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Vocabulário de Anatomia

O 'Vocabulário de Anatomia Humana' de Dessano Plum de Oliveira é uma obra que compila mais de mil termos anatômicos, traduzidos principalmente do latim e grego, com explicações simples para facilitar o entendimento de estudantes e professores. O livro visa ajudar na compreensão e memorização dos termos anatômicos, promovendo um aprendizado mais consciente e reflexivo. Além disso, inclui notas sobre a etimologia dos termos e um índice alfabético para facilitar a consulta.

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Vocabulário de Anatomia

O 'Vocabulário de Anatomia Humana' de Dessano Plum de Oliveira é uma obra que compila mais de mil termos anatômicos, traduzidos principalmente do latim e grego, com explicações simples para facilitar o entendimento de estudantes e professores. O livro visa ajudar na compreensão e memorização dos termos anatômicos, promovendo um aprendizado mais consciente e reflexivo. Além disso, inclui notas sobre a etimologia dos termos e um índice alfabético para facilitar a consulta.

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VOCABULÁRIO DE ANATOMIA

Dessano Plum de Oliveira


Copyright © by Dessano Plum de Oliveira

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá


ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer
outro meio eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou
outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação
sem prévia autorização por escrito do autor.

O48v Oliveira, Dessano Plum de, 1977-


Vocabulário de Anatomia Humana / Dessano Plum de Oliveira. - 1. ed.
- Minas Gerais: Biolivro, 2019.
ISBN 978-65-900742-1-8
1. Vocabulário – Dicionário. 2. Anatomia – Ciências médicas. 3.
Ciências biológicas – Biologia, ciências da vida. I. Título.
CDD – 611

Índice para catálogo sistemático:


1. Anatomia humana: Ciências médicas 611
Este livro é dedicado as minhas “meninas”, Patrícia, esposa querida
que está sempre ao meu lado, nos momentos difíceis e de muita
alegria, e a Isabelle, amada filha que preenche todos os espaços de
nossas vidas. Vocês são o motivo de nunca me deixar enfraquecer
nessa caminhada repleta de aventuras e desafios chamada Vida.
SOBRE O AUTOR

Dessano Plum de Oliveira é natural de Manaus no Amazonas,


residente na cidade de Itajubá em Minas Gerais, formado em ciência
biológicas, licenciatura e bacharelado, possui mestrado em ensino de
ciências e especialização em docência do ensino superior. Ministrou
aulas de anatomia, histologia, embriologia, biofísica e fisiologia na
Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, atual Faculdade de
Enfermagem Wenceslau. Na Universidade Federal de Itajubá,
ministrou aulas de ensino de ciências, estágio supervisionado,
instrumentação para o ensino de ciências, embriologia, biofísica,
anatomia e fisiologia humana.
Orientou trabalhos de iniciação científica no Fórum Interdisciplinar de
Ciências Básicas, do qual foi coordenador, publicou capítulo de livro e
artigo de revista sobre Curso Massivo Aberto Online em Anatomia,
participou como membro representante do corpo docente em
comissões de avaliação, desenvolveu e coordenou ligas acadêmicas,
atuou como coordenador dos laboratórios de anatomia e histologia,
participou de grupos de trabalho sobre pedagogia da autonomia no
aprendizado, letramento científico e tecnológico na escola básica e
conservação, manejo e uso das minas naturais de água doce.
Atualmente se dedica a escrever livros para o ensino superior sobre
Anatomia Humana, com o objetivo de atender as necessidades de
ensino e aprendizagem dos estudantes dos anos iniciais de graduação,
desenvolvendo conteúdo e instrumentos de apoio pedagógico.
AGRADECIMENTO

Ao finalizar este livro tive o prazer de relembrar momentos agradáveis


do período em que as palavras presentes neste vocabulário me
assustavam, e ao mesmo tempo despertavam o mais profundo interesse
no estudo da Anatomia Humana.
Essas lembranças também representam um pouco da história de cada
um que encontrei ao longo do caminho, desde a primeira aula de
anatomia até o dia que me tornei professor na Escola de Enfermagem
Wenceslau Braz, sob a coordenação do professor José Vitor da Silva,
que muito tenho a agradecer pelo incentivo e confiança.
Considero essencial agradecer a todos os alunos que me
acompanharam de perto, oportunizando admiração e aprendizado, e as
instituições de ensino que tive a honra de ser aluno e professor,
recebendo e compartilhando saberes ao longo desses anos de docência.
Portanto, este agradecimento é para você prezado(a) amigo(a), que me
ajudou no ensino e no aprendizado da Anatomia.
Dito isso, gostaria de agradecer em especial as seguintes pessoas: Irmã
Lucyla Junqueira Carneiro, José Vitor da Silva, Erwin Rolf Mádisson
Júnior e Antônio Eduardo Hermeto, por sempre estarem dispostos em
ajudar quando precisei.
APRESENTAÇÃO

Se você que está começando a estudar Anatomia e se sente confuso


com tantos nomes diferentes para memorizar, este livro foi escrito para
você. Se você estuda ou atua como professor de Anatomia e busca
entender o significado dos termos anatômicos, este livro também foi
escrito para você.
Ao escrever este livro pude me debruçar sobre um vocabulário extenso
de palavras diferentes e estranhas, escritas em diversos idiomas,
principalmente em latim e grego, tornando a compreensão e a
pronúncia um desafio até para os mais experientes.
Durante o ofício da docência percebi que os alunos tinham dificuldade
de entender o significado dos termos anatômicos. Muitos me
perguntavam: “Por que o processo coronóide tem este nome? Por que
o fígado é chamado de fígado? Por que a rótula agora é patela?”
Observei que durante a rotina de estudo os alunos buscavam decorar os
nomes sem a devida compreensão do seu significado, permitindo que
rapidamente esquecessem do conteúdo.
Dessa forma, acredito que quando revelamos o significado dos termos
anatômicos os nomes passam a fazer sentido, ajudando alunos e
professores no processo de associação e memorização das estruturas e
órgãos do corpo. Este processo é mais vantajoso do que o hábito de
“decorar nomes”, tornando os alunos mais motivados para o estudo
consciente, reflexivo e crítico da anatomia.
Refletindo sobre os benefícios deste processo, encontrei a motivação
necessária para começar a escrever este livro, trabalho que teve início
muitos anos antes de compor estas linhas, período que atuei como
monitor ajudando os colegas de curso e auxiliando os professores nas
aulas práticas de laboratório. Aprendi que ao ensinar eu também
aprendia, e ao traduzir os termos anatômicos os nomes passaram a ter
mais sentido e relevância do que estranheza, melhorando minha
capacidade de memorização e associação.
Este livro é também fruto da dedicação dos professores que me
estimularam durante a graduação, reflexo que encontro na tradução da
palavra Aluno, substantivo latino, Alumnus, de criança de peito,
indivíduo que está sendo nutrido, alimentado, não confundir com o A,
de ausência, negação e Lumen, de luz, pois nenhum aluno poderia ser
um indivíduo sem luz.
INTRODUÇÃO

O Vocabulário de Anatomia apresenta ao leitor uma coleção de mais


de mil termos anatômicos que são essenciais para o estudo da anatomia
teórica e prática, explicados de forma simples e objetiva. Todos os
termos foram traduzidos para o português com base em sua origem,
advindos principalmente do latim e do grego, alguns escritos em outros
idiomas, como o italiano, espanhol, francês, alemão e árabe.
Os capítulos foram organizados na ordem de A a Z, facilitando a
localização e a identificação dos termos anatômicos. Cada nome
começa com uma tradução direta, de maneira rápida e simples,
revelando o significado de cada termo. Os termos anatômicos que
correspondem aos órgãos e estruturas de maior relevância para o
estudo da anatomia, são abordados com maiores detalhes, facilitando a
compreensão de livros textos e atlas.
Os termos foram selecionados de forma voluntária, abrangendo muitas
palavras em conformidade com a Terminologia Anatômica atual,
entretanto, fez-se um esforço necessário para incluir termos antigos
que frequentemente são encontrados em textos, ensaios e artigos da
área, palavras que compõem um vocabulário específico e
desconhecido.
Ao final de cada termo há um espaço definido como “consulte
também” que oportuniza ao leitor associar uma tradução com outra,
confrontando definições similares e opostas, permitindo identificar
termos anatômicos ambíguos e correlatos.
Os epônimos que foram desvinculados da nomenclatura anatômica
atual, são resgatados nesta obra, visando ampliar a compreensão
etimológica dos termos anatômicos, apresentados em notas de rodapés
para facilitar sua identificação no corpo do texto, revelando
brevemente a personalidade histórica ou mitológica atribuída a
definição de certas estruturas e órgãos.
Portanto, este livro tem como objetivo principal facilitar a
compreensão dos termos anatômicos abordados no estudo teórico e
prático da anatomia, permitindo conhecer o significado das palavras
que compõem este vocabulário.
ÍNDICE

A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Z
ÍNDICE ALFABÉTICO

A
Abdômen
Abdominal
Abdução
Aberração
Abertura
Abóbada
Aborto
Acéfalo
Acelomado
Acessório
Acetábulo
Acidente
Ácino
Acinoso
Acrocefalia
Acrocefálico
Acrômio
Acústico
Adenoide
Aderência
Adiposo
Ádito
Adminículo
Adrenalina
Adução
Adunco
Adutor
Adventícia
Aferente
Agenesia
Agonista
Alantoide
Alça
Alocórtex
Álveo
Alvéolo
Amículo
Amígdala
Âmnio
Ampola
Anastomose
Anatomia
Anca
Ancôneo
Anel
Anencefalia
Anfiartrose
Angiologia
Ângulo
Ansiforme
Antagonista
Antebraço
Antélice
Antemural
Antítrago
Antro
Antropotomia
Anular
Ânus
Aorta
Aórtico
Aparelho
Apêndice
Apendicular
Apexiano
Apical
Ápice
Apículo
Apofisado
Apófise
Aponeurose
Aponevrose
Aponevrótico
Aqueduto
Aquoso
Aracnóide
Arcada
Arciforme
Arco
Aréola
Aritenóidea
Arquicórtex
Artelho
Artéria
Arteríola
Articulação
Articular
Artrite
Artródia
Artrodial
Artrologia
Artrose
Árvore
Asa
Assoalho
Astério
Astrágalo
Atlas
Auditivo
Aurícula
Auricular
Autônomo
Axila
Axilar
Áxis
Ázigos

B
Bacia
Bacinete
Baço
Bainha
Bálano
Barba
Basal
Base
Basial
Basilar
Básio
Bexiga
Bíceps
Bico
Bifurcação
Bigode
Bigorna
Bile
Biliar
Biogênese
Bizigomático
Boca
Bochecha
Bolsa
Bossa
Braço
Braquial
Braquicéfalo
Bregma
Bronquial
Brônquio
Bronquíolo
Bucinador
Bulbar
Bulbo
Buraco
Bursa

C
Cabeça
Cabelo
Cadáver
Caduca
Caixa torácica
Cajado
Cálamo
Calcâneo
Calcanhar
Calcar avis
Calcarino
Cálice
Caliciforme
Calo
Calosidade
Caloso
Calota
Calvária
Câmara
Canal
Canalículo
Canino
Capilar
Capitato
Capítulo
Cápsula
Capsular
Caracol
Carda
Cárdia
Cardíaco
Cárdico
Carina
Carne
Carótida
Carpo
Cartilagem
Cartilagíneo
Carúncula
Cauda
Caudal
Caverna
Cavernoso
Cavidade
Cavitário
Cavo
Cavum
Cecal
Ceco
Cefálico
Céfalo
Cefalorraquidiano
Celíaco
Celoma
Célula
Celular
Cerebelar
Cerebelo
Cerebral
Cérebro
Cerúmen
Cervical
Cerviz ou cérvix
Cesura
Chanfradura
Ciano
Ciático
Ciato
Cicatriz
Ciliar
Cilindrocefalia
Cilindrocéfalo
Cilindro-eixo
Cilindroide
Cílio
Cimento ou cemento
Cineura
Cíngulo
Cintura
Circunflexo
Circunvolução
Cissura
Cisterna
Cístico
Claustro
Clava
Clavícula
Clavicular
Clinoide
Clitoridiano
Clitóris
Clivo
Cnêmios
Cóano
Cóccix
Cóclea
Coclear
Colateral
Colédoco
Cólico
Colo
Cólon
Colostro
Columela
Coluna
Colunas carnudas
Coluna vertebral
Comissura
Comissural
Compartimento
Complexo
Comunicante
Conário
Concha
Condilartrose
Condiliano
Côndilo
Condiloide
Condral
Condro
Condrocrânio
Condroide
Conduto
Condutor
Cone
Confluência dos seios
Cônico
Conjuntiva
Conoide
Coração
Coracoide
Coracoidiano
Corda
Cordão
Cório
Córnea
Corneal
Corneto
Corniculado
Corno
Coroa
Coroide
Coronal
Coronário
Coronoide
Corpo
Corpuscular
Corpúsculo
Corrediça
Corrugador
Corte
Córtex
Costa
Costal
Costela
Costureiro
Cótilo
Cotiloide
Cotovelo
Couro cabeludo
Coxa
Coxal
Coxim
Cranial
Craniano
Crânio
Cremaster
Cribriforme
Cricoide
Cripta
Criptózigo
Crista
Cristalino
Crossa
Cruciforme
Crural
Cubital
Cúbito
Cuboide
Cucular
Cúlmen
Cuneiforme
Cúneo
Cúpula
Curso dos pelos
Curvatura
Cúspide
Cutâneo
Cutícula
Cuticular
Cútis

D
Dácrio
Dartos
Declive
Decussação
Dedo
Deferente
Deltoide
Dentado
Dental
Dente
Dente barrado
Dente de leite
Dente do siso
Dentina
Depressor
Dermátomo
Derme
Desmocrânio
Desmodonte
Detrusor
Diafanização
Diáfise
Diafragma
Diartranfiartrose
Diartrodial
Diartrose
Diástema
Dídimo
Diencéfalo
Digástrico
Digestório
Díploe
Diploico
Disco
Dissecar
Dissecção
Distal
Divertículo
Dolicocefalia
Dolicocéfalo
Dorsal
Dorso
Dúctulo
Duodenal
Duodeno
Dural
Dura-máter
E
Écrino
Ectópico
Eferente
Efípio
Eixo
Ejaculatório
Elíptico
Embrião
Embriologia
Embrionário
Eminência
Emunctório
Enartrodial
Enartrose
Encaixe
Encefálico
Encéfalo
Endocárdio
Endocérvice
Endócrino
Endolinfa
Endométrio
Endomísio
Endoneuro
Endósteo
Endotelial
Endotélio
Ensiforme
Entérico
Entrecruzamento
Epactal
Epêndima
Ependimário
Epicondiliano
Epicôndilo
Epiderme
Epidérmico
Epididimário
Epidídimo
Epifisário
Epífise
Epigástrico
Epigástrio
Epiglote
Epiglótico
Epimísio
Epinefrina
Epineuro
Epiploico
Epíploo
Epitálamo
Epitelial
Epitélio
Epitróclea
Epitrocleano
Eponíquio
Epoóforo
Equador
Ereção
Escafa
Escafa
Escafocefalia
Escafocéfalo
Escafoide
Escafoidiano
Escaleno
Escama
Escamoso
Escápula
Escapular
Escavação
Escavação pelviana
Esclera
Escoliose
Escrotal
Escroto
Esfenocefalia
Esfenoidal
Esfenoide
Esfíncter
Esmalte
Esmegma
Esôfago
Espaço
Esperma
Espermático
Espinha
Espinha dorsal
Espinhal
Espinhoso
Esplâncnico
Esplancnografia
Esplancnologia
Esplancnopleura
Esplênico
Esporão
Esquelético
Esqueleto
Esqueletologia
Esqueletopeia
Esquindilese
Estafilino
Estapédio
Estatocônios
Estefânico
Estefânio
Estenocefalia
Estenocéfalo
Esternal
Estérnebra
Esternebral
Esterno
Estômago
Estomáquico
Estrato
Estreito
Estria
Estribo
Estroma
Etmoide
Exócrino
Extensão
Extensor
Extremidade

F
Face
Faceta
Facial
Falange
Falciforme
Faringe
Fáscia
Fasciculado
Fascículo
Fastígio
Fauces
Feixe
Fel
Feminino
Femoral
Fêmur
Fenestrado
Fenózigo
Ferrolho
Feto
Fibra
Fibrila
Fibrilar
Fibriloso
Fibroso
Fíbula
Fibular
Fígado
Filamento
Filtro
Fímbria
Fio
Fissura
Flexão
Flexor
Flexura
Focinho de tenca
Foice
Foice do cerebelo
Foice do cérebro
Folheto
Folículo
Fontanela
Forame
Forâmina
Formol
Fórnice
Fórnix
Fossa
Fosseta
Fóvea
Fóvea central
Franja
Freio
Frênico
Frênulo
Frontal
Fronte
Fundo
Fungiforme
Funicular
Funículo
Fúrcula

G
Gálea
Ganchoso
Gânglio
Gânglio de gasser
Garganta
Gáster ou gástro
Gastrocnêmio
Gêmeo
Gengiva
Gengival
Geniana
Geniano
Geniculado
Gênio
Gínglimo
Girencéfalo
Giro
Glabela
Glande
Glândula
Glena
Glenoidal ou glenoidea
Globo ocular
Glomérulo
Glomo
Glote
Glótico
Glúteo
Gônada
Gonfose
Goni
Goníaco
Gônio
Goteira
Gravata suíça
Gubernáculo
Gutural

H
Habênula
Hálux
Hamato
Hâmulo
Harmônica
Haustro
Hélice
Helicíneo
Helicotrema
Hélix
Hemal
Hemiázigo
Hemisfério
Hemorroida
Hemorroidal
Hepático
Hialino ou hialina
Hialoide
Hialoidiano
Hiato
Hilário
Hilo
Hímen
Himenal
Hioide ou hipsiloide
Hipocampo
Hipocôndrio
Hipoderme
Hipodérmico
Hipofisário
Hipófise
Hipogástrico
Hipogastro
Hipoglosso
Hipotenar
Hipsocefalia
Hipsocéfalo
Hormônio
Humor

I
Íleo
Ileocecal
Ileografia
Ileologia
Ilhotas
Ilíaco
Ílio
Impressão
Incisão
Incisura
Indúsio cinzento
Inferior
Ínfima
Infra
Infundíbulo
Ingrassial
Ingrassias
Iníaco
Ínio
Ínion
Inosculação
Insulina
Intercondiliano
Intercostal
Interespinhoso
Interósseo
Intersecção
Intertransversário
Intestinal
Intestino
Íntima
Intrínseco
Intumescência
Invaginação
Irídica
Íris
Isocórtex
Isquiático
Ísquio
Ístmico
Istmo

J
Janela
Jarrete
Jecoral
Jejuno
Jejuno-íleo
Joelho
Jugo
Jugular
Junção
Juntura

L
Lábio
Labiríntico
Labirinto
Lacerto
Lactífero
Lacuna
Lagar
Lagarto
Lago lacrimal
Lagrima
Lagrimal
Lambda
Lâmbdico
Lambdoide
Lamela
Lameloso
Lâmina
Lanugem
Laringe
Lateral
Leiótrico
Lemnisco
Lente
Lenticular
Lienal
Ligamento
Limbo
Límen
Linfa
Linfático
Linfonodo
Língua
Lingual
Língula
Linha
Líquido
Líquido cerebrospinhal
Lira
Lissencéfalo
Lobado
Lobo
Lobular
Lóbulo
Lócus
Lofótrico
Lombar
Lombo
Lumbrical
Lúnula

M
Maceração
Mácula
Magno
Malar
Malear
Maleolar
Maléolo
Mama
Mamário
Mamilado
Mamilão
Mamilo
Mamilonado
Mandíbula
Mandibular
Manto
Manúbrio
Marfim
Margem
Martelo
Masculino
Masseter
Masseterino
Mastóideo
Maxila
Maxilar
Meato
Mecônio
Medial
Mediastinal
Mediastino
Medula
Medula alongada
Medula espinhal
Medula oblonga
Medular
Membrana
Membraniforme
Membranoso
Membro
Membro viril
Meninge
Meníngeo
Meniscal
Menisco
Menisco articular
Menstruação
Mento
Mentoniana
Mesaraico
Mesartéria
Mesaticefalia
Mesaticefálico
Mesaticéfalo
Mesencéfalo
Mesentérico
Mesentério
Mesocéfalo
Mesocolon
Mesocórtex
Mesocrânio
Mesófrio
Mesogástrico
Mesogástrio
Mesolobo
Mesométrio
Mesórquio
Mesorreto
Mesossalpinge
Mesovário
Metacarpiano
Metacarpo
Metáfise
Metatálamo
Metatarsiano
Metatarso
Metencéfalo
Metópico
Micção
Microcáulia
Microcáulico
Microcefalia
Microcéfalo
Mielencefálico
Mielencéfalo
Mielina
Milofaringiano
Milo-glosso
Milo-hióide
Miloidiano
Miocárdio
Miofibrila
Miolema
Miologia
Miométrio
Mirtiforme
Mitral
Modíolo
Molar
Monte de vênus
Muco
Mucosa
Mucosidade
Mucoso
Mucro
Mucrônico
Multângulo
Muscular
Musculatura
Músculo
Musculocutâneo
Musculodérmico
Musculoelástico
Musculomembranoso
Musculoso
Musculotendinoso
N
Nádega
Narina
Nariz
Nasal
Naso
Nates
Navicular
Naviforme
Neocerebelo
Neocórtex
Nervo
Neurilema
Neuro
Neurocrânio
Neurofibra
Neuroglia
Neuro-hipófise
Neurologia
Neuronal
Neurônio
Nevraxe
Nevróglia

Nociceptor
Nodular
Nódulo
Nuca
Núcleo

O
Obélio
Óbex
Oblíquo
Oblonga
Obturador
Occipital
Oculomotor
Odontóide
Ófrio
Oftálmico
Olecraniano
Olecrânio
Olécrano
Olfativo
Olfato
Olfatório
Olho
Oliva
Ombro
Omental
Omento
Omo
Omoplata
Onfálico
Ônfalo
Opérculo
Opístio
Oponente
Oposição
Óptico
Opto-striado
Orbicular
Orbita
Orbitário
Orelha
Órgão
Orifício
Ósseo
Ossículo
Ossificação
Ossiforme
Osso
Osteoblasto
Osteócito
Osteoclasto
Osteocondral
Osteogênese
Osteogenia
Osteologia
Óstio
Ostium
Ótico
Ouvido
Ovário
Ovissaco
Óvulo
Oxicefalia
Oxicéfalo

P
Paladar
Palatal
Palatino
Palato
Paleocerebelo
Paleocórtex
Pálido
Palmar
Pálpebra
Palpebral
Pampiniforme
Pâncreas
Pancreático
Panículo
Papila
Papilar
Papiráceo
Paracolo
Paradídimo
Paramétrio
Paraoóforo
Parassimpático
Paratireoide
Parede
Parênquima
Parenquimatoso
Parietal
Parótida
Parotidiano
Parva
Pata de ganso
Patela
Pavilhão

Pecíolo
Pécten
Pectínea
Pectíneo
Pedartículo
Pedículo
Pedioso
Pedúnculo
Peito
Peitoral
Pele
Pelve
Pélvico
Penicílio
Pénil
Pênis
Pente
Perfurante
Pericárdio
Pericário
Pericôndrio
Perilinfa
Perimétrio
Perimísio
Perineal
Períneo
Perineuro
Periodonto
Periósteo
Perióstico
Peritélio
Peritoneal
Peritônio
Perna
Peroneiro
Perônio
Pertuito
Pescoço
Pia-máter
Pilar
Pilórico
Piloro
Pineal
Piramidal
Pirâmide
Pirgocefalia
Pirgocéfalo
Piriforme
Pisiforme
Pituitária
Placenta
Plagiocefalia
Plagiocéfalo
Plantar
Plastrão
Platicefalia
Platicéfalo
Platisma
Pleura
Pleural
Plexo
Plexo braquial
Pneumático
Polegar
Polo
Polpa
Ponte
Pontino
Poplíteo
Poro
Porta
Precordial
Precórdio
Prega
Prepúcio
Prócero
Processo
Proeminente
Prognata
Prognatismo
Promontório
Pronação
Pronador
Próstata
Prostático
Protração
Protrusão
Protuberância
Protuberancial
Protuso
Proximal
Psoas
Pterigoide
Ptério
Pubiano
Púbis
Pudendo
Pulmão
Pulmonar
Pulpar
Pulso
Pulvinar
Punho
Pupila
Pupilar
Putame

Q
Quadrado
Quadríceps
Quadricipital
Quadrigêmeo
Quadril
Quarto ventrículo
Quiasma
Quilífero
Quilo
Quimo

R
Radiação
Radial
Radícula
Radicular
Rádio
Rafe
Raiz
Ramalhete
Ramificação
Ramo
Rampa
Ramúsculo
Ranhura
Ranino
Rânula
Raque
Recesso
Recorrente
Rede
Redondo
Região
Regional
Rego
Renal
Restiforme
Retal
Reticulado
Retículo
Retina
Reto
Retroduodenal
Retropúbico
Rim
Rima
Rinencefálico
Rinencéfalo
Rino
Risório
Ritmo
Rochedo
Rombencéfalo
Romboide
Rostro
Rotação
Rótula
Rugosidade

S
Saco
Saco
Sacro
Sacular
Saculiforme
Sáculo
Safeno
Sagital
Saliva
Salpinge
Sangue
Sarcolema
Sarcômero
Sartório
Secreção
Segmento
Seio
Sela
Sêmen
Semicanal
Semilunar
Semimembranoso
Seminal
Seminífero
Semitendinoso
Sensitivo
Septal
Septo
Serosa
Sesamóide
Sigmoide
Simpático
Sinapse
Sinartrose
Sincipúcio
Sincondrose
Sindesmologia
Sindesmose
Sínfise
Sinostose
Sinóvia
Sinovial
Siso
Sistema
Sístole
Sóleo
Subclávio
Subículo
Sublingual
Submandibular
Submentual
Substância
Subtálamo
Suco
Sudorípara
Sulco
Superciliar
Supercílio
Supinação
Supinador
Supino
Supra
Sura
Sural
Sutura

T
Tálamo
Talão
Talar
Tálus
Tarsiano
Tarso
Tectória
Tegme
Tegmento
Tegumento
Tela
Telencéfalo
Têmpora
Temporal
Tenar
Tenca
Tenda
Tendão
Tendão de aquiles
Tênia
Tentório
Terceiro ventrículo
Testa
Testes
Testicular
Testículo
Tíbia
Tibial
Timo
Timpânico
Tímpano
Tireoide
Tonsila
Torácico
Tórax
Torcular
Toro
Trabécula
Trago
Transversário
Transverso
Trapézio
Trapezoide
Traqueia
Trato
Triangular
Triangulo
Tríceps
Tricúspide
Triglóquina
Trígono
Trigonocefalia
Trigonocéfalo
Tripé
Trocânter
Trocanteriano
Tróclea
Troclear
Trocóide
Trompa
Tronco
Troquino
Troquiter
Tuba
Tubário
Túber
Tubérculo
Tuberosidade
Tubo
Túnica
Turbilhão

U
Ulna
Ulnar
Ulo
Ulótrico
Umbigo
Umbilical
Umeral
Úmero
Unciforme
Uncinado
Úncus
Unguis
Úngula
Unha
Úraco
Ureter
Uretra
Útero
Utrículo
Úvula

V
Vacuolar
Vacúolo
Vagina
Vaginal
Vago
Valécula
Valva
Válvula
Valvular
Vaso
Vasto
Veia
Velus
Venoso
Ventral
Ventre
Ventrículo
Vênula
Verga
Verme
Vermiforme
Vértebra
Vertebral
Vértice
Verumontanum
Vesícula
Vesicular
Vestíbulo
Vestígio
Véu medular
Véu palatino
Vibrissa
Vilosidade
Víscera
Visceral
Vítreo
Vômer
Vórtex
Vórtice
Vulva

X
Xifoide

Z
Zigoapofisário
Zigoma
Zigomático
Zona
Zônula
A

ABDÔMEN
Substantivo latino Abdomen, Abdominis, de Abdo, escondido, oculto e
Ome, tripa de animal. Abdômen é o nome dado para segmento
cavitário do tronco situado entre o tórax e a pelve, onde as vísceras
estão alojadas e omitidas para o meio externo. O termo tripa, faz parte
da compreensão primitiva sobre os órgãos escondidos na cavidade
abdominal.
Consulte também: víscera.
ABDOMINAL
Adjetivo relativo ao abdômen, de abdome. Por exemplo: Aorta
abdominal (parte descendente da aorta que se estende na cavidade do
abdome).
Consulte também: abdômen.
ABDUÇÃO
Substantivo latino Abdutio, Abdutionis, de Ab, afastar para longe e
Duco, de conduzir. Abdução é o nome dado para os movimentos de
certa parte do corpo que se afastam do plano mediano, o contrário de
adução.
Consulte também: adução.
ABERRAÇÃO
Substantivo latino de Ab, a partir, separação e Erra, desviar, extraviar.
Aberração é o nome dado para os desvios físicos que são considerados
incompatíveis com a vida.
Consulte também: anencefalia.
ABERTURA
Substantivo latino Apertura, de abrir, entrar. Abertura é o nome dado
para as entradas ou grandes orifícios do corpo e de certos órgãos que
permitem o acesso ao interior de uma cavidade, canal ou seio.
Consulte também: ádito, hiato.
ABÓBADA
Substantivo latino Fornix, relativo a Fórnice, em forma de arco.
Abóbada é o nome dado para a superfície convexa e lisa da parte
superior do crânio. O termo foi incorporado ao vocabulário anatômico
devido a comparação com a arquitetura em forma de arco apoiada
sobre duas colunas, muito utilizada pelos mesopotâmios, egípcios e
gregos.
Consulte também: fórnice, cúpula, calvária, vértice.
ABORTO
Substantivo do latino Ab, a partir, separação e Ortu nascido. Aborto é
o nome dado para a interrupção do desenvolvimento do feto durante a
gestação, de maneira natural ou induzida.
Consulte também: embrião, feto.
ACÉFALO
Adjetivo grego A, de ausência e Kephal, cabeça, que não tem cabeça.
Consulte também: anencefalia.
ACELOMADO
Substantivo grego A, sem, de ausência e Koilo, oco, ventre e O-ma,
conjunto. Acelomado é o nome dado para os animais que não possuem
celoma.
Consulte também: celoma.
ACESSÓRIO
Substantivo latino Accessorius, de acessório e Ascedere, colocar a
mais, acrescentar. Acessório é o nome dado para as estruturas que são
suplementares à outras, geralmente esse termo é associado ao conceito
dos vasos sanguíneos, nervos e ductos, que atribuem suplementação a
determinado fluxo ou corrente principal.
Consulte também: recorrente.
ACETÁBULO
Substantivo latino Acetabulum, Acetabuli, referente a vinagre,
vinagreira, recipiente, tigela, vasilhame. Acetábulo é o nome dado para
a cavidade funda e esférica situada no quadril onde a cabeça do fêmur
se encaixa, análoga ao utensílio utilizado pelos romanos para
armazenar vinagre e servir vários tipos de condimentos, como salada,
vinho e mel.
Consulte também: cavidade, cotiloide, fêmur.
ACIDENTE
Substantivo latino Ad, de junto, Cad, queda mais Nte, que faz
acontecer, que ocorre. Acidente é o nome dado para a estrutura
anatômica de aparência espontânea, irregular, imprevisível, análoga a
concepção do vocábulo acidente, do que acontece de forma imprevista,
acidental.
Consulte também: tubérculo, espinhal.
ÁCINO
Substantivo latino Acinus, Acini, de bago, fruto em forma de cacho.
Ácino é o nome dado para as glândulas exócrinas formadas por
pequenas unidades secretoras, cujo arranjo estrutural lembra um
pequeno cacho de uva. Essas unidades são conhecidas como células
acinosas com a função de produzir e liberar substâncias proteicas ou
glicoproteicas por meio de ductos em cavidades ou seios.
Consulte também: ilhota, glândula.
ACINOSO
Referente ao termo Ácino, relativo à estrutura glandular em forma de
cacho.
Consulte também: ácino.
ACROCEFALIA
Substantivo latino Ákros, elevado, pontudo e Kephalé, cabeça.
Acrocefalia é o nome dado para os crânios com aspecto pontiagudo
cuja a forma lembra a ponta de um foguete devido a ossificação
precoce da sutura sagital. A cranioplastia é o procedimento cirúrgico
utilizado para corrigir deformações cranianas severas.
Consulte também: cilindrocéfalo, pirgocefalia.
ACROCEFÁLICO
Relativo ao termo acrocefalia.
Consulte também: acrocefalia.
ACRÔMIO
Substantivo latino Ákros, Ákrou, ponta, extremidade e Ômus, ombro.
Acrômio é o nome dado a estrutura óssea proeminente projetada a
partir da espinha da escápula, dando a extremidade dos ombros a
forma de ombreira.
Consulte também: escápula, omoplata.
ACÚSTICO
Substantivo grego Akustykós, de auditivo, acústico e Akoamai, ouvir.
Acústico é o nome dado antigamente para o nervo acústico, atual
vestíbulococlear, oitavo nervo craniano.
Consulte também: vestibulococlear.
ADENOIDE
Substantivo grego de Adén, de glândula, nódulos, Eidos, que expressa
forma, semelhança. Adenoide é o nome clínico dado para a estrutura
nodular formada de tecido linfático próxima a garganta, situada na
parte superior da faringe. O mesmo que tonsila faríngea.
Consulte também: tonsila, amígdala.
ADERÊNCIA
Substantivo latino Adherentia, de adesão, colado. Ad, perto de e
Hoerere, grudar. Aderência é o nome dado para a aderência
intertalâmica situada no diencéfalo, mais ou menos no centro da
hemiface do tálamo a partir de um corte sagital, corresponde a
estrutura de contato entre as metades direita e esquerda do tálamo que
se tocam.
Consulte também: tálamo, comissura.
ADIPOSO
Substantivo latino Adiposus, de Adeps, gordura, banha. Adiposo é o
nome dado para o tecido constituído de células adiposas, de gordura. A
palavra criada por tradutores da obra de Avicena1 na idade média,
derivada do latim Adeps, de banha, gordura de animal, aplicada na
descrição do tecido gorduroso que preenche os espaços corporais, que
torna a feição do rosto atenuada. O tecido adiposo é o tipo de tecido
conjuntivo constituído por adipócitos, cuja função é armazenar
triglicerídios resultando no acúmulo de gordura encontrada em certas
partes do corpo (abdômen, costas, braços e pernas). Por exemplo: A
hipodérmica é composta por tecido adiposo podendo ser mais ou
menos espessa dependendo do padrão hormonal masculino ou
feminino.
Consulte também: panículo.
ÁDITO
Substantivo latino Aditus, Aditus, entrada, abertura. Ádito é o nome
dado para o local de entrada (abertura) de um órgão. Por exemplo:
Ádito da laringe (entrada para o vestíbulo da laringe quando a epiglote
se abre durante a respiração).
Consulte também: hiato; hilo.
ADMINÍCULO
Substantivo latino Adminiculum, de sustentação, apoio, de subsídio,
Adminicula Laris, de colunas de sustentação de altares em casas
romanas. Adminículo é o nome dado para a estrutura de sustentação da
linha alba (linha branca).
Consulte também: linha branca.
ADRENALINA
Substantivo latino Ad, ao lado e Ren, de rim e Ina, referente ao
princípio ativo. Adrenalina é o nome dado para o hormônio sintetizado
nas glândulas suprarrenais, também chamadas de glândulas adrenais,
relativo a adrenalina, situadas sobre o polo superior de cada rim.
Consulte também: rim, epinefrina.
ADUÇÃO
Substantivo latino Adductio, Adductionis, de puxar para próximo.
Adução é o nome dado para o movimento de certa parte do corpo que
aproxima do plano mediano, o contrário de abdução.
Consulte também: abdução.
ADUNCO
Substantivo latino Aduncus, de Ad, a maneira de, e Uncus, gancho.
Adunco é o antigo nome dado para o osso adunco (ganchoso), atual
hamato, quarto osso da segunda fileira do carpo, ligeiramente curvado
cuja forma lembra um gancho. Adunco também é o nome clínico dado
ao formato do nariz análogo ao bico de uma águia, principalmente
quando o indivíduo sorri.
Consulte também: hâmulo, unciforme.
ADUTOR
Relativo com o movimento de adução. Por exemplo: Músculo adutor
do polegar (músculo que afasta o polegar da linha média que cruza
verticalmente o terceiro dedo da mão).
Consulte também: adução.
ADVENTÍCIA
Substantivo latino Ad, de perto e Venire, de vir, faz referência aos
estrangeiros. Adventícia é o nome dado para o tipo de tecido de
revestimento que forma invólucros externos, dando a impressão de que
o envoltório advém de tecidos adjacentes.
Consulte também: cápsula.
AFERENTE
Substantivo latino Afferens, Afferentis, de Ad, direção e Ferens, de
trazer, conduzir. Aferente é o nome dado para as estruturas
direcionadas ou que direcionam para o centro uma determinada ação
física ou química. Por exemplo: Fibras aferentes (neurônios sensitivos
que convergem o impulso nervoso da parte periférica do corpo para o
centro do sistema nervoso). É o oposto de eferente.
Consulte também: eferente.
AGENESIA
Adjetivo grego A, de negação, ausência e Genne, que gera, forma, que
não se forma.
Consulte também: biogenese.
AGONISTA
Adjetivo grego Agon, de combate e Íst, que faz, de ação, referente aos
músculos que efetuam um determinado tipo de movimento, contrário
de antagonista. Por exemplo: Músculos bíceps braquial (músculo
agonista na flexão do braço e antagonista no movimento contrário).
Consulte também: antagonista.
ALANTOIDE
Substantivo latino Allantoidés, de Allás, chouriço, salsicha e Eidos,
referente a forma. Alantoide é o nome dado para vesícula vestigial que
se estende do seio urogenital ao umbigo, funcionando como órgão de
respiração e armazenando resíduos excretórios em embriões de aves e
mamíferos, cujo formato lembra uma salsicha, tornando-se mais tarde
o ligamento umbilical médio em seres humanos.
Consulte também: úraco, placenta.
ALÇA
Substantivo latino Ansa, Ansae, de asa, alça de garrafa. Alça é o nome
dado para as estruturas anatômicas curvadas cujo formato lembra a asa
de um pássaro, análoga a alça de garrafa. Por exemplo: Alça fibrosa do
tendão intermédio do músculo digástrico (tendão fibroso e cilíndrico
que separa o músculo digástrico em dois ventres anterior e posterior);
Alça cervical (nervo derivado do plexo cervical originário das raízes
de C1 e C2); Alça anastomótica das artérias jejunais (ramo da artéria
mesentérica jejunal); Alça de Henle2 (túbulo coletar delgado
encontrado na medula renal dos rins); etc.
Consulte também: asa.
ALOCÓRTEX
Substantivo latino Allocortex, de All, outro e Cortex, córtex. Alocórtex
é o nome dado para a parte do córtex cerebral cuja as fibras nervosas
não estão dispostas em camadas (estratos) como o isocórtex. O
alocórtex apresenta um número menor de estratos em comparação com
partes filogeneticamente mais recentes, permanecendo
morfologicamente mais simples, correspondente ao arquicórtex e ao
paleocórtex, partes associadas ao comportamento emocional e olfato.
Consulte também: isocórtex, arquicórtex.
ÁLVEO
Substantivo latino Álveo, Alveus, cavidade anã. Álveo é o nome dado
para a pequena região situada no hipocampo.
Consulte também: hipocampo.
ALVÉOLO
Substantivo latino Álveo, pequena cavidade oca. Alvéolo é o nome
dado para as estruturas saculares ocas situadas nas extremidades dos
bronquíolos terminais e ductos respiratórios, cujo formato lembra
favos de mel vazios, como evaginações do epitélio em forma de cálice
cheios de ar. Entretanto, outra estrutura anatômica compartilha o
mesmo significado. Por exemplo: Alvéolo dentário (conjunto de
pequenas cavidades incrustadas nas arcadas dentárias que servem para
fixação das raízes dos dentes).
Consulte também: fóvea, fosseta.
AMÍCULO
Substantivo latino Amiculum, manto, véu. Amículo olivar é o nome
dado para o acidente anatômico cuja forma lembra um manto que
recobre o núcleo olivar situado no tronco encefálico.
Consulte também: manto.
AMÍGDALA
Substantivo latino Amygdala, Amygdalae, de amêndoa, semelhante ao
fruto de árvore da família Rosaceae, fruto seco. Amígdala é o nome
clínico dado para o par de glândulas de tecido linfático situada em
ambos os lados próximo ao istmo da cavidade oral, entre os pilares do
arco palatoglosso e palatofaríngeo. O mesmo que tonsila palatina.
Consulte também: tonsila, adenóide.
ÂMNIO
Substantivo latino Amníon, Amníou, vaso que contém o sangue de
animais imolados mortos em sacrifício. Âmnio é o nome dado ao
envoltório (bolsa) cheia de líquido amniótico cuja função é proteger o
feto durante o período gestacional. É também conhecido popularmente
como bolsa d’água.
Consulte também: placenta.
AMPOLA
Substantivo latino Ampulla, Ampullae, de bolha, dilatação. Ampola é o
nome dado para as extremidades dilatadas de determinados órgãos e
estruturas. Por exemplo: Ampola membranácea (dilatação dos canais
semicirculares do ouvido interno); Ampola do ducto deferente
(dilatação da extremidade do ducto deferente próximo a vesícula
seminal); Ampola hepatopancreática de Vater3 (dilatação da
extremidade do ducto condutor de bile e sulco pancreático situado na
segunda porção do duodeno); etc.
Consulte também: seio, antro.
ANASTOMOSE
Substantivo grego Anastomosis, de Aná, partes e Estoma, de boca.
Anastomose é o nome dado para a união de duas bocas (abertura), do
encontro das extremidades de dois vasos sanguíneos. Por exemplo:
Anastomose das veias jugulares (abocamento das duas veias jugulares
externa e interna ao nível da veia jugular comum direita e esquerda).
Consulte também: inosculação.
ANATOMIA
Substantivo latino Anatomia, do grego Anatome, de Ana partes e,
Tomia, de corte, secção. O mesmo que dissecação e dissecção.
Anatomia é o nome dado para a ciência milenar que estuda as partes
macro e microscópicas do corpo dos animais. Como ramo de estudo da
biologia, se preocupa em descrever e pesquisar a forma, a situação e a
função das estruturas que constituem um determinado organismo vivo
ou morto. O estudo da Anatomia pode ocorrer por diferentes tipos de
abordagem: Anatomia sistêmica, topográfica, regional, clínica,
patológica, exploratória, etc. Entretanto, costuma-se priorizar o estudo
da Anatomia de forma teórica, enquanto que o estudo prático ocorre
por meio de atividades que consiste na dissecação ou dissecção de
cadáveres.
Consulte também: dissecção, cadáver.
ANCA
Relativo ao sânscrito Anka, de quadril. Anca (ancas) é o nome
rudimentar dado para as proeminências avantajadas entre a cintura e as
coxas devido ao acúmulo de gordura ao redor do quadril (bacia),
principalmente entre as mulheres.
Consulte também: bacia, quadril.
ANCÔNEO
Substantivo grego Ancon, Anconis ponta, extremidade. Ancôneo é o
nome dado para o músculo de mesmo nome, músculo ancôneo, cujo
formato lembra um triângulo, situado entre o epicôndilo lateral do
úmero e o olécrano da ulna.
Consulte também: cotovelo, cúbito.
ANEL
Substantivo latino Annulus, de círculo. Anel é o nome dado para várias
estruturas cuja forma lembra um anel. Por exemplo: Anel inguinal
(abertura anular na região inguinal, entre a pelve e a coxa); Anel
femoral (abertura anular da fáscia muscular que recobre a coxa); Anel
umbilical (abertura anular situada na cicatriz umbilical); etc.
Consulte também: esfíncter, cricoide.
ANENCEFALIA
Substantivo grego An, sem e Enkephalos, de encéfalo. Anencefalia é o
nome dado para a má-formação do tubo neural que ocorre na fase
intrauterina por volta do 16º e 26º dia de gestação, caracterizado pela
ausência parcial do encéfalo e consequentemente da calota craniana,
devido ao fechamento defeituoso do tubo neural.
Consulte também: aberração, acéfalo.
ANFIARTROSE
Substantivo grego Amphiartrósis, de Amphí, iguais, de ambiguidade, e
Arthrósis, articulação, de junta. Anfiartrose é o nome dado para as
articulações semimóveis cujo material interposto é do tipo
fibrocartilaginoso. Por exemplo: Articulação tibiofibular distal
(anfiartrose situada entre a tíbia e a fíbula próxima ao tornozelo).
Consulte também: gonfose.
ANGIOLOGIA
Substantivo grego Angeiología, de Angéion, vaso, de duto e Lógia, de
estudo. Angiologia é o nome dado para a ciência que estuda a estrutura
e as funções dos vasos sanguíneos.
Consulte também: artéria.
ÂNGULO
Substantivo latino Angulus, de ângulo, canto. Ângulo é o nome dado
para as estruturas anatômicas que mudam subitamente de direção
criando uma inclinação acentuada. Por exemplo: Ângulo da boca
(canto da boca que converge no encontro dos dois lábios); Ângulo do
esterno (inclinação acentuada entre o manúbrio e o corpo do osso
esterno); Ângulo da mandíbula (inclinação entre o corpo e o ramo da
mandíbula); etc.
Consulte também: gônio.
ANSIFORME
Referente as estruturas anatômicas cuja forma lembra a asa de um
pássaro.
Consulte também: alça, asa.
ANTAGONISTA
Adjetivo grego Antí, contra e Agon, combate e Íst, que faz, de ação,
referente aos músculos que se opõem a um determinado tipo de
movimento, contrário de agonista. Por exemplo: Músculo tríceps
braquial (músculo antagonista na flexão do braço e agonista no
movimento contrário).
Consulte também: agonista.
ANTEBRAÇO
Substantivo grego Anthebrachium, Anthebrachii, o que está a diante do
braço. Antebraço é o nome dado para o segmento do membro superior
situado entre o cotovelo e o punho, formado por dois ossos longos, o
rádio e a ulna, respectivamente em posição lateral e medial.
Consulte também: braço.
ANTÉLICE
Substantivo grego Anthélix, Anthélikos, de Anti, contra oposto e Hélix,
espiral, de hélice. Antélice é o nome dado para a saliência situada na
orelha, oposta a hélice e acima da concha.
Consulte também: helix.
ANTEMURAL
Relativo à antemuro. Estrutura exterior de natureza fortificada que se
opõem à outra para protegê-la.
Consulte também: septo.
ANTÍTRAGO
Substantivo latino Antitragus, Antitragi de Anti, a diante, em frente e
Tragus, tragos. Antítrago é o nome dado para a proeminência situada
na orelha externa abaixo da concha.
Consulte também: tragos.
ANTRO
Substantivo latino Antrum, Antri, relativo a caverna, cova. Antro é o
nome dado para certas cavidades cujo espaço lembra o interior de uma
caverna. Por exemplo: Antro pilórico (curvatura do estômago posterior
ao piloro).
Consulte também: seio.
ANTROPOTOMIA
Substantivo grego Ánthropos, o mesmo que Androtomia de Andrós,
homens e Tomie, cortar, separar. Antropotomia é o nome dado para o
ato de dividir e cortar corpos. O mesmo que dissecação, dissecção.
Consulte também: anatomia.
ANULAR
Adjetivo latino Annulárius, de Annulus, anel. Anular é o nome dado
para as estruturas em forma de anel. Por exemplo: Hímen anular
(membrana que recobre o óstio do canal vaginal); Ânus (órgão anelar,
abertura pregueada do canal anal situada no períneo).
Consulte também: hímen, ânus.
ÂNUS
Substantivo latino Anus, assento, traseiro. Ânus é o nome dado ao
órgão anelar, com borda pregueada, ligado ao reto e ao canal anal. O
ânus é a parte terminal do canal alimentar (aboral) cercado de
músculos que permitem dilatar a abertura para evacuação de fezes.
Consulte também: esfíncter.
AORTA
Substantivo latino Aortae, de aórtico, vaso que se manifesta em
suspensão. Aorta é o nome dado para a artéria de grosso calibre
suspensa sobre a base do coração (artéria magna). A aorta é a maior
artéria do sistema circulatório que se origina na base do coração
conectada ao ventrículo esquerdo. Possui um conjunto de três válvulas
semilunares em forma de bolso de camisa anti-refluxo, garantindo que
o sangue não retorne com o relaxamento do ventrículo (diástole). Do
ponto de vista anatômico, aorta possui três partes: ascendente,
arqueada e descendente. A parte arqueada é denominada de arco ou
cajado aórtico devido seu aspecto singular. Na porção arqueada, três
artérias nascem em direção ao pescoço, da direita para esquerda:
tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria
subclávia esquerda.
Consulte também: artéria.
AÓRTICO
Adjetivo latino Aorticus, que se relaciona com artéria aorta. Por
exemplo: Hiato aórtico (abertura do músculo diafragma que serve de
passagem da parte torácica da aorta descendente); Plexo aórtico
torácico (conjunto de fibras simpáticas pré-ganglionares).
Consulte também: aorta.
APARELHO
Substantivo latino Apparatus, conjunto. Aparelho é o nome dado para
o conjunto de estruturas que se relacionam funcionalmente. Por
exemplo: Aparelho lacrimal (conjunto de estruturas e órgãos do
sistema lacrimal que produz e conduz a lágrima que banha a
conjuntiva e a córnea dos olhos). do ponto de vista didático, aparelho é
o termo usado para conceituar a associação de dois ou mais sistemas.
Aparelho locomotor (associação do sistema esquelético, articular e
muscular); Aparelho urogenital (associação dos sistemas urinário e
genital); Aparelho da nutrição (associação dos sistemas digestório,
respiratório e cardiovascular); etc.
Consulte também: anatomia.
APÊNDICE
Substantivo latino Appendere, de Ap, tendência, de assimilado e
Pendere, pendurado, de depender. Apêndice é o nome dado para as
estruturas e órgãos fixados em forma de apêndice (pendurados), em
outro do qual se torna parte dependente, como um acessório
secundário. Por exemplo: Apêndice vermiforme (estrutura em forma
de verme situado no intestino grosso); Apêndice xifoide (estrutura
óssea pontiaguda situada no osso esterno).
Consulte também: xifoide.
APENDICULAR
Relativo à estruturas em apêndice. Por exemplo: Artérias
apendiculares (vasos ligados ao apêndice vermiforme).
Consulte também: apêndice.
APEXIANO
Adjetivo do francês Apexien, derivado latino Apicis, de ponta, ápice.
Apexiano é o nome dado para as estruturas relacionadas com o ápice
(ponta) do coração. O mesmo que apical, mucrônico.
Consulte também: mucrônico.
APICAL
Adjetivo latino Apicis, de ponta, ápice. Apical é o nome dado para as
estruturas situadas na ponta de certos órgãos. Por exemplo: Batimento
apical (impulso sobre a parede do tórax devido aproximação do ápice
do coração).
Consulte também: ápice.
ÁPICE
Substantivo latino Apex, de ponta. Ápice é o nome dado para as
estruturas que terminam em extremidade pontuda ou do qual certos
órgãos fazem parte. Por exemplo: Ápice do coração (ponta do coração
voltado para baixo e ligeiramente para esquerda); Ápice do sacro
(ponta do osso sacro articulado com o cóccix); Ápice do pulmão
(ponta do lobo superior voltado para abertura superior do tórax); etc.
Consulte também: apical.
APÍCULO
Substantivo latino Apiculum, diminutivo de ápice, extremidade
pontiaguda. Apículo é o nome dado para as estruturas de ponta curta
de baixa consistência. Por exemplo: Crista etmoidal (extremidade do
osso etmoide situado na fossa craniana anterior).
Consulte também: crista.
APOFISADO
Adjetivo do grego Apophysis, com influência do Francês Apohyse, de
extremidade, apófise. Apofisado é o nome dado para as estruturas
ósseas munidas de extremidades salientes na superfície dos ossos
devido a inserção de ligamentos tendinosos. O mesmo que apofisário.
Consulte também: apófise.
APÓFISE
Substantivo grego Apóphysis, de Apó, para fora e Physis, crescimento,
desenvolvimento. Apófise é o nome dado para as extremidades
salientes dos ossos que se sobressaem das demais estruturas. Por
exemplo: Processo transverso (estrutura óssea pontiaguda projetada
lateralmente a partir do arco vertebral); Processo mastoide (massa
óssea situada póstero-inferior ao meato acústico externo); Processo
coracoide (estrutura óssea projetada anteriormente a partir da escápula
cuja forma lembra o bico de um pássaro); etc.
Consulte também: tubérculo.
APONEUROSE
Substantivo grego Aponeuróseus, de Apó, sobre, em cima e Néuron,
nervo. Aponeurose é o nome dado à tendões musculares cilíndricos e
achatados, de aspecto esbranquiçado, cuja forma lembra um manto
(lençol), palavra derivada do termo aponevrose. Por exemplo:
Aponeurose epicrânica (conhecida como gálea aponeurótica situada
entre os dois ventres do músculo occipitofrontal).
Consulte também: gálea, fáscia.
APONEVROSE
Substantivo grego Aponéurosis, de Apó, sobre, em cima e Néuron,
nervo. Aponevrose é o nome dado para os tendões que os antigos
anatomistas observaram como nervos que saiam de dentro da carne.
Consulte também: aponeurose.
APONEVRÓTICO
Adjetivo relativo as estruturas aponeuróticas, de aponeurose.
Consulte também: aponeurose.
AQUEDUTO
Substantivo latino Aquaedoctus, de Aqua, leito e Ductus, conduzir.
Aqueduto é o nome dado aos canais situados em partes moles, capazes
de conduzir substâncias de um local para o outro. Por exemplo:
Aqueduto cerebral (canal situado no tronco encefálico comunicando o
terceiro com o quarto ventrículo).
Consulte também: canal.
AQUOSO
Adjetivo latino Aquosus, de Aqua, leito. Aquoso é o nome dado para
certos tipos de substâncias de consistência aquosa. Por exemplo:
Líquido cérebro espinhal ou cerebrospinal (substância aquosa
encontrada no canal medular e entre as meninges); Sinóvia (substância
aquosa de consistência viscosa encontrada no interior das articulações
sinoviais).
Consulte também: humor.
ARACNÓIDE
Substantivo e Adjetivo grego Arachnoeidés, de Arachou, de aranha e
Eidos, semelhança. Aracnóide é o nome dado para a meninge
intermediária cuja forma lembra uma teia de aranha. A aracnóide é a
meninge situada entre a dura-máter e a pia-máter que envolve o
encéfalo e a medula espinhal, cujo arranjo tecidual se assemelha a uma
rede de pequenos canais interligados preenchido por líquido cérebro
espinhal. Em determinados pontos da aracnóide onde as veias
cerebrais se dilatam, ocorre pequenas evaginações do tecido para o
interior dos seios venosos adjacentes chamadas de granulações
aracnóideas, estruturas com formato de pequenos arbustos.
Consulte também: meninges.
ARCADA
Substantivo latino Aracata, de Arcus, de arco. Arcada é o nome dado a
qualquer estrutura curvada, arqueada.
Consulte também: arciforme.
ARCIFORME
Adjetivo latino Arcus, de Arci, arco e Forme, em forma de arco. Por
exemplo: Arcada dentária (estrutura arciforme onde os dentes da
mandíbula e da maxila estão fixados).
Consulte também: arco.
ARCO
Substantivo latino Arcus, em forma de arco. Arco é o nome dado as
estruturas arqueadas, como parte de uma linha curvada. Por exemplo:
Arco zigomático (estrutura óssea proeminente em ambos os lados do
rosto, relativo a maçã do rosto); Arco palatoglosso e palatofaríngeo
(pares de colunas arqueadas situadas fundo da cavidade oral).
Consulte também: arciforme.
ARÉOLA
Substantivo latino Areola, diminutivo de área. Aréola é o nome dado
para a pequena região circular situada nas mamas de pigmentação mais
escura do que a pele, conhecida popularmente como bico do peito.
Também é o nome relativo aos vacúolos (espaços) deixados entre as
fibras de certos tipos de tecido conjuntivo areolares.
Consulte também: mamilo.
ARITENÓIDEA
Substantivo do grego Arytaina, jarro, copo e Oidés, forma,
semelhança. Aritenóidea é o nome dado para o par de cartilagem
ligada a forma do adito da laringe, que lembra a boca de um jarro.
Consulte também: laringe, adito.
ARQUICÓRTEX
Substantivo latino Archicortex, de primitivo. Arquicórtex é o nome
dado para a parte do cérebro filogeneticamente mais primitiva
associada ao hipocampo e ao sistema límbico, consequentemente ao
comportamento emocional e a memória. Do ponto de vista anatômico,
o arquicórtex está situado na parte mais profunda do cérebro, afastado
da superfície (córtex) dificultando sua observação.
Consulte também: paleocórtex, isocórtex.
ARTELHO
Substantivo latino Articulus, referente à pequenas juntas. Artelho é o
nome dado para os dedos das mãos em perfeita união, análogo aos
pedartículos dos dedos dos pés.
Consulte também: pedartículos.
ARTÉRIA
Substantivo latino Arteria, Arteriae, de Aér, ar e Terein, conservar, de
preservar o ar. Artéria é o nome dado para os vasos sanguíneos de
calibre variado que deixam o coração e se espalham pelo organismo
distribuindo o sangue rico em oxigênio para todos os tecidos do corpo.
A principal artéria do corpo é a aorta.
Consulte também: aorta.
ARTERÍOLA
Substantivo Arteriola, de pequena artéria presente nos capilares
sanguíneos.
Consulte também: artéria.
ARTICULAÇÃO
Substantivo latino Articulatio, de junta, juntura. Articulação é o nome
dado para o conjunto de estruturas que unem dois ou mais ossos de um
esqueleto. As articulações são classificadas de acordo com o tipo de
tecido interposto, podendo ser: fibrosas, cartilaginosas,
fibrocartilaginosas e sinoviais.
Consulte também: juntura.
ARTICULAR
Relativo as estruturas e mecanismos que fazem parte de uma juntura.
Consulte também: articulação.
ARTRITE
Substantivo grego Arthritis, relativo a articulação (juntura). Artrite é o
nome dado para a condição de natureza patológica que resulta em
inflamação dos mecanismos naturais devido a processos infecciosos
decorrentes de lesões localizadas ou doenças, principalmente em
articulações móveis.
Consulte também: artrose.
ARTRÓDIA
Substantivo grego Arthrodía, de articulação superficial. Artródia é o
nome dado para as articulações móveis que possuem cavidades rasas.
Por exemplo: Articulação temporomandibular (articulação situada
entre o processo condilar da mandíbula com a fossa mandibular do
osso temporal); Articulação escapuloumeral (articulação situada entre
a cabeça do úmero com a cavidade glenoidea da escápula).
Consulte também: diartrose.
ARTRODIAL
Adjetivo grego relativo à artródia.
Consulte também: artródia.
ARTROLOGIA
Substantivo grego Arthrología, de Árthron, articulação, juntura e
Logia, de estudo. Artrologia é o nome dado para a ciência que estuda
tudo sobre as articulações e junturas do corpo.
Consulte também: articulação.
ARTROSE
Substantivo grego Arthrósis, relativo a articulação (juntura). Artrose é
o nome dado para a condição de natureza patológica que resulta em
deformidade dos mecanismos naturais devido a processos
degenerativos localizados.
Consulte também: artrite.
ÁRVORE
Substantivo latino Arbor, relativo ao conjunto de estruturas que se
ramificam. Por exemplo: Árvore brônquica (ramificações diminutas
dos brônquios nos pulmões).
Consulte também: brônquio.
ASA
Substantivo latino Ansa, de asa de pássaro. Asa é o nome dado para as
estruturas curvadas cuja forma lembra a envergadura da asa de um
pássaro. Por exemplo: Asa do nariz (alça de pele situada na parte
lateral do nariz); Asa do ílio (parte fina e delgada do ílio abaixo da
crista ilíaca do quadril); Asa maior e menor do esfenoide (parte do
osso esfenoide que se estende para dentro e para fora do crânio); etc.
Consulte também: ansiforme.
ASSOALHO
Substantivo latino Solum, superfície, base, apoio. Assoalho é o nome
dado para a superfície que serve de leito para vários órgãos. Por
exemplo: Assoalho da cavidade nasal (superfície que separa a cavidade
oral da cavidade nasal); Assoalho da cavidade oral (superfície que
serve para acomodar a língua e outros os órgãos da mastigação);
Assoalho da uretra (superfície da uretra masculina e feminina); etc.
Consulte também: septo.
ASTÉRIO
Substantivo latino Aster, relativo ao rei de Creta Astérios, da mitologia
romana, o senhor das estrelas, conhecido como Minotauro4. Astério é o
nome dado para o ponto craniométrico em forma de estrela a partir do
encontro de três suturas cranianas: occipito-parietal, mastóide-parietal
e a mastoide-occipital, situado na parte posterior da cabeça.
Acreditava-se que seria o local onde os chifres cresciam.
Consulte também: ptério.
ASTRÁGALO
Substantivo latino Astragalus, relativo à articulação, ossinho.
Astrágalo é o nome dado para a forma arredondada do tálus sobre os
demais ossos do pé, cujo formato lembra a estrutura arquitetônica
esculpida na extremidade das colunas romanas.
Consulte também: estrálago.
ATLAS
Substantivo grego Átlas, relativo a figura da mitologia grega Atlas5.
Atlas é o nome dado para a primeira vértebra da coluna vertebral (C1),
situada entre os côndilos occipitais e o áxis, suportando o peso da
cabeça (crânio) sobre a coluna. O atlas é uma vértebra atípica da
coluna vertebral, pois não possui todas as características anatômicas
que são encontradas nas demais vértebras cervicais. Não possui corpo
vertebral, ao invés disso apresenta um forame vertebral largo o
bastante para acomodar a medula espinhal e processos transversos
perfurados para a passagem da artéria vertebral. O processo espinhoso
das demais vértebras é longo e pontiagudo, no atlas o mesmo processo
dá lugar a tubérculo sobre o arco vertebral posterior.
Consulte também: áxis.
ATLOIDE
Relativo ao atlas, primeira vértebra cervical da coluna vertebral.
Consulte também: atlas.
ÁTRIO
Substantivo latino Atrium, relativo a pátio, local aberto. Átrio é o nome
dado para o par de cavidades superiores por onde o sangue escorre
para entrar no coração por meio das veias cavas e veias pulmonares. O
átrio direito recebe sangue venoso da veia cava superior e inferior e o
átrio esquerdo recebe sangue arterial das veias pulmonares direita e
esquerda. Os átrios estão separados entre si por uma parede muscular
chamada de septo interatrial. Internamente cada átrio é armado por
uma valva cardíaca que permite despejar sangue para o respectivo
ventrículo que o ejeta para fora do coração a partir de uma contração
vigorosa (sístole). No átrio direito é encontrada a fossa oval e o forame
do seio coronário. A partir do átrio esquerdo encontramos a impressão
da fossa oval e os óstios das veias pulmonares conduzindo sangue
arterial para dentro do coração. Os átrios possuem posições e tamanhos
diferentes apesar de estarem lado-a-lado. Externamente, cada átrio
possui uma projeção muscular chamada de aurícula cuja forma lembra
uma orelha.
Consulte também: ventrículo.
AUDITIVO
Adjetivo latino Auditivus, de ouvir, escutar. Auditivo é o nome dado
para o antigo nervo auditivo, atual nervo vestibulococlear, sendo esse o
oitavo par de doze nervos cranianos.
Consulte também: orelha.
AURÍCULA
Substantivo latino Auricula, diminutivo de orelha. Aurícula é o nome
dado para a estrutura muscular saliente situada sobre o átrio direito e
esquerdo do coração, cuja forma lembra uma orelha.
Consulte também: átrio.
AURICULAR
Adjetivo latino Auricularis, relativo à orelha, aurícula ou pavilhão
auditivo externo.
Consulte também: orelha.
AUTÔNOMO
Adjetivo grego Autos, de próprio, mesmo e Nómos, regra, lei, referente
a parte do sistema nervoso que parece agir por conta própria.
Consulte também: simpático, parassimpático.
AXILA
Substantivo latino Axilla, relativo ao ponto de articulação das asas nos
pássaros. Axila é o nome dado para a região escavada abaixo da
articulação do ombro entre o braço e o tórax coberta por pelos nos
adultos. O mesmo que sovaco.
Consulte também: recesso.
AXILAR
Adjetivo referente a axila. Por exemplo: Recesso axilar (pequena bolsa
que se forma a partir da dobradura da cápsula articular do ombro);
Nervo axilar (cordão nervoso oriundo do fascículo posterior do plexo
braquial); Artéria axilar (artéria calibrosa que permeia profundamente
a axila); etc.
Consulte também: axila.
ÁXIS
Substantivo latino Axis, relativo a eixo. Áxis é o nome dado para a
segunda vértebra cervical da coluna vertebral (C2) situada logo abaixo
do atlas. O áxis é a segunda vértebra atípica da coluna vertebral,
apresenta um dente chamado de processo odontoide que funciona
como eixo estabilizador permitindo que a cabeça possa se movimentar
para direita e para esquerda. Possui um processo espinhoso curto e
bífido posicionado posteriormente ao corpo vertebral e aos processos
transversos.
Consulte também: atlas.
ÁZIGOS
Substantivo grego Ázygos, relativo a estruturas ímpares, de privativo,
único e Zygos, par, duplicidade. Ázigos é o nome dado para as duas
veias que permeiam o tórax chamadas de veias ázigos maior e menor,
fornecendo comunicação com a veia cava superior drenando o sangue
das paredes da caixa torácica para o coração.
Consulte também: veia.
B

BACIA
Substantivo latino Boccio, Boccioe, vasilha de vinho, vaso para água,
do radical cético Boccus, cavidade, gamela, recipiente. Bacia é o nome
popular dado para o conjunto de ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis)
também chamado de ossos coxais. O mesmo que pelve.
Consulte também: pelve.
BACINETE
Substantivo latino diminutivo de bacia. Reservatório formado pelas
extremidades dos tubos uriníferos, onde começa o ureter.
Consulte também: ureter.
BAÇO
Substantivo latino Lienis, trigueiro pálido, escuro. Baço é o nome dado
para o órgão de cor escura e pálido do sistema linfático situado na
cavidade abdominal ao lado do estômago, sobre a flexura cólica
esquerda, cuja forma lembra um triângulo truncado medindo
aproximadamente doze centímetros de comprimento.
Consulte também: linfático.
BAINHA
Substantivo latino Vagina, Vaginae, envoltório, estojo, o que é capaz
de receber, acomodar, referente ao utensílio utilizado para guardar uma
espada. Bainha é o nome dado para certos envoltórios membranosos
que servem para facilitar o deslizamento entre dois tipos de tecidos,
diminuindo o atrito entre as partes em contato. Por exemplo: Bainha
tendínea (envoltório que reveste certos tendões diminuindo o atrito
entre si); Bainha carótica (envoltório situado no pescoço contendo a
artéria carótida, veia jugular e nervo vago); etc.
Consulte também: vagina.
BÁLANO
Substantivo latino Glans, Glandis, de estrutura de forma nodular, feito
balão. Bálano é o nome dado para a estrutura cujo tamanho é
semelhante a fruta de um carvalho, parecido com uma bolota. Por
exemplo: Glande do pênis (extremidade do pênis, jocosamente
conhecida como cabeça do pênis).
Consulte também: pênis.
BARBA
Substantivo latino barba, Barbae, conjunto de pelos que recobrem
algumas partes da face, abaixo do mento e na parte anterior do
pescoço, de Barbatensorius, indivíduos responsáveis por remover a
barba dos romanos. Barba é o nome dado para os pelos de tamanho e
espessura variável que crescem no rosto em sinal de amadurecimento
nos meninos quando se inicia a puberdade.
Consulte também: cabelo.
BASAL
Termo relativo à base, referente a parte profunda de um epitélio,
adjacente ao cório. Por exemplo: Estrato basal (camada do miométrio
mantida durante a menstruação).
Consulte também: endométrio.
BASE
Adjetivo latino Basis, de Basion, parte inferior de um certo corpo do
qual é feito para sustentar, como um alicerce.
Consulte também: basal.
BASIAL
Adjetivo referente ao corpo de uma vértebra.
Consulte também: vértebra.
BASILAR
Referente a base, que serve de sustentação. Por exemplo: Osso basilar
(nome dado por antigos anatomistas ao osso sacro); Vértebra basilar
(última vértebra lombar da coluna vertebral); Apófise basilar (parte do
osso occipital que se articula com o esfenoide); Artéria basilar (tronco
formado pela anastomose das artérias vertebrais); Goteira basilar (face
superior da extremidade basilar cavada em forma de goteira).
Consulte também: base
BÁSIO
Substantivo grego Básis, Báseos, referente a base. Básio é o nome
dado para o ponto craniométrico situado no meio e adiante do forame
magno com estreita relação com o clivo na base do crânio, região entre
o osso esfenoide e a parte basilar do osso occipital que não se funde
totalmente antes da terceira década de vida.
Consulte também: clivo.
BEXIGA
Substantivo latino Vesica, Vesicae, de vesícula, reservatório. Bexiga
urinária é o nome dado para o reservatório musculomembranoso
destinado a armazenar urina produzida pelos rins. A bexiga urinária é
um órgão saculiforme distensível, situada na parte anterior e mediana
da cavidade pélvica, passando por trás da arcada do púbis, capaz de
armazenar de 700 a 800 mililitros de urina que chega pelos ureteres
direito e esquerdo. A bexiga urinária masculina está posicionada
anteriormente ao reto enquanto a bexiga urinária feminina é anterior ao
útero, tornando-se ligeiramente esférica quando está distendida devido
ao acúmulo máximo de urina. Nas mulheres a bexiga urinária é menor
do que nos homens em virtude da presença do útero, que diminui o
espaço da cavidade pélvica limitando a capacidade de armazenamento
da bexiga. A bexiga urinária está fixada por meio de ligamentos
vesicais que se originam do peritônio. Do ponto de vista anatômico, a
bexiga urinária apresenta: ápice, fundo, corpo, óstio ureterais, trígono
vesical, colo e óstio uretral interno.
Consulte também: vesical.
BÍCEPS
Substantivo latino Bíceps, Bicipitis, de Bis, dois e Caput ou Capitis,
cabeça. Bíceps é o nome dado para a classificação do músculo que
apresenta duas cabeças, sendo cada uma delas correspondente a um
tendão de origem ou ponto fixo. Por exemplo: Bíceps braquial
(músculo situado no compartimento anterior do braço com cabeça
maior e menor); Bíceps crural (músculo gastrocnêmio situado no
compartimento posterior da perna com cabeça lateral e medial). A
palavra bicepe foi substituída por bíceps na nova nomenclatura
anatômica.
Consulte também: braço.
BICO
Substantivo latino Rostrum, Rostri, bico, focinho. Bico é o nome dado
para qualquer estrutura cuja a forma lembra o bico pontiagudo de um
pássaro. Por exemplo: Bico do corpo caloso (ponta do corpo caloso,
também chamada de joelho, situado entre os dois hemisférios
cerebrais).
Consulte também: coracoide.
BIFURCAÇÃO
Substantivo Bifurcatio, de Bis, divisão e Furca, forca. Bifurcação é o
nome dado para a estrutura que se divide naturalmente em duas partes
proporcionais. Por exemplo: Carina da traqueia (estrutura cartilaginosa
de formato triangular que se bifurca em brônquio pulmonar direito e
esquerdo); Tronco pulmonar (artéria de grosso calibre que se bifurca
na base coração em artéria pulmonar direita e esquerda); Artéria
hepática comum (artéria do fígado que se bifurca em artéria hepática
direita e esquerda, uma para cada lobo); etc.
Consulte também: anastomose.
BIGODE
Substantivo latino Mystax, Mystacis, lábio superior, de Bis, divisão,
dois tufos iguais de barba. Bigode é o nome dado para a parte da barba
que se deixa crescer sobre o lábio superior.
Consulte também: barba.
BIGORNA
Substantivo latino Bicornis que tem duas pontas ou dois cornos,
análoga a peça de ferro usada para modelar metais com o uso de um
martelo. Bigorna é o nome dado para o pequeno osso (ossículo) do
ouvido médio cuja forma lembra uma bigorna com estreita relação
com outro ossículo do ouvido médio chamado de martelo. Do ponto de
vista anatômico, a bigorna apresenta: ramo longo, ramo curto, corpo e
face articular para o martelo.
Consulte também: martelo.
BILE
Substantivo latino Bílis, liquido amargo. Bile é o nome dado para a
substância de odor nauseoso secretado pelo fígado e armazenada na
vesícula biliar. A bile é produzida a partir das células hepáticas do
fígado e coletada por um sistema de ductos bilíferos intra-hepático. Em
seguida a bile é reservada em uma pequena bolsa apendiculada ao
fígado chamada de vesícula biliar, capaz de liberar pequenas doses da
secreção para o interior do duodeno por meio de um conjunto de
ductos exócrinos. A bile é expelida lentamente durante a atividade
digestória dos intestinos a partir de pequenas contrações peristálticas
acionadas pela parte autônoma do sistema nervoso, lançando o
conteúdo na parte descendente do duodeno se misturando ao conteúdo
gastrointestinal. A papila duodenal maior, de Vater6 é uma pequena
abertura em forma de botão no interior do duodeno que surge em meio
as pregas gástricas circulares. Esta papila surge a partir da ampola
hepatopancreática, junção do ducto colédoco e com o pancreático,
atravessando a parede do intestino por onde a bile escorre para dentro
do duodeno.
Consulte também: vesícula.
BILIAR
Adjetivo que tem relação com a bile.
Consulte também: bile.
BIOGÊNESE
Adjetivo grego Bio, relativo a vida e Genesis, geração, formação,
relativo a teoria biológica segundo o qual todo ser vivo descende de
outro.
Consulte também: embrião.
BIZIGOMÁTICO
Adjetivo latino Bi, dois e Zigomático, relativo ao osso malar, atual
zigomático. Bizigomático é o nome antigo dado para os dois malares
que constitui a maçã do rosto.
Consulte também: malar, zigomático.
BOCA
Substantivo latino Bucca, Buccae, cavidade inicial do canal alimentar.
Boca é o nome dado para o órgão situado entre os lábios, por onde a
língua é observada quando a boca está aberta. A boca se estende para a
cavidade bucal que é delimitada pelo contorno dos lábios, pelas
arcadas dentárias, pelas bochechas, pelo palato duro e pelo assoalho da
boca.
Consulte também: bochecha, lábio.
BOCHECHA
Substantivo latino Gena, Genae, face, derivado irregular de boca,
influenciado pelo francês Bouche, de bochecha. Bochecha é o nome
dado para a proeminência músculomembranosa situada de cada lado
da face, do malar até a borda inferior da mandíbula.
Consulte também: boca.
BOLSA
Substantivo latino Bursa, de bolsa, saco. Bolsa é o nome dado para as
estruturas em forma de saco que serve para armazenar secreções e
líquido tissular. Por exemplo: Bolsa sinovial (estrutura membranosa
contendo líquido sinovial dentro das articulações); Bolsa omental
(dobra do peritônio que se forma a partir de um recesso entre o
pâncreas e o estômago); Bolsa subdeltóidea (estrutura membranosa
contendo líquido tissular situada abaixo do músculo deltóide); etc.
Consulte também: cápsula, bursa.
BOSSA
Substantivo latino Bosse, protuberância abaloada sobre um osso plano.
Bossa é o nome dado para a saliência mediana, larga, sem limites bem
definidos, situada sobre a superfície do osso frontal entre os arcos
superciliares chamada atualmente de glabela.
Consulte também: glabela.
BRAÇO
Substantivo latino Brachium, Brachii, de braço, curto, breve. Braço é o
nome dado para o segmento móvel do membro superior e
independente do tronco situado entre o ombro e o cotovelo. Do ponto
de vista anatômico, o braço se destaca pela concentração de músculos,
vasos e nervos que se estendem da axila ao cotovelo e do antebraço a
mão. Vasos sanguíneos e nervos braquiais cruzam o braço
profundamente permeando a face medial, região mais protegida do
membro superior. Os músculos estão alojados em camadas superficial,
média e profunda, distribuídos entre as faces anterior e posterior do
braço. O úmero é o principal osso do braço servindo de haste para
fixação dos músculos do antebraço.
Consulte também: úmero, antebraço.
BRAQUIAL
Adjetivo latino Brachialis de braço, referente ao membro como um
todo sob antiga nomenclatura anatômica, atualmente considerado
como uma parte do membro superior.
Consulte também: braço.
BRAQUICÉFALO
Substantivo grego Brachys, de breve, curto e Kephalé, cabeça, o
mesmo que braquiocefalia. Braquicéfalo é o nome dado aos indivíduos
que possuem a cabeça alongada e ovoide, cujo formato lembra um
foguete.
Consulte também: acrocefalia, pirgocefalia.
BREGMA
Substantivo latino Bregma, Bregmatis, de parte mole, amolecida da
cabeça, termo inserido provavelmente por Aristóteles. Bregma é o
nome dado para o ponto craniométrico situado na parte superior do
crânio a partir do encontro das suturas coronal com a sagital, resultado
do processo de ossificação da sutura preenchida por tecido mole no
recém-nascido chamada de fontículo, que foi também definido por
Broca7.
Consulte também: moleira, fontanela.
BRONQUIAL
Relativo a brônquio, brônquico, referente a divisão da traqueia ao nível
da quinta vértebra torácica, bifurcando-se em tubos aéreo direito e
esquerdo.
Consulte também: brônquio, bronquíolo.
BRÔNQUIO
Substantivo grego Brógkhion, de ramo, tubos aéreos da traqueia.
Brônquio é o nome dado para a bifurcação da traqueia ao nível da
quinta vértebra torácica que serve para condução do ar para dentro e
fora dos pulmões direito e esquerdo. Os brônquios são estruturas
tubulares formada por anéis de cartilagem semicirculares em forma de
meia-lua que atingem os pulmões por meio de ramificações de
segunda e terceira ordem até se transformarem em bronquíolos.
Erroneamente Platão achava que os brônquios eram tubos por onde os
líquidos ingeridos desciam até o estômago, daí a necessidade de
estarem sempre úmidos.
Consulte também: bronquíolo.
BRONQUÍOLO
Substantivo latino Bronchiolum, diminutivo de brônquio. Bronquíolo é
o nome dado para cada pequeno ramo que surge das inúmeras divisões
dos brônquios até alcançarem o tamanho mínimo dos ductos
respiratórios. Os bronquíolos constituem a chamada árvore brônquica
dos pulmões.
Consulte também: alvéolo.
BUCINADOR
Adjetivo e Substantivo latino Buccinator, Buccinatoris, o que toca
buzina, trombeta, corneta. Bucinador é o nome dado para o músculo da
mímica facial situado em posição média sobre as bochechas em plano
mais profundo aos demais músculos da face, estendendo-se da rafe
pterigomandibular até a comissura dos lábios. O músculo bucinador
atua na compressão das bochechas jogando o ar para fora da boca e
direcionando os alimentos para áreas de ação da mastigação.
Consulte também: bochecha.
BULBAR
Termo relativo as estruturas relacionadas com o bulbo. Por exemplo:
Veia da cisterna cerebelo bulbar (veia situada que permeia o bulbo do
tronco encefálico e o cerebelo); Uretra bulbar (parte da uretra
masculina que permeia o bulbo do pênis); Fáscia bulbar (bainha do
bulbo do olho também conhecida como cápsula de Tenon8).
Consulte também: bulbo.
BULBO
Substantivo latino Bulbu, Bulbi, tubérculo referente a toda raiz
tuberosa de forma esferoidal. Bulbo é o nome dado para a parte do
eixo cérebro-espinhal que faz continuação com a medula espinhal, o
mesmo que medula alongada, bulbo raquidiano e bulbo da medula
oblonga. É também o nome de várias estruturas cuja forma lembra o
bulbo de uma cebola. Por exemplo: Bulbo olfatório (dilatação nervosa
do trato olfatório situado sobre a lâmina crivosa do osso etmoide);
Bulbo do olho (estrutura globular do olho preenchida por líquido
gelatinoso chamado de corpo vítreo); Bulbo do pênis (dilatação
tuberosa do corpo esponjoso do pênis); etc.
Consulte também: ampola.
BURACO
Substantivo latino Foramen, Foraminis, abertura. Atualmente, na
nomenclatura anatômica se adota o termo forame ao invés de buraco.
Consulte também: forame, óstio.
BURSA
Substantivo latino Bursa, de bolsa. Bursa é o nome dado para as
estruturas em forma de bolsa, cujo formato lembra os antigos
reservatórios de água utilizado para beber feito de couro de animal no
século XVII.
Consulte também: bolsa.
C

