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Doenças Infecto Parasitarias

A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, com formas silvestres e urbanas, e pode ser assintomática ou grave, com letalidade de até 50% em casos severos. A malária, causada por parasitas do gênero Plasmodium, apresenta sintomas como febre e calafrios, sendo transmitida por mosquitos Anopheles, e não possui vacina. A tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, é transmitida pelo ar e apresenta sintomas como tosse persistente, sendo tratável com um regime de medicamentos específico.

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Doenças Infecto Parasitarias

A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, com formas silvestres e urbanas, e pode ser assintomática ou grave, com letalidade de até 50% em casos severos. A malária, causada por parasitas do gênero Plasmodium, apresenta sintomas como febre e calafrios, sendo transmitida por mosquitos Anopheles, e não possui vacina. A tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, é transmitida pelo ar e apresenta sintomas como tosse persistente, sendo tratável com um regime de medicamentos específico.

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Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa, não contagiosa, transmitida ao homem através da picada de
insetos hematófagos após um período de incubação extrínseco, para que o vírus se reproduza em
seus tecidos.
A doença pode ocorrer por duas modalidades epidemiológicas: a silvestre e urbana. A diferença entre
elas está na forma dos transmissores e dos hospedeiros vertebrados. Já sob o aspecto clínico, a
infecção é a mesma e pode se apresentar como assintomática, oligossintomática, moderada e grave. A
letalidade global varia de 5% a 10%, no entanto, nos casos em que evoluem com as formas graves da
enfermidade, apresentam as síndromes ictero- hemorrágica e hepato-renal, podendo chegar à 50%
dos casos.
A febre amarela urbana foi eliminada da América em 1942, mas ainda hoje é existente na África,
os dois continentes endêmicos da arbovirose (Vasconcelos, 2002).
Características da febre amarela
O agente etiológico da febre amarela é um vírus RNA. Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivírus
e família Flaviviridae. O reservatório da doença na forma Febre Amarela Urbana (FAU) é o homem, já
na Febre Amarela Silvestre (FAS) são os macacos, que quando infectados e morrem em áreas
próximas as urbanas servem de alerta para investigação do vírus que se aproxima do meio urbano, e
no caso da febre amarela silvestre o homem é um hospedeiro acidental.
A transmissão da febre amarela urbana se faz através da picada do Aedes aegypti e a febre amarela
silvestre, pela picada de mosquitos silvestres do gênero Haemagogus e Sabethes, o período de
transmissibilidade varia de 24 a 48 antes dos aparecimentos dos sintomas e vai até 3 (três) a 5 (cinco)
dias depois que também são os dias em que podemos chamar de período de incubação. O período de
incubação no Aedes aegypti, que se mantém infectado por toda a vida, é de 9 (nove) a 12 (doze) dias
(Brasil, 2004).
Os principais sinais e sintomas da febre amarela são:
# Febre; Dor de cabeça; Dores musculares em todo o corpo; Perda de apetite; náuseas e vômitos;
Fotofobia; Fadiga e Fraqueza; Icterícia; Olhos, Face ou Língua avermelhada.
O da febre amarela é baseado nos achados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. Em relação ao
diagnóstico laboratorial, destacam-se:
Específico
Sorológico: Ensaio imunoenzimático para cultura de anticorpos corpos IgM (Mac-Elisa): esse exame é
realizado a partir de amostras de sangue coletados após o 5º dia de infecção, e na maioria dos casos
requer somente uma amostra de soro sendo possível realizar o diagnóstico presuntivo de infecção
recente ou ativa. Este é o método de escolha utilizado na rotina diagnóstica da febre amarela.

Inespecífico
Alterações laboratoriais: As formas leves e moderadas apresentam quadro clínico autolimitado, não há
alterações laboratoriais importantes, salvo por leucopenia, discreta elevação das transaminases (nunca
superior a duas vezes os valores normais encontrados) com discreta albuminúria.

Diagnóstico Diferencial
As formas leves e moderadas são de difícil diagnóstico diferencial com as doenças febris. As formas
graves clássicas ou fulminantes devem ser diferenciadas das hepatites graves fulminantes,
leptospirose, malária, dengue hemorrágica e septicemias (Ministério da Saúde, 2004).

A internação por febre amarela tanto nos quadros clássicos quanto nos fulminantes é necessária para
o tratamento de dos sintomas e também de suporte.

Na história do Brasil, conforme cita Romano (2014) a última epidemia urbana ocorreu no ano de 1929
na cidade do Rio de Janeiro, onde 738 pessoas foram diagnosticadas com a doença, destas 78 foram
á óbito. Depois disso, o último caso suspeito de febre amarela foi registrado no Estado do Acre em
1942.

A forma mais eficiente de prevenção da febre amarela e controle da doença é a imunização. A vacina
é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do Programa Nacional de Imunização
(PNI) e consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de idade, sendo administrada de forma
subcutânea com o volume da dose de 0,5 mL.

