INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO MOXICO
CURSO: ENFERMAGEM
DISCIPLINA: PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
MATERIAL DE APOIO
4º ANO.
ANO LECTIVO 2023/2024
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INTRODUÇÃO
Processo Ensino-Aprendizagem: do Conceito à Análise do Actual Processo Para se analisar os
vários conceitos que envolvem o processo ensino-aprendizagem é necessário ter-se em mente as
diferentes épocas nas quais estes se desenvolveram, como também compreender sua mudança no
decorrer da história de produção do saber do homem.
O conceito de aprendizagem emergiu das investigações empiristas em Psicologia, ou seja, de
investigações levadas a cabo com base no pressuposto de que todo conhecimento provém da
experiência. Ora, se o conhecimento provém de outrem, externo ao indivíduo, isto significa afirmar o
primado absoluto do objecto e considerar o sujeito como uma tábula rasa, como um ser vazio, sem
saberes e com a função única de depositário de conhecimento.
Este conceito inicial é baseado no positivismo que influenciou diferentes conhecimentos, entre
eles o behaviorismo. Neste, a aprendizagem se dá pela mudança de comportamento resultante do treino
ou da experiência. E se sustenta sobre os trabalhos dos condicionamentos respondente e,
posteriormente, operantes.
"O estímulo neutro, que inicialmente não provoca nenhuma resposta específica, passa a eliciar
uma resposta semelhante ao estímulo incondicionado após ser repetidamente associado a ele." (Pavlov,
1927).
Essa descoberta foi fundamental para a psicologia behaviorista, pois mostrou que o
comportamento poderia ser estudado de forma objectiva e mensurável, sem a necessidade de inferir
estados mentais subjetivos.
Para refutar estes conceitos que determinam o ser humano como passivo e não produtor, surge a
Gestalt, racionalista. Neste momento histórico não se fala em aprendizagem mas em percepção, posto
que tal corrente não acredita no conhecimento adquirido, mas defende o conhecimento como resultado
de estruturas pré-formadas, do biológico do indivíduo.
Por fim, há de se chegar à psicologia genética tendo como representantes: Piaget, Vygotsk e
Wallon e que segundo Giusta, levam a uma concepção de aprendizagem a partir do confronto e
colaboração do conhecimento destes três: empirismo, behaviorismo e gestáltico.
Atualmente, não só na área da educação mas também em outras áreas, como a da saúde, pensa-
se no indivíduo como um todo – paradigma holístico. Parte-se de uma visão sistêmica e portanto,
amplia-se o conceito de educação, o conceito do processo de ensino-aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas diferentes
que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento, até as concepções
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atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que destaca o papel do
educando.
As reflexões sobre o estado atual do processo ensino-aprendizagem nos permite identificar um
movimento de idéias de diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e
aprendizagem. Entre os fatores que estão provocando esse movimento podemos apontar as
contribuições da Psicologia actual em relação à aprendizagem, que leva todos a repensar a prática
educativa, buscando uma conceptualização do processo ensino-aprendizagem.
Apesar de tantas reflexões, a situação actual da prática educativa das escolas ainda demonstra a
massificação dos alunos com pouca ou nenhuma capacidade de resolução de problemas e poder crítico-
reflexivo, a padronização dos mesmos em decorar os conteúdos, além da dicotomia ensino-
aprendizagem e do estabelecimento de uma hierarquia entre educador e educando.
A solução para tais problemas está no aprofundamento de como os educandos aprendem e como
o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem. Acrescenta-se ainda que a solução está em partir
da teoria e colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo de forma crítica-
reflexiva-laborativa: crítica e reflexiva para pensar os conceitos atuais e passados e identificar o que há
de melhor; laborativa não só para mudar como também para criar novos conhecimentos. “Para que se
repensem as ciências humanas e a possibilidade de um conhecimento científico humanizado há que se
romper com a relação hierárquica entre teoria, prática e metodologia”.
Teoria e prática não se cristalizam, mas se redimensionam, criam e são também objectos de
investigação. Nesse sentido, pesquisa é a actividade básica da ciência na sua indagação e construção da
realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino/aprendizagem e a atualiza”. (DIAS, 2001).
Paulo Freire apud DIAS (3) diz que daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento
existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente.
