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Aula 04

A aula aborda a importância da Educação Infantil no desenvolvimento matemático das crianças de zero a cinco anos, destacando metodologias e objetivos de ensino. Os educadores devem reconhecer as características das crianças e como elas mobilizam conceitos matemáticos em atividades diárias e brincadeiras. A Educação Infantil é vista como uma etapa fundamental que vai além da preparação para o Ensino Fundamental, necessitando de políticas públicas que garantam acesso e qualidade no ensino.

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Mary alvarenga
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Aula 04

A aula aborda a importância da Educação Infantil no desenvolvimento matemático das crianças de zero a cinco anos, destacando metodologias e objetivos de ensino. Os educadores devem reconhecer as características das crianças e como elas mobilizam conceitos matemáticos em atividades diárias e brincadeiras. A Educação Infantil é vista como uma etapa fundamental que vai além da preparação para o Ensino Fundamental, necessitando de políticas públicas que garantam acesso e qualidade no ensino.

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4

AULA
Matemática na Educação Infantil
Meta da aula
Apresentar a necessidade e algumas
metodologias do ensino de conceitos
matemáticos na Educação Infantil.
objetivos

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula,


você seja capaz de:
1. avaliar a importância da Educação Infantil na
formação das crianças;
2. identificar características da personalidade das crianças
de zero a cinco anos;
3. reconhecer conceitos matemáticos mobilizados pelas
crianças enquanto brincam, jogam e realizam suas
atividades diárias;
4. reconhecer a divisão dos conteúdos em os blocos
nos quais divididos os conteúdos pelo Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil;
5. identificar princípios para a abordagem de conceitos
matemáticos na Educação Infantil;
6. elaborar atividades que favoreçam a construção de
conceitos matemáticos na Educação Infantil.

Pré-requisitos
Para que você encontre maior facilidade na com-
preensão desta aula, é importante que perceba
que, em quaisquer circunstâncias das nossas
vidas, desde que nascemos, estamos produzindo
conhecimentos de todos os tipos, inclusive, mate-
máticos. Para tanto, você deve estar em dia com
as ideias trabalhadas na
Aula 1; além disso, é fundamental que conheça
os diferentes usos dos números que foram
discutidos na Aula 2.
Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

Introdução Já é consenso entre os educadores que a Educação Infantil constitui uma etapa
importante na formação das crianças, não se tratando apenas de um estágio
preparatório para o Ensino Fundamental. Há situações e conceitos que devem
ser explorados especificamente na faixa etária correspondente à Educação
Infantil, isto é, de zero a cinco anos.
De zero a cinco anos, a criança adquire, ao longo das interações com o meio que
a cerca, conhecimentos que podem ser sistematizados na creche ou na escola.
Além disso, tais conhecimentos podem favorecer a construção e sistematização
de outros conceitos não observáveis diretamente.

O QUE É A EDUCAÇÃO INFANTIL?

Vamos refletir um pouco sobre a sua formação escolar. Com


quantos anos você ingressou na escola? Você frequentou algum jardim-
de-infância, alguma turma de pré-escolar ou classe de alfabetização
(C.A.)? Ficou regularmente em creches para que seus responsáveis
pudessem trabalhar? Se possível, faça essas perguntas para alguns cole-
gas de curso e outros adultos. Você vai notar, pelas respostas, que boa
parte das pessoas ingressou na escola aos sete anos, na 1a série do que
chamávamos de 1o grau, sendo poucas aquelas que ingressaram com
menos idade em jardins-de-infância. Isso porque, durante muito tempo,
o Estado só tinha obrigação de oferecer ensino para crianças a partir
de sete anos, que deveriam começar cursando a 1ª série, e as creches
tinham características assistencialistas, visando atender às famílias de
baixa renda que não tinham com quem deixar seus filhos nos horários
de trabalho. O ensino para crianças com menos de sete anos não era
considerado prioritário. Havia pouquíssima oferta por parte do Estado,
e praticamente só tinham acesso a ele as crianças cujas famílias podiam
pagar pelos serviços de instituições particulares.
Hoje em dia, a realidade é outra. Com seis anos, a criança deve
ingressar no 1º ano do Ensino Fundamental, que passou a ter nove anos
de duração, englobando também a classe de alfabetização. O atendimento
às crianças de zero a cinco anos é obrigatório, reconhecido por lei e
constitui o que chamamos de Educação Infantil. Tanto as creches para
as crianças de zero a três anos como as pré-escolas, para as de quatro
e cinco anos, são consideradas instituições de Educação Infantil.
A distinção entre ambas é feita pelo critério de faixa etária.

