RESUMO TEC MIL ENG I AA1
UD I : Sistema de Ancoragem e Aparelhos de força
a. Cordames e cabos de aço
a.1 - Identificar as características e o emprego dos cabos de fibra e de aço.
(FACTUAL)
CABO DE FIBRA
Um cabo consiste de três elementos: as fibras, os fios e os cordões. Obtem-se: a)O fio:
torcendo-se um certo número de fibras, conjuntamente. b) O cordão: torcendo-se um
certo número de fios. c) O cabo: torcendo-se um certo número de cordões.
O cabo de fibra geralmente recebe o nome da espécie de fibra vegetal empregada na sua
fabricação.
a) O cabo de manilha é fabricado com fibras das folhas de manilha (Musa textilis). A cor
das fibras de manilha varia do branco amarelado ao castanho escuro.
b) O cabo de sisal é fabricado com fibras das folhas de sisal (Agave sisalana).
c)O cabo de cânhamo é fabricado com fibras de cânhamo (Cannabis sativa).
TIPOS DE CABO DE FIBRA
1) Os cabos de fibra são designados de acordo com as combinações de cordões que os
constituem. Os três tipos principais são:
a) Cabo de massa de três cordões: constituído de três cordões, torcidos à direita.
b) Cabo de massa de quatro cordões: constituído de quatro cordões, que são torcidos à
direita, em torno de um cordão central ou núcleo.
c) Cabo calabroteado: geralmente constituído de três cabos de massa de três cordões
torcidos à direita, cabos estes que, por sua vez, são torcidos à esquerda.
CARACTERÍSTICAS
a) Bitola: a bitola dos cabos é expressa pelo valor do diâmetro dos mesmos, em
polegadas.
b) Peso: Calcula-se o número de metros por Kg, dividindo-se 2,45 pelo quadrado do
diâmetro em polegadas.
c) Resistência:
a) Carga de ruptura: é a força por unidade de superfície necessária para provocar no
cabo o fenômeno de estrição, sendo que este se caracteriza pelo alongamento em uma
região pouco extensa, seguida de uma diminuição brusca do seu diâmetro.
b) Carga de segurança: é a carga máxima que o cordame suporta sem sofrer
deformação permanente na sua estrutura e é obtido dividindo-se a carga de ruptura pelo
“fator de segurança”.
c) Fator de segurança: é a relação entre a carga de segurança e a carga de ruptura. Nos
cabos novos o fator de segurança é igual a quatro. Nos cabos velhos e usados o fator de
segurança é igual a oito.
CABO DE AÇO
1) Os cabos de aço são fabricados com fios de aço ou de ferro. Os fios são reunidos, para
formarem os cordões (pernas). Os cordões o são, para formarem o cabo, quer enrolados
uns sobre os outros, quer enrolados juntos sobre um núcleo central (alma). O núcleo ou
alma pode ser de aço, de fibras naturais ou artificiais. A alma de aço é utilizada nos cabos
de aço sujeitos a severos esmagamentos ou a temperaturas elevadas. Os cabos com
alma de aço são mais rígidos. A alma de fibra em geral dá maior flexibilidade ao cabo de
aço. O número de cordões, o número de fios por cordão, o tipo do material e a natureza
do núcleo dependem do fim a que se destina o cabo.
a) Classifica-se o cabo de aço, de acordo com o número de cordões, o número de fios por
cordão, a estrutura do cordão, o núcleo, o torcimento e a fabricação. 2) Combinações de
cordões a) Fio. Na estrutura de um cabo de aço, o elemento básico é o fio, o qual é feito
de aço em vários calibres. b) Cordão ou perna. Os fios reunidos formam os cordões. O
número de fios de um cordão varia, de acordo com o fim a que destina o cabo. c) Cabo.