Ensinar, aprender e pesquisar lidam com esses dois momentos do ciclo gnosiológico: o que se ensina e
se aprende o conhecimento já existente e em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não
existente. A dodiscência – docência-discência – e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim práticas
requeridas por estes momentos do ciclo gnosiológico.
Pensar nesse processo ensino-aprendizagem de forma dialética associando-se à pesquisa,
promove a formação de novos conhecimentos e traz a idéia de seres humanos como indivíduos
inacabados e passíveis de uma curiosidade crescente – aqui considerada como uma curiosidade
epistemológica, uma capacidade de refletir criticamente o aprendido – capaz de levar a um continum no
processo ensinar- aprender.
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No processo pedagógico alunos e professores são sujeitos e devem actuar de forma consciente.
Não se trata apenas de sujeitos do processo de conhecimento e aprendizagem, mas de seres
humanos imersos numa cultura e com histórias particulares de vida. O aluno que o professor tem à
sua frente traz seus componentes biológico, social, cultural, afetivo, lingüístico entre outros. Os
conteúdos de ensino e as atividades propostas enredam-se nessa trama de constituição complexa do
indivíduo.
O processo de ensino-aprendizagem envolve um conteúdo que é ao mesmo tempo produção e
produto, parte de um conhecimento que é formal (curricular) e outro que é latente, oculto e provém dos
indivíduos.
Todo acto educativo depende, em grande parte, das características, interesses e possibilidades
dos sujeitos participantes, alunos, professores, comunidades escolares e demais fatores do processo.
Assim, a educação se dá na coletividade, mas não perde de vista o indivíduo que é singular (contextual,
histórico, particular, complexo). Portanto, é preciso compreender que o processo ensino-aprendizagem
se dá na relação entre indivíduos que possuem sua história de vida e estão inseridos em contextos de
vida próprios.
O processo ensino-aprendizagem é um nome para um complexo sistema de interações
comportamentais entre professores e alunos. Mais do que “ensino” e “aprendizagem”, como se fossem
processos independentes da acção humana.
Processos constituídos por comportamentos complexos e difíceis de perceber. Principalmente por
serem constituídos por múltiplos componentes em interação. Os próprios comportamentos são passíveis
de percepção e de definição científica a partir da identificação dos seus componentes e das interações que
estabelecem entre si, os quais constituem os fenômenos que recebem os nomes de “ensinar” e de
“aprender”.
A interdependência dos dois conceitos é fundamental para entender o que acontece sob esses nomes,
sua percepção e entendimento constitui algo crucial para o desenvolvimento de qualquer trabalho de
aprendizagem, de educação ou de ensino.
Neste texto é apresentado um exame desse processo, à luz dos conceitos oriundos da Análise do
Comportamento, localizando suas possíveis contribuições para o desenvolvimento da Educação em
relação a experiências de grande valor que nasceram e se desenvolveram no País, quase sem
conhecimento da maioria dos que constituem e de muitos que trabalham em Educação.
Palavras-chave: Ensino programado. Ensino-aprendizagem. Análise do comportamento
“ensinar”. Análise do comportamento “aprender”. Ensino personalizado.
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Origem da palavra pedagogia.
Dois Vocábulos Gregos estão na origem etimológica da palavra «Pedagogia»: «Pais-paidós»
(meninos) e «agos» ou «agogé» conduzo e acção de conduzir. Pedagogia significa literalmente «condução
de meninos».
A raiz da palavra pode ser encontrada noutros vocábulos gregos da época: Os Espartanos,
chamavam «paidónomo» ao encarregado do governo da criança e os Atenienses deram o nome de
«pedagogo» ao escravo que conduzia a criança à escola.
Na idade média, vamos encontrar a palavra «Pedagogo» significando estudante pobre que servia
de preceptor dos filhos dos nobres.
A Pedagogia e a educação não se exercem no vazio, aplica-se a realidade humana, ela torna-se
ciência no Século XVII. Neste período aparecem Pedagogos que criam sistemas pedagógicos ou
educacionais completos e separam a Pedagogia da Filosofia, este mérito cabe ao pedagogo Jean Amos
Comenios (1592-1670), ele elaborou um sistema educativo e fundamentou a estruturação do processo
docente na escola e se reflecte nas suas concepções Pedagógicas, a sua obra “Didáctica Magna” uma das
primeiras obras clássicas da teoria Pedagógica.