56 CEDERJ
MÓDULO 1
Desde a Constituição Federal de 1988, a Educação Infantil em

4
creches e pré-escolas passou a ser, ao menos do ponto de vista legal, um

AULA
dever do Estado e um direito da criança (artigo 208, inciso IV). O direito
da criança a esse atendimento consta também no Estatuto da Criança
e do Adolescente, de 1990, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9.394, promulgada em dezembro de 1996, estabelece de
forma incisiva o vínculo entre o atendimento às crianças de zero a cinco
anos e a educação. O documento oficial que aponta as diretrizes para a
Educação Infantil é o Referencial Curricular Nacional para a Educação R eferencial
Infantil (RECNEI), publicado em 1998 pelo Ministério da Educação. Ele se C urricular
N acional para
encontra disponível integralmente no site do Ministério e indica, ao traçar a E ducação

os objetivos gerais desse nível de ensino, que a prática deve organizar-se I nfantil
(RECNEI)
de modo que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:
Referente às creches e
pré-escolas, integra a
• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada
série de documentos
vez mais independente, com confiança em suas capacidades e dos Parâmetros
percepção de suas limitações; Curriculares Nacionais
(PCN) elaborados
pelo Ministério
• descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas
da Educação e do
potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos Desporto. Ele foi
de cuidado com a própria saúde e bem-estar; concebido de maneira
a servir como um
guia de reflexão sobre
• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, objetivos, conteúdos e
fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas orientações didáticas
possibilidades de comunicação e interação social; para os profissionais
que atuam nessa área.

• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo


aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os
demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de
ajuda e colaboração;

• observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade,


percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e
agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes
que contribuam para sua conservação;

• brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos


e necessidades;

• utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral


e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comu-
nicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar
suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu
processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais
sua capacidade expressiva;

CEDERJ 57
Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

• conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes


de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a
diversidade (RECNEI, 1998, p. 63).

Podemos perceber, pelos objetivos, que a Educação Infantil é tida


como um estágio de riquíssimo potencial educativo pelo qual devem
passar todas as crianças com idade inferior a seis anos. Na verdade, isso
já é consenso entre os educadores. Não se trata apenas de um nível de
ensino que visa preparar as crianças para os níveis posteriores. Há um
trabalho específico a ser realizado na Educação Infantil, e esse trabalho
está relacionado às diversas áreas do conhecimento humano, entre elas,
a Matemática. São necessárias políticas públicas que garantam o acesso
e o ensino de qualidade para todas as crianças nessa faixa etária.

CARACTERÍSTICAS DO ALUNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

O primeiro passo para refletirmos sobre o processo educativo


em qualquer nível de ensino é conhecermos o perfil dos indivíduos que
serão beneficiados por ele. Embora as pessoas convivam em lugares
distintos, com hábitos e prioridades distintas, é possível identificarmos
alguns aspectos gerais relativos à personalidade cujo conhecimento por
parte do professor é de grande valia. Na atividade que segue, você terá
oportunidade de reconhecer algumas características das crianças da
Educação Infantil.

ATIVIDADE

Atende ao Objetivo 2

1. Observe a letra da canção de Paula Toller e Dunga:

Por que os dentes caem


Por onde os filhos saem
Por que os dedos murcham
Quando estou no banho
Por que as ruas enchem quando está chovendo
Quanto é mil trilhões
Vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos

a. Na letra, os compositores expõem uma série de questões que passam ou já


passaram pela nossa mente. Na verdade, há uma fase da vida em que desejamos
muito saber o porquê de tudo. Que fase é esta?

58 CEDERJ
MÓDULO 1
4
b. São questões de ordem científica, de ordem religiosa ou ligadas a hábitos

AULA
diários. Identifique na letra uma questão de cada tipo.
c. Há questões ligadas a conhecimentos matemáticos. Encontre, pelo menos,
duas delas.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________