Certo número de cordões reunidos forma o próprio cabo. O cabo de aço é designado pelo
número de cordões do cabo e pelo número de fios por cordão. Deste modo, um cabo de
aço de 6 x 19 é um cabo que contém seis cordões e dezenove fios por cordão. Este cabo
tem o mesmo diâmetro externo de um cabo de aço de 6 x 37, o qual por sua vez contem
seis cordões, e trinta e sete fios por cordão. O sentido de enrolamento dos fios,
geralmente, é inverso ao sentido de enrolamento dos cordões.
b) Torcimento: torcimento diz respeito ao sentido do enrolamento dos fios nos cordões
ou dos cordões no cabo. Há dois torcimentos num cabo: o torcimento dos cordões, ou
enrolamento dos fios nos cordões; e o torcimento do cabo, ou enrolamento dos cordões
no cabo. Ambos podem ser feitos no mesmo sentido ou em sentidos opostos, de acordo
com o fim a que se destina o cabo. Na torção regular os arames estão torcidos em
direção oposta à das pernas do cabo. Na torção Lang os arames e as pernas estão
torcidos na mesma direção. A torção Lang aumenta a resistência à abrasão do cabo e sua
flexibilidade.
CARACTERÍSTICAS
A resistência de um cabo de aço varia, de acordo com o tipo de metal que são feitos os
seus fios. Os fios podem ser feitos de vários metais, entre os quais o aço de tração, o aço
doce, o aço arado e o aço aperfeiçoado. O metal básico pode ser natural ou galvanizado.
Usa-se também o bronze, dentro de certos limites, obtendo-se aço resistente à corrosão.
a) Designação: ) Os cabos são geralmente designados por dois números separados por
um “x”. O primeiro significa o número de cordões e o segundo o número de fios de cada
cordão. Exemplos:
a) Cabo 5/8” 6 x 7 AF: Cabo de 5/8 de polegadas de diâmetro com seis cordões e cada
cordão com 7 fios, com alma de fibra.
b) Cabo 3/4” 6 x 37 AA: Cabo de 3 / 4 de polegadas de diâmetro com seis cordões e cada
cordão com 37 fios, com alma de aço.
b) Bitola: A bitola de um cabo de aço é expressa pelo seu diâmetro em polegadas. Para
determinar a bitola de um cabo de aço, mede-se o seu maior diâmetro.
c) Resistência: A resistência de um cabo de aço varia com a bitola, o tipo, o material de
quefeito o processo de construção. A resistência pode ser expressa como: “resistência à
ruptura” ou “capacidade de trabalho em segurança”. Ao calcular se a “capacidade de
trabalho em segurança” de um cabo de aço, para içamentos diversos, usa-se
normalmente, um “fator de segurança” igual a 5. No “cálculo da “carga de segurança”,
para dar-se uma margem de segurança conveniente, divide-se a “resistência à ruptura” do
cabo pelo “fator de segurança”. Pode-se obter a “capacidade de trabalho em segurança”,
em toneladas, por meio de uma regra de algibeira, que consiste em elevarse ao quadrado
o diâmetro do cabo de aço, em polegadas e multiplicar-se o resultado por um 8. Um
resultado obtido deste modo, de acordo com o tipo do cabo, nem sempre corresponde ao
fatores de segurança de tabela.
a.5 - Descrever as formas de ligar as extremidades dos cabos de aço. (FACTUAL)
a) Falcassamento: Para falcassar um cabo de aço, enrole arame de ferro recozido no
cabo, à mão, apertando as voltas e tesando bastante o arame. Feitas várias voltas em
torno do cabo de aço, torça as extremidades do arame, em sentido contrário ao dos
ponteiros do relógio, de modo que a parte torcida dos arames fique próxima do meio da
falcassa. Aperte a torcedura com uma chave (torquês), para anular a folga. Não tente
apertar a falcassa, torcendo as extremidades do arame; aperte-a, repuxando-a com a
torquês. Em seguida, aperte novamente a torcedura com a torquês. Repita esta operação
quantas vezes for necessário, para apertar a falcassa. Corte as pontas dos arames e
dobre a parte torcida sobre o cabo. Há três regras para se determinar o número, o
comprimento e o espaçamento da falcassa. Sempre que se obtenha resultado fracionário,
deve-se considerar o maior número inteiro.