A febre amarela é uma doença de notificação compulsória e deve ser imediata, em 24 horas o órgão
de vigilância epidemiológica deve ser comunicado por meio do preenchimento da Ficha de
Investigação de Febre Amarela, disponibilizado pelo Sistema de Informações de Agravos de
Notificação (SINAN).

Malária
A doença da malária é uma doença infecciosa aguda e febril. Ela é causada por um parasita e se
caracteriza pelos sinais e sintomas citados a seguir:

# Hipertermia; Calafrios; Sudorese; Cefaleia; Cansaço; Mialgia.

Características da malária
O agente etiológico causador da malária é o Plasmodium malariae e Plasmodium vivax, e as causas
graves são causadas pelo Plasmodium falciparum. Quando se apresenta de forma grave o paciente
apresenta cefaleia intensa, êmese, sonolência, convulsões, insuficiência renal aguda, edema agudo de
pulmão, hipoglicemia, disfunção hepática e choque cardiogênico.

O alto potencial de viremia dessa doença no Brasil está na Região Amazônica, o que caracteriza um
importante fator epidemiológico, já que essa região apresenta um elevado potencial de disseminação
da doença, colocando a população que lá vive em vulnerabilidade social e econômica.

A malária também é conhecida popularmente por outros nomes como: febre palustre, maleita,
sezão, tremedeira e batedeira.

O único reservatório é o homem. Já o vetor da doença são mosquitos que pertencente à ordem dos
dípteros, família Culicidae, gênero Anopheles. Em nosso país, o mosquito transmissor da doença,
principal vetor da doença, são os mosquitos (fêmeas) conhecidos como “muriçoca”, carapanã, “sovela”,
“mosquito – prego” e “bicuda”, todos pertencentes da família Anopheles darlingi.

Por não se tratar de uma doença contagiosa, a malária não pode ser transmitida de pessoa para
pessoa. Para o indivíduo se tornar doente é necessário a participação dos vetores que foram citados
acima. Esses mosquitos têm hábitos diurnos, mas também picam a noite, só que em menor
quantidade.
As formas de diagnóstico da malária são feitas a partir de análise sanguínea. São elas:

# Gota espessa. Oficialmente adotado no Brasil,é um método simples, eficaz, de baixo custo e de fácil
realização. Sua técnica baseia-se na visualização do parasito por meio de microscopia óptica.
# Testes rápidos.
# Técnicas moleculares
# Malária mista.
# Esfregaço delgado.

O paciente inicia o tratamento imediatamente após a confirmação da malária, o que se dá em regime


ambulatorial com medicações via oral, comprimidos, fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema
Único de Saúde (SUS). Somente em casos graves devem ser hospitalizados de imediato. É importante
destacar que não existe vacina contra a malária, por isso medidas de prevenção devem ser tomadas
como profilaxia da doença, por exemplo:

# Uso de mosquiteiros
# Roupas que protejam pernas e braços.
# Telas em portas e janelas.
# Uso de repelentes.

A malária é uma doença de notificação compulsória e, portanto, todos os casos suspeitos ou


confirmados devem ser obrigatoriamente notificados às autoridades de saúde. No entanto, temos que
levar em consideração que a notificação tem tempo diferente para os casos ocorridos na Região
Amazônica e fora dela, veja:

Se houver casos na Região Amazônica, mesmo que sejam suspeitas, devem ser notificados em até 7
(sete) dias à vigilância epidemiológica.

Casos em que acontecem nas demais regiões do Brasil, mesmo que suspeitos, a notificação
compulsória deve ser imediata, em 24 horas, para a vigilância epidemiológica.

Tuberculose
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que atinge principalmente os
pulmões. Ela existe desde a Antiguidade e até em múmias do Antigo Egito
foram encontradas lesões características da TB. Mas só em 1882 o médico
alemão Robert Koch conseguiu identificar o tipo de micróbio que causa
esta doença.

Características da tuberculose
O agente etiológico pela tuberculose é uma bactéria em forma de pequenos bastões. Seu nome
científico é Mycobacterium tuberculosis, porém é popularmente conhecida e chamada de Bacilo de
Koch (B.K.), em homenagem ao seu descobridor. Na maioria dos casos, as lesões da TB se localizam
nos pulmões, mas a doença também pode ocorrer nos gânglios, rins, ossos, meninges ou outros locais
do organismo (CVE, 2000).

O reservatório principal é o homem, no entanto bovinos, primatas e aves podem se tornar


reservatórios da bactéria também. A tuberculose é de transmissão aérea, ocorrendo através da
inalação de aerossóis expelidos pela fala, espirro ou tosse. Objetos que se depositam os bacilos, como
roupas, copos e talheres não são importantes na cadeia de transmissão á que se dispersam
facilmente.

A transmissibilidade do bacilo dura enquanto a pessoa estiver eliminando bacilo, mas com o início da
medicação adequada a transmissão diminuía gradativamente, e de forma geral, em 15 (quinze) dias
iniciado o tratamento não é mais possível a identificação do micro-organismo. A suscetibilidade da
doença é universal.