RESPOSTA COMENTADA
a. As crianças desde bem pequenas pensam sobre o mundo que
as cerca e procuram compreendê-lo. A infância é a fase da vida em
que a curiosidade está mais aguçada e o indivíduo deseja saber o
porquê de todos os fatos e fenômenos a sua volta.
b. A curiosidade das crianças provoca questões ligadas aos diversos
ramos do conhecimento humano, à religião, aos hábitos e às atitudes
colocadas quase simultaneamente para os adultos. Na canção da
Atividade 1, por exemplo, “a criança”, que corresponde ao eu-lírico
(a pessoa que imaginamos falar na música), faz seguidamente dois
questionamentos que possuem explicações científicas (“Por que as
ruas enchem quando está chovendo”, “Quanto é mil trilhões vezes
infinito”), um de ordem religiosa (“Quem é Jesus Cristo”) e outro
ainda ligado aos hábitos e relações familiares (“onde estão meus
primos”).
c. Subjacentes a vários questionamentos, encontramos ainda
conceitos matemáticos como as noções de número, de forma, de
medida de tempo e espaço, que constituem o principal interesse
desta aula. No verso Quanto é mil trilhões vezes infinito temos uma
questão relativa ao sistema de numeração. Temos também a noção
de forma no verso que se refere aos dedos que murcham, e o
vocabulário específico de medida de capacidade (cheio e vazio) no
verso em que o eu-lírico questiona por que as ruas enchem.

Pelas características dos questionamentos que as crianças nos


fazem, verificamos a gama de conhecimentos que elas possuem acerca
do mundo, e estes devem ser o ponto de partida de todo trabalho na
Educação Infantil.
Além de curiosa, a criança da Educação Infantil é muito criativa.
Ela é capaz de construir conceitos, criar procedimentos a partir de uma
realidade, não sendo mera receptora de informações e mecanismos. Apenas
é preciso valorizar tanto a sua curiosidade quanto a sua criatividade,
criar condições para que ambas se desenvolvam cada vez mais. Sabemos

CEDERJ 59
Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

da complexidade das relações que se estabelecem na nossa sociedade e o


quanto essas características podem favorecer um convívio social digno
tanto individual quanto coletivamente. Não podemos pensar na criança
como sendo a miniatura de um adulto; seu pensamento obedece a uma
lógica própria a cada etapa do seu desenvolvimento que o diferencia do
pensamento do adulto.

COMO A MATEMÁTICA ESTÁ PRESENTE NA EDUCAÇÃO


INFANTIL?

Além da personalidade dos alunos, para planejar seu trabalho, o


professor também precisa saber dos conhecimentos prévios que eles têm
a respeito do assunto que pretende abordar na aula. Tais conhecimentos
devem ser o ponto de partida da aula. Nas próximas atividades, vamos
verificar, numa circunstância muito comum do dia a dia das crianças (a
compra de doces), alguns conhecimentos matemáticos que elas mobilizam
antes mesmo de ingressar numa instituição de ensino.

ATIVIDADE

Atende aos Objetivos 1 e 3

2. Observe o desenho a seguir.

60 CEDERJ
MÓDULO 1
4
a. Que cena está retratada no desenho? Quais são os personagens? O que cada

AULA
personagem faz?

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___________________________________________________________________
_________________________________________________________________

b. Que ações estão envolvidas no ato de comprar doces?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________

c. Que elementos podem ser negociados?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________

d. Como esses elementos podem ser classificados, contados e organizados na


barraca?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________

e. Como ocorre a negociação? É necessário fazer cálculos? Quais?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________

RESPOSTA COMENTADA
a. No desenho, podemos observar uma mulher com uma criança
comprando doces com um vendedor numa barraca.
b. Para comprar um doce, certamente a criança precisa escolher, ou
seja, observar diferentes atributos dos doces (paladar, possibilidades
de ser ingerido no ato da compra, estado de conservação, entre
outros); contar quantas unidades deseja levar consigo, comparar
os preços e as quantidades em que são oferecidos.
c. Os doces, por sua vez, são geralmente de vários tipos: balas, pirulitos,
chicletes, biscoitos, sorvetes, barras de chocolate, refrigerantes, e não
podem ficar dispostos aleatoriamente na barraca.
d. Alguns produtos precisam ser armazenados em refrigeradores; outros
precisam ficar guardados em armários, e ainda há aqueles que podem
ficar expostos diretamente, pois já se encontram embalados.
e. A negociação é feita com dinheiro, e a criança precisa decidir se a
quantia de que dispõe é suficiente para comprar tudo o que deseja.
Precisa calcular o total de suas compras e verificar o troco que recebe.

