escrita da seguinte forma:

𝑑𝐶𝐴1 𝒌𝒔
ቤ = 𝑪
𝒅𝒛 𝒛=𝒔 𝑫𝒆𝒇𝟏 𝑲𝒑 𝑨,𝒔𝟏

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Qualquer que seja a situação lembre-se de que existem basicamente duas


equações: a da continuidade (molar ou mássica) de A e a do seu fluxo global
(molar ou mássica), que são respectivamente:

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Reflita sobre as seguintes sugestões, que ajudarão quando você estiver diante de
um exercício:
1. Leia com atenção o que está sendo solicitado.
2. O regime de transporte é permanente ou transiente? Há acúmulo de matéria?
3. Identifique o meio em que ocorre o fenômeno e a sua geometria. (Qual o tipo de
coordenada: cartesiana ou polar?)
4. O meio é reacional? (O termo de reação aparece na equação da continuidade do soluto ou
como condição de contorno?)
5. O fluxo é multidirecional? (Sistema unidimensional?)
6. Como é esse fluxo? (Qual o tipo de coordenada?)
7. O termo difusivo presente no fluxo é importante?
8. O termo convectivo presente no fluxo é importante?
9. Existe alguma informação sobre a relação entre o fluxo de A e de B? (Para uma mistura
binária!)
10. O fluxo líquido de B é nulo? Por quê?
11. Estabeleça as condições de contorno e inicial adequadas.
12. Divirta-se.

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Ex1.: Escreva a equação da continuidade molar de A na


forma já simplificada e as condições de contorno para a
seguinte situação:
Um certo gás difunde por uma película estagnada de ar de
0,5 cm de profundidade em um capilar que contém certo
ácido. Ao atingi-lo, o gás é absorvido instantaneamente. A
concentração do gás na boca do recipiente é 0,25% em
mols.

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