A forma mais eficiente de imunização é vacina, que é preparada através de bacilos vivos atenuados, a
partir da cepa do Mycobacterium bovis, atingindo alto grau de imunidade nas formas de tuberculose
miliar e meníngea. A vacina é distribuída pelo SUS no Programa Nacional de Imunização e deve ser
aplicada em dose única de 0,1 ml em via intradérmica.

O principal sintoma da doença nas pessoas infectadas de tuberculose é a tosse seca ou produtiva.
Nesse sentido, é recomendado que em todas as pessoas sintomáticas, com episódio de tosse por três
semanas ou mais, seja feita uma investigação clínica para tuberculose. Existem outros sintomas que a
doença apresenta, como:

# Febre vespertina; Sudorese noturna; Emagrecimento; Cansaço/fadiga; O diagnóstico para a


tuberculose pode ser feito de duas formas, pelos seguintes exames:

O diagnóstico para a tuberculose pode ser feito de duas formas, pelos seguintes exames:

Bacteriológicos: baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e cultura para microbactéria.
Por Imagem (Exame Complementar): Radiografia de tórax.

A tuberculose se tratada adequadamente tem cura, isso inclui as doses corretas pelo tempo
determinado, que costuma ser de seis meses. O esquema terapêutico, disponibilizado pelo SUS,
são a Isoniazida, a Rifampicina, a Pirazinamida e o Etambutol.
A tuberculose é uma doença de notificação compulsória imediata. Os casos suspeitos devem ser
encaminhados ao órgão de vigilância epidemiológica sendo comunicado por meio do preenchimento da
Ficha de Investigação de Tuberculose, disponibilizado pelo Sistema de Informações de Agravos de
Notificação (SINAN).
Hanseníase
A hanseníase ou Mal de Hansen, e em décadas passadas conhecida como lepra, é
uma doença infectocontagiosa crônica, de alta infectividade e baixa patogenicidade, causada
pelo agente transmissor Mycobacterium lepra e, com especificidade de acometimento da pele e
dos nervos periféricos.

A maioria das pessoas adultas é resistente ao Mycobacterium leprae. As crianças geralmente


são mais rapidamente contaminadas por estarem desenvolvendo resistências aos diversos
microrganismos ambientais, sendo contaminadas por alguém que esteja infectado na família.

Além disso, os fatores socioeconômicos, de desnutrição e superpopulação doméstica são os agravos


ambientas com maiores predisposições para que a hanseníase se desenvolva, principalmente nos
países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento (NEVES, 2016).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece critérios clínicos para as definições das pessoas
que desenvolvem uma ou mais manifestações orgânicas, com ou sem contexto epidemiológico de
contaminação, mas necessita do tratamento poliquimioterápico específico para hanseníase. Esses
critérios são baseados nas manifestações clínicas:
# Danos ou lesões do tecido cutâneo com disfunções de sensibilidade;
# Engrosamento ou espessamento de nervo(s) periférico(s), acompanhado de disfunções de
sensibilidade;
# Exame de baciloscopia positiva para o Mycobacterium leprae.

A hanseníase pode ser diagnosticada levando em consideração critérios clínicos -


epidemiológico, realizados por meio da história e anamnese (exame clínico geral),
dermatológico e neurológico para identificar áreas do tecido cutâneo (pele) com modificações
ou alterações de sensibilidade ou comprometimento de nervos das extremidades, e que podem
apresentar disfunções sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

Já o diagnóstico laboratorial é feito por meio do esfregaço intradérmico (baciloscopia) e por


análises histológicas. Através dos achados clínicos e epidemiológicos, pode classificar os
indivíduos em Paucibacilar (PB) quando os achados são correspondes até 5 alterações ou
lesões da pele do tipo FI e FT, e como Multibacilar (MB), quando os achados corresponderem a
mais do que 5 lesões, e exame laboratorial (baciloscopia) detectável ou positivo para as FD e
FV. (BRASIL, 2019).

O tratamento para a hanseníase é uma associação dos fármacos de Rifampicina, Dapsona e


Clofazimina, chamado de PQT (poliquimioterapia). Deve ser administrado por meio de esquema
padrão, preconizado pelo Ministério da Saúde e OMS, e levar em consideração a classificação
operacional em Paucibacilar ou Multibacilar (BRASIL, 2019).

O tratamento para os doentes, adultos e crianças considerados PB são à base dos fármacos:

Rifampicina na dosagem de 600mg (adulto) supervisionada mensal e 450mg (criança) supervisionada


mensal. Dapsona na dosagem de 100mg (adulto) supervisionada mensal e uma dose autoadministrada
diariamente no ambiente doméstico. E para as crianças (50mg) supervisionada mensalmente e uma
dose no ambiente doméstico, diariamente.
E para os doentes, adultos e crianças considerados MB é adicionado para o tratamento, o
fármaco Clofazimina, em associação com a terapêutica da Rifampicina e Dapsona na dosagem:
Clofazimina na dosagem de 300mg (adulto) supervisionada mensalmente e 50mg diariamente no
ambiente doméstico.

Em crianças dosagem de 150mg supervisionada mensalmente e 50mg diariamente em dias alternados.