CEDERJ 61
Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

Comprar um doce é apenas uma das tarefas realizadas diariamente


pelas crianças que requerem conceitos e procedimentos matemáticos.
A Matemática está presente também nos jogos e brincadeiras, na
realização de tarefas caseiras em colaboração com os familiares, na
arrumação de brinquedos e demais pertences, nos cuidados com animais
domésticos, nas músicas que cantam.

ATIVIDADE

Atende aos Objetivos 1 e 3

3. Vamos voltar no tempo. Procure se lembrar da sua infância. Do que você


costumava brincar? Você brincava só ou em companhia de outras crianças?
Usava algum objeto como, por exemplo, bola, boneca, plantas, animais de
estimação, papel, caixas e embalagens vazias? Precisava distribuir espacialmente
ou entre amiguinhos esses objetos? Em que você pensava enquanto brincava?
Era necessário contar pontos e comparar pontuações para decidir quem seria o
vencedor? Fazia algum tipo de desenho? Demarcava algum campo ou território?
Refletindo sobre nossas brincadeiras, rapidamente percebemos o quanto a
Matemática esteve presente nelas. Escolha uma brincadeira da sua infância
e descreva-a detalhadamente. Em seguida, identifique em que ações eram
mobilizados conceitos e procedimentos matemáticos.

RESPOSTA COMENTADA
Existem várias possibilidades de resposta, o importante é ver que é
impossível brincar sem usar a Matemática. Em qualquer brincadeira,
conceitos matemáticos estão envolvidos. De alguma forma, é necessário
contar, medir, identificar as formas e suas propriedades, posicionar-
se espacialmente, classificar pessoas, objetos ou ações. Brincando,
a criança desenvolve o raciocínio lógico, é obrigada a interpretar
informações e tomar decisões, lida com diferentes representações da
realidade, observa regularidades, cria e projeta ações futuras.

Assim, mesmo antes do ingresso na escola, a criança observa, ques-


tiona e procura explicar os fenômenos do mundo social e natural que é
capaz de observar direta ou indiretamente. A Matemática faz parte da sua
maneira de viver. É importante que, na escola, ela possa ampliar, rever e
reformular as noções que construiu e constrói em seu dia a dia, vindo a refor­-
mular, ampliar ou abandonar suas hipóteses e explicações.

62 CEDERJ
MÓDULO 1
POR QUE ENSINAR MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

4
AULA
Como você já deve ter percebido, a Matemática é útil para a vida
diária das pessoas. Tente pensar numa situação em que você não utilize
conhecimentos matemáticos. Você vai ver que isto é impossível. Ela está
presente nas ações que realizamos no trabalho e em casa, na maneira
como organizamos nossos pertences, nas decisões que tomamos, nas
mínimas atitudes de cidadania, embora, na maioria das vezes, nem nos
demos conta. Assim como os adultos, mesmo inconscientemente, as
crianças estão em contato permanente com a Matemática. Elas estão
cercadas de formas, grandezas, números, medidas, contagens. Precisam
de conhecimentos matemáticos para interagir com as pessoas e com o
meio que as cerca, para tornarem-se cidadãs. Essa é uma das razões por
que a Matemática deve ser trabalhada na Educação Infantil.
Na medida em que a criança interage com o mundo e mobiliza seus
conhecimentos matemáticos, estes vão se aprimorando. Em longo prazo,
desenvolve-se o que podemos chamar de consciência matemática. Ela se
caracteriza pela capacidade de argumentar e questionar fatos. Com ela, a
criança pode, por exemplo, realizar uma pesquisa de preços e questionar
quanto um determinado produto custa. Nessa pesquisa de preços e na
consequente comparação de números, ela passa a entender as noções de
caro ou barato, e descobre como o sistema monetário se organiza.

ATIVIDADE

Atende aos Objetivos 1 e 5

4. Vamos refletir sobre uma situação a ser vivida numa classe da Educação
Infantil, em que as crianças tenham entre quatro e cinco anos. Imagine que você
é o professor e quer simular uma lojinha na sala de aula para trabalhar noções
do sistema monetário. Que objetos serão escolhidos para serem colocados à
venda na lojinha? O que deve ser levado em consideração na escolha desses
objetos? Como deve ser a dinâmica de funcionamento da lojinha para que todas
as crianças participem da brincadeira e construam conceitos matemáticos?
Além das noções do sistema monetário, que conceitos matemáticos podem
ser mobilizados e desenvolvidos pelas crianças na lojinha?