CABEÇA
Substantivo latino Caput, Capitis, cabeça. Cabeça é o nome dado para
a parte do corpo sustentada sobre o pescoço e para estruturas cuja
forma lembra uma cabeça. Por exemplo: cabeça do pâncreas
(extremidade arredondada curvada em direção ao duodeno); cabeça do
úmero (extremidade globulosa articulada com a cavidade glenoídea da
escápula); cabeça do bíceps (tendão que fixa o músculo ao osso); etc.
Consulte também: cefálico.
CABELO
Substantivo latino Capillus, Capilli, de Capitis Pillus, de cabelo.
Cabelo é o nome dado para os fios de cabelos que crescem sobre o
couro cabeludo situado sobre a cabeça que diferem dos pelos que se
desenvolvem em outras partes do corpo, como os pelos axilares e
pubianos.
Consulte também: cílio, vibrissa, pente.
CADÁVER
Substantivo latino Cadáver, Cadaveris, de Cadere, de cair, tombar.
Cadáver é o nome dado para o corpo sem vida, o mesmo que defunto,
corpo que é privado da própria vida, diferente para o corpo de outros
animais que leva o nome de carniça ou carcaça. Castro Lopes buscou
fazer a palavra cadáver provir de três palavras latinas: Caro Data
Vermibus, carne dada aos vermes.
Consulte também: anatomia, dissecção.
CADUCA
Adjetivo latino Caducus, o que cai, de Cadere, cair, sujeito a cair.
Caduca é o nome dado antigamente para a parte mole da mucosa
uterina que é expulsa durante o parto, da qual o óvulo fertilizado busca
se enraizar.
Consulte também: placenta, decídua.
CAIXA TORÁCICA
Substantivo latino Cavea Thoracis, estrutura do tórax que se
assemelha com as jaulas e gaiolas utilizadas pelos romanos. Caixa
torácica é o nome dado para o arcabouço cujo formato lembra um cone
truncado, de abertura superior estreita e inferior larga, formada por
ossos (costelas), cartilagens e músculos intercostais que constituem a
parede delgada do tórax. A caixa torácica apresenta uma cavidade
torácica que abriga importantes órgãos do sistema respiratório e
circulatório: pulmões, pleuras pulmonares, coração e pericárdio. A
cavidade da caixa torácica varia de tamanho durante a respiração,
permitindo que o ar entre pelos pulmões a partir da diferença de
pressão que ocorre durante a movimentação das paredes do tórax.
Possui três espaços principais: mediastino e duas cavidades
pulmonares, uma para cada pulmão.
Consulte também: tórax.
CAJADO
Substantivo latino Caja, de pau, bordão, do grego Cajatus, de Baculus,
de vara curvada. Cajado é o nome dado para a estrutura curvada,
semelhante a extremidade arqueada da empunhadura de um cajado,
situado entre a raiz e a parte descendente da aorta, local onde surge a
artéria braquiocefálica, carótida comum esquerda e subclávia esquerda.
Consulte também: aorta.
CÁLAMO
Substantivo latino Calamus, Calami, referente a pena de pato utilizada
como caneta. Cálamo é o nome dado para a extremidade superior do
quarto ventrículo cerebral em confluência com o véu medular superior
e inferior, em que a extremidade se pronuncia com o cerebelo, análogo
ao Calamus Scriptorios, bico da pena dos escreventes e copistas da
antiguidade.
Consulte também: tálamo.
CALCÂNEO
Substantivo latino Calcaneum, Calcanei, de Calcare, pisar de Calx,
Calcis, calcanhar, de talão. Calcâneo é o nome dado para o osso curto
e irregular do calcanhar situado na parte inferior e posterior do
esqueleto do pé.
Consulte também: calcanhar.
CALCANHAR
Substantivo latino Calx, Calcis ou Talus, Tali, de talão. Calcanhar é o
nome dado para a parte posterior do esqueleto do pé formado pelo osso
calcâneo e pelo tendão dos músculos que unem o pé à perna. A maior
protuberância do calcanhar (esporão) é derivada do alongamento
posterior do osso calcâneo devido a inserção do tendão do calcâneo,
conhecido também como tendão de Aquiles9.
Consulte também: calcâneo
CALCAR AVIS
Substantivo latino Calcar Avis, de Calcar, esporão e Avis, ave. Calcar
Avis é o nome dado para a estrutura cujo formato lembra um pequeno
esporão (bico) de ave, situado posteriormente ao hipocampo,
constituído pela parede do corno posterior do ventrículo lateral do
cérebro, atual hipocampo menor.
Consulte também: hipocampo.
CALCARINO
Adjetivo latino referente ao que tem a forma de espora ou acicate, de
Calcar, Calcaris, de base, empurrado até o fundo. Por exemplo: Sulco
calcarino (incisura profunda comprimida situada na face interna dos
hemisférios cerebrais situado abaixo e posteriormente a cunha que
separa o lobo occipital, região que opera no processamento primário da
visão.
Consulte também: sulco, chanfradura.
CÁLICE
Substantivo latino Cálix, Calicis, copo, taça, o mesmo que botão de
flor. Cálice é o nome dado para a estrutura em forma de taça situada
nos rins. Os cálices coletam a urina gotejada pelas papilas renais
conduzindo-a para a pelve renal, e a partir daí para os ureteres e bexiga
urinária. Há dois tipos de cálices: menores, que coletam a urina a partir
da papila renal e os cálices maiores, que recolhem a urina coletada
pelos cálices menores.
Consulte também: caliciforme.
CALICIFORME
Relativo a forma de cálice, taça. Por exemplo: Papilas caliciformes
(papilas situadas no dorso da língua próximas ao sulco em forma de V,
entre a raiz e o corpo da língua).
Consulte também: papila, cálice.
CALO
Substantivo latino Callum, Calli, massa endurecida. Calo é o nome
dado para o espessamento achatado da epiderme devido o atrito do
tecido dérmico com uma superfície dura, causando incômodo e dor no
local.
Consulte também: calosidade, corpo caloso.
CALOSIDADE
Substantivo latino Callositas, Callositatis, calosidade, dureza, de
callum, calli, calo. Calosidade é o nome dado para o endurecimento
acidental das partes de tecido mole decorrente de pequenas lesões ou
fricções sobre a epiderme. Em muitos casos pode causar incômodo e
irritação devido a sensação dolorosa ao se pressionar a região do calo.
Consulte também: calo.
CALOSO
Adjetivo latino Callosus, de Callum Calli, calo, mais o sufixo
quantitativo Oso, o que é duro feito calo, de calosidade. Caloso é o
nome dado para a estrutura chamada de corpo caloso, uma
protuberância situada no interior do diencéfalo, de massa mais
consistente do que outros tecidos adjacentes. O corpo caloso é uma
comissura que permite que fibras nervosas da metade do cérebro se
comuniquem com a metade oposta, e vice-versa. Do ponto de vista
anatômico, o corpo caloso apresenta: joelho, rosto, tronco e esplênio.
Consulte também: comissura.
CALOTA
Substantivo latino Pileus, Pilei, espécie de barrete, de carapuça, parece
vir do latim Calote, casca de noz, de Cale, toucado, de touca. Calota é
o nome dado para a metade superior do crânio chamada de calota
craniana, contendo partes do osso frontal, parietal, temporal e
occipital. A calota craniana é lisa sobre a superfície, sua abóbada em
forma de cúpula permite que golpes contundentes sobre o crânio
possam ricochetear para fora, impedindo que eventuais traumas
atinjam órgãos nobres do sistema nervoso. A calota é removida do
crânio com o uso de uma serra em peças secas de laboratório para se
estudar as partes internas do neuro-crânio, principalmente em relação
as meninges e a superfície do córtex cerebral.
Consulte também: calvária.
CALVÁRIA
Substantivo latino Calvaria, Calvariae, de Calvus, ossos descarnados
do topo da cabeça. Calvaria é o nome dado para a cabeça descarnada
em forma de caveira, desprovida de todos os tecidos moles que
preenchem o crânio. Atualmente é a palavra que representa a parte
óssea do topo do crânio, o mesmo que calota craniana, parte mais
frágil da cabeça, análoga ao monte onde se ergueu a cruz de Cristo,
que está relacionado as injúrias e a certeza de um longo sofrimento,
das dores e do martírio.
Consulte também: calota.
CÂMARA
Substantivo latino Câmera, Camerae, compartimento, referente a
quarto abobadado. Câmara é o nome dado para as cavidades em certos
órgãos cuja as separações no corpo podem dar origem a espaços mais
reservados, análogos aos quartos de uma casa, assim como os
ventrículos situados no coração e no cérebro.
Consulte também: ventrículo, átrio.
CANAL
Substantivo latino Canalis, de cano, tubo, canal. Canal é o nome dado
para as estruturas cujo espaço estreito e alongado dá passagem a certos
líquidos. Por exemplo: Canal incisivo (que dá passagem a artéria e o
nervo esfenopalatino); Canal óptico (que dá passagem ao nervo
óptico); Canal carótico (que dá passagem a artéria carótida); etc.
Consulte também: forame, óstio.
CANALÍCULO
Substantivo latino Canaliculus, Canaliculi, diminutivo de Canalis,
canal muito fino. Canalículo é o nome dado para o pequeno conduto
fino e delicado que dá passagem a pequenos vasos e nervos. Por
exemplo: Canalículo mastoide (que dá passagem para o ramo auricular
do nervo vago); Canalículo timpânico (que dá passagem para o ramo
timpânico do nervo glossofaríngeo); Canalículo lacrimal (que dá
acesso ao saco lacrimal e ao ducto nasolacrimal); etc.
Consulte também: canal.
CANINO
Adjetivo latino Caninus, de Canis, de cão, dente proeminente no ser
humano situado entre o incisivo lateral e o primeiro molar, cujo
formato cônico e angular se assemelha aos dentes do cão e dos grandes
primatas.
Consulte também: dente.
CAPILAR
Adjetivo provavelmente do latim Capillaris, de Capillus, cabelo, de
pequenos vasos sanguíneos cujo calibre lembra a espessura de um fio
de cabelo. Foi descrito pela primeira vez por Malpighi15 com o uso do
microscópio. Por exemplo: Capilares alveolares (pequenos vasos
sanguíneos anastomosados sobre a parede fenestrada dos alvéolos
pulmonares).
Consulte também: arteríola, vênula.
CAPITATO
Substantivo latino Capitatu, de cabeça, do que é volumoso e
preponderante. Capitato é o nome dado para o terceiro osso da fileira
distal do carpo, entre o trapezóide e hamato, um dos maiores ossos do
carpo, outrora chamado de grande osso.
Consulte também: carpo.
CAPÍTULO
Substantivo latino Capitulum, extremidade esferoide, diminutivo de
cabeça. Capítulo é o nome dado para a estrutura globular situado na
extremidade distal do úmero chamado de capítulo do úmero, que se
articula com a fóvea da cabeça do rádio por meio da articulação
úmero-radial.
Consulte também: cabeça.
CÁPSULA
Substantivo latino Capsula, Capsulae, diminutivo de Capsa, Capsae,
de caixinha, cofre. Cápsula é o nome dado para o invólucro protetor
em forma de cápsula. Por exemplo: Cápsula glomerular, de Bowman29
(microestrutura pertinente ao corpúsculo renal e aos néfrons nos rins);
Cápsula articular (estrutura fibrosa presente nas articulações móveis);
Cápsula da lente (estrutura presente em torno do cristalino do bulbo
ocular); etc.
Consulte também: corpúsculo.
CAPSULAR
Adjetivo relativo a cápsula, de invólucro.
Consulte também: cápsula.
CARACOL
Substantivo latino Cochlea, Cochleae, de caramujo, lesma. Caracol é o
nome dado para a estrutura espiralada do aparato vestibulococlear
situado no ouvido interno, análogo a casca e a concha dos caramujos
que utilizam a carapaça como moradia. Por exemplo: Cóclea (estrutura
concêntrica situada na divisão interna da orelha, parte do órgão
vestibulococlear).
Consulte também: cóclea.
CARDA
Substantivo latino Carda, Cardae, ou Cardina, Cardinae, deusa que
presidia as portas na mitologia romana. Carda é o nome dado para o
estreitamento situado na boca do estômago e muito próximo do
coração, o mesmo que cárdia.
Consulte também: cárdia.
CÁRDIA
Substantivo latino Cor, Cordis, coração. Cárdia é o nome dado para a
parte do estômago conectada ao esôfago situada logo abaixo do hiato
esofágico, próxima ao coração. A cárdia possui uma musculatura em
forma de anel do tipo esfíncter permitindo que a boca do estômago
permaneça mais fechada do que aberta, tornado esta região muito
estreita, dificultando o refluxo dos alimentos para o esôfago.
Consulte também: carda.
CARDÍACO
Adjetivo latino Cardiacus, do grego Kardía, relativo ao coração. Por
exemplo: Plexo cardíaco (conjunto de fibras autônomas na base do
coração).
Consulte também: cárdia.
CÁRDICO
Adjetivo relativo à carda, de cárdia.
Por exemplo: Óstio cárdico (boca do estômago); linfonodos cárdicos
(linfonodos adjacentes a cárdia).
Consulte também: carda, cárdia.
CARINA
Substantivo latino Carina, quilha de barco. Carina é o nome dado para
a cartilagem em forma de T invertido, resultado da bifurcação da
traqueia em brônquios principais direito e esquerdo, situado atrás do
osso esterno.
Consulte também: traqueia.
CARNE
Substantivo latino Caro, Carnis de carne. Carne é o nome dado para o
tecido muscular dos animais, da carne vermelha, o mesmo que ventre
muscular.
Consulte também: ventre, carúncula.
CARÓTIDA
Substantivo grego Karotídes, Karotídeon, de Káros, Károu, letargo,
torpor, sono pesado. Carótida é o nome dado para as duas artérias que
levam o sangue do coração à cabeça, quando pressionadas provocam
letargia, torpor e inconsciência. A artéria carótida comum margeia o
pescoço de cada lado permeando a região cervical em direção a
cabeça, se bifurcando ao nível da margem superior da cartilagem
tireoide, dando origem a artéria carótida externa e interna. A artéria
carótida interna não emite ramos superficiais, mais internamente
possui muitas ramificações que devem suprir as principais partes do
encéfalo, já a artéria carótida externa possui muitos ramos superficiais
a partir da artéria maxilar e temporal superficial.
Consulte também: aorta.
CARPO
Substantivo latino Carpus, Carpi, parte da mão conectado ao
antebraço. Carpo é o nome dado para a parte do esqueleto da mão
formado por oito ossos curtos alinhados em duas fileiras: proximal e
distal.
Consulte também: mão.
CARTILAGEM
Substantivo latino Carilago, Cartilaginis, o âmago da cana, a polpa
dos frutos, a carne entre os ossos. Cartilagem é o nome dado para o
tecido conjuntivo de natureza macia, podendo ser mais elástico ou
fibroso, de coloração esbranquiçada situada nas partes flexíveis do
corpo, como na orelha, no nariz, na traqueia e nos brônquios. Com
exceção da cartilagem que recobre as extremidades dos ossos,
chamada de cartilagem articular as demais possuem um revestimento
fibroso chamado de pericôndrio, o qual possui vasos sanguíneos e
nervos, exceto no interior do tecido que é avascular.
Consulte também: articulação.
CARTILAGÍNEO
O mesmo que cartilaginoso.
Consulte também: cartilagem.
CARÚNCULA
Substantivo latino Carúncula, Carunculae, diminutivo de caro, Carnis,
carne. Carúncula é o nome dado para as várias pequenas saliências
carnosas sobre a superfície de certas mucosas. Por exemplo: Carúncula
lacrimal (pequena tumefação saliente e avermelhada localizada na
comissura medial do olho contendo glândulas sebáceas e sudoríparas);
Carúncula mamária (pequenos botões sobre a aréola mamária);
Carúncula himenal (pequena nodulação carnosa na margem do canal
vaginal resultado do processo de retração do hímen rompido); etc.
Consulte também: ventre.
CAUDA
Substantivo latino Cauda, Caudae, rabo dos animais. Cauda é o nome
dado para a estrutura em forma de cauda, constituída pela continuidade
das vértebras inferiores da coluna vertebral anexa ao tronco. Em outras
situações, a cauda representa a estrutura alongada de certos órgãos,
cujo formato lembra a cauda dos quadrupedes ou de animais de hábito
arborícola. Por exemplo: Cauda equina (conjunto de filamentos
nervosos situados no interior do canal vertebral cuja forma lembra o
rabo de um cavalo); Cauda do pâncreas (parte alongada do pâncreas
próximo ao baço); Lobo caudado do fígado (lobo esquerdo do fígado
alongado feito uma cauda); etc.
Consulte também: caudal.
CAUDAL
Adjetivo relativo ou pertencente à cauda. O que é voltado para a cauda
(inferior), plano oposto ao crânio (superior).
Consulte também: cauda.
CAVERNA
Substantivo latino Caverna, Cavernae, de Cavus, Cavi, fundo, cova,
buraco, cavidade. Caverna é o nome dado para as escavações de certos
órgãos que naturalmente estão interconectadas entre si. Por exemplo:
Trabéculas cárneas (pequenas cavernas entranhadas no miocárdio,
músculo de camada intermediária localizado no coração).
Consulte também: trabécula.
CAVERNOSO
Adjetivo latino Cavernosus, de caverna. Cavernoso é o nome dado
para as pequenas cavidades em forma de caverna. Por exemplo: Corpo
cavernoso do pênis (tecido situado no corpo do pênis semelhante a
uma esponja); Seio cavernoso (anastomose de veias dilatadas situadas
na base do crânio).
Consulte também: caverna, trabéculas.
CAVIDADE
Substantivo latino Cavias, Cavitatis, de Cavum, de fundo, cavado,
vazio, oco. Cavidade é o nome dado para o interior de certos órgãos
ocos e partes escavadas do corpo preenchidas por vísceras. Por
exemplo: Coração (átrios e ventrículos constituem as cavidades do
coração); Abdômen (cavidade abdominal constitui o espaço
preenchido por vísceras); etc.
Consulte também: recesso, antro, câmara.
CAVITÁRIO
Adjetivo latino Concerne, cavidade do corpo ou de certos órgãos ocos,
vazios. Por exemplo: Coração (átrios e ventrículos); Cérebro
(ventrículos cerebrais); Tórax (cavidade torácica); Abdômen (cavidade
abdominal); etc.
Consulte também: cavidade, antro.
CAVO
Adjetivo latino Cavus, de côncavo, profundo, cavernoso. No estudo da
Anatomia, a palavra cava representa aquilo que é cavado
profundamente, atribuindo uma concavidade à certos órgãos e
estruturas. Por exemplo: Veias cavas (vasos acoplados ao átrio direito).
Consulte também: cavidade.
CAVUM
Substantivo latino Cova, buraco, cavidade. Cavum é o nome dado
antigamente para as fossas nasais, para designar estruturas cavadas
detentoras de volumosas cavidades.
Consulte também: cavidade.
CECAL
Adjetivo latino Caecum, que pertence ou diz respeito ao ceco. Por
exemplo: Óstio ileocecal (abertura do íleo para o interior do ceco).
Consulte também: ceco.
CECO
Substantivo latino Caecum, Caeci, intestino cego, oculto. Ceco é o
nome dado para a dilatação de fundo cego e contínua com o colo
ascendente do intestino grosso, próximo a junção ileocecocólica, que
termina com a invaginação do íleo para dentro da bolsa cecal,
formando os lábios superior e inferior da valva ileocecal. O ceco mede
aproximadamente 7,5 centímetros de comprimento, podendo variar de
tamanho à medida que se enche de fezes e gases. O ceco está situado
no quadrante inferior direito do abdome sobre o apêndice vermiforme,
que é contínuo com a bolsa cecal, revestido pelo peritônio e pregas
peritoneais, mais está ausente de mesentério e por isso pode ser
deslocado com facilidade sobre a fossa ilíaca.
Consulte também: divertículo.
CEFÁLICO
Adjetivo latino Cephalicus, que diz respeito à cabeça, relativo com as
estruturas e órgãos que estão relacionadas com a cabeça ou que
possuem alguma extremidade cuja forma lembra uma cabeça, devido
seu aspecto esférico e globular. Por exemplo: Veia cefálica (veia que
recebe sangue do membro superior e da cabeça).
Consulte também: cabeça, crânio.
CÉFALO
Substantivo grego Kephalé, de cabeça. Céfalo é o nome dado para as
estruturas anatômicas relacionadas com a Anatomia clássica, o mesmo
que cefálico.
Consulte também: cefálico, cabeça.
CEFALORRAQUIDIANO
Substantivo grego Kephale, cabeça, e Rhakis, coluna, espinha.
Cefalorraquidiano é o nome dado para o líquido situado entre as
meninges, no espaço subaracnóideo.
Consulte também: líquido cerebrospinhal.
CELÍACO
Adjetivo latino Coeliacus, relativo ao estômago, cavidade do ventre,
cavidade do estômago. Por exemplo: Tronco celíaco (artéria de médio
calibre que emerge perpendicular a aorta abdominal, entre os pilares
do músculo diafragma, trifurcando-se em artérias: gástrica esquerda,
hepática e esplênica (tripé celíaco).
Consulte também: gáster, gastro.
CELOMA
Substantivo grego Koilos, de oco, Kelos, ventre, cavidade corpórea e
Oma, proliferação, propagação. Celoma é o nome dado para a
cavidade que se forma no embrião devido a separação dos dois
folhetos mesodérmicos que separam as vísceras da parede do corpo.
Consulte também: peritônio.
CÉLULA
Substantivo latino Cellula, Cellulae, diminutivo de Cella, Cellae,
diminutivo de quarto, pequeno espaço que se guarda coisas. Célula é o
nome dado para a unidade microscópica que constitui os tecidos do
corpo: epitelial, glandular, muscular e nervoso. Internamente, as
células contêm organelas fundamentais para o seu funcionamento e
metabolismo, separadas do meio intersticial por uma membrana
citoplasmática. As células são especializadas e programadas para
exercerem uma determinada função por toda vida. Por exemplo:
Células adrenérgicas (definidas pela síntese de adrenalina); Células
aminérgicas (definidas pela síntese de amina); Células colinérgicas
(definidas pela síntese de acetilcolina); Células dopaminérgicas
(definidas pela síntese de dopamina); etc. Do ponto de vista
anatômico, célula é um pequeno espaço incrustado em um tecido
ósseo, interligando-se por meio de pequenas cavidades (cavernas),
dando aspecto poroso, aerado e esponjoso.
Consulte também: cavidade, trabéculas.
CELULAR
Adjetivo latino Celluraris relativo à célula, o que é composto de
células.
Consulte também: célula.
CEREBELAR
Adjetivo latino Cerebellosus relativo ao cerebelo, o mesmo que
cerebeloso. Por exemplo: Pedúnculo cerebelar (parte do cerebelo que
se prende ao tronco encefálico); Artéria cerebelar (ramo da artéria
vertebral dentro do crânio).
Consulte também: cerebelo.
CEREBELO
Substantivo latino Cerebellum, Cerebelli, diminutivo de Cerebrum,
Cerebri, cérebro. Cerebelo é o nome dado para o órgão do encéfalo
situado no interior do crânio sobre as fossas occipitais, separado do
cérebro pelo tentório do cerebelo. O cerebelo, quando comparado com
o cérebro, se parece com uma versão reduzida do telencéfalo. Do
ponto de vista funcional, o cerebelo é responsável pela manutenção e
propriocepção do corpo no espaço. É ele que coordena os movimentos
finos das mãos, do equilíbrio e da deambulação. Juntamente com
outros órgãos do encéfalo e dos sentidos, o cerebelo é capaz de
identificar impulsos motores que surgem do córtex cerebral e corrigi-
los se necessário, para que os movimentos sejam realizados de forma
natural. Todo o esforço em processar várias informações ao mesmo
tempo passa despercebido pela consciência, permitindo que o cérebro
possa focar em outras atividades enquanto o cerebelo trabalha. A
participação do cerebelo em inúmeras atividades diárias do corpo, se
deve a quantidade de fibras nervosas em sua composição,
possibilitando que o órgão ocupe o segundo lugar no critério tamanho,
perdendo somente para o cérebro que preenche dois terços da cavidade
craniana. Do ponto de vista anatômico, o cerebelo apresenta as
seguintes estruturas básicas: lobo anterior, lobo posterior, verme, lobo
flóculo-nodular, tonsila e pedúnculo.
Consulte também: cérebro.
CEREBRAL
Adjetivo latino Cerebralis, de Cerebrum, Cerebri, que pertence ao
cérebro e por extensão, ao cerebelo. Termo utilizado para apontar
estruturas anatômicas relacionadas com órgãos encefálicos: cérebro,
cerebelo e tronco encefálico. Por exemplo: Artéria cerebral (vaso
sanguíneo que dá origem à vários ramos no interior do cérebro);
Hemisfério cerebral (uma das metades do cérebro alojadas na caixa
craniana); Veia cerebral magna, de Galeno10 (vaso sanguíneo que
compõe o complexo de drenagem de sangue do cérebro); etc.
Consulte também: cérebro.
CÉREBRO
Substantivo latino Cerebrum, Cerebri, do grego Enkéçhalos, de dentro,
interior e Kephalé, cabeça. Cérebro é o nome dado para o órgão
formado por uma porção considerável da massa encefálica que ocupa
toda a parte superior e anterior da cavidade craniana. É o principal e
maior órgão do encéfalo alojado no interior do crânio. O cérebro é
formado por duas metades proporcionais, porém não simétricas,
chamadas de telencéfalo. Cada telencéfalo representa uma central de
processamento de dados capaz de processar e distribuir informações
por todo sistema nervoso central e periférico. A superfície do cérebro
de um adulto contém inúmeras dobras sinuosas chamadas de
circunvoluções, que comprimem a grande massa de tecido nervoso,
ocupa e preenche o espaço restrito da cavidade craniana, permitindo
que milhares de neurônios possam ser agregados ao cérebro e ao
cerebelo. O córtex cerebral é formado por dobras e invaginações do
tecido, os giros e sulcos cerebrais. Do ponto de vista anatômico, cada
telencéfalo é dividido em lobos: lobo frontal (1), situado
anteriormente, corresponde a testa; lobo temporal (2), situado
lateralmente logo acima das orelhas; lobo parietal (2), situado
superiormente no topo da cabeça e o lobo occipital (1), situado
posteriormente, corresponde a parte de trás da cabeça logo acima da
nuca.
Consulte também: encéfalo.
CERÚMEN
Substantivo latino Cerumen, de cera. Cerúmen é o nome dado para a
secreção depositada pelas células ceruminosas no canal auditivo
externo, conhecida popularmente como cera de ouvido.
Consulte também: meato, orelha.
CERVICAL
Adjetivo Cervicalis, de Cervix, Cervicis, pescoço, colo, nuca. Refere-
se há tudo que pertence à região do pescoço e ao que diz respeito ao
colo uterino. Por exemplo: Vértebras cervicais (vértebras que
compõem o pescoço); Ramo cervical (nervo descendente do nervo
craniano facial que permeia o pescoço anterior e lateralmente); Plexo
cervical (conjunto de nervos que tem origem nas raízes ventrais dos
nervos espinhais cervicais); Artéria cervical transversa (artéria
descendente do tronco tireocervical disposta transversalmente sobre o
músculo escaleno anterior); etc.
Consulte também: colo, pescoço.
CERVIZ OU CÉRVIX
Substantivo latino Cérvix, Cervicis, pescoço, nuca. Cerviz é o nome
dado para a parte mais estreita do pescoço, cuja a forma lembra um
colarinho, o cerviz do útero, recesso situado entre o colo do útero e o
fundo do canal vaginal, o mesmo que fórnice, local onde o sêmen é
armazenado após a ejaculação, possibilitando os espermatozoides
migrem para o interior da cavidade uterina.
Consulte também: fórnice, colo.
CESURA
Substantivo latino Caesura, Caesurae, ação de cortar, de Caedere,
cortar. Cesura é o nome dado por antigos anatomistas para o golpe
realizado com instrumento cortante.
Consulte também: cissura.
CHANFRADURA
Substantivo do francês Chanfreiner, Chanfra, entalhar, corar em forma
de meia lua. Chanfradura é o nome dado para o corte em forma
decrescente ou semicírculo.
Consulte também: oblíquo.
CIANO
Adjetivo grego Kyan, azul escuro, referente a cianótico, termo
utilizado quando o recém-nascido apresenta tom de pele azulado.
Consulte também: veia.
CIÁTICO
Adjetivo e Substantivo latino Schiaticus, do grego Ischíon, anca.
Ciático é o antigo nome dado para o principal nervo que permeia a
coxa. Em Anatomia a palavra anca, corresponde à parte superior das
coxas, pronunciada pela abertura do quadril em forma de bacia.
Corresponde também ao antigo nervo ciático, o maior e mais espesso
conjunto de fibras nervosas do sistema nervoso periférico, o qual se
estende desde a região do sacro até os músculos posteriores da coxa,
chamados em conjunto de músculos do jarrete, ramificando-se por
toda perna e pé. A terminologia anatômica substituiu apropriadamente
o termo ciático por isquiático, agora, portanto, chamamos de nervo
isquiático ao invés de ciático.
Consulte também: isquiático.
CIATO
Substantivo latino Cyathus, Cyathi, do grego Kyatho, Kyathou, copo,
taça. Ciato é o nome dado para o infundíbulo do cérebro, próximo ao
hipotálamo. A palavra faz referência ao vaso que retirava o vinho para
servir os convivas, pessoas que tomavam parte em um banquete.
Comparado a estrutura anatômica em forma de funil presa ao túber
cinéreo da cavidade ventricular do diencéfalo.
Consulte também: hipotálamo.
CICATRIZ
Substantivo latino Cicatric, de cicatriz. Cicatriz é o nome dado para as
marcas sobre a pele devido ao processo de regeneração do tecido.
Consulte também: umbigo.
CILIAR
Adjetivo latino Ciliares, relativo a Cilium, Cilii, celhas ou cílios,
pestanas, dos pelos que crescem nas margens das pálpebras superior e
inferior dos olhos.
Consulte também: cílio.
CILINDROCEFALIA
Substantivo grego Kylindors, cilindro e Kephalé, cabeça.
Cilindrocefalia é o nome dado para a cabeça com formato de cilindro,
resultado da deformação do crânio em forma de pilão, utensílio
culinário de madeira muito utilizado para processar, macerar ou triturar
alimentos. O mesmo que cilindrocéfalo.
Consulte também: pirgocefalia.
CILINDROCÉFALO
Substantivo grego Kylindors, cilindro e Kephalé, cabeça.
Cilindrocéfalo é o nome dado para os crânios com formato cilíndrico,
desenvolvidos no sentido ântero-posterior.
Consulte também: acrocefalia.
CILINDRO-EIXO
Nome dado para o prolongamento protoplasmático da célula nervosa
central, um axônio capaz de transmitir um impulso nervoso a
neurônios adjacentes e a órgãos efetores.
Consulte também: axis.
CILINDROIDE
Adjetivo grego Kylindoidés, de Kylindros, cilindro e Êidos, forma.
Que tem a forma de um cilindro. Por exemplo: Tróclea do úmero
(estrutura em formato de carretel de linha localizado na extremidade
inferior do úmero).
Consulte também: tróclea.
CÍLIO
Substantivo latino Cilium, Cilii, Celho, pestana, do grego Blepharís,
Blepharídos. Cílio (cílios) é o nome dado para os pelos longos e finos
que crescem nas bordas livres das pálpebras superior e inferior.
Consulte também: pálpebra.
CIMENTO OU CEMENTO
Substantivo latino Caementum, Caementi, que significa pedra ou pó de
alvenaria. Cimento é o nome dado para a substância cortical das raízes
dos dentes, permitindo fixar cada dente da arcada dentária em uma
cavidade alveolar. A palavra faz referência ao produto usado na
construção de casas de tijolos e pedras, que possuem mais resistência
contra impactos e choques do que as moradias feitas de madeira.
Consulte também: desmodonte.
CINEURA
Substantivo latino Cineura de cintura, cíngulo. Cineura é o nome dado
antigamente para a articulação da escápula com a clavícula, formando
um semicírculo sobre os ombros. O mesmo que cineura torácica,
cineura espádua, cíngulo do membro superior ou cintura escápular.
Atualmente o termo cintura escápular é o mais apropriado.
Consulte também: cintura, cíngulo.
CÍNGULO
Substantivo latino Cingulum, Cinguli, cintura, cinto. Cíngulo é o nome
dado para o conjunto de fibras nervosas que constituem e ligam o
corpo caloso ao hipocampo em ambos os hemisférios cerebrais. Do
ponto de vista anatômico, refere-se a qualquer estrutura semelhante a
uma cintura ou semicírculo. Por exemplo: Sulco do cíngulo (pequena
fissura situada no córtex cerebral devido a invaginação do tecido);
Giro do cíngulo (estrutura saliente da superfície cortical do cérebro em
forma de semicírculo); Istmo do giro do cíngulo (extremidade caudal e
afunilada do giro do cíngulo do cérebro); etc.
Consulte também: cintura.
CINTURA
Substantivo latino Cinctura, Cincturae, de Cingere, rodear. Cintura é o
nome dado para a parte do corpo que corresponde ao cinto, ao meio do
corpo, logo acima das ancas, situado próximo a margem das espinhas
ilíacas. Do ponto de vista anatômico, corresponde também a parte do
corpo cuja anatomia permite visualizar um círculo (cíngulo) completo
ou semicírculo. Por exemplo: Cintura pélvica (constituída pelo quadril,
compreendendo que tal osso é formado por três ossos: ílio, ísquio e
púbis); Cintura escápular (constituída pela escápula e clavícula,
semicírculo fechado anterior e aberto posteriormente nas costas). O
mesmo que cineura.
Consulte também: cineura, cíngulo.
CIRCUNFLEXO
Substantivo latino Circumflexus, linha circular, de Circum, em roda e
Flexus, flectido, dobrado, encurvado em torno de si ou de algo.
Circunflexo é o nome dado para várias estruturas anatômicas,
principalmente para as artérias, cujo formato apresenta uma linha
semicircular ou semilunar ao longo do seu trajeto. Por exemplo: Ramo
circunflexo da artéria coronária esquerda (vaso arterial que irriga o
miocárdio); Vasos circunflexos ilíacos superficial e profundo (ramos
da artéria e veia ilíaca externa); Sulco dos vasos circunflexos da
escápula (escavação na margem lateral da escápula para a artéria de
mesmo nome); Artéria circunflexa da escápula (vaso arterial que
percorre o músculo subescápular); etc.
Consulte também: semilunar.
CIRCUNVOLUÇÃO
Substantivo latino Circumvolutio, Circumvolutionis, de
Circumvoluvere, enroscar-se sobre dobras. Circunvolução é o nome
dado para o contorno e dobras que os intestinos situados no abdome
fazem ao longo do seu trajeto e, por analogia, as saliências sinuosas do
córtex cerebral sobre a superfície do cérebro. Atualmente é mais
apropriado chamar as circunvoluções cerebrais de giros cerebrais. Por
exemplo: Giros curtos do lobo insular (pequenas dobras na superfície
da ínsula sob o lobo temporal do cérebro); Giros orbitais (dobras do
córtex do lobo frontal adjacente às órbitas oculares).
Consulte também: giro.
CISSURA
Substantivo latino Scissura, Scissurae, cortadura, arranhadura, de
Scindere, fender, rachar. Cissura é o nome dado antigamente para a
invaginação cavada sobre a superfície de um órgão; serve para dar
passagem à pequenos ramos de vasos e nervos que percorrem o osso.
O mesmo que incisura. Por exemplo: Incisura jugular (escavação sobre
a pele entre a saliência da extremidade esternal da clavícula); Incisura
supraorbital (forame orbital na borda superior do arco superciliar do
osso frontal); Incisura mandibular (escavação que separa o côndilo do
processo coronoide da mandíbula); Incisura mastoidea (escavação feita
pela origem do músculo digástrico); etc.
Consulte também: incisura.
CISTERNA
Substantivo latino Cisterna, Cisternae, reservatório, sumidouro.
Cisterna é o nome dado para certas partes dilatadas do corpo de fundo
cego, análoga as cisternas (calhas) que recolhiam água da chuva em
Roma. Do ponto de vista anatômico, as cisternas servem como
reservatório para algumas substâncias ou secreções produzidas pelo
organismo.
Por exemplo: Cisterna lombar, de Pecquet11 (o mesmo que cisterna do
quilo: dilatação ampular posicionada a frente da segunda ou terceira
vértebra lombar, onde se tem o início do ducto torácico); Cisterna
colicular (espaço adjunto a veia cerebral magna preenchida por líquido
cérebro- espinhal); Cisterna cerebelobulbar (espaço subaracnoídeo
adjunto ao cerebelo e ao quarto ventrículo).
Consulte também: ampola.
CÍSTICO
Substantivo grego Kystikós, relativo à vesícula, a ampola. Cístico é o
nome dado para o ducto que conecta a vesícula biliar ao ducto hepático
comum.
Consulte também: colédoco.
CLAUSTRO
Substantivo latino Claustrum, de barreira, parede. Claustro é o nome
dado para a estrutura que divide a superfície da ínsula no núcleo
lentiforme.
Consulte também: ínsula.
CLAVA
Substantivo latino Clavae, pau nodoso e volumoso em uma das
extremidades, maça, bastão grosso. Clava é o nome dado para a região
localizada na face dorsal da medula oblonga (bulbo), que constitui
parte do tronco encefálico, cuja forma lembra uma clava, objeto que
possui uma extremidade fina e a outra grossa, semelhante a um cajado
ou bengala.
Consulte também: pirâmide.
CLAVÍCULA
Substantivo latino Claviculae, diminutivo de Clavis, chave. Clavícula
é o nome dado para o osso longo cuja a forma lembra a letra S do
alfabeto, comparado ao ferrolho das antigas portas. A clavícula serve
de escora à escápula como elemento importante da cintura (cíngulo) da
escápula. É posicionada transversalmente na parte anterior e superior
do tórax, se articulando medialmente com o esterno e lateralmente com
o acrômio da escápula. Do ponto de vista anatômico, a clavícula
apresenta extremidades esternal e acromial e o corpo do osso, que é
mais liso em cima do que embaixo, resultado da passagem de vasos e
da inserção de ligamentos.
Consulte também: escápula.
CLAVICULAR
Adjetivo relativo a clavícula. Por exemplo: Parte clavícular do
músculo esternocleidomastoideo (extremidade do músculo de mesmo
nome que se origina na clavícula localizado no pescoço); Parte
clavicular do músculo peitoral maior (extremidade do músculo de
mesmo nome que se origina na clavícula); Ramo clavicular (vaso
arterioso que se origina a partir da artéria toracoacromial, ramo da
artéria subescapular); etc.
Consulte também: clavícula.
CLINOIDE
Adjetivo do grego Kline, Klínes, leito, cama e Éidos, forma ou
semelhança, que se parece com uma cama para dormir. Termo
referente ao processo clinoide situado no osso esfenoide cujo formato
lembra a cabeceira de uma cama.
Consulte também: sela, corno.
CLITORIDIANO
Adjetivo que se relaciona com o clitóris. Por exemplo: Artéria
clitoridiana (artéria dorsal do pênis).
Consulte também: clitóris.
CLITÓRIS
Substantivo grego kleitorís, certa pedra eídos, presumivelmente
preciosa. Clitóris é o nome dado para o órgão do aparelho reprodutor
feminino, análogo ao pênis em sua embriologia, outrora citado como
uma pequena pedra preciosa, situado na parte superior da vulva entre
os lábios maiores. O clítoris é o órgão sexual feminino, uma pequena
massa cilíndrica constituída por dois tipos de tecidos cavernosos que
retém o fluxo sanguíneo, permitindo que o órgão se torne erétil durante
a relação sexual. Do ponto de vista anatômico, o clitóris possui:
glande, prepúcio, corpo, frênulo e ramos. A glande do clitóris é
homologo ao pênis diante da ereção, pois também aumenta de volume
com a estimulação tátil e participa na excitação sexual.
Consulte também: pênis.
CLIVO
Substantivo latino Clivus, de inclinado, deitado. Clivo é o nome dado
para a parte do osso occipital que se manifesta de modo inclinado,
situado anteriormente a fossa que conduz para o forame magno.
Consulte também: básio.
CNÊMIOS
Adjetivo grego Knemáios, concernente, que pertence à perna, de
Knéme, perna, se refere ao músculo situado na panturrilha, semelhante
a uma perneira, conhecido popularmente como batata da perna.
Consulte também: gastrocnêmio.
CÓANO
Substantivo grego Choáne, Choánes, funil. Cóano é o nome dado para
as duas aberturas arqueadas que encerram as fossas nasais (cavidade
nasal) posteriormente, semelhante a um funil, serve de passagem para
o fluxo de ar durante a respiração. Durante a inspiração vigorosa
quando se está resfriado, ocorre a entrada de secreção pelo óstio da
tuba auditiva, causando infecção de ouvido, escorrendo para a faringe
e em seguida para boca.
Consulte também: faringe.
CÓCCIX
Substantivo latino Coccyx, Coccygis, cuco (ave). Cóccix é o nome
dado para o pequeno osso, semelhante ao bico do cuco, situado na
extremidade caudal da coluna vertebral, preso inferiormente a última
vértebra do osso sacro, na parte posterior e inferior da bacia. O cóccix
é considerado o vestígio embrionário da cauda do homem, sinal de
uma herança evolutiva de um ancestral primitivo. Do ponto de vista
anatômico, o cóccix possui de 3 a 4 vértebras fundidas e uma única
peça óssea, algumas vértebras apresentam: corno, processo transverso
e ápice.
Consulte também: vértebra.
CÓCLEA
Substantivo latino Cochlea, Cochleae, caracol. Cóclea é o nome dado
para o canalículo situado no ouvido interno, cuja forma lembra um
caracol. A cóclea é formada por um canal semicircular torcido ao redor
do próprio eixo (columela), semelhante a carapaça dos caracóis,
preenchida por um líquido (endolinfa) que se movimenta com as
vibrações dos ossículos do ouvido médio, estimulando os receptores
(cílios) que forram o interior do canal. Os estímulos são conduzidos
pelas fibras cocleares do nervo vestibulococlear, transmitindo ao
cérebro informações que serão processadas como sons concebidos na
audição.
Consulte também: columela.
COCLEAR
Adjetivo latino Cochlear, relativo as estruturas torcidas ou circulares
em torno do próprio eixo feito um caracol. Por exemplo: Nervo coclear
(fibras sensitivas que compõem o nervo craniano vestibulococlear, o
oitavo nervo de doze pares de nervos cranianos); Ducto coclear
(situado na cóclea, contendo o órgão de Corti12); Recesso coclear
(espaço localizado no interior do vestíbulo do órgão vestibulococlear);
Gânglio coclear (espiral da cóclea); Núcleos cocleares (centros neurais
no interior do tronco encefálicos).
Consulte também: vestibulococlear.
COLATERAL
Adjetivo latino Collateralis, o que está ao lado, em direção paralela.
Por exemplo: Sulco colateral (fissura do córtex cerebral adjacente ao
giro occiptotemporal no cérebro); Eminência colateral (saliência
longitudinal no assoalho do corno inferior do ventrículo lateral
produzida pelo sulco colateral); Ramo colateral (ramo do nervo
espinhal); Artéria colateral média (ramo arterial da artéria braquial
profunda); etc.
Consulte também: recorrente.
COLÉDOCO
Substantivo grego Cholé, bile e Dóchos, que recebe, que pode
conduzir. Colédoco é o nome dado para o canal que conduz a bile para
o duodeno. O ducto colédoco permite que a bile escorra da vesícula
biliar para dentro da parte descendente do duodeno, participando da
digestão juntamente com o sulco pancreático produzido pelo pâncreas.
O ducto colédoco se anastomosa com o ducto pancreático para formar
a ampola hepatopancreática. O ducto hepatopancreático atravessa a
musculatura da parte descendente do duodeno para forma a papila
duodenal maior, também conhecida como papila de Vater13. O sistema
de ductos extrínsecos do fígado consiste em: colédoco, cístico,
hepático comum, hepático direito e esquerdo.
Consulte também: vesícula.
CÓLICO
Adjetivo latino Colicus, Colici, relativo ao cólon, parte do intestino
grosso.
Consulte também: cólon, colo.
COLO
Substantivo latino Collum, pescoço sob uma cabeça. Colo é o nome
dado para a parte estreita e curta que liga a cabeça ao corpo, análogo
ao pescoço. Colo também é o nome dado para as partes do intestino
grosso: colo ascendente, transverso, descendente e sigmoide.
Consulte também: pescoço, cólon.
CÓLON
Substantivo grego Kólon, alimento digerido. Cólon é o nome dado
antigamente para as partes do intestino grosso, atualmente dividido
como: colo ascendente, transverso, descendente e sigmoide.
Consulte também: divertículo.
COLOSTRO
Substantivo latino Colostrum, Colostri, primeiro leite, de Cooloscere,
Coalescere, coalhar. Colostro é o nome dado para o leite materno com
pouca gordura, rico em anticorpos produzido pelas glândulas lactíferas
(mamárias), dias antes e após o parto. Nesse período, as concentrações
de dopamina caem e a produção de prolactina se eleva. Poucos dias
antes do parto, a progesterona e o estrogênio permanecem em alta
induz as glândulas mamárias a produzirem o colostro.
Consulte também: glândula.
COLUMELA
Substantivo latino Columela, Columellae, diminutivo de Columa, de
Culumna, Colunae, de coluna, pilar, estrutura de sustentação.
Columela é o nome dado para a estrutura que separa as duas narinas
situadas sobre o lábio superior, na base do nariz externo. Em outros
animais, como nos tetrápodes, columela é o nome dado para o primeiro
ossículo da audição a se diferenciar. Nos seres humanos este ossículo é
chamado de estribo, situado no ouvido médio, sem a diferenciação
primitiva como ocorre nos tetrápodes.
Consulte também: coluna.
COLUNA
Substantivo latino coluna, Columnae, coluna, pilar cilíndrico que serve
de sustentação, apoio ou separação. Coluna é o nome dado para a
estrutura de separação e sustentação de certas partes do corpo. Por
exemplo: Coluna do fórnice (estrutura situada no interior do
diencéfalo, constituído pelo fórnice e preso ao corpo mamilar); Coluna
vertebral (conjunto de vértebras empilhadas verticalmente sobre o
dorso); Coluna renal, de Morgagni14 (córtex renal interposto entre as
medulas renais no interior dos rins).
Consulte também: coluna vertebral.
COLUNA VERTEBRAL
Substantivo latino Columnae Vertebralis, de espinha dorsal, raque.
Coluna vertebral é o nome dado para o órgão formado pela
sobreposição de vértebras verticalmente, situada no meio das costas,
estrutura óssea que sustenta a cabeça e os membros acima da cintura.
A coluna vertebral é formada por 31 a 33 vértebras irregulares,
distribuídas da cabeça as nádegas, dividida em 5 regiões: cervical, (7
vértebras), torácica (12 vértebras), lombar (5 vértebras) sacral (4-5
vértebras) e coccígea (3-4 vértebras). A coluna vertebral possibilita
que o tronco tenha resistência e flexibilidade necessária para todas as
atividades físicas do corpo, é um bastão rígido, flexível e articulado,
permitindo certo grau de mobilidade que varia de uma região à outra.
A região cervical (pescoço) é a que apresenta maior grau de
flexibilidade, contrapondo-se a região sacrococcígea, pois não
apresenta qualquer grau de mobilidade entre as vértebras. A coluna
vertebral se desenvolve a partir de dois tipos de curvaturas: a primária,
que está presente deste o início do período fetal e a curvatura
secundária, se desenvolve após o nascimento, condição necessária para
que a criança possa equilibrar a cabeça e aprenda a andar. Demais
curvaturas presentes na coluna vertebral de um adulto, são conhecidas
como: cifose (curvaturas com concavidades voltadas para frente,
situadas nas regiões torácica e sacrococcígea) e lordose (curvaturas
com concavidades voltadas para trás, situadas nas regiões cervical e
lombar).
Consulte também: espinha dorsal.
COLUNAS CARNUDAS
Substantivo latino Columnae Carnis, de coluna da carne. Colunas
carnudas é o nome dado para os feixes musculares presentes nas
cavidades do coração, mais apropriado como músculos papilares,
colunas de músculos projetados como estalagmites do miocárdio em
direção as valvas atrioventriculares.
Consulte também: miocárdio.
COMISSURA
Substantivo latino Commissurae, de Committere, juntar, ligar, unir, de
encontro. Comissura é o nome dado para o ponto onde duas partes se
encontram, como acontece com a comissura dos lábios superior e
inferior no canto da boca. Comissuras são pontes de comunicação
entre estruturas naturalmente separadas. Por exemplos: Comissura
palpebral (situada no canto dos olhos, onde as duas pálpebras se
encontram); Comissura anterior e posterior dos lábios maiores
(encontro dos lábios maiores no pudendo feminino).
Consulte também: caloso.
COMISSURAL
Adjetivo latino Commissurae, que diz respeito às comissuras, fibras
comissurais, que entram na constituição das comissuras do cérebro ou
da medula vertebral.
Consulte também: comissura, caloso.
COMPARTIMENTO
Adjetivo latino Compartimentum, de divisão, separação, que é
preservada, específica. Por exemplo: Compartimento anterior da coxa
(região que anterior da coxa que abriga músculos extensores da perna);
compartimento posterior da perna (região posterior da perna que abriga
músculos flexores do pé e dos dedos); Compartimento anterior do
braço (região anterior do braço que abriga músculos flexores do
antebraço); etc.
Consulte também: câmara.
COMPLEXO
Substantivo latino Complexus, entrelaçado, complicado. Complexo é o
nome dado para as estruturas que se tornam complicadas devido sua
organização e arranjo estrutural. Por exemplo: Complexo estimulante
do coração (conjunto de células especializadas chamadas de
cardiomiócitos, cuja função é gerar o próprio impulso elétrico);
Complexo olivar inferior (conjunto de neurônios que compõem o
núcleo olivar situado no tronco encefálico).
Consulte também: plexo.
COMUNICANTE
Adjetivo latino de Communicare, misturar, juntar, unir. Por exemplo:
Artérias comunicantes (artérias que sofrem anastomose permitindo que
o sangue flua em ambos os lados).
Consulte também: colateral.
CONÁRIO
Substantivo latino Conarium, pião, pequeno cone, o mesmo que
glândula pineal, de Pinealis que tem a forma do fruto do pinheiro.
Conário é o nome dado para o pequeno órgão pardo situado na
espessura da tela coroide, abaixo dos tubérculos quadrigêmeos
anteriores ou dos colículos superiores e inferiores. O mesmo que
glândula pineal.
Consulte também: pineal.
CONCHA
Substantivo latino Conchae, casca, côncavo. Concha é o nome dado
para a cavidade presente na face externa da orelha, na qual está o
meato acústico externo. É também o nome dado para outras estruturas
anatômicas. Por exemplo: Conchas nasais (estruturas curvas situadas
no interior da cavidade nasal sobreposta uma a outra, como se fossem
pequenas prateleiras chamadas de concha nasal superior, média e
inferior).
Consulte também: corneto.
CONDILARTROSE
Substantivo grego Cóndylos, Cóndylou, nó e Árthrou, articulação.
Condilartrose é o nome dado para as articulações sinoviais com
superfície elípticas. Por exemplo: Articulação radio-ulnar proximal
(condilartrose entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna).
Consulte também: diartrose.
CONDILIANO
Adjetivo latino Cóndylos, relativo ao côndilo que se apoia sobre um
receptáculo, como ocorre nas articulações do ombro e do quadril.
Consulte também: diartrose.
CÔNDILO
Substantivo latino Condylus, Condyli, junta, nó. Côndilo é o nome
dado para a eminência articular de forma arredondada, podendo se
manifestar com um platô com superfície achatada. Em geral, os
côndilos são estruturas robustas e globosas ou achatadas na forma de
platôs, permitindo grande amplitude de movimentos. Por exemplo:
Côndilo do fêmur (estrutura óssea arredondada situada na extremidade
distal do fêmur); Côndilo da tíbia (estrutura óssea achatada situada na
extremidade proximal da tíbia).
Consulte também: tróclea, trocânter.
CONDILOIDE
Adjetivo latino Condylus, que apresenta forma de côndilo, de condilar.
Consulte também: côndilo.
CONDRAL
Adjetivo latino Chondral, referente a tecido de cartilagem, de
estruturas compostas por tecido cartilaginoso. Por exemplo:
Articulação costocondral (articulação entre as costelas e as cartilagens
presentes no tórax presas ao osso esterno).
Consulte também: sindesmose.
CONDRO
Substantivo provavelmente grego Chóndros, cartilagem. Condro é o
nome dado para as estruturas de composição cartilaginosa, que se
desenvolvem a partir de modelos feitos de cartilagem. Por exemplo:
Condrócitos (células que compõem o tecido cartilaginoso);
Condroblastos (células que compõem a matriz cartilaginosa).
Consulte também: cartilagem.
CONDROCRÂNIO
Substantivo grego Chóndro, cartilagem e Kraníon, crânio.
Condrocrânio é o nome dado antigamente para o crânio cartilaginoso,
resultado da invasão de condrócitos, por volta do segundo mês de vida
do embrião. É neste período que se forma a base do crânio, originando
os ossos: etmoide, o esfenoide, as porções inferiores dos parietais, a
escama do temporal e uma parte da escama do occipital.
Consulte também: crânio.
CONDROIDE
Adjetivo do grego Chóndros, cartilagem e Eidos, semelhança.
Estruturas anatômicas que se assemelham com cartilagem.
Consulte também: condro, condral.
CONDUTO
Substantivo latino Conductus, Conductus, de Conducere, conduzir,
levar. Conduto é o nome dado para o canal, meato ou ducto. Por
exemplo: Ducto parotídeo (ducto que se origina na glândula parótida,
atravessa o músculo bucinador para se abrir próximo o segundo molar
superior); Ducto torácico (ducto que atravessa o abdome até o pescoço,
se unindo a veia braquiocefálica esquerda).
Consulte também: ducto.
CONDUTOR
Adjetivo latino Conducere, de conduzir e Actor, agente.
Consulte também: ducto, vaso.
CONE
Substantivo latino Conus, Coni, de pirâmide cuja base é um círculo.
Cone é o nome dado para as estruturas cuja forma natural se assemelha
a um cone. Por exemplo: Cone medular (estrutura em forma de cone
situada na extremidade da medula espinhal, dentro do canal vertebral);
Cone de luz (é a região que reflete a luz do otoscópio em exames
clínicos sobre a membrana timpânica no quadrante ântero-inferior);
Cone olfatório (células nervosas do primeiro par de nervos cranianos
situadas no teto da cavidade nasal e sobre parte da concha nasal
superior); Cone terminal (afunilamento da medula espinhal na forma
de uma ponta de lápis, situado abaixo da décima segunda vértebra
lombar).
Consulte também: olho.
CONFLUÊNCIA DOS SEIOS
Substantivo latino Confluens Sinuum, convergência, ponto de encontro
dos seios da dura-máter, por onde flui o líquido cérebro-espinhal.
Consulte também: seio.
CÔNICO
Adjetivo latino Conicus, de cone, cônico.
Consulte também: clitóris, úvula.
CONJUNTIVA
Substantivo e Adjetivo latino Conjunctivus, de Conjungere, ligar, unir.
Conjuntiva é o nome dado para a membrana que forma a parte anterior
do globo ocular, sem avançar sobre a córnea, mas recobre a parte
branca do olho (esclera) e a face interna das pálpebras, onde se situa o
saco conjuntival, frequentemente inspecionada no exame físico para se
verificar a ausência de rubor (vermelhidão), em casos de suspeita de
anemia.
Consulte também: córnea.
CONOIDE
Adjetivo grego Kónos, cone e Eídos, forma, semelhança. Se trata das
estruturas que tem a forma de um cone ou qualquer estrutura de
aspecto cônico. Por exemplo: Tubérculo conoide (estrutura situada
sobre a face inferior da clavícula ligada a escápula por meio da
inserção do ligamento coracoclavicular); Dente conoide (característica
do dente do áxis que é semelhante à forma cônica dos caninos de um
cão).
Consulte também: cone.
CORAÇÃO
Substantivo latino Cordis, ato ou efeito de corar, pintar e do grego
Kurd, o que salta, pula. Coração é o nome dado para o órgão central do
sistema circulatório, situado no interior da caixa torácica, posicionado
ligeiramente para frente e para a esquerda, entre as duas pleuras
pulmonares, repousando sobre o músculo diafragma, cuja função
primordial é pulsar para que o sangue possa fluir por entre suas
câmaras. O coração é uma bomba muscular auto ajustável de forma
triangular, parecido com um cone truncado, possui dois pares de
câmaras superiores (átrios) e inferiores (ventrículos). O músculo
cardíaco permite que o sistema nervoso autônomo controle o ritmo e a
frequência cardíaca, induzindo o aumento (taquicardia) ou a
diminuição (bradicardia) dos batimentos se necessário. A capacidade
de contração do músculo cardíaco ocorre devido a existência de
células especializadas (miócitos) na geração do impulso elétrico,
mecanismo fisiológico conhecido como automatismo cardíaco. O
coração é um órgão aspirante e premente, que recebe sangue das veias
cavas superior e inferior no átrio direito, e pelas artérias pulmonares no
átrio esquerdo. Os ventrículos são câmaras ejetoras que conduzem o
sangue para fora do coração por meio da artéria pulmonar, em direção
aos pulmões e aorta, para o corpo como um todo. A chegada e saída de
sangue pelo coração e suas respectivas câmaras cardíacas, permite
dividir a circulação em: circulação pulmonar, também conhecida como
pequena circulação (coração-pulmão-coração) e circulação sistêmica
ou grande circulação (coração-sistema-coração). Para que o coração
seja oxigenado adequadamente, o sangue arterial é desviado da raiz da
aorta por duas artérias coronárias direita e esquerda. As artérias
coronárias possuem dois ramos principais que se encarregam de
distribuir o sangue pelo território do músculo cardíaco e a drenagem é
realizada pelas veias cardíacas e por ramos de veias tributárias, que
direcionam o sangue para o átrio direito.
Consulte também: átrio, ventrículo.
CORACOIDE
Adjetivo do grego Kórax, Kórakos, o corvo e Ídeos, forma,
semelhança. Refere-se a extremidade que avança o limite do corpo da
escápula, que serve para a inserção da cabeça curta do músculo
coracobraquial, cujo formato lembra o bico de uma cotovia, ave
encontrada na Europa, Ásia e África, muito parecido com o corvo,
apreciada por seu canto melodioso.
Consulte também: coronoide, conoide.
CORACOIDIANO
Adjetivo referente à apófise na escápula.
Consulte também: coracoide.
CORDA
Substantivo latino Funis corda, amarra do grego Kórde, intestino,
tripa. Corda é o nome dado para o conjunto de alças do intestino
delgado enroladas na cavidade abdominal, as tripas ocultas do
abdômen. Também é o nome dado para outras estruturas anatômicas.
Por exemplo: Cordas tendíneas (conjunto de fibras tendinosas presas
ao músculo papilar e as cúspides das valvas atrioventriculares); Corda
do tímpano (nervo do ouvido médio); Cordas vocais (pregas
membranosas da glote que vibram mediante a passagem do ar pela
laringe).
Consulte também: funículo.
CORDÃO
Substantivo do Francês Cordon, diminutivo de Corde, do Latim
Funiculus, corda fina, do grego Klódion, cordinha. Cordão é o nome
dado para diversos órgãos cuja forma lembra uma corda fina. Por
exemplo: Cordão espermático (conjunto de estruturas reunidas em um
condutor que liga o abdômen a bolsa escrotal); Cordão nervoso
(conjunto de nervos associados em uma estrutura condutora,); Cordão
umbilical (estrutura presente no feto até o nascimento); etc.
Consulte também: corda.
CÓRIO
Substantivo grego Chórion, Chóriou, placenta, secundinas, membrana
que envolve o feto. Cório é o nome dado para a membrana que
envolve o feto e a camada profunda das mucosas subjacentes ao
epitélio e ao derma da pele, formada de tecido mais ou menos denso.
Consulte também: placenta, âmnio.
CÓRNEA
Substantivo do latim Corneus, chifre, corno. Córnea é o nome dado
para o termo que descreve a membrana mais espessa e elipsoide sobre
a pupila e a íris. É assim chamada devido a sua rigidez, dura como
chifre. Entretanto, tal analogia deve ser considerada como mera força
de expressão, já que a córnea propriamente dita é fina e delicada.
Consulte também: esclera.
CORNEAL
Adjetivo que diz respeito à córnea.
Consulte também: córnea, corno.
CORNETO
Substantivo latino Cornu, trombeta. Corneto é o nome dado para as
pequenas lâminas ósseas enroladas sobre si mesmas, em forma de
corneta, situadas no interior das fossas nasais. O nome mais apropriado
seria conchas nasais. Entretanto, vale ressaltar que somente a concha
nasal inferior é formada por tecido ósseo.
Consulte também: trompa, corno.
CORNICULADO
Adjetivo latino Corniculatum, de pequeno chifre e Corniculum,
diminutivo de Cornu, corno, estrutura cuja forma lembra um chifre
pequeno, referente ao penacho esculpido em metal, símbolo de
conquista cedido aos soldados romanos em batalhas estrangeiras.
Consulte também: corno, corneto.
CORNO
Substantivo latino Coruns, chifre. Corno é o nome dado para diversas
partes mais ou menos duras e salientes do corpo, frequentemente
situadas na superfície dos órgãos em forma de chifres. Por exemplo:
Corno sacral (estrutura óssea que guarnece o hiato sacral); Cornos
anterior, lateral e posterior da substância cinzenta (estruturas que se
projetam a partir da substância cinzenta no centro da medula espinhal);
Corno maior e menor do osso hioide (estrutura em formato de espinha
projetado nas extremidades do osso hioide).
Consulte também: clinoide.
COROA
Substantivo latino Coronae, corona. Coroa é o nome dado para o órgão
cujo forma estrutural lembra uma coroa sobre a cabeça, como à coroa
de um rei. Por exemplo: Coroa dos dentes (parte esmaltada dos dentes
que fica fora da cavidade alveolar da arcada dentária); Coroa da glande
(estrutura que circunscreve externamente a base da glande).
Consulte também: coronária.
COROIDE
Substantivo latino Choroideia, de coroa, referente as estruturas cuja
forma lembra uma coroa. Coroide (corioide, coroideia) é o nome dado
para a membrana fina e vascular situada entre a retina e a esclera do
olho. A coroide possui muitos melanócitos em sua composição que
produzem pigmentos (melanina) que tornam a membrana mais escura,
com coloração que varia do marron ao castanho escuro, essencial para
que a luz seja absorvida pela membrana evitando que seja refletida
dentro do globo ocular, o que prejudicaria a nitidez da imagem.
Consulte também: retina.
CORONAL
Substantivo e Adjetivo latino Coronalis, relativo a coroa, que tem
forma de coroa. Coronal é o nome dado para o osso frontal que, a
partir das bossas superciliares, descreve uma curva sobre a linha
mediana. Por exemplo: Sutura coronal (juntura que recobre a parte
superior do crânio separando o osso frontal dos parietais direito e
esquerdo); Sutura coronal no frontal (juntura que reúne as duas peças
ósseas de que se compõe o frontal na sua origem e que persiste, às
vezes, no adulto conhecida como sutura metópica); Osso coronal ou
frontal (osso impar e simétrico situado na parte anterior do crânio e
superior da face).
Consulte também: coroa.
CORONÁRIO
Adjetivo latino Coronarius, de corona. Coronário é o nome dado para
a estrutura cuja forma natural lembra uma coroa sobre a cabeça. Por
exemplo: Artérias coronárias (duas artérias situadas sobre a base do
coração); Artéria coronária estomática (ramo da artéria celíaca,
apropriadamente chamada de artéria gástrica esquerda).
Consulte também: coroa, coração.
CORONOIDE
Adjetivo do grego Koróne, Korónes, cotovia e Eidos, semelhança.
Coronoide é o nome dado para a eminência óssea cujo formato lembra
o bico de um pássaro europeu, a cotovia, situado na extremidade
anterior de cada um dos ramos da mandíbula e na margem anterior da
incisura troclear da ulna.
Consulte também: coracoide, conoide.
CORPO
Substantivo latino Corpus, Corporis, aquilo que possui tronco ou
coluna. Corpo é o nome dado para a estrutura principal (tronco), da
anatomia de um determinado organismo. No estudo da Anatomia, a
palavra corpo é usada para descrever a parte principal de certos órgãos,
tornando-se preponderante diante de outras estruturas anatômicas. Por
exemplo: Corpo amarelo (órgão de formação transitória constituído
dos restos que ficam da ruptura dos folículos ovarianos após a
maturação do óvulo); Corpo caloso (o mesmo que mesolobo e grande
comissura cerebral, situado ao fundo da fissura longitudinal o cérebro);
Corpo cavernoso (que tem cavernas ou que é de um tecido celular
esponjoso encontrado no corpo de pênis).
Consulte também: tronco.
CORPUSCULAR
Adjetivo relativo a corpúsculo.
Consulte também: cápsula.
CORPÚSCULO
Substantivo latino Corpusculus, diminutivo de Corpus, corpo.
Corpúsculo é o nome dado para um corpo de extrema pequenez. Por
exemplo: Corpúsculo polar (pequena célula que surge a partir do
resultado da meiose feminina durante o amadurecimento e expulsão
dos ovócitos no ovário, também chamados de polócitos); Corpúsculo
renal (também chamado de corpúsculo de Malpighi15, estrutura
microscópica situada no interior dos rins, presente na medula e córtex
renal).
Consulte também: cápsula.
CORREDIÇA
Substantivo feminino de corrediço. Corrediça é o nome dado para
estrutura que é suscetível de correr, escorregar, como a ranhura na
superfície de um osso onde o tendão desliza, forrado de periósteo, de
membrana sinovial para diminuir o atrito entre os tecidos. As
corrediças servem para acomodar as bainhas tendíneas, permitindo que
os tendões escorreguem sem que haja atrito durante a contração e
relaxamento dos músculos.
Consulte também: goteira, sulco.
CORRUGADOR
Adjetivo latino Con, junto, e Rugare, preguear e Actor, agente,
referente ao músculo da mímica facial que enruga a pele, descrito por
Coiter16.
CORTE
Adjetivo latino Sectio, corte, secção, divisão que se produz a partir de
um corte.
Consulte também: dissecção.
CÓRTEX
Substantivo latino córtex, Corticis, Coriça, casca. Córtex é o nome
dado para a camada superficial e sinuosa do cérebro e de certos órgãos
e glândulas. O córtex cerebral de um adulto apresenta superfície
formada por giros, fissuras e sulcos, dando a aparência convoluta aos
hemisférios cerebrais direito e esquerdo. Outros órgãos possuem
camada cortical que recebem a mesma definição terminológica. Por
exemplo: Córtex renal (superfície cortical lisa dos rins, que se
sobrepõem as pirâmides renais); Córtex da medula suprarrenal
(superfície cortical que circunda a medula adrenal ou suprarrenal).
Consulte também: cérebro.
COSTA
Substantivo latino Costae, de costa. Costa (costas) é o nome dado a
face que se projeta para trás do tronco em direção ao dorso, que se
estende da nuca até as nádegas, que faz referência aos pares de costelas
e ao sulco que divide o dorso ao meio, dando a impressão que há duas
costas.
Consulte também: costela.
COSTAL
Adjetivo latino Costallis, de costa, Costae, costela. Costal é o nome
dado para estrutura que pertence as costas. Por exemplo: Fóvea costal
(pequena face articular das vértebras torácicas para a cabeça da costela
correspondente); Cartilagem costal (cartilagem de articulação entre o
esterno e o corpo da costela); Parte costal do diafragma (região do
músculo que se fixa a margem da abertura inferior da caixa torácica).
Consulte também: costela, costa.
COSTELA
Substantivo latino costa, Costae, de ilharga, flanco, cada um dos lados
das costas. Costela é o nome dado para cada um dos ossos chatos,
longos e curvados, presos a coluna vertebral em pares, um de cada
lado. Ao todo são 12 pares de costelas, totalizando 24 ossos
classificados da seguinte forma: costelas verdadeiras
(vertebroesternais), da primeira a sétima costela; costelas falsas
(vertebrocondrais), da oitava a nona ou décima costela e costelas
flutuantes (vertebrais), da décima primeira a décima segunda costela.
Do ponto de vista anatômico, uma costela típica, que vai do terceiro ao
nono par, possui as seguintes estruturas: uma cabeça, de aspecto
cuneiforme com duas faces articulares dividida por uma crista óssea,
um colo com estrutura estreita que liga a cabeça ao corpo da costa, um
tubérculo costal, que serve para inserção do ligamento
costotransversário, e um corpo que se estende da cabeça até a inserção
da cartilagem costocondral, ligando a costela ao corpo do osso esterno.
A primeira e a segunda costela são consideradas costelas atípicas, pois
são naturalmente diferentes e apresentam características anatômicas
individuais.
Consulte também: vértebra.
COSTUREIRO
Substantivo latino Sartor, Sartoris, Alfaiaae, costureiro. Costureiro é o
nome dado antigamente para o músculo sartório, situado na face
anteromedial da coxa. Foi Spigelius 17 que batizou o músculo da coxa
de sartório, ao perceber que era o músculo seria o responsável pelo
movimento de cruzar uma perna sobre a outra, gesto repetido
frequentemente pelos alfaiates.
Consulte também: sartório.
CÓTILO
Substantivo latino Ctyle, Cotyles, de medida. Cótilo é o nome dado
para a prática de se calcular o volume de certos líquidos utilizada na
antiga Grécia. O parâmetro de medida utilizado corresponde a 27
decilitros, sendo a mesma proporção de armazenamento dos acetábulos
utilizados como tigelas na antiga Roma.
Consulte também: acetábulo.
COTILOIDE
Adjetivo do grego Cotyle, de cavidade e Eidos, semelhança. Que tem a
forma de cótilo.
Consulte também: cótilo.
COTOVELO
Substantivo latino Cubitus, de Cubitellum, diminutivo de Cubitum,
coto, cotovelo. Cotovelo é o nome dado para a articulação entre o
braço e o antebraço, formada pela união de três ossos, o úmero, o rádio
e a ulna.
Consulte também: cúbito, ulna.
COURO CABELUDO
Substantivo latino Corium, de couro e Capillum, Pellis, cabelo,
cabeludo. Couro cabeludo é o nome dado para a pele espessa e densa
que recobre o crânio, sob a qual estão os folículos capilares. O couro
cabeludo é a pele frouxa e sobreposta a uma cada fina de gordura
hipodérmica sobre o epicrânio, onde se encontra a gálea aponeurótica e
músculo occipitofrontal, permitindo que se movimente quando as
sobrancelhas são elevadas.
Consulte também: escalpo.
COXA
Substantivo latino Coxae, perna. Coxa é o nome dado para a parte do
membro inferior entre o quadril e o joelho. A coxa é o segmento do
membro inferior de maior volume, devido a presença de grandes
músculos que atuam sobre a perna, permitindo-a estender e flexionar
durante a caminhada.
Consulte também: segmento, fêmur.
COXAL
Adjetivo que pertence ao quadril ou as ancas. Atualmente, as
estruturas situadas na coxa recebem o adjetivo femoral ou invés de
coxal. Por exemplo: Músculo reto femoral (músculo situado na face
anterior da coxa).
Consulte também: coxa, fêmur.
COXIM
Substantivo latino Pulvinus, de almofada. Coxim é o nome dado para
descrever as estruturas que apresentam capacidade de absorção de
impacto ou vibrações pelo corpo. Por exemplo: Meniscos (placas de
fibrocartilagem em forma de meia lua entre os côndilos do fêmur e da
tíbia); Discos intervertebrais (discos de fibrocartilagem situados entre
uma vértebra e outra na coluna vertebral); etc.
Consulte também: disco.
CRANIAL
Adjetivo relativo ao crânio, plano que permeia o topo da cabeça,
oposto ao caudal que passa sobre a plana dos pés.
Consulte também: calvária, escalpo.
CRANIANO
Adjetivo relativo ao crânio.
Consulte também: crânio.
CRÂNIO
Substantivo latino Cranium, Cranii, esqueleto da cabeça. Crânio é o
nome dado para os ossos que se articulam na cabeça. O mesmo que
cabeça óssea. O crânio é a estrutura óssea que protege o cérebro, o
cerebelo e o tronco encefálico, constituído por 22 ossos unidos por
articulações imóveis (suturas), exceto para a mandíbula, único osso
móvel do crânio. O crânio possui 8 ossos articulados no crânio neural
(neurocrânio), sendo 4 ossos ímpares (frontal, etmoide, esfenoide e
occipital) e 2 ossos pares (temporal e parietal). O esqueleto da face
possui 15 ossos irregulares que constituem o crânio facial
(viscerocrânio), sendo 3 ossos ímpares (mandíbula, etmoide e vômer) e
6 ossos pares (maxila, concha nasal inferior, zigomático, palatino,
nasal e lacrimal). Muitos ossos do crânio facial possuem cavidades
cheias de ar (maxila, frontal e esfenoide), diminuindo o peso da cabeça
sobre o pescoço. Estes ossos são classificados como ossos
pneumáticos. A base do crânio é cravejada de forames, canais e óstios,
permitindo a passagem de artérias, veias e nervos para o pescoço.
Consulte também: cabeça.
CREMASTER
Substantivo grego Kremastér, Kremastérios, o que serve para
suspender, nome dado por Galeno18, adotado por Celso19, introduzido
por Riolan20 e descrito por Scarpa21. Cremaster é o nome dado para o
músculo cremaster, preso em ambos os testículos com extensões do
músculo oblíquo interno do abdômen, elevando os testículos em
temperaturas mais baixas. A suspensão dos testículos implica em sua
aproximação da cavidade abdominal, que é mais quente que a bolsa
escrotal, deixando as gônadas com temperatura próxima a 37 graus
célsius.
Consulte também: dartos, escroto.
CRIBRIFORME
Substantivo latino Cribrum, Cribri, crivo e Forme, aparência.
Cribriforme é o nome dado para a lâmina cribriforme do etmoide,
situada sobre o assoalho da fossa craniana anterior, cravejada de
pequenos forames por onde passam os filamentos do nervo olfatório,
partindo do bulbo em direção a cavidade nasal.
Consulte também: etmoide.
CRICOIDE
Adjetivo grego Krikós, Krikóu, anel e Eidos, forma. Que tem a forma
de anel. Por exemplo: Cartilagem cricoide (cartilagem situada na parte
inferior da laringe).
Consulte também: laringe.
CRIPTA
Substantivo latino Crypta, Cryptae, caverna, gruta. Cripta é o nome
dado para as pequenas glândulas situadas nas membranas mucosas dos
tegumentos. Por exemplo: Cripta de Lieberkühn22 (glândulas que se
abrem na superfície da túnica mucosa do intestino e secretam enzimas
durante a digestão).
Consulte também: folículo.
CRIPTÓZIGO
Adjetivo grego Kryptós, oculto e Zygon, prisão. Referente ao formato
mais estreito da face, de modo que o crânio, quando visto de cima
termina ocultando os zigomas.
Consulte também: zigoma.
CRISTA
Substantivo latino Cristae, elevação, crista. Crista é o nome dado para
a estrutura saliente, estreita, fina e cortante, que se sobressai a
superfície. Por exemplo: Crista ilíaca (proeminência rugosa na borda
do osso ilíaco do quadril); Crista uretral (proeminência mucosa da
uretra prostática, próxima ao utrículo prostático); Crista
intertrocantérica (proeminência óssea entre os dois trocanteres do
fêmur); Crista Galli (proeminência com a forma de uma crista de galo,
porção superior intracraniana da lâmina crivada do osso etmoide, serve
como ponto de inserção para a foice do cérebro).
Consulte também: etmoide.
CRISTALINO
Adjetivo latino Crystallinus, de cristal, vidro, cristal, que tem a
aparência de cristal ou vidro. O cristalino é a estrutura em forma de
lente biconvexa (corpo lenticular) situado entre o humor aquoso e o
corpo vítreo do olho.
Consulte também: orbita.
CROSSA
Substantivo francês Crosse, cajado pastoral dos bispos símbolo de
poder episcopal, do latim Arcus, Arci, arco, cajado, báculo. Crossa é o
nome dado para a estrutura em forma de arco, cajado. Por exemplo:
Cajado do aórtico (porção curvada da aorta, da base do coração até o
nível da terceira vértebra torácica).
Consulte também: arco.
CRUCIFORME
Adjetivo latino Crux, cruz e Formis, em forma, semelhança. Por
exemplo: Ligamento cruciforme (ligamento em forma de cruz, situado
sobre a face posterior do dente do áxis, fixando o processo odontóide
ao arco vertebral anterior do atlas).
Consulte também: atlas, áxis.
CRURAL
Substantivo latino Cruaralis, crus, Cruris, cruzar, o que atravessa.
Crural é o nome dado para a estrutura que pertence à perna. Por
exemplo: Fáscia crural (fáscia da perna que funciona como uma cinta
de contensão para os músculos que cruzam o joelho); Bíceps crural
(bíceps femoral, situado na parte posterior da coxa com inserção que
cruza o joelho); Músculo quádriceps femoral (músculo situado na face
anterior da coxa cuja as inserções cruzam o joelho).
Consulte também: gastrocnêmio.
CUBITAL
Adjetivo latino Cubitalis ou Ulnaris. Relativo ao cúbito, ulna.
Referente as estruturas que pertencem a região do cotovelo, também
chamada de cúbito.
Consulte também: Ulna, cúbito.
CÚBITO
Substantivo latino Cubitus, Cubiti, cana do braço, cúbito, cotovelo.
Cúbito é o nome dado antigamente ao osso medial do antebraço, a
ulna, derivdo da palavra Cubare, de reclinar, deitar, devido ao costume
dos romanos se apoiarem sobre os cotovelos durante as refeições,
adotando uma postura reclinada sobre a mesa.
Consulte também: ulna.
CUBOIDE
Adjetivo grego Kuboeidés, de Kubos, cubo e Êides, forma. Quem tem
a forma de um cubo. Por exemplo: Cúbito (osso curto em forma de
cubo, situado na parte superior e lateral do pé).
Consulte também: metatarso.
CUCULAR
Adjetivo latino Cucullaris, de Cucullus, capuz de frade. Por exemplo:
Músculos trapézio (músculo situado sobre os ombros que, junto com
seu par contralateral, lembra um capuz, antigamente chamado de
multângulo).
Consulte também: trapézio.
CÚLMEN
Adjetivo latino Culmen, ponto mais alto. Por exemplo: Cúlmen do
epicrânio (parte mais alta do crânio).
Consulte também: calvária.
CUNEIFORME
Adjetivo latino cuneiformes, de Cuneus, cunha e Formis, forma. Que
tem a forma de cunha. O cuneiforme é um dos três pequenos ossos do
pé que, junto com o cuboide e o navicular, formam a parte anterior do
tarso.
Consulte também: tarso.
CÚNEO
Substantivo latino Cuneus, Cunci, cunha. Cúneo é o nome dado para o
pequeno lóbulo triangular situado na face interna dos hemisférios
cerebrais, limitado anteriormente pelo sulco parietooccipital e
posteriormente pelo sulco calcarino.
Consulte também: calcarino.
CÚPULA
Substantivo latino cúpula, Cupulae, cuba pequena. Cúpula é o nome
dado para a forma curvada do alto da cabeça, o mesmo que abóbada.
Consulte também: abóbada, calota.
CURSO DOS PELOS
Substantivo latino Flumina Pilorum, direção dos pelos. Curso dos
pelos é o nome dado para o rumo em que os pelos tomam ao crescerem
sobre a superfície da pele a contar do folículo piloso, como ocorre com
o redemoinho característico no centro do couro cabeludo, as vezes
sobre a linha de implante de cabelo situado na nuca.
Consulte também: cabelo.
CURVATURA
Adjetivo relacionado com a estrutura que é curvada. Por exemplo:
Arco palatoglosso (arco musculomembranoso situado próximo ao
istmo da cavidade oral).
Consulte também: Arco.
CÚSPIDE
Substantivo latino Cuspis, Cuspidis, ponta. Cúspide é o nome dado
para a eminência de esmalte situado na face triturante dos dentes
molares e pré-molares. É também o nome dado para os folhetos
triangulares das valvas atrioventriculares direita e esquerda do coração.
Cada cúspide representa uma válvula da valva tricúspide ou bicúspide.
Consulte também: valva, válvula.
CUTÂNEO
Substantivo latino Cutaneus, de cútis, pele. Cutâneo é o nome dado
para a estrutura que pertence a pele, o mesmo que derme.
Consulte também: derme.
CUTÍCULA
Substantivo latino Cuticulae, diminutivo de cútis, pele. Cutícula é o
nome dado para a fina faixa de camada córnea sobre a margem situada
próxima a raiz da unha, entre a pele e a inserção ungueal.
Consulte também: Unha.
CUTICULAR
Adjetivo relativo à cutícula ou à cútis, pele.
Consulte também: cútis.
CÚTIS
Substantivo latino Cútis relativo à pele. Cútis é o nome dado para o
conjunto de tecido epitelial e conjuntivo que reveste externamente o
corpo dos animais.
Consulte também: pele.
D