A recomendação do tratamento pelo Ministério da Saúde e OMS é que para os PB sejam consideradas
6 doses administradas na unidade de saúde (supervisionada) em até 9 meses. Para os MB sejam
consideradas 12 doses na unidade de saúde (supervisionada) em até 18 meses.

É preciso seguir todas as recomendações com critérios nutricionais adequados para que o bacilo não
desenvolva resistência. Lembrando que a partir do início do tratamento, o indivíduo contaminado não
transmite mais a doença. Nas mulheres grávidas e que estão amamentando não existe até o
momento contraindicação para o tratamento da hanseníase, mas é importante ser acompanhada
por um médico ou enfermeiro. Porém em idade fértil, e fazendo uso de anticoncepcional, as
mulheres, devem ser orientadas quanto às reações de interações farmacológicas da rifampicina com a
administração medicamentosa por via oral do anticoncepcional, por esse motivo se faz necessário o
planejamento familiar.

É importante salientar que as crianças e/ou adultos com peso inferior a 30kg devem iniciar ou seguir o
tratamento de acordo com os protocolos para hanseníase do Ministério da Saúde, disponíveis em
quaisquer centros de saúde ou unidades específicas para o tratamento da doença. Centros de
referências estaduais e municipais para a hanseníase podem substituir o esquema farmacológico do
tratamento e adaptar um outro esquema substitutivo de acordo com as necessidades e reações
orgânicas do paciente para se adaptar ao tratamento (GRISOTTI, 2010). Existem doentes que
completaram todo o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde, fazendo uso do PQT, mas que
depois de um tempo desenvolveram novos sinais e sintomas da doença, casos chamamos de recidiva.

Esses casos, geralmente, podem ocorrer em tempos superiores há mais de 5 anos do indivíduo
curado. Para os PB é difícil diferenciar o surgimento dos sinais e sintomas das reações reversas
do fármaco, sendo necessárias investigações clínicas e laboratoriais para início adequado do
tratamento. Já os considerados MB, os sinais e sintomas, geralmente podem se desenvolver
com uma exacerbação das manifestações clínicas das lesões existentes e com o surgimento de
outras lesões. Confirmado a recidiva, o tratamento adequando é iniciado com o PQT.

Toxoplasmose
A toxoplasmose é um processo infeccioso ocasionada pelo agente etiológico Toxoplasma
gondii, protozoário, parasita, encontrado nas fezes de felinos, principalmente no gato
doméstico. Geralmente se hospeda em seres humanos e em outros animais. O uso inadequado
de alimento e ingestão de água pelo protozoário parasita é a forma de contaminação dessa
doença transmitida por animal, considerada uma zoonose comum em vários países. Iremos
considerar os casos clínicos agudos altamente limitados e com baixas ocorrências de
aparecimento de casos novos ou incidências. A zoonose pode apresentar duas fases, aguda ou
crônica. Na primeira tem cura, mas a segunda pode surgir complicações e disfunções
orgânicas.

Na fase aguda, o Toxoplasma gondii persiste no organismo humano por toda a vida, podendo ou não
desenvolver um quadro clínico sintomatológico no indivíduo. Porém, na fase acentuada ou crônica, a
doença dependerá do organismo do indivíduo em termos de susceptibilidade do desenvolvimento da
parasitose (NEVES, 2016). Os indivíduos infectados pela primeira vez podem não apresentar
sintomatologias e nem precisar de tratamentos específicos para toxoplasmose.

Em consideração, nos casos crônicos, podem desenvolver complicações, como sequelas pelo
processo infeccioso congênito, toxoplasmose ocular, toxoplasmose cerebral, e desenvolverem a
doença em pessoas que têm o sistema de defesa (imunológico) susceptível, como pessoas
transplantadas e infectadas com pelo vírus HIV ou em tratamento e cuidados neoplásicos (BRASIL
2004). As manifestações sintomatológicas costumam ser variadas com associação dos estágios das
fases ou estágios agudos e crônicos da doença e podem ser semelhantes aos processos infecciosos
gripais com algias no sistema muscular e leves alterações nos gânglios linfáticos.

Geralmente, se apresentam em:

INDIVÍDUOS COM BAIXA IMUNIDADE


Sintomas graves como febre, cefaleias, confusões mentais com ausência de coordenação e episódios
convulsionais.

GESTANTES
São infectadas durante o processo gestacional, podendo sofrer abortos e seus filhos nascerem com
macrocefalia, microcefalia e desenvolverem processos de crises convulsivas. Além disso, estão
susceptíveis à ocorrência de icterícia em grandes proporções.

RECÉM-NASCIDOS
Os que foram infectados de forma congênita podem apresentar alterações clínicas, como restrição do
desenvolvimento intrauterino, prematuridade, anormalidades visuais e no sistema neurológico. É
importante salientar que existem casos de surgimento de sequelas da doença tardia, geralmente
ocorrem no período da adolescência ou na fase adulta.

