0% acharam este documento útil (0 voto)
22 visualizações14 páginas

Rodacia Manuel Colarinho SI..

O documento discute o papel do gestor escolar como facilitador nos processos de ensino e aprendizagem, enfatizando a importância de uma gestão democrática e participativa. A pesquisa analisa as estratégias utilizadas pelos gestores para promover a qualidade educacional e a relação entre gestores e professores. O trabalho destaca a necessidade de adaptação da escola às mudanças sociais e tecnológicas, visando formar cidadãos críticos e participativos.

Enviado por

Jaime Delito
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
22 visualizações14 páginas

Rodacia Manuel Colarinho SI..

O documento discute o papel do gestor escolar como facilitador nos processos de ensino e aprendizagem, enfatizando a importância de uma gestão democrática e participativa. A pesquisa analisa as estratégias utilizadas pelos gestores para promover a qualidade educacional e a relação entre gestores e professores. O trabalho destaca a necessidade de adaptação da escola às mudanças sociais e tecnológicas, visando formar cidadãos críticos e participativos.

Enviado por

Jaime Delito
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 14

EXTENSÃO DE TETE

Curso de Licenciatura em Administração e Gestão da Educação

Rodacia Manuel Colarinho

O Gestor Como Facilitador Nos Processos De Ensino E Aprendizagem

Licenciatura em Administração e Gestão da Educação

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2024
Rodacia Manuel Colarinho

O Gestor Como Facilitador Nos Processos De Ensino E Aprendizagem

Trabalho de pesquisa a ser submetido na coordenação do

Curso de Licenciatura em Administração e Gestão da

Educação na Universidade Púnguè, sob orientação:

Msc: Dr:

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2024
Índice:
Introdução ......................................................................................................................... 4

Objectivos ......................................................................................................................... 4

Metodologia ...................................................................................................................... 5

Gestão Escolar .................................................................................................................. 6

A Formação Do Gestor Escolar ........................................................................................ 6

O Gestor Escolar E O Processo De Ensino E Aprendizagem .......................................... 7

O Gestor Como Facilitador Nos Processos De Ensino E Aprendizagem ......................... 8

Considerações Finais ...................................................................................................... 13

Referências bibliográfica: ............................................................................................... 14


4

Introdução
Este trabalho busca abordar a gestão educacional, com loco na actuação do gestor e do
professor, considerando o comprometimento e responsabilidade de ambos com a
educação e os processos de ensino e aprendizagem. Justifica-se a terra considerando que
atualmente vivemos em um período no qual a escola precisa adequar-se as novas
exigências sociais, avanços tecnológicos e facilidades ao acesso as informações, que
acontecem aceleradamente e de uma maneira globalizada. Nesse sentido, tem-se como
objetivo principal analisar como o gestor desenvolve sua função de facilitador nos
processos de ensino e aprendizagem, verificar as estratégias utilizadas por ele em sua
pratica e identificar sua liderança e relação com os professores.

Sabe-se que a relação entre a equipe escolar deve ser coesa e democrática, priorizando
sempre o melhor para os educandos e toda comunidade escolar, a fim de que se possa
adquirir um conhecimento que desenvolva cidadãos participativos e reflexivos,
consciências de seus direitos e deveres. Para que os educandos se tornem seres críticos, a
escola precisa conhecer a realidade do aluno valorizando suas experiencias, o professor
deve ser responsável por este processo, contextualizando conhecimentos que possam ser
aplicados em novas situações de aprendizagem, "ensinar não é transferir conhecimentos,
conteúdos [...] (FREIRE, 1996, p.23)

Deste modo, cabe ao sistema educacional estar atento as mudanças sociais e entender que
a sociedade é dinâmica, mutável e cabe a escola acompanhar este processo. No entanto,
para que a escola tenha sucesso no acompanhamento deste processo é preciso que haja
uma equipe gestora e professores preparados para enfrentar os desafios que surgem no
dia a dia, sabendo conduzir processos e apresentando soluções para as demandas que
surgem. A partir das ideias mencionadas, vamos sintetizar no decorrer deste trabalho a
relação entre gestor e professor frente as práticas cotidianas escolares, e seus efeitos no
processo de construção de conhecimentos dos educandos.