CEDERJ 63
Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

RESPOSTA COMENTADA
Estas questões não possuem apenas uma resposta. Dependendo do
perfil da turma, isto é, da região em que moram, da classe social a
que as crianças pertencem, entre outros fatores, teremos os produtos
a serem colocados à venda na lojinha. Entretanto, qualquer que seja a
realidade, é importante que as crianças participem da escolha desses
produtos, estabeleçam os preços a serem cobrados, desenhem placas
com informações, arrumem a lojinha, façam listas de compra. Além
disso, todas as crianças devem passar por todas as funções, ou seja,
todas devem ter oportunidade de ser vendedores, compradores, caixas
etc. Assim, estaremos assegurando o desenvolvimento das noções
do sistema monetário e de outros conceitos como a classificação e
ordenação de objetos e a organização espacial.

Num trabalho como esse da lojinha, em que o professor e seus


alunos simulam uma situação real em sala de aula, teremos a Matemática
contribuindo para que as crianças sistematizem seus conhecimentos.
Favoreceremos a alfabetização matemática delas. Estaremos apresentando
os conceitos matemáticos como estruturantes para os trabalhados no
Ensino Fundamental, mas não preparatórios.

Alfabetizar-se é apropriar-se de outras formas de leitura do mundo


em que se incluem a palavra escrita, a quantificação desse mundo, a
historicização, a construção do tempo, do espaço e de suas relações etc.
Assim, o conhecimento matemático inclui-se no conceito de alfabetização
em seu sentido mais amplo e, como tal, não pode ser tratado isoladamente,
especialmente na Educação Infantil.

O QUE ENSINAR DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

A seleção e a organização dos conteúdos matemáticos representam


um passo fundamental no planejamento do processo de ensino-
aprendizagem em qualquer nível e, principalmente, na Educação Infantil.
Para isso, o professor deve estar ciente das possibilidades cognitivas das
crianças e dos seus conhecimentos prévios. O Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil sugere que o trabalho com crianças
de zero a três anos vise a:

64 CEDERJ
MÓDULO 1
Utilização da contagem oral, de noções de quantidade, de tempo e

4
de espaço em jogos, brincadeiras e músicas junto com o professor

AULA
e nos diversos contextos nos quais as crianças reconheçam essa
utilização como necessária, e manipulação e exploração de objetos
e brinquedos, em situações organizadas de forma a existirem
quantidades individuais suficientes para que cada criança possa
descobrir as características e propriedades principais e suas
possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar
etc. (RECNEI, 1998, p. 217-218).

Além disso, sugere o ensino de três blocos de conceitos matemáticos


para crianças de quatro e cinco anos: Números e sistema de numeração,
Grandezas e medidas e Espaço e forma.
No primeiro, ligado a números e operações, o professor deve
propor situações que levem as crianças a:

Utilização da contagem oral nas brincadeiras e em situações nas


quais as crianças reconheçam sua necessidade;

Utilização de noções simples de cálculo mental como ferramenta


para resolver problemas;

Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a


notação numérica e/ou registros não convencionais;

Identificação da posição de um objeto ou número numa série,


explicitando a noção de sucessor e antecessor;

Identificação de números nos diferentes contextos em que se


encontram e comparação de escritas numéricas, identificando
algumas regularidades (RECNEI, 1998, p. 219-220).

O segundo bloco corresponde a grandezas e medidas, e as prio-


ridades são:

Exploração de diferentes procedimentos para comparar


grandezas;

Introdução às noções de medida de comprimento, peso, volume


e tempo, pela utilização de unidades convencionais e não
convencionais;

Marcação do tempo por meio de calendários, e

Experiências com dinheiro em brincadeiras ou em situações de


interesse das crianças (RECNEI, 1998, p. 225).

CEDERJ 65
Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

Finalmente, o terceiro bloco, espaço e forma, sugere um trabalho


voltado para:

Explicitação e/ou representação da posição de pessoas e objetos,


utilizando vocabulário pertinente nos jogos, nas brincadeiras e nas
diversas situações nas quais as crianças considerarem necessária
essa ação.

Exploração e identificação de propriedades geométricas de objetos


e figuras, como formas, tipos de contornos, bidimensionalidade,
tridimensionalidade, faces planas, lados retos etc.

Representações bidimensionais e tridimensionais de objetos.

Identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar-se


no espaço.

Descrição e representação de pequenos percursos e trajetos,


observando pontos de referência (RECNEI, 1998, p. 229).