d) Abotoamento: Em alguns casos, quando se tem de prender a extremidade de um
cabo a uma guarnição, pode-se abotoar a extremidade do cabo, com o auxílio de duas
chaves para canos. Faz-se isto, pondo-se uma chave de cada lado do lugar a ser cortado
a atuando-se sobre os cabos das chaves, a fim de apertar os fios. Este processo é
temporário e deve ser evitado no caso de se ter de deixar a extremidade do cabo solta.
e) Soldagem: Podem-se arrematar as extremidades de um cabo de aço, fundindo-se ou
soldando-se os fios. Este processo é satisfatório, quando aplicado com cuidado, pois não
engrossa o cabo e requer pouco tempo. Deve-se retirar um pequeno pedaço do núcleo,
na extremidade do cabo, antes de soldá-la, para que se tenha uma solda limpa e o núcleo
não seja queimado em grande extensão. A superfície a ser aquecida deve ser a menor
possível e só se deve aplicar o calor essencialmente necessário para fundir o metal.
f) Corte: Pode-se cortar um cabo de aço com um cortador de cabo de aço, um corta-frio,
uma serra para metais, um corta-cavilhas ou um maçarico de corte a oxiacetileno. Antes
de cortar o cabo de aço, prenda firmemente os cordões, para evitar que o cabo descoche.
Consegue-se isso por meio de falcassamento (três falcassas separadas para cada lado
do corte) ou da soldagem. Ao usar o cortador de cabo de aço, coloque o cabo na base do
cortador e por cima dele a navalha, a qual deve assentar sobre as duas falcassas
centrais. Pressione a navalha sobre o cabo e, com a marreta, golpeie rapidamente a
cabeça do cortador, várias vezes. O corta-cavilhas serve somente para cabo de diâmetro
muito pequeno, porém, o maçarico de corte a oxiacetileno serve para cabo de qualquer
diâmetro. O corte de cabos por meio de serra para metal e corta-frio é demorado.
g) Emendas com clipes de aço: Quando prendemos um cabo, obedecemos a uma
fórmula que nos dá o número de clipes em relação ao diâmetro e o espaçamento entre os
clipes.
b. Equipamento para içar cargas
b.1 - Identificar os componentes utilizados no içamento de cargas. (FACTUAL)
a) Roldana: É um disco de madeira ou de metal, móvel em torno de um eixo que passa
pelo centro e é normal a seu plano. Há dois tipos de roldana: fixa e móvel. Cadernais e
talhas são combinações de roldanas. A potência (força) é igual a resistência (carga). O
esforço para levantar a carga não é diminuído, a vantagem está na comodidade.
FORÇA = CARGA
Na roldana móvel, a carga pende pelos dois ramos da corda, cada ramo suporta Q/2.
FORÇA = CARGA / 2
b) Cadernal: Os cadernais destinam-se a inverter a direção dos cabos nas talhas. Um
cadernal consiste de uma caixa, que serve de suporte para as pontas do eixo de uma
roldana, sobre o qual a roldana, polia de garganta, gira.
c) Patesca: Uma patesca é um cadernal de uma só roldana, cuja caixa se abre de um
lado junto à base do gato, a fim de permitir que se coloque um cabo na roldana, sem
precisar enfiar sua ponta por dentro do cadernal.
d) Talha: Talha é um conjunto de cabos e cadernais, que se usa com o objetivo de
multiplicar uma força. O cabo deve ser gornido ou enfiado nos cadernais, que podem ter
uma ou várias roldanas.
TRAÇÃO VERTICAL DE UM HOMEM DE PESO MÉDIO = 45 Kg
TRAÇÃO HORIZONTAL DE UM HOMEM DE PESO MÉDIO = 27 Kg
c. Ancoragem
c.1 - Descrever os diversos tipos de pontos de amarração. (FACTUAL)
a) Pontos de amarração naturais: Árvores, tocos ou rochas podem servir de pontos de
amarração naturais, num trabalho rápido no campo. Amarre, sempre, os cabos nas
árvores ou tocos, junto ao solo.
b) Ponto de amarração de estaca simples: Uma estaca simples, de ferro ou madeira,
pode ser cravada no solo, constituindo um ponto de amarração.
c) Ponto de amarração de estacas múltiplas: Duas ou mais estacas cravadas no solo,
e amarradas entre si, formam um ponto de amarração mais forte do que o constituído por
uma única estaca.