Objectivos
Geral:

➢ Conhecer gestor como facilitador nos processos de ensino e aprendizagem.

Específico:

➢ Analisar o gestor como facilitador nos processos de ensino e aprendizagem;


5

➢ Verificar como é que os facilitadores gerência processos de ensino e


aprendizagem;
➢ Descrever os processos de ensino e aprendizagem

Metodologia
Marconi e Lakatos (2003, p.83) definem o método científico como o conjunto das
atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permitem
alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros - traçando o caminho a ser
seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada a partir de pesquisas


de materiais. Os dados coletados foram reunidos através da utilização de apostila e artigos
científicos que mencionaram diretamente a temática abordada ou assuntos relacionados à
mesma metodologia.
6

Gestão Escolar
A gestão da educação vem sendo um tema crescente e de vital importância no âmbito
escolar, independente da escola pertencer a rede estadual, municipal, particular ou
filantrópica.

Segundo Silva (2007) a palavra gestão na língua portuguesa vem de “gestio”, que releva
a ação de conduzir, de administrar e de gerir a vida, as competências e habilidades das
pessoas. Nesse sentido, gestão é mais do que uma função burocrática, o termo suscita
uma alma humanista volvida à orientação do planejar, da repartição e produção de bens.

Por se tratar de uma instituição social com objetivos políticos e pedagógicos, a escola tem
de um lado a interdependência do uso de seus recursos materiais e conceituais e do outro
a coordenação do esforço humano coletivo, nesse contexto, a gestão da escola necessita
estar associada à adoção de alguns princípios da concepção democrática.

O princípio da gestão democrática do ensino público foi incorporado à Constituição


Federal de 1988, junto a outros princípios inseridos no artigo 206 do corpo constitucional,
vindo reforçar o caráter democrático da chamada “Constituição Cidadã”. Em termos
educacionais, a Constituição foi ainda mais explícita e inovou em relação aos textos
anteriores ao incluir, entre seus princípios, a “gestão democrática do ensino público” (art.
206, VII). Estes dispositivos abriram espaço para a institucionalização de mecanismos de
participação na gestão de escolas e de sistemas educacionais.

A Formação Do Gestor Escolar


A escola como um espaço de transformação social, precisa estar constantemente se
adequando às mudanças de paradigmas que devem acompanhar o social. De acordo com
Vieira (2002, p.13) “Sempre que a sociedade defronta-se com mudanças significativas em
suas bases sociais e tecnológicas, novas atribuições são exigidas à escola”. Assim, a
escola necessita se adequar às características de uma instituição que atenda às demandas
dessa sociedade, por meio da inovação e da prática de gestão participativa.

Com a criação da Lei Federal nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
- LDBEN, abriram-se espaços para repensar a educação com base nos princípios de gestão
democrática em detrimento de posturas autoritárias e centralizadoras que caracterizavam
o âmbito educacional em outras décadas. O art. 64 da referida Lei, afirma que: A formação
de profissionais da educação para a administração, planejamento, inspeção, supervisão e
orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em
7

pedagogia ou em cursos de pós-graduação, a critério da instituição, garantida, nesta


formação, a base comum nacional.

Corrobora, com essas indicações da LDB, o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei
Federal nº.10.172/2001, cujo texto e construído no sentido de incluir em suas diretrizes
os princípios de gestão escolar democrática e participativa. Ele menciona a necessidade
de formação especifica para atuação na função/cargo de diretor de escola (a ser exigida
em cinco anos), aplicado por meio da interlocução dos governos com as universidades,
de programas de formação mínima para dirigentes escolares.

O Gestor Escolar E O Processo De Ensino E Aprendizagem


O gestor escolar, alinhado com as novas necessidades educacionais, deve estar sempre
disposto a contribuir com ações que objetivem a melhoria do processo ensino e
aprendizagem escolar. Para isso, este profissional deve envolver toda a sua equipe escolar
em todos os momentos de tomadas de decisões sobre todas as ações desenvolvidas.
Conforme Sena (2014, p.24) “uma equipe escolar só pode promover ações pedagógicas
de qualidade se estivem capacitadas, uma vez que as decisões tomadas não dependem
exclusivamente do gestor escolar”.