CIÊNCIAS PEDAGÓGICAS; OBJECTO DE ESTUDO; SISTEMA DE CATEGORIA DA
PEDAGOGIA; A FORMAÇÃO DE PERSONALIDADE COMO OBJECTO ESSENCIAL DA
EDUCAÇÃO.
As Ciências Pedagógicas são definidas segundo seu objecto de estudo com um campo de acção
específico, com métodos específicos, com leis e regularidades que as caracterizam e um conjunto de
conceitos e categorias que sustentam a teoria das ciências da educação e que constitui seu núcleo.
Conceito.
É o campo do conhecimento Humano que investiga a natureza das finalidades da educação, numa
determinada sociedade, bem como os meios apropriados para a formação dos indivíduos, tendo
em vista a sua preparação para as tarefas da vida social.
É uma reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e orientar a prática educativa.
Os ramos de estudos da pedagogia são: A Teoria da Educação, A Didáctica, Organização e
Gestão Escolar, História da Educação e da Pedagogia. Ela busca em outras ciências os conhecimentos
teóricos e práticos que concorrem para o esclarecimento do seu objecto, o fenómeno educativo.
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Nenhuma ciência pode tornar-se funcional se não tiver na sua especificidade o seu correspondente
objecto de estudo, sistema de conhecimentos e métodos.
Objecto de estudo da Pedagogia.
A Pedagogia tem como objecto de estudo a educação, as leis de educação do homem e a
sociedade, ela concentra a sua atenção no estudo de educação como processo e conjunto, especialmente
organizado, como a actitvidades dos pedagogos e educando, dos que ensinam e dos que aprendem, estuda
os fins, os conteúdos, os meios e métodos de ensino.
A Pedagogia ocupa-se também da educação intencional (formal) por ser um processo consciente,
organizado e dirigido.
Sistema de categoria da pedagogia:
Educação;
Instrução;
Ensino;
Aprendizagem.
Educaçao: é entendida como fenómeno de caracter social, reflete mais ou menos explícito em grande
desenvolvimento económico, político e social alcançado pela humanidade num período histórico
concreto, por tanto, em qualquer análise sobre educação se deve partir necessariamente de um estudo e a
caracterização da sociedade em que se desenvolve, de seus problemas e contradições esenciais que dão
lugar e constitui fundamento de todo o sistema de educação social.
Instrução: é o resultado da assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades, se caracteriza
por nivel de desenvolvimento de intelecto e das capacidades criadoras dos homens, pressumpõe o nivel de
preparação do indivíduo para sua participação na esfera de actividades sociais.
Ensino: constitui um processo de organização de actividades cognitivas na qual se manifesta de
forma bilateral e inclui (ensinar e aprender) propicia o desenvolvimento de hábitos, habilidades e
capacidades e contribui na educação dos estudantes.
Aprendizagem: incluem os processos de ensino e educação, organizados seu conjunto, dirijido a
formação da personalidade e este processo estabelece relações sociais activas entre os pedagogos e os
educando.
A formação de personalidade como objecto essencial da educação.
Este processo de desenvolvimento da personalidade abarca um conjunto de transformações
mediante as quais os meninos recém nascido com um escasso desenvolvimento psíquico, totalmente
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dependente de um adulto, ligam ,seguem, se inspiram e converte-se em homem com uma personalidade
plenamente desenvolvida, e respeita suas capacidades, suas qualidades morais, seus valores e convicções
que lhe permitem ocupar uma posição activa e criadora e a construção das sociedades.
Este processo tem lugar no decurso da apropriação por parte dos alunos de experiências histórico-
social, de cultura material e espiritual acumulada por gerações anterior.
Para que as qualidades psíquicas se forme são necessárias as condições sociais da vida e educação.
O estudo propõe uma reflexão acerca da formação da personalidade a partir da sua relação com a
educação, visto que essa última exerce poder sobre a primeira. Para tal, discorrem sobre as teorias de
cinco grandes pensadores da área da psicogêneses Cognitivas, pois esses colaboram para com a psicologia
e pedagogia com suas pesquisas, observações e estudos. O objectivo é a realização de um dialogo sobre
como a educação contribui e ampara a formação da personalidade, esta por sua vez, é ancorada pelos
pensadores da educação que refletem sobre psicogeneses cognitivas.