d) Ponto de amarração de estaca de aço: Ele consiste de uma placa de aço em forma
de caixa, provida de nove furos e de uma alça de aço soldada numa extremidade, para a
amarração do estai (placa de ancoragem/peça de ancoragem).
c.4 - Descrever os diversos sistemas de ancoragem. (FACTUAL)
a) Sistema de ancoragem na margem: São lançados, inicialmente, cabos de amarração,
que saem da ponte em direção aos dormentes ou pontos de amarração naturais, que
servem para prender a ponte durante a montagem, sendo depois incorporados ao sistema
final de ancoragem. Deve-se manter 45º em relação ao eixo da ponte. Os cabos devem
ser mantidos tensos e acima da água. b) Velocidade máxima da correnteza: 0,9 metros
por segundo c) Largura do vão: pequena.
b) Sistema de ancoragem no leito do rio através de âncoras: No sistema de
ancoragem por âncoras, a ponte é mantida no seu eixo longitudinal por meio de âncoras
cravadas no leito do rio, ligadas aos respectivos suportes flutuantes.
c) Cabo-guia ou cabo aéreo: Os sistemas de ancoragem por cabo(s)-guia constituem
uma aplicação do princípio das pontes pênseis: um ou vários cabos de aço cruzam o rio
lateralmente à ponte, possuindo estruturas de apoio em suas extremidades, denominadas
torres de ancoragem, para elevá-los a alturas tais que impeçam a sua submersão.
Conectados a estes cabos, existem tirantes, que ancoram os suportes flutuantes da
ponte. Os tirantes ficam presos ao cabo-guia através de mosquetões. O sistema poderá
ser ancorado a árvores resistentes ou outros pontos de amarração/elevação caso não
existam as torres de ancoragem. Os sistemas por cabo-guia classificam-se em simples e
múltiplos. a) Velocidade da correnteza: 1,5 m/s até 3,3 m/s. b) Largura do vão:
aconselhadada até 365 metros, podendo ser instalado em vãos de até 450 metros,
embora sobrevenham algumas dificuldades técnicas, devido ao elevado peso do cabo
suspenso.
c.5 - Identificar o dimensionamento dos pontos de elevação para o lançamento de
cabo-guia. (Factual)
UD II : Navegação
a. Intrudução à navegação
a.1 - Citar os comandos utilizados na navegação a remo e a motor. (FACTUAL)
a.4 - Apresentar as normas de segurança na navegação a remo e a motor.
(CONCEITUAL)
1) Se a embarcação virar, permaneça junto aguardando socorro.
2) Evitar ficar de pé, sentar-se na proa e nas bordas.
3) Ter sempre em local adequado uma embarcação de segurança, munida de motor de
popa, bóias, salva-vidas e bons nadadores.
4) O embarque e o desembarque deverão ser feitos sem correrias.
5) O peso deverá ser distribuído dentro da embarcação.
6) Não fumar durante a navegação.
7) Evitar corpos flutuantes.
8) A imersão na água é proibida.
9) Inspecionar todo o material antes de iniciar a navegação.
10) Evitar quedas n’ água, pânico e precipitação.
11) Usar sempre salva-vidas
b. Propulsores.
b.2 - Identificar as partes componentes dos motores de popa. (FACTUAL)
1) Cabeça de força (motor): Constituída por um motor de dois cilindros a dois tempos,
responsável pela energia mecânica necessária à propulsão da embarcação. Como
anexos possui sistemas de alimentação, distribuição, ignição, lubrificação, a rrefecimento,
além do sistema manual de partida.
2) Seção intermediária: Constituída basicamente pelo suporte de popa, braço de direção
(com acelera-dor), mesa giratória e carcaça do escape. Esta interpostaentre a cabeça de
força e a caixa de engrenagens e é responsável, basicamente, pelo posi cionamento do
motor de popa na embarcação, proporciona ao operador o comando da direção,
aceleração e proteção do eixo de transmissão.