Pessoas com o sistema imunitário em excelente evolução de combate à toxoplasmose, geralmente não
desenvolvem sequelas. Sendo assim, não se recomenda o tratamento específico, apenas cuidados
para combater os processos sintomatológicos. Indivíduos com imunidade afetada ou com
desenvolvimento das manifestações clínicas, como cegueira e diminuição auditiva, costumam ser
encaminhados para atenção clínica médica especializada (BRASIL, 2005).

Todo acompanhamento, cuidado e tratamentos estão disponíveis pelo Ministério da Saúde em diversos
níveis da atenção à saúde. É importante seguir os protocolos e recomendações de orientações
primárias, secundárias e terciárias, propostas pelo SUS.

Doenças infecto-parasitárias: neurotoxoplasmose


A neurotoxoplasmose é uma patologia ocasionada pelo Toxoplasma gondii, desenvolvendo lesões no
sistema nervoso central em pacientes imunocomprometidos. Nos Estados Unidos da América (EUA)
dados epidemiológicos afirmam que a doença é desenvolvida em 3 a 10% dos pacientes com
imunodeficiência adquirida (HIV). Na Europa e África, em 25 a 50%. Em pacientes imunocompetentes,
a manifestação clínica é habitualmente benigna, e o processo infeccioso é na maioria das vezes sem
sintomas (LIMA, 2014).

O protozoário, eucarionte e parasita intracelular desenvolve processos infecciosos neurológicos que


geralmente são quase sempre em pacientes imunocomprometidos.
Nas manifestações sintomatológicas são comuns processos inflamatórios e o aumento de volume de
um ou mais gânglios linfáticos (linfadenite). Esse processo vem acompanhado de febre, astenia e
dores musculares, encefalite e meningoencefalite sem alterações ou manifestações neurológicas
focais. Cefaleias intensas, sonolência, mudança de comportamento, seguido por coma, processos
convulsionais, síndromes piramidal ou cerebelar, paralisias oculares e transtornos psíquicos,
manifestações comuns no início dos sintomas da neurotoxoplasmose (BRASIL, 2019).

O diagnóstico da doença é baseado no exame de tomografia computadorizada (TC) ou de


ressonância magnética (RM). Em alguns casos inconclusivos, que já tenham sido amplamente
investigados, podemos utilizar o método clínico de biópsia cerebral estereotáxica (BE) para lesões
intracraniana e estabelecer o diagnóstico preciso da doença.

Doenças infecto-parasitárias: leishmanioses


As leishmanioses são doenças infecto-parasitárias ocasionadas pelos agentes etiológicos,
protozoários, do gênero Leishmania. Possuem a sua transmissão por vetores, chamados de
flebotomíneos que estão infectados pelo parasita.

É também chamado de mosquito palha devido à coloração acastanhada.

As leishmanioses desenvolvem grande espectro de manifestações clínicas por estarem associadas a


diferentes espécies do parasita Leishmania (WHO, 2010).

Leishmaniose visceral ou calazar


A doença infecto-parasitária, chamada de Leishmaniose Visceral (LV), conhecida por calazar,
encontra-se em constante aumento e agravo à saúde da população nas regiões Norte e Nordeste do
Brasil por se tratar principalmente das modificações socioambientais, como o desmatamento ambiental
que diminui a proporção de animais considerados fontes de alimentação para o mosquito transmissor,
considerado vetor, para a disseminação da doença e o completo desenvolvimento do seu ciclo
biológico (WHO, 2010).

É um ciclo digenético envolvendo o cão e a espécie humana como alternativas mais acessíveis e
susceptíveis ao processo migratório do vetor, devido os fatores socioambientais trazendo para a
população urbana das periferias das cidades a doença, que antes era considerada endêmica da área
de matas ou rural. Não existe formas de prevenções de completa efetividade como uma imunização ou
vacina (BRASIL, 2004). É preciso investir em condições favoráveis e orientações constantes, pelos
profissionais da Estratégia Saúde da Família(ESF), por meio da prevenção primária para tentar
diminuir os casos nas comunidades ou territórios assistindo pela equipe de saúde da ESF.

O Ministério da Saúde afirma que o setor da vigilância epidemiológica é um dos componentes mais
importantes do Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCLV), que tem como finalidade
primordial reduzir os números de letalidade e adoecimento (morbidade) por meio do diagnóstico e
tratamento precoce dos casos positivados nas regiões endêmicas, bem como reduzir os agravos de
contaminações e transmissões, controlando a população, considerada susceptível para reservatórios
do agente infectante.

A principal disfunção da LV é a hepatoesplenomegalia. E manifestação ou período de incubação da


doença é de aproximadamente dois a quatro meses após a picada do vetor. Podem surgir
manifestações clínicas de anorexia, palidez e tardiamente aumento da temperatura (febre) nos
indivíduos que foram contaminados (NEVES, 2016). Além disso, as pessoas acometidas pela LV
poderão desenvolver anemias e processos nutricionais de falta de nutrientes importantes para o
desenvolvimento das funções orgânicas. É característico do animal infectado que ocorra um
crescimento anormal das unhas, aparecimento de nódulos e lesões ou feridas ao longo do corpo,
principalmente nas orelhas e focinhos e a queda de pelos. Além disso, surge descamação do tecido
tegumentar, aumento da região abdominal, com perda de peso acentuada e grave, seguido de
conjuntivite (BRASIL, 2019).