Tendo como base a importância da educação nos primeiros anos de vida na formação das pessoas,
abordaremos cinco dos pensadores que contribuiram com duas teorias, frutos do conhecimento e
observação cientifica acerca do desenvolvimento infantil, são: Henri Wallon, Jean Piaget, Lev Vygotsky,
Maria Montessori e Maria Ferreiro.
Reconhece e afirma-se o papel fundamental da escola na socialização do saber, patrimônio
cultural da humanidade de conteúdos abstratos e formais, mas da socialização de conceitos
significativos, concretos, ligados às realidades sociais; conteúdos escolares que tenham ressonância na
vida sociais dos alunos.
Nessa perspectiva emancipatória, reunindo elementos das diversas tendências, mais
especialmente da libertadora e da crítico-social, podemos identificar as seguintes características nos
componentes da prática educativa:
Objetivos da educação: socialização dos conhecimentos; problematização da prática;
Conteúdos escolares: conteúdos culturais relacionados à prática social, abordados de forma
contextualizada, objeto de apropriação crítica;
Metodologia: de uma visão sincrética (fragmentadas, confusa), por uma visão analítica
(mediada pelo professor), para uma visão sintética; processos que garantam uma relação de
continuidade entre o universo cultural do aluno e os conteúdos do ensino; metodologia dialética;
Professor: mediador, orientador do processo de conhecimento; sujeito que aprende no processo
de ensinar; investigador, pesquisador, ser contextualizado;
Aluno: sujeito da aprendizagem, ser sociocultural;
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Relação professor/aluno: de respeito-mútuo, dialógica; vínculo emancipatório ou libertador;
Relação professor/aluno/conteúdo: (conhecimento): interativa, mediana, não-linear, dialógica;
Relação escola/sociedade: a escola reflete as contradições sociais; necessidade de explicitação
das contradições para superá-las;
Avaliação: acompanhamento do desenvolvimento do aluno; regulação do processo ensino-
Aprendizagem; comprovação do progresso do aluno na direção de um saber mais elaborado.
SISTEMAS DE CIÊNCIAS PEDAGÓGICAS; RELAÇÃO DA PEDAGAGIA COM
OUTRAS CIÊNCIAS.
A pedagogia encontra-se encranhada sistematicamente com as seguintes ciências pedagógicas:
1. Pedagogia geral: estabelece as bases garais da educação, instrução e ensino.
2. Metodologia de ensino: se encontra unida a didáctica e a todas as disciplinas pedagógicas e sobre
todas as ciências e esfera cujo fundamentos se ensinam em correspondentes disciplinas.
3. Pedagogia especial ou defetologia: agrupa as disciplinas que investigam as particularidades de
ensino e educação dos meninos com sérios transtornos visuais, auditivos, de linguagem e
psíquicos. Estes são: surdopedagogia, tiflopedagogia, oligofrenopedagogia e logopedas.
4. História da pedagogia: investiga os problemas de desenvolvimento da educação como fenómeno
social e a história das teorias pedagógias e as diferentes épocas do desenvolvimento da
humanidade.
5. Pedagogia comparada: surgiu no século XX, estudava as distintas tendências de
desenvolvimento e as generalidade dos sistemas em diferentes paises do mundo.
Relação da pedagagia com outras ciências.
A pedagagia relaciona-se com aquelas ciências cujo objectivo de estudo é o homem, entre elas se
destacam: a filosofia, a psicologia, anatomia e fisiologia humana, também a genética, a cibernética, a
electrémica, a biofísica e a bioquímica.
Nesse contexto, os conteúdos do ensino devem possuir cinco (5) caracteristicas fundamentais:
1. Serem flexíveis;
2. Apresentados de forma contextualizados;
3. É analizados por diferentes entendidores do processo de ensino-aprendizagem;
4. Estrutura lógica interna, coerência, clareza, organização, não arbitrariedade;
5. Linguagem e termonologia clara e adequada a compreensão do aluno.
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Função social da educação.
A educação como processo da sociedade tem uma função social.
Universal; assegura a transmissão da herança cultural acumulada, sua reprodução e renovação de
uma geração para outra, normas e valores que garante a supervivência da espécie da cultura e da
humanidade em geral.
Está função é valida em qualquer época ou condições históricas, se desdobra em várias funções
mais especificas que operam em distintos nivéis ou contexto.