Dentro desta perspectiva, todo o gestor escolar deve estar atento a todas as mudanças
pelas quais a sociedade vem passando, deixando de limitar seu campo de trabalho apenas
aos aspectos administrativos da escola, e passando a ampliar suas ações dentro da escola
de forma mais plena, priorizando as ações educativas e tornando a escola um espaço
dinâmico de formação de cidadão mais autônomos e atuantes em todos os aspectos
econômicos, culturais, políticos e sociais. Cabe ao gestor escolar agir com liderança, mas
sem se desvincular dos princípios que norteiam a gestão escolar.

O gestor escolar é a pessoa que dispõe dos meios e recursos necessários para estabelecer,
conjuntamente, as ações que podem levar a escola a atingir os bons resultados esperados
pela educação que oferece. Faz-se necessário pontuar ainda que a gestão escolar quando
comprometida com a qualidade do ensino e aprendizagem dos alunos deve
constantemente desenvolver ações pedagógicas eficientes e que objetivem a participação
de todos os envolvidos no processo educativo de forma autônoma e crítica.

Portanto, o papel do gestor consiste não apenas na gestão da organização do trabalho e do


espaço escolar para a melhoria da qualidade do ensino, isto implica dizer que compete ao
8

gestor não somente os aspectos administrativos, financeiros, mas, sobretudo, os


pedagógicos.

Desta forma, no seu trabalho, o gestor escolar deve atuar continuamente em todas ações
implementadas pela escola, promover o diálogo entre os sujeitos envolvidos no processo
educativo com desenvolvimento de ações que objetivam a qualidade da educação, da
atualização docente e da parceria entre escola e comunidade em um intercâmbio de ideias
e ações significativas para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

O Gestor Como Facilitador Nos Processos De Ensino E Aprendizagem


A educação é um processo fundamental nessas mudanças, e de acordo com Teles (1996,
p. 15) "a palavra educação, originalmente `educare' tem o significado de extrair, p6r para
fora, no sentido de fazer crescer, desenvolver e desabrochar". Assim é que acontece o
choque de ideias, para que possa surgir uma terceira e gerar um novo movimento, esta
nova ideia ocorre pela educação que é um processo dialético dessas mudanças. As
mudanças fazem parte da história e da cultura de toda sociedade, e cabe a Escola
acompanhar estes processos na forma95° do cidadão, no entanto, a escola necessita de
uma boa equipe gestora para que se obtenham os resultados esperados.

Segundo o latim, a palavra gestão, "gestione", significa administra95o, dire95°. Sabe-se


que no sistema educacional, todas as escolas precisam de uma equipe gestora, no entanto
este significado necessita ser entendido por toda a comunidade escolar, pois de acordo
com Libanio (2004), "os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decis5o
e de fazer a decisão funcionar caracterizam a a95o que denominamos gestão". Compete
a gestão escolar estabelecer o direcionamento e a mobiliza95o capazes de sustentar e
dinamizar o processo das escolas, orientadas para resultados, através de acções conjuntas,
associadas e articuladas. E preciso agir conjuntamente em todas as frentes, pois todas
estão interrelacionadas (Luck, 2000).

Nesse sentido compreende-se que a gestão a importante e deve ser feita com qualidade,
responsabilidade, coerência, conhecimento e confiança. Um bom gestor deve for a
consciência da importância de sua função no ambiente educacional, favorecendo a
promoção da aprendizagem e a forma95° do aluno no nível mais elevado possível, de
modo que estejam capacitados para enfrentar os novos desafios que lhe forem
apresentados (LUCK, 2009).
9

Entende-se que a aprendizagem e o processo realizado pelo educando, no qual, o mesmo


deve receber os conhecimentos, reconstrui-los conforme o seu entendimento, para poder
repassa-los, assim tornando-os significativos e opteis a sua vida. A aprendizagem ocorre
por meio do ensino que é o processo realizado pelo professor, no entanto, ele na forma
desde o nascimento do indivíduo, ressaltando que todos que estão ao nosso redor podem
nos ensinar algo, por isso é importante que a escola tenha um bom gestor e principalmente
que conheça a realidade de sua comunidade para melhor auxiliar nos processos de ensino
e de aprendizagem.