DÁCRIO
Substantivo grego Kákryon, Dádryou, do que vem da lágrima. Dácrio
é o nome dado antigamente para o ponto craniométrico situado na raiz
do nariz, a partir do encontro do osso frontal com o lacrimal e os
ramos ascendentes da maxila.
Consulte também: glabela.
DARTOS
Adjetivo grego Dartós, escorchado, descascado, esfolado, arrancado.
Invólucro dos testículos pertinente as camadas que compõem o escroto
ao qual se adere intimamente. Por exemplo: Túnica dartos
(responsável pela manutenção da temperatura dos testículos em ação
conjunta com o músculo cremaster). A contração das fibras musculares
da túnica dartos, faz com que a bolsa escrotal tenha um aspecto
rugoso. De forma semelhante e atendendo o mesmo propósito, o
músculo cremaster se contrai para elevar os testículos para perto da
cavidade abdominal. As fibras do músculo cremastérico são do tipo
estriado esquelético e estão associadas as fibras do músculo oblíquo
interno do abdome.
Consulte também: cremaster.
DECLIVE
Adjetivo do latim Declivis, relativo a estrutura situada em ladeira.
Consulte também: chanfrado.
DECUSSAÇÃO
Substantivo latino Decussatio, Decussationis, de Decussare, de cruzar.
Decussação é o nome dado para a estrutura que cruza em forma de X,
passando de um lado para o outro. Por exemplo: Quiasma óptico
(decussação das fibras aferentes entre os dois nervos ópticos, ambos se
cruzam de um lado para o outro, mais não completamente, dando a
entender que mudaram completamente de lado).
Consulte também: quiasma.
DEDO
Substantivo latino Digitus, Digiti, de digito, do grego Dáktylos,
Dáktylou, dedos, artelhos. Dedo (dedos) é o nome dado para os antigos
artelhos, ou seja, para os dedos das mãos e dos pés. Os dedos são
prolongamentos de tamanho variável situados nas mãos e nos pés, num
total de cinco dedos para cada segmento, sendo que o primeiro dedo da
mão é o polegar, conhecido como dedo opositor, e do pé o hálux,
conhecido popularmente como dedão. Do ponto de vista anatômico,
cada dedo apresenta três falanges: proximal, média e distal, exceto
para o primeiro dedo, pois o polegar e o hálux não possuem a falange
média.
Consulte também: artelho.
DEFERENTE
Adjetivo latino Deferens, Deferentis, de de, para fora e ferre, levar,
conduzir. Que leva para fora. Por exemplo: Ducto deferente (ducto que
conduz e armazena o esperma do testículo até as vesículas seminais).
Consulte também: eferente.
DELTOIDE
Substantivo e adjetivo da letra grega Delta, igual a letra delta
maiúscula. Deltoide é o nome dado para a estrutura cuja forma lembra
um triângulo isóscele. Por exemplo: Músculo deltoide (músculo
situado na extremidade do ombro).
Consulte também: pirâmide, piramidal.
DENTADO
Adjetivo latino Dentatus, de Dens, Dentis, do grego Odontotós, de
Ondóus, Odóntos, dente. Por exemplo: Corpos (núcleos) dentados
(situados na parte interna dos hemisférios cerebrais); Músculos
dentados (músculos do tórax cuja as inserções se fazem nas costelas
por meio de digitações).
Consulte também: dente.
DENTAL
Adjetivo latino Dentalis, relativo aos dentes. O mesmo que dentário.
Consulte também: dente.
DENTE
Substantivo latino Dens, Dentis. do grego Odóus, Odóntos, dente.
Dente é o nome dado para cada um dos órgãos duros implantados nas
arcadas dentárias que constituem a margem inferior da maxila e
superior da mandíbula. Os dentes são órgãos duros da mastigação, com
funções diferenciadas devido a seu formato. Os incisivos servem para
cortar, os caninos, devido o formato pontiagudo, são úteis para perfurar
e rasgar a carne e os molares, para macerar e triturar alimentos mais
duros. Para os seres humanos, a ordem natural de crescimentos dos
dentes ocorre a partir de duas dentições: a dentição de leite, com 20
dentes e a dentição permanente, com 32 dentes, cuja a troca se inicia a
partir dos seis anos de idade. Os dentes de leite, termo extraído do
latim Decídua, que está propenso a cair, recebem esta denominação
devido sua coloração leitosa. O siso é o último dente permanente a
crescer a partir dos 18 anos de idade, por isso é chamado de dente do
juízo, da responsabilidade. A ordem natural dos dentes permanentes
ocorre em pares: incisivos centrais (4), incisivos laterais (4), caninos
(4), pré-molares (8) e molares (12), totalizando 32 dentes. Do ponto de
vista anatômico, um dente apresenta: raiz, colo, corpo, coroa, esmalte,
dentina e cavidade pulpar.
Consulte também: odontoide, dentina.
DENTE BARRADO
Adjetivo relativo ao dente molar cuja raiz alcança a porção do osso
que compõem a arcada dentária.
Consulte também: dente
DENTE DE LEITE
Adjetivo relativo aos primeiros dentes que crescem na boca e depois
caem, sendo substituídos por outros mais fortes. Recebem este nome
devido seu surgimento no período em que a criança está amamentando
e pela sua cor leitosa.
Consulte também: dente.
DENTE DO SISO
Adjetivo relativo aos últimos dentes que crescem na boca, que só
nascem depois da puberdade, quando se presume que o jovem começa
a ter juízo.
Consulte também: dente.
DENTINA
Substantivo Dentinum, substância do dente. Dentina é o nome dado
para o tecido conjuntivo calcificado que é mais duro que o próprio
osso, devido a concentração de hidroxiapatita.
Consulte também: dente, esmalte.
DEPRESSOR
Adjetivo latino Deprimere, abaixar, descer e Actor, agente, referente os
músculos que deprimem certas partes do corpo. Por exemplo: Músculo
abaixador do ângulo da boca (músculo da mímica facial que traciona
para baixo o canto da boca, resulta na expressão de depressão, tristeza,
angústia).
Consulte também: detrusor.
DERMÁTOMO
Substantivo grego Derm, pele, Tomos, corte, o mesmo que corte de
pele. Dermátomo é o nome dado para a região de pele inervada por
fibras aferentes provenientes do gânglio sensitivo do nervo espinhal,
contínuo com a raiz posterior do nervo espinhal.
Consulte também: nervo.
DERME
Substantivo latino Dermis, Corium, de couro, pele. Derme é o nome
dado para o tecido conjuntivo espesso e vascularizado situado abaixo
da epiderme.
Consulte também: epiderme, pele.
DESMOCRÂNIO
Substantivo grego Desmós, Demóu, ligamento e Kraníon, crânio.
Desmocrânio é o nome dado para o crânio membranoso em
desenvolvimento no embrião, constitui a abóbada craniana a partir do
amadurecimento dos ossos do crânio neural e facial.
Consulte também: abóbada, crânio.
DESMODONTE
Substantivo do latim Desmodontium, de Desmós, ligamento e Odous,
dente. Desmodonte é o nome dado para o ligamento dentário que fixa a
raiz do dente a parede óssea da cavidade alveolar da arcada dentária.
Consulte também: cimento (cemento).
DETRUSOR
Adjetivo latino Detrudere, repelir, expulsar, e Actor, agente de ação.
Por exemplo: Músculo detrusor da bexiga (músculo que comprime a
bexiga durante a micção).
Consulte também: depressor.
DIAFANIZAÇÃO
Adjetivo latino de Dia, através e Phánein, brilhar, referente a prática e
a técnica de diafanizar, ver através, claramente, de translúcido.
Consiste no processo químico empregado no estudo da Anatomia,
Histologia e Fisiologia, para tornar transparentes os tecidos,
permitindo visualizar as camadas e a compartimentação dos órgãos.
Consulte também: epitélio.
DIÁFISE
Substantivo grego Diaphysis, Diá, separação e Physis, Physeos,
produção natural. Diáfise é o nome dado para a estrutura separada da
extremidade do corpo de um osso em crescimento. Por exemplo:
Diáfise do úmero (corpo do osso separando das duas epífises ou
extremidades).
Consulte também: epífise.
DIAFRAGMA
Substantivo latino Diaphragmatis, do grego Diaphrágmatos, de Diá,
entre, através e Phrágma, septo, parede. Diafragma é o nome dado
para o músculo diafragma situado entre a cavidade do tórax e do
abdômen, cuja forma lembra um guarda-chuva aberto, ligeiramente
circular, carnudo, com o centro perfurado para a passagem do esôfago,
veia cava inferior e aorta abdominal, sendo o principal músculo da
respiração. Diafragma é também o nome dos músculos do assoalho
pélvico.
Consulte também: septo.
DIARTRANFIARTROSE
Substantivo latino Diarthrósis, de Diá, extensão, mais de um e
Arthrósis, junta, articulação e do grego Amphiartrósis, de Amphí,
iguais, de ambiguidade, e Arthrósis, articulação, de junta.
Diartranfiartrose é o nome dado antigamente para as articulações com
características diartrodiais e de anfiartroses, cujo material interposto
(fibrocartilaginoso) permite certo grau de movimento e resistência. Por
exemplo: Sínfise púbica (diartranfiartrose situada entre os púbis,
articulação do tipo sínfise); Sacroilíaca (diartranfiartrose situada entre
as faces auriculares do osso ílio e do osso sacro, articulação composta
sinovial anterior e uma sindesmose posterior).
Consulte também: anfiartrose, diartrose.
DIARTRODIAL
Adjetivo relativo à diartrose, articulações móveis com alto grau de
mobilidade.
Consulte também: diartrose.
DIARTROSE
Substantivo grego Diarthrósis, de Diá, extensão, mais de um e
Arthrósis, junta, articulação. Diartrose é o nome dado para as
articulações sinoviais que apresentam diferentes tipos de movimentos:
flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundação. As
articulações sinoviais são classificadas com base no formato da
extremidade articular do osso, podendo ser: plana, gínglimo, trocoide,
elipsoide (condilar), selar e esferoide. Por exemplo: Articulação
escapuloumeral (diartrose situada no ombro, articulação sinovial do
tipo esferoide, entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoidea da
escápula); Atlantoaxial (diartrose situada entre as vértebras o atlas C1
e o áxis C2, articulação sinovial do tipo trocoide); Articulação
capometacarpal (diartrose situada entre o osso trapezoide do carpo e o
primeiro metacarpo); etc.
Consulte também: sinovial, sindesmose.
DIÁSTEMA
Adjetivo grego Diastema, espaço, intervalo e Dia, entre, através e
Temein, afastar.
Consulte também: antro, abdução.
DÍDIMO
Adjetivo latino Didymus, do grego Dídymos, duplo, gêmeo. Antigo
nome usado para designar os testículos, por estarem quase sempre
juntos, um ao lado do outro, como se fossem gêmeos.
Consulte também: epidídimo, testículo.
DIENCÉFALO
Substantivo latino Diencephalon, de estrutura que está entre, de modo
intermediário e Enkephalos, cérebro, de cerebral. Diencéfalo é o nome
dado para o conjunto de estruturas e órgãos neurais situados de
maneira intermediária entre os dois hemisférios do cérebro, ocupando
uma posição central e estratégica do ponto de vista funcional. O
diencéfalo está dividido em dois, de modo que o terceiro ventrículo
ocupa o centro do diencéfalo, acima do mesencéfalo e do cerebelo,
abaixo do corpo caloso. Do ponto de vista anatômico, o diencéfalo é
formado pelo tálamo, hipotálamo e pela hipófise, sendo que o tálamo
constitui mais da metade do diencéfalo. O diencéfalo é o núcleo
central do encéfalo, circundado pelos hemisférios cerebrais, contendo
vários núcleos neurais responsáveis pelo processamento sensitivo e
motor. A glândula hipófise se estende do hipotálamo até a fossa
hipofisária, situada no centro do osso esfenoide, onde fica alojada.
Consulte também: Encéfalo.
DIGÁSTRICO
Adjetivo e substantivo latino Digastricus, do grego Dis, duas vezes e
Gastér, de ventre. Digástrico é o nome dado para o músculo formado
por dois ventres conectados por um tendão intermediário. Por
exemplo: Músculo digástrico (situado no assoalho da cavidade da
boca, eleva o osso hioide e a laringe durante a mastigação e a fala);
Músculo omo-hioideo (situado inferiormente ao osso hioide durante a
deglutição); Músculo milo-hioideo (compõem o assoalho muscular da
cavidade da boca, comprimindo o palato durante a deglutição).
Consulte também: bíceps.
DIGESTÓRIO
Adjetivo latino Digestorius, de Digere, de trânsito, que transita para
outras partes. Refere-se ao sistema digestório, formado por órgãos e
glândulas onde ocorre as funções digestivas. O sistema digestório
(digestivo) é composto por um canal alimentar, um longo tubo longo,
sinuoso de calibre variável, chamado também de tubo digestivo, que se
estende da boca ao ânus. Durante seu trajeto, o canal alimentar sofre
inúmeras modificações anatômicas, determinando o surgimento de
inúmeros órgãos (boca, esôfago, estômago, intestino delgado, grosso e
ânus) e glândulas anexas (fígado e pâncreas).
Consulte também: estômago.
DÍPLOE
Adjetivo latino Diplois, Diploidis, vestido dobrado, do grego Diplóe,
Dplóes, coisa dupla ou duplicado. Refere-se a camada de tecido ósseo
esponjoso situada entre as duas lâminas compactas dos ossos do
crânio. De acordo com a origem terminológica, díploe é a duplicidade
das duas lâminas interna e externa. Mais a díploe propriamente dita, e
é o que frequentemente determinamos no estudo prático da anatomia,
está situada de maneira intermediária entre as duas camadas
compactas. Repare que a díploe é porosa e cavernosa, um forte indício
de adaptação evolutiva dos ossos do crânio, pois permite dar leveza e
capacidade de absorção de impactos sobre a cabeça.
Consulte também: crânio.
DIPLOICO
Adjetivo relativo à díploe.
Consulte também: díploe.
DISCO
Substantivo latino Discus, disco, discoide. Disco é o nome dado para
as estruturas achatadas e arredondadas nas bordas, cuja forma circular
apresenta espessura variável. Por exemplo: Disco intervertebral
(estrutura discoide de fibrocartilagem feito um coxim entre as
vértebras da coluna vertebral, exceto para as vértebras sacrais e
coccígeas); Disco articular (estrutura discoide entre os púbis, disco
interpúbico).
Consulte também: coxim.
DISSECAR
Verbo latino Dissecare, cortar, retalhar. Consiste no ato de separar em
parte menores, cortando e retirando a carne presa aos ossos sem
danificá-los, de modo que as partes separadas possam ser reunidas
novamente para o estudo da Anatomia dos sistemas e aparelhos do
corpo.
Consulte também: anatomia, dissecção.
DISSECÇÃO
Substantivo latino Dissectio, Dissectionis de Dis, partícula disjuntiva e
Sectio, Sectionis, ação de dividir, cortando. Do grego, Anatomé,
Antomés, de Aná, através, de permeio e Tomé, corte. Consiste na
prática de cortar e separar em partes o corpo, para em seguida estudá-
las sistematicamente. O mesmo que dissecação.
Consulte também: anatomia, dissecar.
DISTAL
Adjetivo latino Distare, aquilo que está distante, afastado. Refere-se as
extremidades dos membros que ficam naturalmente afastadas de sua
origem. Por exemplo: Falange distal (último osso do dedo, falange
mais afastada da raiz do dedo).
Consulte também: proximal, medial.
DIVERTÍCULO
Substantivo latino Diverticulum, Diverticula, caminho secundário.
Divertículo é o nome dado para as formações saculares que percorrem
os colos: ascendente, transverso, descendente e sigmoide, contribuindo
para a aparência enrugada do intestino grosso. Os divertículos formam
pequenas bolsas sequenciais, podendo ser associados a pequenos
caminhos, rumos diferentes ou secundários que são encontrados no
último intestino do canal alimentar. A diverticulite é uma condição
patológica que atinge o intestino grosso, causando inflamação e
podendo, em situações mais graves, provocar ulcerações na parede do
órgão provocando hemorragia interna. Foi esta a situação clínica que
matou o candidato e presidente eleito Tancredo Neves23.
Consulte também: haustro.
DOLICOCEFALIA
Substantivo do grego Dolchós, alongado e Kephalé, cabeça.
Dolicocefalia é o nome dado para o crânio com características
antropológicas associadas a Anatomia de um ancestral comum dos
seres humanos, cuja forma alongada no sentido ântero-posterior
ultrapassa o diâmetro horizontal no sentido lateral da cabeça.
Consulte também: acrocefalia, braquicefalia.
DOLICOCÉFALO
Refere-se ao indivíduo que tem o crânio oval, sendo o diâmetro
transversal menor. Pessoas com crânios dolicocéfalos são mais
frequentes em países do ocidente e do mediterrâneo.
Consulte também: dolicocefalia.
DORSAL
Adjetivo latino Dorsualis, de Dorsum, Dorsi, dorso, costas, do grego
Nótos, notou. O que tem relação com a parte posterior do tronco,
dorso. É também a característica da face que se opõem ao ventre. Por
exemplo: Dorso da língua (oponente ao céu da boca, face dorsal onde
se entra as papilas gustativas). Utilizamos o termo dorsal,
principalmente para as partes que compõem o tronco, como face dorsal
ao invés de face posterior, da mesma forma que se diz face ventral ao
invés de face anterior.
Consulte também: costas.
DORSO
Substantivo latino Dorsum, Dorsi, costas, do grego Nôtos, referente ao
dorso do homem. Dorso é o nome dado para a parte posterior do
tronco, da última vértebra cervical até a última vértebra lombar.
Também é como chamamos a parte superior e convexa da língua, da
parte que vai da raiz a ponta do nariz, da face referente as costas da
mão, da superfície exposta do pé e de qualquer outra parte do corpo
que apresenta uma face ventral oposta ao dorso.
Consulte também: costas.
DÚCTULO
Substantivo latino Ductulus, diminutivo de Ductus, de ducto. Ducto é
o nome dado para os condutos tubulares necessários para conduzir de
um lugar para o outro certas substâncias e fluídos do corpo.
Consulte também: vaso, ducto.
DUODENAL
Adjetivo latino Duodenalis, de Duodenum, relativo ao duodeno e a
qualquer órgão, glândula ou estrutura que se liga ao duodeno. Por
exemplo: Recesso duodenal superior e inferior (abertura no peritônio
que emborca a flexura duodenojejunal); Prega duodenal superior e
inferior (dobras do peritônio fixadas na flexura duodenojejunal);
Impressão duodenal (escavação no fígado causado pela pressão de
contato da alça do duodeno).
Consulte também: duodeno, intestino.
DUODENO
Substantivo latino Duodenos, Duodeni, doze. Duodeno é o nome dado
para a primeira parte do intestino delgado que mede 25 centímetros de
comprimento, o que resulta aproximadamente no comprimento de 12
dedos perfilados. O duodeno é um órgão retroperitoneal, sendo mais
curto, largo e fixo em comparação com as outras alças intestinais que
são contínuas a ele. O duodeno tem a forma da letra C do alfabeto,
com concavidade que abraça a cabeça do pâncreas. Inicia-se a partir do
esfincter pilórico e vai até a flexura duodenojejunal. Do ponto de vista
anatômico, o duodeno apresenta: porção superior (5 cm), descendente
(7-10 cm), inferior (6-8 cm) e ascendente (5 cm). A papila duodenal
maior, de Vater24, e a papila duodenal menor, trazem o sulco
pancreático e a bile para o interior do intestino, ambas se abrem na
porção descendente do duodeno.
Consulte também: intestino.
DURAL
Adjetivo relativo à dura-máter, um dos folhetos meníngeos que
envolve o encéfalo.
Consulte também: dura-máter.
DURA-MÁTER
Substantivo latino Dura, Durae, firme, forte e Mater, Matris, mãe.
Dura-máter é o nome dado para a meninge mais externa e espessa das
meninges que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. A dura-máter
está aderida a lâmina óssea compacta da calota craniana, podendo ser
vista assim que os ossos são removidos. É uma membrana bilaminar
(paquimeninge), sendo o folheto externo (periosteal) formado pelo
periósteo que recobre a superfície interna da calota craniana, e o
folheto interno é contínuo com o forame magno que reveste e
acompanha a medula espinhal. A relação entre a calota craniana e a
dura-máter ocorre de forma tão intima, que os vasos sanguíneos que
percorrem entre os folhetos externo e interno da meninge, deixam as
suas marcas (impressões) na superfície interna do osso.
Consulte também: aracnoide e pia-máter.
E

ÉCRINO
Adjetivo grego Ek, fora, de dentro para fora e Krynos, secreção, Krin,
secretar, segregar, separar, relativo as glândulas que produzem
secreção sem ruptura do citoplasma celular.
Consulte também: endócrino.
ECTÓPICO
Adjetivo grego Ek, fora e Topos, de deslocado, fora de lugar, referente
a gestação ectópica, fora do útero, associada a gravidez tubária.
Consulte também: tuba, trompa.
EFERENTE
Adjetivo latino Eferens, Efferentis, de Ef, para fora e Ferre, levar,
conduzir. Característica de um ducto que transporta para fora as
secreções de uma glândula exócrina; de uma fibra nervosa (neurônio)
que conduz a informação química (impulso) do centro para a parte
periférica do sistema nervoso; de um vaso linfático que saí de um
gânglio para desembocar em outro; etc. Por exemplo: Fibras eferentes
do bulbo olfatório (neurônios estimulados devidos as reações químicas
disparadas pelos receptores olfatórios presentes na mucosa olfatória do
nariz); Arteríola glomerular eferente (pequena artéria que saí do
glomérulo renal); Veia hipofisária eferente (pequena veia que contribui
para a formação do seio cavernoso no cérebro).
Consulte também: aferente.
EFÍPIO
Substantivo grego Epghíppion, Ephíppiou, sela, selim, de Epí, sobre e
Hippos, cavalo. Efípio é o nome dado antigamente para a chamada sela
túrcica situada no osso esfenoide. Refere-se a cavidade localizada na
face superior do corpo do osso esfenoide, também conhecida como
sela turca ou túrcica, devido a semelhança com o assento utilizado
sobre o lombo dos cavalos usados pelos turcos.
Consulte também: sela.
EIXO
Substantivo latino Axis, do grego Áxon, Áxonos, de eixo. Eixo é o
nome dado para a linha imaginária que passa pelo centro do corpo ou
de qualquer órgão que o corte ao meio, permitindo que as metades
possam se equilibrar feito uma balança.
Consulte também: áxis.
EJACULATÓRIO
Adjetivo latino Ejaculare, jorrar e Ex, para e Jactare, lançar. Por
exemplo: ducto ejaculatório (ducto conectado a vesícula seminal que
atravessa a porção posterior da próstata até o óstio do ducto
ejaculatório na uretra prostática).
Consulte também: ducto.
ELÍPTICO
Adjetivo grego Elleiptykós, relativo à elipse, das articulações
elipsoides ou condilares.
Consulte também: diartrose, côndilo.
EMBRIÃO
Substantivo grego Émbryon, Émbryou, de dentro e Bryo, germinar.
Embrião é o nome dado para o organismo vivo que se desenvolve
dentro do útero materno, a partir da fecundação de um óvulo por um
espermatozoide. No estudo da embriologia, consideramos que o
embrião é o indivíduo que se desenvolve durante o primeiro trimestre
de vida intrauterina, a partir deste período o embrião passa a ser
chamado de feto até o nascimento.
Consulte também: feto.
EMBRIOLOGIA
Substantivo grego Embryología, de Émbryon, embrião e Logia, coleta.
Embriologia é o nome dado para a ciência que abrange tudo sobre o
embrião e seu desenvolvimento. Em sentido mais amplo, Embriologia
é a ciência que estuda a formação dos animais desde a sua concepção
até o nascimento, considerada ramo da Morfologia.
Consulte também: embrião.
EMBRIONÁRIO
Que diz respeito ao embrião ao estudo da embriologia.
Consulte também: embriologia.
EMINÊNCIA
Substantivo latino Eminencia, Eminenciae, altura, elevação, do grego
Hypsolótes, Hypsolótetos, elevação, sublimidade, altura. Eminência é
o nome dado para uma estrutura saliente sobre a superfície de um
órgão. Por exemplo: Eminência intercondilar (estrutura saliente situada
entre os côndilos medial e lateral da tíbia); Eminência iliopúbica
(saliência entre o ílio e o ramo superior do púbis); Eminência hipotenar
(pequena almofada sobre a palma da mão, logo abaixo do dedo
mínimo); etc.
Consulte também: côndilo, tubérculo.
EMUNCTÓRIO
Substantivo latino Emunctorium, Emunctorii, de Emungere, assoar,
expelir. Emunctório é o nome dado antigamente para o órgão utilizado
para eliminar os líquidos excretados pelo organismo. Por exemplo:
Uretra (canal ligado a bexiga para eliminação de urina). Mictório,
deriva do conceito associado ao processo de urinar e o que estimula a
micção.
Consulte também: uretra.
ENARTRODIAL
O que diz respeito às enartroses, o mesmo que diartroses, articulações
sinoviais do tipo esferoide, cuja extremidade arredondada se encaixa
sobre uma face articular côncava e profunda.
Consulte também: enartrose, sinovial.
ENARTROSE
Substantivo grego Enartrôsis, de En, dentro e Artrôsis, articulação.
Enartrose é o nome dado antigamente para as diartroses. Por exemplo:
Articulação do quadril (articulação entre a cabeça do fêmur e a
cavidade do acetábulo no quadril).
Consulte também: diartrose.
ENCAIXE
Substantivo referente ao ato de encaixar, acoplar, assentar. Encaixe é o
nome dado para uma estrutura em forma de cavidade (receptáculo),
destinada à receber outra estrutura cuja forma se adapta perfeitamente
a superfície do receptáculo, a isso chamamos de encaixe recíproco,
onde ocorre com maior frequência nas articulações sinoviais, na qual a
superfície articular das extremidades dos ossos são destinadas uma
para a outra. Por exemplo: Acetábulo (cavidade profunda do quadril
que recebe a cabeça do fêmur).
Consulte também: encaixe recíproco.
ENCEFÁLICO
Adjetivo relativo ao encéfalo e as estruturas que habitam o interior do
crânio, incluindo a medula espinhal que, apesar de não residir dentro
do crânio, mantém sua conexão com o tronco encefálico.
Consulte também: encéfalo.
ENCÉFALO
Substantivo grego Enképhalos, de em, dentro e Kaphalé, cabeça.
Encéfalo é o nome dado para o conjunto de órgãos e estruturas
situados dentro do crânio. O encéfalo é o conjunto de todas as partes
contidas na cavidade craniana que se originam do tubo neural, e que o
mesmo se modifica a partir do folheto embrionário (germinativo) do
ectoderma. Apesar do cérebro ser o maior órgão situado no interior da
caixa craniana, frequentemente observarmos estudantes aprendendo
erroneamente que a palavra cérebro é sinônimo para encéfalo.
Portanto, encéfalo é o conjunto de órgãos, estruturas e glândulas
situadas no interior do crânio. Fazem parte desse conjunto: o cérebro,
formado pelos dois hemisférios cerebrais, o diencéfalo, situado abaixo
do corpo caloso, o cerebelo, posicionado atrás do tronco encefálico e
abaixo dos lobos occipitais, o tronco encefálico, formado pelo
mesencéfalo, pela ponte e pelo bulbo. O encéfalo é protegido pelo
revestimento de três meníngeas: dura-máter (a mais externa e espessa)
aracnoide (membrana intermediária cujo arranjo estrutural lembra uma
teia de aranha) e a pia-máter (a mais íntima, fina e delicada das
meninges que está aderida a superfície externa dos órgãos encefálicos).
Consulte também: cérebro, cerebelo, meninge.
ENDOCÁRDIO
Substantivo grego Éndon, para dentro e Kardía, Kardías, coração.
Endocárdio é o nome dado para a camada endotelial fina e lisa que
reveste o interior dos átrios e ventrículos, das valvas cardíacas e dos
grandes vasos da base do coração, diminuindo o atrito da parede do
endotélio com o sangue. Ao contrário do miocárdio, o endocárdio não
possui a mesma capacidade contrátil.
Consulte também: epicárdio, miocárdio.
ENDOCÉRVICE
Substantivo grego Endo, de dentro e latino Ceruic, de colo.
Endocérvice é o nome dado para a porção do colo do útero que se
encontra logo após o orifício cervical externo, que se dobra para o
interior do canal vaginal.
Consulte também: cérvice.
ENDÓCRINO
Adjetivo grego Endo, dentro e Krin, secreta, relativo as glândulas que
produzem e secretam substâncias internamente, diretamente na
corrente sanguínea, agindo de maneira sistêmica pelo corpo. Por
exemplo: Pâncreas (glândula responsável pela secreção de insulina
depositada diretamente na corrente sanguínea).
Consulte também: exócrino.
ENDOLINFA
Substantivo latino Endolympha, dentro En, da linfa, lympha. Endolinfa
é o nome dado para a pequena quantidade de líquido aquoso contido
no interior do labirinto membranoso do aparelho vestibulococlear,
situado no interior do osso temporal.
Consulte também: cóclea, labirinto.
ENDOMÉTRIO
Substantivo latino Endometrium, camada mais interna do útero, de En,
dentro. Endométrio é o nome dado para o revestimento interno do
útero, sujeito a descamação periódica a cada ciclo menstrual, devido a
alteração da taxa hormonal de progesterona, induzindo a
vasoconstrição das artérias endometriais causando consequentemente a
anóxia do estrato esponjoso. Decorrente a este efeito, parte do tecido
morre por falta de oxigenação, precipitando a camada funcional do
endométrio, lesionando os pequenos vasos sanguíneos da camada basal
do miométrio fazendo-os sangrar por alguns dias. O sangramento
escorre pelo colo do útero e pelo canal vaginal até o vestíbulo da
vagina, entrando em contato com o meio externo.
Consulte também: perimétrio, miométrio.
ENDOMÍSIO
Substantivo latino Endomysium, En, dentro, Mysium, músculo.
Endomísio é o nome dado para a camada profunda de tecido
conjuntivo que envolve as fibras musculares. O endomísio é o
involucro que penetra no interior de cada fascículo contido no ventre
dos músculos esqueléticos, separando individualmente as fibras
musculares.
Consulte também: epimísio, perimísio.
ENDONEURO
Substantivo latino Endoneurium, En, dentro, Neuron, fibra nervosa.
Endoneuro é o nome dado para a camada conjuntiva que envolve as
fibras nervosas. Diferente da bainha de Mielina, que envolve
diretamente o axônio do neurônio, o endoneuro reveste o fascículo de
um nervo, comprimindo centenas de milhares de neurônios, lado a
lado, dentro do endoneuro, como se fossem pequenos bastões
encapados.
Consulte também: epineuro.
ENDÓSTEO
Substantivo latino Endosteum, En, dentro, Osteon, osso. Endósteo é o
nome dado para a camada conjuntiva que reveste a superfície dos
ossos, exceto nas extremidades articulares cobertas por cartilagem. O
endósteo contém vasos sanguíneos e terminações nervosas livres
especializadas na condução do estímulo doloroso, provocando dor
escruciante em fraturas ósseas.
Consulte também: periósteo.
ENDOTELIAL
Adjetivo relativo ao endotélio.
Consulte também: endotélio.
ENDOTÉLIO
Substantivo latino Endothelium, Endothelii, do grego Éndon, para
dentro e Thelé, mama. Endotélio é o nome dado para o epitélio
pavimentoso que reveste internamente vasos sanguíneos do aparelho
circulatório.
Consulte também: epitélio.
ENSIFORME
Adjetivo latino Ensiformis de Ens, Ensis, espada e Forme, do grego
Xíphos, espada e Eidos, forma, semelhança. Toda estrutura cujo
formato lembra uma espada. Por exemplo: Processo xifoide (estrutura
pontiaguda cuja forma lembra a ponta de uma espada, situada na
extremidade do esterno).
Consulte também: esterno, xifoide.
ENTÉRICO
Substantivo grego Enterykos, Enteron, de intestinal, intestinos.
Entérico é o nome dado para as estruturas associadas as vísceras
abdominais, em relação aos intestinos e ao controle autônomo da
musculatura, dos movimentos peristálticos e da atividade glandular
entérica, devido a distribuição de nervos eferentes da parte entérica do
sistema nervoso autônomo situado no interior da cavidade abdominal.
Consulte também: víscera.
ENTRECRUZAMENTO
Adjetivo latino Entre, entre e Cruciare, cruzar, o mesmo que cruz. Por
exemplo: Ligamento cruciforme (ligamento em forma de cruz preso ao
dente do áxis).
Consulte também: cruciforme.
EPACTAL
Adjetivo grego Epáctos, acrescentado, intercalado. Palavra que
antigamente era utilizada para ressaltar a característica dos ossos
vormianos (wormiano), de Wormius25, de aspecto triangular, que
substitui, às vezes, o ângulo superior do osso occipital. Os ossos
vormianos são ossos supranumerários (sesamoides) que crescem em
meio as suturas do crânio e próximo aos centros de ossificação dos
ossos em crescimento. Apesar de incomuns, não são tão raros.
Consulte também: sesamoide.
EPÊNDIMA
Substantivo grego Epéndyma, Ependymatos, de Epí sobre, acima e
Endyma, revestimento. Epêndima é o nome dado para a membrana
delicada que reveste por dentro os ventrículos cerebrais e o canal
central da medula.
Consulte também: ventrículo.
EPENDIMÁRIO
Adjetivo que pertence ao epêndima ou de estruturas que recebem este
tipo de revestimento.
Consulte também: epêndima.
EPICONDILIANO
Adjetivo que diz respeito ao epicôndilo.
Consulte também: epicôndilo.
EPICÔNDILO
Substantivo grego Epicôndylos, Epicôndylou, e Epí, sobre o Kôndylos,
articulação, espessamento. Epicôndilo é o nome dado para as duas
tuberosidades situadas na extremidade distal do úmero, uma de cada
lado, medial e lateral, servindo de inserção para os músculos
epicondilianos.
Consulte também: côndilo.
EPIDERME
Substantivo latino Epidermis, do grego Epidermís, Epidermídos, de
Epí, sobre e Dérma, Dérmatos, pele, couro. Epiderme é o nome dado
para a camada fina sobre a derme e hipoderme. É a camada da pele que
está em contato com o meio externo e em permanente processo de
renovação das células epiteliais.
Consulte também: derme, hipoderme.
EPIDÉRMICO
Adjetivo que pertence ou está associado à epiderme.
Consulte também: epiderme.
EPIDIDIMÁRIO
Adjetivo que pertence ao epidídimo.
Consulte também: epidídimo.
EPIDÍDIMO
Substantivo grego Epidídymos, de Epí, sobre o Dídymos, duplo,
gêmeo, testículo. Epidídimo é o nome dado para o pequeno corpo
alongado, vermiforme, pardo de aproximadamente 4 centímetros de
comprimento, situado na margem superior e posterior dos testículos. O
epidídimo é o órgão onde os espermatozoides sofrem os últimos
estágios do processo de maturação. Surge a partir da união dos ductos
eferentes que emergem dos testículos, formando inicialmente a cabeça
do epidídimo, depois o corpo do epidídimo, em seguida a cauda do
epidídimo e por fim, o ducto deferente propriamente dito, responsável
pela ejeção do esperma durante a ejaculação, devido a contração
espasmódica da parede muscular.
Consulte também: funículo.
EPIFISÁRIO
Adjetivo que concerne às epífises.
Consulte também: apófise.
EPÍFISE
Substantivo grego Epíphysis, Epiphyseos, acima, superior, de Epí e
Physis, crescimento. Epífise é o nome dado para as extremidades de
um osso longo separadas por um disco de crescimento epifisário.
Durante o processo de ossificação, esta cartilagem epifisária é invadida
por células ósseas (osteoblastos), que determinam o crescimento a
medida que o disco vai ficando mais fino.
Consulte também: diáfise.
EPIGÁSTRICO
Adjetivo que pertence ao epigástrio.
Consulte também: epigástrio.
EPIGÁSTRIO
Substantivo latino Epigastrium, Epigastrii, acima do ventre, do grego
Epigástrion, de Epí, sobre, acima e Gastér, ventre. Epigástrio é o
nome dado para a região situada na parte superior do abdome, entre o
apêndice xifoide e o plano subcostal, acima da cicatriz umbilical
(umbigo), limitado lateralmente pelo plano lateral direito e esquerdo e
posteriormente pela décima segunda vértebra torácica.
Consulte também: gáster.
EPIGLOTE
Substantivo grego Epiglôttis, de Epí, sobre, acima a Glôssa ou Glôtta,
língua. Epiglote é o nome dado para a cartilagem situada atrás da raiz
da língua, próxima a garganta, de consistência elástica, cuja forma
lembra uma folha. Ao deglutir, a língua empurra a epiglote contra o
ádito da laringe, desviando a passagem do alimento ingerido para o
esôfago.
Consulte também: glote.
EPIGLÓTICO
Adjetivo relativo à epiglote.
Consulte também: epiglote.
EPIMÍSIO
Substantivo latino Epimydium, de Epi, acima, sobre e Mydium,
músculo. Epimísio é o nome dado para a camada de tecido conjuntivo
que reveste as fibras musculares por fora, reunindo-as em pequenos
grupos de fibras chamadas de fascículos.
Consulte também: perimísio, endomísio.
EPINEFRINA
Substantivo grego Epi, em cima e Nephros,de rim. Epinefrina é o
nome dado para o hormônio conhecido como adrenalina, sintetizado
pelas glândulas suprarrenais. O termo epinefrina foi descrito por
Abel26.
Consulte também: adrenalina.
EPINEURO
Substantivo latino Epineurium, de Epi, acima, sobre e Neuron, nervo,
neurônio. Epineuro é o nome dado para a camada de tecido conjuntivo
que reveste as fibras nervosas (nervo) por fora, formado por
fibroblastos e por fibras grossas de colágeno.
Consulte também: endoneuro.
EPIPLOICO
Adjetivo que pertence ou se relaciona com o epíploo.
Consulte também: epíploo.
EPÍPLOO
Substantivo latino Omentum, Omenti, membrana serosa que envolve
os intestinos, do grego Epiploon, de Epí, sobre, acima e Ploós,
navegação, flutuação. Epíploo é nome dado para as pequenas vesículas
peritoneais de gordura que se prendem as vísceras abdominais, de
modo que parecem flutuar dentro da cavidade abdominal, sem
prejudicar as contrações peristálticas da digestão. Por exemplo:
Apêndice epiploico (vesículas de gordura peritoneal semelhante à
pequenos cachos de uva presos ao omento maior).
Consulte também: gordura.
EPITÁLAMO
Substantivo latino Epithalamus, de diencéfalo, Epi, de sobre, acima e
Thalamus, de tálamo, leito. Epitálamo é o nome dado para a parte do
diencéfalo que representa uma divisão do tálamo, assim como o corre
com o metatálamo e o hipotálamo, situado na face posterior do
diencéfalo, constituindo a parede dorsal do terceiro ventrículo cerebral.
Consulte também: tálamo, metatálamo e hipotálamo.
EPITELIAL
Adjetivo que ser refere ao epitélio.
Consulte também: epitélio.
EPITÉLIO
Substantivo grego Epí, sobre, acima e Thlé, Thelés, mama, mamilos,
papilas. Epitélio é o nome dado para o tecido que antigamente era
confundido com a epiderme dos mamilos e dos lábios da boca. O
epitélio é o revestimento sobre a superfície de qualquer parte interna
do corpo. Por exemplo: Mucosa (epitélio que reveste o interior da
cavidade oral, da laringe, da cavidade nasal, do esôfago, etc.).
Consulte também: epiderme.
EPITRÓCLEA
Substantivo grego de Epí, sobre, acima e Trochilía, polia, molinete,
carretel. Epitróclea é o nome dado para a eminência irregular e
ligeiramente arredondada situada na parte interna (medial) do úmero,
acima da tróclea, sinônimo de epicôndilo medial.
Consulte também: tróclea.
EPITROCLEANO
Adjetivo relativo à epitróclea.
Consulte também: epitróclea, epicôndilo e tróclea.
EPONÍQUIO
Substantivo grego Eponychium, de Epi, sobre, acima e Onyx, unha.
Eponíquio é o nome dado para a parte da unha junto a pele dos dedos,
conhecida popularmente como cutícula.
Consulte também: cutícula.
EPOÓFORO
Substantivo grego Epoophoron, de Epi, sobre, acima e Oon, de ovo e
Phoro, do ato de conduzir, levar. Epoóforo é o nome dado para a
estrutura que se forma sobre os ovários, como parte remanescente
(rudimentares) do sistema mesonéfrico, de tubos excretores presos no
mesovário. Posteriormente, na vida adulta o epoóforo pode se
transformar em um cisto de Gärtner27 que resulta da má formação do
feto durante a gestação.
Consulte também: ovário.
EQUADOR
Substantivo latino Equator, de equilibrado, igual. Equador é o nome
dado antigamente para a divisão equilibrada em ambas as partes,
aquilo que está entre o ponto médio de duas metades.
Consulte também: medial, sagital.
EREÇÃO
Adjetivo latino E, para fora com intensidade e Reg, levantar, erguer,
termo relativo ao endurecimento e aumento do pênis, do clitóris e dos
mamilos a partir da interação física e neurológica, desencadeando
processos fisiológicos que alteram o estado vascular e endócrino do
organismo, vinculado ao estímulo e atividade sexual.
Consulte também: pênis, clitóris.
ESCAFA
Adjetivo latino e grego Scapha, de canoa, barco. Por exemplo:
Escafoide (pequeno osso da fileira proximal do carpo, cuja forma
lembra uma pequena embarcação, canoa).
Consulte também: escafoide.
ESCAFA
Substantivo provavelmente grego Scapha, de canoa. Escafa é o nome
dado para a região da orelha em forma de canoa próximo ao tubérculo
da orelha, de Darwin28.
Consulte também: orelha.
ESCAFOCEFALIA
Substantivo do grego Skáphos, de cavidade e Kephalé, cabeça, crânio.
Escafocefalia é o nome dado para o crânio cujo formato lembra um
pequeno barco.
Consulte também: escafoide, pirgocefalia.
ESCAFOCÉFALO
Adjetivo que tem escafocefalia.
Consulte também: escafocefalia.
ESCAFOIDE
Substantivo e adjetivo grego Skaphós, barco e Eidos, forma. Escafoide
é o nome dado para a estrutura cuja forma lembra um pequeno barco.
Por exemplo: Osso escafoide (osso situado entre os ossos do carpo na
mão, é o mais grosso e externo da fileira proximal do carpo,
articulando-se com o trapézio e o semilunar pelas laterais e adiante,
com o trapezoide e o capitato).
Consulte também: escafa, carpo.
ESCAFOIDIANO
Adjetivo que diz respeito ao escafoide.
Consulte também: escafoide.
ESCALENO
Adjetivo latino Scaleuns, que tem três lados desiguais, do grego
Skalenós, desigual, oblíquo. Por exemplo: Músculos escaleno
(músculo situado no pescoço com porção anterior, médio e posterior,
que vão das extremidades transversais das vértebras cervicais até a
primeira e segunda costelas). Os escalenos atuam principalmente no
pescoço, mais auxiliam na elevação dos dois primeiros arcos costais
durante a inspiração, aliviando a compressão e diminuindo a pressão
intratorácica, permitindo que o ar entre pelos pulmões.
consulte também: pescoço.
ESCAMA
Substantivo latino squama, squamae, de escama, do grego Lepís,
Lépidos, cola, de Lépos, Lépou, saltado. Escama é o nome dado para a
lâmina óssea análoga as escamas dos peixes de água doce. Por
exemplo: Escama do osso frontal (parte do osso frontal que se
sobrepõem aos demais ossos); Escama do osso temporal (parte do osso
temporal que se sobrepõem aos demais ossos). O crescimento de ossos
escamados é chamado de cavalgamento ósseo, resultando na
sobreposição de um osso sobre o outro, de modo que pode ser
apalpado sobre a superfície do crânio. O cavalgamento ósseo pode ser
considerado uma deformidade do processo de ossificação, em
decorrência do encaixe irregular dos ossos do crânio.
Consulte também: sutura, sinostose.
ESCAMOSO
Adjetivo latino Squamosus, de escama, do grego Lepidôdes, cuja
forma lembra as escamas dos peixes de água doce.
Consulte também: escama.
ESCÁPULA
Substantivo latino Scapula, Scapulae, ombro, ombreira, do grego
Ômos, Ômu, de ombro. Escápula é o nome dado para o osso que
compreende o ombro, um de cada lado, juntamente com a clavícula
constituem a cintura escapular, responsável pela estrutura óssea que
prende os braços ao tronco. A escápula é um osso plano de formato
triangular, o maior osso da cintura escapular, situado sobre o tórax,
projetado para trás e ligeiramente para fora, alinhado superiormente
com a segunda e inferiormente com a sétima costela. Do ponto de vista
anatômico, a escápula apresenta: face subescapular, processo
coracoide, acrômio, espinha da escápula, incisura da escápula, fossa
supra e infraespinhal, cavidade glenoidea, ângulo superior, lateral e
inferior, e margens, superior, medial e lateral.
Consulte também: omoplata.
ESCAPULAR
Adjetivo que pertence a escápula, o mesmo que omoplata.
Consulte também: escápula, omoplata
ESCAVAÇÃO
Substantivo latino Excavatio, de escavado, buraco fundo. Escavação é
o nome dado para a cavidade ligeiramente funda e proeminente. Por
exemplo: Escavação reto uterina (espaço situado entre o reto e o
útero); Escavação reto vesical (espaço situado entre o reto e a bexiga
urinária masculina); Escavação vesico uterina (espaço situado entre a
bexiga urinária e o útero).
Consulte também: espaço.
ESCAVAÇÃO PELVIANA
Substantivo latino Excavatio, de escavado e Pelvis, pelve, bacia.
Escavação pelviana é o nome dado antigamente para a cavidade
pélvica situada no quadril, popularmente conhecida como bacia.
Consulte também: pelve, bacia.
ESCLERA
Substantivo latino Sclera, de duro, seco, do grego Skleros, duro, firme.
Esclera é o nome dado para a parte branca e opaca do olho. A esclera
faz parte da túnica fibrosa do bulbo do olho que compreende o
esqueleto fibroso externo, garantindo a forma globosa e, de certa
forma, resistente do globo ocular. A esclera é o local de fixação dos
seis músculos extrínsecos: reto superior, inferior, medial, lateral,
oblíquo superior e inferior, responsáveis pela movimentação do globo
ocular, e dos músculos intrínsecos da íris (músculo dilatador e esfíncter
da pupila) e do corpo ciliar (músculo ciliar). O mesmo que esclerótica.
Consulte também: corioide.
ESCOLIOSE
Substantivo provavelmente latino Scoliosis, de oblíquo, curvado.
Escoliose é o nome dado para a curvatura lateral e anormal da coluna
vertebral, juntamente com a rotação das vértebras, de modo que o
indivíduo ao se curvar para frente arrasta os processos espinhosos das
vértebras para o lado da concavidade da curva, ao mesmo tempo que
gira as costelas para trás e para o lado da convexidade. A escoliose é
prejudicial à saúde e desestrutura a coluna vertebral, dando a coluna a
forma da letra S do alfabeto.
Consulte também: cifose, lordose.
ESCROTAL
Adjetivo relativo ao escroto ou bolsa escrotal.
Consulte também: escroto.
ESCROTO
Substantivo latino Scrotum, Scroti, saco, bolsa, do grego Orchípedon,
Orchípedou, de Orchís, testículo e Pédon, morada, abrigo. Escroto é o
nome dado para a bolsa escrotal, envoltório cutâneo que abriga e
protege os dois testículos, direito e esquerdo. O escroto, ao ser
examinado externamente, observa-se uma linha escura de pele (rafe do
escroto) que divide a bolsa em duas partes. A pele que recobre a bolsa
escrotal é contínua com a pele do períneo, porém de aparência rugosa,
principalmente em temperaturas mais baixas, é coberta por pelos
longos, finos e esparsos e provida de folículos sebáceos. A
manutenção da temperatura interna da bolsa escrotal ocorre por meio
de um sistema de fibras musculares, que inclui o músculo oblíquo
interno (músculo cremáster) e fibras de músculo liso (músculo dartos),
fazendo com que a bolsa se aproxime ou se afaste da cavidade
abdominal. Ou seja, em temperaturas mais baixas os músculos
escrotais (dartos e cremáster) se contraem permitindo os testículos se
aquecerem próximos a cavidade abdominal, ocorrendo o inverso em
temperaturas mais altas. Do ponto de vista anatômico, a constituição
do escroto ocorre em camadas (de fora para dentro), seguindo esta
ordem: (1) pele do escroto, (2) túnica dartos, (3) fáscia espermática
externa, (4) músculo cremaster, (5) fáscia espermática interna, (6)
túnica do testículo (lâmina parietal), (7) túnica do testículo (lâmina
visceral), (8) túnica albugínea.
Consulte também: bolsa, testículo.
ESFENOCEFALIA
Substantivo grego Sphén, Shpenós, objeto em forma de cunha e Eidos,
forma e Kephalé, cabeça. Esfenocefalia é o nome dado para a condição
em que a cabeça do feto é caracterizada por dois olhos bem afastados e
orelhas bem próximas, dando a cabeça a forma de uma cunha
(cuneiforme), pontiaguda. O mesmo que esfenocéfalo.
Consulte também: Pirgocefalia.
ESFENOIDAL
Adjetivo, o mesmo que esfenoide.
Consulte também: esfenoide.
ESFENOIDE
Substantivo grego Sphén, Sphénos, mariposa, vespa e Óide ou Eidos,
forma. Esfenoide é o nome dado para o osso irregular e pneumático
situado na base do crânio, como se fosse uma borboleta ou mariposa
com suas asas abertas, a frente do osso occipital. O osso esfenoide
possui ramificações (asas) que se estendem em diversos pontos do
crânio. Por isso, não é incomum localizar partes do osso esfenoide
longe da base do crânio, tanto no crânio da face (viscerocrânio),
quanto no crânio neural (neurocrânio), podendo ser identificado em
ângulos diferentes.
Consulte também: crânio.
ESFÍNCTER
Substantivo latino Sphíngein, apertar, cerrar, estreitar, do grego
Sphinktér, Sphinktéros, laço, bracelete, atar, segurar. Esfíncter é o
nome dado para certos músculos circulares, servindo para fechar
aberturas ou canais naturais, como o ânus, a bexiga, o estômago, etc.
Por exemplo: Esfíncter interno da uretra (músculo involuntário que
controla a ação mictória, interrompendo ou liberando o fluxo de urina
pela uretra).
Consulte também: Cárdia, Pilouro, ânus.
ESMALTE
Substantivo latino Enamelum, de encrustado, fundido
permanentemente. Esmalte é o nome dado para o composto mais duro
do corpo, formado principalmente de fosfato de cálcio e carbonato de
cálcio. Devido a sua concentração de sais de cálcio, o esmalte é mais
duro do que o próprio osso. A função primordial do esmalte é proteger
a dentina contra erosões causadas por reações químicas, a partir da
deposição de restos de alimentos após a mastigação, inclusive contra
ácidos e microrganismos patológicos. O esmalte confere o brilho
laminar e natural dos dentes permanentes.
Consulte também: dente.
ESMEGMA
Substantivo latino Smegma, Smegmatis, do grego Smégma,
Smégmatos, sabão. Esmegma é o nome dado para a substância
esbranquiçada, de mal cheiro, pastosa, semelhante ao sabão, que se
acumula no sulco balanoprepucial, situado entre a glande (cabeça) e o
corpo do pênis. O esmegma é também depositado no clitóris, nas
dobras dos pequenos lábios e no vestíbulo vaginal nas mulheres,
dotado de um cheiro desagradável que lembra o odor de peixe podre.
Consulte também: glande, clitóris.
ESÔFAGO
Substantivo latino Oesophagus, levar, conduzir, comer, do grego
Oisophágos, Oisophágou, onde Óiso significa levar, conduzir e
Phagein, comer. Esôfago é o nome dado para o canal alimentar
musculomembranoso que surge a partir da faringe, servindo para
conduzir o alimento mastigado e deglutido até o estômago.
Consulte também: faringe, estômago.
ESPAÇO
Adjetivo latino Spatium, de intervalo, área delimitada, local reservado.
Por exemplo: Espaço episcleral (entre a bainha do bulbo do olho e a
esclera), Espaço extradural (entre a lâmina compacta interna do crânio
e a dura-máter); Espaço supra esternal (local escavado sobre a incisura
esternal preenchido por gordura); etc.
Consulte também: Antro, Seio, Recesso.
ESPERMA
Substantivo latino Sperma, Spermatis, semente, do grego Spérma,
Spérmatos, semente, germe. Esperma é o nome dado para o líquido
esbranquiçado, viscoso feito goma de amido, de cheiro particular que
lembra água sanitária, produzido no interior dos testículos contendo
centenas de espermatozoides. Durante a ejaculação o esperma
armazenado no ducto deferente é misturado com o líquido seminal e o
líquido protático na composição do sêmen.
Consulte também: sêmen.
ESPERMÁTICO
Adjetivo relativo ao esperma.
Consulte também: esperma.
ESPINHA
Substantivo latino Spina, Spinae, de espinha, do grego Ákanthos,
Ákanthou, espinhaço. Espinha é o nome dado para a proeminência
óssea pontuda que cresce sobre a superfície dos ossos. Por exemplo:
Espinha nasal anterior (proeminência pontiaguda situada anteriormente
na base da cavidade piriforme do nariz); Espinha do osso esfenoide
(prominência pontiaguda situada sobre o forame espinhoso); Espinha
da escápula (proeminência alongada que corta a face posterior da
escápula e termina no acrômio); etc. Espinha é também o nome dado
antigamente a coluna vertebral, por fazer analogia a espinha dorsal.
Consulte também: espinha dorsal.
ESPINHA DORSAL
Substantivo latino Spina, de espinha e Dorsi, dorso. Espinha dorsal é o
nome dado antigamente a coluna vertebral, estrutura óssea constituída
por vértebras situada na região posterior e mediana do tronco,
cruzando verticalmente as costas.
Consulte também: coluna vertebral.
ESPINHAL
Adjetivo latino Spinalis, relativo à coluna vertebral, espinha dorsal.
Por exemplo: Medula espinhal (cordão medular formado por fibras
nervosas alojado dentro do canal vertebral da coluna vertebral). O
mesmo que espinal.
Consulte também: Espinhoso.
ESPINHOSO
Adjetivo latino Spinosus que tem relação ou semelhança com as
eminências espinhais da espinha. Por exemplo: Processo espinhoso
(estrutura alongada com extremidade pontiaguda e proeminente na
parte posterior da coluna vertebral).
Consulte também: Espinha.
ESPLÂNCNICO
Adjetivo do latim Splancna, Splancnorum, entranhas, tripas, do grego
Splánchnon, Splánchnou, entranhas, vísceras. Que se refere à órgãos
recolhidos em grandes cavidades do tronco.
Consulte também: Víscera.
ESPLANCNOGRAFIA
Que se refere a descrição e o estudo das vísceras a partir da produção
de imagens do corpo.
Consulte também: Esplancnologia.
ESPLANCNOLOGIA
Substantivo grego Splánchnon, víscera e Logia, coleta, estudo.
Esplancnologia é o nome dado para a ciência que estuda e descreve o
funcionamento das vísceras.
Consulte também: Víscera.
ESPLANCNOPLEURA
Substantivo grego Splánchnon, víscera e Pleurón, Pleuróu, de lado,
flanco. Esplancnopleura é o nome dado para a parte do mesoderma que
está em contato com o endoderma. É o folheto visível do mesoderma,
por oposição à somatopleura ou folheto parietal.
Consulte também: pleura.
ESPLÊNICO
Adjetivo que relaciona com o baço.
Consulte também: Baço.
ESPORÃO
Substantivo latino calcar, Calcaris, espora, acicate. Esporão é o nome
dado para a estrutura situada sobre a superfície dos ossos feito
pequenas espinhas, podendo causar dores quando crescem perto de
tendões e outros tecidos moles.
Consulte também: espinha.
ESQUELÉTICO
Adjetivo que diz respeito ao esqueleto.
Consulte também: Esqueleto.
ESQUELETO
Substantivo latino Sceletus, Skeletón, esqueleto de Skeletós, Sêcom, de
ossos secos. Esqueleto é o nome dado para o conjunto de ossos
devidamente articulados entre si, formando uma estrutura de proteção,
sustentação e locomoção. O esqueleto de um adulto possui 206 ossos.
Um recém-nascido possui um esqueleto com mais de 206 ossos,
devido a divisão natural de alguns ossos do crânio. Do ponto de vista
didático, há dois tipos de esqueleto: o esqueleto axial, com 80 ossos
articulados sobre o plano mediano, constituindo os ossos do crânio,
tórax e coluna vertebral, e o esqueleto apendicular, com 126 ossos
articulados a partir da cintura escapular e pélvica, constituindo os
ossos do membro superior e inferior.
Consulte também: osso.
ESQUELETOLOGIA
Substantivo do grego Skeletón, esqueleto e Logia, coleta. Coleta de
tudo que diz respeito ao esqueleto.
Consulte também: osteologia.
ESQUELETOPEIA
Substantivo do grego Skeletón, esqueleto e Poien, fazer. Esqueletopeia
é o nome dado para a arte de preparar os diferentes ossos de um
esqueleto.
Consulte também: esqueleto.
ESQUINDILESE
Substantivo latino Schindylesis, de fenda. Esquindilese é o nome dado
para a articulação fibrosa cuja forma lembra uma fenda rasa entre o
osso vômer e o osso esfenoide.
Consulte também: sulco.
ESTAFILINO
Adjetivo do grego Staphylé, Staphylés, uva, bago de uva. Que tem
relação com a úvula. Os músculos estafilinos são músculos que atuam
sobre o véu palatino, num total de 05 músculos de cada lado: músculo
palato-estafilino externo e interno, esfeno-estafilino, faringo-estafilino
e glosso-estafilino.
Consulte também: úvula.
ESTAPÉDIO
Substantivo latino Satapedius, de estribo. Estapédio é o nome dado
para o músculo estapédio situado no ouvido médio, preso ao estribo,
ossículo aderido ao tímpano. Consulte também: estribo.
ESTATOCÔNIOS
Substantivo latino Statoconium, de imóvel, do grego Statikos, de
Konis, cascalho miúdo. Estatocônios é o nome dado para a estrutura
situada no aparelho vestibulococlear que atua na manutenção do
equilíbrio.
Consulte também: vestibulococlear.
ESTEFÂNICO
Adjetivo relativo ou pertencente ao ponto craniométrico estefânio.
Consulte também: estefânio.
ESTEFÂNIO
Substantivo grego Stéphanos, Stéphanou, de coroa. Estefânio é o nome
dado para o ponto craniométrico onde a linha superior do osso
temporal cruza com a sutura coronal.
Consulte também: astério, bregma, opístio, ptério.
ESTENOCEFALIA
Substantivo grego Stnós, estreito e Kephalé, cabeça. Estenocefalia é o
nome dado para o estado ou qualidade do estenocéfalo.
Consulte também: estenocéfalo.
ESTENOCÉFALO
Adjetivo grego Stenós, estreito e Kephalé, de cabeça, que possui forma
estreitada.
Consulte também: acrocefalia.
ESTERNAL
Adjetivo pertencente ou relativo ao osso esterno.
Consulte também: esterno.
ESTÉRNEBRA
Substantivo latino Sternum, esterno e o sufixo Bra, tomado de
vértebra. Estérnebra é o nome dado para cada um dos pequenos
segmentos aparentes que surgem durante o desenvolvimento do corpo
do osso esterno separados por finas lâminas de cartilagem.
Consulte também: esterno.
ESTERNEBRAL
Adjetivo relativo à estérnebra.
Consulte também: estérnebra
ESTERNO
Substantivo latino Sternum, Sterni, peito, caixa torácica, do grego
Stérnon, Stérnou, o que está adiante. Esterno é o nome dado para o
osso achatado e largo situado anteriormente no meio do tórax, cuja
forma lembra uma espada curta, com o cabo para cima e a ponta para
baixo. Do ponto de vista anatômico, o osso esterno é dividido em três
partes: manúbrio, corpo e processo xifoide. O manúbrio é a parte mais
larga e espessa do esterno, análogo ao cabo de uma espada. Possui um
centro ligeiramente côncavo, que facilita a palpação da incisura jugular
sobre a margem superior do manúbrio. Entre o manúbrio e o corpo do
osso, situa-se o ângulo do esterno, de Louis29, que é visível sobre a
pele do peito. O corpo é a parte mais alongada e fina do esterno,
situado entre a quinta e a décima segunda vértebra torácica. Sob as
margens laterais, estão os entalhes das incisuras costais, que servem
para as sinostoses costais que são continuas com as cartilagens de
costais e o corpo das costelas. O processo xifoide é a menor parte do
esterno, análoga a ponta de uma espada, situado ao nível da décima
vértebra torácica. Não é incomum as variações anatômicas do processo
xifoide, podendo ser rombo, bífido, curvo para dentro ou para fora,
contribuindo para a aparência conhecida popularmente como peito de
pombo.
Consulte também: ensiforme.
ESTÔMAGO
Substantivo latino Stomachus, boca e do grego Stómachos, formado de
Stóma, orifício, boca e Échein, ter em mão, que levamos à boca.
Estômago é o nome dado para o órgão muscular situado no quadrante
superior esquerdo da cavidade abdominal, cuja forma lembra a letra J
do alfabeto. No início, o estômago era associado a faringe e ao
esôfago, órgãos que ao final do canal alimentar se dilatavam. Esta
relação foi desfeita com a inserção da palavra Gastér, vinculada a
função de digestão, portanto, o estômago passou a ser um reservatório
musculomembranoso protagonista do sistema digestório. O estômago
possui capacidade de armazenar, misturar e digerir o alimento com o
auxílio das pregas e glândulas gástricas, promovendo reações químicas
essências na digestão, empurrando o quimo em pequenas porções pelo
esfíncter pilórico até o duodeno. Quando vazio, o estômago possui
diâmetro compatível com o intestino grosso, porém, quando cheio é
capaz de suportar de 2 a 3 litros de alimento semilíquido. Do ponto de
vista anatômico, o estômago apresenta: cárdia, fundo, antro pilórico,
esfíncter pilórico e curvatura maior e menor.
Consulte também: gáster, quimo.
ESTOMÁQUICO
O mesmo que estomacal, relativo ao estômago.
Consulte também: estômago.
ESTRATO
Substantivo latino Stratum, de cobertura, revestimento. Estrato é o
nome dado para as camadas teciduais que constituem certos órgãos do
sistema nervoso. Por exemplo: Estrato membranáceo, de Scarpa30
(camada que compõem a tela subcutânea do abdome); Estrato
membranáceo do períneo, de Colles31 (situado na região perineal).
Consulte também: mucosa, basal, epitélio.
ESTREITO
Substantivo latino Angustia, Angustiae, angustiante, do grego Sténos,
Sténeos, caminho estreito, difícil. Estreito é o nome dado para abertura
situada em certos órgãos. Por exemplo: Estreito superior superior da
pelve (abertura superior da pelve, ou entrada da pelve, mais larga no
sentido ântero-posterior nos homens do que nas mulheres).
Consulte também: aqueduto.
ESTRIA
Substantivo latino Stria, de linear, elevada. Estria é o nome dado para
as estruturas de linhas retas e elevadas, ligeiramente salientes, situada
na superfície de certos órgãos. Por exemplo: Estria olfatória (vias
constituídas por axônios do trato olfatório pós bifurcação); Estria
obliqua (linha saliente sobre o ramo superior do púbis chamada de
linha pectínea); Estria peritoneal (prega interuretérica); etc.
Consulte também: crista.
ESTRIBO
Substantivo do francês Estrif, Estrief, do latim antigo Strepus, do
grego Ana-Boleús, peça que compõem um sela de montaria, permite
que os cavaleiros fiquem em pé enquanto cavalgam. Estribo é o nome
dado para o osso (ossículo) em forma de argola situado no ouvido
médio, conectado com a janela do vestíbulo de um lado e com a
bigorna de outro, cuja forma lembra um estribo (ferragem), daí a razão
para se adotar esta nomenclatura.
Consulte também: bigorna, martelo.
ESTROMA
Substantivo Stroma, Stromatis, tapeçaria, do grego Strôma, Strômatos,
coberta. Estroma é o nome dado para a estrutura que forma a parte
fundamental de certos órgãos e glândulas, em contraposição à parte
funcional (fisiológica), do parênquima. Por exemplo: Estroma
ovariano (trama cortical, carnosa do ovário contendo os folículos em
processo de maturação).
Consulte também: parênquima.
ETMOIDE
Substantivo latino Ethmoidale, de peneira. Etmoide é o nome dado
para o osso do crânio situado na fossa craniana anterior, posterior as
cavidades orbitais, cuja base é perfurada feito uma peneira, para
passagem das fibras do nervo olfatório em direção a cavidade nasal.
Consulte também: cribriforme.
EXÓCRINO
Adjetivo grego Exón, externo, de On, para fora e Krin, Krinéin, de
secreta, relativo as glândulas que produzem e secretam substâncias
externamente, conduzidas por meio de ductos para certas cavidades
corpóreas. Por exemplo: Glândula parótida (glândula salivar que
produz saliva depositada na cavidade oral por meio de ducto, o ducto
parotídeo).
Consulte também: endócrino, écrino.
EXTENSÃO
Substantivo latino Extentio, Extentionis, de Extendere, estender,
alongar. Extensão é o nome dado para o movimento de estender,
proporcionando distanciamento entre as partes que estão presas,
contrário de fletir, flexionar.
Consulte também: flexão.
EXTENSOR
Adjetivo referente ao músculo que estende, o que justifica a
nomenclatura de músculo extensor. Por exemplo: Músculo extensor
radial longo do carpo (músculo situado na face posterior do antebraço
especializado na extensão e abdução da mão).
Consulte também: extensão.
EXTREMIDADE
Substantivo latino Extremitas, Extremitatis, do grego Ákron, Ákronos,
ponta, extremidade. Extremidade é o nome dado para a ponta de um
segmento ou parte do corpo. Por exemplo: Extremidade esternal (ponta
da clavícula que se articula com o esterno); Extremidade acromial
(ponta da clavícula que se articula com o acrômio).
Consulte também: apófise.
F