Geral: é a que cumpre toda a sociedade onde todos participam na educação de todos. Onde se
observa a comperaçãp das instuição que participamda educação. É uma função do processo de
reprodução da sociedade.
A classe social dominante é que determina os conteúdos, fins e condicionamentos gerais assim
como as linhas gerais do desenvolvimento da educação.
Parcial: é a que executa a nivel de instruções da estrutura de maneira especializada com intenções
diferenciadas, métodos e meios próprios.
Finalista: se realiza a nivel de instituições especializadas e responsavéis na educação dos
meninos, adolescentes e jovens (Sistema Nacional de Educação).
Profissionais – são os que desenvolvem a nivel de grupos, sujeitos que se encarregam
profissionalmente da educação (mestres, professores, educadores infantis, treinadores desportivos,
etc.). Os implicados involucionam em todos os nivéis superior. É aqui onde se efectuam intervenções
professionais pedagógicas planificadas, intencionais, organizadas sobre bases de aprendizagem.
Funções profissionais de docentes:
Docente-metodológica: Encaminhada fundamentalmente ao trabalho didáctico, incorpora
planificação, organização e evolução;
Orientadora: Relacionada ao seu conhecimento educativo e formativo da personalidade dos
estudantes. É o modelo de perfil psicológico atribuida a esta função;
Investigativa: Questionamento da sua realidade educativa e a solução científica de cada problema.
Todo o anterior exposto, forma parte do objecto de estudo das ciências de educação e insidir de todas
aquelas ciências que de uma maneira ou outra atribuem a este campo de trabalho humano: Psicologia
da educação; Sociologia da Educação; Filosofia da educação e a Pedagogia da Educação. A
continuidade se expõem no estudo da pedagogia como ciência.
Alguns conceitos da educação:
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Segundo (Dr. Blanco); é um conjunto de influências reciprocas que estabelece entre o indivíduo e a
sociedade e a sua inserção plena e a socialização do sujeito;
Fenômeno historicamente condionado, dirijido a formação e desenvolvimento da personalidade
através da transmissão e apropriação da herança cultural da humanidade.
Segundo A. Comte: é a maneira de aprender a viver por outos hábitos de ser, prevalecer na sociedade
sobre a personalidade.
E. Durkheim: a educação tem por missão desenvolver e educando os estados físicos, intelectual que
exige da sociedade política média social aquem está destinada.
DIDÁCTICA COMO CIÊNCIA; OBJECTIVO DE ESTUDO DA DIDÁTICA; ENFOQUE
SISTÉMICO DA DIDÁCTICA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR; PRINCIPIOS DIDÁCTIAS.
A palavra didática deriva da expressão grega “didaktiké”, que se traduz por arte ou técnica de ensinar.
Foi apresentada oficialmente por Ratke, em 1617, na obra Introdução geral à didática ou arte de ensinar.
Didática consiste na análise e desenvolvimento de técnicas e métodos que podem ser utilizados para
ensinar determinado conteúdo para um indivíduo ou um grupo. A didática faz parte da ciência
pedagógica, sendo responsável por estudar os processos de aprendizagem e ensino.
Didática e a sua evolução, no século XVII, com o trabalho de Comênio, a Didática começa de forma
sistematizada os estudos e pesquisas procurando formas específicas de ensinar, que obtenham melhores
resultados.
Comenius adotou o método empírico de explorar o mundo, em contraposição às verdades impostas pelo
ensino medieval. Pela experimentação, ele acreditava que todos poderiam vir a enxergar a harmonia do
universo sob o caos aparente. “Comênio queria mudar a escola com a didática e a sociedade com a
educação”.
Mas elas já eram defendidas em pleno século 17 por Comênio (1592-1670), o pensador tcheco que é
considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação. A obra mais importante de
Comênio, Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente.
A Didáctica na Educação Superior tem o foco de formar um profissional de ampla base e profundo
conhecimento que de resposta, a maioria dos problemas que se apresentam uma vez graduados. Este
profissional sera dedicado no labor de sua profissão.
Por tanto, o problema da Didáctica da Educação Superior consite em dar resposta teóricas no modo de
formação, dos profissionais de maneiras mais eficiente.
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Objecto de estudo da Didáctica.
O objeto de estudo da didática é o processo de ensino-aprendizagem. Toda proposta didática está
impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção do processo de ensino-aprendizagem.