Para que este trabalho possa ter qualidade, a gestão deve ser feita de modo democrática e
descentralizado, no qual a equipe consiga trabalhar de maneira unida e com os mesmos
objetivos priorizando sempre a melhor aprendizagem para seus alunos.

Lack (2006) destaca que:

Assenta-se, portanto, sobre a mobilização dinâmica e em equipe do elemento humano,


coletivamente organizado enfocando-se em especial sua energia e competência como
condições básicas e fundamental da qualidade da educação e das ações realizadas nos
sistemas de ensino, assim como, em última instancia, da transformação do pr6prio
significado da educação brasileira, dos sistemas de ensino e de suas escolas.

Compreende-se com isto que o sistema de gestão escolar não pode ser reduzido apenas a
parte burocrática, pois visa estabelecer a transformação de uma sociedade, fazendo-a ativa
e crítica. Ou seja, a ação do gestor vai interferir também na comunidade escolar,
mobilizando a equipe, os alunos e familiares.

A postura do gestor educacional através de sua liderança pode determinar ambientes


favoráveis ou não, para que professores, funcionários e pais atuem de forma saudável para
atingir os objetivos do projeto pedagógico. Para fomentar um clima organizacional que
estimule as pessoas a trabalharem juntas, cabe ao gestor da escola valorizar e motivar o
trabalho em equipe. O gestor vai influenciar indiretamente no trabalho do professor, para
isso há de se tornar agente facilitador na relação com o professor, proporcionando uma
estrutura escolar harmônica e organizada, em que o mesmo desenvolva autonomia para
um planejamento flexível, com oportunidade de acesso à formação continuada, resultando
em ações positivas, reflexivas e inovadoras, para uma aprendizagem consistente e sólida
tendo como objetivo a formação integral do educando.
10

Professores bem informados e bem formados são fundamentais para a orientação


competente de seus alunos. Sua atuação junto aos seus alunos deve ser aberta, com forte
liderança e perspectivas positivas orientadas para o sucesso (LUCK, 2009).

Deste modo é importante o amplo conhecimento do Projeto Político Pedagógico, a


elaboração do planejamento anual participativo, planos de trabalho e construção de um
currículo contextualizado com a realidade social dos alunos e do local. Currículo
contextualizado é utilizado para organizar os conteúdos de cada série, suas especificações
e objetivos, de modo que possam ser aplicados por meio dos planos de trabalho de
maneira concreta. Está incluído no Projeto Pedagógico da escola, e este é o instrumento
que apresenta os desejos da instituição e a sua proposta para a comunidade em que está
inserida, o que ela quer e onde quer chegar, regulamentado pelos PCNs (Parâmetros
Curriculares Nacionais).

Para Veiga (1995, p.11 e 13), o projeto político pedagógico é a própria organização do
trabalho pedagógico da escola como um todo, sendo construído e vivenciado em todos os
momentos, por todos os envolvidos no processo educativo da escola. O professor ao
realizar o seu planejamento precisa estar atendo ao projeto pedagógico da escola, que
determinará a sua intenção ao contemplar os conteúdos específicos, relacionando-os às
competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos.

O plano de aula é o instrumento utilizado pelo professor para o desenvolvimento de sua


ação pedagógica. Este deve estar de acordo com o projeto pedagógico, com objetivos,
metodologias, atividades e avaliação formativa de forma flexível que ao ser apresentado
às coordenações o mesmo possa ser reformulado ou adaptado, conforme as características
da turma.