FACE
Substantivo latino Facies, Faciei, rosto, cara, semblante, do grego
Prósopon, Prósopou, de Próso, adiante, aquilo que está à frente e Ops,
ver, olhar, fitar. Face é o nome dado para a parte anterior da cabeça, da
testa ao queixo, de uma orelha a outra. A face representa a área que
corresponde ao rosto, onde se situa os olhos, o nariz e a boca.
Consulte também: fronte.
FACETA
Substantivo diminutivo de face, referente a porção, a superfície de um
osso.
Consulte também: fóvea.
FACIAL
Adjetivo referente à face, rosto, cara. Por exemplo: Artéria facial (vaso
sanguíneo que cruza a face de ambos os lados).
Consulte também: rosto.
FALANGE
Substantivo latino Phalanx, Phalangis, formação militar em modo de
fileira, do grego Phálnx, Phálangos, corpo de infantaria, legião, diziam
os atenienses e espartanos: em ordem de batalha, tropas em coluna
cerrada para dar combate decisivo. No sentido figurado, expressa a
ideia de multidão. Falange é o nome dado para os pequenos e longos
ossos que constituem o esqueleto dos dedos, empilhados em ordem
proximal, média e distal, exceto para o polegar, que possui falange
proximal e distal. Antigamente, essa ordem era concebida como
falange, falanginha e falangeta.
Consulte também: artelhos, dedos.
FALCIFORME
Adjetivo do latim Falx, Falcis, foice e Forme, de forma, semelhança,
que tem a forma de foice. Por exemplo: Ligamento falciforme
(ligamento superior do fígado, entre o lobo direito e esquerdo e que se
estende ao ligamento redondo).
Consulte também: foice.
FARINGE
Substantivo grego Phárynx, Pharyngos, de garganta, goela. A faringe é
o nome dado para o tubo musculomembranoso situado a frente da
coluna vertebral, da extremidade basilar até a quinta vértebra cervical.
A faringe é afunilada próximo ao esôfago, cuja parte mais larga se
volta para cima, comunicando-se com a cavidade nasal (nasofaringe) e
com a cavidade oral (orofaringe), servindo de passagem para o ar que
entra e sai dos pulmões e a condução de alimentos que chegam ao
canal alimentar.
Consulte também: garganta, goela.
FÁSCIA
Substantivo latino Fascia, Fasciae, de faixa, atadura, véu, lençol.
Fáscia é o nome dado para as aponeuroses membranosas que cobrem
certos órgãos, principalmente músculos e glândulas. Por exemplo:
Fáscia parotídea (tecido conjuntivo que recobre a glândula parótida);
Fáscia deltoidea (aponeurose que recobre o ventre do músculo
deltoide); Fáscia bucofaríngea (aponeurose que recobre a faringe,
situada adiante da fáscia alar); etc.
Consulte também: fascículo, aponeurose.
FASCICULADO
Adjetivo que se refere as estruturas ordenadas em fascículos.
Consulte também: fáscia.
FASCÍCULO
Substantivo latino Fasciculi, diminutivo de Facis, feixe, molho, do
grego Desmís, Desmídos, feixe. Fascículo é o nome dado para o grupo
regular de fibras que tendem a envolver ou encapsular certos órgãos.
Consulte também: fáscia, aponeurose.
FASTÍGIO
Substantivo latino Fastigium, de elevação. Fastígio é o nome dado
para o ponto mais alto de certos órgãos. O mesmo que calvária.
Consulte também: calvária.
FAUCES
Substantivo latino Fauces, de estreito, análogo a passagem
claustrofóbica utilizada pelos escravos na antiga Roma. Fauces é o
nome dado para a parte estreita situada entre a cavidade oral e a
faringe (orofaringe). O mesmo que istmo das fauces.
Consulte também: istmo, garganta, goela.
FEIXE
Substantivo latino Facis, feixe, molho, do grego Desmis, Desmídos,
feixe. Feixe é o nome dado para certos ligamentos fibrosos (faixas), ou
para o conjunto de fibras. Por exemplo: Faixa lateral (ligamento
fibroso que se une com o capuz dos tendões flexores e extensores dos
dedos); Feixes do nervo olfatório (neurônios que penetram a cavidade
nasal passando pela lâmina cribriforme do etmoide); etc.
Consulte também: fascículo.
FEL
Substantivo latino Felis, do grego Kolé, Kolés, o mesmo que bile. Fel é
o nome dado para o líquido extraído da vesícula biliar, de aspecto
viscoso, esverdeado ou amarelado, de gosto amargo e azedo,
produzido pelo fígado.
Consulte também: bile.
FEMININO
Adjetivo latino Femininus, de Femina, Feminae, mulher, fêmea, do
grego Thelykós ou Gynaikós, sexo oposto do homem.
Consulte também: masculino.
FEMORAL
Adjetivo latino Femoralis, referente a coxa, do grego Meriaios, da
coxa, de Meríon, Meríou, osso da coxa. Que se relaciona com o fêmur
ou com a coxa. Por exemplo: Artéria femoral (artéria que cruza
profundamente a coxa a partir da artéria ilíaca interna).
Consulte também: fêmur.
FÊMUR
Substantivo latino Fêmur, Femuris, coxa, do grego Meros, Merou, de
coxa. Fêmur é o nome dado para o maior e mais pesado osso do
esqueleto, situado entre o quadril e o joelho (coxa). O fêmur é o osso
que transmite o peso do tronco e do quadril para a perna
correspondente ao lado do osso, quando o indivíduo está de pé. Do
ponto de vista anatômico, o fêmur apresenta: uma cabeça, onde se
situa a fóvea para o ligamento preso no fundo do acetábulo; um colo,
situado entre e sobre os trocanteres; um trocânter maior e outro menor,
que servem para fixação de músculos da coxa; um corpo longo e
grosso, liso e côncavo na face anterior, mais rugoso e áspero na face
posterior; um epicôndilo medial e outro lateral, ambos situados logo
acima dos côndilos; fossa patelar, sujeita a acomodação da patela; e
côndilos medial e lateral, ambos se apoiam sobre os platôs condilares
da tíbia.
Consulte também: coxa.
FENESTRADO
Adjetivo latino Fenestratus, de fenestra, Fenestrae, de janela.
Pequenas perfurações que servem para passagem de nervos ou vasos
sanguíneos. Por exemplo: Forames da lâmina cribriforme (pequenos
buracos que servem para a passagem de feixes do nervo olfatório em
direção a cavidade nasal).
Consulte também: canalículo, cribriforme.
FENÓZIGO
Adjetivo grego Pháinos de aparente e Zygoma, Zygómatos, de unir.
Refere-se ao osso malar, atualmente chamado de osso zigomático.
Indivíduos com arcos zigomáticos (maçã do rosto) salientes, tornam o
crânio mais estreito que a face.
Consulte também: acrocefalia, pirgocefalia.
FERROLHO
Substantivo latino Obex, Obicis, trança, obstáculo. Ferrolho é o nome
dado para a lâmina de substância parda (amarelada), de direção
transversal, abaixo do Calamus Scriptorius, cuja forma lembra o bico
de uma pena, de um cordão de Goll10 a outro, situado no ângulo
inferior do quarto ventrículo.
Consulte também: clava.
FETO
Substantivo latino Feo, Fetu, prole, cria. Feto é o nome dado para o
estágio de desenvolvimento a partir da 8ª semana de fecundação, onde
é possível identificar os braços, as pernas, os olhos, o nariz e a boca.
Após o nascimento o feto passa a ser chamado de recém-nascido, o
mesmo que neonato.
Consulte também: embrião.
FIBRA
Substantivo latino Fibra, Fibrae, filamento, do grego Is, Inós, de
capilar. Fibra é o nome dado para a estrutura que compreende a grande
maioria das fibras nervosas e musculares, cuja estrutura é longa e
muito fina, semelhante a espessura de um fio de cabelo. Por exemplo:
Fibras para a prega farino epiglótica (filamentos associados ao
músculo constritor da faringe); Fibras pré e pós-ganglionares
(filamentos de axônios de neurônios autônomos simpático e
parassimpático); Fibras circulares (filamentos circulares associados a
musculatura intrínseca que compõem o corpo ciliar do olho); etc.
Consulte também: fibrila, miofibrila.
FIBRILA
Substantivo latino Fibrae, diminutivo de fibra. Fibrila é o nome dado
para as pequenas fibras musculares. Por exemplo: Miofibrila
(componente da fibra muscular constituído por aproximadamente
1.500 filamentos de miosina e 3.000 filamentos de actina).
Consulte também: feixe.
FIBRILAR
Adjetivo referente à pequenas fibras, de filamentos delicados e finos.
Do ponto de vista clínico, refere-se ao estado relativo a desordem
elétrica das miofibrilas do músculo cardíaco, condição grave que
resulta na interrupção da circulação do sangue devido a perda do ritmo
das batidas do coração.
Consulte também: fibrila, miocárdio.
FIBRILOSO
Adjetivo que resulta de uma reunião ou associação de fibrilas.
Consulte também: fibra.
FIBROSO
Adjetivo latino Fibratus, do grego Inoeidés, referente às estruturas que
são compostas por tecido conjuntivo fibroso, semelhante aos tendões e
as aponeuroses.
Consulte também: fibra.
FÍBULA
Substantivo latino Fíbula, Fibulae, de alfinete, agulha, do grego
Peróne, Perónes, cavilha. Fíbula é o nome dado para o osso situado na
perna, posicionado ao lado e posteriormente a tíbia, fixada a ela pela
membrana interóssea. A fíbula, antigo perônio, serve de fixação para
os principais músculos que atuam sobre o pé. Devido ao seu formato
longo e fino, não apresenta função de sustentação. Do ponto de vista
anatômico, a fíbula apresenta: uma cabeça e um ápice sobre a
extremidade proximal, seguido inferiormente por um colo (pescoço) e
um corpo até a extremidade distal, onde termina com uma
protuberância, o maléolo lateral. O corpo da fíbula, ao contrário da
tíbia é ligeiramente torcido, dificultando a identificação das margens
(anterior, interóssea e posterior) e faces (medial, posterior e lateral). O
maléolo, posicionado lateralmente é saliente ao toque na altura do
tornozelo, estando a um centímetro mais baixo em relação ao maléolo
medial da tíbia.
consulte também: perônio.
FIBULAR
Adjetivo relativo à fíbula. Por exemplo: Músculo fibular longo e curto
(músculo situado no compartimento lateral da perna, fixo sobre o colo
e o corpo da fíbula).
Consulte também: fíbula.
FÍGADO
Substantivo latino Ficatum, Ficati, de Fícus, de figo, do grego Hépar,
Hépatos, fígado de ganso, referente aos gansos que se alimentavam de
figo. Fígado é o nome dado para a maior glândula e órgão do corpo,
depois da pele, situado no quadrante superior direito e parte do
quadrante superior esquerdo. Antigamente o fígado era chamado de
glândula jecoral, devido sua cor lembrar a flor de figo32. O fígado
possui muitas funções e sua organização estrutural é de extrema
complexidade. É constituído por mais de cem mil unidades funcionais
de aspecto hexagonal (sinusoide) com três componentes básicos: uma
vênula porta, uma arteríola hepática e um ducto biliar, formando a
tríade portal. Devido sua atividade fisiológica intensa, o fígado recebe
¼ de sangue do débito cardíaco por meio da artéria hepática, das veias
gastrointestinais, pancreáticas e esplênicas, todas em anastomose com
a veia porta. O sistema porta-hepático determina que todos os
nutrientes absorvidos e processados a partir da ingestão de alimentos,
sejam conduzidos para o fígado, possibilitando armazenar, metabolizar
e descartar substâncias nocivas ao organismo. Destaca-se as principais
funções do fígado: regulação da glicemia; síntese e degradação de
ácidos graxos, triacilglicerídeo, fosfolipídios, colesterol e
lipoproteínas; síntese de todos os aminoácidos não essenciais e
conversão de amônia em ureia; síntese de proteínas do plasma;
desintoxicação e inativação de fármacos, medicamentos e hormônios;
formação e secreção de bile; conversão de T4 em T3; síntese de IGF-I
e angiotensinogênio; remoção de microrganismos (restos celulares) e
reservatório de vitaminas A, D, E, K, B9, B12, ferro, cobre, lipídios e
glicogênio. O fígado é envolvido pelo peritônio, aderido intimamente
por uma membrana fibrosa, preso ao músculo diafragma. Do ponto de
vista anatômico, o fígado apresenta: lobo direito (maior) e lobo
esquerdo (menor), ligamento falciforme, ligamento redondo, lobo
caudado (posterior), lobo quadrado (inferior), vesícula biliar, veia
porta, artéria hepática, ductos hepáticos direito e esquerdo, ducto
cístico e ducto colédoco.
consulte também: jecoral, hepático.
FILAMENTO
Substantivo latino Filamentum, Filamenti, de Filum, Fili, fio, do grego
Stéma, Stématos, de filamento. Filamento é o nome dado para as
estruturas que são muito finas e delicadas. Por exemplo: Cordas
tendíneas (pequenos filamentos fibrosos que ancoram as cúspides aos
músculos papilares do miocárdio).
Consulte também: ligamento, fio.
FILTRO
Substantivo latino medieval, Filtrum, Filtri, separar, escolher, do grego
Phíltron, Phíltrou, coar, selecionar, separar o que é útil. Filtro é o nome
dado para o sulco mediano do lábio superior, da base do septo nasal até
a borda inferior do lábio superior, também chamado de sulco subnasal
do lábio.
Consulte também: sulco.
FÍMBRIA
Substantivo latino Fimbriae, borda, beira, franja. Fímbria é o nome
dado para a estrutura dotada de pequenos tentáculos na extremidade,
cuja forma lembra uma vassoura de varrer. Por exemplo: Fímbrias da
tuba uterina (pequenos filamentos em forma de tentáculos
posicionados na margem da tuba uterina); Fímbria do hipocampo
(filamento diminutos posicionados na borda do hipocampo, sob o
fórnice).
Consulte também: franja.
FIO
Substantivo latino Filum, Fili, fio. Fio é o nome dado para os cabelos
que crescem sobre o couro cabeludo no topo da cabeça e para os pelos
que cobrem várias partes do corpo de acordo com o padrão hormonal
masculino e feminino.
Consulte também: cabelo, pelo.
FISSURA
Substantivo latino Fissura, Fissurae, de Findeere, rachar, fender,
fresta, do grego Rhégma, Rhégmatos, rachadura, estreitamento. Fissura
é o nome dado para abertura de pouca ou grande profundidade,
permitindo que estruturas passem de um lado para o outro ou que
estejam separadas uma da outra. Por exemplo: Fissura orbital superior
(pequena fenda localizada ao fundo da cavidade orbital); Fissura
longitudinal do cérebro (fenda situada entre os dois hemisférios
cerebrais).
Consulte também: hiato, rima.
FLEXÃO
Substantivo latino Flexio, Flexionis, de Flectere, curvar, dobrar, do
grego Kampé, Kampés, curvatura, flexão. Flexão é o nome dado para o
movimento (ação) de fletir, de inclinar-se para frente. A flexão é o
resultado da dobra de um determinado membro sobre sua articulação,
como ocorre quando se dobra o cotovelo durante a flexão do
antebraço.
Consulte também: extensão, flexor, flexura.
FLEXOR
Adjetivo latino Flexor, Flexoris, relativo ao movimento de flexão,
dobrar, curvar. Por exemplo: Músculo flexor radial do carpo (músculo
fixado sobre o rádio no antebraço, permite que a mão se dobre sobre o
punho). O contrário de extensor.
Consulte também: flexão, extensão.
FLEXURA
Substantivo latino Flexurae, ação de curvar, dobrar-se. Flexura é o
nome dado para a estrutura que se dobra em uma determinada parte,
curvando-se para frente ou para trás, para direita ou para esquerda, de
modo que a dobra reproduza um ângulo reto. Por exemplo: Flexura
duodeno jejunal (parte do duodeno com o jejuno curvado para frente);
Flexura cólica esquerda (parte do colo horizontal com o colo
descendente dobrado próximo ao baço); Flexura cólica direita (parte
do colo ascendente com o colo horizontal dobrado próximo ao fígado);
etc.
Consulte também: extensão.
FOCINHO DE TENCA
Adjetivo latino Tenca, de Tinca, referente ao peixe de água doce que
vive encontrado nos rios da Europa, com o focinho semelhante ao do
nosso peixe Piáu33, comparado ao formato do colo do útero. Na nova
nomenclatura anatômica, o colo do útero deixou de ter esta relação
comparativa, atualmente é chamado de óstio externo do colo do útero.
Consulte também: rosto, rostro.
FOICE
Substantivo latino Falx, Falcis, curvado, envergado, dobrado, do grego
Drépanon, Drépanou. Foice é o nome dado para a estrutura anatômica
cuja forma lembra a lâmina de uma foice de roçar. Por exemplo: Foice
do cérebro (extensão da dura-máter invaginada entre os hemisférios
cerebrais direito e esquerdo); Foice inguinal (tendão do músculo
oblíquo interno ao redor do canal inguinal); Ligamento falciforme
(ligamento preso a borda inferior do fígado, continuo com o ligamento
redondo); etc.
Consulte também: falciforme.
FOICE DO CEREBELO
Dobra da dura-máter, semelhante à foice de cérebro, porém muito
menor. A foice do cerebelo se estende desde a parte média e inferior da
tenda do cérebro, à qual é unida por sua base, até o grande forame
occipital, situado na base inferior do crânio.
Consulte também: foice do cérebro.
FOICE DO CÉREBRO
Dobra longitudinal da dura-máter invaginada entre os hemisférios
cerebrais direito e esquerdo, fixo a crista Galli (galo) do osso etmoide,
situado na fossa craniana anterior. A foice do cérebro possui margem
superior convexa e margem inferior côncava, justaposta à face superior
do corpo caloso.
Consulte também: foice do cerebelo.
FOLHETO
Substantivo diminutivo de folha, do latim Folium, de folha. Folheto é
o nome dado cada uma das partes de uma membrana serosa. O mesmo
que lâmina membranosa. Por exemplo: Folheto parietal e visceral do
peritônio (lâmina membranosa que reveste as paredes da cavidade
abdominal, pélvica e a superfície das vísceras).
Consulte também: membrana, peritônio.
FOLÍCULO
Substantivo latino Folliculus, Folliculi, diminutivo de bolha, bolsa,
vesícula, balão. Folículo é o nome dado para as estruturas saculares
espalhadas pelo corpo em geral, de tamanho macro ou microscópico.
Por exemplo: Folículo sebáceo (glândulas microscópicas situadas na
pele que secretam substância oleosa); Folículo piloso (estrutura
dérmica responsável pelo crescimento dos pelos); Folículo ovárico
(estrutura formada por células do estroma ovariano contendo um
ovócito); etc.
Consulte também: vesícula.
FONTANELA
Substantivo latino diminutivo de Fontana, Fontanae, manancial, leito,
fonte. Fontanela é o nome dado para os espaços situados entre os ossos
do crânio de um recém-nascido, preenchido por tecido
fibrocartilaginoso, antes de sua completa ossificação. O mesmo que
fontículo, também chamados popularmente de moleiras, devido a
sensação, de quem as palpam, de conterem pequenas bolsas cheias de
líquido. As fontanelas estão situadas nos pontos de cruzamento entre
as placas ósseas do crânio neural. São normalmente encontradas em
número de seis, duas na linha mediana e quatro nas laterais do crânio.
As fontanelas laterais são pequenas e menos importantes do ponto de
vista clínico, em comparação as fontanelas medianas.
Consulte também: fontículo, bregma, lambda.
FORAME
Substantivo latino Foramen, Foraminis, buraco, cova, abertura, do
grego Tréma, Trématos, abertura. Forame é o nome dado para as
aberturas de tamanho variado situadas sobre a superfície dos ossos. Os
forames são acidentes anatômicos abrangentes situados principalmente
na base do crânio, onde encontramos muitos buracos que servem de
passagem para vasos e nervos do encéfalo. Por exemplo: Forame
magno (abertura central situada no centro do osso occipital); Forame
cego da língua (abertura de fundo cego situada medialmente sobre o
sulco terminal da língua); Forame espinhoso (pequena abertura situada
no osso esfenoide, próximo ao forame oval); etc.
Consulte também: canal, canalículo, forâmina.
FORÂMINA
Substantivo plural de Foramen, de forames. Forâmina é o nome dado
antigamente para alguns orifícios das veias cardíacas. Na nova
nomenclatura anatômica, o termo forâmina é substituído por forames.
Consulte também: forame.
FORMOL
O mesmo que aldeído fórmico ou formaldeído. Formol é o nome dado
para a substância química de grande ação antisséptica utilizada na
conservação de tecidos orgânicos para estudo e observação.
Consulte também: anatomia, dissecção.
FÓRNICE
Substantivo latino Fórnix, de arco, curvatura. Fórnice é o nome dado
para a estrutura em forma de arco (abóboda) situado entre os
ventrículos do cérebro, conectado ao corpo caloso pelo septo pelúcido.
É também o nome de certos recessos escavados de fundo cego. Por
exemplo: Fórnice inferior da conjuntiva (recesso entre a pálpebra e a
córnea do olho); Fórnice vaginal (recesso entre a parede do canal
vaginal e o colo do útero, junto ao cérvix).
Consulte também: cérvix.
FÓRNIX
Substantivo latino Fornix, abobada, em forma de arco de porta, nome
dado pelos arquitetos em Roma para os arcos de aquedutos feitos de
tijolos, onde as prostitutas eram encontradas, dando origem a palavra
fornicação. Fórnix é o nome dado para a estrutura abobada do cérebro
situado entre os ventrículos cerebrais, preso ao corpo caloso pelo septo
pelúcido.
Consulte também: fórnice.
FOSSA
Substantivo latino Fossae, escavação cova, de Fodere, cavar. Fossa é o
nome dado para a escavação larga, mais ou menos funda, cuja entrada
é sempre mais aberta do que a base. Por exemplo: Fossa craniana
anterior (escavação situada anteriormente na base do crânio, serve para
acomodar os lobos frontais do cérebro); Fossa temporal (escavação
situada no osso temporal acima do arco zigomático, serve de leito para
o músculo temporal); Fossa mandibular (serve de leito para
acomodação do côndilo da mandíbula); etc.
Consulte também: fosseta, fóvea.
FOSSETA
Substantivo diminutivo de fossa, do latim Fossae, semelhante a uma
fóvea. Fosseta é o nome dado para as fossas de pouca profundidade,
também chamadas de fóveas, servem para acomodar estruturas
pequenas e delicadas. Por exemplo: Fossa do saco lacrimal (fosseta do
osso lacrimal que serve para acomodar o saco lacrimal no interior da
cavidade orbital); Fossa hipofisária (fosseta do osso esfenoide que
serve para acomodar a hipófise); Fossa oval (fosseta presente na
parede interatrial do átrio direito, vestígio da abertura comunicante
entre os átrios no período fetal).
Consulte também: fóvea.
FÓVEA
Substantivo latino Foveae, pequena escavação. Fóvea é o nome dado
para as pequenas escavações de pouca profundidade, ligeiramente
circular. Por exemplo: Fóvea articular (pequenas facetas articulares
presentes nas vértebras da coluna vertebral).
Consulte também: fosseta.
FÓVEA CENTRAL
Substantivo latino Foveae, depressão, buraco, pequena cova,
Centralis, o que pertence ao centro, principal. Fóvea central é o nome
antigo dado para a depressão no centro da mácula situada na retina,
local de maior acuidade visual devido a concentração de cones, células
fotossensíveis da retina.
Consulte também: retina, mácula.
FRANJA
Substantivo latino Fimbriae, recorte, ornamento, orla. Franja é o nome
dado antigamente para as fímbrias, situada na extremidade das tubas
uterinas.
Consulte também: fímbria.
FREIO
Substantivo latino Frenum, Freni, frênulo, freio, do grego Phrén,
Phrenés, diafragma, freio. Freio é o nome dado para a prega ou dobra
membranosa cuja função principal é reter, frear ou limitar certos
órgãos ou parte deles. Por exemplo: Frênulo da língua (prega da
mucosa situada em baixo da língua, visível quando a ponta da língua
toca o céu da boca); Frênulo do lábio superior (prega da mucosa que
prende o lábio superior a gengiva); Frênulo do prepúcio (prega da
mucosa que prende a pele do prepúcio a margem inferior da glande);
etc.
Consulte também: frênulo, lábio.
FRÊNICO
Adjetivo grego Phenikos, de mente ou das estruturas que se relacionam
com o músculo diafragma. Antigamente, a palavra Phren designava a
região entre o coração e o fígado, o local onde reside as emoções, o
pensamento, a fala, a mente e a alma. Atualmente o termo frênico está
restrito ao diafragma. Por exemplo: Nervo frênico (par de nervos que
se originam no plexo cervical para o músculo diafragma).
Consulte também: freio, diafragma.
FRÊNULO
Substantivo latino Frenum, Freni, de frênulo, freio, do grego Phrén,
Phrenés, diafragma, freio. Frênulo é o nome dado para a prega da
mucosa muito fina e delicada que prende certas partes moles do corpo.
Por exemplo: Frênulo do lábio superior e inferior (prega de mucosa
que prende a face interna dos lábios na gengiva correspondente).
Consulte também: freio.
FRONTAL
Adjetivo que trata das estruturas que pertencem à fronte, do que está à
frente, aquilo que é anterior. Característica referente ao osso frontal.
Consulte também: coronal.
FRONTE
Substantivo latino Frons, Frontis, testa, fronte, do grego Phorontís,
Phrontídos, ou Métopon, Métopou, fronte, face, testa. Fronte é o nome
dado para a parte anterior da face que compreende a testa, entre a linha
capilar anterior e a linha que cruza os supercílios, limitando uma
têmpora à outra.
Consulte também: testa.
FUNDO
Substantivo latino Fundus, de fossa funda, muito escavada. Fundo é o
nome dado para a base muito afastada da entrada. Por exemplo: Fundo
da boca (região que compreende o istmo da garganta); Fundo gástrico
(parte dilatada do estômago que serve para armazenar gases); Fundo
do útero (parte do útero que se curva para frente sobre a bexiga, que se
estende extraordinariamente durante a gestação); Fundo da bexiga
(parte da bexiga voltada para cima e ligeiramente curvada para frente).
Consulte também: vesícula.
FUNGIFORME
Adjetivo referente a fungo, de Fungus, Fungi, cogumelo e Forme,
forma. Em comparação as estruturas cuja forma lembra a copa de um
cogumelo, feito um guarda-chuva aberto. Por exemplo: Papilas
fungiformes (receptores gustativos situados no dorso da língua, lembra
a forma de pequenos cogumelos).
Consulte também: papilas.
FUNICULAR
Adjetivo referente a corda, de Funicularis de Funiculus, diminutivo de
Funis, corda. Estruturas associada ao funículo.
Consulte também: cordão, funículo.
FUNÍCULO
Substantivo latino Funiculus, Funiculi, diminutivo de Funis, corda.
Funículo é o nome dado para a parte de um órgão que sofre
afunilamento em uma das pontas. Por exemplo: Funículo espermático
(cordão ligado a bolsa escrotal, mais afunilado próximo ao canal
inguinal).
Consulte também: cordão, fúrcula.
FÚRCULA
Substantivo latino diminutivo de Furca, Furcae, forca, forcado.
Fúrcula é o nome dado antigamente para a incisura jugular,
chanfradura mediana situada sobre a margem do manúbrio do esterno,
palpável sobre a depressão da pele entre as duas extremidades
esternais da clavícula.
Consulte também: incisura, chanfradura.
G

GÁLEA
Substantivo latino Galea, de casquete de couro, capacete, bandagem,
referente a proteção de couro que os centuriões da infantaria
utilizavam em combate para proteger a cabeça. Gálea é o nome dado
para a aponeurose situada entre o ventre anterior (frontal) e posterior
(occipital) do músculo occipitofrontal, chamada de gálea aponeurótica,
situado sobre a abobada craniana, termo empregado por Santorini34.
Consulte também: aponeurose.
GANCHOSO
Adjetivo latino Unciformis, de Uncus, Unci, gancho, curvo como
gancho. Trata-se do quarto osso da fileira distal do carpo chamado de
hamato, antigo unciforme.
Consulte também: unciforme, adunco, hamato.
GÂNGLIO
Substantivo latino Ganglion, Ganglii, nódulo, tumefação, do grego
Gánglion, Gángliou, tumor, inchaço. Gânglio é o nome dado para os
pequenos corpos de neurônios situados entre uma fibra nervosa e
outra, e entre os vasos linfáticos. É também o nome de estruturas
nodulares normais ou de natureza patológica.
Consulte também: nódulo, gânglio de gasser.
GÂNGLIO DE GASSER
O gânglio de Gasser35, atual gânglio do trigêmeo, se aloja numa fosseta
de forma ovalar situada na extremidade da face ântero-superior da
parte petrosa do osso temporal. Na nova nomenclatura é chamado de
gânglio trigeminal, devido aos três nervos que origina: oftálmico,
maxilar e mandibular.
Consulte também: trigêmeo.
GARGANTA
Substantivo latino Gurga, do grego Phárynx, Pháryngos, turbilhão,
ruído. Garganta é o nome dado para o som causado pelo turbilhão que
a garganta faz ao deglutir. Entretanto, o nome é frequentemente
associado a região estreita situada no fundo da cavidade oral (istmo),
que dá acesso a faringe e a glote.
Consulte também: goela, glote.
GÁSTER OU GÁSTRO
Substantivo do grego Gastér, estômago, ventre, o mesmo que gástro.
Gáster é o nome dado antigamente para a estrutura que se posiciona
ventralmente, na barriga, sugerindo a parte mais carnosa e volumosa
de um órgão.
Consulte também: gastrocnêmio, estômago.
GASTROCNÊMIO
Substantivo grego Gastér, ventre e Knemís, Knemídos, perneira, botas.
Gastrocnêmio é o nome dado para os dois ventres de músculos
situados na panturrilha, popularmente conhecida como barriga ou
batata da perna. O músculo gastrocnêmio é o músculo que possui duas
cabeças (bíceps) medial e lateral, situado na parte posterior da perna
(panturrilha), agindo quando estamos sobre a ponta dos pés.
Consulte também: panturrilha, sura.
GÊMEO
Substantivo latino Geminus, Gemini, de gêmeo, do grego Dídymos,
Dídymou, lado a lado. Gêmeo é o nome dado para as estruturas
posicionadas lado a lado, sugerindo gemelidade em forma e tamanho.
Por exemplo: Músculo gastrocnêmio (músculo com dois ventres
situado na face posterior da perna, popular barriga e batata da perna);
Músculo gênio-hioideo (músculo com dois ventres situado entre o
assoalho da mandíbula e o osso hioide no pescoço).
Consulte também: gastrocnêmio.
GENGIVA
Substantivo latino Gingiva, Gingivae, do grego Ólyon, Óylou, gengiva,
mucosa que reveste as arcadas dentárias. Gengiva é o nome dado para
o tecido avermelhado, firme que reveste as arcadas dentárias até o colo
dos dentes e entre eles.
Consulte também: mucosa.
GENGIVAL
Adjetivo relativo à gengiva, mucosa que reveste as arcadas dentárias.
Consulte também: gengiva.
GENIANA
Adjetivo do grego Génion, Géniou o mento, queixo, barba. Geniana é
o nome dado para os dois pequenos tubérculos situados posteriormente
ao mento, sobre a face interna da mandíbula, chamados em conjunto
de espinhas genianas. As espinhas genianas servem a inserção dos
músculos genioglosso e gênio-hióideo.
Consulte também: gênio.
GENIANO
Adjetivo que tem relação com o mento.
Consulte também: geniana.
GENICULADO
Adjetivo latino Geniculatus, Geniculu, que se dobra, como dobradiça,
semelhante ao joelho, estrutura cuja forma se curva sobre si mesmo.
Por exemplo: Feixe geniculado (feixe que nasce ao próximo ao córtex
frontal); Gânglio geniculado (grupo de corpos celulares de neurônios
sensitivos do nervo facial).
Consulte também: goni, joelho.
GÊNIO
Substantivo latino Genius, de divindade, talento. Gênio é o nome dado
para a ponta do queixo, relativo a proeminência mentual, muito
associado a figura do homem sentado sobre uma pedra apoiando a
cabeça com o punho cerrado sobre a ponta do queixo.
Consulte também: mento.
GÍNGLIMO
Substantivo grego Ginglymos, Gínglymou, charneira, dobradiça.
Gínglimo é o nome dado para a estrutura em forma de dobradiça, com
peças articuladas para se dobrarem. O mesmo que tróclea (cotovelo),
gênero de articulações móveis (diartroses) na qual um dos ossos rola
sobre uma polia (côndilo), como se fossem as borboletas de uma
dobradiça de porta.
Consulte também: joelho, geniculado.
GIRENCÉFALO
Substantivo grego Gyros, Gyrou, movimento circular e Enkephalé,
Encáfalo. Girencéfalo é o nome dado antigamente para as
circunvoluções do cérebro. As circunvoluções são dobras encontradas
na superfície do cérebro, possibilitando que uma grande quantidade de
massa (tecido) seja comprimida dentro de um espaço reduzido.
Consulte também: circunvolução.
GIRO
Substantivo latino Gyrus, Gyri, circunvolução, do grego Gyros, Gyrou,
movimento circular, estrutura torcida sobre o próprio eixo. Giro é o
nome dado para as dobras situadas na superfície do cérebro.
Reservamos o termo giro como o propósito de identificar uma dobra
específica do córtex cerebral. Por exemplo: Giro angular (dobra do
córtex situada entre o lobo temporal e parietal, resultado da
confluência do giro temporal superior e médio); Giro temporal
superior (dobra do córtex situada abaixo do sulco lateral); Giro pós-
central (dobra do córtex situada posterior ao sulco central); etc.
Consulte também: circunvolução, córtex, girencéfalo.
GLABELA
Substantivo latino Glabellus, Gabellum, de glabela, região sem pelos
entre as sobrancelhas acima dos arcos superciliares. Glabela é o nome
dado para uma pequena área de pele situada entre as sobrancelhas, que
naturalmente é quase desprovida de pelos, porém, não é raro
encontrarmos indivíduos em que os pelos das sobrancelhas se unem
cobrindo toda a glabela, permitindo evidenciar a bossa frontal.
Consulte também: bossa.
GLANDE
Substantivo latino Glans, Glandis, a bolota, referente a fruta do
carvalho, do grego Bálanos, Bálanou, estrutura globosa, nodular.
Glande é o nome dado para a extremidade apical do pênis e do clitóris,
saliente como uma bolota, coberto parcialmente pelo prepúcio. A
glande é uma região erógena da genitália masculina e feminina, que ao
toque causa excitação sexual, em casos mais derradeiros, ejaculação
precoce. A sensibilidade da glande está associada a presença de
inúmeros receptores, mais precisamente aos corpúsculos de
Meissner36. Nos homens, a glande do pênis representa uma grande
estrutura onde o óstio externo da uretra se abre em forma de fenda.
Nas mulheres, a glande faz parte do clitóris, coberta parcialmente por
um prepúcio rudimentar. Tanto a glande masculina quanto a glande
feminina sofrem ereção ao serem estimuladas, cumprindo um papel
importante na excitação sexual. A glande masculina devido sua forma
cônica, funciona como uma ponteira guia durante a relação sexual,
direcionando e facilitando a penetração do pênis no canal vaginal.
Consulte também: bálano, clitóris.
GLÂNDULA
Substantivo latino Glandulae, diminutivo de Glans, Glandis, de
glande, do grego Adén, Adénos, Glande, bolota, fruta do carvalho.
Glândula é o nome dado para o órgão formado por tecido glandular
cuja função primordial é produzir substâncias, principalmente
hormônios, que visam equilibrar as atividades metabólicas do
organismo. Há dois tipos de glândulas, as endócrinas, são aquelas que
liberam substâncias diretamente na corrente sanguínea por meio de
mediadores químicos e as exócrinas, aquelas que liberam substâncias
por meio de ductos no interior das cavidades do corpo. Há órgãos que
obtém as duas funções glandulares, endócrina e exócrina. Por
exemplo: Pâncreas (órgão anexo ao sistema digestório, situado na
cavidade abdominal, funciona também como glândula exócrina e
endócrina).
Consulte também: ácino.
GLENA
Substantivo grego Gléne, Glénes, de Glén, pequena cavidade, rasa e
Eidos, forma. Glena é o nome dado para a cavidade articular (cavidade
glenoide) situada na escápula de pouca profundidade que serve para
acomodar a cabeça do úmero. Diferentemente da cavidade do
acetábulo, a cavidade glenoidea não permite que a cabeça do úmero se
encaixe totalmente, o que torna esta articulação frágil, podendo causar
luxação do ombro. Contrário de cavo.
Consulte também: cavidade.
GLENOIDAL OU GLENOIDEA
Adjetivo que tem o mesmo significado da palavra glenoidea, do grego
Glenoidés, de Glén, pequena cavidade e Eidos, forma, semelhança.
Referente a cavidade rasa da escápula que serve a cabeça do úmero.
Consulte também: glena.
GLOBO OCULAR
Substantivo latino Globus, de globo, esfera e Ocularis, de olho. Globo
ocular é o nome dado para a estrutura globular (esférica) do olho
situado dentro da cavidade ocular, destinado ao sentido da visão,
constituído por diversos invólucros membranosos, sendo alguns deles
transparentes.
Consulte também: olho.
GLOMÉRULO
Substantivo latino Glomerulus, Glomeruli, diminutivo de Glomus,
Glomeris, novelo, carretel, rolo, enrolado. Glomérulo é o nome dado
para a estrutura microscópica situada no interior dos rins chamado
glomérulo renal. O glomérulo renal é a estrutura formada pelo
enovelamento de um pequeno vaso arterial dentro da cápsula
glomerular, que ao se enrolar sobre si mesmo dá origem ao glomérulo
propriamente dito, cujo formato lembra um novelo de lã. O glomérulo
faz parte do chamado corpúsculo renal, que consiste de um glomérulo
e uma cápsula glomerular, também chamada de cápsula de Bowman37,
cuja função primordial é filtrar o plasma sanguíneo, passando por uma
sequência de tubos e túbulos renais até se transformar em urina após
vários processos de absorção e reabsorção. Os glomérulos podem ser
encontrados em outras partes do corpo, como pequenos tufos e novelos
de fibras nervosas ou de vasos sanguíneos.
Consulte também: glândula.
GLOMO
Substantivo latino Glomus, de corpúsculo, pequeno corpo. Glomo é o
nome dado para a estrutura corpuscular presa a certos vasos
sanguíneos, caracterizada pela convergência de muitas terminações
nervosas sensíveis a determinados níveis químicos presentes na
corrente sanguínea. Por exemplo: Glomo carótico (grupo de
quimiorreceptores situados no seio carotídeo sensíveis as alterações
nos níveis de oxigênio e gás carbônico).
consulte também: corpúsculo, seio.
GLOTE
Substantivo latino Glottis, do grego Glótta, Glóttes, ou Glóssa,
Glósses, língua. Glote é o nome dado para a região interna da laringe
ao nível das pregas vestibulares e vocais, incluindo o ventrículo da
laringe. A glote é a região mais estreita e fendida da laringe por onde
passa o ar quando respiramos. Durante a fonação, as cordas vocais se
aproximam (adução) e se afastam (abdução), para que o som
produzido por sua vibração seja mais grave ou mais agudo. A rima da
glote é o espaço situado entre as pregas vocais.
Consulte também: laringe, rima.
GLÓTICO
Adjetivo que se refere a glote. Por exemplo: Cavidade infraglótica
(pequeno espaço que antecede a traqueia, abaixo da glote).
Consulte também: glote, goela.
GLÚTEO
Adjetivo latino Glutius, que pertence as nádegas ou que dela faz parte,
do grego Gloutós, Gloutou, nádega. Glúteo é o nome dado para os três
músculos (glúteo máximo, médio e mínimo) que compõem a região
das nádegas, região que serve como coxim para amortecer o peso do
tronco sobre os ísquios quando sentamos. Apesar da presença dos
músculos, sobre os glúteos há um grande acúmulo de gordura, dando a
forma arredondada e tamanho variável, principalmente nas mulheres
devido ao padrão hormonal feminino. Por causa do ventre muscular
avantajado, o glúteo máximo é a região predestinada a aplicação
intramuscular de substâncias medicamentosas.
Consulte também: nádega.
GÔNADA
Substantivo grego Gónos, de geração, semente. Gônada é o nome dado
para as glândulas sexuais masculina e feminina que produzem
hormônios e gametas haploides, frequentemente associada ao estado
mais primitivo (primordial) dos testículos e ovários.
Consulte também: Testículo, Ovário.
GONFOSE
Substantivo latino Gomphus, Gomphi, do grego Gómphos, Gómphou,
prego, cavilha. Gonfose é o nome dado para o tipo de articulação
imóvel em que o osso é inserido na cavidade articular como se fosse
um prego em um buraco, como ocorre nas implantações das raízes dos
dentes nas cavidades alveolares da maxila e mandíbula. São
articulações de natureza fibrosa, por isso não apresentam movimento.
Importante destacar que os dentes não são estruturas totalmente
imóveis como aparentam ser, sua fixação nos alvéolos dentários
permite pequenos ajustes sob forte pressão, principalmente durante a
mastigação de alimentos mais rígidos e fibrosos, como carnes e raízes.
Consulte também: sinartrose.
GONI
Adjetivo grego Góny, Gónatos, que propõem a ideia de joelho.
Consulte também: joelho.
GONÍACO
Adjetivo relativo ao gônio, ângulo da mandíbula e o que se refere a
este ângulo.
Consulte também: gônio.
GÔNIO
Substantivo grego de Gonía, Gonías, ângulo, o mesmo que Gônion,
canto. Gônio é o nome dado antigamente para a proeminência do
ângulo da mandíbula, termo herdado de estudos da antropologia física.
Na nova nomenclatura anatômica é adotado o termo ângulo ao invés
de gônio.
Consulte também: mandíbula.
GOTEIRA
Substantivo latino Gutta, Guttae, de gota, do grego Hdrorrhóa,
Hydrorrhás, canal por onde pinga a água da chuva. Goteira é o nome
dado para a ranhura funda situada na superfície de um osso, serve para
facilitar o deslizamento de tendões ou para dar passagem a vasos
sanguíneos.
Consulte também: Sulco, impressão.
GRAVATA SUÍÇA
Substantivo francês Cravate, de gravata, tira de tecido usado no
pescoço, e Suiça, de Suiço, referente ao tipo de uniforme dos
mercenários que serviam na França do rei Luís XIII. Gravata suíça é o
nome dado antigamente para o arranjo peculiar das fibras musculares
do estômago, comparada a peça de vestuário que se usava em volta do
pescoço.
Consulte também: estômago.
GUBERNÁCULO
Substantivo latino Gubernculum, Gubernculi, leme, direção, guiar, do
grego Kybernétes, Kybernétou, piloto, de Kybernáo conduzir, dirigir.
Gubernáculo é o nome dado para o ligamento escrotal, cordão
fibromuscular de origem mesenquimatosa, semelhante a uma prega
que vai do testículo até a região inguinal. O gubernáculo é uma das
estruturas responsáveis pela descida dos testículos por volta do nono
mês de gestação, servindo de guia para até a bolsa escrotal. Em casos
derradeiros, pode ocorrer situações em que um dos testículos ou ambos
não desçam, principalmente em bebês prematuros, ficando retidos na
cavidade abdomino-pélvica. Esta condição chamamos de criptorquidia
uni ou bilateral. O gubernáculo também se forma em mulheres, porém,
não se desenvolve completamente, tornando-se rudimentar.
Consulte também: cordão.
GUTURAL
Adjetivo latino Gutturalis, de Guttur, Gutturis, goela, garganta. Termo
antigo que tem relação com a garganta, de goela.
Consulte também: glote.
H

HABÊNULA
Substantivo latino Habenula, Habenulae, diminutivo de Habena,
Habenae, rédea, disciplina, do grego Henía, Henías, correia, brida,
rédea, palavra derivada da imagem da cabeça de um cavalo e as rédeas
vista pelo cavaleiro. Habênula é o nome dado para uma diminuta
estrutura nuclear superficial do tálamo, mais precisamente do
epitálamo, de cor parda presente em quase todos os vertebrados. As
habênulas determinam a ligação entre o prosencéfalo e o mesencéfalo,
intimamente envolvidas na regulação do comportamento emocional,
influenciando na mudança de comportamento em situações de dor,
estresse, ansiedade, recompensa, sono e disfunções de aprendizagem e
locomoção. Estudos recentes buscam demonstrar o desempenho
patente das habênulas na regulação do sistema dopaminérgicos e
serotonérgicos, o que explicaria, por exemplo, a hiperativação
habenular em níveis baixos de dopamina, em casos de doença de
Parkinson e da serotonina em casos de depressão crônica. As
habênulas são consideradas as principais estruturas do centro
antagônico de recompensa do cérebro. Ou seja, ela inibe a liberação de
hormônios que causam a sensação de prazer, de recompensa.
Consulte também: hipófise, pineal.
HÁLUX
Substantivo latino Allex, Hallus, de dedo grande. Hálux é o nome dado
para o primeiro dedo do pé, popularmente conhecido como dedão do
pé, análogo ao dedo polegar da mão.
Consulte também: polegar.
HAMATO
Substantivo latino Hamatum, osso cárpico em forma de gancho, de
adunco (gancho). Hamato é o nome dado para o pequeno osso situado
na segunda fileira (distal) de ossos que compõem o carpo, cuja a forma
lembra um gancho utilizado para fisgar e retirar grandes peixes para
fora d’água, devido a presença de uma proeminência óssea (hâmulo do
osso hamato) preso a face palmar do osso.
Consulte também: hâmulo, adunco.
HÂMULO
Substantivo latino Hamulus, Hamuli, anzol pequeno, diminutivo de
Hamus, Hami, anzol. Hâmulo é o nome dado para a estrutura em
forma de anzol, caracterizado por uma ponta curvada. Por exemplo:
Hâmulo pterigoideo (estrutura óssea ganchosa situada na lâmina lateral
do processo pterigoideo do osso esfenoide); Hâmulo da lâmina espiral
(estrutura da parte interna da lâmina em espiral da cóclea situada no
ouvido interno, um dos limites do helicotrema); Hâmulo do osso
hamato (estrutura óssea curvada do osso hamato, antigo adunco).
Consulte também: adunco, helicotrema.
HARMÔNICA
Adjetivo latino harmonia, Harmoniae, do grego Harmonía,
Harmonias, concordância entre as partes de um todo, em
conformidade, consonância, como ocorre nas articulações fibrosas
(sinartroses), em que dois ossos entram em contato por superfícies
articulares de faces quase perfeitas, ou seja, harmônicas.
Consulte também: articulação.
HAUSTRO
Substantivo latino Haustro, Haustros, de vesícula, bolsa saculiforme.
Haustro é o nome dado para as formações saculiformes presentes nos
colos: ascendente, transverso, descendente e sigmoide do intestino
grosso, como bosseladuras ou dilatações dos divertículos, limitadas
por sulcos transversais, unidas pelas tênias: livre, omental e
mesocólica; cobertas eventualmente por apêndices de gordura ou
epiploicos.
Consulte também: divertículo.
HÉLICE
Substantivo latino Helix, de espiral. Hélice é o nome dado para a
estrutura situada na borda curvada da orelha externa, que vai do ramo
da hélice até o tubérculo de Darwin21, cuja a forma lembra a carapaça
espiralada de um caracol.
Consulte também: hélix
HELICÍNEO
Adjetivo de hélice, o mesmo que helicoidal ou helicoide, estrutura em
espiral em forma de caracol. Por exemplo: Artérias helicíneas (artérias
contornadas em espiral situadas no ovário e no útero).
Consulte também: hélice.
HELICOTREMA
Substantivo grego Hélix, Hélikos, espiral e Trêma, Trêmatos, buraco,
orifício. Helicotrema é o nome dado para a pequena abertura situada
no centro do caracol (cóclea) do ouvido interno, permitindo a
comunicação entre as rampas vestibular e timpânica.
Consulte também: hâmulo.
HÉLIX
Substantivo latino Helix, Helicis, do grego Hélix, Hélikos, de Hélein,
enrolar, envolver, enredar. Hélix é o nome dado para a pequena dobra
semicircular situada na borda da orelha externa. O mesmo que hélice.
Consulte também: hélice.
HEMAL
Adjetivo do grego Háima, Háimatos, sangue. Que se refere ao sistema
vascular ou circulatório, onde o elemento principal é o sangue.
Consulte também: sangue.
HEMIÁZIGO
Substantivo grego Hemi, metade, A, sem privado e Zygas, par, casal,
cópula. Hemiázigo é o nome dado para a veia situada à esquerda e
perpendicular a veia ázigos, separadas pela aorta abdominal, junto a
coluna vertebral, contínua com a veia hemiázigo acessória.
Consulte também: ázigo.
HEMISFÉRIO
Substantivo latino Hemispherium, Hemispherii, do grego
Hemisphaírion, Hemisphairíou, meia-bola, semicírculo, meia-lua, de
Hemí, metade e Spháira, Spháiras, bola, esfera. Hemisfério é o nome
dado para cada uma das metades do cérebro (hemisfério cerebral)
marcada pela superfície sinuosa do córtex cerebral. Cada hemisfério
cerebral é formado por quatro lobos: frontal, parietal, temporal e
occipital; separados pela foice do cérebro até o corpo caloso. Os
hemisférios cerebrais constituem as maiores porções laterais do
encéfalo, ou seja, o próprio cérebro dividido em metades direita e
esquerda, cada qual com um ventrículo lateral.
Consulte também: cérebro.
HEMORROIDA
Substantivo latino Hemorrois, Hemorroidis, do grego Aimorrhoís,
Aimorrhoídos, perda, vazão sanguínea, de Háima, sangue e Rhéo,
correr, vir, decorrer. Hemorroidas é o nome dado para as veias
inchadas, tuberosas, podendo causar inflamações e dores anais durante
a evacuação. Há dois tipos clínicos de hemorroidas: as internas,
quando ocorrem no reto e no canal anal e as externas, quando ocorrem
no ânus e as veias são projetadas para fora dele. Hemorroidas são
comuns no período gestacional e puerperal, em que a pressão nas veias
do reto e ânus são acentuadas.
Consulte também: ânus, reto.
HEMORROIDAL
Adjetivo que se refere a hemorroidas.
Consulte também: hemorroidas.
HEPÁTICO
Adjetivo Hepaticus, de Hepar, Hepatis, do grego Hepatikós, de Hépar,
Hepatos, que tem relações com o fígado.
Consulte também: Fígado.
HIALINO OU HIALINA
Adjetivo latino Hyalinus, do grego Hyalos, Hyaloou, vidro, cristal,
transparente como o vidro ou como se dele fosse feito. Por exemplo:
Cartilagem hialina (cartilagem que cobre as superfícies articulares dos
ossos, semelhante as cartilagens que se estendem dos arcos costais até
o osso esterno do tórax).
Consulte também: cartilagem.
HIALOIDE
Adjetivo latino Hyaloides, Hyaloidis, o mesmo que Humor Vítreo, do
grego Hyaloidés, Vitroso, que se assemelha ao vidro, de Hyalos, vidro
e Eidos, forma. Por exemplo: Canal hialoide (canal estreito que corre
pelo corpo vítreo do olho a partir do disco do nervo óptico, passando
por trás da lente, ocupado pela artéria hialoide no feto).
Consulte também: olho.
HIALOIDIANO
Adjetivo que relação com o Humor Vítreo, de hialoide.
Consulte também: hialoide, humor.
HIATO
Substantivo latino Hiatos, Hiatos, abertura, fenda, de Hiare, ter a boca
aberta, bocejar. Hiato é o nome dado para algumas aberturas do corpo.
Por exemplo: Hiato de Falópio38 (pequena abertura situada na face
superior da porção petrosa do osso temporal situado na fossa craniana
média, serve para a passagem do nervo petroso maior, atual hiato do
canal do nervo petroso maior); Hiato de Winslow39 (abertura situada no
peritônio, permite a comunicação da bolsa omental com o resto da
cavidade peritoneal, atual forame omental ou epiplóico); Hiato
esofágico (abertura do músculo diafragma que serve para a passagem
do esôfago); Hiato aórtico (abertura do músculo diafragma que serve
para a passagem da aorta); Hiato sacral (abertura na extremidade
inferior do sacro por onde se tem acesso ao canal sacral); etc.
Consulte também: ádito, forame.
HILÁRIO
Adjetivo hilar, relativo a hilo.
Consulte também: hilo.
HILO
Substantivo latino Hilum, Hili, ponto, marca utilizada pelos romanos
para apontar o local onde uma fava se adere a planta, refere-se a
cicatriz de uma semente deixada no ponto em que essa se fixa. Hilo é o
nome dado para a região deprimida em que um órgão (víscera) recebe
seus vasos sanguíneos. Entretanto, a palavra “ponto” talvez não fosse a
melhor indicada, pois é natural se referir ao hilo como uma abertura,
frequentemente comparada a passagem de uma porta, marcando o
local de passagem de estruturas que entram e saem de um órgão. Por
exemplo: Hilo pulmonar (passagem para entrada e saída de vasos na
face visceral dos pulmões); Hilo hepático (passagem para entrada e
saída de vasos entre o lobo caudado e quadrado do fígado); Hilo
esplênico (passagem para entrada e saída de vasos na face visceral do
baço); etc.
Consulte também: hiato.
HÍMEN
Substantivo grego Hymén, Hyméneos, véu, túnica, membrana. Hímen é
o nome dado para a dobra de mucosa que se forma sobre a abertura do
canal vaginal, deixando-o parcialmente fechado. Durante a primeira
relação sexual da mulher, o hímen é naturalmente lesionado causando
dor e sangramento. Em determinados casos o hímen fecha
completamente o canal vaginal (hímen imperfurado), impedindo que o
fluxo menstrual seja liberado. Nesses casos, um pequeno procedimento
cirúrgico é recomendado para se perfurar o hímen.
Consulte também: membrana.
HIMENAL
Adjetivo relativo ao hímen.
Consulte também: hímen.
HIOIDE OU HIPSILOIDE
Substantivo grego Ypsilon, de Y e Eidos, forma ou semelhança. Hioide
é o nome dado para um pequeno osso em forma de ferradura situado
abaixo da mandíbula, na parte anterior e média do pescoço. É também
conhecido como osso lingual, por que permite a inserção de músculos
associados diretamente com a língua.
Consulte também: tireoide.
HIPOCAMPO
Substantivo grego Hippocámpos, Hippocámpou, de Híppos, cavalo e
Kámpos, espécie de cetáceo (cavalo-marinho) e a figura mitológica de
Netuno40, cuja carruagem é puxada por animais com cabeça de cavalo
e corpo de peixe, também conhecido como o corno de Ámon41, 42.
Hipocampo é o nome dado para a região que corresponde a uma parte
do giro para-hipocampal situado no lobo temporal, desempenhando
papel importante na formação de novas memórias. O hipocampo faz
parte do sistema límbico e da capacidade de localização espacial.
Lesões no lobo temporal que atingem o hipocampo, impedem que
indivíduos construam novas memórias, dando a sensação de estarem
vivendo presos no tempo.
Consulte também: limbo.
HIPOCÔNDRIO
Substantivo latino Hypochondrium, do grego Hypochóndrion, de
Hypó, abaixo e Chóndros, cartilagem. Hipocôndrio é o nome dado
para a região situada na parte superior do abdome, a direita e à
esquerda do epigástrio, abaixo das cartilagens costais, daí a origem do
nome.
Consulte também: epigástrio.
HIPODERME
Adjetivo grego Hypó, debaixo e Dérma, Dérmatos, pele. Refere-se a
camada de tecido debaixo da pele. A hipoderme é o tecido subcutâneo
logo abaixo da pele, classificado como tecido conjuntivo frouxo está
fixado à órgãos adjacentes a pele de modo mais flexível. Esta
característica permite que a pele seja esticada sobre os músculos sem
causar eventuais danos.
Consulte também: tegumento, pele.
HIPODÉRMICO
Adjetivo relativo à hipoderme. O que está logo embaixo da pele, a
hipoderme.
Consulte também: hipoderme.
HIPOFISÁRIO
Adjetivo relativo à hipófise.
Consulte também: hipófise, glândula.
HIPÓFISE
Substantivo grego Hypóphysis, Hypophyseos, de Hypó e Physis, broto,
rebento. Hipófise é o nome dado para a pequena glândula pituitária
situada na fossa hipofisária, no centro da sela turca do osso esfenoide,
atrás do quiasma óptico e anterior aos tubérculos mamilares do tronco
encefálico. Esta pequena glândula já foi chamada de glândula mestra,
devido sua abrangência endócrina. O hipotálamo controla a hipófise
por meio de 9 tipos de hormônios; induzindo a glândula a produzir 7
tipos de hormônios hipofisários. A hipófise está presa ao hipotálamo
por meio de um pedículo (infundíbulo), o que permite a glândula
permanecer fixada ao diencéfalo. Duas estruturas importantes (lobos)
fazem parte da hipófise, a adeno-hipófise, que é anterior e a neuro-
hipófise, que é posterior.
Consulte também: glândula, hipotálamo.
HIPOGÁSTRICO
Adjetivo que tem relação com o abdome, baixo ventre. Por exemplo:
Região hipogástrica (região delimitada sobre o abdômen, abaixo da
região umbilical, marcando a região púbica). O mesmo que
hipogástrio.
Consulte também: hipogastro.
HIPOGASTRO
Substantivo grego Hypogástrion, Hypogástriou, de Hypó, abaixo e
Gastér, ventre. Hipogastro é o nome dado para a região topográfica
sobre o abdômen delimitada pelo plano interespinhal (acima) e pelo
plano lateral direito e esquerdo (linha semilunar). O hipogastro, o
mesmo que hipogástrio e hipogástrico, determina a delimitação da
região púbica sobre o abdômen abaixo do ventre.
Consulte também: hipogástrio.
HIPOGLOSSO
Adjetivo grego Hypoglóssios, situado baixo da língua, de Hypó,
debaixo e Glóssa, língua. Por exemplo: Nervo hipoglosso (décimo
segundo par de nervos cranianos relacionado com a fala, alimentação e
a deglutição, cuja as fibras nervosas se originam no bulbo do tronco
encefálico, passando pelo canal do hipoglosso situado na base do
crânio em direção aos músculos sublinguais).
Consulte também: língua.
HIPOTENAR
Adjetivo grego Hypó, debaixo e Thénar, palma da mão, saliência
almofadada alinhada com o dedo mínimo, abaixo da região tenar do
polegar, também chamada de eminência hipotênar, onde residem os
músculos abdutor, flexor curto e oponente do dedo mínimo. Faz
referência a parte da mão que bate, agride, do grego Teino, de bater,
dando origem ao termo palma da mão, citado por Éfeso43 em relação a
pequena eminência situada na base do dedo mínimo.
Consulte também: tenar.
HIPSOCEFALIA
Substantivo grego Ypsos, altura e Kephalé, cabeça. Hipsocefalia é o
nome dado para a forma elevada do crânio. O mesmo que acrocefalia.
Consulte também: acrocefalia.
HIPSOCÉFALO
Adjetivo relativo a forma elevada do crânio.
Consulte também: hipsocefalia, acrocefálico.
HORMÔNIO
Substantivo grego Horman, Hormôn, de excitar, estimular. Hormônio é
o nome dado para a substância secretada por certas glândulas
endócrinas cuja função primordial é excitar, inibir e regular atividades
metabólicas do organismo. Por exemplo: Adrenalina (hormônio
produzido pelas glândulas suprarrenais responsável por estimular a
parte simpática do sistema nervoso autônomo).
Consulte também: humor.
HUMOR
Substantivo latino Humoris, do grego Chymós, Chymoû, suco, líquido,
fluído. Humor é o nome dado para a substância líquida ou semilíquida
que pode ser separada por simples dissociação. Por exemplo: Humor
aquoso (liquido incolor composto principalmente por água, um pouco
de albumina, glicose e sais minerais, situado na câmara anterior do
globo ocular do olho, entre o cristalino e a córnea); Humor vítreo
(líquido viscoso de consistência gelatinosa que dá a forma esférica do
olho, situado na câmara posterior do globo ocular, entre o cristalino e a
retina).
Consulte também: bulbo, hialoide.
I

ÍLEO
Substantivo latino Ileum, Ilei, de Ilia, Ilium, Ilharga, ventre, barriga,
do grego Eílein, rolar, descrever voltas. Íleo é o nome dado para o
órgão situado na cavidade abdominal com aproximadamente 2 metros
de comprimento, entre o jejuno e a válvula ileocecal, a última porção
do intestino delgado. Seu nome faz referência as inúmeras voltas
dentro da cavidade abdominal, dando a impressão de um enovelado de
alças intestinais.
Consulte também: ílio.
ILEOCECAL
Adjetivo que pertence ao íleo e ao ceco. Por exemplo: Válvula
ileocecal (válvula ileocecocólica, situada na junção entre o íleo e o
ceco). Seu papel no trânsito do conteúdo gástrico é de suma
importância, pois impede que o conteúdo volte para o íleo,
determinando que siga somente pela passagem do intestino grosso.
Essa característica faz também referência a expressão: barreira dos
boticários44.
Consulte também: intestino, víscera.
ILEOGRAFIA
Substantivo grego Iléos, Iléou, ventre e Gregoaphein, descrever,
descrição do intestino. Ileografia é o nome dado para a prática clínica
de se observar por meio de técnica radiológica, possibilitando
descrever o estado de conformidade das alças intestinais, em especial
as alças ileais.
Consulte também: íleo.
ILEOLOGIA
Substantivo grego Iléos, Iléou, ventre e Logia, coleta, tudo que diz
respeito ao íleo. Ileologia é o nome dado para a ciência que estuda o
tratado acerca do íleo.
Consulte também: íleo.
ILHOTAS
Substantivo latino Insule, diminutivo de ilha. Ilhota é o nome dado
para as ilhotas pancreáticas situadas no pâncreas. São células
organizadas de modo que lembram pequenas ilhas entre os ácino
pancreáticos. As ilhotas pancreáticas, de Langerhans45 são
responsáveis por produzir a insulina.
Consulte também: pâncreas.
ILÍACO
Adjetivo latino Iliacus, de Ilia, Iliae, Ilharga, vazio, flanco. Que se
relaciona com o osso ilíaco. Por exemplo: Fossa ilíacas (depressão
situada sobre a superfície lisa e côncava direcionada para a cavidade
pélvica).
Consulte também: ílio.
ÍLIO
Substantivo latino Ilium que se refere ao osso largo do quadril em
forma de leque. Ílio é o nome dado para o maior e mais largo osso do
quadril. O osso ílio está situado no quadril, juntamente com o ísquio e
púbis, projetado para cima cuja a forma lembra um leque aberto, com
borda superior saliente, a crista ilíaca e face pélvica lisa. A face glútea
é ligeiramente convexa e possui marcas em forma de linhas, as linhas
glúteas anterior, posterior e inferior. O corpo do ílio se funde com a
cavidade do acetábulo, onde a cabeça do fêmur se encaixa.
Consulte também: ísquio, púbis.
IMPRESSÃO
Substantivo latino Impressio, de ranhura, sulco. Impressão é o nome
dado para as marcas sobre a superfície dos órgãos. São acidentes
anatômicos que permitem evidenciar a presença natural de estruturas
justapostas ao tecido desde o seu desenvolvimento. Por exemplo:
Impressão da fossa oval (marca deixada pela antiga passagem criada
pela comunicação entre os dois átrios no coração durante a circulação
uteroplacentária).
Consulte também: sulco, goteira, fossa.
INCISÃO
Substantivo latino Incidere, de cortar, de In, para dentro e Caedere,
cortar. Incisão é o nome dado para o tipo de corte profundo realizado
em procedimentos cirúrgicos e práticas anatômicas, como dissecação
ou dissecção.
Consulte também: incisura, anatomia, dissecção.
INCISURA
Substantivo latino Scarifatio, de corte. Incisura é o nome dado para o
corte (reentrância) sobre a superfície de um órgão, podendo ocorrer
por meio da invaginação do tecido cortical. Por exemplo: Incisura
jugular (pequeno corte situado ao nível da margem superior do
manúbrio do osso esterno); Incisura cardíaca (pequeno corte sobre a
margem anterior do pulmão esquerdo, devido a inclinação do ápice do
coração para a esquerda); Incisura isquiática maior e menor (cortes
produzidos a partir da protuberância da espinha isquiática, entre o
acetábulo e o túber isquiático); etc.
Consulte também: cissura.
INDÚSIO CINZENTO
Substantivo latino Indusium, de túnica, veste utilizada por damas
romanas por baixo dos vestidos, de camisa e Griseum, cinza. Indúsio
cinzento é o nome dado para a camada fina do sistema límbico
formado por estrias longitudinais espalhadas sobre a superfície do
corpo caloso.
Consulte também: limbo.
INFERIOR
Adjetivo que identifica a estrutura que está abaixo, posicionado
distalmente da raiz.
Consulte também: distal.
ÍNFIMA
Adjetivo latino Infimus, Inferus, o mais abaixo, de inferior.
Consulte também: infra.
INFRA
Preposição cujo significado define o que está abaixo, sob. Por
exemplo: Fossa infra-escapular (escavação funda situada abaixo da
espinha da escápula, serve de fixação para o músculo de mesmo
nome); Forame infraorbital (forame situado a baixo da margem
inferior da cavidade orbital, serve para a passagem do nervo de mesmo
nome); etc.
Consulte também: supra.
INFUNDÍBULO
Substantivo latino Infundibulum, Infundibuli, funil. Infundíbulo é o
nome dado para o afunilamento situado na extremidade de um órgão.
Tradicionalmente o infundíbulo é a estrutura peduncular contínua com
a hipófise, posterior ao quiasma óptico. Porém, há outras citações. Por
exemplo: Infundíbulo da tuba uterina (parte mais afunilada da tuba
uterina presa bilateralmente entre o corpo e o fundo do útero).
Consulte também: canal, aqueduto.
INGRASSIAL
Adjetivo relativo às extremidades ingrassias (asas) do osso esfenoide.
Consulte também: ingrassias
INGRASSIAS
Referente as extremidades, apófises, de Engrassias, nome dado por
Saint-Hilaire46 para as pequenas asas do osso esfenoide, em
homenagem ao médico Ingrassias47 a quem se deve a descoberta de um
dos pequenos ossos do ouvido interno chamado de estribo.
Consulte também: clinoide, asa.
INÍACO
Adjetivo que se relaciona com o ínion.
Consulte também: ínion, proeminência.
ÍNIO
Substantivo grego Inion, de nuca. Ínio é o nome dado antigamente para
o ponto craniométrico situado na parte posterior da cabeça, local do
ápice da protuberância occipital externa.
Consulte também: ófrio, básio.
ÍNION
Substantivo grego Iníon, Iníou, nuca, Occiput, occipital. Ínion é o
nome dado para o ponto mais elevado do crânio situado acima da nuca,
na protuberância occipital externa.
Consulte também: proeminência.
INOSCULAÇÃO
Substantivo Inosculatio, Inosculationis, de In, dentro e Osculum,
diminutivo de Os, boca, do grego Anastómosis, Anastomóseos, Aná,
através e Stôma, Stômatos, boca. Inosculação é o nome dado para a
anastomose em arco de vasos sanguíneos. Por exemplo: Arco arterial
omental (anastomose de artérias omentais em arco); Arco palmar
(anastomose entre o ramo da artéria radial com o ramo da artéria ulna
produzindo o arco palmar superficial).
Consulte também: anastomose.
INSULINA
Substantivo latino Insula, de ilha, Iná, de natureza. Insulina é o nome
dado para o hormônio sintetizado por células localizadas no pâncreas,
as ilhotas de Langerhans48, formada por uma proteína polipeptídica.
Consulte também: ilhotas.
INTERCONDILIANO
Adjetivo Inter de interposição, interposto, ficar no meio e Condiliano,
relativo ao côndilo. Espaço situado entre os côndilos. Por exemplo:
Fossa intercondilar (espaço reservado entre os côndilos do fêmur);
Eminência intercondilar (espinhas situadas entre os côndilos da tíbia).
Consulte também: tubérculos.
INTERCOSTAL
Adjetivo latino Intercostalis, de Inter, entre, interposto e Costalis,
relativo a costela, do grego Mesopléuros, de Méso, entre e Pléuros,
costela. Estruturas que ocupam os espaços entre as costelas. Por
exemplo: Artérias intercostais (artérias situadas no sulco intercostal);
Músculo intercostal (músculo situado entre as costelas).
Consulte também: costela.
INTERESPINHOSO
Adjetivo Inter, entre, no meio e Espinha, mais o sufixo Oso. Estruturas
situadas entre as extremidades espinhosas. Por exemplo: Ligamento
interespinhal (ligamento fibroso entre um processo espinhoso e outro);
Músculo interespinhal (músculo preso aos processos espinhosos da
coluna vertebral).
Consulte também: espinha.
INTERÓSSEO
Adjetivo que indica qualquer coisa que se coloca entre os ossos. Por
exemplo: Ligamentos interósseo (aponeurose que unem os dois ossos
do antebraço e da perna); Artéria interóssea (artéria situada entre o
rádio e a ulna); Músculo interósseo (músculo situado na mão ou no pé,
entre os metacarpos e ou metatarsos).
Consulte também: sesamoide.
INTERSECÇÃO
Adjetivo latino Inter, entre e Sectio, corte, separação.
Consulte também: dissecção.
INTERTRANSVERSÁRIO
Adjetivo relativo ao que está entre e transversalmente, o mesmo que
transverso. Por exemplo: Seio transverso (sulco que serve para a
acomodar a veia de mesmo nome); Processo transverso (estrutura
ósseo continua com os arcos vertebrais disposta lateralmente);
Músculo transverso (músculo situado na do tórax e do abdome); etc.
Consulte também: transverso, transversário.
INTESTINAL
Adjetivo referente ao intestino ou o que dele provêm, decorre.
Consulte também: intestino.
INTESTINO
Substantivo latino Intestinum, Intestini, entranhas, tripa, de Intus, lá
dentro, interiormente, do grego Énteron, Énterou, tripa. Intestino é o
nome dado para certas partes específicas do canal alimentar situado
entre o estômago e o ânus. Os intestinos são tubos de espessura
variável com 4 camadas de tecido: a túnica mucosa, a tela submucosa,
a túnica muscular e a túnica serosa (adventícia). São dois tipos de
intestino, o intestino delgado e o intestino grosso. O intestino delgado
está situado no centro e ventralmente na cavidade abdominal. O
duodeno é a parte mais curta do intestino delgado, estando situada
atrás do peritônio (retroperitoneal) a partir do esfíncter pilórico. O
jejuno e o íleo são as outras duas partes do intestino delgado continuas
com o duodeno a partir da flexura duodenojejunal. O intestino delgado
é capaz de absorver aproximadamente 90% de todo material
nutricional advindo dos alimentos que ingerimos durante a
alimentação, por meio de processos químicos e mecânicos. Com cerca
de 3 metros de comprimento e 2,5 centímetros de diâmetro, o intestino
delgado é composto pelo duodeno, jejuno e íleo. No cadáver, o
comprimento do intestino delgado pode chegar a 7 metros
comprimento devido a perda do tônus muscular. O intestino grosso é
formado pelo ceco, colo ascendente, colo transverso, colo descendente
e colo sigmoide, incluindo o reto e o canal anal. Com
aproximadamente 1,5 metros de comprimento e 6,5 centímetros de
diâmetro, o intestino grosso está situado as margens da cavidade
abdominal, emoldurando o intestino delgado ao fundo, se estendendo
do íleo ao ânus. O intestino grosso está preso posteriormente a
cavidade abdominal a partir do mesocolo que é contínuo com o
peritônio.
Consulte também: duodeno, jejuno, ílio, ceco.
ÍNTIMA
Adjetivo latino Intimus, Internus, de profundo, o mais fundo.
Consulte também: intrínseco.
INTRÍNSECO
Adjetivo latino Intra, para dentro e Secus, de lado.
Consulte também: íntima.
INTUMESCÊNCIA
Substantivo latino Intumescentia, inchaço, de In, dilatação, tumefação.
Intumescência é o nome dado para certas estruturas cuja forma é
naturalmente dilatada. Por exemplo: Intumescência cervical (dilatação
situada entre as raízes nervosas do plexo cervical e a medula espinhal).
Consulte também: gânglio, tubérculo.
INVAGINAÇÃO
Adjetivo latino In, dentro e Vagina, bainha, referente a dobra de um
certo tipo de tecido para dentro.
Consulte também: vagina, cérvix.
IRÍDICA
Adjetivo grego Iridikós, relativo ao arco íris.
Consulte também: íris.
ÍRIS
Substantivo latino Iridis, do grego Íridos de arco-íris ou da íris. Íris é o
nome dado para a membrana muscular em formato de rosca, situada na
parte anterior do globo ocular, entre a córnea e o cristalino (lente),
composta por melanócitos e fibras de músculo liso ao redor da pupila.
A quantidade de melanina determina qual será a cor dos olhos,
variando do preto ao castanho dependendo da concentração de
melanina, e do azul ao verde se a concentração for menor. O humor
aquoso que preenche a câmara anterior e posterior do bulbo, banha a
íris em ambos os lados.
Consulte também: pupila.
ISOCÓRTEX
Substantivo latino Isocortex, de individual. Isocórtex é o nome dado
para a parte do cérebro cuja as fibras nervosas estão morfologicamente
organizadas em seis camadas (estratos), de modo que os neurônios
estão dispostos paralelamente a superfície do córtex, correspondendo a
todo neocórtex.
Consulte também: alocórtex, neocórtex.
ISQUIÁTICO
Adjetivo que tem relação com o ísquio.
Consulte também: ísquio, adunco.
ÍSQUIO
Substantivo latino Ischium, Ischii, do grego Ischíon, Ischíou, anca,
osso da bacia. Ísquio é o nome dado para o osso situado na parte
póstero-inferior do osso do quadril, cuja forma lembra um ganho preso
a margem inferior da cavidade do acetábulo. O ísquio é o osso do
quadril que sustenta o peso do tronco, quando estamos sentados sobre
uma superfície dura rapidamente teremos desconforto. O ísquio está
preso ao ílio por meio da cavidade do acetábulo e ao púbis pelo ramo
do ísquio, situado a margem do forame obturado.
Consulte também: adunco, obturado.
ÍSTMICO
Adjetivo relativo ao istmo.
Consulte também: istmo.
ISTMO
Substantivo latino Isthmus, Isthmi, de apertado, garganta, do grego
Isthmós, Isthmõu, estreito, desfiladeiro. Istmo é o nome dado para a
parte estreita de um órgão que se une com outra, sendo o meio de
entrada e saída. Por exemplo: Istmo da boca (parte estreita situada ao
fundo da cavidade oral, comunicando-se imediatamente com a
faringe); Istmo da tuba uterina (parte que liga a ampola e o infundíbulo
ao corpo do útero); Istmo da glândula tireoide (parte estreita que une o
lobo direito com o esquerdo); etc.
Consulte também: fauces.
J

JANELA
Substantivo latino Januella, Januellae, diminutivo de Janua, Januae,
do grego Phosptér, Phostéros, porta. Janela é o nome dado para o local
que serve de entrada e saída de um órgão, permitindo a passagem em
ambos os lados. Por exemplo: Janela do vestíbulo (abertura situada na
parede interna do tímpano). Os forames e os óstios se incluem nessa
condição.
Consulte também: forame, óstio
JARRETE
Substantivo latino Poples, Poplitis, do grego Ignya, Ignyas, do francês
Jarret, curva da coxa, da perna. Jarrete é o nome dado antigamente
para o conjunto de músculos situados na parte posterior da coxa
formando uma leve curvatura, tornando a região proeminente.
consulte também: panturrilha, gastrocnêmio.
JECORAL
Adjetivo latino Jecoralis, de Jecor, Jecoris, do grego Epatikós, de
Hépar, Hépatos, de fígado, o que diz respeito ao fígado. O mesmo que
jecorário. Antigamente era o termo utilizado para designar a veia da
mão direita que se imaginava estar ligada ao fígado e ao próprio fígado
como glândula jecoral.
consulte também: fígado, hepático.
JEJUNO
Substantivo latino Jejunum, Jejuni, Jejum, do grego Nesteía, Nesteías
abstinência, privação, que para os romanos era a primeira refeição do
dia. Jejuno é o nome dado para o órgão tubular situado na cavidade
abdominal entre o duodeno e o íleo, que quando observado está
frequentemente vazio, daí a origem de seu nome estar associado a
privação e a abstinência de comida, pois é assim que ele é encontrado
em cadáveres. O jejuno é a primeira porção do intestino delgado após a
flexura duodenojejunal. Possui aproximadamente 1 metro de
comprimento que antecede o íleo, preso a parede posterior da cavidade
abdominal por meio de uma prega peritoneal, o mesentério, por isso é
tão móvel, podendo ocupar várias posições. Não há como distinguir o
ponto exato de transição entre o jejuno e o íleo, apesar de ambos
possuírem características anatômicas que permitem distinguir suas
extremidades. De modo geral, dizemos que o jejuno está posicionado
no quadrante superior esquerdo e corresponde a 2/5 da extremidade
proximal, enquanto o íleo ocupa o quadrante inferior direito
correspondendo a 3/5 da distal, ambos acomodados tortuosamente
entre o duodeno e o ceco.
Consulte também: íleo.
JEJUNO-ÍLEO
Adjetivo que trata a porção do intestino delgado representada pelo
jejuno e o íleo juntos de modo a constituírem um tubo único.
Consulte também: jejuno, íleo.
JOELHO
Substantivo latino Geniculus, Geniculi, diminuitivo de Genus, Genus,
do grego Góny, Gónatos, joelho, junta. Joelho é o nome dado para a
maior e mais complexa articulação sinovial do tipo gínglimo do corpo.
O joelho é formado pela articulação de três ossos: o fêmur, a tíbia e a
patela. Os movimentos do joelho são de flexão e extensão (dobradiça),
tipos de uma articulação do tipo gínglimo, entretanto, é observado
pequenos ajustes de rotação lateral e medial, típicos de uma articulação
condilar. O joelho apresenta uma cápsula articular munida de
ligamentos (espessamentos) que reforçam externamente a articulação;
são os ligamentos colateral tibial e fibular, retináculo medial e lateral,
ligamento patelar, ligamento arqueado e ligamento poplíteo oblíquo.
Internamente, a articulação do joelho apresenta estruturas
intracapsulares que ajudam a proteger, estabilizar e facilitar o
deslizamento dos côndilos do fêmur sobre os côndilos da tíbia, são os
meniscos medial e lateral, ligamento transverso, ligamentos coronários
e os ligamentos cruzados anterior e posterior. Ao redor do joelho existe
aproximadamente 12 bolsas (bursas) que cumprem o papel de proteção
contra desgaste do atrito dos tendões quando contraídos pela
musculatura durante os movimentos do joelho, são as bolsas
subcutâneas pré-patelar e infrapatelar.
Consulte também: geniculado, gínglimo.
JUGO
Substantivo latino Jugum, de coleira, grilhão. Jugo é o nome dado para
as estruturas que aparentam estar estranguladas, unidas de modo a
estreitar uma passagem ou canal. Por exemplo: Jugo esfenoidal
(elevação situada posteriormente ao canal óptico).
Consulte também: jugular.
JUGULAR
Adjetivo latino Jugularis, de Jugulum, Juguli, ajuntar, degolar.
Caracteriza-se pela presença de estruturas que permeiam o pescoço ou
dele faz parte, do local onde o colo se encontra com os ombros. Por
exemplo: Veia jugular interna e externa (veias situadas de ambos os
lados do pescoço, drenam o sangue da cabeça para o coração,
antigamente era chamada de veia do sacrifício, pois se acredita que o
sangue que emanava de sua luz era suficiente para conduzir o animal a
morte).
Consulte também: pescoço, cissura, fúrcula.
JUNÇÃO
Adjetivo Junctio, de união. Caracteriza-se pela parte de um órgão que
se une com outra permitindo fluir ou trocar conteúdo. Por exemplo:
Junção anorretal (parte do trato gastrointestinal que marca a união
entre o reto e o ânus).
Consulte também: anastomose.
JUNTURA
Substantivo latino Junctura, Juncturae, de Jungere, ajuntar, unir.
Juntura é o nome dado para o conjunto de estruturas que une dois ou
mais ossos de um esqueleto. O mesmo que articulação. Em relação ao
grau de movimento, as junturas podem ser classificadas como: móveis
(diartrose), semimóveis (sindesmose, anfiartrose) ou imóveis
(sinartrose, sinostose).
Consulte também: articulação.
L