MOURA, 2001 A Didática é um elemento da formação do professor.
O foco da Didática incide no estudo do conhecimento, dos processos de ensino e aprendizagem, na
investigação de possibilidades, de estruturação e funcionamento das diferentes dimensões dos
conhecimentos, com objetivo de criar probabilidades de ensinar e aprender.
A Didática é o principal ramo de estudo da pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as condições e os
modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos
em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos.
A Didática refere-se principalmente ao saber fazer pedagógico do professor, ou seja, do seu saber de
como e o quê deve ensinar adquirido em sua formação. Ela reporta sobretudo ao conhecimento teórico e
prático daquilo que se ensina, mais até do que a própria Metodologia de Ensino.
Importância da didática para os alunos
Ela favorece uma aprendizagem qualitativa, tendo em vista, focalizar sempre o melhor para os alunos e
viabilizar facilidades no trabalho do professor, tornando suas ações seguras e precisas. Em suma,
a didática é a disciplina que fundamenta a prática docente.
Enfoque sistémico da didáctica na educação superior.
Enfoque condutista – esta teoria surge no século XX a partir de uma observação. (Tondike). A ideia
fundamental dele era de que reacção de conduta a seguir pensamento-linguagem.
Enfoque cognitivo – cognitivo (Piaget) a ideia principal dele é, ao levar o conhecimento deve se ter
enconta o conhecimento desconhecido.
Enfoque humanista– (Roger) dizia que uma aprendizagem se adquer de uma forma diferente tendo em
conta sua capacidade de assimilação.
Enfoque histórico cultural– (Vigoski) afirmava que o mais importante é o desenvolvimento proximo,
devemos partir das capacidades do aluno para desenvolver a aprendizagem.
Características dos PrincÍpios Didácticos.
Princípios da didáctica
Princípio do caráter científico do ensino.
Princípio da vinculação da teoria com a prática.
Princípio da vinculação do concreto com o abstrato.
Princípio da sistemáticidade.
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Princípio da asequibilidade.
Princípio da vinculação do individual e o coletivo.
Princípio da solidez dos conhecimentos.
Princípio do caráter consciente e da atividade independente dos alunos.
1. Princípio do caráter científico do ensino.
Expressa a necessidade de que na seleção do conteúdo do ensino se incluam os resultados da ciência e a
técnica.
À luz da didática desenvolvedora o caráter científico do processo de ensino- aprendizagem deve conduzir
às alunas e os alunos a apropriar-se de um pensamento teórico, que lhes permita dominar teorias, leis,
conceitos, mas que além disso possam atuar com conhecimento de causa, formem-se valores que
conduzam a que vivam em sociedade, protejam o meio ambiente e transformem criadoramente a natureza
e a sociedade. (ZilbersteinToruncha, 2004)?.
Para sua concretização prática o professor pode fazer os seguinte:
Seleção do conteúdo científico.
Atualização dos conhecimentos científicos.
Apreciar o objeto em seus múltiplos relacione e desde ângulos distintos.
Mostrar os melhores exemplos, ideias e feitos.
Conhecer a história do fenomenal objeto de estudo.
Revelar as contradições dos objetos e fenômenos que se estudam. (níveis superiores de ensino)?.
2. Princípio da vinculação da teoria com a prática.
Exige que o professor não só brinde aos estudantes a oportunidade de fazer determinadas elaborações
teóricas mas também a de enfrentar-se à atividade prática: dirigir instrumentos e equipes e aplicar os
conhecimentos.
À luz da didática desenvolvedora, o ensino deve promover a unidade dialética teoria-prática, de maneira
que as alunas e os alunos se apropriem de maneira consciente de generalizações teóricas que lhes
permitam “operar” com conceitos, leis, estabelecer elos e relações, que favoreçam que a aprendizagem
adquira significado e sentido para eles.
Para sua concretização prática o professor pode fazer o seguinte:
Aplicar os conhecimentos teóricos a situações práticas e argumentar teoricamente as realizações
práticas.
Exemplificar, na explicação do conteúdo, as posições teóricas com situações práticas.
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Vincular o ensino com distintas situações que reflitam os problemas e lucros da sociedade em que
vivem.
