RESENHA HOMO LUDEN, HUIZINGA,Johan- João Vitor Barbosa Teixeira
O capítulo, ’’Natureza e Significado do Jogo como Fenômeno Cultural’’ presente
no livro Homo Ludens de Johan Huizinga debate sobre a natureza do jogo, sua
essência e seu papel na cultura e na sociedade. logo em na introdução do capítulo,
Huizinga traz à tona o fato de o jogo ser um fato que existe antes da cultura, assim
argumentando que o jogo não está presentes apenas em relações humanas mas
também é presente na relação entre animais. Com isso o autor apresenta o jogo
como um fenômeno fisiológico ou reflexo psicológico
Ao decorrer do texto Huizinga também explora sobre a essência do jogo
o-descrevendo como totalidade e elemento que transcende a esfera da vida
humana possuindo uma realidade autônoma com sua existência inegável podendo
ser compreendido por qualquer ser pensante. Juntamente desse argumento o autor
trava a relação do jogo com o imaginário e com o imaterial, como visto no trecho,”A
própria existência do jogo é uma confirmação permanente da natureza supralógica
da situação humana.”.Com a finalidade de trazer um exemplo de
transcendentalidade do jogo o escritor utiliza o exemplo da linguagem, que não
passa de um jogo de designar palavras e assim elevá-las ao ao plano espiritual
permitido assim que a linguagem funcione em uma realidade própria criando-se
portanto um jogo de palavras, subjetividade e Significados.
Outro ponto analizado é o contratste entre jogo e seriedade que é desmentido por
Huizinga que diz que por mais que no pensamento de sociedade jogo e seriedade
parecerem elementos opostos, o jogo, para sejs participantes é profundamente
sério. Sobre tal ponto tambem é discutido a relação entre o jogo e o Riso e como
dentro do jogo os jogadores não tem a menor tendência ao riso. Em relação ao riso
o mesmo vale para o cômico, apesar de certas brincadeiras parecerem cômicas, o
jogo em si não é cômico nem para seus jogadores e nem para seus telespectadores
como diz o autor em” Os animais muito jovens, ou as crianças, podem por vezes ser
extremamente cômicos em suas
brincadeiras, mas observar cães adultos perseguindo-se mutuamente dificilmente
suscita em nós o riso”
Após buscar introduzir a essência domjogo o autor busca definir as características
do jogo para o leitor assim atribuindo o jogo como algo voluntário, em que os
jogadores devem querer participar do jogo possuindo total liberdade, classificando o
jogo como algo livre, outra característica apontada é a evasão da realidade para
uma esfera própria e temporária, em que o jogador está completamente imerso em
sua atividade, outra característica apontada é a limitação e isolamento, apontando
que para que os jogos aconteçam há uma delimitação de tempo, de espaço, ou de
ambose sua capacidade de se tornar memória e tradição , outra característica é a
ordem e a capacidade Do jogo de instaurar regras e normas, adicionando uma
pequena fração de perfeição temporária e limitada que ao ser quebrada “estraga o
jogo”, tornando assim as regras um fator de extrema importância para o
funcionamento do jogo. Por fim, a “última ” características pontuada por Huizinga é a
tensão que serve para tornar o jogo mais imersivo e trazer a dinâmica entre os
jogadores e as situações
Em suma podemos concluir que o jogo é um fenômeno que ocorre antes da
existência de cultura por ser um elemento presente dentro da natureza e da vida de
outros animais além do ser humano. Também é necessário entender que o jogo
trata-se de uma realidade própria voluntária e livre , com suas limitações de tempo e
espaço que constituem seu funcionamento e dinâmica, criando, assim regras as
quais os jogadores devem concordar seguir para o funcionamento de tal realidade..
Apesar de estar ligado a brincadeira e a não seriedade, o jogo é extremamente sério
tanto para seus jogadores quanto telespectadores que observam os
desdobramentos causados pelas tensões e situações que podem ser desde a luta
por algo até a representação de alguma coisa. Outro ponto importante é o caracter
místico e evasivo do jogo que transporta quem está imerso para uma realidade
própria, criando um espaço imaginário e extraordinário.