LÁBIO
Substantivo latino Labium, Labii, borda de um vaso, de Labrum,
Labri, Lábio, Beiço, do grego Cheîlos, Cheîlous, lábio, rebordo de
vaso com boca larga utilizado para banhos pelos romanos. Lábio é o
nome dado para as bordas que adornam as entradas de órgãos
cavitários. Por exemplo: Lábio superior e inferior da boca (cada uma
das bordas carnudas que guarnecem a abertura da boca); Lábios
maiores e menores do pudendo (cada uma das bordas que compõem a
vulva, onde os lábios menores são mais finos).
Consulte também: margem.
LABIRÍNTICO
Adjetivo que diz respeito ao labirinto.
Consulte também: labirinto.
LABIRINTO
Substantivo latino Labyrinthus, Labyrinthi, do grego Labirínthos,
Labyrinthou, estrutura com corredores estreitos e interligados, cheios
de cavidades intricadas, dificultando a localização da saída. Labirinto49
é o nome dado para o órgão situado na parte petrosa do osso temporal
formando a orelha interna contendo o aparelho vestibulococlear,
associado ao oitavo nervo craniano de mesmo nome. O labirinto
recebe este nome devido ao sistema de canais de aspecto complicado.
Possui duas divisões: o labirinto externo (ósseo), estrutura óssea de
sustentação revestido por um periósteo preenchido por perilinfa e o
labirinto interno (membranáceo), parte membranosa preenchida por
endolinfa. Tanto o labirinto ósseo e membranoso, possuem
revestimento epitelial contendo receptores sensoriais. O labirinto ósseo
é estruturalmente composto por três regiões que contemplam a orelha
interna: (1) canais semicirculares, (2) vestíbulo e (3) cóclea. O
labirinto membranáceo compreende uma série de sacos e ductos que se
comunicam entre si, situado e protegido pelo labirinto ósseo. O
labirinto membranáceo compreende duas partes, o labirinto vestibular
e o labirinto coclear.
Consulte também: orelha, ouvido, vestibulococlear.
LACERTO
Substantivo latino Lacertus, Lacerti, lagarto, a parte do músculo que
pertence ao braço. Lacerto é o nome dado antigamente para o músculo
que vai da fossa do cotovelo (cubital) ao ombro. O mesmo que bíceps
braquial. O nome tem origem na semelhança com a língua bífida de
um lagarto.
Consulte também: lagarto.
LACTÍFERO
Substantivo latino Lactiferi, de ducto e Ferus, leite materno. Lactífero
é o nome dado para os ductos que transportam o leite sintetizado pelas
glândulas lactíferas situadas nas mamas a partir de um estímulo
hormonal.
Consulte também: mama.
LACUNA
Substantivo latino Lacuna, de lago no diminutivo, poça rasa. Lacuna é
o nome dado para escavações cuja tendência natural é de acumular,
reservar. Por exemplo: Lacuna lateral (pequena escavação situada ao
pé das granulações aracnóideas no interior dos seios sagitais); Lacunas
uretrais, de Morgagni50 (pequena escavação servindo de leito para as
glândulas uretrais, de Littré51); Ligamento lacunar, de Gimbernat52
(ligamento curvo situado lateralmente ao tubérculo púbico, formando
uma espécie de bacia, delimitando o limite medial do anel femoral).
consulte também: seio, recesso.
LAGAR
Substantivo latino Lacus, Laci, lago, do grego Lenós, Lenoû, cuba,
cava ou dorna, bacia onde se pisava a uva para a fabricação do vinho.
Lagar é o nome dado antigamente para a confluência dos seios,
anastomose venosa irregular situada anteriormente a protuberância
occipital interna, correspondendo ao ponto logo abaixo da
protuberância occipital externa. O mesmo que Tórcula, substantivo
latino feminino de Tórculo, de Torcula, Torculae, lagar, de Torculare,
espremer em lagar. Por exemplo: Lagar de Herófilo53 (reservatório
venoso comum e variável no seu formato, servindo para a confluência
de sangue dos seios durais, como seio sagital superior, seio reto e seio
occipital.
Consulte também: seio, tórcula.
LAGARTO
Substantivo latino Lacertus, Lacerti, do grego Saúra, Saúras, lagarto,
referente ao réptil. Lagarto é o nome dado antigamente para o músculo
bíceps braquial.
Consulte também: lacerto.
LAGO LACRIMAL
Substantivo latino Lacus Lacrimalis, de local de retenção de lágrima.
Lago lacrimal é o nome dado para um pequeno espaço situado no
ângulo medial do olho, onde se pronuncia uma pequena elevação da
mucosa (carúncula lacrimal), que serve como reservatório para
armazenar lágrima.
Consulte também: carúncula.
LAGRIMA
Substantivo latino Lacryma, Lacrymae, do grego Dácryon, Dácryou.
Lacrima é o nome dado para o líquido (humor) secretado pelas
glândulas lacrimais que lubrifica os olhos. A lágrima é composta de
água, sais minerais, proteínas e gordura. A função primordial da
secreção lacrimal consiste em lubrificar e limpar os olhos de qualquer
corpo estranho que possa ferir a córnea e a conjuntiva, permitindo que
o globo ocular deslize livremente durante os movimentos dos olhos.
Consulte também: humor, secreção.
LAGRIMAL
O mesmo que lacrimal, relativo à lágrima.
Consulte também: lágrima.
LAMBDA
Substantivo grego Lambda, de lambda, correspondendo a letra L do
nosso alfabeto. Lambda é o nome dado para o ponto de encontro entre
a sutura sagital com a lambdoide, cuja forma lembra a décima primeira
letra maiúscula do alfabeto grego (Λ), resultado do processo de
ossificação da fontanela ou fontículo posterior do crânio.
Consulte também: fontanela, fontículo.
LÂMBDICO
Adjetivo que diz respeito ao ângulo póstero-superior dos parietais.
Consulte também: lambda.
LAMBDOIDE
Adjetivo que diz respeito a forma da letra grega lambda (Λ).
Caracteriza-se pela sutura serrilhada que encontra com a sutura sagital
no ponto médio posterior sobre a calota craniana chamada de sutura
lambdoide.
Consulte também: lambda
LAMELA
Substantivo latino Lamella, Lamellae, diminutivo de lâmina, Laminae.
Lamela é o nome dado para as estruturas em forma de lâmina ou de
chapinha, de aspecto muito fino e delicado. Por exemplo: a lamela das
fendas branquiais, do fluxo de sangue do tipo lamelar no interior dos
vasos pequenos vasos.
Consulte também: lameloso, lâmina.
LAMELOSO
Adjetivo referente as estruturas que são compostas por lamelas
(lâminas), cuja variedade de tecido conjuntivo é formado por lamelas,
presente na bainha da alça de Henle54 e nos bulbos pilosos.
Consulte também: lamela, lâmina.
LÂMINA
Substantivo latino Laminae, do grego Elásma, Elásmatos, cuja
característica principal é ser flexível, como uma folha de metal ou uma
pétala de flor. Lâmina é o nome dado para as estruturas muito finas e
retilíneas. Por exemplo: Lâmina orbital (placa óssea situada na parede
medial da cavidade orbital); Lâmina perpendicular (placa óssea situada
dentro da cavidade nasal); Lâmina do arco vertebral (estrutura óssea
arqueada situada entre o processo espinho e transverso das vértebras);
etc.
Consulte também: lamela.
LANUGEM
Substantivo latino Lanungo, Lana, de penugem, lã. Lanugem é o nome
dado para os primeiros pelos finos, macios e não pigmentados que
crescem sobre a pele do feto por volta do quinto mês de gestação. A
lanugem cresce primeiramente sobre a cabeça, sobrancelhas e cílios, e
depois em outras partes do corpo, substituída antes do nascimento por
pelos claros, finos e curtos chamados de velus, pelos que são difíceis
de enxergar.
Consulte também: velus.
LARINGE
Substantivo grego Laryngx, Laryngos, garganta, goela, do grego
Larynx, de gaita. Laringe é o nome dado para o órgão cartilaginoso que
conecta a faringe à traqueia por meio da região laringofaringe, cuja
forma lembra um funil revestido por músculos internos e externos,
situada na linha média do pescoço, adiante do esôfago e das vértebras
cervicais. Antigamente a laringe recebeu o nome de caixa de voz,
devido a presença dos músculos vocais que produzem o som da nossa
voz. A laringe é formada por 9 peças de cartilagem, 3 ímpares
(tireóidea, epiglote e cricóidea), e 3 pares (aritenoidea, cuneiforme e
corniculada). Os músculos da laringe se dividem em dois grupos: os
extrínsecos, conectam as cartilagens em estruturas externas da laringe
e da garganta, e os intrínsecos, conectam as cartilagens entre si de
modo que possam se movimentar durante a contração. A laringe possui
dois espaços bem definidos, um acima, chamado de cavidade da
laringe, situado entre o ádito e a cartilagem cricoide, local onde estão
localizadas as cordas vocais, pregas vocais e o ventrículo da laringe, e
um abaixo, o espaço infraglótico, região que antecede a traqueia e os
anéis semilunares, inferiormente as cordas vocais.
Consulte também: garganta.
LATERAL
Adjetivo latino Lateralis, do grego Parápleuros e Pleurites, relativo ao
que está do lado, face que se volta para fora da linha mediana,
tornando-se contrário do que é medial, e vice-versa.
Consulte também: Medial.
LEIÓTRICO
Adjetivo grego Leios, liso e Thrix, Thrikós, cabelo, característica física
presente em indivíduos que possuem cabelo liso, contrário de ulótrico,
quem tem os cabelos crespos.
Consulte também: barba, pente.
LEMNISCO
Substantivo latino Lemniscos, Leminisci, do grego Lemnískos,
Lemnískou, fita, faixa, floco, o mesmo que Láqueus e fita de Reil55.
Lemnisco é o nome dado para o conjunto de fibras nervosas de mesmo
trajeto que percorrem uma faixa de substância branca que se estende
até o tronco encefálico, o lemnisco medial, fazendo sinapse com
núcleos vizinhos (fascículo grácil, cuneiforme) localizados na medula
espinhal, responsáveis pela transmissão de informações associadas ao
tato, pressão, vibração e propriocepção consciente. O fascículo grácil é
responsável pela condução das informações, associado ao toque fino e
a propriocepção consciente que se origina da cintura para baixo e o
fascículo cuneiforme, posicionado ao lado do grácil, fica incumbido de
conduzir os estímulos que surgem do umbigo ao pescoço. A partir do
arranjo de fibras nervosas e o cruzamento de informações sensitivas,
surge o sistema coluna dorsal-lemnisco medial, que é a maneira pela
qual o cérebro recebe os estímulos de aspecto fino e delicado. Outra
via de condução e recepção de estímulos é o chamado sistema
espinotalâmico, que tem origem na medula e segue para o tálamo,
cruzando (decussando) as fibras após sua entrada no corno posterior da
medula espinhal. Este sistema é responsável por transmitir as
informações associadas ao tato grosseiro, estímulo doloroso, pressão e
temperatura para o cérebro.
Consulte também: clava, fascículo.
LENTE
Substantivo latino Lens, de lente, lentilha. Lente é o nome dado para
estruturas convexas ou biconvexas de aspecto transparente e
translúcidas. O mesmo que cristalino.
Consulte também: cristalino.
LENTICULAR
Adjetivo latino Lenticularis, de Lens, Lentis, lentilha. O mesmo que
lentiforme, que tem a forma de uma lentilha56. Característica de
algumas estruturas anatômicas cuja forma lembra uma lentilha. Por
exemplo: Gânglio lenticular (núcleo cuneiforme que integra parte do
corpo estriado situado próximo a base do cérebro, dividido em putame
e globo pálido); Processo lenticular (pequena saliência presente na
extremidade da bigorna junto ao estribo situado na orelha média);
Papilas lenticulares (o mesmo que papilas caliciformes, estruturas
gustativas existentes no dorso da língua próximo a raiz, em formato de
lentes biconvexas).
Consulte também: papila.
LIENAL
Adjetivo latino Lienalis, de Lienis, Lienis, do grego Splén, Splenós. O
mesmo que esplênico, baço.
Consulte também: baço, esplênico.
LIGAMENTO
Substantivo latino Ligamentum, Ligamenti, de Ligare, prender, do
grego Syndesmos, Syndesmou, laço, nó, estruturas que servem para
ligar ou unir. Ligamento é o nome dado para as estruturas de tecido
conjuntivo fibroso e elástico, cuja formato varia do cilíndrico ao
laminar. Os ligamentos podem auxiliar no fortalecimento de
articulação e tendões musculares. Por exemplo: Ligamento colateral
tibial e fibular (estrutura fibrosa que fortalece a articulação do joelho,
impedindo o desvio lateral dos côndilos durante o movimento);
Retináculo dos músculos extensores (estrutura fibrosa em forma de fita
servindo de cinta de contensão para os tendões dos músculos
extensores que cruzam a articulação do punho); etc. Os ligamentos
podem se manifestar como remanescentes modificados presentes em
certas vísceras. Por exemplo: Ligamento redondo do fígado (estrutura
fibrosa que se estende do fígado a cicatriz umbilical, remanescente da
veia umbilical e algumas veias paraumbilicais). Os ligamentos podem
estar associados em determinadas funções. Por exemplo: Ligamento
vocal (estrutura fibroelástica presente na margem livre medial do cone
elástico situado na laringe); Ligamento redondo do útero (estrutura
fibrosa que auxilia na fixação do útero, atravessando o canal inguinal
até a tela subcutânea do lábio maior do pudendo).
Consulte também: tendão.
LIMBO
Substantivo latino Limbum, orla, barra, borda. Limbo é o nome dado
para determinadas margens ou bordas salientes. Por exemplo: Limbo
do acetábulo (margem da cavidade do acetábulo situado no quadril);
Limbo da fossa oval (borda da fossa oval situada no átrio direito do
coração).
Consulte também: Margem.
LÍMEN
Substantivo latino Limen, Liminis, do grego Oudós, Oudoû soleira,
porta, entrada. Límen é o nome dado para a parte do cérebro entre a
base e o lobo insular, região pré-insular, chamada de soleira ou entrada
da ínsula.
Consulte também: hilo, hiato.
LINFA
Substantivo latino Lympha, Lymphae, do grego Íchor, Íchoros, humor,
serosidade, água. Linfa é o nome dado para o líquido contido nos
vasos linfáticos de aspecto claro e transparente, de sabor salgado,
composta por leucócitos e linfócitos. A linfa está presente nos vasos
linfáticos, sistema colateral ao sistema circulatório, surge a partir da
circulação do sangue junto os capilares sanguíneos, onde a parede dos
vasos é muito pequena permitindo a passagem do plasma sanguíneo e
não dos glóbulos vermelhos. O resultado dessa transposição é um
liquido transparente contendo oxigênio, proteínas, glicose e glóbulos
brancos. A circulação da linfa é resultado da contração dos músculos e
de certos tipos de movimentos do corpo. A condução da linfa é
unidirecional em direção aos linfonodos (gânglios linfáticos) e órgãos
linfáticos (baço e timo), onde é filtrada eliminando microrganismos e
impurezas que surgem a partir do metabolismo celular prejudiciais ao
organismo. Durante este processo alguns linfonodos, principalmente
das regiões do pescoço, virilha e axila, podem ficar inchados e
doloridos. A concentração de linfa entre os tecidos associada a falta de
exercícios físicos, pode causar inchaço nos membros inferiores, perna
e pé, comum em mulheres nos últimos meses de gestação.
Consulte também: baço, linfonodo, gânglio.
LINFÁTICO
Adjetivo que se refere à linfa.
Consulte também: linfa.
LINFONODO
Substantivo latino Lymphonodulus de Lympho, termo de composição
que imprime a ideia de linfa e Nódulus, diminutivo de Nodus, nó em
uma linha, correspondente aos gânglios linfáticos. Linfonodo é o nome
dado para os gânglios cuja forma lembra um grão de feijão,
distribuídos ao longo do sistema linfático com aproximadamente 600
gânglios. Os linfonodos estão espalhados pelo corpo, tanto
superficialmente quanto em regiões mais profundas e podem ser
encontrados individualmente ou em grandes grupos, principalmente
nas axilas e virilha.
Consulte também: linfa, gânglio.
LÍNGUA
Substantivo latino Linguae, de Lingere, do grego Glôssa, Glôsses e
Glôtta, Glôttes, órgão que permite lamber, degustar, falar. Língua é o
nome dado para o órgão situado dentro da cavidade oral, de aspecto
achatado e flexível, com músculos que permite se alongar, encolher e
até dobrar-se em forma de calha (goteira), possibilitando tocar várias
partes da boca, principalmente onde os alimentos ficam depositados. A
língua é o principal órgão da fala, da deglutição e do paladar. É
composta por quatro pares de músculos intrínsecos que dão a ela toda
flexibilidade necessária para misturar os alimentos durante a
mastigação e para articulação da palavra durante a fala. Do ponto de
vista anatômico, a língua é dividida em: raiz (parte que se projeta no
fundo da boca); corpo (parte exposta quando a língua é projetada para
fora da boca) e ápice (ponta do órgão que toca o céu da boca). Sobre o
dorso da língua encontra-se as papilas gustativas, estruturas
responsáveis pelo sentido do gosto e tato. São quatro tipos de papilas
gustativas: filiforme, fungiforme, valadas (caliciforme ou
circunvalada) e foliforme (foliadas). A maioria das papilas gustativas
estão situadas sobre o dorso da língua, dando o aspecto aveludado e
macio. Inferiormente, a língua apresenta uma prega, o frênulo da
língua, cujo papel é frear, se muito curto pode prejudica a fala,
condição conhecida popularmente como língua presa.
Consulte também: glosso.
LINGUAL
Adjetivo latino Lingualis do grego Glossikós ou Glottikós. Relativo à
língua.
Consulte também: língua.
LÍNGULA
Substantivo latino Lingula, diminutivo de língua. Língula é o nome
dado a estrutura de aspecto triangular e arredondada na ponta,
eventualmente situada sobre pequenas aberturas, como se preferissem
sombrear certas entradas ou apenas como uma sobreposição vestigial
(remanescente). Por exemplo: Língula da mandíbula (situada sobre o
forame mandibular); Língula do pulmão (situada na base do lobo
inferior do pulmão esquerdo, sobrepondo-se sobre o pericárdio);
Língula do verme do cerebelo (situada sobre o véu medular superior).
Consulte também: língua, trago.
LINHA
Substantivo latino Linea, Lineae do grego Gregoammé, Gregoammés,
linha, traço. Linha é o nome dado para as estruturas salientes sem
largura e espessura, cuja forma lembra um fio de traço relativamente
reto. Por exemplo: Linha oblíqua (margem arqueada do processo
coracoide da mandíbula que permeia o ramo até o corpo do osso);
Linha alba (linha situada entre os ventres do músculo reto abdominal,
que vai do processo xifoide, passa sobre a cicatriz umbilical e termina
na sínfise púbica, também conhecida como linha branca); Linha
intertrocantérica (proeminência sem espessura, áspera ao toque,
situada entre um trocanter e outro do fêmur); Linha áspera (linha
rugosa e áspera ao toque, situada na parte posterior do fêmur e que se
estende até o corpo do osso); Linha milo-hioideo (linha oblíqua situada
sobre a face interna do ramo da mandíbula, local de inserção do
músculo milo-hioideo, antiga linha oblíqua interna); etc.
Consulte também: borda, margem.
LÍQUIDO
Substantivo latino Liquior, de líquido, fluído aquoso e transparente.
Líquido é o nome dado para certas substâncias líquidas e aquosas que
escorrem em determinados canais e cavidades. Por exemplo: Líquido
cerebrospinhal (líquido encontrado entre as meninges e nos ventrículos
cerebrais, estéril, produzido pelos plexos coroides, funciona como
amortecedores hidráulicos contra impactos no cérebro e na medula
espinhal).
Consulte também: líquido cerebrospinhal.
LÍQUIDO CEREBROSPINHAL
Substantivo latino Liquor Cerebrospinalis, de líquido, fluído do
cérebro e da espinha, medula espinhal. Líquido cerebrospinal, o
mesmo que cerebrospinal ou cefalorraquidiano, é o nome dado para o
fluído claro e incolor, composto basicamente por água, com função de
proteger o encéfalo e a medula espinhal contra impactos e agentes
químicos e físicos, capaz de transportar substâncias que nutrem os
neurônios e a neuroglia, encontrado nos espaços subaracnóideos da
dura-máter e os ventrículos cerebrais. O líquido cerebrospinal possui
volume próximo de 80 e 150 mililitros, contendo glicose, proteínas,
ácido láctico, ureia, íons de sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto,
bicarbonato e leucócitos. Do ponto de vista funcional, o líquido
cerebrospinal destaca-se por três funções básicas: mecânica
(amortecedor hidráulico contra impactos, protegendo o tecido
encefálico e espinhal), homeostática (regulando a ventilação pulmonar
e o fluxo sanguíneo encefálico através do controle homeostático,
funciona como meio de transporte de hormônios polipeptídicos
produzidos por neurônios hipotalâmicos) e circulação (funcionando
como meio de troca de nutrientes e excretas entre o sangue e o tecido
encefálico). O líquido cerebrospinal é formado pelos plexos corióideos
situados nas paredes dos ventrículos cerebrais. Os plexos corióideos
são formados por células ependimárias que se estendem sobre os
capilares sanguíneos, formando a barreira hematoliquórica,
selecionando a água do plasma sanguíneo para compor o líquido
cerebrospinal armazenado nos ventrículos cerebrais.
Consulte também: dura-máter, aracnóide.
LIRA
Substantivo latino Lyra, Lyrae, do grego Lyra, Lyras, instrumento de
corda. Lira é o nome dado antigamente para as fibras transversais
situadas abaixo do corpo caloso, saltando de um corno de Ámon57
(fórnice) cuja forma lembra as cordas esticadas de uma lira, outrora
chamada de comissura inter ammoniana, atual comissura do fórnice.
Consulte também: fórnice.
LISSENCÉFALO
Adjetivo do grego Lissós, liso e Enkephalé, encéfalo, de animais que
tem os hemisférios cerebrais lisos, delgados, desprovidos de giros ou
circunvoluções.
Consulte também: córtex, hemisfério.
LOBADO
Adjetivo referente à estrutura ou órgão que são divididos em lobos,
como por exemplo o fígado, os pulmões e o cérebro.
Consulte também: lobo, lobular.
LOBO
Substantivo grego Luboû, que trata de porções ou partes arredondadas.
Lobo é o nome dado para o segmento de um órgão lobado cuja forma é
variável. Órgãos lobado frequentemente ocupam grandes cavidades
viscerais. Por exemplo: Fígado (lobo direito, esquerdo, quadrado e
caudado); Pulmão direito (lobo superior, médio e inferior); Pulmão
esquerdo (lobo superior e inferior); etc.
Consulte também: lobado, lobular.
LOBULAR
Adjetivo que tem relações com os lóbulos de um órgão.
Consulte também: lobo.
LÓBULO
Substantivo grego Lóbion, Lóbiou, lobo pequeno ou a subdivisão de
um lobo maior. Por exemplo: Lóbulos do testículo (pequenas divisões
lobulares delimitadas por septos no interior dos testículos); Lóbulo
paracentral (pequena região arredondada na face interna do hemisfério
cerebral, acima do giro do cíngulo do lobo parietal); Lóbulo da orelha
(projeção arredondada, macia e pendente da orelha externa, utilizada
para perfuração de brincos).
Consulte também: lobo.
LÓCUS
Substantivo Lócus, Loci, lugar, do grego Chora, Chóras, lugar,
situação. Lócus é o nome dado para certos locais, regiões ou
estruturas, que de alguma forma apresentam singularidade. Por
exemplo: Lócus ceruleus ou ferrugineus (mancha parda, as vezes cor
de ferrugem, semelhante ao assoalho do quarto ventrículo, próxima do
sulco mediano, formada de células multipolares, forrada de
granulações pigmentosas); Lócus niger (substância de cor parda que
separa a camada superior e inferior da substância branca dos
pedúnculos cerebrais); etc.
Consulte também: compartimento.
LOFÓTRICO
Adjetivo grego Lóphos, tufo e Tríkhos, Tríkhou, tufos de cabelos,
estruturas com cílios vibráteis na extremidade, como no interior das
tubas uterinas, no revestimento interno da traqueia e nos canais
semicirculares da cóclea.
Consulte também: panículo.
LOMBAR
Adjetivo que tem relação com o flanco.
Consulte também: lombo.
LOMBO
Substantivo latino Lumbus, Lumbi, de Lumbi, Lumborum, de lombo,
do grego Osphys, Osphydos, anca, rins, flanco. Lombo é o nome dado
para a região referente a parte posterior do abdome, a direita e a
esquerda do sulco que se forma sobre os processos espinhais das
vértebras lombares que vai até a base da bacia.
Consulte também: costa, dorso.
LUMBRICAL
Adjetivo latino Lumbricalis, de lombriga, de Lumbricus, Lumbrice,
verme da terra e dos intestinos, do grego Helminthódes, semelhante
aos vermes, referente aos quatro pequenos músculos lumbricais
(vermiformes) situados na mão e no pé.
Consulte também: vermiforme.
LÚNULA
Substantivo latino Lúnula, Lunulae, diminutivo de Luna, Lunae, lua,
do grego Meniskós, de meia-lua. Lúnula é o nome dado para a pequena
mancha esbranquiçada e semilunar situada na parte superior da unha,
junto a cutícula e próxima a inserção com a pele do dedo.
Consulte também: unha, cutícula.
M

MACERAÇÃO
Substantivo latino Maceratio, Macerationis, decomposição,
apodrecimento, do grego Sépsis, Sépseios, corrupção, putrefação.
Maceração é o nome dado para o processo utilizado no descarne-o dos
músculos em água corrente, decomposição das partes moles de um
cadáver para se obter os ossos.
Consulte também: molar.
MÁCULA
Substantivo latino Maculae, mancha, marca, do grego Spílos, Spílou,
nódoa, sujeira, o mesmo que mácula lútea ou mancha amarela. Mácula
é o nome dado para o pequeno ponto amarelado, de forma oval situado
no fundo do olho, posicionado um pouco para fora e um pouco para
cima em relação a pupila.
Consulte também: pupila, retina.
MAGNO
Substantivo latino Maguns, grande elevado, abundante. Magno é o
nome dado para a estrutura preponderantes, majoritárias, cujo formato
compreende vários ramos, de maneira abundante. Por exemplo: Veia
safena magna (veia superficial longa do membro inferior, que possui
inúmeras tributárias, situada do pé até à virilha).
Consulte também: parva.
MALAR
Substantivo latino Malaris, Malae, do grego Gnáthos, Gnáthou,
bochecha, maçã do rosto. Malar é o nome dado para a região da face
que fica enrubescida, avermelhada quando estamos envergonhados,
cujo osso da face é constituído pelo zigomático, outrora chamado de
malar.
Consulte também: zigomático.
MALEAR
Adjetivo latino Malleolus, Malleoli, diminutivo de Malleus, Mallei,
martelo, um dos pequenos ossos do ouvido médio que se articula com
a bigorna preso ao estribo.
Consulte também: bigorna, estribo.
MALEOLAR
Adjetivo que se relaciona com os maléolos, estrutura ósseas salientes,
situados nas extremidades da perna, junto ao tornozelo.
Consulte também: maléolo.
MALÉOLO
Substantivo latino Malleolus, Malleoli, diminutivo de Malleus, Mallei,
martelo, do grego Shpyra, Sphyras, martelo de ferreiro. Maléolo é o
nome dado para os dois processos ósseos situados em cada lado do
tornozelo. O maléolo medial da tíbia (maléolo tibial), se articula com o
tálus por meio de sua face articular lateral, possui forma mais
quadricular do que o maléolo da fíbula, que é lateral e mais posterior.
O maléolo lateral da fíbula (maléolo fibular), possui forma mais
alongada é inferior ao maléolo da tíbia ao nível da articulação
talocrural.
Consulte também: tálus.
MAMA
Substantivo latino Mamma, Mammae, de mama, peito, adotado como
sinônimo de seio, do grego Mastós, Mastoû e Mazós, Mazoû, mama,
mamilão, teta. Mama é o nome dado para os órgãos pares situados
sobre o músculo peitoral maior e serrátil anterior, posicionadas lado a
lado sobre a face anterior e superior do tórax, correspondente ao peito,
tanto nos homens quanto nas mulheres. As mamas possuem volume
variável e normalmente possuem tamanhos diferentes de uma para a
outra, principalmente nas mulheres devido a concentração desigual de
tecido adiposo e glândulas lactíferas. As mamas são compostas por três
tipos de tecido: adiposo, conjuntivo e glandular. Cada mama direita e
esquerda, possui um anel pigmentado de pele, a aréola mamária, que é
áspera e circundada por glândulas sebáceas modificadas. Ao centro de
cada aréola se encontra a papila mamária, conhecida popularmente
como pico do peito, com pequenas aberturas que levam aos ductos
lactíferos por onde o leite é liberado durante a amamentação.
Consulte também: peito, seio.
MAMÁRIO
Adjetivo latino Mamarius, que faz referência à mama.
Consulte também: mama.
MAMILADO
Adjetivo referente aos mamilos de cada mama, popularmente
conhecido como bico do peito. O mesmo que papila mamária.
Consulte também: mamilo, mama.
MAMILÃO
Substantivo latino Mamila, Mamillae, bico do peito, teta para os
demais mamíferos, úbere para os animais de ordenha, do grego Thelé,
Thelés, mama, peito, teta. Mamilão é o nome dado antigamente para as
papilas mamárias situadas no centro de cada aréola da mama, de
aspecto mais ou menos avermelhado ou em tom de marrom escuro,
onde se abrem os condutos lactíferos.
Consulte também: mamilo, papila.
MAMILO
Substantivo latino Mamilla, Mamillae, diminutivo de Mamma,
Mammae, de mama, Papilae, o mesmo que papila, bico do peito.
Mamilo é o nome dado para cada saliência nodular e pigmentada
situada no cento de cada aréola da mama masculina e feminina, o
mesmo que papila mamária, onde se abrem os ductos lactíferos.
Consulte também: aréola, mama.
MAMILONADO
Adjetivo referente aos pequenos tubérculos comparáveis aos mamilos.
Consulte também: mamilo.
MANDÍBULA
Substantivo latino mandíbula, Mandibulae, de Mandere, mastigar,
mascar, do grego Gnáthos, Gnáthou ou Mástax, Mástakos. Mandíbula
é o nome dado para o osso em forma de U situado abaixo do osso
maxilar, outrora chamado de maxilar inferior. A mandíbula é o único
osso móvel do crânio, exceto os ossículos da orelha média. Do ponto
de vista anatômico, a mandíbula possui um corpo horizontal e dois
ramos verticais, cada um dos ramos termina com um processo
coronoide, que serve para inserção do músculo temporal, uma incisura
mandibular e um processo condilar, cuja cabeça se articula com a fossa
mandibular do osso temporal. Entre o corpo e os ramos, acentua-se o
ângulo da mandíbula (gônio), local de inserção do poderoso músculo
masseter. Os forames mandibulares, que dão acesso ao canal
mandibular, se encontram na face medial de cada ramo da mandíbula,
servem para a passagem do nervo mandibular, ramo do quinto par de
nervos cranianos, o nervo trigêmeo. No centro do corpo da mandíbula
está a protuberância mentual e os forames mentuais, estes últimos
servem para a passagem dos nervos mentuais, local utilizado por
dentistas para se injetar anestésicos.
Consulte também: gônio, maxila.
MANDIBULAR
Adjetivo relativo a mandíbula.
Consulte também: malar.
MANTO
Substantivo latino Mantum, Manti, do grego Peribólaion, Peribólaiou,
manto, vestimenta, cobertura. Manto é o nome dado para a massa de
tecido nervoso que recobre os hemisférios cerebrais e os corpos
optoestriados que compreende o tálamo, o núcleo caudado e o núcleo
lenticular.
Consulte também: tálamo, núcleo.
MANÚBRIO
Substantivo grego Manubrium, Manubrii, de Manus, Manus, de mão, e
do latim Habere, de cabo de facas, espadas e punhais, origina-se do
termo gládio, antiga espada usada pelos gregos e por gladiadores
romanos. Manúbrio é o nome dado para a extremidade proximal do
osso esterno situado no meio da parede anterior do tórax, cujo formato
lembra a empunhadura de uma antiga espada, já que o osso esterno foi
comparado a um sabre. O manúbrio é a parte do osso esterno mais
alargada e de formato trapezoide, se articula com as clavículas pelas
margens a partir das incisuras claviculares direita e esquerda, na parte
superior possui uma incisura ímpar, a incisura jugular (supraesternal),
abaixo das clavículas o primeiro par de costelas, por meio das
cartilagens costais, se prende ao manúbrio que em seguida se articula
com o corpo do osso esterno a partir da sínfise manubrioesternal, com
junção irregular, resultando na formação de um ângulo de fácil
identificação por ser saliente, o ângulo de Louis58.
Consulte também: esterno.
MARFIM
Substantivo latino Ebur, Eboris, do grego Élephas, Eléphantos, dente
de elefante, objeto de marfim. Marfim é o nome dado para a substância
mais dura dos dentes recoberta pelo esmalte e pelo cimento (cemento)
na raiz. O mesmo que dentina.
Consulte também: dentina.
MARGEM
Substantivo latino Margo, Marginis, do grego Chéilos, Chéilous, lábio,
rebordo de um vaso, beira, borda. Margem é o nome dado para as
bordas e contornos proeminentes de um órgão ou orifício. Por
exemplo: Margem infraorbital (margem saliente da cavidade orbital);
Margem medial do músculo esternocleidomastóideo (margem
proeminente e de fácil identificação sobre a superfície da pele do
pescoço); Margem medial da escápula (margem proeminente e de fácil
identificação sobre a pele proximal a linha média do dorso); etc.
Consulte também: crista, lábio.
MARTELO
Substantivo latino Malleus, Mallei, do grego Sphyra, Sphyras, martelo
de ferreiro. Martelo é o nome dado para o ossículo situado na orelha
média, o mais próximo da membrana do tímpano, articulado com o
estribo, cuja forma lembra um martelo, ferramenta muito utilizada na
carpintaria da idade média.
Consulte também: estribo, bigorna.
MASCULINO
Adjetivo latino Masculinus, de Masculus, diminutivo de Masmaris, do
grego Árrhem, Árrhenos, macho, vigoroso, viril.
Consulte também: feminino.
MASSETER
Substantivo do grego Masetéros, que mastiga, de Masaomai, mastigar.
Masseter é o nome dado para o músculo curto e quadricular, preso
entre a margem do arco zigomático e o ângulo da mandíbula,
responsável pela mordida e mastigação de alimentos mais rígidos.
Levando-se em conta seu tamanho é um dos músculos esqueléticos
mais potentes do corpo.
Consulte também: zigomático, mandíbula.
MASSETERINO
Adjetivo que tem relação com o músculo masseter. Por exemplo:
Artéria massetérica (ramo da artéria maxilar situada em baixo do ramo
da mandíbula).
Consulte também: masseter.
MASTÓIDEO
Adjetivo grego Mastós, Mastoû, mama e Eidos, forma, semelhança,
que lembra as mamas, estrutura póstero-inferior do osso temporal,
situado atrás e abaixo das orelhas.
Consulte também: mama.
MAXILA
Substantivo latino Maxila, Maxillae, do grego Gnáthos, Gnáthou,
queixada, diminutivo de malar, Malae, queixo, mandíbula. Maxila é o
nome dado para o osso bilateral, irregular e pneumático da face,
situado abaixo das cavidades orbitais, aberto no centro pela cavidade
nasal (piriforme), separando os forames infraorbitais, que servem para
passagem de nervos e vasos infraorbitais. Cada maxila compreende
metade da arcada dentária superior, incluindo os alvéolos dentários
para cada dente que se opõem a arcada dentária inferior da mandíbula.
As maxilas se articulam com o osso zigomático lateralmente e com a
sutura intermaxilar medialmente.
Consulte também: mandíbula.
MAXILAR
Adjetivo Substantivo latino Maxillaris. grego Gnáthos, Gnátou,
relativo ao osso maxilar, de maxila. Por exemplo: Nervo maxilar
(segundo ramo do quinto nervo crâniano, o trigêmeo); Seio maxilar
(cavidade pneumática situada dentro do corpo da maxila); Artéria
maxilar (ramo da artéria carótida externa); etc.
Consulte também: maxila.
MEATO
Substantivo latino Meatus, Meatus, do grego Póros, Pórou, passagem,
ponte, canal. Meato é o nome dado para as pequenas entradas que
eventualmente são contínuas com os canais que os precedem. Por
exemplo: Meato acústico externo (luz do canal auditivo situado na
orelha externa e na diminuta abertura do osso temporal dentro do
crânio) e Meato nasal superior (entrada continua com o canal sob a
concha nasal superior).
Consulte também: canal.
MECÔNIO
Substantivo latino Meconium, Meconii, do grego Mekónion, Mekóniou,
que tem a consistência e a cor esverdeada do suco de papoula
concentrado. Mecônio é o nome dado para o excremento expelido pelo
recém-nascido após o parto, resultado da digestão de substâncias
presentes no canal alimentar e de atividades glandulares.
Consulte também: quimo.
MEDIAL
Adjetivo latino Medialis, o que está no meio, no centro, entre o lado
direito e esquerdo. Por exemplo: Músculo reto medial (músculo preso
ao globo ocular pela face medial, próximo ao plano mediando);
Epicôndilo medial (proeminência óssea interna situada na distal do
úmero); Maléolo medial (proeminência óssea interna situada na
extremidade distal da tíbia); etc.
Consulte também: lateral.
MEDIASTINAL
Adjetivo relativo ao mediastino, o que é mediastínico.
Consulte também: mediastino.
MEDIASTINO
Substantivo latino Mediatinum, Mediastini, de Medius, o que está no
meio, próximo ao centro do corpo, palavra utilizada pelos romanos
para segregar pessoas de classe econômica inferior, como os escravos.
Mediastino é o nome dado para o compartimento situado no tórax,
posicionado entre os espaços onde residem os pulmões, as cavidades
pulmonares, limitado pela pleura parietal. O mediastino apresenta
todas as vísceras da cavidade torácica, exceto os pulmões, incluindo o
coração e aorta torácica. Delimitado em cima pela abertura superior do
tórax e abaixo pelo músculo diafragma, o mediastino é um
compartimento flexível devido a presença de órgãos ocos, cheios de
líquidos, gordura e ar, que flui pela traqueia e brônquios pulmonares,
bem diferente das estruturas enrijecidas do cadáver. Do ponto de vista
anatômico, o mediastino apresenta três subdivisões: o mediastino
anterior, entre o pericárdio e o osso esterno, o mediastino médio,
contendo o coração e pericárdio e o mediastino posterior, situado entre
o pericárdio, esôfago e traqueia.
Consulte também: pericárdio.
MEDULA
Substantivo latino Medula, Medullae, de Médius, do grego Myelós,
Myeloû o que está no centro, medula, tutano. Medula é o nome dado
para a medula espinhal situada dentro do canal vertebral. É também o
nome dado para a substância mole, gordurosa situada dentro dos ossos
tubulares, preenchendo o canal medular e as trabéculas da substância
esponjosa dos ossos, a medula óssea, conhecida popularmente como
tutano, apreciada por ser calórica e como fonte de energia.
Consulte também: medula alongada.
MEDULA ALONGADA
O mesmo que bulbo cerebral ou bulbo do tronco encefálico.
Consulte também: bulbo.
MEDULA ESPINHAL
Substantivo latino Medula, Medullae, de Médius, do grego Myelós,
Myeloû o que está no centro e Spinalis, de espinha dorsal, relativo a
coluna vertebral. Medula espinhal é o nome dado para o órgão do
sistema nervoso central situado no interior do canal vertebral, de
formato cilíndrico e ligeiramente achatado ventral e dorsalmente,
protegido pelas vértebras, meninges e líquido cerebrospinal. Em
adultos, a medula espinhal é delimitada superiormente pelo bulbo e
inferiormente pela segunda vértebra lombar, chegando a ter 45
centímetros de comprimento. Sua extremidade distal precede a
formação do cone medular ou intumescência lombar, dando origem a
cauda equina, cujo filamentos nervosos atravessam os forames sacrais,
para formar externamente o plexo lombossacral. No recém-nascido, a
medula espinhal continua crescendo até o nível da quarta vértebra
lombar, mais por volta do quinto ano de vida o crescimento é cessado,
sendo esta a explicação para a medula espinhal não ter o mesmo
comprimento da coluna vertebral. A medula espinhal possui nervos
que surgem em ambos os lados da medula, com objetivo de suprir os
membros e as vísceras do tronco, são chamados de nervos espinhais.
Cada nervo espinhal é formado por fibras nervosas que estão
conectadas a medula espinhal pela raiz posterior, formada por fibras
aferentes sensitivas e pela raiz anterior, formada por fibras eferentes
motoras. Cada raiz do nervo espinhal entra na medula espinhal por
meio do corno posterior e anterior, respeitando a mesma separação das
raízes. Cada corno é formado pela substância cinzenta da medula
espinhal, que se comparado a letra H do alfabeto, representam suas
extremidades.
Consulte também: medula.
MEDULA OBLONGA
Substantivo latino Medula, Medullae, de Médius, do grego Myelós,
Myeloû o que está no centro, medula, tutano, e do latim Oblonga,
largo. Medula oblonga é o nome dado para a parte dilatada do tronco
encefálico que atravessa o forame magno, para se conectar a
extremidade proximal da medula espinhal, onde reside o centro
respiratório bulbar. O mesmo que bulbo.
Consulte também: bulbo.
MEDULAR
Adjetivo latino Medullaris, relativo a medula óssea ou espinhal.
Consulte também: medula espinhal
MEMBRANA
Substantivo latino Membranae, película, do grego Humén, Huménos,
membrana, véu, túnica. Membrana é o nome dado para estruturas de
aspecto laminar, brilhante, de consistência frouxa e dilatável, diferente
da membrana celular observada em lâminas histológicas. Por exemplo:
Membrana atlantoccipital (manta de tecido conjuntivo que encerra
anteriormente a articulação atlantoccipital, compõem parte do
ligamento crânio-cervical externo); Membrana tireo-hioidea (manta de
tecido conjuntivo entre a cartilagem tireóidea e o osso hioide);
Membrana timpânica (membrana de tecido conjuntivo responsável
pelas vibrações da audição); etc.
Consulte também: Lâmina, Folheto.
MEMBRANIFORME
Adjetivo que é delgado e largo como uma membrana.
Consulte também: membrana.
MEMBRANOSO
Adjetivo latino Membraneus, do grego Humenínos, o que é da mesma
natureza de uma membrana.
Consulte também: membrana.
MEMBRO
Substantivo latino Membrum, Membri, e Artus, Artuum, do grego
Melos, Méleos, articulação, membro do corpo, junção. Membro é o
nome dado para os segmentos que estão apendiculados a um corpo
principal, como os membros superiores e inferiores, dispostos em
pares presos ao tronco.
Consulte também: apêndice.
MEMBRO VIRIL
Substantivo Vêrga, relativo ao pênis, órgão erétil, copulador do
aparelho genital masculino. Membro viril é o nome dado antigamente
para o pênis, devido sua capacidade de ficar erétil, comparado a uma
peça flexível de madeira, semelhante a uma ripa.
Consulte também: pênis.
MENINGE
Substantivo latino Meninx, Meninges, do grego Méningx, Méningos,
membrana, folheto. Meninge é o nome dado para as três membranas
que recobrem o encéfalo e a medula espinhal, a dura-máter, aracnoide
e pia-máter. Do ponto de vista funcional, as meninges protegem o
encéfalo formando barreiras (hematoliquórica) contra a entrada de
agentes potencialmente nocivos; atuam como sistema de sustentação
para artérias, veias e seios venosos; funciona como mecanismo
hidráulico de suspensão do encéfalo, essencial para o seu
funcionamento normal. A dura-máter é a meninge mais espessa e
externa, está intimamente próxima dos ossos do crânio, de modo que
os vasos sanguíneos que a permeiam deixam marcas de contato
(impressões), sobre a superfície interna dos ossos da calota craniana. A
aracnoide é a meninge intermediária situada entre a dura-máter e a pia-
máter, cujo formato lembra uma teia de aranha, daí a origem do nome
aracnoide, de aracnídeo. A pia-máter é a meninge mais fina e interna,
está intimamente aderida à superfície do encéfalo e da medula
espinhal. É excepcionalmente vascularizada em diversos pontos ao
longo de sua extensão, inclusive quando reveste o interior dos
ventrículos cerebrais.
Consulte também: líquido cerebrospinal.
MENÍNGEO
Adjetivo relativo as meninges. Por exemplo: Sulco dos ramos dos
vasos meníngeos médios (marcas de contato deixadas na superfície
interna dos ossos por vasos sanguíneos que percorrem a dura-máter);
Artéria e veia meníngea média (vasos sanguíneos que atravessam o
forame espinhal da base do crânio); Ramo meníngeo (derivação do
nervo maxilar do quinto par de nervos crânianos); etc.
Consulte também: meninge.
MENISCAL
Adjetivo relativo aos meniscos, cartilagens semilunares situadas dentro
do joelho.
Consulte também: menisco.
MENISCO
Substantivo grego Menískos, Menískou, objeto que tem a forma de lua,
de Méne, Ménes, lua, junção das palavras em latim Medius, de meio,
metade e Discus, disco. Menisco é o nome dado para os dois discos
semilunares fibrocartilaginosos situados dentro da articulação do
joelho, sob e sobre os côndilos do fêmur e da tíbia, funcionando como
verdadeiros coxins, amortecendo os impactos sobre os platôs
condilares da tíbia. Os meniscos são dois: o menisco medial, maior e
mais aberto e o menisco lateral, menor e mais curto, ambos estão
conectados pelo ligamento transverso do joelho. As faces articulares
de cada menisco são côncavas, de modo que se adaptam perfeitamente
as superfícies condilares do fêmur e da tíbia, permitindo a formação de
uma engrenagem estável e eficiente, fundamental para o meio de
locomoção bípede dos seres humanos.
Consulte também: coxim, joelho.
MENISCO ARTICULAR
Substantivo grego Menískos, Menískou, objeto que tem a forma de lua,
e Articulatio, de articulação, junta. Menisco articular é o nome dado
antigamente para os discos articulares, situados individualmente em
articulações móveis do corpo, cujo formato lembra os grandes
meniscos do joelho. Os discos articulares são encontrados nas
articulações: temporomandibular, esternoclavicular e radiocárpica.
Consulte também: menisco.
MENSTRUAÇÃO
Substantivo latino Menstruum, de solvente, reza a crença que o sangue
menstrual era um poderoso solvente. Menstruação é o nome dado para
a precipitação de sangue ao final de ciclo reprodutivo da mulher,
devido a queda acentuada de progesterona, acarretando vasoconstrição
dos vasos endometriais e desoxigenação do tecido, provocando
descamação e exposição dos vasos sanguíneos endometriais, que
sangram causando a hemorragia.
Consulte também: endométrio, útero.
MENTO
Substantivo Mentum, do grego Géneion, géneiou, de barba, queixo.
Mento é o nome dado para a parte central e inferior da mandíbula,
conhecida popularmente como ponta do queixo, a protuberância
mental, análoga a figura do homem representada pela escultura
intitulada de Auguste Rodin59.
Consulte também: queixo, mento.
MENTONIANA
Adjetivo referente ao mento. Por exemplo: Forame mentual (outrora
chamado de buraco mentoniano, é o orifício externo situado em ambos
os lados da protuberância mentual na mandíbula); Tubérculo mentual
(dois pequenos tubérculos adjacentes a protuberância mentual, um de
cada lado, um pouco adiante ao forame mentual).
Consulte também: mento.
MESARAICO
Adjetivo latino Mesaraicus, do grego Mesáraion, mesentério, o que se
relaciona com o mesentério.
Consulte também: mesentério.
MESARTÉRIA
Substantivo grego Mesos, de meio e Arteria, Arteriae, de Aér, de ar e
Terein, conservar, de preservar o ar. Mesartéria é o nome dado para as
artérias que permeiam o mesentério e pregas mesentéricas.
Consulte também: mesentério.
MESATICEFALIA
Adjetivo relacionado com o mesaticéfalo.
Consulte também: mesaticéfalo.
MESATICEFÁLICO
Adjetivo relativo a mesaticefalia.
Consulte também: mesaticéfalo.
MESATICÉFALO
Adjetivo grego Mesátos, de Mésos, o meio o que está no meio e
Kephalé, cabeça, quando o crânio ocupa uma configuração
arquitetônica intermediária entre o dolicocéfalo e o braquicéfalo.
Consulte também: dolicocéfalo, braquicéfalo.
MESENCÉFALO
Substantivo grego Mesacéfalo, de Mésos meio e Kephalé, cabeça,
crânio. Mesencéfalo é o nome dado para a parte anterior do tronco
encefálico situado entre a fossa média e a fossa posterior do crânio,
ocupando uma posição estratégica no meio da cavidade craniana,
facilitando a comunicação com diversas partes do encéfalo,
justificando a origem do nome. Assim como o prosencéfalo e o
rombencéfalo, o mesencéfalo se desenvolve a partir das vesículas
encefálicas primárias, dando origem as estruturas que pertencem ao
mesencéfalo e ao aqueduto do mesencéfalo. O mesencéfalo possui
muitos núcleos e tratos, assim com a ponte e o bulbo, incluindo a
substância negra, um grande núcleo de pigmentação escura que
retroalimenta os núcleos da base na manutenção da atividade motora
subconsciente, e os núcleos rubros, que possuem neurônios conectados
ao cerebelo e ao córtex cerebral no controle dos movimentos
musculares. O mesencéfalo possui feixes de axônios vinculados ao
pedúnculo cerebral, que por sua vez reúne neurônios do trato
corticospinal, corticobulbar e corticopontino, cujo destino é transmitir
impulsos nervosos de áreas motoras do córtex cerebral para a medula
espinhal, bulbo e a ponte.
Consulte também: prosencéfalo, rombencéfalo.
MESENTÉRICO
Adjetivo que tem relação com o mesentério.
Consulte também: mesentério.
MESENTÉRIO
Substantivo latino Mensenterium, Mesenterri do grego Meentérion, de
Méso, o que está no meio e Énteron, intestino. Mesentério é o nome
dado para as pregas peritoneais que ligam as alças intestinais do jejuno
e do íleo à parede posterior da cavidade abdominal. O mesentério
possui as maiores pregas peritoneais, cuja forma lembra um leque
aberto de dupla face, a lâmina parietal e visceral é coberta de gordura,
o que contribui para o aumento da barriga, comprimindo os intestinos.
O mesentério é rico em vasos sanguíneos, artérias e veias
mesentéricas, e vasos linfáticos, facilitando a irrigação e a drenagem
das alças do intestino delgado.
Consulte também: mesocolon, peritônio.
MESOCÉFALO
O mesmo que mesencéfalo e protuberância anular.
Consulte também: mesencéfalo.
MESOCOLON
Substantivo grego Méso, meio e Kólon, de colo, comum no intestino
grosso. Mesocolon é o nome dado para as pregas peritoneais que ligam
os colos do intestino grosso, com o colo transverso e sigmoide, à
parede posterior da cavidade abdominal. São extensões das pregas
mesentéricas que convergem sobre o colo transverso e sigmoide,
recebendo o nome de acordo, mesocolon transverso e mesocolon
sigmoide. Pregas mesentéricas e do mesocolon se unem para fixar
frouxamente os intestinos à parede posterior do abdome, permitindo
que as alças intestinais se movam com certa liberdade. O mesocolo é
rico em vasos sanguíneos, artérias e veias mesocólicas, e vasos
linfáticos, facilitando a irrigação e drenagem das alças do intestino
grosso.
Consulte também: mesentério, peritônio.
MESOCÓRTEX
Substantivo latino Mescortex, de alocórtex, Meso, meio e Cortex,
córtex. Mesocórtex é o nome dado para as partes relacionadas com as
atividades mais primitivas do encéfalo, associado ao alocórtex e aos
componentes do sistema límbico.
Consulte também: alocórtex, isocórtex.
MESOCRÂNIO
Substantivo grego Mesokránion, de Mésos, o que está no meio e
Kránion, cabeça. O que se posiciona no meio da cabeça. Por exemplo:
Sutura metópica (remanescente da permanência da sutura frontal na
idade adulta, deixando uma saliência visível sobre a testa).
Consulte também: sutura, crânio.
MESÓFRIO
Substantivo grego Mesophryon, de Mésos, meio, e Óphrys, Ophrídos
sobrancelhas, região da face situada entre as duas sobrancelhas.
Consulte também: glabela, sobrancelha.
MESOGÁSTRICO
Adjetivo relativo ao mesogástrio.
Consulte também: mesogástrico.
MESOGÁSTRIO
Substantivo grego Mesogastríon, de Mésos, o que está no meio e
Gastríon, ventre, abdômen. Mesogástrio é o nome dado para a região
intermediária do abdômen, delimitada superior e inferiormente pela
região epigástrica e hipogástrica.
Consulte também: hipogástrico, epigástrico.
MESOLOBO
Substantivo grego Mésos, o que está no meio e Lobos, lobo. Mesolobo
é o nome dado antigamente para as estruturas posicionadas entre os
lobos do cérebro, em posição intermediária, no meio. Por exemplo:
Corpo caloso (comissura que interliga os dois hemisférios cerebrais).
Consulte também: comissura.
MESOMÉTRIO
Substantivo latino Mesometrium, de ligamento, Mesos, meio e Metra,
útero, origem. Mesométrio é o nome dado para o ligamento que
sustenta o útero, parte maior do ligamento largo, situado inferior ao
mesossalpinge e ao mesovário (ligamento que sustenta o ovário), que
serve como mesentério para o próprio útero.
Consulte também: mesovário.
MESÓRQUIO
Substantivo grego Mésos, meio o que está no meio e Órkhis, Órkhidos,
testículo. Mesórquio é o nome dado para a prega da túnica vaginal que
liga o epidídimo ao testículo no embrião. Compreende a prega
peritoneal que permeia vasos e nervos do teto da parede abdominal até
os testículos propriamente dito, de modo que são sustentados por ele,
considerando que os testículos surgem como gônadas retroperitoneais,
descendo por trás do processo vaginal (peritônio parietal) até a bolsa
escrotal.
Consulte também: peritônio.
MESORRETO
Substantivo latino Mesorectum, Mesorecti, no meio e Rectum, Recti,
de reto. Mesorreto é o nome dado para a dobra do peritônio que se
estende da face anterior do osso sacro até a parte superior da face
posterior do reto.
Consulte também: reto, sacro.
MESOSSALPINGE
Substantivo grego Mesosalpinx, de ligamento, Mesos, meio e Salpinx,
tuba uterina. Mesossalpinge é o nome dado para o ligamento que
sustenta as tubas uterinas, parte estreita de um pequeno mesentério que
constitui as bordas livres anterossuperior do ligamento largo.
Consulte também: mesovário.
MESOVÁRIO
Substantivo latino Mesovarium, ligamento, de Mesos, meio e Ovum,
ovo, de ovário. Mesovário é o nome dado para o ligamento que
sustenta o ovário, pequena parte curta do mesentério, situado na face
posterior do ligamento largo.
Consulte também: mesossalpinge.
METACARPIANO
Adjetivo relativo ao metacarpo, o mesmo que metacárpico,
metacárpio.
Consulte também: metacarpo.
METACARPO
Substantivo latino Metacarpos, adiante do antebraço, do grego
Metakárpion, de Metá, depois e Karpós, Karpoû, articulação da mão,
punho. Metacarpo é o nome dado para os cinco ossos longos situados
na mão, articulados com a fileira distal dos ossos do carpo e com as
falanges proximais dos dedos, análogo aos metatarsos situados no pé.
Consulte também: carpo, metatarso.
METÁFISE
Substantivo latino Metaphsis, de centro, Meta, entre e Physis, de
crescimento. Metáfise é o nome dado para a parte do osso mais
alargada, entre a diáfise e a epífise, região que consiste de uma zona de
crescimento devido a existência de um disco epifisial, impulsionando o
corpo do osso (diáfise) a crescer em comprimento, opondo-se a linha
epifisial que resiste a ossificação das extremidades (epífise).
Consulte também: diáfise, epífise.
METATÁLAMO
Substantivo latino Metathalamus, de diencéfalo, Meta, entre, do grego
Thálamos, leito. Metatálamo é o nome dado para a parte do diencéfalo
formada pelos corpos geniculados do tálamo. Os corpos geniculados
medial e lateral, pertencem ao grupo posterior e são considerados
como uma parte independente do diencéfalo.
Consulte também: tálamo, epitálamo, hipotálamo.
METATARSIANO
Adjetivo referente à estrutura que se relaciona com os metatarsos.
Consulte também: metatarso.
METATARSO
Substantivo grego Metá, depois e Tarsoû, conjunto de ossos
organizados em ordem crescente. Metatarso é o nome dado para os
cinco ossos longos situados no pé, articulados com os cuneiformes e o
cuboide e com as falanges proximais dos dedos, análogos ao
metacarpo da mão.
Consulte também: metacarpo.
METENCÉFALO
Substantivo latino Metencephalon, de Meta, meio e Enképhalos,
encéfalo e Kephalé cabeça, crânio. Metencéfalo é o nome dado para a
vesícula encefálica secundária a partir do desenvolvimento do
rombencéfalo, juntamente com o mielencéfalo. O metencéfalo é a
parte do sistema nervoso que origina o cerebelo e a ponte do tronco
encefálico.
Consulte também: mielencéfalo.
METÓPICO
Adjetivo grego Métopon, Métopou, fronte, de Metá, depois e Óps, após
o olho, entre os pilares frontais, acima dos arcos superciliares. Por
exemplo: Sutura metópica (ponto do mesocrânio que surge a partir da
ossificação entre as duas peças do osso frontal).
Consulte também: mesocrânio.
MICÇÃO
Substantivo latino Micturire, urinar, dando origem a palavra mictório.
Micção é o nome dado para o ato de urinar, vulgo mijar, processo em
que os músculos detrusores e pélvicos atuam comprimindo a bexiga,
ao passo que o esfíncter da urétra relaxa para liberar a urina.
Consulte também: néfron.
MICROCÁULIA
Substantivo grego Mikrós, pequeno e Kaulós, haste, pênis. Microcáulia
é o nome dado para a condição anormal e congênita que deixa o pênis
fino, delgado e estreito.
Consulte também: pênis.
MICROCÁULICO
Adjetivo grego Mikrós, pequeno e Kaaulikós, relativo a verga, o
mesmo que associar há quem tem o pênis pequeno.
Consulte também: microcáulia.
MICROCEFALIA
Substantivo grego Micros, pequeno e Kephalé, cabeça. Microcefalia é
o nome dado para a condição neurológica congênita, adquirida ou
desenvolvida nos primeiros meses ou anos de vida, prejudicando o
crescimento normal das estruturas do encéfalo, principalmente do
cérebro, o mesmo que nanocefalia, do grego Nánno, pequeno, micro,
anão e Kephalé, cabeça. A microcefalia é caracterizada pela cabeça de
um bebê estar muito pequena, menor do que o normal, devido ao não
desenvolvimento do cérebro, em que o perímetro occipito-frontal é
abaixo da média padrão para idade e sexo.
Consulte também: nanocefalia.
MICROCÉFALO
Adjetivo grego Mikrós, pequeno e Kephalikós, relativo a cabeça
pequena, indivíduos que tem a cabeça pequena, com a massa
encefálica muito diminuída.
Consulte também: microcefalia, nanocefalia.
MIELENCEFÁLICO
Adjetivo relativo ao mielencéfalo e ao sistema nervoso.
Consulte também: mielencéfalo, mielina.
MIELENCÉFALO
Substantivo grego Myelós medula espinhal, Enképhalos de encéfalo e
Kephalé cabeça, crânio. Mielencéfalo é o nome dado para a vesícula
encefálica secundária a partir do desenvolvimento do rombencéfalo,
juntamente com o metencéfalo, dando origem ao bulbo e a parte
inferior do quarto ventrículo e as estruturas do tubo neural.
Consulte também: encéfalo.
MIELINA
Substantivo do grego Myelós, Myeloû, medula, espinha. Mielina é o
nome dado para a substância esbranquiçada, fosforada, que constitui a
bainha de certas fibras nervosas, a bainha de mielina. A bainha de
mielina é formada por oligodendrócitos, envolvidas pelas células de
Schwann60 do sistema nervoso periférico, permitindo que o impulso
elétrico seja conduzido rapidamente, como se ocorresse pequenos
saltos sobre a fibra, condução saltatória.
Consulte também: fibra, bainha.
MILOFARINGIANO
Adjetivo grego Mulos, Mylou dente molar e Phárynx, Pháryngos
faringe, parte do músculo constritor da faringe, que da linha
miloidiana, atual rafe pterigomandibular, segue em direção a faringe.
O mesmo que músculo milo-glosso, não mais utilizado na
nomenclatura anatômica.
Consulte também: faringe.
MILO-GLOSSO
Substantivo latino Mylou dente molar e Glôssa, Glôsses e Glôtta,
Glôttes, corresponde ao órgão que permite lamber, degustar, falar, a
língua. Milo-glosso é o nome dado antigamente para o músculo que
atualmente responde pelo músculo constritor da faringe.
Consulte também: língua.
MILO-HIÓIDE
Substantivo grego Mylou dente molar e Hyoeidés, osso hióide. Milo-
hióide é o nome dado para o músculo de mesmo nome, músculo milo-
hióide, formado por dois ventres homólogos que se unem a partir da
linha mediana do assoalho da boca, dando a impressão de um só
músculo, situado abaixo das raízes dos dentes molares, se estendendo
até o corpo do osso hióide.
Consulte também: hióide.
MILOIDIANO
Adjetivo que se refere as estruturas vizinhas dos molares, o mesmo
que linha milo-hioidea, outrora chamada de linha oblíqua interna da
mandíbula.
Consulte também: milo-hióide.
MIOCÁRDIO
Substantivo grego Mys, Myós, músculo e Kardía, Kardías, de coração,
parte muscular. Miocárdio é o nome dado para o músculo miocárdio,
situado entre o epicárdio e o endocárdio, camada intermediária do
coração. O miocárdio é o músculo responsável pela contração do
coração, principalmente dos ventrículos, sendo maior na parede do
ventrículo esquerdo.
Consulte também: coração, epicárdio, endocárdio.
MIOFIBRILA
Substantivo do grego Mio, músculo e Fibrila, fibra. Miofibrila é o
nome dado para os miofilamentos grossos de miosina e finos de actina,
situados no sarcoplasma das fibras musculares que compõem o
músculo estriado esquelético. O mesmo que miofibrilha e miofibrinas,
não mais utilizados na nomenclatura anatômica.
Consulte também: sarcômero.
MIOLEMA
Substantivo grego Mys, Myós, músculo e Lemma, Lemmatos,
envoltório plasmático das células. Miolema é o nome dado para o tubo
transparente que contém as fibras musculares de cada um dos feixes do
músculo esquelético, exceto os do coração, análogo ao sarcolema para
as fibras situadas no coração.
Consulte também: sarcômero.
MIOLOGIA
Substantivo grego Mys, Myós, músculo e Logía, coleta. Miologia é o
nome dado para a ciência que coleta informações e estudos
relacionados aos músculos.
Consulte também: músculo.
MIOMÉTRIO
Substantivo latino Myocardium, camada do coração, do grego Mys, de
coração. Miométrio é o nome dado para a camada muscular
intermediária do útero, formado por três estratos de fibras musculares
que são mais grossas no fundo do que no colo. O miométrio é o
músculo que durante o parto se contrai devido ao estímulo da
ocitocina, hormônio liberado pela neuro-hipófise, com o intuito de
ajudar o feto a sair do útero.
Consulte também: perimétrio, endométrio.
MIRTIFORME
Adjetivo latino Myrtiformis, de Myrtus, Myrtus, murta, referente a
planta do gênero Myrtus da família Myrtacea e Forme, forma,
aparência, semelhança, que lembra a folha de murta. Por exemplo:
Carúnculas mirtiformes (pequenas tuberosidades avermelhadas, mais
ou menos firmes, de forma variável na abertura da vulva, consideradas
como tecidos da mucosa retraídos do hímen deflorado, a carúncula
himenal); Músculo mirtiforme (músculo que serve para abaixar a asa
do nariz, atual músculo depressor da aba do nariz).
Consulte também: hímen.
MITRAL
Adjetivo latino Mitralis, de mitra, Mitrae, chapéu cônico fendido
lateralmente usado pelos bispos em cerimônias eclesiásticas. Assim é
designada a valva atrioventricular esquerda (bicúspide), cuja forma
lembra o chapéu dos bispos, a Mitra, constituída de duas peças rígidas
e pentagonais: as cúspides, com pontas erguidas para cima.
consulte também: valva, cúspide.
MODÍOLO
Substantivo latino Modiolus, de Modius, de vasilha utilizada pelos
romanos em poços e cisternas. Modíolo é o nome dado para o tubo que
se enrola em torno de um eixo ósseo, a cóclea, formando uma espiral,
situado no aparelho vestíbulococlear da orelha interna.
Consulte também: cóclea.
MOLAR
Substantivo latino Molaris, Molae, moinho, moer, pedra de moinho,
feito para triturar. Molar é o nome dado para os três dentes enfileirados
após os caninos e os pré-molares, servem para triturar e macerar
alimentos mais rígidos e fibrosos. Os molares são dentes permanentes
que costumam germinar por volta dos 7 anos (1º molar), com 12 anos
(2º molar) e entre 13 e 25 anos (3º molar), conhecido como siso, dente
do juízo. O siso não costuma estar presente na primeira dentição, a
decídua. Os molares apresentam grandes cúspides, três ou mais,
situadas sobre a superfície mastigatória, a face oclusal. Os molares
costumam ter de três a quatro raízes, deixando-os fortemente fixos na
cavidade alveolar, por isso são tão difíceis de serem extraídos da
arcada dentária.
consulte também: siso.
MONTE DE VÊNUS
Substantivo latino Mons Veneris, de Monte de Vênus61. Monte de
Vênus é o nome dado para a região onde ocorre o acúmulo de gordura,
região sobre o púbis, coberta por pelos pubianos na idade adulta,
situado abaixo da região hipogástrica, acima da vulva.
Consulte também: vulva, púbis.
MUCO
Substantivo latino Mucus, Muci, de muco, ranho, do grego Mykxa,
Mykxas, mucosidade. Muco é o nome dado para a substância viscosa
depositada na superfície das membranas, devido a secreção de muco
produzido por vários tipos de células (caliciforme) e por diferentes
tipos de tecidos. O muco é formado principalmente por água e por
outros líquidos lubrificantes, importante na diminuição do atrito entre
os tecidos.
Consulte também: mucosa, humor.
MUCOSA
Substantivo latino Mucosus de Mucus, Muci que produz muco.
Mucosa é o nome dado para a membrana que reveste o interior de
órgãos ocos (cavitários), como estômago, bexiga, fossas nasais, útero,
etc. O mesmo que túnica mucosa, elas revestem todo o tubo digestório,
respiratório e genital, incluindo a bexiga, a uretra e os ureteres,
constituída por epitélio e tecido conjuntivo subjacente.
Consulte também: muco, seroso, glândula.
MUCOSIDADE
Adjetivo, o mesmo que muco.
Consulte também: muco.
MUCOSO
Adjetivo, membrana que produz muco, relativo a mucosidade.
Consulte também: caliciforme.
MUCRO
Substantivo latino Mucro, Mucronis, ponta, extremidade acentuada.
Mucro é o nome dado antigamente as extremidades palpáveis no
corpo. Por exemplo: Processo xifoide (extremidade inferior do osso
esterno em forma de gota).
Consulte também: mucrônico.
MUCRÔNICO
Adjetivo referente a ponta do coração, adjacente ao processo xifoide.
Consulte também: coração.
MULTÂNGULO
Substantivo latino Multangulus de muito e Angulus, ângulo, o que tem
muitos ângulos. Multângulo é o nome dado para o órgão que possui
muitos ângulos. Por exemplo: Escápula (osso com muitos ângulos
situado posterior ao ombro); Músculo trapézio (músculo com muitos
ângulos situado entre as escapulas, separado pela coluna vertebral).
Consulte também: mucro, gônio.
MUSCULAR
Adjetivo que tem relação com os músculos ou qualquer fibra muscular.
Consulte também: músculo.
MUSCULATURA
Adjetivo e substantivo latino Musculus, de músculo, carne, ventre.
Musculatura é o nome dado para o conjunto de músculos que preenche
o esqueleto, forma órgãos ocos e que compõem as paredes dos vasos e
vesículas.
Consulte também: músculo.
MÚSCULO
Substantivo latino Musculus, Musculi diminutivo de Mus, Muris do
grego Mys, Myós, rato, provavelmente devido a contração do músculo
lembrar o movimento produzido sob a pele do rato, de modo que o
corpo do animal fosse o ventre e o rabo, o tendão do músculo.
Músculo é o nome dado para o órgão constituído de tecido muscular
voluntário (esquelético) e involuntário (liso e cardíaco), capaz de
transformar energia química em movimento, gerar calor, impulsionar
líquidos e alimentos, estabilizar o corpo e controlar o volume dos
órgãos. Os músculos podem ser diferenciados a partir da anatomia
microscópica, levando-se em consideração os componentes celulares.
Do ponto de vista da anatomia macroscópica, os músculos esqueléticos
são classificados de acordo com o número de cabeças ou origem
(bíceps, tríceps e quadríceps); número de inserções ou tendões
(bicaudado, policaudado); número de ventres (digástrico, poligástrico);
quanto a forma (fusiforme, leque, quadrado); quanto o arranjo das
fibras (peniforme, unipenado, bipenado); quanto a ação (flexor,
extensor, abdutor, adutor); quanto a ação funcional (agonista,
antagonista, sinergista).
Consulte também: ventre.
MUSCULOCUTÂNEO
Adjetivo relativo ao nervo que se relaciona com o músculo e com a
pele, o nervo musculocutâneo, que tem origem no plexo braquial a
partir do fascículo lateral, cujas fibras derivam das raízes do quinto,
sexto e sétimo nervos espinhais cervicais. Diferente de
musculodérmico.
Consulte também: musculodérmico, plexo.
MUSCULODÉRMICO
Adjetivo relativo a derme e ao sistema muscular subjacente. Os
músculos dérmicos não estão presos aos ossos, estão situados na pele
(músculo eretor dos pelos), no rosto (músculos da mímica facial), no
escalpo (músculo occipito-frontal) e no pescoço (músculo platisma).
Oposto de musculocutâneo.
Consulte também: musculocutâneo.
MUSCULOELÁSTICO
Adjetivo relativo ao tecido muscular de órgãos que possuem
elasticidade, importante na distensão das paredes em decorrência da
alteração da conformidade, como ocorre no canal vaginal, nas tubas
uterinas, no útero, grandes vasos, etc.
Consulte também: músculo.
MUSCULOMEMBRANOSO
Adjetivo relativo ao tecido muscular que possui grandes tendões
laminares, cuja forma lembra uma grande membrana, como ocorre
com o músculo semimembranáceo, situado no compartimento
posterior e medial da coxa, sob o músculo semitendíneo.
Consulte também: semitendíneo.
MUSCULOSO
Adjetivo relativo ao tecido muscular volumoso situado nas paredes dos
órgãos, necessário no desenvolvimento das atividades do organismo,
como ocorre nos ventrículos do coração, na parede da bexiga urinária,
nos membros inferiores, etc.
Consulte também: músculo.
MUSCULOTENDINOSO
Adjetivo relativo ao tecido muscular que possui grandes tendões, cuja
forma lembra um poderoso ligamento tendinoso, como ocorre com o
músculo semitendíneo, situado no compartimento posterior e medial
da coxa.
Consulte também: musculomembranoso.
N

NÁDEGA
Substantivo latino Nates, Natium nádega, de Uropígio, da ornitologia,
extremidade caudal das aves, de Hipiátrico, da veterinária, de
rabadilha, região do tronco dos mamíferos onde se insere a cauda.
Nádega é o nome dado para as duas partes carnudas e arredondadas
situadas entre a região póstero-superior da coxa e a região posterior do
quadril, local onde se aplica a vacina antitetânica, mais proeminente
nas mulheres do que nos homens, as nádegas são preenchidas por
músculos do quadril e das coxas, os músculos glúteos máximo, médio
e mínimo. As nádegas possuem uma espessa camada hipodérmica
(gordura) que funcionam como coxins, úteis para amenizar e distribuir
o peso do tronco sobre os ísquios (ossos) quando sentamos. Cada
nádega está separada uma da outra pela fenda interglútea, permitindo
que ambas possam ser afastadas manualmente.
Consulte também: glúteo.
NARINA
Substantivo do latino Naris, o nariz, do grego Myktér, Myktéros, venta,
narina, o mesmo que Narícula, termo pouco usado, diminutivo do
latim Naricus. Narina é o nome dado para cada uma das aberturas da
cavidade nasal que antecede o vestíbulo, situada na base do nariz,
separada uma da outra pela columela do septo nasal. O diâmetro de
cada narina varia muito entre os indivíduos, principalmente em relação
a etnia e a raça.
Consulte também: nariz.
NARIZ
Substantivo latino Naris, Naris, Nasus, Nasi, do grego Rín ou Rís,
Rinós, nariz, olfato. Nariz é o nome dado para o órgão proeminente
situado no centro do rosto, entre a testa e os lábios, o mesmo que nariz
externo. Do ponto de vista anatômico, o nariz externo possui: uma
raiz, situado entre os olhos abaixo da glabela, um dorso, situado entre a
raiz e a ponta do nariz, o ápice, corresponde a ponta do nariz e a base,
região dividia por uma columela, posicionando uma narina de cada
lado. A estrutura do nariz é formada de um arcabouço de fibras,
cartilagens e gordura, dando flexibilidade e maleabilidade a aba do
nariz, que constitui a parede lateral do vestíbulo da cavidade nasal. Os
ossos nasais não correspondem a dimensão do nariz externo, trata-se
de duas pequenas placas ósseas achatadas e retangulares que formam a
ponte do nariz, local onde os óculos repousam, logo abaixo da raiz. A
expressão nariz quebrado, resulta na fratura dos ossos nasais e sua
separação total ou parcial da maxila e do osso frontal. O nariz é o
principal órgão do olfato.
Consulte também: narina.
NASAL
Adjetivo latino Nasalis, de Nasus, de nariz, que se relaciona com o
olfato.
Consulte também: nariz.
NASO
Adjetivo latino Nasus de nariz, antigo termo que remete ao significado
de nariz.
Consulte também: nariz.
NATES
Substantivo latino Nates, Natium de nádegas. Nates é o nome dado
antigamente para a os dois tubérculos quadrigêmeos situados na face
posterior do mesencéfalo, os colículos rostrais (superiores) e caudais
(inferiores), cuja aparência lembram a anatomia das nádegas.
Consulte também: quadrigêmeo, mesencéfalo.
NAVICULAR
Adjetivo latino Navicularis, de Navícula, Naviculae, diminutivo de
Navis, Navis, do grego Skaphídion o que significa bote, navio,
barquinho, estruturas de concavidade eminente. Por exemplo: Fossa
navicular (dilatação próxima ao óstio externo da uretra masculina e nas
mulheres, entre o frênulo e o vestíbulo da vagina); Osso navicular
(osso do pé, situado entre o tálus e os cuneiformes medial, intermédio
e lateral).
Consulte também: escafoide.
NAVIFORME
Adjetivo latino Navifurmis, de Navis, Navis, barco e Formis,
semelhante, o que tem forma de um pequeno barco.
Consulte também: navicular, escafoide.
NEOCEREBELO
Substantivo latino Neocerebellum, de novo, recente. Neocerebelo é o
nome dado para a parte mais cortical do cerebelo, filogeneticamente
mais recente, associada a atividade neural vinculada ao controle e
coordenação dos movimentos finos e delicados.
Consulte também: neocórtex, arquicórtex.
NEOCÓRTEX
Substantivo latino Neocortex, de novo. Neocórtex é o nome dado para
a parte mais cortical do cérebro, filogeneticamente mais recente,
abrangente e de grande funcionalidade, correspondendo a maior parte
da massa encefálica.
Consulte também: arquicórtex, isocórtex.
NERVO
Substantivo latino Nervus, Nervi do grego Nêuron, Nêurou, de nervo,
fibra nervosa, antigamente associado aos tendões, aponeuroses e
ligamentos devido sua aparência esbranquiçada, também associada a
palavra grega Neuein, de mancar, cambalear, ziguezaguear. Nervo é o
nome dado para o conjunto de células nervosas, os neurônios, reunidos
em fibras nervosas justapostas, os nervos, cordões de espessura e
comprimento variável, podendo ser observados a olho nu em corpos
dissecados. Por exemplo: Nervo isquiático (é o maior nervo do plexo
sacral, situado na parede posterolateral da pelve menor, formado por
ramos anteriores dos nervos espinhais de L4-S3); Nervos cranianos (12
pares de nervos que surgem do cérebro e do tronco encefálico, cuja
maioria deixa a cavidade craniana); Nervo femoral (nervo do plexo
lombar, formado por ramos dos nervos espinhais de L2-L4, aparece
inicialmente no abdome e posteriormente desce pelo músculo psoas
maior, seguindo inferiormente pela pelve até o trígono femoral onde se
divide); etc.
Consulte também: neurônio.
NEURILEMA
Substantivo grego Nêuron, nervo e Eílema, Eilêmatos, Envólucro
invólucro. Neurilema é o nome dado para o tecido que envolve as
fibras nervosas autônomas pós-ganglionares do sistema nervoso
periférico, formado por células de Schwann62 que envolvem o
prolongamento axonal (axônio) das fibras amielínicas, outrora
chamada de nevrilema, diferente das fibras pré-ganglionares de
Remak63.
Consulte também: neurônio.
NEURO
Substantivo do grego Nêuron, nervo, fibra. Neuro é o nome dado
antigamente para o arranjo e a associação de fibras nervosas de um
nervo, relativo aos componentes de revestimento. Por exemplo:
Endoneuro (camada delicada de tecido conjuntivo frouxo que reveste
intimamente as fibras nervosas).
Consulte também: epineuro, perineuro.
NEUROCRÂNIO
Substantivo latino Neurocranium, de recente, novo. Neurocrânio é o
nome dado para a parte do crânio que protege o cérebro e os órgãos do
sentido, o mesmo que caixa craniana. É formado por placas ósseas
achatadas e bilaterais que se encontram quanto atingem a idade adulta,
formando as suturas nos pontos de intersecções e cavalgamento na
calota craniana e na base do crânio. O neurocrânio possui ao todo 08
ossos: frontal, parietais, temporais, occipital, esfenoide e etmoide.
Consulte também: crânio.
NEUROFIBRA
Substantivo latino Neurofibra, de fibra nervosa. Neurofibra é o nome
dado para a fibra nervosa constituída pelos axônio e dendritos, que
podem variar em número e comprimento, podendo alcançar diversas
partes do corpo.
Consulte também: fibra, neurônio.
NEUROGLIA
Substantivo grego Neuron, nervo e Glía, Glías, cola. Neuroglia é o
nome dado para o tecido formado por gliócitos, células da glia, não
neurais, responsáveis pelo suporte e nutrição dos neurônios. As
neuroglias são mais numerosas do que os neurônios e ao contrário
deles, que são amitóticos, as glias possuem capacidade mitótica.
Consulte também: neurônio.
NEURO-HIPÓFISE
Substantivo grego Neurohypohysis, parte posterior da glândula
hipófise. Neuro-hipófise é o nome dado para a divisão posterior da
glândula hipófise alojada na fossa hipofisária da sela túrcica do osso
esfenoide. A neuro-hipófise é formada por células hipotalâmicas
neurossecretoras onde dois tipos de hormônios são armazenados: a
ocitocina (OT) e o hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina.
Consulte também: hipófise.
NEUROLOGIA
Substantivo do grego Nêuron e Logía coleta. Neurologia é o nome
dado para a ciência que estuda os nervos, neurônios e as células que
compõem o tecido nervoso.
Consulte também: neurônio.
NEURONAL
Adjetivo relativo aos neurônios, o mesmo que neurônico.
Consulte também: Neurônio.
NEURÔNIO
Substantivo grego Neuron, Nêurou, Neurone, de nervo, neurônio.
Neurônio é o nome dado para as células do sistema nervoso e dos
nervos em geral. Os neurônios são células com prolongamentos
citoplasmáticos responsáveis pela condução, propagação e sinapse, os
axônios e dendritos, situados a partir do corpo do neurônio. Os
neurônios totalizam aproximadamente 86 bilhões de células. Sua
estrutura básica resume em: corpo (soma), dendritos, axônios, e a
membra neural (citoesqueleto). As sinapses dos neurônios formam
longas e extensas fibras nervosas que percorrem todas as partes do
corpo, conectando o sistema nervoso central com o periférico,
permitindo que todas as atividades do organismo sejam controladas e
monitoradas pelo encéfalo.
Consulte também: nervo.
NEVRAXE
Substantivo grego Nêuron, nervo e Ákxon, eixo. Nevraxe é o nome
dado antigamente para o conjunto de órgãos situados no eixo nervoso
cérebro-espinhal, como o cérebro e a medula espinhal.
Consulte também: encéfalo.
NEVRÓGLIA
Substantivo grego Neuron, nervo e Glía, Glías, cola. Nevróglia é o
nome dado para o tipo de tecido nervoso que forma a substância
fundamental, cuja trama serve de suporte para o tecido nervoso, o
mesmo que neuroglia. O termo nevróglia não é mais utilizado pela
nova terminologia anatômica.
Consulte também: neuroglia.