Leishmaniose tegumentar americana


É uma doença infecto-parasitária, zoonose de animais silvestres, de regiões rurais, de mata, e de
regiões periurbanas. Os principais fatores associados ao aparecimento da doença são as atividades
econômicas, como garimpos, expansão de fronteiras agrícolas, o aumento do extrativismo, em
condições ambientais altamente favoráveis ao contágio da Leishmaniose Tegumentar
Americana (LTA).

As manifestações sintomatológicas da LTA surgem por meio dos processos ulcerativos que acometem
a pele com ausência de sensibilidade, mas com odor característica, fétida e de aparência e aspecto
repugnante, afetando as questões biopsicossocial do indivíduo infectado pela patologia, que tende a se
isolar. Além disso, existe uma destruição do septo nasal, seguido do dorso do nariz, o palato e a região
faringiana (WHO, 2010).

Apresentando inúmeras manifestações, devido às questões epidemiológicas das regiões endêmicas de


desenvolvimento da doença, A LTA, pode também se manifestar de diversas formas clínicas por serem
transmitidas por inúmeras espécies do gênero Leishmania, com diferentes adaptações aos seus
vetores e reservatórios.

Infelizmente as ações humanas de destruição do meio ambiente dificultam o controle da doença e as


medidas preventivas e de controle da LTA, e devem ser direcionadas conforme a situação
epidemiológica de cada local e região endêmica (CDC, 2003).

Medidas de Biossegurança
A biossegurança corresponde a um conjunto de ações que são destinadas a controlar, prevenir
e eliminar riscos relativos às atividades que possam comprometer a saúde humana, a qualidade
de vida e o meio ambiente.

As medidas de biossegurança englobam ações que visam evitar riscos físicos, químicos, biológicos,
mecânicos e ergonômicos.
Riscos físicos
São considerados agentes de riscos físicos as variadas formas de energia, originadas dos
equipamentos, e aquelas que são dependentes dos equipamentos, do manuseio do operador ou do
ambiente em que se engloba o setor de saúde.
São considerados riscos físicos: vibrações, temperaturas extremas, ruídos, radiações ionizantes e não
ionizantes, entre outros.

Riscos químicos
Os danos à saúde que envolvem as substâncias químicas estão relacionados à concentração dos
agentes químicos, a frequência e a duração da exposição, hábitos laborais e também à suscetibilidade
individual (FREIRE, 2009).
São agentes de riscos químicos os produtos que penetram no organismo pelas vias respiratórias nas
formas de poeira, vapores, neblinas, névoa, poeiras, fumos, gases ou vapores, ou por meio da
natureza decorrente da atividade de exposição. As classificações das substâncias químicas como
gases, líquidos ou sólidos devem sempre ser conhecidas pelos manipuladores. A manipulação deve
ocorrer de forma adequada em locais que forneçam segurança pessoal e do meio ambiente, além de
ter local adequado ao descarte dessas substâncias.

Riscos biológicos
A exposição ao risco biológico ocupacional pode ocorrer de duas formas.
A primeira pela exposição oriunda da atividade de trabalho que implica na manipulação direta do
agente biológico.
A segunda, decorre da atividade de trabalho sem necessariamente implicar na manipulação direta do
agente biológico, como é o caso dos laboratórios clínicos, hospitais, consultórios odontológicos e
médicos, além dos setores e lavanderia dos serviços de saúde.
Os agentes são capazes de provocar dano à saúde humana e que podem causar efeitos tóxicos,
alergênicos, infecções, formação de neoplasias, doenças autoimunes e malformações são as
bactérias, fungos, vírus, protozoários, parasitas, toxinas e micro-organismos geneticamente
modificados.
A classificação dos agentes biológicos distribui os agentes em classes de risco, que vão de 1 ao 4.
Essas classes consideram os riscos que representam para a saúde do trabalhador na sua exposição,
relacionando a sua capacidade de propagação para a coletividade e a existência ou não de profilaxia e
tratamento para as pessoas.

Riscos mecânicos
Considera-se risco mecânico tudo o que está em relação com a falta de segurança no ambiente de
trabalho e organização, fatores que possam acarretar algum tipo de dano à saúde e à integridade física
dos trabalhadores. Os principais riscos mecânicos, causadores de acidente são: arranjos físicos
deficientes, Maquinários e equipamentos sem a proteção adequada, ferramentas inapropriadas ou com
problemas, eletricidade, risco de queda, incêndio ou explosão, animais peçonhentos e armazenamento
inadequado. Esse tipo de risco está presente em qualquer atividade ou ramo de atuação dos
trabalhadores. Devem ser realizadas avaliações rotineiras por um profissional capacitado para
identificar e prevenir possíveis riscos do ambiente de trabalho.