3) Caixa de engrenagens: Estrutura localizada na parte terminal inferior do motor de
popa, composta de uma caixa contendo, basicamente, um pinhão e duas engre nagens
cônicas destinadas a transmitir o movimento do eixo de transmissão para o eixo
propulsor, fazendo também a inversão da bomba d’água, fundamental para o arrefe
cimento do motor.
b.3 - Descrever o funcionamento dos motores de popa. (FACTUAL)
1) Os motores de popa são equipamentos de dois temp os. O ciclo a dois tempos foi
idealizado com o objetivo de atenuar inconvenientes do ciclo a quatro tempos, mediante a
cor-respondência de um tempo motor para cada resist ente; pois sabemos que os
motores a quatro tempos, apenas um é motor a expansão; e os demais são resistentes.
2) Para efeito de estudo o motor é dividido em sistemas de alimentação, distribuição,
inflamação, lubrificação e arrefecimento (A D I L A).
a. Sistema de alimentação:
1) Ó carburador é o órgão destinado a preparar a mistura, numa proporção equacional de
ar atmosférico e gasolina, ideal para o funcionamento do motor. Para que a mistura de ar
e gasolina venha a ser homogênea, o carburador foi planejado, para garantir a essa
mistura uma proporção exata. Para que essa função alcance índices normais de
carburação são executadas diversas funções que pode mos generalizar do seguinte
modo:
a) Função vaporizadora.
b) Função misturadora.
c) Função dosadora.
d) Função de comando de aceleração.
b. Sistema de distribuição
1) A distribuição compreende o conjunto de órgãos destinados a regular a entrada e saída
de gases nos cilindros, no momento exato, de acordo com o tempo do ciclo
correspondente.
2) O sistema de distribuição dos motores de popa, cujo funcionamento é a 2 tempos, é
composto dos seguintes órgãos:
a) Um sistema de obturação (orifícios)
b) Um sistema de admissão (orifícios)
c) Um sistema de escapamento (orifícios)
3) O sistema a dois tempos dispensa o mecanismo de distribuição utilizado pelos motores
a quatro tempos, ou seja: árvore de comando, ressaltos, tuchos, válvulas, etc. A admissão
da mistura e o escapamento dos gases realizam-se através dos orifícios correspondentes
a cada fase do ciclo. Estes orifícios estão colocados diretamente nas paredes dos
cilindros e são obturados na ocasião oportuna, pelo próprio pistão ao deslizar
(deslocamento) no seu curso.
c. Sistema de inflamação
1) O sistema de inflamação (ignição) é formado pelos seguintes órgãos:
a) Volante magnético com imãs permanentes.
b) Bobina de ignição: primária e secundária.
c) Núcleo de ferro (massas polares)
d) Ressaltos montados na extremidade superior da ár vore de manivelas.
e) Sistema de avanço da inflamação
f) Prato de magneto ou mesa onde estão montados: bo binas de ignição, platinados,
condensadores e os cabos de velas.
2) Este sistema é destinado a fornecer a centelha no momento exato, do cilindro que está
em compressão, dando início a expansão.
d. Sistema de lubrificação
1) Esse tipo de motor não possui cárter de óleo, e sim cárter que serve de 1º estágio de
admissão. O carburador é montado de mane ira tal que a mistura: ar, gasolina, óleo (na
proporção indicado no tópico correspondente) se comunica através do coletor de
admissão e sua derivação, invadindo todo o comparti mento do cárter, envolvendo a
árvore de manivelas, mancais, bielas, etc. Nesta oc asião a lubrificação é obtida, uma vez
que o óleo é menos volátil que a gasolina, uma parte da mistura gasolina-óleo permanece
no cárter para lubrificar os rolamentos das bielas, dos mancais e demais partes móveis. O
restante entre no cilindro, com a carga pré-comprimida, para auxiliar a lubrificação dos
pistões, anéis e pino do pistão.
2) Alerta-se pela rigorosa observância na proporção da mistura de óleo-gasolina, no item
correspondente a lubrificação. Igualmente é importante que seja óleo totalmente
misturado com a gasolina, para assegurar um bom funcionamento e conseqüentemente
uma boa lubrificação.