Substantivo latino Nodus, de nódulo, estrutura nodular e esférica. Nó é
o nome dado para as estruturas de aspecto esférico, cuja forma lembra
um nó de laço. Por exemplo: Nó sinusal (estrutura nodular situada na
parede interatrial do átrio direito, próximo a valva atrioventricular
direita).
Consulte também: Nódulo.
NOCICEPTOR
Substantivo latino Noc, prejudicar, Cep, de receber e Tor, que faz,
ação. Nociceptor é o nome dado para a terminação nervosa livre
responsável por conduzir estímulos dolorosos, contínuo com a fibra
aferente que permeia os nervos do sistema nervoso periférico.
Consulte também: lemnisco, aferente.
NODULAR
Adjetivo relativo ao nódulo.
Consulte também: nódulo.
NÓDULO
Substantivo latino Nódulos, Noduli, diminutivo de Nodus, nó, do grego
Póros, Pórolu, concreção, condensação, agregação, calosidade. Nódulo
é o nome dado para muitas estruturas anatômicas relacionadas ao
sistema linfático e nervoso, cuja forma lembra um caroço, à semente
de um fruto, de pequena nodosidade. Por exemplo: Nódulos linfáticos
(eminência nodular situada em diversos pontos do corpo distribuídos
pela rede linfática, quando invadidos por microrganismos se tornam
inchados e nodulares); Nódulo do vermis cerebelar (eminência situada
na região medial córtico-medular do cerebelo sobre a fossa craniana
posterior); Nódulo da válvula semilunar, de Arantius64 (eminência
esférica situada na borda livre da válvula semilunar da aorta); etc.
Consulte também: gânglio.
NUCA
Substantivo latino Cervix, Cervicis, de cervical, que até o século XVI
era compreendida como parte da coluna espinhal, palavra extraída do
latim medieval Noukha, do grego Auxén, Auxénos, colo, do francês,
Nuque, de nuca. Nuca é o nome dado para a face posterior do pescoço,
região ínfero-posterior da cabeça, cortado por um sulco que vai da
protuberância occipital externa até o processo espinhoso da sétima
vértebra cervical, chamado de ligamento nucal.
Consulte também: pescoço.
NÚCLEO
Substantivo latino Nucleus, de noz, Nux, centro. Núcleo é o nome dado
para as estruturas internas estrategicamente posicionadas no centro,
lembram pequenas sementes de plantas, de modo que possam controlar
e coordenar diversas atividades e funções do sistema nervoso central.
Por exemplo: Núcleo lentiforme (estrutura central formada pelo globo
pálido e o putame, formando parte do corpo estriado).
Consulte também: gânglio, nódulo.
O

OBÉLIO
Substantivo latino Obelus, Obeli, sinal gráfico em forma de espeto que
servia para marcar à margem dos livros, também se refere aos lugares
duvidosos, do grego Obelós, Obleoû, espeto, ponta de flecha. Obélio é
o nome dado antigamente para a região da sutura sagital que não é
serrilhada, próximo aos forames parietais, comum em crânios de
indivíduos com idade avançada, devido ao processo natural de
descalcificação e absorção do tecido ósseo.
Consulte também: lambda.
ÓBEX
Substantivo latino Obex, Obicis, empecilho, barreira, estorvo, o
mesmo que ferrolho, cadeado. Óbex é o nome dado antigamente para a
lâmina de substância parda e transversal, situada abaixo e posterior ao
bico do tálamo, que vai de um fascículo grácil a outro, e que está
oculto pelo cerebelo.
Consulte também: clava, ferrolho.
OBLÍQUO
Adjetivo e Substantivo latino Obliquus do grego Lokxós, de oblíquo,
curvo, o que está inclinado. Oblíquo é o nome dado as estruturas
anatômicas que estão atravessadas de permeio. Por exemplo: Músculo
oblíquo superior do olho (músculo extrínseco do olho, situado na
cavidade orbital); Músculo oblíquo superior da cabeça (músculo
situado no compartimento profundo e posterior do pescoço); Músculo
oblíquo externo do abdômen (músculo situado na parede anterolateral
do abdômen); etc.
Consulte também: rampa
OBLONGA
Substantivo latino Oblonga, Oblongus, de alargado, termo criado por
Heister65 e inserido na anatomia por Haller66. Oblonga é o nome dado
para a parte superior da medula espinhal, contínua com o bulbo do
tronco encefálico, mais apropriada como Medulla Prolongata, de
medula alongada.
Consulte também: medula, bulbo.
OBTURADOR
Adjetivo latino Obturator, Obturatorius, de Obturare, tampar, fechar,
obstruir, referente as estruturas anatômicas destinadas a tampar
orifícios. Por exemplo: Forame obturador (o mesmo que forame
obturado, situado no osso do quadril, entre os ramos do púbis e do
ísquio, fechado parcialmente pela membrana obturadora).
Consulte também: forame.
OCCIPITAL
Adjetivo e Substantivo latino Occipitalis, de Occipitum, Occipitis,
nuca, referente a parte posterior e inferior da cabeça, do vertex (topo)
da cabeça até o forame occipital. Occipital é o nome dado para o osso
ímpar, medial e achatado, situado na região posterior-inferior do
neurocrânio, constituindo parte da calota craniana e a base do crânio,
onde se encontra o forame magno, podendo ser apalpado acima da
nuca a partir da protuberância occipital externa.
Consulte também: neurocrânio.
OCULOMOTOR
Substantivo latino Oculus, de olho, Motus, movimento e Actor, agente,
ação. Oculomotor é o nome dado para o terceiro par de nervos
cranianos responsável pelo controle de quatro dos seis músculos
extrínsecos do olho, são eles: o músculo reto superior, inferior, medial,
oblíquo inferior e o músculo levantador da pálpebra superior. O nervo
oculomotor está situado na parte anterior do mesencéfalo, dividindo-se
em dois ramos superior e inferior, que atravessam a fissura orbital
superior em direção a cavidade orbital, cujo ramo superior é
responsável pelos músculos supracitados. O ramo inferior atinge os
músculos intrínsecos do olho por meio de fibras parassimpáticas,
controlando o músculo ciliar e o músculo esfíncter da pupila.
Consulte também: nervo.
ODONTÓIDE
Adjetivo do grego Odoús, Odóntos, dente e Eidos, forma, aparência,
referente ao processo odontóide da segunda vértebra cervical, o áxis
(C2), cuja forma lembra um dente voltado para cima.
Consulte também: áxis.
ÓFRIO
Substantivo grego Ophrys, Ophrydos, supercilio. Ófrio é o nome dado
antigamente para o ponto craniométrico situado entre os arcos
superciliares, inferior a glabela, próximo a raiz do nariz.
Consulte também: glabela, bossa.
OFTÁLMICO
Adjetivo latino Ophtalmicus, do grego Ophtalmikós, de Ophtalmós,
Ophtalmoû, olho, relativo as estruturas que compõem os olhos e a
visão. Por exemplo: Nervo oftálmico (ramo do nervo trigêmeo, surge a
partir do gânglio trigeminal que se origina na ponte do tronco
encefálico); Artéria oftálmica (ramo da artéria carótida interna
destinada a nutrir o olho e outras estruturas oftálmicas); etc.
Consulte também: óptico.
OLECRANIANO
Adjetivo que diz respeito ao olecrânio.
Consulte também: olecrânio.
OLECRÂNIO
Substantivo do grego Oléne, Olénes, alto do braço, e Krânion, cabeça
do cotovelo. Olecrânio é o nome dado antigamente para a extremidade
saliente e proximal da ulna, junto ao cotovelo fletido, o olecrano, ao
contrário da cabeça da ulna que é distal.
Consulte também: olécrano.
OLÉCRANO
Substantivo latino Olecranon, de cabeça, Krânion, e Oléne, de
cotovelo. Olécrano é o nome dado para a extremidade proximal da
ulna, proeminência do cotovelo quando está fletido, forma a parede
posterior da incisura troclear que se encaixa a grande fossa distal do
úmero, a fossa do olécrano, quando o cotovelo está estendido.
Consulte também: cotovelo, coronoide.
OLFATIVO
Adjetivo que tem relação com o olfato e as células olfativas, presentes
na túnica olfatória e sobre a concha nasal superior.
Consulte também: olfato.
OLFATO
Substantivo latino Olfactus, Olfactus, cheiro, odor, do grego Osmé,
Osmés, olfato. Olfato é o nome dado para um dos cinco sentidos
especiais e primitivo, a percepção dos cheiros e odores. O nariz é o
principal órgão do olfato, juntamente com as terminações nervosas
sensitivas do nervo olfatório, que atravessam a lâmina crivosa do osso
etmoide e se distribuem sobre a concha nasal superior, situada no
interior da cavidade nasal.
Consulte também: alocórtex, nariz
OLFATÓRIO
Substantivo latino Olfactorius, de farejador e Olfactare, cheirar.
Olfatório é o nome dado para o primeiro par de nervos cranianos
responsável pelo estímulo do olfato. O nervo olfatório é formado por
fibras aferentes (sensitivas), cujos receptores formados por neurônio
bipolares situados na mucosa nasal, são estimulados por moléculas
presentes no ar que entra pelas fossas nasais, gerando um impulso
nervoso que atinge os bulbos olfatório do encéfalo localizados sobre a
lâmina cribriforme do osso etmoide, para posteriormente formar novas
conexões (tratos olfatórios) com fibras que terminam na região
olfatória primária (primordial), situada no lobo temporal.
Consulte também: olfato.
OLHO
Substantivo latino Oculus, de olho. Olho é o nome dado para o órgão
esférico situado na cavidade orbital, o bulbo ocular, o mesmo que
bulbo do olho. O bulbo do olho é o principal órgão da visão, no adulto
tem aproximadamente 2,5 centímetros de diâmetro, tendo 2/3
protegidos pela cavidade orbital e 1/3 exposto para fora da orbita. Do
ponto de vista anatômico, o bulbo apresenta três túnicas: fibrosa,
vascular e interna (retina). A túnica fibrosa representa a camada
superficial do olho, composta por uma córnea anterior, revestimento
transparente que cobre a íris e uma esclera posterior, camada de tecido
conjuntivo cobrindo o bulbo sem avançar sobre a córnea, servindo de
local para fixação dos músculos extrínsecos do olho. A túnica vascular,
o mesmo que úvea é a camada intermediária do bulbo, composta por
três partes: corioide, corpo ciliar e íris. A corioide é muito
vascularizada, está situada na parte posterior da túnica vascular,
cobrindo a parte interna da esclera, possui coloração marrom-escuro,
devido aos inúmeros vasos sanguíneos e aos melanócitos, células que
produzem melanina, pigmento capazes de absorve os raios luminosos
dispersos no interior do globo ocular. O corpo ciliar é continuo com a
corioide anteriormente a partir da ora serrata, margem anterior da
retina, possui coloração marrom-escuro, devido a presença de
melanina, processos ciliares e músculos ciliares, que alteram o
tamanho da íris com a contração e o relaxamento das fibras
musculares. A íris é a parte do olho que possui cores diferentes, devido
a quantidade de melanina produzida pelos melanócitos, contém fibras
musculares circulares e radiais, situada entre a córnea e a lente, presa
aos ligamentos dos processos ciliares do corpo ciliar, cuja função
primordial é controlar a quantidade de luz que atravessa a pupila do
olho, abrindo e fechando a íris.
Consulte também: bulbo, íris, pupila.
OLIVA
Substantivo latino Oliva, de azeitona, fruto da oliveira. Oliva é o nome
dado para o núcleo situado na parte superior e lateral do bulbo, a
pirâmide, cuja forma lembra uma azeitona, formada por substância
cinzenta, o núcleo olivar inferior.
Consulte também: núcleo.
OMBRO
Substantivo grego Omos, de ombro, Umerus, de Espáduas, o mesmo
sentido de escápula, termo que os romanos confundiam com a palavra
braço. Ombro é o nome dado para a parte do corpo entre o pescoço e o
início do braço, servindo de estrutura para acoplar o membro superior
ao tronco, a cintura escapular, cujo principal osso é a escápula.
Consulte também: escápula, omoplata, braço.
OMENTAL
Adjetivo latino Omentalis, que tem relação com o omento do
peritônio.
Consulte também: omento.
OMENTO
Substantivo latino Omentum, Omenti, membrana que envolve os
intestinos. Omento é o nome dado para o conjunto de pregas
peritoneais situadas dentro da cavidade abdominal, de espessura
variável, possui duas membranas (lâminas), o omento maior e o
omento menor, que recobrem as vísceras como um manto gorduroso
dobrado sobre si mesmo. O omento maior é a maior prega do
peritônio, possui trajeto sinuoso, com dobras que penetram por entre as
flexuras das alças intestinais, da curvatura maior do estômago,
incluindo o duodeno e o intestino delgado, até alcançar o colo
transverso do intestino grosso. Carregado de tecido adiposo e de
pequenas vesículas de gordura, os apêndices epiplóicos, o crescimento
do omento maior contribui para o aumento do abdômen, conhecido
como barriga de cerveja, principalmente em indivíduos com
sobrepeso, forçando a parede anterior do abdômen para frente,
deslocando e desalinhando as vértebras lombares da coluna vertebral.
O omento menor é uma prega peritoneal diferente do omento maior
por não ter tanta gordura, possui duas camadas que se desenvolvem a
partir da curvatura menor do estômago, situada entre o duodeno e o
fígado, servindo de manto condutor para vasos sanguíneos e vasos
coletores, como a veia porta, artéria hepática comum e o ducto
colédoco.
Consulte também: omento, epíploon.
OMO
Adjetivo grego Ómos, Ómou, de ombro, o mesmo que omoplata.
Consulte também: omoplata.
OMOPLATA
Substantivo Ómos, ombro e Plate, Plates, de superfície plana, lisa,
chata. Omoplata é o nome dado antigamente para o osso de aspecto
laminar e triangular, situado na face posterior dos ombros, o mesmo
que escápula.
Consulte também: escápula.
ONFÁLICO
Adjetivo grego Omphálios, umbilical, Omphalós, Omphaloû, umbigo,
o mesmo que cicatriz umbilical.
Consulte também: umbigo
ÔNFALO
Substantivo grego Ômphalos, Ômphalou, umbigo. Ônfalo é o nome
dado antigamente para o umbigo, o mesmo que cicatriz umbilical,
vestígio da circulação uteroplacentária, saliência arredondada situada
na superfície da pele na parede anteroinferior do abdômen.
Consulte também: umbigo
OPÉRCULO
Substantivo latino Operculum, Operculi, tampa, cobertura, de
Operculare, cobrir com uma tampa. Opérculo é o nome dado para a
dobra do córtex cerebral situado no lobo parietal, próximo ao sulco
lateral, cuja forma lembra a escama modificada que cobre a fenda
branquial dos peixes.
Consulte também: córtex.
OPÍSTIO
Adjetivo e substantivo grego Opíshtios, de posterior, o que está situado
ou fletido para trás, ponto médio da borda posterior do forame
occipital, atual forame magno.
Consulte também: magno.
OPONENTE
Adjetivo latino Opponens, Opponentis, do grego Antagonistés,
Antagonistou, contrário, adversário, o que se opõe em uma direção,
refere aos dois músculos da mão que se opõe aos demais dedos, o
músculo oponente do dedo mínimo e o músculo oponente do polegar,
situados na região hipotenar e tenar da mão, áreas almofadas da palma
da mão.
Consulte também: tenar, hipotenar.
OPOSIÇÃO
Substantivo latino Oppositio, movimento que se opõem, que impede o
progresso do outro. Oposição é o nome dado paro movimento de um
dos dedos contra o polegar, colocando um dedo contra o outro, ação
típica dos primatas superiores.
Consulte também: oponente.
ÓPTICO
Adjetivo latino Opticus, do grego Optikós, relativo à vista, visual, que
tem relação com a visão, o que pertence ao olho. Por exemplo: Nervo
óptico (segundo par de nervos cranianos, sensitivo, formado por fibras
aferentes que transmitem os impulsos nervosos que surgem na retina
até o núcleo geniculado lateral do tálamo e o córtex visual no lobo
occipital). Não confundir com ótico, do latim Otikós, de Oûs, Otós,
orelha, ouvido, devido a supressão do “p”, da palavra óptico.
Consulte também: quiasma, retina.
OPTO-STRIADO
Adjetivo relativo ao corpo estrido, um dos núcleos da base do
diencéfalo, formado pelo núcleo caudado e lentiforme, ambos
pertencentes ao putame e ao globo pálido.
Consulte também: putame, lentiforme.
ORBICULAR
Adjetivo latino Orbicularis, de Orbiculus, diminutivo de Orbis, do
grego Kyklikós, de circular, redondo, anel, rodinha, relativo a forma de
diversos músculos do tipo esfíncter, que servem para fechar, por
contração e abrir por relaxamento, certos orifícios e canais do corpo.
Por exemplo: Músculo esfíncter pilórico (músculo situado entre o
antro pilórico do estômago e o duodeno); Músculo esfíncter da pupila
(músculo responsável contração da pupila, diminuindo a entrada de luz
no olho); Músculo orbicular da boca (músculo que preenche os lábios
e circundando a boca); etc.
Consulte também: esfíncter.
ORBITA
Substantivo latino Orbitae, de Orbis, Orbis, do grego Periphéreia,
Periphéreias, forma arredondada, esférica, circular. Orbita é o nome
dado para as duas escavações esféricas e fundas, situada no
craniofacial em forma de receptáculo, destinada a acomodar o bulbo
do olho, compõem parte dos ossos do crânio: frontal, esfenoide,
zigomático, maxila, etmoide e lacrimal. O termo orbita é sinônimo de
cavidade orbital.
Consulte também: orbicular, olho.
ORBITÁRIO
Adjetivo que tem relação com a orbita e o olho.
Consulte também: orbita, olho.
ORELHA
Substantivo latino Auricula, Auriculae, Auris, do grego Ous, Otós,
orelha, ouvido. Orelha é o nome dado para o órgão externo da audição,
o mesmo que ouvido externo, situado um de cada lado da cabeça,
anterossuperior ao processo mastoide, cuja forma lembra uma concha
aberta para cima, de textura macia e flexível, que capta o som e conduz
para o meato acústico externo até o tímpano. Do ponto de vista
anatômico, o termo orelha representa o complexo auditivo formado
por três órgãos distintos: orelha externa, orelha média e orelha interna.
A orelha externa é composta por placas de cartilagens do tipo elástica,
cuja forma irregular lembra uma concha, o pavilhão auditivo, o mesmo
que ouvido externo, revestida por uma camada delgada de pele,
espessa somente no lobo da orelha. A orelha média é formada por uma
cavidade estreita (cavidade timpânica) vazia, cheia de ar, onde os
ossículos da audição se encontram (martelo, bigorna e estribo),
separando a cavidade timpânica em duas partes: a cavidade timpânica
propriamente dita, espaço situado após o tímpano e o recesso
epitimpânico, espaço situado acima do tímpano. A orelha interna é
formada pelo órgão vestibulococlear, responsável pela recepção do
som e pelo sentido do equilíbrio, constituído por sacos e ductos
contendo endolinfa e perilinfa.
Consulte também: vestíbulococlear, ouvido.
ÓRGÃO
Substantivo latino Organum, de órgão, instrumento, mecanismo.
Órgão é o nome dado para a estrutura que surge a partir da
organogênese, formado por vários tipos de tecidos, com anatomia e
fisiologia bem definida.
Consulte também: anatomia.
ORIFÍCIO
Substantivo latino Orificium, Orificii, de Oris, boca e Facere, fazer, do
grego Stóma, Stómatos, boca, orifício. Orifício é o nome dado para as
aberturas que ocorrem em vários órgãos em diversas partes do corpo,
de grande variedade nominal e formatos diferentes, permitindo a
passagem de um local para outro. Por exemplo: Forame magno
(orifício do osso occipital situado na base do crânio); Hiato esofágico
(orifício situado no músculo diafragma, permitindo a passagem do
esôfago para a cavidade abdominal); Canal do hipoglosso (orifício
situado na base do crânio, permitindo a passagem do nervo
hipoglosso); etc.
Consulte também: hiato, forame, canal.
ÓSSEO
Adjetivo latino Osseus, de tecido ósseo, do grego Ostódes, o que é de
natureza óssea. Por exemplo: Arcabouço ósseo da cabeça (das
estruturas que forma o complexo do crânio neural e facial); Labirinto
ósseo (parte óssea escavada no osso temporal, compõem a formação
estrutural labiríntica do ouvido interno); Arcabouço ósseo do tórax
(conjunto de ossos, cartilagens e vértebras reunidas em perfeita
articulação na caixa torácica); etc.
Consulte também: osso.
OSSÍCULO
Substantivo latino Ossiculum, Ossiculi, diminutivo de osso, Ossis, de
osso pequeno. Ossículo é o nome dado para os três ossinhos situados
na orelha média (martelo, bigorna e estribo) e aos ossos sesamóides
periarticulares.
Consulte também: sesamóide.
OSSIFICAÇÃO
Substantivo latino Ossificatio, Ossificationis, de os, Ossis e Facere,
fazer. Ossificação é o nome dado para o processo de amadurecimento e
crescimento dos ossos. O processo de ossificação ocorre a partir de
duas etapas: a ossificação intramembranosa, que ocorre a partir da
substituição do tecido conjuntivo mesenquimal por matriz óssea, local
onde células mesenquimatosas sofrem diferenciação, se transformando
em osteoblastos, e a ossificação endocondral, que ocorre a partir da
substituição do tecido cartilaginoso por tecido ósseo, a partir da
hipertrofia dos condrócitos e sua calcificação, concomitantemente com
o surgimento dos capilares sanguíneos e células osteogênicas, dando
origem aos osteoblastos e a matriz óssea sobre o tecido cartilaginoso.
Consulte também: osso, osteoblasto.
OSSIFORME
Adjetivo que tem a forma de osso ou com ele se parece.
Consulte também: cartilagem, osso.
OSSO
Substantivo latino Os, Ossis, do grego Ostéon, Ostéoun. Osso é o
nome dado para o tecido ósseo, órgãos vivos do esqueleto, de
consistência rígida e forma variável, local de inserção dos músculos
esqueléticos. Os ossos são constituídos por uma camada externa de
tecido compacto (substância compacta) e uma camada interna de
tecido esponjoso (substância esponjosa). A medula óssea está situada
dentro do canal medular (raquidiano), formado pelo tecido esponjoso
do osso, composta principalmente por adipócitos e células do sangue.
Cada osso é um tipo especializado de tecido conjuntivo, constituído
por células e substância extracelular calcificada. Os ossos podem ser
classificados quanto à forma em: ossos longos (comprimento é maior
que a largura e a espessura); ossos curtos (o comprimento, a largura e a
espessura são equivalentes); ossos irregulares (comprimento, a largura
e a espessura não se aplicam); ossos pneumáticos (com cavidades
cheias de ar); ossos chatos (comprimento e a largura é maior que a
espessura) e sesamóides (ossos curtos presos entre tendões, próximos
de articulações). Do ponto de vista funcional, os ossos exercem:
suporte (arcabouço para os órgãos); proteção (crânio, tórax, coluna
vertebral); movimento (fixação para os músculos); hematopoese
(produz hemácias, leucócitos e plaquetas) e armazenamento
(triglicerídios por meio de adipócitos). Do ponto de vista anatômico,
um osso longo é formado por: diáfise (constitui o corpo do osso);
epífise (constitui as extremidades) e metáfise (constitui a região entre o
corpo e as extremidades). Cobrindo a camada compacta dos ossos está
o periósteo, uma membrana conjuntiva resistente, vascular e sensível,
que reveste a superfície dos ossos, exceto nas extremidades em contato
com as articulações, que são cobertas por cartilagem do tipo hialina.
Consulte também: cartilagem.
OSTEOBLASTO
Substantivo grego Ostéon, osso e Blastós, germe. Osteoblasto é o
nome dado para as células (osteoblastos) que compõem o tecido ósseo.
Os osteoblastos produzem e depositam fibras de colágeno e matéria
orgânica, proteoglicanos e glicoproteínas, formando a matriz óssea
(extracelular) calcificada. Após a calcificação da matriz óssea, os
osteoblastos ficam presos e resignados em seu próprio depósito de
cálcio, aprisionados em sua secreção, se transformando em osteócitos.
Consulte também: osso.
OSTEÓCITO
Substantivo grego Ostéon, de osso e Kýtos, concavidade, escavado.
Osteócito é o nome dado para as células do tecido ósseo de origem
mesenquimal, derivada da diferenciação de células osteoprogenitoras
(osteogênicas) em osteoblastos, presos em sítios de secreção dentro da
matriz óssea. Os osteócitos são células com muitos prolongamentos
que se interligam com osteócitos vizinhos, formando uma rede de
comunicação extensa de ligamentos por onde passam moléculas de
íons entre as células. A nutrição dos osteócitos depende dos
canalículos que atravessam a matriz óssea, já que não a difusão no
meio extracelular calcificado, pois este é impermeável, possibilitando
a troca de moléculas, íons e gases a partir dos capilares sanguíneos que
percorrem e preenchem os canalículos, emergindo na superfície do
osso como forames nutrícios. Do ponto de vista funcional, os
osteócitos apresentam pequena atividade celular, entretanto, são
importantes na manutenção da matriz óssea. A reabsorção da matriz
óssea, como ocorre na retração das arcadas dentárias com a perda dos
dentes em indivíduos com idade avançada, aponta para a morte dos
osteócitos.
Consulte também: osteoblasto.
OSTEOCLASTO
Substantivo do grego Ostéon e Plastós, de formação. Osteoclasto é o
nome dado para as pequenas cavidades alongadas situadas na matriz
óssea (sítios), formando pequenos canalículos comunicantes
preenchidos por osteócitos.
Consulte também: canalículo.
OSTEOCONDRAL
Adjetivo do grego Ostéon, osso e Chóndros, cartilagem, relativo ao
tecido que possui osteócitos e condrócitos em sua composição, de osso
cartilaginoso, o mesmo que osteocartilaginoso.
Consulte também: endocondral.
OSTEOGÊNESE
Substantivo grego Ostéon, osso e Genéas, nascimento, origem, o
mesmo que osteogenia. Osteogênese é o nome dado para as células do
tecido ósseo que pertencem a linhagem de células osteoprogenitoras,
que se desenvolvem a partir do mesênquima embrionário, ou seja,
células mesenquimatosas capazes de originarem células ósseas
propriamente dita, os osteoblastos e os osteócitos.
Consulte também: osteócitos, osteogenia.
OSTEOGENIA
Substantivo grego Ostéon, osso e Genéas, nascimento, origem, o
mesmo que osteogênese. Osteogenia é o nome dado para a síntese e o
desenvolvimento de células osteoprogenitoras e da diferenciação para
osteoblastos e osteócitos, responsáveis pela produção e manutenção da
matriz óssea e do tecido do ósseo propriamente dito.
Consulte também: osteogênese.
OSTEOLOGIA
Substantivo do grego Ostéon, osso e Logia, coleta. Osteologia é o
nome dado para a ciência que estuda o desenvolvimento e o
crescimento normal dos ossos e do tecido ósseo.
Consulte também: osso.
ÓSTIO
Substantivo latino Ostium, Ostii, porta, embocadura, abertura, de Os,
Oris, boca, entrada. Óstio é o nome dado para as pequenas aberturas
ou entradas situadas em vários órgãos. Por exemplo: Óstio faríngeo da
tuba auditiva (entrada situada na faringe, que dá acesso a tuba auditiva
e a orelha média); Óstio do seio coronário (abertura que dá acesso a
veia cardíaca esquerda, veia magna, por meio de uma dilatação que
antecede o óstio, o seio coronário, situado atrás do átrio esquerdo);
Óstio do canal vaginal (abertura que dá acesso ao canal vaginal); etc.
Consulte também: canalículo, forame.
OSTIUM
Substantivo latino Ostium, Ostii, porta, embocadura, abertura, de Os,
Oris, boca, o mesmo que Ostium vaginal, entrada da vagina. Ostium é
o nome dado antigamente para as aberturas de certos órgãos, o mesmo
óstio.
Consulte também: óstio.
ÓTICO
Adjetivo grego Otikós, de Oûs, Otós, orelha, ouvido, pois define o que
é feito para ouvir, escutar, não confundir com óptico, que se refere ao
olho, visão, o que é feito para enxergar.
Consulte também: óptico.
OUVIDO
Substantivo latino Auditus, Auditus, de ouvir, escutar, do grego Akoé,
Akoés, ouvido, audição. Ouvido é o nome dado para a estrutura
parabólica externa situada em ambos os lados da cabeça, cuja forma
lembra uma concha aberta, o mesmo que orelha externa, responsável
pela captação das ondas sonoras.
Consulte também: orelha.
OVÁRIO
Substantivo latino Ovarium, Ovarii, de Ovum, Ovi, Ôvo, de ovo, do
grego Oophóros, que carrega ovos. Ovário é o nome dado para a
gônada do sexo feminino, do tamanho de uma amêndoa, situada na
cavidade pélvica, análoga aos testículos, que exerce função endócrina
produzindo hormônios sexuais, a progesterona e o estrogênio. Os
ovários são órgãos que produzem gametas, os ovócitos secundários,
que se transformam em óvulos maduros após a fertilização. Cada
ovário está posicionado ao lado do útero, preso pelo ligamento largo
do útero (mesovário), o ligamento próprio do ovário (útero-ovárico) e
o ligamento suspensor do ovário, fixando os ovários a parede pélvica e
uterina.
Consulte também: trompa, útero.
OVISSACO
Substantivo latino Ovum, Ovi, ovo e Saccus, Sacci, saco. Ovissaco é o
nome dado para os corpúsculos esféricos situados no ovário,
sinalizando a maturação do folículo ovariano, também conhecido
como folículo de Graaf67, que se manifesta na puberdade.
Consulte também: óvulo, ovário.
ÓVULO
Substantivo latino Ovu, Ovi de ovo, o mesmo que célula ovo, de
ovócito. Óvulo é o nome dado para a célula haploide que surge a partir
da ovulogênese nos ovários, expelida pelo folículo ovariano a cada
ciclo menstrual, pronta para ser fertilizada pelo espermatozoide,
formando uma célula diploide, o zigoto, capaz de gerar um novo ser. O
óvulo é uma célula grande, sem flagelo, portanto são imóveis, sendo
transportado pelas fimbrias da tuba uterina.
Consulte também: ovissaco, ovário.
OXICEFALIA
Adjetivo relativo a forma defeituosa do crânio.
Consulte também: oxicéfalo.
OXICÉFALO
Adjetivo grego Oxyx, Oxus, pontudo e Kephalé, cabeça, relativo a
forma pontiaguda do crânio, o mesmo que acrocéfalo.
Consulte também: acrocefalia.
P

PALADAR
Substantivo latino Palatum, Palati, de palato, apetite, do grego
Uranós, Uranôu, abóbada celeste, céu da boca. Paladar é o nome dado
para a capacidade de perceber o gosto dos alimentos, o sabor, a partir
do processamento neurológico desencadeado por reações químicas que
ocorrem com a excitação dos receptores gustativos presentes na
superfície da língua, as papilas gustativas.
Consulte também: palato, papila.
PALATAL
Adjetivo relativo ao palato, céu da boca.
Consulte também: palato, boca.
PALATINO
Adjetivo relativo ao palato e ao osso palatino. Por exemplo: Processo
palatino (estrutura do osso palatino que constitui o palato duro);
Forame palatino maior e menor (pequenas aberturas adjacentes a
espinha nasal posterior do osso palato, servem de passagem para os
nervos palatinos); Músculo levantador do véu palatino (parte muscular
da garganta que age durante o processo de deglutição); etc.
Consulte também: palato.
PALATO
Substantivo latino Palatinus, Palati, que se refere ao paladar, ao céu da
boca, do grego Ouranós, Ouranoû, céu da boca. Palato é o nome dado
para a parte superior da cavidade oral, dividido em dois palatos: o
palato duro, formado pela lâmina horizontal do osso palatino e pelo
processo palatino da maxila e o palato mole, formado pelos pilares
musculares e arqueados do palatoglosso e palatofaríngeo.
Consulte também: palatino.
PALEOCEREBELO
Substantivo latino Paleocerebellum, de primitivo. Paleocerebelo é o
nome dado para a parte cortical do cerebelo filogeneticamente antiga,
associada a manutenção do tônus muscular e da postura.
Consulte também: cerebelo.
PALEOCÓRTEX
Substantivo latino Paleocórtex, de antigo. Paleocórtex é o nome dado
para a parte cortical do cérebro filogeneticamente antiga, associada a
sentidos mais primitivos, como o olfato. O paleocórtex se desenvolve a
partir do rinencéfalo, correspondendo ao córtex piriforme e ao úncus
do cérebro.
Consulte também: neocórtex.
PÁLIDO
Substantivo latino Pallidum, de pálido, fosco, sem brilho. Pálido é o
nome dado ao núcleo da base, o globo pálido, estrutura subcortical
situada no cérebro, seu nome está associado a densa camada de
mielina que cobre os axônios, dando a cor pálida ao tecido. O globo
pálido, juntamente com o subtálamo, estrutura que integra o sistema
extrapiramidal, importante na coordenação motora voluntária, está
associado com a aprendizagem de novas informações e no
processamento das emoções.
Consulte também: putame.
PALMAR
Adjetivo latino Palmaris, Palmoare, de palma, Palmae, de palma da
mão, do grego Paláme, Palámes, palma, o que está relacionado com à
palma da mão. Por exemplo: Prega palmar (linha de expressão ou de
força situada na superfície da palma da mão, cuja forma lembra a letra
M do alfabeto); Músculo palmar longo (músculo situado na camada
profunda do antebraço, tenciona a pele da palma da mão, muito útil na
compreensão de objetos); Ramo palmar superficial (ramo arterioso da
artéria radial); etc.
Consulte também: carpo.
PÁLPEBRA
Substantivo latino Papebra, Palpebrae, Palpare, de pálpebra, do grego
Blépharon, Blépharou, de acalmar, sossegar, abrandar. Pálpebra é o
nome dado para as pregas cutâneas disposta em pares, situadas uma
do lado da outra na face, abaixo dos arcos superciliares, sobrepõem os
olhos bloqueando a passagem de luz pelas pupilas, protegendo,
lubrificado e espalhando o líquido lacrimal por toda extensão do globo
ocular quando piscamos e movimentamos os olhos. Cada uma das
pálpebras possui uma mucosa que a reveste internamente e margens
delineadas por cílios, as pestanas, que protegem os olhos contra poeira
e fuligens contidas no ar e que podem danificar a córnea.
Consulte também: olho, cílio.
PALPEBRAL
Adjetivo referente às pálpebras ou que se relaciona com elas.
Consulte também: Pálpebra.
PAMPINIFORME
Substantivo latino Pampinus, de videira e Formis, semelhança, forma
de galhos da videira, cujo formato lembra os ramos de uma parreira.
Pampiniforme é o nome dado para as veias que levam testosterona
para a circulação, situadas no funículo espermático, cordão conectado
a bolsa escrotal.
Consulte também: funículo.
PÂNCREAS
Substantivo grego Pan, tudo e Kréa, Kréas, carne, que é de toda carne,
carnudo. Pâncreas é o nome dado para o órgão situado na cavidade
abdominal, entre o duodeno e o baço, anterior aos rins e posterior ao
estômago, de consistência mole, com textura que lembra carne fresca,
preso ao canal alimentar por meio da ampola hepatopancreática, do
qual o fígado faz parte, conduzindo sulco pancreático e bile para o
duodeno. O pâncreas é uma glândula retroperitoneal com
aproximadamente 15 centímetros de cumprimento e 2,5 centímetros de
espessura. Do ponto de vista anatômico, o pâncreas apresenta: uma
cabeça, parte espessa próxima a curvatura do duodeno, um corpo,
contínuo com a cabeça do pâncreas voltado para esquerda, e a cauda
do pâncreas, se estendendo de forma afunilada até quase tocar o baço.
A secreção do pâncreas é despejada na porção descendente do
duodeno a partir das papilas duodenais maior e menor. O ducto
pancreático maior, ducto de Wirsung68, se une ao ducto colédoco do
fígado, atravessando a parede duodenal, formando a ampola
hepatopancreática, de Vater69, situada a 10 centímetros abaixo do
piloro. O músculo esfíncter que circula a ampola hepatopancreática,
controla a passagem de sulco que desce para o duodeno. O ducto
pancreático acessório, de Santorini70, é o segundo ducto do pâncreas
que despeja sulco pancreático no duodeno, de forma independente do
ducto colédoco a partir da papila duodenal menor.
Consulte também: glândula.
PANCREÁTICO
Adjetivo relativo ao pâncreas. Por exemplo: Ducto pancreático
principal (ducto do pâncreas que conduz sulco pancreático para dentro
do duodeno).
Consulte também: pâncreas.
PANÍCULO
Substantivo Panniculus, Panniculi, diminutivo de Pannus, Panni,
pedaço de pano, trapo. Panículo é o nome dado para a camada
subcutânea de tecido adiposo, cuja forma lembra uma almofadinha.
Por exemplo: Panículo adiposo (tecido gorduroso depositado entre as
vísceras, com intuito de proteger os órgãos contra impactos, preencher
os espaços vazios, auxiliar no isolamento térmico, modelar o corpo e
servir como fonte de energia).
Consulte também adiposo.
PAPILA
Substantivo latino Paila, Pailae, mamilo do peito, diminutivo de
Popula, Papulae, o mesmo que bolha, de vesícula. Papila é o nome
dado para as pequenas estruturas salientes, ligeiramente cônicas e
abaloadas sobre a pele. Por exemplo: Papilas circunvaladas (projeções
em forma de pequenos caroços, são as maiores papilas gustativas
situadas à margem do sulco terminal, entre a raiz e o corpo da língua);
Papila duodenal maior, de Vater71 (papila situada na porção
descendente do duodeno conectada a ampola hepatopancreática).
Consulte também: ampola.
PAPILAR
Adjetivo que tem relação com as papilas.
Consulte também: papila.
PAPIRÁCEO
Adjetivo latino Papyraceus, de Papyrus, Papyri, papel, do grego
Papyros, Papyrou, referente ao papiro utilizado no antigo Egito.
Papiráceo é o nome dado antigamente para a lâmina papirácea do osso
etmoide, cuja forma lembra uma folha de papel, compõe a parede
medial da cavidade orbital, o mesmo que lâmina orbital do osso
etmoide.
Consulte também: etmoide.
PARACOLO
Substantivo latino Paracervix, ao lado, pareado. Paracolo é o nome
dado para a estrutura que está posicionada ao lado do colo do útero, o
mesmo que cérvix.
Consulte também: cérvix.
PARADÍDIMO
Substantivo latino Paradidymis, de Pará, ao lado, pareado e Didymis,
de duplo. Paradídimo é o nome dado para o órgão duplo situado sobre
o epidídimo.
Consulte também: epidídimo, dídimo.
PARAMÉTRIO
Substantivo latino Parametrium, de Pará, ao lado, pareado e Metrium,
de músculo, útero. Paramétrio é o nome dado para as estruturas
situadas ao lado do útero.
Consulte também: perimétrio.
PARAOÓFORO
Substantivo latino Paroophoron, ao lado, e Phoros, ovo. pareado.
Paraoóforo é o nome dado para a estrutura posicionada ao lado, preso
ao ovócito.
Consulte também: folículo.
PARASSIMPÁTICO
Adjetivo do latim Para, de direção, lugar de destino, do grego
Sympathekós, de Syn, comunidade, concordância e Páthos, sentimento,
afeição. Parassimpático é o nome dado para a divisão funcional do
sistema nervoso autônomo associado as atividades de equilíbrio,
digestão e repouso. A parte parassimpática do sistema nervoso
autônomo é constituída por neurônios pré-ganglionares situados em
núcleos do tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo), e nos
segmentos de S1, S2 e S3, não se manifestando nos segmentos da
região torácica e lombar da medula espinhal. Os neurônios pós-
ganglionares fazem sinapse com os neurônios pré-ganglionares por
meio de gânglios terminais, situados próximos aos órgãos e glândulas
de atuação, formando uma extensa rede de fibras nervosas longas (pré-
ganglionares) e curtas (pós-ganglionares), acionadas por
neurotransmissores químicos (acetilcolina), dando maior precisão
durante a ação parassimpática no organismo, se comportando de forma
menos difusa do que a ação simpática. Na cabeça, os neurônios
parassimpáticos se originam do nervo oculomotor (III), do nervo facial
(VII), do nervo glossofaríngeo (IX) e do nervo vago (X), todos nervos
cranianos, descendo pelo pescoço e se distribuindo pelos segmentos do
tórax e abdômen.
Consulte também: simpático.
PARATIREOIDE
Substantivo do grego Pará, ao lado e Thyreoidés, de escudo.
Paratireoide é o nome dado para o par de glândulas do pescoço
situadas posteriormente a glândula tireoide, possuem formato ovalar e
são ligeiramente achatadas. Há dois pares de glândulas paratireoides,
uma de cada lado: as glândulas paratireoides superiores, situadas ao
nível da margem inferior da cartilagem cricóide da laringe, e as
glândulas paratireoides inferiores, situadas próximas ao polo inferior
do lobo da glândula tireoide.
Consulte também: tireoide.
PAREDE
Substantivo latino Paries, de parede das casas romanas. Parede é o
nome dado para a estrutura que serve como muro, divisor, septo.
Consulte também: parietal, septo.
PARÊNQUIMA
Substantivo grego Parénchyma, Parenchumatos, de Pará, perto, junto
e Énchyma, Enchymatos, infusão, de agir lentamente, ao lado.
Parênquima é o nome dado para o tecido que determina a parte
funcional de um órgão ou de uma glândula, se contrapõem ao estroma,
que atua como suporte do próprio parênquima. Do ponto de vista
histológico, nos animais o parênquima é a parte mais importante de um
órgão ou glândula, pois é formado por células responsáveis por exercer
a função daquele tipo de tecido, principalmente relacionado a
produção de secreções e humores.
Consulte também: estroma, glândula.
PARENQUIMATOSO
Adjetivo que define a composição por parênquima.
Consulte também: Parênquima.
PARIETAL
Substantivo latino Parietalis, de Paries, Parietais, muro, parede,
muralha. Parietal é o nome dado para as duas lâminas ósseas situadas
no topo do crânio, os parietais direito e esquerdo, unidos pela sutura
sagital, são os maiores ossos da calota craniana, protegendo os lobos
parietais do cérebro. O termo parietal, também se refere à parede de
um determinado órgão. Por exemplo: Pleura parietal (lâmina
conjuntiva que envolve os pulmões adjacente a parede da cavidade
torácica).
Consulte também: septo, antemural.
PARÓTIDA
Substantivo latino Parotis, Partides, do grego Parotís, Parotídos, de
Pará, próximo, junto, ao lado e Otós, orelha. Parótida é o nome dado
para o maior par de glândulas salivares situadas à frente e abaixo da
orelha, sobre cuja forma lembra uma pequena almofada palpável sobre
o ângulo da mandíbula (gônio). A parótida é uma glândula exócrina
que despeja saliva por um ducto, o ducto parotídeo, que atravessa o
músculo bucinador e se abre no vestíbulo da boca sobre o segundo
molar superior. Consiste de pequenos aglomerados de tecido
gorduroso, com o intuito de proteger a glândula contra os movimentos
abruptos da mandíbula durante a mastigação, evitando danos
estruturais ao tecido. A glândula parótida faz parte de um conjunto de
três pares de glândulas salivares situadas ao redor da cavidade oral, são
elas: parótida, sublingual e submandibular.
Consulte também: sublingual, submandibular.
PAROTIDIANO
Adjetivo que tem relação com a glândula parótida.
Consulte também: parótida.
PARVA
Substantivo latino Parva, Parvus, de pequeno, curto. Parva é o nome
dado a certas veias de trajeto curto. Por exemplo: Veia cardíaca parva
(veia curta, tributária que drena sangue para seio coronário do átrio e
ventrículo direito do coração); Veias safena parva (veia curta e
superficial situada na parte posterior da perna).
Consulte também: veia, magno.
PATA DE GANSO
Substantivo grego germânico Pauta, do latim Patta, pé, extremidade
de cada membro dos quadrúpedes e Gans, ganso, do grego Anserinus,
Anser, de ganso, pato, pata das aves domésticas de porte robusto. Pata
de ganso é o nome dado para o conjunto de tendões unidos sobre a
face medial e proximal da tíbia, ao lado da tuberosidade tibial,
correspondente a inserção dos três músculos longos e biarticulares da
coxa: o grácil, sartório e semitendíneo, cuja forma lembra a pata de um
ganso.
Consulte também: aponeurose.
PATELA
Substantivo latino Patellae, diminutivo relativo de Patena, Patenae,
prato pequeno utilizado para sacrifícios, do grego Pátella, Patélles,
copo de boca larga, taça alargada, panela rasa e larga, cujo cabo se
assemelha ao tendão. Patela é o nome dado para o osso sesamóide,
curto e triangular, ligeiramente frouxo, situado adiante do joelho, com
a base para cima e o ápice para baixo. A face posterior da patela é
dividida em duas faces articulares: a face articular para o côndilo
medial e lateral do fêmur. A face anterior da patela é áspera, servindo
de fixação para o tendão do músculo quadríceps femoral e o ligamento
patelar, funcionando como se fosse uma roldana, por isso foi chamada
de rótula, atuando como uma engrenagem, potencializando o efeito de
alavanca entre a coxa e a perna.
Consulte também: rótula, sesamóide.
PAVILHÃO
Substantivo latino Papilio, Pailionis, barraca, tenda armada, cobertura
que armada que lembra as asas de uma borboleta, do grego Kamár,
Kamáras, lugar, região, do francês Pavillon, pavilhão, edificação de
madeira. Pavilhão é o nome dado para a orelha externa, o mesmo que
ouvido externo e pavilhão auditivo, cujo formato lembra a estrutura da
asa de uma borboleta.
Consulte também: orelha, ouvido.

Substantivo latino Pes, Pedis do grego Poûs, Poudós, pé, de pata para
os quadrupedes. Pé é o nome dado para o segmento inferior contínuo
com a perna, extremidade distal do membro inferior onde todos os
dedos se projetam para frente, análogo ao segmento da mão. O pé é
uma plataforma óssea necessária para sustentação e locomoção do
corpo, formado por 07 ossos tarsais (tarso), responsáveis pela
articulação do tornozelo, por 5 ossos metatarsais (metatarso), que
constituem a parte intermediária do pé e por 14 falanges (proximal,
média e distal), que compõem os ossos longos dos dedos do pé, do
primeiro ao quinto dedo. Há três partes distintas que compõem a
anatomia do pé: a parte posterior (retropé), a parte média (mediopé) e a
parte anterior do pé (antepé). A planta do pé é a região que toca o
chão, o mesmo que sola do pé ou região plantar. O dorso é a região que
se volta para cima, é a parte que se observa quando olhamos para os
pés. Posteriormente ao dorso do pé está o calcâneo, o mesmo que
calcanhar, contínuo com a planta do pé, de formado arredondado e
robusto, ponto de apoio quando ficamos sobre os calcanhares. De
todos os dedos do pé, somente o primeiro dedo tem nome próprio, o
hálux. A pele do pé possui muitas variações quanto a espessura, devido
ao tipo de contato que possui com certas áreas duras e ásperas,
tornando a pele mais grossa na planta do pé do que no dorso.
Consulte também: mão, hálux.
PECÍOLO
Substantivo latino Petiolus, de caule, cabo. Pecíolo é o nome dado
para a estrutura estreita de fixação da epiglote, cuja forma lembra o
caule de uma folha.
Consulte também: epiglote.
PÉCTEN
Substantivo latino Pecten, de pente, escova utilizada pelos romanos.
Pécten é o nome dado para a parte do ânus cuja forma lembra um
pente.
Consulte também: pectíneo.
PECTÍNEA
Adjetivo feminino de pectíneo, Pectineus, Pectinei, de Pecten, Petinis,
em forma de pente. Por exemplo: Fáscia pectínea (tecido conjuntivo
sobre o músculo pectíneo)
Consulte também: pectíneo.
PECTÍNEO
Substantivo latino Pectineus, Pectinei, de Pecten, Petinis, em forma de
pente, instrumento denteado utilizado para pentear e alisar os cabelos.
Pectíneo é o nome dado para o músculo de formato quadricular e
plano, situado próximo ao púbis, na parte interna e superior da coxa.
Devido ao formato e o arranjo das fibras musculares sugerir mais de
uma camada, os antigos anatomistas relacionaram a carne do músculo
com as cerdas de um pente de cabelo. Entretanto, há outras estruturas
anatômicas que compartilham a mesma nomenclatura. Por exemplo:
Ligamento pectíneo, de Cooper72 (parte do ligamento inguinal situado
próximo a margem inferior do músculo oblíquo externo, de curso
diferente daquele em direção ao tubérculo púbico, inserido no ramo
superior do púbis sobre a linha pectínea).
Consulte também: pectínea.
PEDARTÍCULO
Substantivo latino Pedarticulus, Pedarticuli, de Pes, Pedis, pé e
Articullus, Articuli, articulação, junta. Pedartículo é o nome dado
antigamente para os dedos dos pés, análogo aos artelhos (dedos) das
mãos. O mesmo que apêndices digitiformes dos pés.
Consulte também: artelho, dedo.
PEDÍCULO
Substantivo latino Pediculus, Pediculi, diminutivo de Pes, Pedis, pé.
Pedículo é o nome dado para certas partes de um órgão cujo formato
lembra um pedúnculo. Por exemplo: Pedículo do arco vertebral
(estrutura que sustenta o corpo vertebral das vértebras).
Consulte também: pedúnculo, pé.
PEDIOSO
Adjetivo latino Pediosus, de Pes, Pedis, pé, que pertence ao pé ou com
ele se relaciona.
Consulte também: pé, pedículo.
PEDÚNCULO
Substantivo latino Pedunculus, Pedunculi, diminutivo de Pes, Pedis,
pé, o que é pedioso. Pedúnculo é o nome dado para os dois feixes de
fibras nervosas que se originam no hemisfério cerebral, situados sobre
o eixo dorsoventral do mesencéfalo, limitado inferiormente pela ponte
do tronco encefálico, contínuo com os pedúnculos cerebelar superior,
médio e inferior. Entretanto, o termo pedúnculo pode se referir à outras
estruturas anatômicas cujo formato lembra um caule de sustentação.
Consulte também: pedículo.
PEITO
Substantivo latino Pectus, de peito, referente a parte anterior do tórax,
não compreendendo a mama, do grego Pectis, Pectós, de gaiola para
pássaros. Peito é o nome dado para a parte ventral do tórax, saliente
nos homens devido o volume do músculo peitoral maior e menor.
Consulte também: peitoral, tórax.
PEITORAL
Adjetivo latino Pectoralis, adorno de metal colocado sobre o peito,
relativo as estruturas situadas sobre a parte anterior do tórax. Por
exemplo: Músculo peitoral maior (músculo situado sobre o peito,
responsável pela flexão, rotação medial e adução do braço).
Consulte também: peito.
PELE
Substantivo latino Pellis, Pellis, cútis, do grego Dérma, Dérmatos,
couro, pele, o mesmo que cútis. Pele é o nome dado para o maior
órgão do corpo e do sistema tegumentar. Do ponto de vista anatômico,
a pele é composta por: pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas73, unhas
e receptores sensitivos. A pele corresponde ao maior órgão de
exposição ao meio ambiente, feita para cobrir o corpo humano,
formada por duas camadas principais: a epiderme (fina, superficial e
avascular), e a derme (profunda, espessa e vascular). As células
epiteliais são constantemente renovadas, sendo substituídas por novas
células epiteliais a medida que são naturalmente descamadas. Abaixo
da derme está a hipoderme, constituída por tecido areolar e adiposo,
fixando a pele à tela subcutânea adjacente e ao tecido conjuntivo que
cobre os músculos e ossos, a fáscia muscular. A partir da hipoderme,
vasos sanguíneos nutrem a pele percorrendo toda camada de gordura e
as terminações nervosas, os corpúsculos lamelares e de Pacini74 e os
mecanorreceptores, fornecendo sensibilidade necessária para que
possamos identificar à pressão e o toque. Do ponto de vista funcional,
a pele cumpre as seguintes funções básicas: regulação da temperatura
corporal; reservatório de sangue; proteção contra agentes nocivos
externos; órgão sensorial, órgão de absorção e excreção e órgão de
produção de vitamina D.
Consulte também: derme, epiderme.
PELVE
Substantivo latino Pélvis, de vasilhame comparado à uma bacia de
lavar os pés. Pelve é o nome dado para a estrutura óssea formada pelos
ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis) que permitem ligar os membros
inferiores com o tronco, o mesmo que bacia e quadril. A pelve óssea é
formada a partir da junção dos ossos do quadril direito e esquerdo, de
modo que os púbis estejam articulados anteriormente a partir da sínfise
púbica e o osso sacro fechando a pelve posteriormente, formando o
chamado cíngulo do membro inferior, o mesmo que cintura pélvica. O
resultado é uma estrutura óssea de aspecto anular, se empunhada pelas
asas dos ossos ilíacos, lembra facilmente o formato de uma bacia. Do
ponto de vista estrutural, a pelve óssea forma um platô de sustentação
para a coluna vertebral, órgãos pélvicos e do abdômen inferior. Devido
a singularidade e a riqueza de detalhes de cada osso do quadril, esses
costumam ser estudados separadamente, facilitando a identificação e
reconhecimento das estruturas anatômicas. A cavidade do acetábulo é
um importante acidente anatômico encontrado em ambos os ossos do
quadril.
Consulte também: bacia, quadril, acetábulo.
PÉLVICO
Adjetivo relacionado com as estruturas e órgãos situados na pelve, o
mesmo que bacia e osso do quadril.
Consulte também: bacia, quadril.
PENICÍLIO
Substantivo latino Penicilli, de pequenos cílios. Penicílio é o nome
dado para os pequenos cílios cuja forma lembra as cerdas de um
pincel.
Consulte também: cílio.
PÉNIL
Substantivo que se refere a parte inferior da barriga da mulher,
constituída por uma eminência ligeiramente triangular, elevada pela
concentração de tecido gorduroso, coberta por pelos pubianos, o
mesmo que monte de Vênus.
Consulte também: púbis, monte de vênus.
PÊNIS
Substantivo latino Penis, o mesmo que verga, vara, espada, de
Pendere, suspender, erguer, do grego Sáthe, Sáthes, membro viril,
destinado ao coito com a vagina, o mesmo que falo, do latim Phallus,
que representa o órgão sexual masculino, ereto como símbolo de poder
e capacidade reprodutiva, cultuado em várias sociedades. Pênis é o
nome dado para o órgão de cópula masculino, que serve tanto para
condução do sêmen como meio para eliminação de urina, possui
formato cilíndrico, com raiz, corpo esponjoso e cavernoso, com
extremidade formada por uma glande proeminente, conhecida
popularmente como cabeça do pênis. O corpo do pênis é formado por
tecido esponjoso, semelhante à uma esponja de banho, que inclui uma
parte da uretra, permitindo-a que fique aberta durante a ejaculação, e o
tecido cavernoso, diferente do esponjoso, pelo fato de possuir seios
cavernosos maiores. A capacidade de ereção do pênis consiste
basicamente na concentração de sangue que enche os seios sanguíneos
desses corpos (esponjoso e cavernoso), permitindo que os tecidos
sofram expansão e enrijecimento, decorrente do estímulo sexual
sensitivo, podendo ser: visual, tátil, auditivo e olfatório. Entretanto,
não podemos descartar os estímulos que surgem a partir do
pensamento, sejam eles conscientes ou inconscientes, como aqueles
que ocorrem nos sonhos. Do ponto de vista anatômico, o pênis possui
uma raiz, parte fixa e de ancoragem do órgão, constituída por dois
ramos, por bulbo e músculos presos ao osso ísquio, músculo
isquiocavernoso e bulboesponjoso. O corpo do pênis se projeta de
forma pendular, possui uma parte livre e suspensa a partir da sínfise
púbica e uma parte pélvica, interna, perto da raiz. A glande está situada
na parte distal do pênis, formada de tecido esponjoso, ela se expande
durante o ato sexual, se tornando cônica e proeminente, com borda que
lembra uma coroa, adjacente ao sulco balanoprepucial, escavação
semicircular situada em torno do colo, separando o corpo da glande. A
pele do pênis é fina e frouxa, com pigmentação de tom mais escuro do
que o resto do corpo, se projetando sobre a glande, cobrindo o sulco
balanoprepucial, chamado de prepúcio do pênis. O prepúcio pode
ocultar total ou parcialmente a glande do pênis, podendo prejudicar a
higienização da glande e do sulco balanoprepucial. Inferiormente, a
pele que cobre o corpo do pênis e que também forma o prepúcio, se
prende a glande por meio de uma prega cutânea fina, porém resistente,
o frênulo do prepúcio. Relativo ao desenvolvimento, o pênis é análogo
ao clitóris da mulher.
Consulte também: falo, verga, membro viril.
PENTE
Substantivo latino Pecten, Pectinis, que se assemelha as cerdas do
pente, de escova, que tem relação com o púbis, região anterior da pelve
coberta por pelos pubianos, vulgo pentelho, pelos que lembram os
restos de fios de cabelo curtos e retorcidos que ficam presos no pente.
Consulte também: monte de vênus, púbis.
PERFURANTE
Adjetivo latino Perfurans, perfurantes, o que perfura, penetra, que
passa através, qualidade de muitas artérias, veias e nervos, que
perfuram órgãos e glândulas para supri-los. Por exemplo: Artérias
perfurantes do tálamo (pequena ramificação da artéria cerebral
posterior do círculo arterial do cérebro, de Willis75).
Consulte também: comunicante, colateral, recorrente.
PERICÁRDIO
Substantivo latino Percardium, Pericardii, ao redor do coração, do
grego Perikardion, de Perí em volta e Kardía, Kardías, coração.
Pericárdio é o nome dado par a estrutura membranosa e sacular em
volta do coração e dos grandes vasos da base, situado no mediastino
médio, entre os pulmões direito e esquerdo. O pericárdio é um saco
fibrosseroso, fechado, constituído por duas camadas: o pericárdio
fibroso e o pericárdio seroso. O pericárdio seroso é subdivido em dois
folhetos mesoteliais que se dobram sobre a base do coração, as lâminas
parietal e visceral do pericárdio. Os movimentos que incidem sobre o
osso esterno, bem como os movimentos do coração, dos grandes vasos
da base do coração e do diafragma durante a respiração, influenciam o
formato do pericárdio.
Consulte também: mediastino, coração.
PERICÁRIO
Substantivo latino Perikaryon, corpo, do grego Peri, ao redor, em volta
e Karyon, núcleo, corpo principal. Pericário é o nome dado para o
corpo do neurônio.
Consulte também: neurônio.
PERICÔNDRIO
Substantivo grego Perichondrium, ao redor, em volta, de Chondros,
cartilagem. Pericôndrio é o nome dado para o tecido conjuntivo que
reveste as cartilagens, homologo ao periósteo que reveste os ossos.
Consulte também: periósteo.
PERILINFA
Substantivo grego Perilympha, de líquido, fluído aquoso. Perilinfa é o
nome dado para o líquido situado dentro dos canais semicirculares da
orelha interna, presente no labirinto ósseo e membranáceo.
Consulte também: endolinfa.
PERIMÉTRIO
Substantivo grego Perimetrium, de Peri, em volta e Metra, núcleo,
corpo. Perimétrio é o nome dado para a túnica serosa do útero, camada
mais superficial situada sobre o miométrio, formado pelo peritônio
fixo por uma lâmina delgada de tecido conjuntivo.
Consulte também: miométrio, endométrio.
PERIMÍSIO
Substantivo latino Perimysium, Perimysii, do mesmo significado grego
Perí, em volta e Mys, Myós, músculo. Perimísio é o nome dado para o
tecido conjuntivo frouxo que envolve grupos de fibras musculares,
permitindo que as mesmas se organizem em fascículos, visível quando
a carne é dilacerada e pequenas fibras esbranquiçadas são expostas
entre os feixes do músculo.
Consulte também: epimísio, endomísio.
PERINEAL
Adjetivo latino Perinealis, relativo ao períneo.
Consulte também: períneo.
PERÍNEO
Substantivo latino Perineon, Perineoni, em volta do pudendo, do
grego Períneon, Períneou, de Perinaío, estar na vizinhança, próximo,
adjacente aos órgãos do pudendo. Períneo é o nome dado para a região
situada entre a raiz do pênis e o ânus nos homens e nas mulheres, entre
a comissura inferior dos grandes lábios e o ânus. Do ponto de vista
anatômico, o períneo é delimitado anteriormente pela sínfise púbica,
posteriormente pelo cóccix e lateralmente pela tuberosidade isquiática
direita e esquerda. Uma linha imaginária transversal liga as
tuberosidades isquiáticas dividindo o períneo em dois trígonos: o
trígono urogenital (anterior) e o trígono anal (posterior).
Consulte também: trígono.
PERINEURO
Substantivo latino Perineuro, de interposto, intermediário, entre os
neurônios. Perineuro é o nome dado para a camada de tecido
conjuntivo que envolve os fascículos das fibras nervosas de um nervo,
constituído por células epiteliais achatadas e justapostas, situadas entre
o epineuro e o endoneuro.
Consulte também: endoneuro, epineuro.
PERIODONTO
Substantivo grego Peri, ao redor de e Odous, dente. Periodonto é o
nome dado para o tecido conjuntivo que reveste os alvéolos dentários
situados no processo alveolar da mandíbula e maxila, compondo uma
gonfose para cada dente enraizado no osso. Consulte também: gonfose,
sinartrose.
PERIÓSTEO
Substantivo grego Periósteos, de Peri, em volta, em roda e Ostréon,
osso. Periósteo é o nome dado para a membrana fibrosa que recobre os
ossos do esqueleto, exceto a cartilagem articular das extremidades.
Consulte também: endósteo, pericôndrio.
PERIÓSTICO
Adjetivo que se refere as estruturas que têm relação com o periósteo.
Consulte também: periósteo.
PERITÉLIO
Substantivo grego Perí, em torno e Thelé, mamelão, de mamilo, o
mesmo que túnica adventícia dos capilares que forra o endotélio.
Consulte também: endotélio.
PERITONEAL
Adjetivo relativo ao peritônio e suas membranas.
Consulte também: Peritônio.
PERITÔNIO
Substantivo latino Peritoneum, Peritonei, que se estende ao redor, do
grego Peritónaios, Peritônios, ao redor, de Perí, em volta, em torno,
ao redor e Téinem, estender, abranger, alcançar. Peritônio é o nome
dado para o órgão sacular, seroso e transparente, túnica formada por
tecido epitelial e tecido conjuntivo areolar subjacente, dividido em:
peritônio parietal, que reveste a parede do abdome e peritônio visceral,
que reveste as vísceras abdominais. O espaço entre o peritônio parietal
e visceral, preenchido por líquido peritoneal é chamado de cavidade
peritoneal e os órgãos envolvidos pelo peritônio são chamados de
intraperitoneais (fígado, estômago, baço, jejuno, íleo, parte superior do
duodeno, vesícula biliar, ceco, colo transverso e colo sigmoide) e
órgãos intraperitoneais pélvicos (fundo e corpo do útero, ovários e
tubas uterinas). Os órgãos que não estão dentro da cavidade peritoneal,
são chamados de extraperitoneais, e podem ser retroperitoneais (rins,
glândulas suprarrenais, colo do útero, parte descendente, horizontal e
ascendente do duodeno, pâncreas, colo ascendente e descendente do
intestino grosso e parte superior do reto) e subperitoneais (bexiga,
parte distal dos ureteres, próstata e glândula seminal). O peritônio
possui um total de 05 pregas peritoneais: o omento maior, o omento
menor, o ligamento falciforme, o mesentério e o mesocolo.
Consulte também: omento, mesentério, mesocolon.
PERNA
Substantivo latino Pernae, perna de porco, referente ao pernil, do
grego Pérnes, presunto, de Knéme, Knémes e Skélos, Skélous, perônio.
Perna é o nome dado para o segmento situado entre o joelho e o
tornozelo ou entre a coxa e o pé, antigo nome dado para o osso da
perna, conhecido popularmente como canela, atual tíbia.
Consulte também: perônio, tíbia.
PERONEIRO
Adjetivo que pertence ao perônio ou fíbula.
Consulte também: perônio, tíbia.
PERÔNIO
Substantivo latino Peroneu, Peronei, do grego Peróne, Peróne,
cavilha, alfinete. Perônio é o nome dado antigamente para o osso longo
e fino, situado na face lateral da perna, em articulação com a tíbia,
comparado com um alfinete de alfaiate. Atualmente a terminologia
anatômica adota o termo fíbula, ao invés de perônio.
Consulte também: fíbula.
PERTUITO
Substantivo do latim Pertusus, varado, furado, atravessado, refere à
perfuração em qualquer órgão. Pertuito é o nome dado antigamente
para o procedimento de perfuração dos órgãos, principalmente os ossos
e cavidades ósseas, utilizado pelos egípcios no processo de
mumificação.
Consulte também: óstio, forame.
PESCOÇO
Substantivo latino Cervix, Cervicis, colo, gargalo de garrafa, de
Collum, Colli, pescoço, do mesmo significado grego Auxén, Auxénos,
nuca, pescoço e Tráchelos, Tráchelou, colo, pescoço. Pescoço é o
nome dado para o segmento do corpo situado entre a cabeça e os
ombros, permitindo que órgãos e estruturas anatômicas atravessem da
cabeça para o tórax e vice-versa. O pescoço corresponde a parte do
corpo que une a cabeça ao tronco, e este com os membros superiores,
atuando como um condutor para vasos sanguíneos (artéria carótida e
veias jugulares), nervos (frênico e vago), glândulas (tireoide e
paratireoides) e órgãos (laringe, traqueia, esôfago e medula cervical).
Apesar de flexível o pescoço é vulnerável e frágil, devido a delicadeza
das estruturas e órgãos que o constituem, mesmo cercado de músculos
poderosos, como o músculo trapézio, os escalenos e o
esternocleidomastóideo. Do ponto de vista estrutural, o pescoço
sustentado por 07 vértebras cervicais, de C1 a C7. O fluxo sanguíneo
do pescoço é determinado principalmente pelas artérias carótidas e
veias jugulares e seus muitos ramos cervicais.
Consulte também: colo, pedúnculo.
PIA-MÁTER
Substantivo latino Pia, piedosa e Mater, mãe, piedosa mãe, séria. Pia-
máter é o nome dado para a membrana mais interna das meninges que
envolve o cérebro, comparada a uma mãe com seus filhos, sempre os
vigiando de perto para protegê-los. Assim é a pia-máter, difícil de
enxergá-la por ser muito fina e estar entremeada por fissuras e sulcos
do cérebro, porém, quando exposta a luz se mostra brilhante e
transparente. A pia-máter possui inúmeras artérias e veias cerebrais,
tornando-a excepcionalmente vascularizada, comparada com suas
membranas irmãs (dura-máter e aracnoide), que são mais externas e
intermediárias.
Consulte também: dura-máter, aracnoide.
PILAR
Substantivo latino Pilaris, Pilareis de Pila, Pilae, coluna, apoio, do
grego Stylis, Stylidos, pequena coluna e Stylos, Stylou, coluna de apoio.
Pilar é o nome dado para as estruturas de sustentação e de apoio para
outros órgãos, ou que deles fazem parte. Por exemplo: Pilar ósseo
comum (situado entre o canal semicircular anterior e posterior do
labirinto ósseo e membranáceo na orelha interna); Pilar do fórnice
(situado abaixo do corpo caloso, continuo com o corpo do fórnice);
Pilar direito e esquerdo do diafragma (situado as margens do hiato
aórtico do músculo diafragma); etc.
Consulte também: pedúnculo, columela, coluna.
PILÓRICO
Adjetivo relativo ao piloro.
Consulte também: piloro.
PILORO
Substantivo latino Pylorus, Pylori, que guarda uma entrada, do grego
Pylorós, Pyloroû, porteiro, guardião da porta, de Pyle, Pyles, porta.
Piloro é o nome dado para a região distal, estreita e afunilada do
estômago, que guarda a entrada para o intestino delgado, começando
pelo duodeno, chamado de esfíncter pilórico. O piloro é formado por
fibras semicirculares de músculo liso, que ao se contraírem fecha a
passagem do estômago para o duodeno, entretanto, sempre quando o
conteúdo gástrico vence a resistência do óstio pilórico a musculatura
do esfíncter relaxa, abrindo a porta para o duodeno.
Consulte também: cárdia, esfíncter.
PINEAL
Adjetivo Pinealis, Pinealis, de Pinea, Pineae, pinhão, fruto do
pinheiro, de glândula pineal, pequena glândula endócrina situada
abaixo do terceiro ventrículo, atrás do aqueduto cerebral, entre os dois
colículos superiores do mesencéfalo, coberta pela pia-máter.
Consulte também: endócrino.
PIRAMIDAL
Adjetivo de órgãos e estruturas que tem a forma de uma pirâmide. Por
exemplo: Músculo piramidal do abdome (músculo de formato
triangular ligado ao músculo reto abdominal, que vai da sínfise
pubiana à parte inferior da linha alba).
Consulte também: pirâmide.
PIRÂMIDE
Substantivo latino Pyramis, Pyramidis, triangular, de triângulo, do
grego Pyramís, Pyramídos, interfaces triangulares, cujo vértice
converge para o ápice. Por exemplo: Pirâmide do bulbo (coluna
longitudinal que faz saliência na face anterior do bulbo).
Consulte também: clava, cone.
PIRGOCEFALIA
Substantivo grego Pyrgos, Pyrgou, torre e Kephalé, Kephalés, cabeça.
Pirgocefalia é o nome dado para o formato da cabeça em torre ou
foguete, o mesmo que acrocefalia.
Consulte também: acrocefalia.
PIRGOCÉFALO
Adjetivo relativo a pirgocefalia, o mesmo que acrocefalia.
Consulte também: pirgocefalia.
PIRIFORME
Adjetivo latino Pirum, pera e Forma, forma. Por exemplo: Recesso
piriforme (espaço situado entre a laringe e a faringe); Músculo
piriforme (músculo situado entre o sacro e o quadril); Abertura
piriforme (abertura da cavidade nasal entre os ossos maxilares); etc.
Consulte também: piramidal.
PISIFORME
Substantivo latino Pisiformis, Pisum, Pisi, em forma de ervilha e
Forme, semelhante, parecido. Pisiforme é o nome dado para o quarto
osso da primeira distal do carpo, cujo formato lembra um grão de
ervilha.
Consulte também: carpo.
PITUITÁRIA
Substantivo latino Pituitarius, Pituita, Pituitae, do mesmo significado
grego Phlégma, Phlégmatos, de humor aquoso, muco, ranho. Pituitária
é o nome dado antigamente para a glândula endócrina alojada na fossa
hipofisária do osso esfenoide. Atualmente, a terminologia anatômica
adota o termo hipófise ao invés de pituitária, por melhor explicar sua
localização no hipotálamo.
Consulte também: hipófise.
PLACENTA
Substantivo latino Placentae, bolo, pão grande, pudim, do grego
Plakoûs, Plakoûntos, bolo achatado, de Pláx, Plakós, estrutura de
forma achatada. Placenta é o nome dado a massa de tecido que se
desenvolve entre o útero e o feto durante a gestação. O termo tem
relação com a estrutura sacular e discoide que lembra um grande bolo,
de consistência mole e esponjosa ao toque. A placenta é o órgão
responsável pela troca de nutrientes e gases entre o feto e a mãe,
principalmente a partir da nona semana de gestação, pois é quando o
feto exige mais nutrientes.
Consulte também: âmnio.
PLAGIOCEFALIA
Substantivo grego Plágios, oblíquo, indireto e Kephalé, cabeça.
Plagiocefalia é o nome dado para a deformidade do crânio, consiste em
ter a cabeça obliquamente alterada, achatada lateralmente, com a parte
frontal retraída e alongada para trás.
Consulte também: acrocéfalo, escafocefalia, braquicefalia,
pirgocefalia.
PLAGIOCÉFALO
Adjetivo que tem plagiocefalia.
Consulte também: plagiocefalia.
PLANTAR
Adjetivo latino Plantaris, de planta, Plantae, de sola dos pés, que
pertence a sola a planta do pé e com ela se relaciona.
Consulte também: pé.
PLASTRÃO
Substantivo do italiano Piastrone, armadura que protege o peito, o
mesmo que plastron. Plastrão é o nome dado antigamente para o osso
esterno, cartilagens costais e costelas, tudo junto, como se fosse um
bloco único, cuja forma lembra um escudo medieval usado pelos
romanos.
Consulte também: esterno.
PLATICEFALIA
Substantivo do grego Platys, largo e Kephalé, cabeça. Platicefalia é o
nome dado para o achatamento e alargamento do crânio, deformação
produzida pela ossificação lateral do osso frontal com os ossos
parietais.
Consulte também: plagiocefalia.
PLATICÉFALO
Adjetivo que tem platicefalia.
Consulte também: Platicefalia.
PLATISMA
Substantivo grego Platysma, Platysmatos, objeto estendido sobre uma
superfície plana, de Platys, chato, largo, vasto. Platisma é o nome dado
para o músculo plano e largo que cobre feito cobertor a face anterior
do pescoço, o peitoral maior, a clavícula e os ombros, até a margem
inferior da mandíbula. A contração do platisma faz com que a pele do
pescoço e a parte do peito sejam tracionadas para cima, produzindo
rugas e sulcos cutâneos sobre o pescoço. O músculo platisma auxilia
na depressão da mandíbula, abaixando os ângulos da mandíbula, bem
como alivia a pressão sobre as veias jugulares. O ramo cervical do
nervo facial, inerva somaticamente o músculo platisma.
Consulte também: pescoço.
PLEURA
Substantivo grego Pleurá, Pelurás, lado, flanco. Pleura é o nome dado
para as duas membranas que envolvem os pulmões individualmente. A
pleura é uma túnica serosa formada por duas lâminas, a pleura visceral,
que adere a superfície dos pulmões e a pleura parietal, que adere a face
interna da parede do tórax e se estende sobre o músculo diafragma.
Entre as duas lâminas (visceral e parietal) encontra-se a cavidade
pleural, espaço virtual preenchido por líquido lubrificante, diminuindo
o atrito entre as lâminas durante a respiração.
Consulte também: túnica, pericárdio.
PLEURAL
Adjetivo que se refere com a pleura.
Consulte também: pleura.
PLEXO
Substantivo latino Plexus, Pleux, entrelaçamento, de encaracolar,
entremeio, do grego Plégma, Plégmatos, entrelaçamento, algo que por
definição sugere a ideia de complexo, difícil de reproduzir. Plexo é o
nome dado para as estruturas que naturalmente se manifestam de
maneira complexa, labiríntica, cujo formato lembra uma trama, com
muitas ramificações interligadas. Por exemplo: Plexo braquial
(conjunto de nervos que se origina das raízes nervosas ventral e dorsal
da medula espinhal de C5 a T1).
Consulte também: plexo braquial, labirinto.
PLEXO BRAQUIAL
Substantivo e Adjetivo latino Plexus, entrelaçado, encaracolado e
Brachialis, parte alta do braço. Plexo braquial é o nome dado para o
conjunto de nervos que suprem os músculos do membro superior,
pescoço e ombros, cujo acesso pode ser feito pelo pescoço ou pela
axila. Os nervos do plexo braquial pós fascículo, estão separados pela
clavícula em dois grupos: os ramos supraclaviculares (acima),
formados pelos nervos: dorsal da escápula, torácico longo,
supraescapular e subclávio; e os ramos subclaviculares (abaixo),
formados pelos nervos: peitoral lateral, musculocutâneo, mediano,
peitoral medial, cutâneo medial do braço e do antebraço, ulnar,
subescapular superior e inferior, toracodorsal, axilar e radial. Para
ambos os grupos, o plexo braquial é constituído por ramos anteriores
dos nervos espinhais, das raízes ventrais dos segmentos de C5 a T1 da
medula espinhal. Os ramos anteriores dão origem a três troncos: o
tronco superior, constituído pelas raízes de C5 a C6, o tronco médio,
contínuo com a raiz de C7 e o tronco inferior, constituído pelas raízes
de C8 a T1. Os troncos do plexo braquial se ramificam em ramos
anteriores, nervos que suprem os músculos situados no compartimento
anterior do membro superior, os músculos flexores, e os ramos
posteriores, nervos que suprem os músculos situados no
compartimento posterior, os músculos extensores. Ambas divisões de
nervos se interligam para formar os fascículos do plexo braquial: o
fascículo lateral, formado por nervos anteriores do tronco superior e
médio, o fascículo medial, continuo com os nervos anteriores do
tronco inferior e o fascículo posterior, formado por nervos posteriores
dos troncos superior, médio e inferior.
Consulte também: plexo, nervo.
PNEUMÁTICO
Adjetivo grego Pneumatykos, Pneuma, de ar, sopro, relativo ao que
está cheio de ar. Por exemplo: Seios paranasais (cavidades ósseas
cheias de ar).
Consulte também: traqueia, seio.
POLEGAR
Substantivo latino Polles, Polleo, de poder, do grego Pollein, de ser
forte. A palavra polícia, símbolo de poder, deriva do latim Pollere, de
ter força, exercer o poder. Os imperadores romanos utilizavam o
polegar como sinal de aprovação, quando apontado para cima e
reprovação, quando apontado para baixo, o Pollice Verso, selando a
vida dos gladiadores. Polegar é o nome dado para o primeiro dedo,
popularmente conhecido como dedão da mão, o mais forte dos cinco
dedos da mão, composto por duas falanges, a falange proximal e a
falange distal.
Consulte também: hálux.
POLO
Substantivo grego Polus, de polo. Polo é o nome dado para a
extremidade superior e inferior de certos órgãos. Por exemplo: Polo
superior e inferior dos rins (extremidades que se voltam para cima e
para baixo).
Consulte também: ápice.
POLPA
Substantivo latino Pulpa, Pulpae, parte carnosa dos tecidos moles, do
grego Sárks, Sarkós, de polpa. Polpa é o nome dado para as partes
moles, macias e flácidas de certos órgãos, que são facilmente
reduzidas a consistência de pasta por cozimento. Por exemplo: Polpa
dentária (tecido mole situado no interior dos dentes); Polpa esplênica
(tecido mole e carnoso, o mesmo que parênquima, situado no interior
do baço); Polpa dos dedos (tecido mole e macio situado nas
extremidades distais dos dedos, feito pequenas almofadinhas); etc.
Consulte também: pulpar, coxim.
PONTE
Substantivo latino Pons, Pontis, do grego Géphyra, Géphyras,
construção destinada à comunicação de dois lugares separados por
uma corrente d’água. Ponte é o nome dado para as estruturas
anatômicas que permitem ligar uma região com a outra, situada em
uma certa distância. Por exemplo: Ponte, de Varolio76 (estrutura
tuberosa e saliente situada no tronco encefálico que liga o bulbo ao
mesencéfalo e este ao diencéfalo) Atualmente, a terminologia
anatômica adota o termo ponte ao invés de ponte de Varolio.
Consulte também: comissura.
PONTINO
Adjetivo relativo a ponte. Por exemplo: Artérias pontinas (pequenas
artérias associadas a ponte do tronco encefálico, como ramos da artéria
basilar).
Consulte também: ponte.
POPLÍTEO
Adjetivo latino Poplitaeus, de Poplis, Poplistis, do grego Ignya,
Ignyas, referente a curva na face posterior da perna, onde residem as
cabeças do músculo gastrocnêmico. Poplíteo é o nome dado para
região situada na parte de trás da articulação do joelho, local da fossa
poplítea e do músculo poplíteo, onde a artéria poplítea e o nervo tibial
permeiam. A fossa poplítea não é fácil de enxergar devido a inserção
dos músculos gastrocnêmio e sóleo, mais é possível identificá-la pelo
método da palpação direta.
Consulte também: joelho.
PORO
Substantivo latino Porus, de pequeno buraco. Poro é o nome dado aos
pequenos óstios situados na superfície de certos órgãos, que servem de
entrada ou saída para vasos sanguíneos e nervos.
Consulte também: óstio.
PORTA
Adjetivo e substantivo latino Porta, Portae, de Portare, levar,
conduzir, sistema de veias que unem duas redes capilares antes de
passar pelo coração. Do ponto de vista conceitual, é um tipo de
circulação sanguínea que pode conduzir o sangue por meio de um
sistema formado por duas redes de capilares, antes de passar pelo
coração, chamado de sistema venoso portal, a exemplo do sistema
portal hipofisário e porta hepático.
Consulte também: veia.
PRECORDIAL
Adjetivo latino Praecordialis relativo ao Praecórdio, que se passa
adiante do coração e do estômago, a exemplo da dor sentida sobre a
região retroesternal, a dor precordial, que pode ser sintoma de angina.
Consulte também: precórdio.
PRECÓRDIO
Substantivo latino Precordium, Praecordii, de Prae, adiante e Cor, de
Cordis, coração. Precórdio é o nome dado antigamente para as
estruturas situadas à frente do coração e à esquerda da porção inferior
do osso esterno, onde reside o músculo diafragma.
Consulte também: precordial.
PREGA
Substantivo latino, Plicare, de prega, do grego Plica, dobra flexível de
tecido enrugado. Prega é o nome dado para a extensão de tecido que se
dobra sobre certos órgãos, como ocorre com as pregas peritoneais.
Consulte também: peritônio.
PREPÚCIO
Substantivo latino Preapucium, Praepucci, palavra hibrida do latim
Prae, adiante e Pósthion ou Pósthe, pênis, membro viril. Prepúcio é o
nome dado para o prolongamento de pele do corpo do pênis sobre a
glande, cobrindo-a total ou parcialmente.
Consulte também: fimose, glande.
PRÓCERO
Substantivo latino Procerus, de elevado, alto, importante. Prócero é o
nome dado para o músculo prócero, músculo da mímica facial situado
sobre a glabela e que se estende sobre o processo frontal do osso
maxilar, responsável por corrugar a região de pele entre as
sobrancelhas.
Consulte também: vértice.
PROCESSO
Substantivo latino Precessus, de avançar, de ir adiante. Processo é o
nome dado para as estruturas prolongadas ligadas ao corpo principal
de um órgão. Por exemplo: Processo coracoide da escápula
(extremidade óssea projetada para frente da cavidade glenoidea, serve
de fixação para o músculo coracobraquial e a cabeça curta do bíceps
braquial).
Consulte também: pedículo, pedúnculo.
PROEMINENTE
Adjetivo latino Proeminens, que forma um relevo, saliência, do grego
Hypéroxos, eminente. Por exemplo: Sétima vértebra cervical (C7),
também chamada de vértebra proeminente, devido ao seu processo
espinhoso prolongado, facilmente palpado sobre a região cervical ao
nível da linha horizontal dos ombros.
Consulte também: processo.
PROGNATA
Adjetivo que refere as estruturas com características de prognatismo.
Por exemplo: Mandíbula prognata (mandíbula projetada para frente,
ressaltando a queixada).
Consulte também: prognatismo.
PROGNATISMO
Substantivo grego de Prognáthos, Prognáthou, de Pró, adiante, a
frente e Gnáthos, Gnáthou, mandíbula, queixo, queixada. Prognatismo
é o nome dado para a disposição da face de certas raças, cuja arcada
dentária se projeta para frente, arrastando os incisivos na mesma
direção, atribuindo a face uma aparência simiesca. A mandíbula
prognata, conhecida também como mandíbula de Habsburgo77, ocorre
a partir de uma desordem de natureza genética, desfigurando o padrão
de afeição natural do rosto, dando a mandíbula uma acentuada
projeção sobre o restante dos ossos da face, deixando o lábio inferior
afastado do lábio superior.
Consulte também: mandíbula, mento, queixo.
PROMONTÓRIO
Substantivo latino Promontorium, Pomontorii, de Pró, para diante e
Montis, monte, elevação que avança para frente. Promontório é o nome
dado para a margem saliente situada sobre a borda anterior da primeira
vertebra sacral (S1), na base do osso sacro, análoga a porção de terra
que avança em direção ao mar. Do ponto de vista clínico, o
promontório é utilizado como ponto de referência por obstetras, para
medir o diâmetro da pelve por onde o feto deverá passar durante o
parto vaginal.
Consulte também: tubérculo, crista.
PRONAÇÃO
Substantivo latino Pronatio, Pronationis, de Pronatus, voltado para
frente, de Pronare, inclinar para diante. Pronação é o nome dado para
o movimento de rotação da mão, posicionando o polegar para o lado
do corpo a partir da posição anatômica, de modo que a palma da mão
fique para baixo, contrário de supinação, análogo ao movimento de
eversão do pé.
Consulte também: supinação, eversão.
PRONADOR
Adjetivo relativo ao movimento de pronação. Por exemplo: Músculo
pronador quadrado e redondo (situados na extremidade proximal e
distal do antebraço).
Consulte também: supinador.
PRÓSTATA
Substantivo Prostátes, Prostátuo, do francês Prostate, o que está na
frente, em evidência, na comparação com as tropas que se posicionam
adiante da linha de combate. Próstata é o nome dado para a glândula
de aproximadamente 3 centímetros de comprimento e 4 centímetros de
largura, de consistência firme, situada anteroposterior sob o colo da
bexiga, associada ao sistema genital masculino. A próstata possui o
tamanho aproximado de uma noz, perfurada pela parte da uretra que
conecta o óstio uretral à uretra prostática, atravessando-a por completo.
A porção glandular é a maior parte da próstata, representa 2/3 de sua
massa, sendo o restante um conjunto de tecido fibroso e muscular
(fibromuscular). A função da próstata é produzir um líquido leitoso e
ácido, com substâncias importantes que agem como antibiótico no
combate as bactérias e para que os espermatozoides produzam ATP. As
substâncias produzidas pela próstata entram na porção da uretra
prostática por meio de pequenos canais, compondo cerca de 25% do
volume do sêmen que é ejaculado durante a relação sexual, sendo
responsável pela viabilidade e motilidade dos espermatozoides. Do
ponto de vista anatômico, a próstata apresenta: uma base, parte que
está intimamente associada ao colo da bexiga; um ápice, parte da
glândula direcionada para a face superior dos músculos esfíncteres da
uretra e do períneo; uma face anterior, composta por fibras musculares
e circulares associada as fibras do músculo esfíncter da uretra; uma
face posterior, posicionada junto a ampola do reto e as faces ínfero-
laterais, que são justapostas com o músculo levantador do ânus; e um
istmo, de posição anterior à uretra, continuo com o músculo esfíncter
externo da uretra.
Consulte também: esperma, sêmen.
PROSTÁTICO
Adjetivo grego Prostatikós, referente ao que está na frente, que tem
relação com a próstata.
Consulte também: próstata.
PROTRAÇÃO
Substantivo latino Protractione, deslocar para frente, adiante da
posição de repouso dos ombros. Protração é o nome para o movimento
dos ombros para frente, como se as extremidades pudessem se tocar.
Consulte também: protrusão.
PROTRUSÃO
Substantivo latino Protrusio, Protrusionis, de Protrudere, empurrar
para frente com força, de maneira abrupta. Protrusão é o nome dado
para a posição de um órgão que ficou projetado para frente por ter
crescido mais do que o normal.
Consulte também: protração, prognata.
PROTUBERÂNCIA
Substantivo latino Protuberare, de saliência, bojo, barriga, de Pro,
diante e Tuber, Tuberis, eminência, saliência. Protuberância é o nome
dado para as estruturas salientes situadas sobre a superfície de certos
órgãos. Por exemplo: Protuberância occipital externa (saliência sobre a
superfície do osso occipital, facilmente palpável acima da nuca).
Consulte também: tuberosidade, proeminência.
PROTUBERANCIAL
Adjetivo relativo a protuberância, de protuberância occipital, elevação
óssea situada atrás da cabeça, que marca um ponto craniométrico
importante.
Consulte também: protuberância.
PROTUSO
Adjetivo que se refere as estruturas que ultrapassam os limites naturais
de crescimento. Por exemplo: Lábio protuso (que avança a linha dos
dentes em casos de prognatismo mandibular).
Consulte também: prognatismo.
PROXIMAL
Adjetivo que se refere a qualquer estrutura anatômica situada perto de
sua origem, oposto de distal, como ocorre com os ossos da fileira
proximal do carpo: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme.
Consulte também: distal.
PSOAS
Substantivo latino Psoae, Psoarum, rim, do grego Psóa, Psóas, rim,
lombo, de músculos lombares utilizado por Galeno78, mais foi Riolan79
quem transcreveu o termo para o latim e a descrever o músculo psoas
menor. Psoas é o nome dado para os dois músculos situados na coxa,
inseridos na parte anterior das vértebras lombares, muito próximo dos
rins, o músculo psoas maior, ao invés de grande psoas, e músculo
psoas menor, ao invés de pequeno psoas.
Consulte também: lombar, rim.
PTERIGOIDE
Adjetivo do grego Ptéryx, Ptérygos, asa e Eidos, forma, que se
assemelha com as asas de um pássaro, foi Galeno80 que aplicou o
termo, introduzido por Vesalio81 e descrito por Riolan82. Pterigoide é o
nome dado para as duas lâminas ósseas finas, cortantes e de tamanhos
diferentes, chamadas de lâmina lateral e medial do processo pterigoide
do osso esfenoide. As duas lâminas se expandem lateralmente de
forma duplicada, preenchendo parte da fossa infratemporal.
Consulte também: asa.
PTÉRIO
Substantivo grego Pterón, Pteroû, de asas, plumagem, de ser alado, o
mesmo que Ptérion. Ptério é o nome dado para o ponto craniométrico
situado na região lateral do crânio, a partir da sinostose entre os ossos
frontal, parietal, esfenoide e a parte escamosa do temporal, formando
uma sutura craniana cuja forma lembra a letra H do alfabeto. O ptério
pode ser localizado posicionando dois dedos perfilados sobre o arco
zigomático. A importância clínica do ptério está relacionada a fratura
do osso neste local, pois na maioria dos casos é fatal, devido a
passagem dos ramos frontais dos vasos meníngeos médios, onde
ocorre a divisão da artéria meníngea média.
Consulte também: astério, básio, dácrio, estefânio, ófrio.
PUBIANO
Adjetivo relativo ao púbis, o mesmo que púbico. Por exemplo: Pelos
pubianos (pelos crespos que crescem sobre a região da pele que cobre
o púbis com o início da puberdade)
Consulte também: púbis.
PÚBIS
Substantivo latino Pubes, Púbis, pelos, buço, bigode, penugem, do
grego Hébe, Hébes, juventude, relativo as mudanças do corpo que
ocorrem com o amadurecimento que se inicia na puberdade. O púbis é
o par de ossos que se fundem anteriormente com o ílio e o ísquio.
Devido ao alongamento dos ramos (braços) superior e inferior do
púbis, ele se torna saliente e de fácil identificação com a palpação
sobre o baixo ventre. As suturas remanescentes do processo de
ossificação (sinostose), local onde se fixam o ílio e o ísquio,
desaparecem com o avanço da idade tornando difícil identificar onde
começa e termina cada osso. Em geral, o púbis apresenta forma
triangular que faz lembrar a letra V do alfabeto. No adulto, a região de
pele sobre o púbis é coberta por pelos crespos (pubianos). Nas
mulheres, a região coberta por pelos pubianos é chamada de monte
púbico ou monte de Vênus83.
Consulte também: monte de vênus.
PUDENDO
Adjetivo latino Pudendus, de púbis, do grego Aidoíos, que expressa o
sentimento sobre as partes do corpo que se deve ter vergonha de
mostrar. Relativo ao comportamento e as mudanças no corpo dos
jovens que se iniciam com a puberdade. O termo pudendo se refere as
partes sexuais, região do períneo ocupada pelas genitálias, incluindo o
vulgo traseiro, ânus, verga.
Consulte também: períneo, púbis.
PULMÃO
Substantivo latino Pulmo, Pulmonis, pulmão, bofe, do grego Pnéumon,
Pnéumonos, de Pnéin, respirar. Pulmão é o nome dado para os dois
órgãos principais da respiração, com a função primordial de oxigenar o
sangue (hematose), por meio do fluxo de ar que enche os alvéolos
pulmonares e nutre com oxigênio os capilares sanguíneos adjacentes.
Os pulmões possuem formato triangular, com a base apoiada sobre o
músculo diafragma e o ápice voltado para abertura superior do tórax,
na região do colo, entre os ombros. Como peças de laboratório, os
pulmões assumem a forma de órgãos murchos, de cor pálida com
pouca elasticidade. Esta condição é inversa em pulmões frescos, pois
em vida os pulmões estão cheios de ar, inflados e são rosados. Sua
elasticidade natural permite que ocupem quase todo espaço das
cavidades pulmonares, posicionados lado a lado, separados pelo
mediastino e o pelo coração. Do ponto de vista anatômico, os pulmões
apresentam: um ápice, cumes que convergem sobre o lobo superior
apontados para cima, uma base, com sua face diafragmática sobre o
músculo diafragma, uma face esternal, voltada para o osso esterno do
tórax, uma face mediastinal, voltada para o mediastino e face costal,
extensa e convexa, intimamente aderida aos arcos costais das costelas.
Cada pulmão apresenta números de lobos diferentes, o direito é
formado por 03 lobos (superior, médio e inferior) e o esquerdo por 02
lobos (superior e inferior). Os lobos pulmonares estão separados por
fissuras, que são invaginações profundas do tecido pulmonar,
permitindo que cada lobo possa ser separado manualmente. O pulmão
esquerdo possui lobos separados pela fissura oblíqua, já o pulmão
direito, possui o lobo superior separado pela fissura horizontal e
inferior pela fissura oblíqua. O tamanho entre os pulmões também se
difere, o direito é relativamente maior que o esquerdo, devido a
posição do coração que ocupa uma parte maior da cavidade pulmonar
esquerda. As estruturas que entram e saem dos pulmões o fazem pelo
hilo pulmonar, que está situado na face mediastinal de cada pulmão.
Pelo hilo pulmonar, passam artérias, veias, brônquios, nervos
autônomos e vasos linfáticos.
Consulte também: brônquio, pleura.
PULMONAR
Adjetivo latino Pulmonaris, do grego Pneumonikós, tudo que pertence
aos pulmões. Por exemplo: Pleura pulmonar (membrana serosa de
dupla face que envolve individualmente cada pulmão).
Consulte também: pulmão.
PULPAR
Adjetivo latino Pulparis, de Pulpa, Pulpae, de polpa, parte ou porção
carnosa, normalmente de textura macia e esponjosa.
Consulte também: polpa.
PULSO
Substantivo latino Pulsus, Pulsus, abalo, movimento convulsivo,
agitação, do grego Sphygmós, Sphygmôu, palpitação, pulsação, o
mesmo que punho. Pulso é o nome dado antigamente para a região
distal do antebraço que corresponde ao punho, isso porque é o local de
procedimento para palpação dos batimentos sistólicos da artéria radial,
pressionando-se levemente o polegar sobre a pele alinhada com a
inserção do polegar.
Consulte também: artéria, punho.
PULVINAR
Substantivo latino Pulvinar, Pulvinaris, almofada, coxim, equivalente
ao leito nupcial. Pulvinar é o nome dado pela neuroanatomia para a
região associativa situada no tálamo, que recebe neurônios aferentes da
camada do córtex visual e do colículo superior do mesencéfalo. Do
ponto de vista anatômico, o pulvinar é o maior núcleo situado no
tálamo, principalmente nos grandes mamíferos, devido sua
abrangência associativa com várias regiões neurais do encéfalo,
demonstrando assim uma grande complexidade neurológica. Apesar da
funcionalidade do pulvinar ser descrita pela neuroanatomia, essa
estrutura ainda requer maiores esclarecimentos neurofisiológicos.
Atualmente o pulvinar se destaca por sua participação na atenção
visual e no comportamento oculomotor para respostas motoras
específicas.
Consulte também: tálamo.
PUNHO
Substantivo latino Pugnus, Pugni, que confere a mão fechada, cerrada,
do grego Karpós, carpo. Punho é o nome dado para a região de
articulação das extremidades distais dos ossos do antebraço (rádio e
ulna) com os ossos da fileira proximal do carpo (escafoide e
semilunar). O mesmo que o popular pulso.
Consulte também: pulso.
PUPILA
Substantivo latino Pupila, Pupillae, diminutivo de Pupa, Pupae, de
pupila, do grego Kóre, Kóres, definida pela expressão popular, a
menina dos olhos. Pupila é o nome dado para a abertura esférica
situada no centro da íris, por onde a luz entra, passando pelo cristalino,
corpo vítreo até atingir a retina.
Consulte também: íris.
PUPILAR
Adjetivo que se relaciona com a pupila.
Consulte também: pupila.
PUTAME
Substantivo latino Putamen, Putaminis, ramagem decotada, estria, de
Putare, recortar. Putame é o nome dado para a estrutura neurológica
que forma o corpo estriado, que também é formado pelo núcleo
lentiforme (lenticular) e o núcleo pálido. O putame apresenta
superfície irregular, como se fosse recortado, de formato arredondado,
situado na base do lobo frontal do cérebro, associado a substância
negra e ao núcleo pálido. O putame recebe fibras do córtex motor
permitindo-o estar associado a manutenção dos movimentos mais
grosseiros. Entretanto, também está relacionado com o
comportamento, a memória e o aprendizado motor.
Consulte também: lenticular, pulvinar.
Q