Riscos ergonômicos
São considerados riscos ergonômicos qualquer fator que possa interferir na condição psicofisiológica
do trabalhador e que causem desconforto ou afetem sua saúde. Esses riscos estão relacionados, por
exemplo, à distância e altura entre os balcões, assim como a condição das cadeiras, prateleiras,
gavetas etc. Os espaços devem ser adequados para a realização das atividades do trabalhador,
garantindo o menor risco possível para surgimento de agravos à saúde.

Assim, Pereira (2014) destaca que quando ocorrem, durante o processo de trabalho, a postura
inadequada do trabalhador, ventilação e iluminação inadequada, acompanhadas de jornada de
trabalho prolongada e rotinas intensas, monotonia, esforços físicos repetitivos, trabalhos no período
noturno e estresse, há sério risco ergonômico aos profissionais da saúde.

Os riscos ergonômicos podem não gerar somente os distúrbios psicológicos e fisiológicos, que
provocam sérios danos à saúde, mas comprometem a realização da atividade de trabalho e diminuem
a segurança da equipe, uma vez que causam alterações no organismo e também no estado emocional.
Equipamentos de Proteção
Existem inúmeros equipamentos para a segurança do trabalhador. Esses itens devem ser utilizados
conforme o perigo ao qual o trabalhador é exposto para garantir sua integridade física e resguardar a
sua sanidade. Com o tempo, a tecnologia aperfeiçoa materiais e traz novas opções ao mercado.

Equipamento de proteção individual


É considerado Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo de uso individual destinado a
proteger a integridade física e a saúde do trabalhador. Sua função é limitar ou prevenir o contato entre
o manipulador e o material infectante. A utilização dos EPIs é regulamentada pela Norma
Regulamentadora-6 (NR-6). Nesta normativa estão definidas as obrigações do empregador e do
empregado.
Os tipos mais comuns de EPIs são:

Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares.


Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes.
Proteção respiratória: máscaras e filtro.
Proteção visual e facial: óculos e viseiras.
Proteção da cabeça: capacetes
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas.
Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.

Equipamentos de proteção coletiva


Ainda no sentido de medidas de biossegurança encontramos os Equipamentos de Proteção Coletiva
ou EPC. São equipamentos utilizados para a proteção de segurança de um grupo de pessoas que
realiza determinada tarefa ou atividade.

Alguns exemplos abaixo de EPC:

Redes de proteção (nylon).


Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas).
Extintores de incêndio.
Lava-olhos.
Chuveiros de segurança.
Exaustores.
Kit de primeiros socorros.

Independente do ambiente de trabalho, é fundamental que esses equipamentos sejam utilizados


adequadamente para prevenir os riscos ocupacionais aos trabalhadores.

Tipos de Isolamentos Hospitalares


A prevenção e o controle das infecções estão diretamente relacionados aos diferentes
elementos que compõem a cadeia epidemiológica de transmissão. Essa cadeia está organizada
na sequência da interação entre o agente, o hospedeiro e o meio.
Conhecer a forma de transmissão dos micro-organismos é o fator mais importante dentro da cadeia
epidemiológica das doenças, isto porque tendo esse conhecimento é possível fazer sua interrupção. O
objetivo das medidas de precaução e isolamento é interromper a transmissão e prevenir infecções. A
higienização das mãos junto com o uso adequado dos EPIs forma medidas importantes nesse objetivo
de controle.
Quando um paciente sofre uma hospitalização, algumas medidas gerais devem ser aplicadas a todos
os internados sem exclusão por tipo de diagnóstico. No entanto, quando um paciente tem um tipo
específico de infecção, os profissionais da saúde devem usar precauções especificas de acordo com a
forma de transmissão da doença.

Precaução padrão
As precauções padrão (PP) representam um grupo de medidas que devem ser aplicadas no
atendimento de todos os pacientes hospitalizados, em todos os setores do hospital, independente do
seu estado infeccioso, e na manipulação de artigos ou equipamentos hospitalares com suspeitas de
contaminação. As precauções padrão devem ser aplicadas sempre que existir o risco de contato com:
sangue, líquidos corpóreos, excreções e secreção, não devendo ser levada em consideração a
presença de secreção ou não. A paramentação para a precaução padrão inclui:

LUVAS
Todas às vezes que houver manipulação de sangue, secreções e excreções (exceto suor) e fluidos
corpóreos, não substituindo a necessidade da lavagem das mãos.

AVENTAL
Quando possibilidade de contaminação através de respingo de fluidos corpóreos, de preferência
impermeável.

MÁSCARA/ÓCULOS
Para a proteção das mucosas em caso de respingo de fluidos corpóreos.

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


Obrigatória antes e após a manipulação de pacientes, e imediatamente após a retirada de luvas.

Precaução de contato
Esse tipo de precaução visa prevenir a transmissão de micro-organismos importantes na cadeia
epidemiológica a partir de pacientes colonizados ou infectados para outros pacientes. Assim como para
os profissionais, acompanhantes e visitantes através do contato direto ou indireto por meio de toque
em superfícies contaminadas próximas aos pacientes ou pelos equipamentos e artigos médicos
hospitalares. A paramentação da precaução de contato inclui:

LUVAS
Devem ser usadas ao entrar no quarto do paciente e removidas antes de sair. Imediatamente após a
retirada das luvas, as mãos devem ser rigorosamente higienizadas.