ATIVIDADE

Atende ao Objetivo 4

5. Uma prática diária nas classes de Educação Infantil é a ida ao parquinho.


No parquinho, as crianças se exercitam e desenvolvem a coordenação motora.
Além disso, mais uma vez, conceitos matemáticos podem ser explorados. Pense
em cada bloco de conteúdos matemáticos que acabamos de descrever. Cite
um item de cada bloco que pode ser explorado com as crianças enquanto
brincam num parquinho. Diga como pode ser feita esta exploração.

RESPOSTA COMENTADA
Num parquinho ou numa praça, por mais simples que sejam,
encontramos balanços, escorregas, carrosséis, gangorras. A apreciação
das formas desses brinquedos e a descrição por meio de gestos dos
movimentos que executam favorecem a exploração e identificação de
propriedades geométricas.
Um outro aspecto importante é a maneira como as crianças se
organizam para brincar. Elas podem fazer filas para usar o escorrega
e o balanço, podem marcar o tempo de permanência em certo
brinquedo a que cada uma tem direito, decidem quantas crianças
podem sentar-se juntas num carrossel. Nessas ações, ocorre, entre
outras, a utilização da contagem oral e das noções de medida de
tempo. Sua resposta termina aqui, mas é evidente que estes não são
os únicos aspectos a serem explorados. Na próxima aula, discutiremos
novas situações e atividades para cada bloco de conteúdos.

66 CEDERJ
MÓDULO 1
COMO ENSINAR? RECOMENDAÇÕES DIDÁTICAS

4
AULA
Como já vimos, a organização do pensamento se dá a partir das
relações que as crianças estabelecem com o mundo. Elas formulam expli-
cações sobre os fatos que vivenciam e, consequentemente, constroem
conhecimentos. O trabalho do professor deve necessariamente levar em
conta a natureza destes conhecimentos e o processo pelo qual as crianças
passaram ao construí-lo. Somente assim ele conseguirá propor situações Situações de
aprendizagens
de aprendizagem significativas. Ao iniciar um assunto, o professor, por
s i g n i f i c at i va s
exemplo, pode planejar momentos de discussão nos quais seus alunos
São situações nas
terão a chance de mobilizar os conhecimentos que possuem. quais os alunos
poderão reconhecer
Na prática, porém, não se trata de um trabalho tradicional voltado os limites de seus
conhecimentos,
para o ensino da Matemática, em que há preocupação com representações ampliá-los e
formais, definições rigorosas, generalizações, mas de atividades de reformulá-los.

desenvolvimento da consciência espacial, que é a gênese do trabalho desta


ciência, e de iniciação ao pensamento lógico-matemático por meio de jogos,
quebra-cabeças e pequenos desafios. Nesta fase, o observar e o interagir
com os fatos devem fazer parte das atividades. Assim, as crianças precisam
estar pegando, apalpando, cheirando, molhando, ouvindo e fazendo sons,
sentindo o gosto dos alimentos, distinguindo cores. Os conceitos são
construídos em meio a jogos e brincadeiras, nas cantigas e nas histórias.

Para construir conceitos, é necessário que as crianças observem fatos, em


especial quando esses são contrários aos previstos por ela. Por essa razão,
é preciso saber como a criança constrói os conhecimentos matemáticos.

ATIVIDADE

Atende ao Objetivo 6

6. Você conhece a música a seguir? Ela fez parte da sua infância também?
Que conceitos matemáticos podem ser desenvolvidos pelas crianças
enquanto cantam esta canção?

um, dois: feijão com arroz;


três, quatro: feijão no prato;
cinco, seis: feijão inglês;
sete, oito: comer biscoito;
nove, dez: comer pastéis.

CEDERJ 67
Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

RESPOSTA COMENTADA
Nessa canção, ocorre a veiculação da sequência numérica de um a
dez. Se, além de cantarem, as crianças representarem com os dedos
as quantidades faladas, certamente conseguirão construir a ideia de
cada número.

Os jogos e brincadeiras podem ser cooperativos ou competitivos.