QUADRADO
Adjetivo latino Quadratus, de quatro pontas, do grego Tetrágonos, o
que têm quatro lados e Gonía, Gonías, ângulo. Quadrado é o nome
dado para a estrutura anatômica que possui quatro lados ou quatro
pontas, cuja forma lembra um quadrado. Por exemplo: Músculo
quadrado lombar (músculo que compõem a parede da cavidade
abdominal); Músculo pronador quadrado (músculo situado na
extremidade distal do antebraço); Músculo quadrado femoral (músculo
da coxa situado no quadril); Músculo quadrado plantar (músculo
situado na sola do pé); etc.
Consulte também: redondo.
QUADRÍCEPS
Adjetivo latino Quadrus, quadrado e Caput, cabeça. Quadríceps é o
nome utilizado para classificar e identificar os músculos que possuem
quatro cabeças (origens) presas ao esqueleto. Por exemplo: Músculo
quadríceps femoral (músculo situado na coxa, suas cabeças estão
presas no osso do quadril, formado pelos quatro ventres musculares:
reto femoral, vasto lateral, medial e intermédio), com inserção que
converge na forma de um tendão sobre a patela.
Consulte também: bíceps, tríceps.
QUADRICIPITAL
Adjetivo relativo ao quadricípite ou quadríceps, músculo que possui
quatro origens ou cabeças situado na coxa.
Consulte também: quadríceps.
QUADRIGÊMEO
Adjetivo latino Quadrigeminus, de quadrigêmea, quadrigeminal,
quádruplo, do que possui quatro partes iguais. Quadrigêmeo é o nome
dado para a estrutura que possui quatro tubérculos, os colículos
quadrigêmeos, situados sobre a lâmina do teto do mesencéfalo no
tronco encefálico, agrupados em dois pares, os colículos cerebrais
superiores e inferiores. Os colículos cerebrais possuem forma esférica,
semelhante à pequenas ervilhas, separados por um sulco em forma de
cruz, abaixo da glândula pineal e atrás do aqueduto do mesencéfalo, de
Sylvius84.
Consulte também: trigêmeo.
QUADRIL
Substantivo latino Quadra mais Il, de Quadril, o que está situado na
pelve, de Pélvis, Pélvis, de quadril, bacia. Quadril é o nome dado para
o segmento entre o abdômen e as coxas, cuja forma lembra uma bacia
de uso doméstico, formado pelos ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis),
que serve de receptáculo para a articulação da cabeça do fêmur direito
e esquerdo e de plataforma para apoiar a coluna vertebral.
Consulte também: anca, bacia, pelve.
QUARTO VENTRÍCULO
Substantivo latino Ventriculus Quartus, referente ao quarto ventrículo
do cérebro. Quarto ventrículo é o nome dado para o último espaço
reservado para o líquido cerebrospinal, situado no interior do encéfalo,
posterior a ponte do tronco encefálico e adiante do cerebelo,
superiormente ligado ao aqueduto cerebral.
Consulte também: aqueduto.
QUIASMA
Substantivo grego Chíasma, Chásmatos, de cruz, o que cruza de um
lado para o outro. Quiasma é o nome dado para o cruzamento
(decussação) de parte das fibras aferentes do nervo óptico, o quiasma
óptico, e para a divisão dos tendões do músculo flexor superficial dos
dedos, o quiasma tendíneo de Camper85, que se separam para que os
tendões do músculo profundo dos dedos passem por dentro, cuja forma
lembra uma abotoadeira de uniforme militar.
Consulte também: decussação.
QUILÍFERO
Adjetivo do grego Khylós de caldo, suco, sumo, referente aos vasos
quilíferos ou linfáticos, oriundo dos intestinos que conduzem o quilo
proveniente da digestão, direcionando-o para o ducto torácico.
Consulte também: quilo, linfa.
QUILO
Substantivo do latim Chylós, Chyloû, de líquido leitoso, do grego
Khylós, de caldo, suco cremoso, sumo. Quilo é o nome dado para a
substância leitosa e cremosa rica em lipídios retirada dos alimentos
digeridos. O quilo é absorvido pelos intestinos por capilares linfáticos,
os capilares lactíferos, que conduzem a substância cremosa direto para
os vasos linfáticos maiores, alcançando a cisterna do quilo, dilatação
situada no ducto torácico principal.
Consulte também: linfa.
QUIMO
Substantivo grego Khumós, de serosidade. Quimo é o nome dado para
o alimento parcialmente digerido pelo estômago, embolando e
transformado em uma massa semilíquida chamada de bolo alimentar,
que sai do estômago e segue pelo duodeno, passando pelo intestino
delgado até alcançar o intestino grosso.
Consulte também: estômago.
R

RADIAÇÃO
Substantivo latino Radiotio, de irradiação, que se irradia para outras
partes. Radiação é o nome dado para as estruturas que possuem
grandes extensões, abrangendo enormes áreas do corpo, como ocorre
com os axônios dos neurônios do sistema nervoso periférico, as fibras
nervosas dos nervos terminais.
Consulte também: neurônio, nervo.
RADIAL
Adjetivo latino Radialis que se relaciona com o rádio, osso lateral do
antebraço, que tem relação com o rádio. Por exemplo: Artéria radial
(ramo da artéria braquial situada sobre o rádio).
Consulte também: rádio.
RADÍCULA
Substantivo latino Radícula, Radiculae, de raiz pequena, curta.
Radícula é o nome dado para as estruturas com origem em um tronco
principal. Por exemplo: Radículas da raiz anterior e posterior (nervos
que se originam das raízes do nervo espinhal).
Consulte também: radicular, raiz.
RADICULAR
Adjetivo relativo à radícula, estruturas nervosas que possuem raízes
pequenas e curtas.
Consulte também: radícula, nervo.
RÁDIO
Substantivo latino Radius, Radii, de roda, do grego Kerkís, Kerkídos,
raio de roda, cabeça do rádio. Rádio é o nome dado para o osso lateral
e mais curto do antebraço, situado ao lado da ulna, com extremidade
proximal arredondada, a cabeça do rádio, cuja forma lembra uma
pequena roda (rodinha), análoga ao botão dos antigos rádios elétricos,
que se articula com o capítulo do úmero e a incisura radial da ulna. O
corpo do rádio se alarga em direção a extremidade distal que é
achatada, com formato quadrilátero e uma face articular para o osso
escafoide e semilunar, ossos da fileira proximal do carpo, compondo a
articulação radiocarpal do punho.
Consulte também: ulna, cúbito.
RAFE
Substantivo grego Raphé, Raphés, costura, sutura. Rafe é o nome dado
para a linha saliente que lembra a costura feita por um alfaiate. Por
exemplo: Rafe do pênis (linha cutânea mediana que corta a face
inferior da pele do pênis ao meio).
Consulte também: septo.
RAIZ
Substantivo latino Radix, Radicis, de origem, do grego Ríza, Rízes, de
base, raiz de uma árvore, fonte, origem. Por exemplo: Raiz dos dentes
(estrutura de fixação dos dentes presa a cavidade alveolar da arcada
dentária superior e inferior).
Consulte também: radícula.
RAMALHETE
Adjetivo relativo a expressão utilizada antigamente para identificar o
conjunto de músculos presos ao processo estiloide do osso temporal. O
ramalhete de Riolan86 é composto pelos músculos estilo-glosso, estilo-
hioideo e estilo-faríngeo, de modo que o arranjo desses músculos
lembra um ramalhete de flores.
Consulte também: jarrete.
RAMIFICAÇÃO
Substantivo latino Ramificatio, Ramificationis do grego Palyozía,
Polozías, de Poly muito, vários e Ózos, ramo, haste, referente a divisão
de uma haste, de vaso sanguíneo ou de um nervo em vários ramos.
Ramificação é o nome dado para a divisão de um órgão que resulte em
ramos, braços e extensões. Vasos e nervos possuem muitos ramos,
devido a abrangência que devem ocupar no organismo.
Consulte também: ramo.
RAMO
Substantivo latino Ramus, Rami, do grego Ózos e Kládos, ramo, parte,
galho, referente as divisões (ramificações) de nervos e vasos
sanguíneos. Ramo é o nome dado para as divisões individuais de
certos órgãos, principalmente vasos sanguíneos e nervos periféricos.
Por exemplo: Ramos do nervo trigêmeo (cada ramo das três divisões
do quinto par de nervo craniano, oftálmico, maxilar e mandibular).
Consulte também: ramificação.
RAMPA
Substantivo do francês Rampe, superfície inclinada, em declive.
Rampa é o nome dado para a estrutura anatômica que possui superfície
em leve declive. Por exemplo: Rampa do tímpano da cóclea (superfície
levemente inclinada situada no interior da cóclea da orelha interna).
Consulte também: oblíquo.
RAMÚSCULO
Substantivo latino Ramusculus, Ramusculi, diminutivo de Ramus,
Rami. Ramúsculo é o nome dado antigamente para uma pequena
subdivisão de um ramo, de raminho, graveto. Apesar do termo sugerir
relação com a palavra músculo, o mesmo não está associado ao órgão
propriamente dito.
Consulte também: ramo.
RANHURA
Substantivo do francês Rainer, entalhe em madeira. Ranhura é o nome
dado antigamente para os sulcos de pouca ou nenhuma profundidade.
Por exemplo: Sulco da artéria occipital (pequena escavação situada no
osso temporal devido a passagem da artéria occipital).
Consulte também: sulco.
RANINO
Adjetivo latino Raninus, de Rana, Ranae, do grego Bátrachos de rã,
palavra incomum para os vasos sanguíneos que permeiam
longitudinalmente a face inferior da língua, comparado com o papo
translúcido da rã e seus vasos sanguíneos.
Consulte também: musculomembranoso.
RÂNULA
Substantivo latino Rana, de rã. Rânula é o nome dado para o cisto da
glândula sublingual devido à voz grossa e áspera que os pacientes com
tal afecção apresentam, cujo o formato do som lembra o de uma rã.
Consulte também: laringe.
RAQUE
Substantivo grego Ráchis, Rácheos, dorso, espinha dorsal, de coluna
vertebral. Raque é o nome dado para as estruturas associadas a medula
espinhal e as meninges. Por exemplo: Líquido cefalorraquidiano
(substância aquosa situada no espaço trabecular da aracnoide).
Consulte também: espinhal.
RECESSO
Substantivo latino Recessos, de recuo, do grego Recessus, de afastado.
Recesso é o nome dado para as estruturas recuadas, permitindo o
surgimento de pequenos espaços e cavidades. Por exemplo: Recesso
faríngeo (afastamento da parte superior da faringe, a nasofaringe,
adjacente ao toro tubário e ao óstio faríngeo da tuba auditiva); Recesso
epitimpânico (cavidade situada na cavidade timpânica propriamente
dita, superior aos ossículos da orelha média); Recesso retrocecal
(recuo situado atrás do ceco); etc.
Consulte também: antro, cavidade.
RECORRENTE
Adjetivo latino Recurrens, que retorna e Recurrere, voltar, recorrer.
Por exemplo: Artéria recorrente radial (artéria situada ao nível do
cotovelo, ramo derivado da artéria radial e braquial); Nervo laríngeo
recorrente (nervo destinado a laringe, ramo derivado do nervo vago);
etc.
Consulte também: acessório.
REDE
Substantivo latino Rede, de trama. Rede é o nome dado para as
estruturas que entrelaçam formando ramificações complexas, de
compreensão e arranjo estrutural.
Consulte também: plexo, aracnoide.
REDONDO
Adjetivo latino Rotundus do grego Peripherés, e Kyklikós, de buraco
grande, de formato redondo. Por exemplo: Forame redondo (abertura
que dá passagem ao segundo ramo do nervo trigêmeo).
Consulte também: oval.
REGIÃO
Substantivo latino Régio, Regionais, direção, lugar. Região é o nome
dado para o espaço ou determinada área do corpo. Por exemplo:
Região palmar (área de pele que cobre a face ventral da mão); Região
plantar (área de pele que cobre a face ventral da sola do pé); Região
poplítea (área de pele situada atrás do joelho); etc.
Consulte também: face.
REGIONAL
Adjetivo que se relaciona com uma determinada região. Por exemplo:
Músculos do jarrete (músculos situados na região posterior da coxa).
Consulte também: região.
REGO
Substantivo latino Rivus, de sulco, pequena escavação alongada, de
lava, córrego. Rego é o nome dado antigamente para o sulco de
pequena profundidade que serve para o escoamento de água, situado
no aparelho lacrimal, o mesmo que rego lacrimal, que acumula
lágrima.
Consulte também: carúncula.
RENAL
Adjetivo latino Renale, Renalis, relativo aos rins. Por exemplo: Artéria
e veia renal (vasos sanguíneos que permitem a vascularização dos rins,
passando pelo hilo renal para em seguida sofrerem muitas ramificações
e anastomoses).
Consulte também: rim.
RESTIFORME
Adjetivo latino Restiformis, de Restins, Restins, corda e Formis, forma,
cuja formato lembra uma corda, cordão. Por exemplo: Corpo
restiforme (pedúnculo cerebral inferior, braços similares a dois cordões
grossos e esbranquiçados situados na face posterior do bulbo do
mesencéfalo).
Consulte também: pedúnculo.
RETAL
Adjetivo que pertence ao reto. Por exemplo: Plexo retal (conjunto de
fibras simpáticas e parassimpáticas do sistema nervoso autônomo
pertinente a inervação do reto).
Consulte também: reto.
RETICULADO
Adjetivo relativo ao que é reticular, cuja forma lembra a trama de uma
rede.
Consulte também: retículo.
RETÍCULO
Substantivo latino Reticulus, Reticuli, diminutivo de Retis, rede, teia.
Retículo é o nome dado para as estruturas com fibras entrelaçadas em
forma de rede. Por exemplo: Retículo trabecular do ângulo
iridocorneal, de Fontana87 (estrutura de aspecto aracnídeo, ou seja, em
forma de teia, fletido entre a córnea e o músculo da íris, preso a esclera
e ao corpo ciliar situados intrinsicamente ao olho).
Consulte também: aracnoide.
RETINA
Substantivo latino Retinae, de Rete, Retis, teia ou rede. Retina é o
nome dado para a membrana fotossensível e vascular, o mesmo que
túnica interna do bulbo, situada no fundo do bulbo ocular, forrando a
face interna do olho, contendo fotorreceptores sensíveis aos raios
luminosos que alcançam a retina, os cones e os bastonetes. A retina é a
parte neural do bulbo do olho, formada por duas partes funcionais: a
parte óptica, sensível aos raios luminosos e a parte cega, contínua com
o estrato pigmentado da parte óptica.
Consulte também: olho.
RETO
Substantivo latino Rectum, parte linear, porção distal do intestino que
não possui curvas nem sinuosidades. Reto é o nome dado para o órgão
em forma de funil, parte distal do intestino grosso, situado a partir da
curvatura do colo sigmoide, onde as tênias se difundem para formar a
túnica muscular do reto, desprovido de apêndices epiplóicos (gordura),
contínuo inferiormente com o canal anal.
Consulte também: ânus.
RETRODUODENAL
Adjetivo latino Retro, para trás e Duodenalis, relativo ao duodeno.
Consulte também: duodeno.
RETROPÚBICO
Adjetivo latino Retro, para trás e Pubicus, relativo ao púbis.
Consulte também: púbis.
RIM
Substantivo latino Ren, Renis, de rim, do grego Nefros, Nephrôu,
referente aos dois órgãos que filtram e extraem do sangue o excesso de
água, sais e resíduos metabólicos, reabsorvendo nutrientes e outras
substâncias químicas. Rim é o nome dado para o par de órgãos
situados na cavidade abdominal, um de cada lado, ao nível da décima
segunda vértebra torácica e terceira vértebra lombar, de modo que o
rim direito está 2,5 centímetros mais baixo do que o esquerdo, ambos
presos a parede posterior do abdômen, portanto, retroperitoneais. Do
ponto de vista anatômico, cada rim possui um revestimento fibroso,
fino e translúcido, é a cápsula fibrosa, cobrindo a forma peculiar do
órgão que faz lembrar um grão de feijão. Com polos superior e inferior
e concavidade aberta para dentro, o hilo renal, por onde entram e saem
vasos sanguíneos e o ureter, que segue individualmente, um para cada
rim, em direção a bexiga urinária. Os rins cumprem um papel
fisiológico importante para homeostase do corpo, a síntese de urina
através do processo de filtração do sangue pelos néfrons. A urina
produzida é coletada por meio de tubos renais e conduzida por ureteres
individuais até a bexiga urinária para ser armazenada e posteriormente
eliminada pela micção, permitindo que o sistema urinário esteja
anatômico e funcionalmente associado com o sistema genital,
formando o aparelho urogenital masculino e feminino.
Consulte também: néfron.
RIMA
Substantivo latino Rima, Remae, do mesmo significado grego Régma,
Régmatos, fenda. Rima é o nome dado para a fenda que se forma a
partir do encontro de dois lábios, como ocorre com o encontro dos
lábios superior e inferior da boca, produzindo a rima labial, esteja ela
mais aberta ou fechada, análoga à rima do pudendo feminino a partir
do encontro dos lábios maiores da vulva e a rima da glote, com o
encontro das pregas vestibular e vocal da laringe.
Consulte também: cissura.
RINENCEFÁLICO
Adjetivo relativo a rinencéfalo.
Consulte também: rinencéfalo.
RINENCÉFALO
Substantivo grego Rhís, Rhinós, nariz e Enképhalos, encéfalo.
Rinencéfalo é o nome dado antigamente para a forma do nariz
prolongado, com aspecto de tromba, desafeiçoando o rosto dos
indivíduos portadores deste tipo de nariz. Atualmente, o termo é
utilizado para identificar anatomicamente a parte do córtex que atua
funcionalmente no processamento de sinais químicos e sensoriais do
olfato, vinculados ao estímulo do nervo olfatório, primeiro par de
nervos cranianos situados no cérebro.
Consulte também: nariz, olfato, rino.
RINO
Substantivo grego Rhinós, nariz. Rino é o nome dado para as estruturas
e órgãos associados ao nariz externo e interno, órgão primário do
olfato e secundário da respiração. Por exemplo: Rinofaringe (o mesmo
que nasofaringe, termo mais apropriado atualmente para identificar a
região da faringe, situada logo atrás da abertura posterior das fossas
nasais, as coanas).
Consulte também: nariz.
RISÓRIO
Adjetivo latino Risórium, o que faz rir, de riso, de Risus, Risus ou de
Risor, Risoris, que gosta de rir, referente aos músculos dérmicos
situados em ambos os lados da face, o músculo risório, cuja contração
isolada do músculo resulta no deslocamento do ângulo da boca,
tracionando-a em direção a orelha, produzindo uma expressão facial
alegre e sorridente.
Consulte também: musculodérmico.
RITMO
Substantivo grego Rhythm, de cadência, ritmo. Ritmo é o nome dado
para a cadência ritmada de certos processos fisiológicos controlado
pelo sistema nervoso autônomo. Por exemplo: Ritmo cardíaco
(cadência de pulso provocado pelas batidas do coração em uma
determinada frequência de tempo).
Consulte também: nó.
ROCHEDO
Substantivo do francês Roche, do mesmo significado grego Pétra,
Pétras, amontoado de pedras ou rochas. Rochedo é o nome dado
antigamente para a parte petrosa do osso temporal, muito dura e
irregular, situada sobre a base superior do crânio, a partir da elevação
óssea que se ergue entre a fossa craniana média e posterior, local onde
se abre o meato acústico interno, que dá passagem ao nervo facial, ao
vestibulococlear e a artéria labiríntica, corresponde a região entre o
forame lacero e o canal carótico a partir da base inferior do crânio.
Consulte também: tuberosidade, protuberância.
ROMBENCÉFALO
Substantivo grego Rhomencephalon, de obtuso, de Rhombos, encéfalo
e Enkephalos, de encéfalo, crânio. Rombencéfalo é o nome dado para
a parte anterior e desenvolvida do tubo neural e da crista neural, a
partir das chamadas vesículas encefálicas primárias. O rombencéfalo
se subdivide para formar as vesículas encefálicas secundárias, o
metencéfalo, que dá origem a ponte, o cerebelo e a parte superior do
quarto ventrículo, e o mielencéfalo, originando o bulbo e a parte
inferior do quarto ventrículo.
Consulte também: Prosencéfalo, Mesencéfalo.
ROMBOIDE
Substantivo latino Rhomboeidés, Rhomboeidés, de Rhombus, Rhombi,
rombo, termo geométrico, do grego Rhómbos, Rhómbou, losango e
Eidos, forma, que tem semelhança com um losango. Romboide é o
nome dado para a estrutura cujo formato lembra um losango, figura
geométrica que possui os lados iguais e ângulos não retos. Por
exemplo: Músculo romboide maior e menor (músculos situados abaixo
do músculo trapézio, entre a margem medial da escápula e o processo
espinhal das vértebras torácicas); Fossa romboide do quarto ventrículo
(fossa situada no dorso do mesencéfalo, entre a ponte e bulbo).
Consulte também: trapézio.
ROSTRO
Substantivo grego Rostrum, bico dos pássaros, focinho dos cães.
Rostro é o nome dado antigamente para a face dos animais,
equivalente ao rosto dos humanos em animais quadrupedes, como a
parte anterior do crânio que se projeta para frente, onde estão
localizados os órgãos dos sentidos, o viscerocrânio.
Consulte também: rosto.
ROTAÇÃO
Substantivo grego Ratatio, de movimentos rotativos. Rotação é o nome
dado para o tipo de movimento executado principalmente pelos
membros superiores e inferiores, desenhando no espaço um círculo
completo, girando em torno do próprio eixo, tanto no sentido horário e
anti-horário, por isso há dois tipos de rotação, a medial, no sentido do
plano lateral e a rotação lateral, no sentido medial do corpo.
Consulte também: abdução, adução.
RÓTULA
Substantivo latino Rotulae, diminutivo de roldana, pequena roda.
Rótula é o nome dado para o grande osso sesamóide, que atualmente a
terminologia adotou como patela.
Consulte também: patela, sesamóide.
RUGOSIDADE
Substantivo latino Rugositas, Rugositatis, Rugosus, de rugoso,
irregular, do grego Rhiknótes, Rhiknótetos, pequenas depressões,
saliências em forma de pregas, dobras, que tem rugas, franzido. Por
exemplo: Ânus (órgão em forma anular, esfíncter, que possui borda
franzida, rugosa).
Consulte também: ânus, esfíncter, piloro.
S

SACO
Substantivo latino Saccus, de saco, recipiente feito de couro utilizado
pelos romanos para armazenar vinho e ervas. Saco é o nome dado para
as estruturas saculares que servem para armazenar certas substâncias e
fluídos.
Consulte também: estômago, ceco, acetábulo.
SACO
Substantivo grego Saccus, de saco, bolsa de fundo cego, utilizada
antigamente pelos romanos para transportar vinho e hidromel. Saco é o
nome dado para as estruturas de formato saculiforme que servem para
armazenar líquidos, substâncias e secreções do corpo. Por exemplo:
Saco lacrimal (pequena bolsa situada entre o olho e a raiz do nariz, na
região nasolacrimal, ligada aos canalículos lacrimais e ao ducto
nasolacrimal, reservatório que serve de escoamento da lágrima para a
cavidade nasal).
Consulte também: vesícula, haustro, sáculo.
SACRO
Substantivo latino Sacrum, de Sacer, Sacri, sagrado, do grego Hierón
Ostéon, osso sagrado, devido aos antigos sacerdotes oferecerem este
osso em rituais de sacrífico. Sacro é o nome dado para o osso situado
na parte posterior do quadril, cravado entre os dois ossos ilíacos feito
uma cunha de carpinteiro. O sacro é o osso que encerra a coluna
vertebral, formado por quatro a cinco vértebras ossificadas entre si,
tornando-o uma peça óssea única, inflexível, curvada para frente, cujo
formato lembra um triângulo de cabeça para baixo. Do ponto de vista
anatômico, o osso sacro apresenta: uma base voltada para cima, um
ápice apontado para baixo e margens laterais direita e esquerda, que se
articulam com os ossos ilíacos por meio de faces articulares em forma
de orelha, a face auricular do osso sacro. O ventre e o dorso do osso
sacro são perfurados por forames sacrais, alinhados horizontalmente
em pares, atravessando o osso de um lado ao outro, servindo de
passagem para os nervos sacrais ventrais e dorsais, homólogos aos
nervos espinhais que emergem lateralmente pelos forames
intervertebrais da coluna vertebral. A primeira vértebra sacral (S1) é
diferenciada, de modo que algumas características anatômicas das
vértebras lombares são conservadas nesta vértebra, tornando-a uma
vértebra de transição. A base do osso sacro é pronunciada pela face
articular lombossacral, com borda anterior saliente, de grande
importância na obstetrícia, chamada de promontório.
Consulte também: promontório.
SACULAR
Adjetivo relativo ao sáculo. Por exemplo: Vesícula biliar (estrutura
sacular situada no fígado reservada para armazenar bile).
Consulte também: sáculo.
SACULIFORME
Adjetivo latino Saccus, de saco, e Formis, forma de saco.
Consulte também: sacular, sáculo.
SÁCULO
Substantivo latino Sacculus, Sacculi, diminutivo de Saccus, Sacci,
saco. Sáculo é o nome dado para as estruturas em forma de saco
(saculiforme), resultam em dilatações de fundo cego, como vesículas e
ampolas, que servem para armazenar substâncias.
Consulte também: vesícula, ampola, ceco.
SAFENO
Adjetivo grego Saphés, de claro, evidente, de fácil identificação,
características das duas veias subcutâneas situadas na perna, a veia
safena magna e veia safena parva.
Consulte também: parva.
SAGITAL
Adjetivo Sagittalis, de Sagitta, Sagittae, em forma de ponta de flecha.
Sagital é o nome dado para o tipo de articulação fibrosa e imóvel, que
une os ossos parietais da calota craniana, entre a sutura frontal e
lambdoide, situada sobre a linha média (sagital), cuja forma lembra a
ponta de uma fecha.
Consulte também: sutura, sinostose.
SALIVA
Substantivo latino Saliva, de suco. Saliva é o nome dado para o suco
que umedece a cavidade da boca, líquido alcalino e claro, meio
viscoso, produzido pelas glândulas salivares, a parótida, sublingual e
submandibular, que serve para amolecer, homogeneizar e digerir os
alimentos, facilitando a mastigação e a deglutição do bolo alimentar.
Consulte também: parótida.
SALPINGE
Substantivo grego Salpinx, de trompa, trombeta. Salpinge é o nome
dado para a estrutura em forma de trompa, tuba. Por exemplo: Trompa
de Falópio (estrutura em forma de tuba presa em ambos os lados do
útero, atual tuba uterina); Tuba auditiva, de Eustáquio (canal em forma
de trombeta, de tuba, situada entre a cavidade timpânica e o óstio
faríngeo da tuba auditiva).
Consulte também: tuba, canal.
SANGUE
Substantivo latino Sanguen, de sangue. Sangue é o nome dado para o
líquido vermelho de consistência viscosa que circula pelas artérias,
veias e capilares sanguíneos, sendo o principal meio de distribuição e
transporte de substâncias pelo organismo.
Consulte também: hemal.
SARCOLEMA
Substantivo grego Sárks, Sarkós, carne e Lémma, Lémmatos, casca,
envoltório, o mesmo que miolema. Sarcolema é o nome dado a
membrana que reveste as fibras musculares, análoga a membrana
plasmática das células, delimitando o sarcoplasma e separando-o do
meio extracelular, possui uma camada fina de polissacarídeos, rico em
fibras de colágenos, que se fundem com as fibras dos tendões que se
prendem aos ossos.
Consulte também: miolema, sarcômero.
SARCÔMERO
Substantivo do grego Sárks, carne e Mero, puro, simples. Sarcômero é
nome dado para as estruturas tubulares que reúnem os filamentos
grossos e finos de miosina e actina, de modo que cada sarcômero
reveste as miofibrilas de uma fibra muscular, de uma linha Z a outra.
Consulte também: miofibrila.
SARTÓRIO
Substantivo latino Sartorius, Sartorii, de Sartos, Sartoris, alfaiate, do
grego Rhaphideutós, Rhaphideutoû, alfaiate, costureiro, devido ao
movimento de cruzar uma perna sobre a outra, comum entre os
alfaiates, o mesmo que músculo dos costureiros. Sartório é o nome
dado para o mais longo músculo que cruza a coxa até o joelho,
portanto, o músculo sartório é um músculo biarticular, com origem no
osso ílio e inserção sobre a face medial da tíbia, compondo o tendão
cuja forma lembra a pata de um ganso.
Consulte também: pata de ganso.
SECREÇÃO
Substantivo latino Se, de parte e Cre, separar, de Secretion, que
significa, separação, do grego Ekkrisis, secreção. Secreção é o nome
dado para certas substâncias sintetizadas por células secretoras que
compõem o tecido glandular, tais como: hormônio, saliva, líquido
seminal, bile, suco gástrico, etc.
Consulte também: endócrino, exócrino.
SEGMENTO
Substantivo grego Segmentum, de parte, pedaço. Segmento é o nome
dado para as partes e divisões anatômicas do corpo. Por exemplo:
Braço (segmento entre a divisão do ombro e do antebraço); Pescoço
(segmento entre a divisão da cabeça e o tórax, nivelado com os
ombros); Perna (segmento entre a divisão da coxa e do pé); etc.
Consulte também: região.
SEIO
Substantivo latino Sinus, Sinus, cavidade, sinuosidade, dilatação. Seio
é o nome dado para a cavidade óssea dos ossos pneumáticos do crânio
e para algumas dilatações de certos vasos sanguíneos. Por exemplo:
Seio frontal (cavidade cheia de ar contida nos ossos da face); Seio
coronário (dilatação do ramo da veia cardíaca situada atrás do átrio
esquerdo do coração); Seio carotídeo (dilatação situada na raiz da
artéria carótida interna); etc. O termo sinusite é usado para identificar a
situação patológica decorrente da inflamação da mucosa que reveste os
seios paranasais, produzindo secreções que podem causar incômodo,
dores, inchaço e corrimento pelo nariz.
Consulte também: antro, cavidade.
SELA
Substantivo latino Sella, Sellae, de sela, selim, do grego Ephippion, de
Epí, em cima e Hippos, assento, montaria, cavalo. Sela é o nome dado
para a estrutura côncava situada entre o processo clinoide anterior e
posterior do osso esfenoide, chamada de sela turca, pois se assemelha a
sela de montaria utilizada pelos turcos, cujo centro é ocupado pela
fossa hipofisária, cavidade rasa que reserve para acomodar a glândula
hipófise, o mesmo que fossa pituitária.
Consulte também: hipófise, fossa.
SÊMEN
Substantivo latino Seminis, do grego Sporá, Sporás, ou Spóros,
Soprou, semente, germe. Sêmen é o nome dado para o líquido cremoso
composto por substâncias produzidas pelas glândulas do aparelho
reprodutor masculino. O sêmen contém os espermatozoides, células
gaméticas que surgem nos túbulos seminíferos dos testículos; o líquido
seminal, produzido pelas vesículas seminais; o líquido prostático,
produzido pela próstata; e secreções das glândulas bulbouretrais,
produzido pelas glândulas bulbouretrais. A quantidade de sêmen que é
ejaculado varia entre 2,5 a 5 mililitros, contendo aproximadamente 150
milhões de espermatozoides. O aspecto leitoso do sêmen é decorre da
mistura com o líquido prostático, enquanto que o líquido das glândulas
seminais e bulbouretrais conferem ao sêmen uma textura pegajosa,
cremosa. O sêmen permite que os espermatozoides sejam
transportados, nutridos e ativados pelo líquido seminal, quando são
misturados a partir do ducto ejaculatório, possibilitando minimizar o
ambiente hostil da uretra masculina e do canal vaginal.
Consulte também: seminal.
SEMICANAL
Substantivo latino Semicanalis, de canal aberto, pela metade.
Semicanal é o nome dado para os canais abertos, cortados ao meio,
cuja forma lembra as calhas antigas inventadas pelos romanos e que
hoje são utilizadas para escoar a água da chuva dos telhados. Por
exemplo: Semicanal da tuba auditiva (semicanal que liga a cavidade
timpânica a faringe, por meio do óstio faríngeo da tuba auditiva,
formado por uma calha de cartilagem composta por duas lâminas,
lateral e medial).
Consulte também: canal, sulco.
SEMILUNAR
Adjetivo latino Semi-lunaris, de Semi, meio, metade e Lunares, de lua,
do grego Menoeidés, crescente e Méne, Ménes, de lua e Eidos, forma,
semelhança, que tem a forma de meia lua. Por exemplo: Semilunar
(segundo osso da primeira ordem dos ossos do corpo).
Consulte também: hemisfério.
SEMIMEMBRANOSO
Adjetivo latino Semimembranosus, de Semi, meio e Membranosus,
cheio de membranas, do mesmo significado grego Hemi, meio e
Hymenoidés, de Hymen, membrana e Oidés, semelhança.
Semimembranoso é nome dado para o músculo situado na parte
posterior da coxa, devido ao aspecto membranoso que se manifesta no
terço superior do músculo. O mesmo que semimembranáceo.
Consulte também: semitendíneo, semilunar.
SEMINAL
Adjetivo latino Seminalis, Seminale, de Seminis, de semente, que tem
como objetivo semear, analogia com o esperma e os espermatozoides.
Por exemplo: Vesícula seminal (são duas pequenas bolsas saculares
que armazenam o líquido seminal e o misturam ao liquido espermático
durante a ejaculação). O esperma, que chega pelos ductos deferentes,
ao passar pelos ductos ejaculatórios, que estão conectados a vesícula e
a uretra prostática, se mistura ao líquido seminal e as secreções das
glândulas bulbouretrais para compor o sêmen.
Consulte também: sêmen.
SEMINÍFERO
Adjetivo latino Seminis, a semente, analogia feita com os
espermatozoides e Fero, de conduzir, levar. Por exemplo: Túbulos
seminíferos (pequenos canais torcidos e enrolados em compartimentos,
os lóbulos dos testículos, local onde ocorre o processo de gênese dos
espermatozoides, a espermatogênese).
Consulte também: canalículo.
SEMITENDINOSO
Adjetivo latino Semi-tendinosus, de Semi, meio e Tendinosus, cheio de
tendões, o mesmo que semitendíneo, músculo situado na face posterior
da coxa, de formato cilíndrico e alongado, cujo tendão preenche
metade do músculo, com origem em conjunto com a cabeça longa do
bíceps femoral, inserido na face medial da tíbia, logo abaixo do
trocânter medial, local conhecido como pata de ganso.
Consulte também: semimembranoso, pata de ganso.
SENSITIVO
Adjetivo latino Sensitivus, de sensível, emotivo, impressionável,
referente as fibras nervosas aferentes formadas por neurônios
sensitivos do sistema nervoso autônomo.
Consulte também: fibra, aferente.
SEPTAL
Adjetivo relativo ao septo. Por exemplo: Músculo depressor do septo
nasal (músculo da mímica facial situado na base do nariz, próximo ao
músculo orbicular da boca, sobre o lábio superior).
Consulte também: septo.
SEPTO
Substantivo latino Septum Septi, parede, muro, do grego Diafragma,
Diaphrágmatos, separação. Septo é o nome dado para a estrutura que
atua como parede, dividindo e separando uma cavidade em duas. Por
exemplo: Septo nasal (estrutura óssea-cartilaginosa que divide a
cavidade nasal em duas).
Consulte também: diafragma.
SEROSA
Substantivo do latino Sérum, Seri, parte aquosa, serosa de qualquer
substância, do grego Ixoroeidés, de Íxor, Íxoros, humor, líquido e
Eidos, forma, semelhança. Serosa é o nome dado para as estruturas
saculares constituídas por membranas que revestem internamente as
cavidades, cuja face interna é capaz de produzir certa quantidade de
líquido ou secreção. Por exemplo: Pleura pulmonar (estrutura sacular
que envolve individualmente os pulmões por meio de duas lâminas
pleuras, a parietal e a visceral). Assim como ocorre com o pericárdio, o
peritônio e as cápsulas das articulações sinoviais.
Consulte também: folheto, membrana.
SESAMÓIDE
Adjetivo latino Sesamoides, Sesamoidis, de semente, ervilha, do grego
Sesamoidés, de sésamo, gergelim, pequena semente de planta
begoniácea. Sesamóide é o nome dado para os pequenos e
arredondados ossos que crescem próximo as juntas, mergulhado na
espessura dos tendões dos músculos que cruzam as articulações. Os
ossos sesamóides são encontrados junto as articulações
metacarpofalângicas da mão, metatarsofalângicas do pé, e dos joelhos,
a patela.
Consulte também: patela.
SIGMOIDE
Adjetivo grego Sigmoeidés, de Sígma, Sígmatos, relativo a letra grega
sigma (ς), correspondente a letra S do alfabeto. Sigmoide é o nome
dado para toda estrutura cuja forma lembra a letra S do alfabeto, de
forma sinuosa. Por exemplo: Cólon sigmoide (porção distal do
intestino grosso continuo com o reto, porém, sem curvas).
Consulte também: circunvolução.
SIMPÁTICO
Adjetivo grego Sympathekós, de Syn, comunidade, concordância e
Páthos, sentimento, afeição, associado as atividades fisiológicas que
inspiram sentimentos e afeição pelo outro. Simpático é o nome dado
para as estruturas relacionadas ao sistema nervoso autônomo
simpático, que reage aos estímulos do meio, que causa excitação,
desiquilíbrio, alterando o estado normal do organismo. O sistema
simpático não está submetido à vontade consciente do corpo, de forma
autônoma e inconsciente, atua sobre o organismo de modo abrangente.
Do ponto de vista anatômico, o sistema simpático é formado por dois
cordões de gânglios verticais, um de cada lado, próximo a coluna
vertebral, como se fossem cordões de conta, se estendendo do crânio
até o osso sacro, chamado de tronco simpático. Cada tronco simpático
direito e esquerdo é formado de 3 gânglios cervicais, de 11 a 12
gânglios torácicos, de 4 a 5 gânglios lombares, de 4 a 8 gânglios
sacrais e 1 gânglio coccígeo. O tronco simpático se conecta com as
fibras pré-ganglionares curtas e com as fibras pós-ganglionares longas,
que se estendem sobre os órgãos efetores, e por isso agem de modo
mais difuso, tornando o efeito da ação simpática mais abrangente e
sistêmica.
Consulte também: parassimpático, gânglio.
SINAPSE
Substantivo grego Syn, junto e Haptein, tocar, ponto de contato entre
os neurônios. Sinapse é o nome dado para a forma de junção e de
contato entre os neurônios, permitindo a troca de informações
neurológicas entre neurônios por de reações físico-químicas na fenda
sináptica situada entre uma célula e outra.
Consulte também: neurônio, fibra.
SINARTROSE
Substantivo grego Synárthrosis, encaixar-se, adaptar-se, de Syn,
aproximação, união, junta e Arthrosis, articulação. Sinartrose é o nome
dado para as articulações imóveis ou suturais. Por exemplo: Sutura
frontal (juntura entre os ossos frontal e parietal situada sobre a calota
craniana).
Consulte também: diartrose, anfiartrose.
SINCIPÚCIO
Substantivo latino Sinciput, sinciputis, de Semi, meio e Caput, do
grego Mesókranon, meio da cabeça, metade da cabeça. Sincipúcio é o
nome dado antigamente para a parte que corresponde ao encontro
(vértice) da sutura sagital com a frontal, a bregma.
Consulte também: bregma.
SINCONDROSE
Substantivo grego Synchóndrosis, de Syn, juntamente, ao lado, e
Chóndros, cartilagem. Sincondrose é o nome dado para a articulação
semimóvel, cujo material interposto é do tipo cartilaginoso, de modo
que a união dos ossos ocorre por meio de uma cartilagem. Por
exemplo: Articulação esternocostal (juntura entre o osso esterno e a
costela).
Consulte também: sínfise.
SINDESMOLOGIA
Substantivo grego Syndesmos, Sydesmou, laço, ligamento e Logía,
coletânea, estudo. Sindesmologia é o nome derivado de sindesmose,
referente a parte da Anatomia que estuda sobre os ligamentos.
Consulte também: Sindesmose.
SINDESMOSE
Substantivo grego Syndesmos, Sydesmou, laço, ligamento, o que está
unido por tecido fibroso. Sindesmose é o nome dado para as
articulações semimóveis, cujo material interposto é do tipo fibroso, de
modo que a união dos ossos é realizada por uma membrana ou
ligamento. Por exemplo: Articulação tíbio-fibular (juntura entre as
extremidades distal da tíbia e da fíbula). Este tipo de articulação é mais
raro do que as demais junturas do tipo fibrosa.
Consulte também: sinostose, gonfose.
SÍNFISE
Substantivo grego Symphysis, união, junção, de Syn, juntamente, ao
lado e Physis, Physeos, natureza, o que é natural. Sínfise e o nome
dado para as articulações semimóveis que unem os ossos, cujo material
interposto é do tipo fibroso e cartilaginoso ou fibrocartilaginoso. Por
exemplo: Sínfise púbica (juntura que une os púbis, permite que
pequenos ajustes, adequando o diâmetro do círculo da pelve ao
tamanho da cabeça do feto no parto vaginal.
Consulte também: anfiartrose.
SINOSTOSE
Substantivo grego Syn, juntamente, ao lado e Ostéon, osso. Sinostose é
o nome dado para as articulações imóveis do tipo fibrosa, que unem os
ossos do crânio, as suturas cranianas.
Consulte também: sagital, ptério.
SINÓVIA
Junção derivada do substantivo grego Syn, juntamente, ao lado, com o
substantivo latino Ovum, ovo. Sinóvia é o nome dado para o líquido
sinovial (humor), situado no interior das articulações sinoviais, de
aspecto viscoso, semelhante a clara de ovo, produzido pela membrana
que reveste internamente as articulações sinoviais, a membrana
sinovial. A função do líquido sinovial é lubrificar as extremidades dos
ossos cobertos por cartilagem articular (hialina), diminuindo o atrito e
evitando o desgaste do tecido ósseo.
Consulte também: sinovial.
SINOVIAL
Adjetivo que tem relação com o líquido sinovial, com a membrana
sinovial, com as pequenas bolsas que protegem alguns tendões, as
bursas tendíneas, que permitem melhorar os pontos onde os ligamentos
escorregam, antigamente chamadas de sinóvias tendinosas.
Atualmente recebem o nome de bainhas tendíneas ou sinoviais.
Consulte também: bainha.
SISO
Substantivo latino Sensos, Sensos, do mesmo significado grego
Kritérion, kritériou, juízo, senso razão, prudência. Siso é o nome dado
para o último dente molar que aparece na arcada dentária superior, o
siso, que surge a partir da idade adulta, coincidindo com o período que
se acreditava ter mais juízo e responsabilidade.
Consulte também: molar.
SISTEMA
Substantivo grego Systema, de conjunto, associação de mecanismos.
Sistema é o nome dado para o conjunto de órgãos com atividades
fisiológicas semelhantes, que anatomicamente se complementam
dentre de um organismo. No corpo humano há 12 sistemas que são
descritos anatomicamente: Sistema Nervoso; Sistema Circulatório;
Sistema Digestório; Sistema Respiratório; Sistema Esquelético;
Sistema Articular; Sistema Muscular; Sistema Urinário; Sistema
Genital; Sistema Tegumentar; Sistema Endócrino e Sistema Sensorial.
Consulte também: aparelho.
SÍSTOLE
Substantivo grego Syn, junto e Stellein, apertar. Sístole é o nome dado
para a contração do miocárdio, comprimindo as cavidades atriais
(sístole atrial) e ventriculares (sístole ventricular) do coração, ejetando
o sangue pelas artérias aórtica e pulmonar, promovendo a circulação
do sangue pelo organismo, chamada de circulação sistêmica ou grande
circulação.
Consulte também: coração, átrio, ventrículo.
SÓLEO
Adjetivo Solearis, de Solea, Soleae, do mesmo significado grego
Hypodéma, Hypdématos, sandália, palmilha, o mesmo que solear.
Sóleo é o nome dado para o músculo situado na face posterior da perna
(panturrilha), da fíbula até o tendão de Aquiles88, cujo formato lembra
uma grande palmilha de sapato, hipoteticamente calçada pelos ventres
do músculo gastrocnêmio.
Consulte também: sura.
SUBCLÁVIO
Adjetivo latino Subclavius, de sub, por baixo e Clávio relativo à
clavícula, do grego Hypó-klêidos, de Hypó, abaixo e Klêis, Klêidos,
clavícula, o mesmo que subclavicular ou subclávia. Por exemplo:
Artéria subclávia (artéria que passa abaixo do terço médio da
clavícula).
Consulte também: clavícula.
SUBÍCULO
Substantivo grego Subiculum, de sustentação, do latim Subiculum, que
suporta, de submissão. Subículo é o nome dado para a região curvada
do giro para-hipocampal do cérebro, que faz transição entre a zona
cortical entorrinal situada inferiormente e com o hipocampo localizado
acima. O subículo é subdividido em 04 sub-regiões: o para-subículo, o
pré-subículo propriamente dito e o pró-subículo.
Consulte também: hipocampo.
SUBLINGUAL
Adjetivo latino Sublingualis, do mesmo significado grego
Hypolgóssios, de Hypó, debaixo e Glóssa, língua, o que está debaixo
da língua. Por exemplo: Artéria sublingual (artéria situada abaixo da
língua, sobre o assoalho da mandíbula, ramo da artéria lingual da
carótida externa); Glândula sublingual (glândula salivar situada abaixo
da língua, sobre o assoalho da mandíbula); Nervo sublingual (nervo
situado abaixo da língua, sobre o assoalho da mandíbula, ramo do
nervo lingual); etc.
Consulte também: hipoglosso, língua.
SUBMANDIBULAR
Adjetivo latino Sub-Mandibularis, de Sub, debaixo, a baixo e
Mandibularis, relativo à mandíbula, osso móvel do crânio, oposto a
maxila, osso maxilar, o que está por baixo da mandíbula.
Consulte também: mandíbula.
SUBMENTUAL
Adjetivo latino Submentalis, de sub, debaixo e Mentalis, de Mentum,
Menti, queixo, queixada, o que está situado sob o mento, ponta do
queixo. Por exemplo: Artéria submentual (artéria situada sob o ramo
da mandíbula, ramo da artéria facial); Veia submentual (veia sob o
ramo da mandíbula, anastomose com a veia facial, retromandibular e
facial); Linfonodo submentual (linfonodo situado abaixo do assoalho
da mandíbula); etc.
Consulte também: mento.
SUBSTÂNCIA
Substantivo latino Substare, de líquido, fluído, do grego Substantia, de
essência, existir. Substância é o nome dado para o líquido, fluído e
secreções produzidas por tecidos glandulares do corpo, de consistência
variável, que vai do aquoso, fluído até o gelatinoso, cremoso.
Consulte também: humor, sinovial.
SUBTÁLAMO
Substantivo grego Subthalamus, de abaixo, inferior ao tálamo.
Subtálamo é o nome dado para a região situada entre o diencéfalo e o
mesencéfalo, local onde reside o núcleo subtalâmico, com fibras que
se ligam ao globo pálido. O subtálamo atua na manutenção da
atividade motora e pode ser considerado com um dos núcleos da base,
devido a rica e vasta rede de conexões neurológicas.
Consulte também: tálamo, epitálamo.
SUCO
Substantivo latino Sucu, de suco, secreção. Suco é o nome dado para o
líquido que é resultado da secreção de glândulas. Por exemplo: Suco
gástrico (líquido secretado pela mucosa do estômago que ajuda na
quebra de alimentos fibrosos); Suco pancreático (líquido alcalino
secretado pelo pâncreas e liberado no duodeno facilitando a quebra de
gordura, tornando-a hidrossolúvel).
Consulte também: humor, bile.
SUDORÍPARA
Substantivo latino Sudor, de suor. Sudorípara é o nome dado para as
glândulas responsáveis por eliminar o suor (perspiração), diminuindo a
temperatura devido a troca de calor da epiderme úmida com o meio
externo. As glândulas sudoríparas ou sudoríferas ocorrem em torno de
três a quatro milhões de glândulas, presas aos folículos pilosos e na
superfície da pele por meio de poros. As glândulas sudoríparas são
classificadas de dois modos: glândulas écrinas, que são glândulas
tubulares de formato enovelado, empalhadas sobre a pele
principalmente sobre a testa, palma da mão e sola dos pés, e as
glândulas epócrinas, que são glândulas tubulares de formato enovelado
e ductos com diâmetro maior, situadas na axila, na virilha, aréolas das
mamas e sobre a pele que cresce os pelos da barba no rosto.
Consulte também: epiderme, derme.
SULCO
Substantivo latino Sulcus, Sulci, rego, do grego Holkós, Holkôu, traço
ou ranhura. Sulco é o nome dado para as depressões rasas sobre a
superfície de certos órgãos, serve para acomodar a passagem de vasos
sanguíneos, nervos periféricos e ligamentos, quando estão vazios,
permanecem como marcas e impressões permanentes sobre a
superfície. Por exemplo: Sulco do vômer (sulco situado sobre as faces
do osso vômer, situado dentro da cavidade nasal, serve para a
passagem do nervo nasopalatino e vasos); Sulco infraorbital (situado
dentro da cavidade orbital, serve para a passagem da artéria e nervo
infraorbital); Sulco da artéria temporal média (sulco situado sobre a
lâmina escamosa do osso temporal, na fossa temporal, serve para a
passagem da artéria temporal média, ramo da artéria temporal
superficial); etc.
Consulte também: cissura, cessura, fúrcula.
SUPERCILIAR
Adjetivo latino Superciliaris, de Super, sobre e Ciliares, relativo aos
cílios, que tem relação com os supercílios e com o arco superciliar,
protuberância em forma de arco sobre a borda superior do osso frontal,
imediatamente acima das órbitas.
Consulte também: supercílio.
SUPERCÍLIO
Substantivo latino Supercilium, Supercilii, de Super, acima e Cílium,
Cilii, pestana, sobrancelha. Supercílio é o nome dado para a eminência
óssea arqueada revestida por pele e tecido conjuntivo frouxo,
frequentemente coberta por pelos das sobrancelhas, situada acima dos
cílios de cada pálpebra superior.
Consulte também: cílio, mesófrio.
SUPINAÇÃO
Substantivo latino Supinatio, Supinationis, de Supinare, lançar de
costas, do grego Hyptótes, Hyptiótetos, posição de uma pessoa deitada
de costas, em decúbito dorsal. Supinação é o nome dado para a rotação
lateral do antebraço direcionando a palma da mão para cima, resultado
da ação do músculo supinador, o contrário de pronação.
Consulte também: pronação.
SUPINADOR
Adjetivo latino Supinator, Supinatoris, de Supinus, deitado de costas,
referente ao músculo de mesmo nome, responsável pelo movimento
que permite a palma da mão se posicionar para cima, como se alguém
pedisse alguma coisa, contrário de pronação.
Consulte também: supinação, pronação.
SUPINO
Adjetivo Supinus, de Supus, deitado de costas, o que está deitado com
as costas para baixo e o ventre para cima, o mesmo que decúbito
dorsal.
Consulte também: supinação.
SUPRA
Preposição cujo significado define o que está acima, sobre. Por
exemplo: Fissura orbital superior (fissura situada no fundo da cavidade
orbital, próximo ao canal óptico); Fossa supraescapular (escavação
funda situada acima da espinha da escápula, serve de fixação para o
músculo de mesmo nome); Glândula suprarrenal (glândula situada
sobre o polo superior do rim); etc.
Consulte também: Infra.
SURA
Substantivo latino Sura, Surae, de perna, panturrilha, do grego Knéme,
Knémes, barriga da perna. Sura é o nome dado para a região volumosa
situada posteriormente a perna, devido a inserção dos músculos
gastrocnêmio e sóleo, também conhecida pela expressão popular,
batata da perna.
Consulte também: sural, gastrocnêmio.
SURAL
Adjetivo latino Suralis, de sura, barriga da perna, que pertence a
barriga da perna, de panturrilha, conhecida popularmente como a
região da batata da perna.
Consulte também: sura, panturrilha.
SUTURA
Substantivo latino Sutura, de emenda, costura, o mesmo que sinostose.
Sutura é o nome dado para articulação fibrosa que une os ossos do
crânio de um adulto, nomeada com os nomes dos ossos envolvidos.
Por exemplo: Sutura esfenoparietal (sutura entre o osso esfenoide e
parietal); Sutura frontozigomática (sutura entre o osso frontal e
zigomático); Sutura parietotemporal (sutura entre o osso parietal e
temporal); etc. Algumas suturas não são nomeadas com os nomes dos
ossos, mais pelo formato que a sutura aparenta. Por exemplo: Sutura
coronal (sutura entre o osso frontal e os ossos parietais, cuja forma
lembra uma coroa sobre a cabeça); Sutura sagital (sutura entre o osso
frontal, os ossos parietais e o osso occipital, cuja forma lembra a ponta
de uma flecha); Sutura lambdoide (sutura entre os ossos parietais e o
osso occipital, cuja forma lembra a letra lambda do alfabeto grego);
etc.
Consulte também: sinostose.
T