3) A mistura óleo-gasolina deverá ser executada num recipiente a parte. Jamais, exceto
em caso de emergência, efetuar a mistura no próprio tanque de motor, porque aí não
poderá ser completamente misturada.
e. Sistema de arrefecimento
1) A refrigeração do motor é feita pela própria água na qual se movimenta o motor. A
refrigeração é feita pelo princípio da sucção (vácuo relativo) e pressão. A água é
succionada até a bomba e a partir desse ponto é conduzida sob pressão, para todo o
sistema: condutos, câmaras, conexões e finalmente é expelida através do orifício de
saída.
2) A circulação da água é ativada e mantida por int ermédio da bomba d’água.
3) A bomba d’água é constituída de: um corpo, rotor e uma árvore que é a mesma que
comanda a caixa de engrenagens. Esta árvore é a cionada pela árvore de manivelas, pois
é ligada (encaixada) diretamente a esta.
4) É interessante inspecionar periodicamente o orifício de entrada da água, porque é
freqüente a obstrução parcial ou total, por folha s, panos, papéis e outras substâncias que
comumente se encontram submersas em rios, lagos, açudes, etc.
5) Na ausência da saída d’água pelo orifício de esc oamento, o motor deve parar
imediatamente, a fim de que o mecânico ou outro ele mento especializado, faça uma
vistoria das prováveis causas. Evidente que isso só será feito após haver constatado de
que o orifício de entrada encontra-se desobstruído.
6) O superaquecimento provoca sérios danos ao motor, geralmente de conseqüências
irreparáveis (colamento do pistão às paredes do cilindro, quebra de bielas, rolamento das
bielas, etc.).
b2. Botes
b2.1 - Identificar os diversos tipos de botes de dotação das OM de Engenharia.
(FACTUAL)
A dotação nos batalhões de engenharia pode ser de 60 botes de assalto e 18 botes de
reconhecimento. Nas Cia E Cmb (Bda) a dotação pode ser de 20 botes de assalto e 02
botes de reconhecimento.
b2.3 - Descrever a correta manutenção e armazenamento de botes. (FACTUAL)
a. Manutenção de 1º Escalão
1) Inspeção do material
a) Inflar o bote para determinar a ocorrência de algum dano ou vazamento.
b) Procure por cortes, rasgos, furos, defeitos de fabricação e áreas causadas por atrito
excessivo do bote contra superfícies ásperas.
c) Verifique a existência de lama, terra, areia, sujeira, folhas, pedras.
d) Inspecione todas as partes componentes tais como: mosquetões, alças, amarras,
válvulas, tampas das válvulas, fole, mangueira do fole, bolsa de reparos, saco de
transporte e manômetro.
e) Inspecione o estado do piso: amarrações, trincas, encaixes, pintura, canaletas e
estrados.
f) Procure manchas de graxa ou óleo no tecido emborrachado.
g) Verifique o estado dos remendos e reforços nas junções dos flutuadores.
h) Verifique o estado do espelho de popa.
2) Manutenção para armazenagem
a) Generalidades
(1) Nunca inflar o bote com ar comprimido, pois além da condensação de umidade que
isto poderá acarretar no interior das câmaras, a pressão de serviço é facilmente
ultrapassada, podendo provocar sérios danos ao bote.
(2) Toda vez que o bote for utilizado em água salgada, deve ser lavado em seguida com
água doce.
(3) Durante o transporte, evitar ângulos vivos. Utilizar o saco de transporte.
(4) Não utilizar solventes nos locais das colagens.
(5) Não colocar talco industrial no interior das válvulas.
(6) Evitar o contato com óleos minerais e derivados do petróleo.
(7) Encher o bote em local plano, sem pedras ou tocos.
(8) Para facilitar o controle, identificar os botes.
b) Manutenção preventiva
(1) Esvaziar o bote - o suficiente para retirar o piso.
(2) Retirar o piso.
(3) Inflar novamente, colocar as tampas das válvulas e lavá-lo, não deixando que a água
penetre no interior dos compartimentos. Retirar areia, lama, terra, pedras e folhas
(4) Lavar o piso com água doce.
(5) Retirar os grãos de areia que possam ser encontrados nas válvulas.
(6) Secar todo o material (piso e corpo do bote) à sombra.