AVENTAL
Limpo, não estéril, o avental deve ser retirado antes da saída do quarto, evitando a contaminação da
própria roupa.

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


Obrigatória antes e após a manipulação do paciente. O uso complementar de antissépticos alcoólicos
pode ser um acréscimo importante na descontaminação das mãos.
QUARTO PRIVATIVO
Internar, em mesmo quarto, de paciente com infecção pelo mesmo micro-organismo ou mantê-lo
sozinho observando distância mínima de um metro entre os pacientes. A porta sempre deve
permanecer fechada e com placa de identificação com o tipo do isolamento.

Precauções por gotículas


Essa medida de precauções tem por objetivo prevenir a transmissão de micro-organismos pelas vias
respiratórias por partículas maiores do que 5 micra de pacientes com doença infecto-contagiosa,
produzidas pela fala, espirro e tosse. Essas gotículas podem ficar depositadas em curtas distâncias de
1 a 1,5 metros. A paramentação da precaução de contato inclui:

LUVAS
Devem ser usadas ao entrar no quarto do paciente e removidas antes de sair. Imediatamente após a
retirada das luvas, as mãos devem ser rigorosamente higienizadas.

MÁSCARA
Do tipo cirúrgica padrão, deve ser usada tanto pelo profissional de saúde que tiver contato direto com o
paciente quanto pelos visitantes e acompanhantes sempre que a proximidade com o paciente for
menor do que um metro. O paciente deve usar máscara ao ser transportado.

AVENTAL
Limpo, não estéril, o avental deve ser retirado antes da saída do quarto, evitando contaminação da
própria roupa.

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


Obrigatória antes e após a manipulação do paciente. Uso complementar de antissépticos alcoólicos,
pode ser um acréscimo importante na descontaminação das mãos.

QUARTO PRIVATIVO
Internar em mesmo quarto de paciente com infecção pelo mesmo micro-organismo ou mantê-lo
sozinho observando distância mínima de um metro entre os pacientes. A porta sempre deve
permanecer fechada e com placa de identificação com o tipo do isolamento.

Precauções por aerossóis


São medidas de precaução adotadas para pacientes com suspeita ou diagnóstico de infecção
transmitida pelas vias aéreas, com partículas menores que 5 micras, que podem permanecer
suspensas no ar. A paramentação da precaução de contato inclui:

LUVAS
Devem ser usadas ao entrar no quarto do paciente e removidas antes de sair. Imediatamente após a
retirada das luvas, as mãos devem ser rigorosamente higienizadas.

MÁSCARA
Com capacidade de filtragem e vedação lateral adequada (N95). É de uso obrigatório toda vez que
entrar no quarto do paciente. Quando o paciente tiver a necessidade de sair do quarto, para exames
complementares ou transferência, deverá usar máscara cirúrgica.

AVENTAL
Limpo, não estéril, o avental deve ser retirado antes da saída do quarto, evitando contaminação da
própria roupa.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Obrigatória antes e após a manipulação do paciente. Uso complementar de antissépticos alcoólicos
pode ser um acréscimo importante na descontaminação das mãos.

QUARTO PRIVATIVO
Internar em mesmo quarto de paciente com infecção pelo mesmo micro-organismo ou mantê-lo
sozinho observando distância mínima de um metro entre os pacientes. A porta sempre deve
permanecer fechada e com placa de identificação com o tipo do isolamento.

Precaução protetora ou reversa


Essa medida é aplicada principalmente em pacientes imunodeprimidos e neutropênicos, tendo objetivo
de garantir a proteção do paciente contra infecções. Será instituído principalmente em pacientes
imunodeprimidos e neutropênicos, a fim de garantir a proteção do paciente contra infecções.

Bactérias Multirresistentes
Hoje, no Brasil, as infecções hospitalares por bactérias multirresistentes são uma realidade em
praticamente todos os hospitais do país. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar é o responsável
dentro das instituições por criar rotinas e normas para conter a disseminação desses micro-organismos
e podem agravar o quadro clínico dos pacientes aumentando as chances de letalidade durante a
hospitalização.

As infecções hospitalares ocasionadas por bactérias multirresistentes, associadas às doenças de base


dos pacientes, acabam aumentando o tempo de internação hospitalar, sendo necessário o uso de
antibióticos, o que acarreta o aumento de custos de cada paciente.

As bactérias com maior destaque no cenário mundial e que trazem preocupação pelo aumento
considerável no número de casos e que tem escassas possibilidades terapêuticas são:

# Enterobactérias como a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), Acinetobacter baumanii;


# Pseudomonas aeruginosa;
# Bactérias gram-positivas como o Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA);
# Enterococcus sp resistentes à vancomicina (VRE);
# Clostridium difficile.

A disseminação das bactérias está relacionada ao contato com reservatórios ambientais, como a água
para realização do banho dos pacientes ou os próprios pacientes colonizados ou infectados, de forma
direta ou indireta.

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