TÁLAMO
Substantivo latino Thalamus, Thalami, de quarto para dormir, relativo
a cama, do grego Thálamos, Thálamou, leito nupcial. Tálamo é o nome
dado para as duas massas ovoides posicionadas lado a lado, conectadas
entre si pela aderência intertalâmica. Na extremidade posterior do
tálamo, o núcleo pulvinar é o maior núcleo talâmico. O tálamo faz
vizinhança com outras estruturas do diencéfalo, o terceiro ventrículo,
os ventrículos laterais, o assoalho da fissura transversa do cérebro,
abaixo do corpo caloso e do fórnice, e o sulco hipotalâmico, que
separa o hipotálamo do subtálamo. O tálamo é formado por núcleos de
substância cinzenta, subdivididos em grupos (anterior, posterior, lateral
e medial), compondo uma importante estação neurológica para o
processamento de várias funções primárias do encéfalo, facilitando a
distribuição dos sinais que chegam até o córtex cerebral por meio dos
órgãos do sentido, tendo um papel importante na aprendizagem e na
formação da memória afetiva.
Consulte também: epitálamo, subtálamo.
TALÃO
Substantivo latino Talus, Tali, referente ao que é posterior, proximal,
Calx, Calcis, de calcanhar, do grego Ptérna, Ptérnes, calcanhar. Talão
é o nome antigo dado para a parte posterior do pé, atualmente formado
pelo osso calcâneo, o mesmo que calcanhar.
Consulte também: calcâneo.
TALAR
Adjetivo relativo ao talão.
Consulte também: talão.
TÁLUS
Substantivo latino Talus, Tali, referente ao que é posterior, proximal do
pé. Tálus é o nome dado para o primeiro osso de formato irregular da
pilha de ossos do tarso e o osso mais alto do pé, se articulando com a
extremidade distal da tíbia e da fíbula, por meio da face troclear do
tálus com a face articular inferior da tíbia e a face articular dos
maléolos lateral e medial.
Consulte também: tarso.
TARSIANO
Adjetivo relativo ao tarso.
Consulte também: tarso.
TARSO
Substantivo grego Tarsos, Tarsôu, conjunto de objetos empilhados em
uma determinada ordem ou critério de distribuição. Tarso é o nome
dado para o conjunto de sete ossos que compõem o esqueleto do pé
(tálus, calcâneo, cuboide, navicular, cuneiforme lateral, intermédio e
medial), organizados de modo que os maiores ficam em cima e os
menores em baixo. Tarso também é o nome que identifica a prega que
dá forma e sustentação às pálpebras dos olhos, relativamente espessa,
composta por tecido conjuntivo, bem como as glândulas tarsais, de
Meibom89, glândulas sebáceas organizadas em fila que secretam um
líquido gorduroso, evitando que as pálpebras sofram colabamento.
Consulte também: pé, pálpebra.
TECTÓRIA
Adjetivo latino Tectória, que serve de teto, de cobertura. Por exemplo:
Membrana tectória (membrana gelatinosa flexível que reveste as
células ciliadas do órgão espiral situado na orelha interna).
Consulte também: cóclea.
TEGME
Substantivo grego Tegmen, de revestimento. Tegme é o nome dado
para o tecido conjuntivo que reveste certos órgãos. Por exemplo:
Tegmen timpânico (tecido que recobre a membrana timpânica, o
timpâno).
Consulte também: tegmento, tegumento.
TEGMENTO
Substantivo grego Tegmentum, de cobertura, o mesmo que tegme.
Tegumento é o nome dado para o revestimento que protege
determinados órgãos de ambiente nocivos e contaminados,
corresponde atualmente a pele e ao tecido conjuntivo do sistema
tegumentar.
Consulte também: tegumento.
TEGUMENTO
Substantivo latino Tegumentum, Tegumenti, tudo que serve para cobrir,
cobertura, de Tegumen, Teguminis, de Tegere, cobrir, revestir.
Tegumento é o nome dado para o conjunto de tecidos que compõem a
pele, órgão que reveste o corpo humano externamente, e estruturas
anexas (pelos, unhas, glândulas e receptores sensitivos). Do ponto de
vista funcional, o sistema tegumentar regula a temperatura corporal,
armazena sangue, protege o corpo externamente, detecta estímulos
externos, excreta e absorve substâncias, e produz vitamina do tipo D.
Consulte também: pele.
TELA
Substantivo latino Tela, Telae, de tela, armação, do grego Histín,
Histíou, de véu, trama de tecido. Tela é o nome dado para o tecido
conjuntivo com fibras entrelaçadas, cuja forma lembra uma rede. Por
exemplo: Tela subcutânea (tela de tecido conjuntivo preenchida por
espessa camada de gordura e vasos sanguíneos, situada entre a derme e
a aponeurose que recobre os músculos).
Consulte também: derme, hipoderme.
TELENCÉFALO
Substantivo grego Telecephalon, de Telos, que se desenvolve como
estruturas satélites, extremidades laterais. Telencéfalo é o nome dado
para as duas grandes massas encefálicas a partir da divisão do cérebro,
as metades do cérebro, que se desenvolvem sobre o diencéfalo e tronco
encefálico, se originam do prosencéfalo. O telencéfalo forma os dois
hemisférios do cérebro, separados parcialmente pela fissura
longitudinal do cérebro, conectados entre si pelo carpo caloso. Os
ventrículos cerebrais estão situados no interior de cada hemisfério
cerebral, se comunicando com o terceiro ventrículo do diencéfalo pelo
forame interventricular.
Consulte também: córtex, cérebro.
TÊMPORA
Substantivo latino Tempus, Temporis, de têmporas, do grego
Krótaphos, Krótaphou, têmpora. Têmpora é o nome dado para a região
lateral da cabeça, imediatamente acima do arco zigomático, entre a
cavidade orbital e a orelha externa, local onde a escama do osso
temporal projeta a fossa temporal, onde se encontra o ptério. O mesmo
que fonte, de nascente, manancial, relativo a região do cérebro, o lobo
temporal, como local de origem das memórias, fonte de informação e
recordação, não confundir com o termo fronte, relativo ao osso frontal,
osso da testa.
Consulte também: fronte, temporal.
TEMPORAL
Substantivo latino Temporalis, Tempus, Temporis, de osso temporal,
fonte, do grego Krotaphítos, Krotaphítou, têmpora. Temporal é o nome
dado para o osso irregular situado na parte lateral do crânio, um de
cada lado da cabeça óssea, e para as estruturas associadas a ele. Por
exemplo: Artéria temporal superficial (artéria situada sobre a escama
do osso temporal, na fossa temporal); Músculo temporal (músculo que
auxilia na mastigação situado sobre a fossa temporal); Lobo temporal
(lobo lateral do cérebro, situado sobre a fossa craniana média,
protegido pelo osso temporal); etc.
Consulte também: têmpora.
TENAR
Substantivo grego Thénar, Thénaros, de palma da mão. Tenar é o
nome dado para a saliência carnosa sobre a pele da palma da mão, de
consistência macia, aparentando uma pequena almofada, local onde
reside os músculos tênares, na base da articulação do polegar, vulgo
dedão da mão, acima da região hipotenar.
Consulte também: hipotenar.
TENCA
Adjetivo latino Tenca, referente a tainha da água doce, cuja a boca
lembra o colo do útero.
Consulte também: focinho de tenca.
TENDA
Substantivo do baixo latim de Tendere, de barraca, do grego Baíte,
Baítes, pavilhão de couro. Tenda é o antigo nome dado para certas
estruturas anatômicas cuja forma lembra a cobertura flexível de uma
barraca de acampamento, de considerável mobilidade armada por
hastes de madeira, o mesmo que tentório. Por exemplo: Tentório do
cerebelo (invaginação fibrosa proveniente da dura-máter em forma de
meia-lua que separa os lobos occipitais dos hemisférios cerebrais do
cerebelo).
Consulte também: meninge.
TENDÃO
Substantivo do latino Tendere, distender, do grego Ténon, Ténontos,
tendão de Teinêin, alongar, distender. Tendão é o nome dado para
muitas das terminações musculares em que o tecido fibroso, rico em
colágeno, se funde com o tecido ósseo fixando a carne dos músculos
ao esqueleto. Do ponto de vista anatômico, os tendões são cordões
longos, cilíndricos e frequentemente achatados, de tom esbranquiçado
e brilhante, resistentes a trações, situados nas extremidades dos
músculos esqueléticos. A maneira como os tendões estão dispostos nos
músculos, serve como critério de classificação para o estudo do
sistema muscular. Por exemplo: Músculo bíceps (dois tendões de
origem); Músculo tríceps (três tendões de origem); Músculo
policaudado (mais de dois tendões de inserção); Músculo digástrico
(músculo formado por um tendão que divide o ventre muscular em
dois); Músculo poligástrico (músculo formado por divisões tendíneas
que separa o ventre em pequenas porções); etc.
Consulte também: aponeurose, aponevrose.
TENDÃO DE AQUILES
Adjetivo e substantivo latino Tendere, de tendão e Aquilles, de
Aquiles, personagem da mitologia grega. Tendão de Aquiles é o nome
dado para o espesso tendão situado na parte posterior da perna
(panturrilha), próximo ao tornozelo, formado pela reunião dos tendões
do músculo gastrocnêmio e do músculo sóleo, inserido fortemente na
parte posterior do osso calcâneo. A composição do nome faz referência
ao ponto vulnerável (mortal) do personagem da mitologia grega
conhecido como Aquiles. Reza a lenda que ao nascer, Aquiles foi
mergulhado nas águas do rio Stígio, tornando-se protegido. Entretanto,
segurado pelos calcanhares por sua mãe, ao ser banhado pelas águas
mágicas do rio, os tendões ficaram de fora, deixando esta parte do
corpo vulnerável. Na famosa guerra de Tróia, Páris acertou uma flecha
que atingiu o calcanhar de Aquiles causando sua morte.
Consulte também: sóleo.
TÊNIA
Substantivo latino Taenia, do grego Tainia, tainias, fita, faixa. Tênia é
o nome dado para as fitas de músculo liso em forma de faixas
longitudinais, que se manifestam sobre os cólons do intestino grosso.
As tênias cólicas, comparadas ao parasita intestinal conhecido
popularmente como solitária, escorregam sobre a superfície do
intestino grosso em número de três: a tênia livre, aparece livremente
sobre o cólon ascendente, descendente e sigmoide, a tênia mesocólica,
só é visível se a prega peritoneal (mesocolo) for seccionada, liberando
os cólons da parede posterior do abdômen, e a tênia omental, vista
sobre o cólon transverso, que está parcialmente livre com seus
apêndices omentais aparentes.
Consulte também: omento, vermiforme.
TENTÓRIO
Substantivo grego Tentorium, de tenda, cobertura. Tentório é o nome
dado para revestimento que se sobrepõem a determinados órgãos, cuja
forma lembra uma tenda. Por exemplo: Tentório do cerebelo (estrutura
que lembra uma tenda, revestimento que cobre o cerebelo, funciona
como um septo que separa o cerebelo do cérebro).
Consulte também: septo.
TERCEIRO VENTRÍCULO
Adjetivo e substantivo grego Ventriculus Tertius, de terceiro
ventrículo, referente ao nome dado para a cavidade cheia de líquido
(cérebro-espinhal), situado no centro do diencéfalo, logo abaixo dos
ventrículos laterais do cérebro, onde reside o tálamo e hipotálamo,
comunicando-se com o quarto ventrículo por meio do aqueduto
cerebral.
Consulte também: aqueduto, ventrículo.
TESTA
Substantivo latino Testae, de vaso de barro cozido. Testa é o nome
dado para a parte da cabeça que compreende a região de pele acima
dos olhos, comparada a superfície de um vaso de barro cozido,
sutilmente modelado, liso, com poucas marcas de força.
Consulte também: fronte.
TESTES
Substantivo latino Testium, de testículos. Teste é o nome dado
antigamente para os tubérculos quadrigêmeos, devido sua aparência
com os testículos, os colículos superiores e inferiores, quatro pequenas
protuberâncias situadas no dorso do tronco encefálico.
Consulte também: quadrigêmeo, nates.
TESTICULAR
Adjetivo que pertence ou tem relação com os testículos.
Consulte também: testículo.
TESTÍCULO
Substantivo latino Testiulus, Testiculi, diminutivo de Testis, Testis,
testemunha, do grego Orchís, Orchídos, espécie de azeitona grande.
Testículo é o nome dado para as duas gônadas situadas no interior da
bolsa escrotal, estrutura saculiforme que abriga os testículos. Cada
testículo possui aproximadamente 05 centímetros de comprimento e
2,5 de centímetros de largura, peso que varia entre 10 a 15 gramas
cada um. Durante a fase intrauterina, os testículos se desenvolvem
próximos aos rins, dando início a sua descida por volta dos dois
últimos meses de gestação, passando pelo canal inguinal situado entre
a parede abdominal e a parede pélvica. O testículo apresenta um
envoltório externo de dupla face, a túnica vaginal, derivado do
peritônio, formado durante a descida dos testículos até a bolsa escrotal,
e uma camada adjacente indissociável, a túnica albugínea, revestindo e
separando os testículos como uma cápsula fibrosa. A túnica albugínea
emite septos que penetram na carne (estroma) de cada testículo,
fracionando-o em pequenos lóbulos, cerca de aproximadamente 200 a
300 lóbulos testiculares. Cada lóbulo testicular possui 1 a 3 túbulos
enrolados, os túbulos seminíferos, local onde ocorre a formação dos
espermatozoides, a espermatogênese. Os testículos funcionam como
glândulas, com a função de produzir hormônios, o mais importante
deles é a testosterona, responsável pelas características
masculinizantes do corpo, principalmente a partir da puberdade.
Consulte também: escroto, gônada.
TÍBIA
Substantivo latino Tibiae, flauta, do grego Knéme, Knémes, tíbia, de
canela. Tíbia é o nome dado para o maior e mais espesso osso da
perna, cuja aparência instigou a imaginação dos antigos anatomistas
comparando-a com uma flauta, daí a origem de seu nome. A tíbia é o
principal osso da perna, a cana (canela) da perna, vulnerável a golpes
sobre face medial, principalmente em esporte de contato, como o
futebol. Do ponto de vista anatômico, a tíbia possui aspecto triangular,
sendo mais espessa na extremidade proximal junto ao joelho, do que
na extremidade distal próxima ao tornozelo. Os côndilos da tíbia, em
forma de grandes platôs, estão posicionados lado a lado na
extremidade proximal, servem para suportar os poderosos côndilos do
fêmur. Próximo ao tornozelo, a tíbia se espessa na forma de um
receptáculo raso, a face articular inferior da tíbia, e uma parede medial,
o maléolo medial, servindo de escora para o encaixe da tíbia sobre a
tróclea do tálus, um dos ossos empilhados situado no pé. Lateralmente
o corpo da tíbia se articula com o corpo da fíbula por meio de uma
membrana fibrosa (sindesmose), a membrana interóssea.
Consulte também: fíbula.
TIBIAL
Adjetivo relativo a tíbia.
Consulte também: tíbia.
TIMO
Substantivo latino Thymus, Thymi, do grego Thymos, Thymou, de
bulbo, calosidade, massa ligeiramente espessa, tenra. O timo é o nome
dado para a glândula linfoide situada no mediastino superior, de
formato plano, com lobos posicionados atrás do manúbrio, podendo
alcançar o mediastino anterior e o pericárdio. Na fase adulta, o timo é
invadido por tecido adiposo, dando a impressão de uma grande massa
gordurosa. A função do timo é pouco conhecida nos adultos, porém,
no feto o timo atua como um importante órgão linfoide, produzindo
hormônios tímicos, como a timosina, fator tímico humoral (THF),
fator tímico (TF) e timopoetina, promovem a maturação dos linfócitos
do tipo T, responsáveis pela eliminação de micróbios.
Consulte também: baço, linfoide.
TIMPÂNICO
Adjetivo relativo ao tímpano.
Consulte também: tímpano.
TÍMPANO
Substantivo latino Tympanum, Tympani, película de batucar, do grego
Tympanon, Tympanou, tambor, o mesmo que membrana timpânica.
Tímpano é o nome dado para a membrana timpânica, de consistência
fina e aparente delicadeza, de formato oval e ligeiramente transparente,
situada entre o meato acústico externo e a cavidade timpânica,
separando o ouvido externo do ouvido médio.
O tímpano apresenta uma depressão central sobre a face externa, o
umbigo do tímpano, de modo que o cabo do martelo se adere ao
tímpano como se fosse uma haste, aparentando um pequeno guarda-
chuva aberto.
Consulte também: orelha.
TIREOIDE
Adjetivo grego Thyreoeidés, de escudo e Eidos, forma, que tem a
forma de escudo, referente a glândula cujo formato lembra um escudo,
situada logo abaixo da laringe. A glândula tireoide possui lobos direito
e esquerdo interligados por um istmo, podendo haver um terceiro lobo,
o lobo piramidal, frequentemente posicionado acima do istmo da
tireoide. Do ponto de vista funcional, as células foliculares da tireoide
sintetizam dois hormônios: tiroxina, de tetraiodotironina ou T4, e tri-
iodotironina ou T3, chamados em conjunto de hormônios da tireoide
ou tireoidianos, essenciais no aumento da taxa metabólica basal
(TMB), atuando na bomba de sódio e potássio, elevando o consumo de
ATP e influenciando na manutenção da temperatura corpórea, o
chamado efeito calorigênico. Por analogia, o termo tireoide também é
utilizado para identificar a cartilagem tireoide da laringe, situada logo
acima da glândula de tireoide.
Consulte também: glândula.
TONSILA
Substantivo latino Tonsillae, o mesmo que amígdala, do grego
Amygdale, Amygdales, amêndoa, e de Parísthmia, de Pará, perto e
Isthmós, Isthimôu, garganta, o que está próximo da garganta, da goela,
o que é estreito. Tonsila é o nome dado para o par de nódulos ovoides
distribuídos ao redor da garganta, entre a cavidade oral e a orofaringe,
como duas grandes massas de tecido linfático, situadas entre os arcos
palatoglosso e palatofaríngeo, com vista para a úvula palatina. As
tonsilas compõem o anel de proteção situado no istmo da cavidade
oral, formado pelas tonsilas linguais, pelas tonsilas palatinas
(amígdalas) e pelas tonsilas faríngeas (adenoides).
Consulte também: adenoides, amígdalas.
TORÁCICO
Adjetivo que tem relação com o tórax.
Consulte também: tórax.
TÓRAX
Substantivo latino Thorax, Thoracis, de peito, caixa óssea, do grego
Thórax, Thórakos, couraça que cobre o peito. Tórax é o nome dado
para o segmento situado entre o pescoço e o abdômen, contendo uma
grande cavidade, a cavidade torácica, cujo formato lembra um cone
truncado, com abertura superior estreita e abertura inferior larga, onde
o músculo diafragma fecha parcialmente a cavidade torácica. A caixa
torácica é a principal estrutura de sustentação do tórax, um arcabouço
flexível formado por: um osso esterno, 12 pares de costelas, 12
vértebras torácicas e por cartilagens costais, do tipo hialina. Os
músculos torácicos são os principais agentes ativos da mecânica da
respiração, diminuindo a pressão interna da cavidade torácica que
comprime os pulmões, possibilitando que o ar passe pelos brônquios
até chegarem aos alvéolos pulmonares, viabilizando a oxigenação das
células nos capilares sanguíneos. Os pulmões são os maiores órgãos
torácicos, um de cada lado, ocupando as cavidades pulmonares direita
e esquerda, com vista para o coração e o mediastino.
Consulte também: plastrão.
TORCULAR
Substantivo latino Torcularis, Torculare, de espremer, comprimir,
apertar. Torcular é o nome dado ao encontro das veias da dura-máter, a
confluência do seio sagital com o seio transverso, em anastomose sob
a protuberância occipital interna. O mesmo que alagar de Herófilo90.
Consulte também: seio.
TORO
Substantivo grego Tous, de elevação, o mesmo que Torus. Toro é o
nome da saliência que se forma sobre a mucosa que reveste a faringe,
adornando superiormente o óstio faríngeo da tuba auditiva, o toro
tubário.
Consulte também: eminência.
TRABÉCULA
Substantivo grego Trabeculae, de pequenas cavernas, pequenas traves,
colunas. Trabécula é o nome dado para as pequenas cavernas que se
formam em meio ao tecido muscular do miocárdio, situado na parede
interna dos ventrículos, cujo formato lembra um labirinto formado de
pequenas cavernas separadas por pilares, colunas que interligadas
umas às outras, formando uma rede trabecular.
Consulte também: aracnoide.
TRAGO
Substantivo latino Tragus, Tragi, cheiro de bode, do grego Tragos,
Trágou, odor de bode velho. Trago é o nome dado para a pequena
língula situada na entrada do meato acústico externo, coberto por pelos
no adulto, semelhante aos pelos do bode, devido ao cheiro similar da
cera retirada do ouvido.
Consulte também: língula, antítrago.
TRANSVERSÁRIO
Adjetivo latino Transversarius, de transverso, relativo as extremidades
transversas.
Consulte também: transverso.
TRANSVERSO
Adjetivo latino Transversus, de Trans e Vertere, virar, voltar, através
de, do que está atravessado, relativo as estruturas que se posicionam de
forma atravessada, disposta transversalmente, com as extremidades
apontadas uma para cada lado. Por exemplo: Processo transverso
(extremidade óssea das vértebras da coluna vertebral, exceto para as
vértebras de sacrais e coccígeas, de S2 a Cc4); Seio transverso (veias
que percorrem a dura-máter dispostas transversalmente); Músculo
transverso (músculo situado transversalmente na parede do abdômen);
etc.
Consulte também: sagital.
TRAPÉZIO
Substantivo latino Trapezius, Trapezii, do grego Trapézion, Trapéziou,
pequena mesa, tábua, superfície plana quadrilátera, de modo que os
lados sejam desiguais e paralelos entre si. Trapézio é o nome dado para
o músculo do ombro e o primeiro osso lateral da fileira distal do carpo,
cuja forma lembra a figura geométrica de um trapézio.
Consulte também: escaleno.
TRAPEZOIDE
Adjetivo relativo as estruturas que possuem forma de trapézio, relativo
ao segundo osso lateral da fileira distal do carpo, osso trapezoide,
situado entre os ossos trapézio e capitato da mão.
Consulte também: trapézio, capitato.
TRAQUEIA
Substantivo latino Trachea, Tracheae, do grego Trachys, rude, áspero,
grosseiro. Traqueia é o nome dado para o tubo pérvio, rugoso e
aerífero, situado do pescoço e no tórax, com aproximadamente 2,5
centímetros de largura, nos lactantes apresenta a espessura de um lápis
de escrita. A traqueia é aberta posteriormente por uma incisão sobre os
anéis de cartilagem, cortando-as verticalmente, formando um pequeno
espaço que é preenchido por uma fita de músculo membranoso, local
onde o esôfago se adere ao tubo traqueal. Os anéis da traqueia
conferem uma estrutura de fibrocartilagem, de modo que sua
construção se dá basicamente por um empilhamento de anéis feitos de
cartilagem em forma de meia-lua, fechados na frente e abertos
parcialmente atrás, onde o músculo traqueal preenche a incisão de cada
cartilagem traqueal. A traqueia desce pela cavidade torácica a frente do
esôfago, em seguida penetra no mediastino superior, ligeiramente
inclinado para a direita, dando origem aos brônquios principais ou
brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dará origem aos
brônquios secundários, também chamados de brônquios lobares, em
número correspondente a quantidade de lobos de cada pulmão que os
precede. A traqueia termina entre o manúbrio e o corpo do osso
esterno, um pouco acima do coração, antes dos brônquios principais
direito e esquerdo.
Consulte também: brônquio.
TRATO
Adjetivo grego Tractus, referente ao conjunto de fibras ou filamentos
que se conectam para formar um sistema ou plexo nervoso.
Consulte também: nervo.
TRIANGULAR
Adjetivo que caracteriza o formato e a disposição triangular de várias
estruturas anatômicas.
Consulte também: triângulo.
TRIANGULO
Substantivo latino Triangulus, Trianguli, do grego Trígonon, Trígonou,
figura que possui três lados e três cantos. Triangulo é o nome dado
para a forma e disposição das estruturas, regiões ou espaços
anatômicos que lembram a figura geométrica de um triângulo. Por
exemplo: Prega triangular (prega situada logo abaixo da tonsila
palatina); Fossa triangular (fossa situada na orelha, logo abaixo da
hélice); Espaço triangular (espaço situado entre o músculo
subescapular e o músculo redondo maior, por onde passa o nervo
axilar e a artéria circunflexa do úmero); etc.
Consulte também: escaleno, trapézio.
TRÍCEPS
Adjetivo latino Tri, três e Caput, cabeça, que possui três cabeças,
referente ao músculo com três tendões de origem. Por exemplo:
Músculo tríceps braquial (músculo situado na face posterior do braço);
Músculo tríceps sural, antigo crural (formado pelo músculo
gastrocnêmio e pelo músculo sóleo, ambos situados na face posterior
da perna).
Consulte também: bíceps.
TRICÚSPIDE
Adjetivo latino Tricuspis, Tricuspidis, Tríozos, Tríozou, de tri, três e
Ózos, Ózou, ramo, cabo, haste, do grego Triglóchis, Triglóchinos, três
e Glochín, Glochínos, ponta de flecha. Tricúspide é o nome dado para
o mecanismo armado com três cúspides que controla a passagem de
sangue injetado pelo átrio direito no ventrículo do mesmo lado, é a
valva atrioventricular direita, ou simplesmente tricúspide, o mesmo
que triglóquina. Quando o sangue passa do átrio para o ventrículo
direito, a valva tricúspide se fecha, impedindo que o sangue retorne
para o átrio. Cada cúspide funciona como uma válvula, que funciona
de forma simultânea.
Consulte também: cúspide, valva, válvula, mitral.
TRIGLÓQUINA
Adjetivo, o mesmo que tricúspide, estrutura anatômica armada com
três pontas ou cúspides.
Consulte também: tricúspide.
TRÍGONO
Adjetivo latino Trigonus, triangular, do grego Trís, três vezes e Gonía,
Gonías, ponta, ângulo, região ou área ligeiramente de formato
triangular. Por exemplo: Trígono cerebral (região situada abaixo do
corpo caloso e do septo dos ventrículos laterais); Trígono vaginal
(região situada na parede anterior da vagina, abaixo do orifício externo
do colo do útero); Trígono vesical (região situada na base a superfície
interna da bexiga, limitado por três orifícios: em cima e para trás, os
dois orifícios dos ureteres, em baixo e para diante, o orifício da uretra);
etc.
Consulte também: períneo, triângulo.
TRIGONOCEFALIA
Substantivo grego Trígonos, Trígonou, triângulo e Kephalé, cabeça.
Trigonocefalia é o nome dado para a malformação do crânio, resultado
da fusão prematura da sutura metópica do osso frontal, dando a
curvatura da testa uma aparência pontuda, devido a proeminência que
se forma acima dos olhos, chamada de proeminência metópica.
Consulte também: acrocefalia, pirgocefalia.
TRIGONOCÉFALO
Adjetivo que tem relação com a trigonocefalia.
Consulte também: trigonocefalia.
TRIPÉ
Substantivo latino Tripus, Tripodis, de Tris, três e Pedes, pé, do grego
Tripódes, Tripódou, que tem três pés. Tripé é o nome dado para as
estruturas anatômicas que se assemelham a um assento com três pés.
Por exemplo: Tripé celíaco (antigo nome dado ao tronco celíaco,
formado pelas artérias gástrica esquerda, esplênica e hepática comum).
Consulte também: celíaco.
TROCÂNTER
Substantivo grego Trochantér, Trochantéros, cursor, rotador. Trocanter
é o nome dado para as duas tuberosidades volumosas situadas sobre a
extremidade proximal do fêmur, o trocânter maior e menor, logo
abaixo do colo, conectados anteriormente pela linha intertrocantérica e
posteriormente pela crista intertrocantérica. Os trocanteres maior e
menor servem de inserção para os músculos da coxa e do quadril.
Consulte também: fêmur, tubérculo.
TROCANTERIANO
Adjetivo relacionado as estruturas que pertencem aos trocânteres. Por
exemplo: todos os músculos que se inserem de alguma forma nos
trocânteres.
Consulte também: trocânter.
TRÓCLEA
Substantivo latino Trochlea, Trochleae, guindaste, cabrestante,
roldana, do grego Trochilía, Trochilías, polia, molinete. Tróclea é o
nome dado para a extremidade em forma de carretel de linha, que
escorrega para frente e para trás com a flexão e extensão do cotovelo,
possibilitando classificar este tipo de junta como uma articulação do
tipo trocóide, derivado direto da palavra tróclea, permitindo executar
movimentos angulares ou em dobradiça. Por exemplo: Articulação
umeroulnar (articulação do cotovelo em que a tróclea do úmero serve
de polia para a incisura troclear da ulna).
Consulte também: gínglimo.
TROCLEAR
Adjetivo relativo a tróclea. Por exemplo: Incisura troclear (recorte na
extremidade proximal da ulna em forma de boca, análoga ao utensílio
que serve para apertar e desapertar porcas, chave-inglesa).
Consulte também: tróclea.
TROCÓIDE
Adjetivo grego Trócheidés, de Trochós, Trochou, roda, roldana.
Trocóide é o nome dado para as articulações que se utilizam de
estruturas de formato cilíndrico, apoiadas em faces lisas e côncavas,
permitindo movimentos circulares em torno do próprio eixo. O mesmo
que articulações em pivô. Por exemplo: Articulação atlantoaxial
(articulação entre o dente do áxis e o atlas, segunda e primeira vértebra
cervical); Articulação radioulnar proximal (articulação entre a cabeça
do rádio com a face articular para a cabeça do rádio da ulna).
Consulte também: axial.
TROMPA
Substantivo do italiano Trompa, de tromba, alongamento pronunciado,
do latim Tuba, Tubae, trombeta, canudo, tubo que suga, do grego
Sálpings, Sálpingos, trombeta. Trompa é o nome dado antigamente
para a trompa de Fallópio91, atual tuba uterina. As tubas uterinas são
tubas em forma de trombetas, com caules mais finos e entradas mais
largas, que servem para conduzir o ovócito (oócito) que é liberado a
cada ciclo menstrual de um ovário durante a vida fértil da mulher.
Consideramos que este é o local em que o processo de fertilização
acontece. Aas tubas uterinas se estendem lateralmente a partir do corpo
do útero, com acesso a cavidade peritoneal próximo dos ovários. Cada
tuba uterina é dividia em 4 partes: o infundíbulo (extremidade distal
que se abre na cavidade peritoneal, contendo as fímbrias); a ampola
(parte mais larga e longa da tuba); o istmo (parte que penetra na parede
do útero); e a parte intramural (porção que atravessa a parede do útero
e se abre na cavidade uterina). Trompa de Eustáquio92 é o epônimo
para a tuba auditiva, canal que alcança o tímpano e a cavidade
timpânica, se comunicando com a faringe.
Consulte também: tuba.
TRONCO
Substantivo latino Truncus, Trunci, de tronco, do grego Steléchos,
Steléchous, parte do corpo sem a cabeça, o pescoço e os membros, que
serve de sustentação. Tronco é o nome dado para a estrutura central,
preponderante, que permite originar ramos, dando suporte para todas
as outras partes do corpo. Por exemplo: Tronco celíaco (principal
artéria que nutre o estômago e o fígado); Tronco braquiocefálico
(principal artéria do arco aórtico direcionada para suprir lado direito do
ombro, pescoço e cabeça); Tronco simpático (principal conjunto de
gânglios situados verticalmente de cada lado da coluna vertebral); etc.
Consulte também: raiz.
TROQUINO
Substantivo grego Trochós, Trochou, roda de máquina, o que é
ligeiramente redondo. Troquino é o nome dado antigamente para a
pequena tuberosidade situada na parte proximal do úmero, oposto de
troquiter, correspondente ao atual tubérculo menor do úmero.
Consulte também: troquiter, tubérculo.
TROQUITER
Substantivo do grego Trochós, Trochou, roda de máquina, o que é
ligeiramente redondo. Troquiter é o nome dado antigamente para a
grande tuberosidade situada na parte proximal do úmero, onde se
inserem os músculos supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor,
oposto de troquinho, corresponde atualmente ao tubérculo maior do
úmero.
Consulte também: troquino, tubérculo.
TUBA
Substantivo latino Tubae, trompa, trombeta e Tubus, Tubi, tubo, canal.
Tuba é o nome dado para certos canais cuja forma lembra uma
trombeta, com uma extremidade larga e a outra estreita, que serve
como condutores naturais. Por exemplo: Tuba uterina (o mesmo que
trompa uterina, trompa de Fallópio93); Tuba auditiva (o mesmo que
tuba de Eustáquio94).
Consulte também: trompa.
TUBÁRIO
Adjetivo Tubarius, de tuba, trompa. Tubário é o nome dado para a
estrutura que tem relação com a tuba auditiva, de Estáquio95 e a tuba
uterina, de Fallópio96. Por exemplo: Toro tubário (pequena elevação da
mucosa que guarnece o óstio faríngeo da tuba auditiva); Pregas
tubárias (pequenas vilosidades alongadas que se manifestam no
interior no infundíbulo da tuba uterina).
Consulte também: tuba, trompa.
TÚBER
Substantivo grego Tuber, de saliência, tubérculo, tumor. Túber é o
nome dado para a protuberância robusta situada inferiormente sobre o
ísquio, local onde o quadril se apoia para que possamos permanecer
sentados, o túber isquiático.
Consulte também: tuberosidade.
TUBÉRCULO
Substantivo latino Tuberculum, Tuberculi, diminutivo de Tuber,
Tuberis, inchaço, tumefação, saliência. Tubérculo é o nome dado para
as elevações que se manifestam sobre a superfície de um tecido,
perceptível ao toque. Sobre a superfície dos ossos, os tubérculos
podem ter tamanhos variados, surgem a partir da inserção de tendões
musculares e ligamentos articulares. Por exemplo: Tubérculo maior
(tuberosidade no úmero onde se prendem os músculos supra-espinhal,
infra-espinhal e redondo menor). Tubérculo conóide (tubérculo situado
na clavícula onde se prende o ligamento coracoclavicular); etc. Em
outras situações, os tubérculos são protuberâncias ligeiramente
arredondadas devido a concentração de cartilagem, pele, osso e
nervos). Por exemplo: Tubérculo trigeminal (tubérculo situado no
tronco encefálico); Tubérculo cuneiforme (tubérculo situado na
cartilagem da laringe); Tubérculo de Darwin97 situado na hélice da
orelha externa); etc.
Consulte também: tuberosidade, trocânter.
TUBEROSIDADE
Adjetivo grego Tuberositas, de tubérculo, relativo ao conjunto
irregular de pequenos tubérculos.
Consulte também: tubérculo.
TUBO
Substantivo latino Tubus, Tubi, de canal, canudo, do grego Syrinx,
Syringos, tubo, canal. Tubo é o nome dado para determinados canais
condutores situados no corpo, o mesmo que túbulo. Por exemplo: Tubo
intestinal (canal alimentar que se inicia na boca e termina no ânus);
Tubos uriníferos (túbulos contorcidos que conduzem a urina até os
cálices menores nos rins).
Consulte também: canal.
TÚNICA
Substantivo latino Tunicae, de vestido, do grego Chitón, Chitonós,
vestimenta de baixo, íntimo. Túnica é o nome dado para a membrana
que forma as paredes de um determinado órgão ou glândula. Por
exemplo: Túnica albugínea (membrana que reveste externamente os
testículos).
Consulte também: membrana, fáscia, folheto.
TURBILHÃO
Substantivo latino Turbo, de redemoinho, sorvedouro, do francês
Tourbillon, de turbilhão. Turbilhão é o nome dado para a forma ou
efeito de redemoinho de certas estruturas torcidas sobre o próprio eixo,
ou para o trajeto que o ar inspirado faz dentro da cavidade nasal.
Consulte também: cóclea.
U

ULNA
Substantivo latino Ulnae, cana do braço, antebraço, o mesmo que
cúbito. Ulna é o nome dado para o osso medial do antebraço em forma
de chave-inglesa, com extremidade proximal mais espessa próxima a
articulação do cotovelo, do que a extremidade distal que é mais fina
próxima a articulação do punho. O olécrano é o processo que
escorrega para a fossa de mesmo nome no úmero, situado na
extremidade proximal da ulna, juntamente com o processo coronoide,
formando uma incisura para a tróclea do úmero, a incisura troclear. A
extremidade distal da ulna está direcionada para a articulação
radiocarpal mais não participa dela, possui uma pequena projeção
nodular, a cabeça da ulna, juntamente com o processo estiloide da
ulna, posicionado medialmente. O corpo da ulna é mais fino ao se
aproximar da extremidade distal, ligeiramente torcido no sentido
horário com uma borda laminar lateral chamada de margem interóssea,
que serve para fixação da membrana interóssea, uma sindesmose entre
a ulna e o rádio.
Consulte também: olécrano, coronoide.
ULNAR
Adjetivo Latino Ulnaris relativo a ulna, antigo cúbito, o mesmo que
cubital.
Consulte também: ulna.
ULO
Adjetivo grego Oûlos, termo de composição que dá ideia de cabelo
crespo, frisado, enrolado.
Consulte também: ulótrico.
ULÓTRICO
Adjetivo grego Oûlos, crespo e Tríx, Trikós, cabelo, o que tem o cabelo
crespo, lanoso, de região com pelos crespos.
Consulte também: púbis.
UMBIGO
Substantivo latino Umbilicus, Umbilici, do grego Bigo, de umbigo.
Umbigo é o nome dado para a cicatriz remanescente da circulação
útero placentária ligada ao cordão umbilical, entre a placenta e o feto,
situada sobre a pele da parede anterior do abdome, sobre o plano
transumbilical, próxima a pelve. O umbigo é uma depressão cutânea
que possui formato esférico e de profundidade variável, podendo ser
mais ou menos pregueado, que acusa retenção de sujeira depois de um
certo tempo sem higienização.
Consulte também: onfálico, ônfalo.
UMBILICAL
Adjetivo latino Umbilicalis, do grego Omphális, que tem relação com
o umbigo, de onfálico.
Consulte também: cordão.
UMERAL
Adjetivo que se relaciona com o osso do braço, o úmero.
Consulte também: úmero
ÚMERO
Substantivo latino Humerus, Humeri, de osso preponderante do braço,
do grego Oléne, Olénes, osso superior do braço, Braquio, relativo ao
ombro. Úmero é o nome dado para o osso maior e mais espesso osso
do membro superior, situado entre o ombro e o cotovelo, com
extremidade proximal espessa e arredondada devido a presença da
cabeça do úmero, estrutura óssea de formato semiesférico que se
encaixa na cavidade glenoidea da escápula, compondo a articulação do
ombro, a articulação escapulo-umeral. Dois tubérculos tornam a
extremidade proximal mais pesada do que a extremidade distal,
situados abaixo do colo anatômico, o tubérculo maior e menor do
úmero, ambos servem para a inserção de músculos do ombro,
separados entre si por um sulco, o sulco intertubercular, por onde passa
a cabeça longa do músculo bíceps braquial. O colo cirúrgico está
situado abaixo dos dois tubérculos, local de maior intervenção
cirúrgica em fraturas do terço proximal do úmero. O corpo do úmero é
ligeiramente cilíndrico até a extremidade distal, achatada para os lados
devido a presença dos epicôndilos lateral e medial. A tróclea e o
capitulo do úmero são estruturas anatômicas que compõem a
articulação do cotovelo, juntamente com a fossa do olécrano situada
posteriormente, servindo de cama para o olécrano da ulna quando o
cotovelo está estendido.
Consulte também: braço.
UNCIFORME
Adjetivo Unciformis, de Uncus, Unci, gancho, estrutura cujo formato
lembra um gancho, de anzol, de uncinado. Por exemplo: Processo
uncinado do etmoide (processo ósseo ligado a concha nasal média);
Processo uncinado do pâncreas (extremidade da cabeça do pâncreas,
próximo a artéria e veia mesentérica superior).
hamato.
Consulte também: uncinado.
UNCINADO
Substantivo latino Uncinado, de Unci, de gancho, garra. Uncinado é o
nome dado antigamente para a estrutura ganchosa, cujo formato
lembra uma garra, referente ao quarto osso da fileira distal do carpo, o
hamato, cuja face anterior possui uma extremidade ganchosa. O
mesmo que uncinato.
Consulte também: adunco, hamato.
ÚNCUS
Substantivo latino Uncus, gancho, âncora. Úncus é o nome dado
antigamente para as estruturas cuja a forma lembra um gancho de
anzol. Por exemplo: Uncinato (quarto osso situado na fileira proximal
do carpo, atual hamato).
Consulte também: unciforme, hamato, adunco.
UNGUIS
Substantivo latino Unguis, Unguis, de unha. Unguis é o nome antigo
do chamado osso lacrimal, situado na parede medial da cavidade
orbital. A origem do nome se deve a posição do osso lacrimal lembrar
os antigos anatomistas do formato de uma unha.
Consulte também: Unha.
ÚNGULA
Substantivo latino Úngula, Ungulae, diminutivo de Unguis, Unguis, de
unha, casco. Úngula é o nome dado para os cascos dos quadrupedes,
apêndice epidérmico de extrema dureza, comparado a saliência
membranosa que aparece no canto interno do olho, de caráter
patológico.
Consulte também: unha, cutícula.
UNHA
Substantivo latino Unguis, Unguis, de unha, casco, do grego Onyx,
Onykos, garra característica dos animais predadores. Unha é o nome
dado para as estruturas laminares, ligeiramente translúcidas,
constituídas por células epiteliais provenientes da epiderme
queratinizada, situada nas extremidades dos dedos das mãos e dos pés,
utilizada como garras por animais que caçam e como pás por animais
que escavam tocas e abrigos. Do ponto de vista anatômico, cada unha
apresenta: um corpo, porção visível da unha sobre os dedos, uma borda
livre, extremidade que avança e ultrapassa a ponta dos dedos e a raiz,
parte esbranquiçada que prende a unha na margem dorsal, onde
termina a pele dos dedos.
Consulte também: lúnula, cutícula, úngula.
ÚRACO
Substantivo grego Ourachós, Ourachôu, de Oûron, Oûrou, urina,
uretra. Úraco é o nome dado para o cordão fibroso resultante da
contração e obliteração do alantoide no período fetal, que na fase
adulta permanece como um ligamento remanescente preso entre o
ápice da bexiga e a cicatriz umbilical, a prega umbilical mediana.
Consulte também: umbigo.
URETER
Substantivo grego Ouretér, Ouretéros, de Ourêin, de urina. Ureter é o
nome dado para os dois tubos situados entre os rins e a bexiga urinária,
de aproximadamente 25 a 30 centímetros de comprimento, fornecendo
meio de condução da urina até a bexiga para ser armazenada e
eventualmente eliminada pela uretra. Os ureteres são tubos estreitos e
retroperitoneais, com parede muscular que varia na espessura, com
partes abdominal, pélvica e intramural. Na pelve renal, o ureter é mais
fino (ureter pélvico), penetrando na parede muscular da bexiga urinária
(ureter intramural), atravessando a musculatura e surgindo
internamente a partir do óstio ureteral direito e esquerdo.
Consulte também: bexiga, uretra.
URETRA
Substantivo latino Urethtra, Urethrae, do grego Ourethra, Ourethras,
canal urinário. Uretra é o nome dado para o canal
musculomembranoso que conecta a bexiga urinária com o meio
externo, por meio do óstio uretral interno e externo. A uretra é o meio
de eliminação da urina e de ejaculação nos homens. A uretra feminina
é mais linear e curta do que a uretra masculina, sendo mais longa e
sinuosa. Nos homens, a uretra conduz a urina e o sêmen durante a
ejaculação, tendo duplo papel no aparelho urogenital masculino. Do
ponto de vista anatômico, a uretra masculina apresenta: uretra vesical,
parte que atravessa o colo da bexiga e o músculo esfíncter interno da
uretra, conectado ao óstio uretral interno; uretra membranosa ou
membranácea, parte que atravessa o musculo esfíncter externo da
uretra; uretra bulbar, parte curvada da uretra que atravessa o bulbo do
pênis; uretra esponjosa, parte longa e curva da uretra que atravessa a
maior porção do corpo esponjoso do pênis e a uretra balânica, parte
distal da uretra situada na glande do pênis que termina com a fossa
navicular e o óstio externo da uretra. A uretra feminina não apresenta
as mesmas partes da uretra masculina, entretanto, está conectada ao
óstio uretral interno pela extremidade proximal e ao óstio uretral
externo pela extremidade distal da uretra.
Consulte também: bexiga.
ÚTERO
Substantivo latino Uterus, Uteri, de mãe, do grego Métra, Métras,
madre, de Hystéra, Hystéras ventre materno, que dá origem. Útero é o
nome dado para o órgão ímpar do aparelho reprodutor feminino
incumbido de oferecer abrigo e proteção ao feto durante a sua
formação. O útero é um órgão ímpar, oco e retroperitoneal situado na
cavidade pélvica, entre a bexiga urinária e o reto, cujo formato lembra
uma pera (piriforme), com cavidade uterina curvada para frente,
posição antevertida, e parede muscular que varia de espessura,
principalmente durante a gestação. O útero não gravídico possui cerca
de 7,5 centímetros de comprimento, 5 centímetros de largura e 2 de
espessura, pesando aproximadamente 90 gramas. O útero está preso a
parede da cavidade pélvica por um par de ligamentos derivado do
mesentério, o ligamento largo do útero. Do ponto de vista anatômico, o
útero apresenta: fundo, parte proximal curvada para frente,
sobrepondo-se a bexiga urinária; corpo, parte alongada, ligeiramente
curvada para frente sobre a bexiga em úteros não gravídicos, com
cavidade uterina estreita; e colo, parte distal conectada ao canal
vaginal por meio do óstio do útero, permitindo que a cavidade uterina
se comunique com o meio externo. A parede do útero é formada por
três camadas distintas, o perímetro, camada serosa mais externa, o
miométrio, camada intermediaria de músculo liso, confere espessura a
parede do útero, e o endométrio, camada de mucosa interna que se
modifica a cada ciclo menstrual. Na parte proximal do útero, as duas
tubas uterinas estão conectadas lateralmente pelos cornos do útero,
aparentando pequenos braços abertos. Devido ao posicionamento do
útero na pelve menor, surgem dois espaços, um entre a bexiga e o
corpo do útero: a escavação vesicouterina; e outro entre o corpo do
útero e o reto: a escavação retouterina.
Consulte também: vagina.
UTRÍCULO
Substantivo latino Utriculus, Utriculi, diminutivo de Uter, Utris,
vasilha de couro para liquido. Utrículo é o nome dado para a estrutura
que possui forma sacular, semelhante a um cantil de água utilizado por
cavaleiros em ambiente áridos e secos. Por exemplo: Utrículo do
ouvido (saco elíptico situado na parte superior do vestíbulo
membranoso, onde ocorre o encontro dos canais semicirculares do
labirinto cheio de linfa); Utrículo prostático (óstio situado na uretra
prostática com acesso às formações saculares intrínsecas de secreção
da próstata).
Consulte também: próstata.
ÚVULA
Substantivo do grego Staphylé, Staphylés, diminutivo de uva. Úvula é
o nome dado para o apêndice cônico e muscular, preso pelo palato
mole, situado entre os arcos palatoglosso e a faringe, tornando o istmo
da cavidade oral ligeiramente fendido. A úvula é mais conhecida pelo
seu nome popular, a campainha da garganta, capaz de estimular o
vômito se tocada. Úvula também é o nome dado para a pequena crista
da mucosa que se forma na margem do óstio uretral interno da bexiga
urinária, a úvula da bexiga.
Consulte também: palato.
V

VACUOLAR
Adjetivo relativo aos vacúolos.
Consulte também: vacúolo.
VACÚOLO
Substantivo latino Vacuolus, Vacuoli, de Cacuus, de espaço vazio.
Vacúolo é o nome dado para as pequenas cavidades que se formam em
meio a um tecido, podendo se encher de ar (aerífero) obtendo a forma
de sacos. Por exemplo: Alvéolos pulmonares (pequenas projeções
saculiformes cheias de ar nos pulmões); Aréola (pequenas projeções
saculiformes deixadas em meio ao tecido areolar).
Consulte também: aréola.
VAGINA
Substantivo latino Vagina, Vaginae, bainha de espada, estojo,
envoltório, do grego Elytron, élytrou, qualquer invólucro que serve
como bainha, em comparação com a bainha das espadas curtas
utilizadas pelos romanos. Vagina é o nome dado para o órgão muscular
do aparelho reprodutor feminino com o formato de tubo, medindo de 7
a 9 centímetros de comprimento, está preso ao colo do útero,
comunicando-se com o meio externo através do óstio da vagina,
abertura situada no vestíbulo da vagina, espaço em forma de fenda
entre os lábios menores do pudendo. No vestíbulo da vagina estão
localizados também o óstio externo da uretra e as glândulas
vestibulares menores. O óstio do canal vaginal é parcialmente fechado
pelo hímen, principalmente em mulheres que não iniciaram a vida
sexual. A vagina é o órgão de cópula que se ajusta ao formato e
tamanho do pênis durante o ato sexual, devido sua parede muscular
flexível, permitindo que o sêmen ejaculado permaneça sobre o colo do
útero, preenchendo eventualmente o espaço que circunda o colo, o
fórnice da vagina, dificultando a precipitação do sêmen pelo canal
vaginal após a relação. A vagina e o canal vaginal que a compõem, são
comprimidas por quatro músculos esfíncteres: pubovaginal, esfíncter
externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso.
Consulte também: pudendo, hímen.
VAGINAL
Adjetivo latino Vaginalis, relativo à vagina, que tem a forma de uma
bainha. Por exemplo: Túnica vaginal (membrana serosa que envolve
os testículos).
Consulte também: vagina, testículo.
VAGO
Substantivo latino Vagus, errante, de vai a vários lugares distantes, que
vaga sem rumo ou destino, significado concebido pelos romanos,
referente aquele indivíduo que se insinua, mas foi Meckel98 que
traduziu para o francês, batizando de nervo pneumogástrico, inserido
por Chaussier99. Vago é o nome dado para o nervo vago, décimo nervo
craniano que deixa a região da cabeça e pescoço para atingir e se
ramificar pelo tórax e abdômen, como se estivesse vagando pelo
tronco e por uma série de vísceras. O nervo vago craniano formado por
fibras eferentes (motoras) e aferentes (sensitivas), dando o caráter de
nervo misto, deixa a cabeça, permeia o pescoço passando junto a
artéria carótida comum e a veia jugular interna, até alcançar regiões
distantes do tórax e abdômen, emitindo inúmeros nervos terminais
nestes segmentos. Apesar de sua distribuição estar mais associada aos
segmentos do tronco, na cabeça os axônios do nervo vago, compõem
fibras aferentes situadas na pele da orelha externa, produzindo
estímulos táteis, álgicos e térmicos. Está associado a receptores
gustativos situados na epiglote e faringe. Compõem alguns
proprioceptores localizados em músculos do pescoço e faringe. No
pescoço, o nervo vago está conectado a barorreceptores do seio
carotídeo e quimiorreceptores presente nos glomos paraórticos. Fibras
aferentes vagais estão espalhadas pelos órgãos torácicos e abdominais,
informando o encéfalo em relação a certos estímulos, como a fome,
plenitude ou desconforto, se reunindo no gânglio superior e inferior,
para em seguida chegar no bulbo e na ponte do tronco encefálico,
passando pelo forame jugular situado na base do crânio. As fibras
eferentes (motoras) vagais parassimpáticas, tem origem no bulbo e
inervam os pulmões, as vias respiratórias, o coração, as glândulas
gástricas, o esôfago, o estomago, a vesícula biliar e parte do intestino
grosso.
Consulte também: nervo, fibra, parassimpático.
VALÉCULA
Substantivo latino Vallecula, de pequeno, diminuto. Valécula é o nome
dado para a pequena depressão localizada em certos órgãos. Por
exemplo: Valécula epiglótica (pequena fossa situada entre a epiglote e
a raiz da língua, dividida ao meio pela prega glossoepiglótica mediana,
delimitada lateralmente pela prega glossoepiglótica lateral, onde
eventualmente pode se esconder resíduos de alimentos mastigados,
causando mal cheiro na boca).
Consulte também: fossa.
VALVA
Substantivo latino Valva, de batente de porta, entrada, portal. Valva é o
nome dado para o conjunto de válvulas que atual simultaneamente no
mesmo local. Por exemplo: Valva atrioventricular direita ou tricúspide
(conjunto de três válvulas que impedem o refluxo de sangue para o
átrio direito); Valva atrioventricular esquerda ou bicúspide, o mesmo
que Mitral (conjunto de duas válvulas que impedem o refluxo de
sangue para o átrio esquerdo); Valva de Kerckrin100 (conjunto de
pregas duodenais semicirculares situadas na porção descendente do
duodeno, dificultando o refluxo do conteúdo gástrico).
Consulte também: válvula.
VÁLVULA
Substantivo latino Valvulae, diminutivo de valva, Valvae, de folheto,
película, do grego Ptyx, Ptychós, pequena prega dobrada. Válvula é o
nome dado para as pregas que se dobram em forma de folheto,
permitindo controlar o fluxo e a circulação de certos líquidos no
interior de vasos e tubos. As válvulas servem de mecanismo de
retenção contra o refluxo de substâncias, ofuscando parcialmente a luz
de um determinado vaso; outras válvulas se assemelham a bolsas em
forma de meia-lua, cujo formato lembra o bolso de uma camisa,
impedindo que o líquido retorne por meio do enchimento do bolso,
colapsando a parede do vaso. Por exemplo: Válvulas de Houstron-
Kohlrausch101 (válvulas em forma de pregas situadas no canal anal);
Válvulas atrioventriculares (válvulas situadas entre o átrio e o
ventrículo direito e esquerdo do coração, pregas em forma de cúspide);
Válvula da veia cava inferior (válvula septal situada na borda do septo
atrioventricular direito do coração); Válvula do seio coronário, de
Thebesian, Tebésio102 (válvula septal situada na margem do óstio do
seio coronário, na parede do átrio direito do coração); Válvula do
forame oval (válvula septal situada na borda da impressão da fossa
oval, na parede do átrio esquerdo do coração); Válvulas semilunares
(válvulas em forma de bolso de camisa, situada na extremidade
proximal do tronco da artéria pulmonar e aórtica; presente também nas
veias do tronco e membros).
Consulte também: cúspides, valva.
VALVULAR
Adjetivo relativo as válvulas, cuja função é controlar o fluxo de certas
substâncias no interior dos vasos.
Consulte também: válvula, valva.
VASO
Substantivo latino Vas, de vaso, vasilhame. Vaso é o nome dado para
tubos cilíndricos anastomosados, que servem para conduzir o sangue
ou a linfa, que eventualmente seguem para o coração para compor o
volume sanguíneo do corpo.
Consulte também: veia, artéria, linfa.
VASTO
Substantivo latino Vastus, de imenso, espaçoso, foi Riolan103 quem
batizou os grandes músculos da coxa com este nome. Vasto é o nome
dado para os músculos da coxa que compõem o quadríceps femoral ou
da coxa, o músculo vasto lateral, medial e intermédio, mais o músculo
reto da coxa.
Consulte também: sural.
VEIA
Substantivo latino Vena, Venae, do grego Phlébs, Phlébis, de
condução, caminho de volta ao coração. Veia é o nome dado para os
vasos que conduzem o sangue da parte periférica do corpo de volta ao
coração. As veias possuem parede mais fina do as artérias, com uma
túnica íntima, formada pelo endotélio, membrana basal e lâmina
elástica interna, uma túnica média, formada pela camada de músculo
liso e lâmina elástica externa e uma túnica externa, composta por
fibras elásticas e colágeno. As veias mais grossas do corpo são as veias
cavas superior e inferior, e o tronco pulmonar ou artéria pulmonar,
antigamente chamada de vena arteriosa.
Consulte também: vênula, artéria.
VELUS
Substantivo latino Velus, Vellus, de pelo curto e muito fino. Velus é o
nome dado para os pelos que substituem os primeiros pelos que
crescem no feto a partir do quinto mês de gestão, a lanugem. Na
infância, o velus está presente em boa parte do corpo, exceto nas
sobrancelhas, cílios e na cabeça, pois estes são pelos terminais. O velus
é gradualmente substituído por influência dos hormônios produzidos
na puberdade, principalmente nas axilas, no púbis, na face, nos
membros e tórax, respondendo aos padrões hormonais masculino e
feminino, o que resulta na maior concentração de velus nas mulheres
(35%) do que nos homens (5%).
Consulte também: lanugem.
VENOSO
Adjetivo latino Venosus, do grego Phleboidés, toda estrutura que está
relacionada com as veias. Por exemplo: Forame venoso, de Vesalius104
(pequeno forame inconstante que surge ao lado do forame oval no osso
esfenoide); Seio venoso da esclera, de Schlemm105 (pequeno canalículo
situado na esclera junto a inserção da córnea do olho); etc.
Consulte também: vênula, veia.
VENTRAL
Adjetivo latino Ventralis, que pertence ao ventre, o que está adiante, na
frente. Por exemplo: Face ventral da mão (palma da mão voltada para
frente, segundo a posição anatômica).
Consulte também: ventre, dorsal.
VENTRE
Substantivo latino Venter, Ventris e Alvus, Alvi, barriga, ventre, do
grego Gastér, Gastrós, Koilía, koilías, cavidade ventral. Ventre é o
nome dado para a região situada anteriormente, o contrário de costas,
dorso. Antigamente o ventre era identificado pelo estômago, o mesmo
que abdome. Foi também associado ao ventre feminino, cujo útero é o
órgão principal, preponderante, incumbido de gerar um novo ser, dar a
vida.
Consulte também: dorso.
VENTRÍCULO
Substantivo latino Ventriculus, Ventriculi, diminutivo de Venter,
Ventris, do grego Gastrídion, Gastrídiou, pequeno ventre, daquilo que
é reservado, íntimo. Ventrículo é o nome dado para determinadas
cavidades que são íntimas de certos órgãos, comparado ao leito de um
quarto, reservado somente aos moradores. Os ventrículos são
cavidades que omitem acessos importantes, protegendo estruturas mais
nobres em certos órgãos. Por exemplo: Ventrículo do coração (câmara
cardíaca inferior, separada pelo septo interventricular, responsável pelo
bombeamento do sangue para os pulmões e demais órgãos do corpo);
Ventrículo cerebral (câmaras situadas no interior do cérebro e do
tronco encefálico, interligadas por forames e canais, preenchidas pelo
líquido cérebro-espinhal e pelas formações dos plexos corióideos);
Ventrículo da laringe (espaço transglótico situado entre as pregas
vestibulares e vocais, no interior da laringe, de difícil acesso, protege
os músculos vocais e o espaço infraglótico que precede a traqueia);
etc.
Consulte também: átrio, coração.
VÊNULA
Substantivo latino Venulae, Veiazinha, diminutivo de Vena, Venae, do
grego Phlégion, Phlébiou, de pequena veia, vaso amiúde. Vênula é o
nome dado para as pequenas veias, ao nível dos capilares sanguíneos.
Consulte também: veia.
VERGA
Substantivo latino Virga, Virgae, vara, cajado, do grego Sáthe, Sáthes,
o mesmo que membro viril. Verga é o nome dado antigamente para o
membro viril, atual pênis, comparado a verga de uma vara de pesca.
Consulte também: pênis, membro viril.
VERME
Substantivo latino Vermis, de verme, larva, do grego Helmís,
Helmínthos, vermes intestinais. Verme é o nome dado para a estrutura
situada no cerebelo cuja forma lembra um verme vivo, o verme
cerebelar, que divide os dois hemisférios cerebelares direito e
esquerdo.
Consulte também: lumbrical, cerebelo.
VERMIFORME
Adjetivo latino Vermis, de verme e Formis, forma, semelhante ao
corpo de certos vermes.
Consulte também: verme, apêndice.
VÉRTEBRA
Substantivo latino Vertebrae, de Vertere, virar, girar, do grego
Spóndylos, Spóndylou, vértebra, ossículo. Vértebra é o nome dado para
cada um dos ossos que formam a coluna vertebral, num total de 33
vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, de 4 a 5 sacrais
e de 3 a 4 coccígeas. As vértebras cervicais, torácicas e lombares,
exceto a primeira, o atlas, e a segunda, o áxis, possuem estruturas
anatômicas típicas: um corpo vertebral, um par de processo transverso,
um processo espinhoso, um par de pedículo e um forame vertebral.
Consulte também: sacro, coluna.
VERTEBRAL
Adjetivo relativo à tudo que está associado com as vértebras.
Consulte também: vértebra, coluna.
VÉRTICE
Substantivo latino Vertex, Verticis, de cume, parte mais alta, que se
eleva, do grego Koriphé, Koriphés, ápice, extremidade, cabeça, o
mesmo que vértex. Vértice é o nome dado para o ápice da cabeça,
parte que corresponde ao topo do crânio, próximo da sutura
lambdoide.
Consulte também: calvária.
VERUMONTANUM
Substantivo latino Veru, diminutivo de coluna, de balaústre e
Montanus, saliência, de crista. Verumontanum é o nome dado
antigamente para a crista uretral situada no canal da uretra prostática,
um pouco à frente do colo da bexiga urinária, adiante da úvula da
bexiga.
Consulte também: crista, úvula.
VESÍCULA
Substantivo latino Visicula, Visiculae, diminutivo de Vesica, Vesicae,
do grego Cystis, Cystidos, de bexiga, reservatório saculiforme.
Vesícula é o nome dado para as estruturas apendiculares e
saculiformes, como a vesícula biliar do fígado e as vesículas seminais
adjacentes à próstata. A vesícula biliar está situada sobre a face
visceral, entre o lobo quadrado e o lobo direito do fígado, é o
reservatório que armazena a bile, essencial para homogeneização da
gordura, cumprindo o papel de agente emulsificador, permitindo que
alimentos gordurosos se misturem com a água tornando-os
hidrossolúveis, para que possam ser processados, absorvidos e
reabsorvidos pelos intestinos. A vesícula biliar possui de 7 a 10
centímetros de comprimento e capacidade de armazenamento de 50
mililitros de bile. Do ponto de vista anatômico, a vesícula apresenta
três partes: o fundo, que é a parte de fundo cego da vesícula, o corpo,
de maior proporção e o colo, extremidade estreita oposta ao fundo
ligado ao ducto cístico.
Consulte também: bexiga.
VESICULAR
Adjetivo relativo à vesícula.
Consulte também: vesícula, bexiga.
VESTÍBULO
Substantivo latino Vestíbulum, Vestibuli, de Ve, que indica diminuição
e Stabulum, Stabuli, pequena entrada. Vestíbulo é o nome dado para a
parte que fornece meio de entrada e saída de um órgão, cujo formato
lembra uma antessala, que precede a cavidade principal. Por exemplo:
Vestíbulo do nariz (região que compreende as narinas, com paredes
úmidas e cobertas por pelos, antecedendo a cavidade nasal
propriamente dita); Vestíbulo da cavidade oral (região que compreende
o espaço entre as arcadas dentárias e as bochechas); Vestíbulo da
orelha (região que compreende a cavidade situada na divisão da orelha
interna, compondo parte do aparelho vestíbulococlear); Vestíbulo da
laringe (região que compreende o espaço situado acima das pregas
vestibulares da laringe); Vestíbulo da vagina (região que compreende o
espaço situado entre os lábios menores do pudendo, onde se encontra o
óstio do canal vaginal, óstio uretral externo e eventualmente a
membrana himenal).
Consulte também: ádito, átrio, seio.
VESTÍGIO
Substantivo latino Vestigium, Vestigii, do grego Íchnos, Íchnou, traço,
daquilo que deixou pegadas, rastro para ser seguido e encontrado.
Vestígio é o nome dado para as estruturas que se manifestam como
resíduos, estruturas anatômicas remanescentes do passado, presentes
em certos órgãos que constituíram uma parte do corpo e que sofreu
regressão, deixando em seu lugar um pequeno vestígio de sua condição
anterior. Por exemplo: Cóccix (pequenas vértebras rudimentares
calcificadas entre si, situadas na extremidade inferior do sacro que
atualmente representa o vestígio de uma cauda embrionária que se
acredita também ser o remanescente de uma cauda preênsil presente
em um ancestral primitivo do homem); Fossa oval (depressão na
parede do átrio direito do coração que atualmente representa o vestígio
embrionário da comunicação interatrial entre ambos os átrios).
Consulte também: cauda.
VÉU MEDULAR
Substantivo latino Velum Medullare, de membrana muito fina, cortina.
Véu medular é o nome dado para a fina lâmina composta por
substância branca, situada entre os pedúnculos cerebelares superiores,
o véu medular superior, e as bordas laterais do nódulo do cerebelo, o
véu medular inferior.
Consulte também: membrana.
VÉU PALATINO
Substantivo latino Velum Palatinum, de palato mole, Palatum Molle ou
Septum Staphylinum, parede, divisória. Véu palatino é o nome dado
para a parte musculomembranosa que se estende do céu da boca até a
úvula, a campainha da garganta constituída anterior ao istmo da boca,
onde as bordas laterais constituem os arcos palatoglosso. O véu
palatino é constituído por músculos e membranas que revestem a
cavidade da boca, como parte integrante do palato mole.
Consulte também: palato.
VIBRISSA
Substantivo latino Villous, coberto de pelos, de Villus, Villi, pequenos
tentáculos que se movimentam livremente, o mesmo que vilosidade.
Vibrissa é o nome dado para as estruturas que possuem vilosidades,
presente na superfície de certos órgãos tubulares, com paredes que
necessitam de aderência, servem para absorver e coletar certas
substâncias soltas pelo organismo. Por exemplo: Vilosidade intestinal
(região do canal alimentar forrada de pequenos tentáculos que servem
para aumentar a superfície de contato entre a mucosa intestinal e os
alimentos digeridos); Vibrissa da tuba uterina (extremidade pregueada
de tentáculos na extremidade da tuba uterina, atuais fímbrias, servem
para coletar o óvulo solto próximo ao óstio da tuba uterina).
Consulte também: fímbria.
VILOSIDADE
Substantivo latino Villi, de tentáculos, parecido com pelos curtos, o
mesmo que vibrissa. Vilosidade é o nome dado para as pequenas e
curtas projeções digitiformes situadas sobre a superfície de algumas
mucosas, aumentando a superfície de contato e a aderência com certas
substâncias. Por exemplo: Vilosidade intestinal (vilosidade situada
sobre a superfície da mucosa dos intestinos, permitindo aumentar a
capacidade de absorção e reabsorção dos alimentos digeridos).
Consulte também: vibrissa.
VÍSCERA
Substantivo latino Viscus, Visceris, intestino, do grego Splánchnon,
Splánchnou, entranha, tripa. Víscera é o nome dado para o órgão e
estruturas localizadas dentro de grandes cavidades corpóreas, a
cavidade esplâncnica, como aquelas que se manifestam no tórax,
abdômen e pelve.
Consulte também: esplâncnico.
VISCERAL
Adjetivo relativo às vísceras. Por exemplo: Pleura visceral (lâmina
serosa que envolve intimamente os pulmões); Peritônio visceral (dobra
da membrana peritoneal em contato com as vísceras do abdômen);
Face visceral (superfície de qualquer órgão em contanto com a
superfície de outra víscera adjacente); etc.
Consulte também: víscera.
VÍTREO
Substantivo latino Vitreus, de vidro, transparente e Vitrum, vidro.
Vítreo é o nome dado para o líquido extracelular gelatinoso e
transparente, situado dentro do bulbo do olho, mantendo a retina
pressionada contra a corioide, preenchendo quatro quintos do bulbo,
dando a forma estrutural arredondada do olho.
Consulte também: humor.
VÔMER
Substantivo latino Vômer, Vomeeris, dente do arado que rasga a terra.
Vômer é o nome dado para o osso ímpar e laminar situado entre as
duas lâminas mediais do processo pterigoideo do osso esfenoide,
conectado inferiormente com o osso palatino e o palato duro do osso
maxilar e superiormente com a lâmina perpendicular do osso etmoide,
dividindo a cavidade nasal ao meio, constituindo parte do septo ósseo
do nariz interno.
Consulte também: septo.
VÓRTEX
Substantivo latino Vórtex, Vorticis, de redemoinho, do grego Strómbos,
Strómbou, de turbilhão, o mesmo que vórtice e vértice. Vórtex é o
nome dado para a estrutura em forma de espiral, aparente círculo
concêntrico, que lembra a estrutura de um caracol. Por exemplo:
Cóclea (estrutura em forma de espiral do aparelho vestibulococlear);
Hámulo (parte em espiral da cóclea).
Consulte também: cóclea, hélix, vértice, mucrônico.
VÓRTICE
Substantivo latino Vortex, de redemoinho, redemoinho, o mesmo que
Vórtex. Vórtice é o nome dado para a estrutura de espiral, de formato
concêntrico. Por exemplo: Vórtice do coração (região onde a
musculatura se desenvolve de forma concêntrica, feito um espiral);
Veias vorticosas (vórtice ou veias vorticosas, presente na túnica
vascular do bulbo do olho).
Consulte também: mucrônico.
VULVA
Substantivo latino Vulva, Vulvae, de envolver, o mesmo que pudendo.
Vulva é o nome dado para o conjunto de estruturas e órgãos que
compõem a parte da genitália externa feminina, onde também estão
localizados os grandes e pequenos lábios do pudendo, o monte púbico,
o clitóris, os bulbos do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores e
menores. A origem do nome se deve ao fato do pudendo envolver o
pênis na relação sexual.
Consulte também: vagina.
X

XIFOIDE
Adjetivo grego Xiphoidés, de Xíphos, espada e Eidos, forma. Xifoide é
o nome dado para o processo xifoide, o mesmo que apêndice xifoide,
estrutura de forma variável situada na extremidade distal do osso
esterno. O processo xifoide se funde ao corpo do osso esterno em
indivíduos acima dos 40 anos de idade, em indivíduos mais jovens está
separado por cartilagem. O processo xifoide possui formato variável,
podendo ser pontiagudo, bífido, rombo para dentro ou para fora. Em
algumas situações, o processo xifoide se projeta para frente, dando a
aparência conhecida como peito de pombo, devido a saliência para
frente que se forma sobre a pele do tórax. A extremidade inferior do
processo xifoide está no mesmo nível da décima vértebra torácica,
ponto importante para localizar a margem superior do fígado, o centro
tendíneo do diafragma e a borda inferior do coração.
Consulte também: manúbrio, esterno.
Z

ZIGOAPOFISÁRIO
Adjetivo grego Zygas, de par, casal, cópula, Apo, longe, além e Physys,
sulco, crescimento.
Consulte também: zigomático, apófise.
ZIGOMA
Substantivo latino Zygoma, Zygómatos, objeto utilizado para ligar,
unir. Zigoma é o nome dado antigamente para o osso irregular da face,
atualmente chamado de osso zigomático, localizado abaixo da
cavidade orbital em ambos os lados do rosto, responsável pela
proeminência dos malares, osso da maçã do rosto, local onde a pele se
torna enrubescida quando constrangido e envergonhado.
Consulte também: zigomático.
ZIGOMÁTICO
Adjetivo relativo ao zigoma, referente ao osso de mesmo nome, osso
zigomático, que une as partes laterais do rosto ao osso temporal por
meio do arco zigomático, papável a frente da orelha externa, logo
acima do ângulo mandíbula.
Consulte também: zigoma.
ZONA
Substantivo latino Zona, de região de transição. Zona é o nome dado
para as regiões de transição e circunscrição em certos órgãos e tecidos.
Por exemplo: Zona cárdica (área que corresponde a cárdia do
estômago); Zona pilórica (área afunilada que corresponde a região de
transição entre o estômago e o piloro); Zona orbicular (região que
corresponde a inserção do ligamento de mesmo nome da cápsula
articular do quadril, coxofemural); etc.
Consulte também: zônula.
ZÔNULA
Adjetivo latino Zonula, diminutivo de zona, relativo as pequenas
estruturas situadas em locais específicos, peculiares. Por exemplo:
Fibras da zônula (fibras de prolongamentos ciliares situadas no corpo
ciliar presas a cápsula do cristalino responsáveis pela acuidade visual).
Consulte também: região.
1 AVICENA, Abu Ali Huceine Ibne Sina (980-1037), foi um conhecedor de vários assuntos, autor de
inúmeros tratados sobre filosofia e medicina, algumas de suas obras mais famosas são: O livro da
cura e o Cânone da Medicina.

2 HENLE, Friedrich Gustav Jakob (1809-1885), médico, patologista e


anatomista nascido na Alemanha.

3VATER, Abraham (1684-1751), médico e professor de anatomia nascido


na Alemanha.

4Minotauro, segundo a mitologia grega, foi uma criatura com a cabeça de


um touro sobre o corpo de um homem, parte homem parte touro.

5 Atlas, segundo a mitologia grega, foi um homem condenado a sustentar


eternamente o peso do mundo sobre os ombros.
6 Consulte página 22.

7 BROCA, Pierre Paul (1824-1880), anatomista, antropólogo, professor de cirurgia clínica e diretor
dos laboratórios antropológicos em Paris.

8 TENON, Jacques René (1724-1816), foi cirurgião, oftalmologista e professor de patologia em


Paris.

9 Aquiles é o personagem da mitologia grega que participou da famosa batalha entre gregos e
troianos, que ao nascer ficou protegido depois de ser mergulhado preso pelos calcanhares nas
margens do rio Estige. Sua morte foi atribuída à Páris que atirou uma flecha atingindo o calcanhar de
Aquiles, sendo a única parte de seu corpo que não estava protegida.

10 GALENO, Cláudio (129-217), importante médico grego da antiguidade, sua influência persistiu
durante 15 séculos até o renascimento.

11 PECQUET, Jean (1622-1674), foi um anatomista francês cuja pesquisa com animais vivos
contribuiu para o entendimento da circulação do sangue e o sistema linfático.

12 CORTI, Alfonso Giacomo Gaspare (1822-1876), anatomista e médico responsável pelo estudo
inicial do órgão que leva o seu nome.

13 Consulte página 22.

14 MORGAGNI, Giovanni Battista (1682-1771), foi professor de anatomia na universidade de Pádua


onde lecionou por 56 anos, é considerado o fundador da Anatomia patológica.

15 MALPIGHI, Marcello (1628-1694), médico e biólogo italiano pioneiro na utilização do


microscópio, fundador da anatomia microscópica.

16 COITER, Volcher (1534-1576), foi um anatomista holandês associado ao estudo da osteologia


comparativa, descreveu pela primeira vez a meningite.

17 SPIGELIUS, Adrianus (1578-1625), médico e professor de Anatomia em Veneza e depois em


Pádua.

18 Consulte página 50.

19 CELSO, Aulo Cornélio (25 a.C – 50), foi médico romano que viveu em Gália Narbonense, cujos
trabalhos sobre a prática médica em Alexandria sobreviveu a partir de uma vasta enciclopédia
contendo tratados sobre dietas, farmacologia e cirurgia.

20 Consulte página 173.

21 Consulte página 75.

22 LIEBERKÜHN, Johann Nathanael (1711-1756), anatomista, físico e médico alemão.

23 Tancredo Neves (1910-1985), foi candidato e presidente eleito no Brasil em 21 de abril de 1986,
faleceu devido as complicações clínicas de uma diverticulite severa, antes de tomar posse como
presidente da república.

24 Consulte página 22.

25 WORMIUS, Olaus (1588-1654), foi médico e mestre em Artes, contribuiu para o estudo da
embriologia com a descoberta de pequenos ossos que aparecem em alguns espaços do crânio durante
o seu desenvolvimento.

26 ABEL, John Jacob (1857-1938), da Johns Hopkins Medical School, foi um farmacologista norte-
americano que isolou o princípio ativo da adrenalina a partir do extrato da glândula suprarrenal e
chamou esta substância de epinefrina.

27 GÄRTNER, Joseph (1732-1791), foi professor de anatomia e botânica em Tübingen e São


Petersburgo.

28 DARWIN, Charles (1809-1882), como indicado por ele, um dos sinais de que o corpo humano
está evoluindo e se adaptando, modificando estruturas sem utilidade.

29 LOUIS, Pierre Charles Alexandre (1787-1872), patologista e pneumonologista em Paris.

30 SCARPA, Antonio (1747-1832), professor de cirurgia em Modena e professor de anatomia em


Pavia.

31 COLLES, Abraham (1773-1843), professor de anatomia e cirurgia em Dublin.

32 Figo é uma flor invertida de cor escura composta por muitos aquênios, que se abre internamente a
partir da florescência de uma figueira.

33 Piáu é um peixe de água doce muito comum nos rios do Brasil, equivalente a Piaba, Piava, Aracu
e Manjuba.

34 SANTORINI, Giovanni Domenico (1681-1737), foi um anatomista italiano lembrado por


conduzir dissecações em público por volta dos anos de 1705 a 1728 em Veneza.

35 GASSER, Johann Lorenz (1723-1765), anatomista em Viena, contribuiu para a descoberta do


gânglio trigeminal, conhecido antigamente como gânglio semilunar.

36 MEISSNER, Georg (1829-1903), anatomista e fisiologista alemão nascido em Hanover, associado


a descoberta dos receptores que correspondem a sensibilidade da pele, como o tato.

37 BOWMAN, William (1816-1892), anatomista e oftalmologista britânico que descreveu as


estruturas anatômicas da cápsula glomerular.

38 FALLOPPIO, Garielle (1523-1562), anatomista e cirurgião italiano. Tornou-se professor de


anatomia em Pisa e em Pádua, onde trabalhou com Andreas Vesalius.

39 WINSLOW, Jacob Benignus (1669-1760), anatomista nascido na Dinamarca, também conhecido


como Jacques-Bénigne Winslow.

40 Netuno, Deus romano dos mares e oceanos, inspirado em Poseidon. Também era considerado o
Deus das fontes, das correntes e correntezas, e de tudo que é aquático.

41 Ámon, de Amon, Amun foi um dos deuses do antigo Egito associado ao Deus Rá, dando origem ao
Deus Amon-Rá.

42 AMMON, Friedrich August (1799-1861), foi um anatomista, cirurgião e oftalmologista alemão,


de Gottingen, médico real de Frederico Augusto II, rei saxon.

43 ÉFESO, Rufo (70 d.C), foi um médico grego e escritor de tratados sobre dietética, patologia e
anatomia, seguidor de Hipócrates e posteriormente criticado por abandonar alguns de seus
ensinamentos.

44 Os boticários, diferentemente dos médicos cirurgiões, eram comerciantes que no início receitavam
e vendiam medicamentos que aos poucos foram se especializando e assumiram o papel do médico
clínico.

45 LANGERHANS, Paul (1847-1888), patologista, fisiologista e biólogo alemão, responsável pela


descoberta das células que secretam insulina.

46 SAINT-HILAIRE, Étienne Geoffroy (1772-1844), naturalista e zoólogo francês fundador da


teratologia, ciência que estuda as malformações congênitas.

47 INGRASSIAS, Johann Philipp (1510-1582), professor de Anatomia em Nepal.

48 Consulte página 126.

49 Na mitologia grega, labirinto era o jardim ou palácio composto de divisões múltiplas e


complicadas com passagens e ruas que se cruzavam confusamente, de modo que quem ali entrava
não encontrava mais saída, foi utilizada por Dédalos para aprisionar o Minotauro.

50 Consulte página 58.

51 LITTRÉ, Alexis (1658-1726), anatomista e cirurgião em Paris nascido em Cordes.

52 GIMBERNAT, Don Manuel Louise Antonio (1734-1816), professor de anatomia em Barcelona e


professor de cirurgia em Madri e cirurgião do rei Carlos III da Espanha.

53 HERÓFILO (335 a.C – 280) foi um médico grego e um dos primeiros a dissecar e estudar a
anatomia sobre um cadáver humano. Considerado um dos primeiros anatomistas é responsável por
inúmeras descobertas e práticas médicas, tais como: diagnóstico do pulso, estabeleceu a diferença
entre pulsação e palpitação, espasmos e tremores, nervos e vasos sanguíneos e o primeiro a
reconhecer que as artérias estavam cheias de ar como se imaginava. Também foi Herófilo que
determinou que o cérebro é o centro do sistema nervoso e o órgão responsável pela inteligência,
contradizendo Aristóteles que mencionou ser o coração. Descreveu a função detalhada dos olhos e
das glândulas salivares. Dissecou e descreveu sete dos doze pares de nervos cranianos. Foi aluno de
Ptolomeu e mestre de Erasístrato, com quem fundou a escola de medicina de Alexandria.

54 Consulte página 21.

55 REIL, Johann Christina (1759-1813), médico alemão cujos trabalhos percorreram a fisiologia,
anatomia e psiquiatria. Foi o primeiro a descrever a via do trato que percorre a substância branca na
medula espinhal.

56 Lentilha é uma leguminosa da espécie nativa da Ásia, de folíolos ovais e pequenos. É uma das
mais antigas plantas cultivadas pelos egípcios e persas.

57 Consulte página 122.

58 Consulte página 97.

59 RODIN, Auguste (1840-1917), escultor francês, famoso por esculpir a figura de um homem
sentado em meditação soberba, lutando contra uma implacável força interna, originalmente chamada
de O Poeta, destinada a compor um portal monumental baseado na obra de Dante Alighieri (1265-
1321), a Divina Comédia.

60 SCHWANN, Theodor (1810-1882), foi um fisiologista alemão, considerado o pai da histologia


moderna. Lecionou na Universiteit Leuven na Bélgica e dez anos depois na Universidade de Liège. A
partir do estudo do funcionamento dos músculos e as células nervosas, levou à descoberta das
chamadas células de Schwann.

61 BOTTICELLI, Sandro (1485-1486), pintor italiano, referente a sua obra: O Nascimento de Vênus,
encomendada por Lorenzo di Pierfrancesco de Médici, retrata a deusa da formosura e do amor
nascendo nua da espuma do mar, cobrindo a vulva com seus cabelos longos mais não o monte
púbico.

62 Consulte página 158.

63 REMAK, Robert (1815-1865), foi um médio alemão que se dedicou aos estudos da embriologia,
fisiologia e neurologia, conhecido por descobrir as fibras nervosas amielínicas e das células nervosas
situadas no coração.

64 ARANTIUS, Giulio Cesare (1530-1589), professor de medicina, cirurgia e anatomia em Bolonha,


foi aluno de Vesalius e médico pessoal do papa Gregório XIII.

65 HEISTER, Laurentius (1683-1758), foi médico, cirurgião e anatomista alemão. Atuou como
professor na Universidade de Helmsted até o final da vida, considerado como protagonista da
cirurgia científica na Alemanha.

66 HALLER Albrecht (1708-1777), foi um médico, fisiologista e anatomista suíço. É considerado


um dos grandes fisiologistas, criador da fisiologia experimental, autor de muitos tratados sobre
anatomia, embriologia, botânica e inúmeras poesias.

67 GRAAF, Reinier de (1641-1673), foi um médico e fisiologista neerlandês, se dedicando


principalmente ao estudo do pâncreas e os folículos ováricos.

68 WIRSUNG, Johann Georg (1600-1643), professor alemão de anatomia em Pádua.

69 Consulte página 22.

70 Consulte página 111.

71 Consulte página 22.

72 COOPER, Astley Paston (1768-1841), professor de anatomia e cirurgia em Londres, médico


pessoal do rei George IV, William IV e da rainha Victoria da Inglaterra.

73 Adotamos o termo sudorípara por ser mais adequado a língua portuguesa ao invés de sudorífera,
mesmo este sendo reconhecido e utilizado pela Terminologia Anatômica, por se tratar de glândulas
que excretam suor (sudoríparas) e glândulas provocam a sudorese (sudoríferas), a partir do exercício
físico.

74 PACINI, Filippo (1812-1883), responsável pela primeira escrita sobre os corpúsculos ligados aos
nervos digitais e que atualmente levam o seu nome.

75 WILLIS, Londres Thomas (1621-1675), professor de filosofia natural em Oxford e médico


particular do rei James II da Inglaterra.

76 VARÓLIO, Costanzo (1543-1575), médico italiano e cirurgião dos Papas, nascido na cidade de
Bolonha, seu professor Giulio Cesare Aranzio foi aluno de Vesálius. Em 1569 a universidade de
Bolonha criou uma cadeira excepcional para que pudesse lecionar anatomia. Uma grande estátua em
sua homenagem está situada no Teatro Anatômico Archiginnasio.

77 Habsburgo, mandíbula de Austríaco, se caracteriza por uma mandíbula pronunciada, dando ao


indivíduo a aparência dos antigos reis da dinastia da Casa de Habsburgo, cujo primeiro governo foi
de Rodolfo I, rei dos germânicos no ano de 1273, assumindo em seguida o governo da Áustria.

78 Consulte página 50.

79 Consulte página 174.

80 Consulte página 50.

81 Consulte página 212.

82 Consulte página 174.

83 Consulte página 161.

84 SYLVIUS, Franciscus (1614-1672), médico, químico, fisiologista e anatomista, também


conhecido como Fraz De La Boë. Atuou como professor de prática médica em Leyden no sul da
Holanda, e foi um dos primeiros a divulgar a circulação do sangue no país.

85 CAMPER, Petrus (1722-1789), anatomista, antropólogo e naturalista holandês, famoso pelo


estudo relacionado a forma do crânio de mamíferos e humanos.

86 RIOLAN, Jean (1577-1657), foi botânico e médico pessoal de Maria Médici, um dos divulgadores
dos ensinamentos de Cláudio Galeno.

87 FONTANA, Abbada Felice (1720-1805), professor de filosofia e anatomia, fundador do Museu de


História Natual em Florença.

88 Consulte página 42.

89 MEIBOM, Heinrich (1638-1700), filho do médico Johan Heinrich Meibom (1590-1655). Heinrich
foi professor de medicina, de história e de poesia na cidade de Helmstedt na Alemanha, conhecido
pela descoberta das glândulas sebáceas, glândulas Meibonianas.

90 Consulte página 136.

91 Consulte página 121.

92 EUSTACHIO, Bartolomeo (1515-1574), professor de anatomia em Roma e médico do Papa.

93 Consulte página 121.

94 Consulte página 239.

95 Consulte página 239.

96 Consulte página 121.

97 Consulte página 90.

98 MECKEL, Johann Friedrich (1781-1833), foi médico e anatomista alemão e um dos fundadores
da teratologia. Atuou como professor de anatomia, patologia e zoologia na Universidade de Halle.

99 CHAUSSIER, François (1746-1828), foi um anatomista francês de Dijon, sendo lembrado por seu
trabalho inovador no campo da medicina forense.

100 KERCKRING, Theodor (1640-1693), médico alemão e anatomista em Amsterdã̃, e depois em


Hamburgo.

101 HOUSTON, John (1802-1845), cirurgião em Dublin; KOHLRAUSCH, Otto Ludwig Bernhard
(1811-1854), médico em Hannover.

102 THEBESIUS, Adam Christian (1686-1732), nascido em Silésia, anatomista e patologista em


Leyden e médico em Hirschberg, Silésia.

103 Consulte página 209

104 VESALIUS, Andreas (1514-1564), médico belga considerado o pai da Anatomia moderna, foi
autor da publicação De Humani Corporis Fabrica, livro publicado em 1543.

105 SCHLEMM, Friedrich (1795-1858), foi professor de anatomia em Berlim na Alemanha.


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