O coordenador pedagógico ao desempenhar a sua função de planejar, coordenar, gerir,


acompanhar e avaliar as atividades curriculares da escola e da sala de aula deve assegurar
em conjunto com os professores a articulação da gestão e organização dos processos,
visando atingir níveis de qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens dos alunos.
Para Freire (1997)

É preciso e até urgente que a escola se torne um espaço acolhendo e multiplicador de


certos gestos democráticos como o de ouvir o outro, não por favor, mas por dever, o de
respeitá-los, o da tolerância, o do acatamento às decisões pela maioria a que não falte,
11

contudo o direito de quem diverge, de exprimir sua controvérsia. O gosto da pergunta, da


crítica, do debate.

O diretor responde pela organização administrativa, busca através de ações democráticas


a efetiva participação dos membros da comunidade escolar, estruturando setores para o
bom desenvolvimento e desempenho pedagógico e comprometido com a estabilidade
financeira da instituição. Através do conhecimento dos membros da escola desde
funcionários aos alunos e seus familiares, zela pela escola como um todo e possui a
autorreflexão de suas ações voltadas para a formação dos educandos. Através de uma
permanente reflexão, do gestor e da equipe escolar, se busca inovações de pensamentos,
disponibilidade e comprometimento para organizar e reorganizar ações e processos,
saindo da zona de conforto e sabendo ousar na hora certa em favor da comunidade escolar.
Para sair dessa zona de conforto, é importante que se tenha um pensamento que permita
ao gestor e a equipe escolar em geral a aceitação e consciência da formação contínua, pois
o ser humano nunca está acabado, sempre terá algo para aprender e repassar.

Morin (2007) destaca que no momento em se tem a reforma de pensamento fragmento


para um pensamento complexo e globalizado, no qual se consiga usar a
transdisciplinaridade, a instituição num todo é reformada, pois as disciplinas são todas
interligadas e isso possibilita uma ponte maior de conhecimento.

Conforme Ferreira (2008), a gestão atravessa nos dias de hoje, uma fase de profundas
transformações que se traduzem em diferentes medidas e tem por objetivo redefinir o
conceito de escola, reconhecer e reforçar sua autonomia; adotar modalidades de gestão
específicas e adaptadas à diversidade das situações existentes. A partir dessa nova
reorganização do saber surgem novas descobertas, e novas maneiras de enxergar que "é
impossível reconhecer as partes sem conhecer o todo, e o todo sem conhecer as partes"
(Morin, 2007, p.65).

A gestão da escola precisa estar atualizada com as novas Tecnologias de Informação e


Comunicação e ter atitudes inovadoras, sendo coerente e tendo consciência da sua
responsabilidade social de formar cidadãos aptos a interagirem na sociedade. A ampliação
das tecnologias da informação provoca uma desacomodação da prática profissional,
exigindo conhecimentos mais refinados para a atuação produtiva, formação mais flexível
para ser capaz de acompanhar a evolução tecnológica dos alunos e do contexto escolar.
As redes sociais possibilitam uma abrangência de ideias, e com isso surgem novos signos,
12

que são aceitos pela maioria como verdade, e se tornam parte da vida dessas pessoas,
esses signos se dão por meio da comunicação, ou seja, as mensagens que correlacionam
entre emissor e receptor.

Há de se prever que para um uso adequado dos meios de comunicação e das tecnologias
da informação como recurso didático nos processos de ensino e aprendizagem, é
importante serem observados alguns aspectos para sua efetivação. Tais aspectos são:
verificar a introdução da informática no ambiente escolar como forma de igualdade
social; averiguar a capacitação do professor para seu uso; adequar os conteúdos e
metodologias para essa modalidade, visando assim a sua implementação para uma efetiva
interação entre indivíduos e instrumento, a fim de permitir e facilitar os processos de
ensino e aprendizagem. Na escola, o uso desses instrumentos que se fazem pedagógicos
atualmente, deve ter um propósito, pois os mesmos transformam a realidade, o dia a dia
da maioria das pessoas, acelerando o modo de viver.

É na dificuldade de relacionamentos que cabe a escola ter um olhar global sobre este
aspecto, pois para que haja aprendizagem significativa por parte dos alunos, escola e pais
(comunidade em geral), devem ter uma boa interação entre si, somando o que existe de
positivo em cada um.