3. Princípio da vinculação do concreto com o abstrato.
sustenta-se em que o ensino e a aprendizagem procuram revelar a essência do mundo circundante, daquilo
que existe fora e independentemente da consciência do homem, assimilado a ele através de suas
sensações e percepções dos objetos, fenômenos e processos da realidade, para logo procurar sua essência,
causa, características e o por que de cada uma delas. Uma vez encontrada sua essência e o
estabelecimento de leis, princípios, teorias, etc., volta-se a interpretar ou perceber esse mundo real, mas já
não das sensações ou percepções iniciais, a não ser a partir dos conhecimentos teóricos adquiridos durante
a busca de sua essência.
Para sua concretização prática o professor pode fazer o seguinte:
Desenvolver a capacidade de observação dos alunos.
Utilizar no ensino a experiência dos alunos.
Empregar convenientemente os processos analítico, sintético, indutivo e dedutivo.
Realizar uma boa seleção dos meios de ensino.
4. Princípio da sistematicidade.
Sua essência radica na necessidade que toda atividade do professor e dos estudantes seja consequência de
um planejamento e de uma sequência lógica. O processo de ensino-aprendizagem é concebida como um
sistema de influências mútuas.
Para sua concretização prática o professor pode fazer o seguinte:
Planejar as classes em sistema, de modo que se articulem racionalmente todos os componentes do
processo.
Desenvolver o pensamento dos alunos tendo em conta todos os processos lógicos.
Analisar o conteúdo de cada tema de maneira que se manifestem as ideias essenciais, as que as
complementam e as que servem sozinho para introduzir um novo conhecimento.
5. Princípio da asequibilidade.
Sua essência radica em que o professor deve ter em conta as particularidades da idade dos alunos, o nível
de desenvolvimento de suas habilidades e capacidades, a experiência acumulada, que o orientem no
planejamento e execução do P.
A asequibilidade no ensino não significa que o P seja fácil, sem dificuldades, ela consiste justamente em
apresentar dificuldades aos estudantes e ensiná-los às erradicar, por isso não se pode rodear a ter em conta
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as características das idades dos escolar, mas sim além disso, a habilidade do professor para relacionar o
novo conhecimento com os mecanismos do pensamento dos estudantes.
6. Princípio da vinculação do individual e o coletivo.
Tem como regularidade a inter-relação da coletividade com as individualidades.
Para sua concretização prática o professor pode fazer os seguinte:
Conhecer cabalmente a cada um de seus alunos: dificuldades, interesses, aspirações.
Prever as distintas formas de atenção às particularidades individuais dos alunos: tarefas, consultas,
formulação de perguntas em classes, etc.
7. Princípio da solidez dos conhecimentos.
Exige que o professor dirija o P de maneira que na mente dos estudantes perdurem os conhecimentos.
Para sua concretização prática o professor pode fazer o seguinte:
Relacionar o novo conhecimento com os já assimilados, com os quais tem conexão.
Ativar o pensamento dos alunos mediante a formulação de perguntas.
Destacar as ideias essenciais do material de estudo, assim como dividir o conteúdo de modo de
que tenham uma extensão lógicamente assimilável.
Apresentar na classe de apropriação de novos conhecimentos os aspectos essenciais de maneira
que na classe de exercitação e aplicação dos conhecimentos, estes possam ser ampliados e
aprofundados.
Assinalar trabalhos independentes para que os alunos apliquem seus conhecimentos e habilidades.
Empregar distintas formas e métodos para a consolidação.
8. Princípio do caráter consciente e da atividade independente dos alunos.
A essência do princípio consiste na assimilação consciente dos estudantes na classe e o desenvolvimento
da atividade cognitiva.
O caráter consciente da aprendizagem supõe, acima de tudo, a formação de interesses cognitivos, que se
entrelaçam com os conteúdos de ensino e os estudantes participam ativamente na classe quando o
conteúdo das disciplinas é interessante para eles, e isto depende em grande medida do estilo de trabalho
do professor.
O segundo elemento, apoia-se em que a psique não é um reflexo passivo da realidade, é muito ativa,
portanto solo com a participação ativa do estudante no processo de ensino é possível que compreenda os
conhecimentos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANDAU, Vera Maria (org.). Rumo a uma Nova Didática. 15 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes,
2003.
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Elaborado por José Elídio Lituai, email: [email protected] cont: 924504515 ou 929037393 Página 15