Nos primeiros, não há adversários, e o único objetivo é cumprir as
regras propostas. Já nos últimos há adversários e, portanto, vencedores
e perdedores. É recomendável a alternância entre os dois tipos, para que
as crianças aprendam a lidar com situações de vitória e derrota e também
para que aprendam a valorizar o ato de jogar em si.
É importante observar que, na Educação Infantil, as crianças jogam
umas com as outras, mas nem sempre têm consciência da competição.
Essa percepção vem aos poucos, e, quando ela acontece, outras questões
se colocam: habilidades específicas e estratégias se desenvolvem e se apri-
moram. Trata-se de um momento bastante propício para a formação de
conceitos matemáticos. Além disso, em muitos casos, as crianças estão mais
interessadas na própria jogada, ainda que não antecipem suas próximas
jogadas, nem as dos colegas. Essas habilidades só se desenvolvem à medida
que se familiarizam com as regras. O professor, sempre que possível, deve
refletir com as crianças sobre as regras e aceitar, inclusive, alterações na
rotina dos jogos que elas propuserem. Não podemos nos esquecer de que
o trabalho com conceitos matemáticos, na Educação Infantil, visa criar
condições para que as crianças desenvolvam, entre outras, a capacidade
de prever e antecipar fatos e ações.
Em seus jogos e brincadeiras, as crianças exploram vários objetos:
bolas, bonecas, carrinhos, palitos, pedrinhas, livros, lápis, papéis, tintas,
pincéis, tesouras, cola, massa de modelar, argila, blocos para construções,
material de sucata e outros. Esses objetos auxiliam a ação das crianças
e, portanto, constituem um instrumento importante para a construção
de conceitos. O professor deve estar atento ao uso que as crianças fazem
deles, quais significados lhes atribuem. Na maioria das vezes, eles possuem
algumas características e propriedades facilmente observáveis e outras que
só podem ser percebidas por elas a partir da intervenção do professor.
A maneira como ele intervém pode criar condições para que as crianças
redescubram ideias matemáticas e construam novos conceitos.

68 CEDERJ
MÓDULO 1
Vários materiais podem favorecer a construção de um mesmo

4
conceito, e a preferência pelos materiais varia de uma criança para a

AULA
outra. Daí a necessidade de uma grande variedade de materiais. O espaço
na instituição de Educação Infantil deve propiciar condições para que
as crianças possam usufruí-los em benefício do seu desenvolvimento e
aprendizagem. É preciso que o espaço seja versátil e permeável à sua
ação, sujeito às modificações propostas pelas crianças e pelos professores
em função das ações desenvolvidas.

QUAL É O PAPEL DO PROFESSOR?

A essa altura, você deve estar se questionando sobre a atuação do


professor da Educação Infantil. Como ele deve agir? Como devem ser
suas intervenções com as crianças? Quando deve calar-se? Que formação
deve buscar?
Como vimos nas seções anteriores, levando em conta os conhe­
cimentos que as crianças adquiriram fora da escola, em suas famílias,
nos jogos, na TV, por exemplo, o professor precisa provocá-las para
que saibam argumentar e consolidar seus conhecimentos. Tudo deve ser
descoberto e construído pela criança por meio de incentivos e orientações.
Nada pode ser dado pronto ou acabado. Mas, para criar as condições
da descoberta e do desenvolvimento do potencial argumentativo das
crianças, o professor deve estar seguro do objetivo a atingir. Precisa saber
quais atividades são adequadas ao estágio de desenvolvimento em que
elas se encontram e quais são corretas, tendo em vista a construção do
conceito, cuja aprendizagem deseja favorecer. Tal segurança só é obtida
por meio de estudos constantes da psicologia infantil e da didática da
Matemática.
Vale lembrar, no entanto, que a orientação do professor nem
sempre é necessária. Muitas vezes, as próprias crianças se organizam
numa brincadeira e passam um bom tempo entretidas, tornando inútil
sua intervenção. Nem por isso ele pode ausentar-se. Deve, certamente,
manter-se atento ao que elas fazem e aos pensamentos que expressam,
identificando componentes de outras situações de aprendizagem,
direcionadas ou não direcionadas, que poderão ocorrer no futuro. Assim,
o professor conduz, orienta, e sua atitude não é repressora, proibidora.
Atitudes desse tipo poderiam causar conformismo, ansiedade, medo,
acanhamento e dependência nas crianças. No sentido contrário das

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Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

proibições, ele mostra, pergunta, conversa e também aprende muito.


Partindo de sua própria prática e refletindo sobre ela, o professor pode
aprimorá-la na direção da melhoria da aprendizagem das crianças.

COMO AVALIAR?