Desse modo, o gestor exercendo sua liderança, assumindo a sua função de facilitador,
mediando as práticas de ensino pelos professores, lhes proporcionando meios didáticos e
materiais para que possa desenvolver boas metodologias em sua prática pedagógica, é
que se faz uma escola democrática onde aos poucos consegue atingir seus objetivos e
fazer com que seus membros sejam agentes de transformação da sociedade em que fazem
parte.
13

Considerações Finais
A gestão escolar no contexto estudado surge para garantir o funcionamento da escola,
visando à promoção da aprendizagem, devendo para isso articular ações que
fundamentem os princípios e diretrizes educacionais constantes no projeto político
pedagógico da unidade escolar.

O gestor como líder educacional, deve integrar as ações educativas com consistência e
coerência, e coerência, mobilizando a comunidade escolar para novas aprendizagens e
novos saberes. A formação continuada surge como um novo olhar, uma reconstrução e
reformulação dos conceitos que o gestor com um perfil democrático fazendo-se
facilitador dos processos de ensino e aprendizagem deve ter como objetivo principal,
tendo consciência da importância de sua função na escola, e perante sua comunidade.

Desse modo enfatiza-se que em acordo com Morin (2007, p.81) "o conhecimento é uma
tradução seguida de uma reconstrução", ou seja, é essencial na influência cultural e resulta
novas visões de mundo para cada indivíduo.

O conhecimento se da por meio de informações, mas é interessante ressaltar que essas


informações precisam ser reformuladas por cada pessoa, apropriando-se assim de suas
ideias e reconstruindo-as, ou seja, é importante que o gestor, os professores, os alunos e
toda comunidade escolar consiga reaprender a pensar. Neste novo processo de reaprender
é que ocorre a ação política e as informações conseguem ser situadas de uma forma
contextualizada de acordo com a sociedade global em que vivemos. Morin (2007, p.86)
cita: "é a contextualização que tomal possível o conhecimento pertinente".

Assim, através do conhecimento é que se consegue instigar o cidadão ativo, participativo,


consciente de seus direitos e deveres, capazes de usar sua voz e vez para ser agente de
transformação em uma sociedade que é dinâmica e mutável, recebendo informações em
tempo real e de forma acelerada. É preciso fazer com os individuos consigam enfrentar
todas essas situações diárias, sabendo resolver problemas que por ventura possam ocorrer,
de maneira madura e sem frustrações.

Sendo assim, a formação continuada se faz essencial na carreira dos profissionais da


educação, em especial dos gestores, pois são eles que mobilizam a equipe escolar para a
busca da excelência educacional, influenciando o processo de aprendizagem e permitindo
através da educação a transformação da sociedade.
14

Referências bibliográfica:
Ferreira, Naura Syria Carapeto. Gestão democrática da educação: atuais tendências,
novos desafios. 6a ed. São Paulo, Cortez, 2008.

Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São


Paulo: Paz e Terra, 1996.

Freire, Professora Sim, Tia Não. Cartas A Quem Ousa Ensinar. São Paulo.

Libaneo, Jose Carlos. Organização e Gestão da Escola, teoria e prática. Ed. Alternativa,
2004.

Luck, Heloisa. Gestão educacional: uma questão paradigmática. Petrópolis: Vozes, 2006.

Luck, Heloisa. Perspectivas da Gestão escolar e Implicações quanto à formação de


gestores. Em aberto, Brasília V.17 p.7-10 Disponível
emhtpp:/www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/1088/990.

Luck, Heloisa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. PR, Curitiba: Ed.
Positivo, 2009.

Morin, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo:
Cortez, 2007.

Silva, Jerônimo Jorge Cavalcante. Gestão escolar participativa e clima organizacional.


Gestão em ação, Salvador v.4, 2001.

BORDGNON, G.; GRACINDO, R. V. Gestão da educação: o município e a escola. São


Paulo: Cortez, 2001.

_______. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Diário Oficial. Brasília, DF, n.248, 23 dez. 1996.

Você também pode gostar