Finalmente, como constatar a qualidade da aprendizagem


das crianças? Como saber o grau de envolvimento da criança no
estudo realizado e seu domínio sobre os conceitos e procedimentos
já trabalhados? Além disso, como verificar o alcance da interferência
didática do professor? Ele está escolhendo atividades adequadas? Está
intervindo junto às crianças oportunamente? Torna-se imprescindível
avaliar todo o processo de ensino aprendizagem.
Embora seja importante que as crianças participem com consciência
das situações de avaliação, aprendendo a refletir sobre o quanto ampliaram
ou não seus conhecimentos, o professor e a equipe pedagógica a que
ele pertence são os principais responsáveis pela avaliação do processo
de ensino-aprendizagem. Para elaborá-la, eles precisam levar em conta
os objetivos traçados e as oportunidades de aprendizagem oferecidas.
A avaliação, como você vai estudar mais detalhadamente nas Aulas 26
e 27, é um processo contínuo. Não é possível avaliar a ampliação da
compreensão de uma criança em relação aos fatos e conceitos matemáticos,
utilizando-se apenas uma ou outra atividade.
O processo avaliativo pode ter etapas pontuais, caracterizadas
por atividades semelhantes àquelas propostas durante as aulas, mas,
principalmente na Educação Infantil, em que as crianças ainda estão
aprendendo a representar os conhecimentos que constroem, a observação
é um instrumento de avaliação fundamental. Observar o comportamento
delas é a principal maneira de saber se a aprendizagem está sendo bem-
sucedida. Para não se perder, o professor pode elaborar fichas destacando
os comportamentos ligados aos conceitos trabalhados que pretende
observar e fazer as anotações diárias durante semanas e até meses. Com
isso, será possível perceber se houve evolução.

!
Nessa fase, as crianças não definem conceitos verbalmente. Seus
conhecimentos se revelam em seus comportamentos, em suas ações.

70 CEDERJ
MÓDULO 1
Para completar as observações, o professor pode, quando

4
possível, obter informações do comportamento das crianças em outras

AULA
circunstâncias que não são especificamente as circunstâncias escolares.
Conversando com pais e responsáveis, o professor verifica se as crian­
ças fazem uso em outros contextos dos conceitos e procedimentos
matemáticos que construíram na escola. Quando viaja no fim de semana
com a família, a criança consegue reconhecer algum registro numérico
impresso nas placas da estrada? Brincando em casa, com brinquedos de
encaixe, ela revela alguma visão espacial surpreendente? Quando vai ao
supermercado, comenta os preços e as quantidades dos produtos que os
pais colocam no carrinho de compras? Informações desse tipo também
são úteis na avaliação da aprendizagem.

CONCLUSÃO

Nesta aula, percebemos a importância do ensino e a aprendizagem


de conceitos matemáticos na Educação Infantil. Nessa perspectiva,
procuramos identificar características gerais da personalidade das crianças.
Elas são curiosas e criativas, e mobilizam uma série de conhecimentos
matemáticos no convívio diário. Esses conhecimentos devem ser o ponto
de partida para o trabalho do professor na escola ou na creche.

ATIVIDADE FINAL

Atende ao Objetivo 6

Elabore uma atividade que permita o desenvolvimento de conceitos matemáticos


para ser colocada em prática com crianças da Educação Infantil.

resposta comentada
Esta é uma questão pessoal, mas existem alguns cuidados para a elaboração de uma atividade,
que você precisa ter. Primeiramente, estabeleça a faixa etária com que deseja trabalhar. Em
seguida, analisando os blocos de conteúdos matemáticos apresentados nesta aula, estabeleça
claramente que objetivos as crianças devem contemplar. Identifique os materiais necessários,
o tempo de duração. Pense nas possibilidades reais de execução da atividade e, finalmente,
escolha a maneira como vai avaliar o processo de aprendizagem.

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Matemática na Educação 1 | Matemática na Educação Infantil

r es u m o

Na faixa etária de zero a cinco anos, as crianças interagem com o meio que as
cerca, procurando compreendê-lo. Assim, fazem observações, manipulam objetos,
elaboram explicações para os fatos que vivenciam. A partir dessas ações, uma
gama de conhecimentos, dentre eles os conhecimentos matemáticos, é mobilizada
e desenvolvida. Quando nos damos conta disso, reconhecemos a importância da
Educação Infantil na formação das crianças e entendemos que o principal recurso
didático a ser usado pelo educador é o próprio conhecimento das crianças acerca do
que se deseja trabalhar.

INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA

Na próxima aula, discutiremos detalhadamente cada bloco de conteúdos


matemáticos e apresentaremos algumas atividades que favorecem a construção
dos conceitos neles envolvidos.

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